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SOMETHING DEADLY THIS WAY COMES a Madison Avery novel 2

Eu sou Madison Avery, a timekeeper negra responsável por escalar o pelotão de ataque do céu. . . e combatê-lo por todo o caminho. O engraçado é que timekeeper nunca apareceu na minha lista de "carreiras boas para você", quando eu fiz o teste na escola. Os serafins dizem que eu nasci para isto e, quando a escolha foi aceitar o trabalho ou morrer? Bem. . . eu aceitei o trabalho. "Destino", os serafins diriam. "Escolha ruim" se você me perguntasse. Até agora eu não acredito em destino, e assim eu estou presa, a trabalhar com um confuso ceifador negro, que está tentando me compreender, e um ceifador branco duas vezes caído do céu que pensa que minhas idéias são uma causa perdida. Em vez de apenas seguir as ordens enviadas lá de cima para cá, eu quero fazer as coisas do meu jeito, o que envolve tentar convencer as pessoas a mudar. Minha única esperança é encontrar o meu verdadeiro corpo para que eu possa devolver o amuleto e esquecer tudo que aconteceu, porque convencer o céu de que eu posso salvar almas perdidas está parecendo impossível. Seria muito mais fácil se o meu próprio pessoal não estivesse trabalhando contra mim...

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O sol escaldante parecia ir direto através de mim, refletindo na arquibancada de alumínio para me aquecer dos pés a cabeça enquanto eu estava ao lado de Nakita que aplaudia Josh adiante. Ele estava correndo os dois quilômetros em uma curva, e eles estavam fazendo o último pedaço direito da pista. À frente três corredores tinham começado a pegar o ritmo durante os últimos cem metros. Josh estava à frente, mas o cara atrás dele tinha guardado algum impulso para a última parte, também. — Vai, Josh! Corre! Corre! — Nakita gritou, e surpresa, eu abaixei minha câmera para olhar para ela. A ceifadora negra não gostava especialmente de Josh. — ela quase o matou uma vez — e seu entusiasmo era incomum. Seu rosto pálido estava vermelho, e seus olhos, geralmente um azul desbotado, eram brilhantes quando ela se inclinou para frente e agarrou a cerca de arame entre nós e a pista. Ela estava usando um top rosa combinando com o esmalte rosa das unhas, para esconder suas unhas naturalmente negras. Sandálias e capris ajudaram a se misturar, e ela não se parecia com nada que se poderia imaginar de uma ceifadora negra, capaz de — ferir— as almas perdidas. Eu estava com o vestuário pra baixo hoje — pelo menos para mim — de jeans e um top preto de renda. Meu cabelo, porém, estava em seu habitual corte com a ponta roxa perto da minha orelha, e eu ainda usava o meu tênis amarelo com seu novo cadarço negro com caveiras neles. Eles combinavam com meus brincos. — Ele está bem atrás de você! — O anjo disfarçado gritou, e seu amuleto preto fosco brilhou violeta em seu núcleo. Mais evidência de que ela estava animada. Balançando minha cabeça, me voltei para a corrida, levando a minha câmera para cima e focando a linha de chegada. Eu bati uma foto para o jornal

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da escola quando Josh chiou sobre a linha de chegada. O meu sorriso era cheio de uma calma satisfação, porque ele tinha ganhado. — Ele venceu! Ele venceu! — Nakita exclamou ofegante quando ela me puxou para saltar para cima e para baixo com ela. Eu não podia deixar de lhe dar um abraço de volta, ofegante enquanto eu peguei o meu equilíbrio. Ela certamente não estava agindo como uma ceifadora, tão animada como se ela fosse namorada de Josh. O que ela não era. Eu poderia ser. Talvez. — Barnabas — Nakita enfiou seus pés onde ele estava reclinado duas fileiras acima de nós. — Josh ganhou. Diga alguma coisa! O ex-ceifador branco empurrou o boné para cima e deu-lhe um olhar seco. — Eba! — disse sarcasticamente, em seguida, puxou as longas pernas para mais perto e sentou-se, apertando os olhos ao sol. — Madison, você estava indo trabalhar comigo hoje para esconder a ressonância do seu amuleto. Fazendo uma careta, eu olhei para a pedra azeviche aninhada por fios de prata que eu usava no meu pescoço. Além de me dar a ilusão tátil de um corpo de faz de conta, me escondendo de asas negras, e me dando a minha conexão com o divino, o meu amuleto cantava. Mais ou menos. Imitando uma aura natural, a pedra negra soou como um sino que só o divino pode ouvir. Qualquer pessoa que pudesse e soubesse ouvir poderia me encontrar em um segundo — sejam eles amigos ou inimigos. O que poderia ser um problema se eu estivesse tentando impedir o meu próprio pessoal de matar alguém, e era por isso eu precisava aprender a me esconder. Após sair com Josh, é claro. — Ela pode fazer isso mais tarde. — Nakita disse afetadamente. — Ele ganhou! Senti uma pontada de culpa. Eu tinha prometido trabalhar com ele depois da escola, mas eu tinha esquecido que eu também prometi a Sra. Cartwright, que eu ia tirar fotos da pista para o jornal da escola. — Desculpa. — eu disse suavemente, e ele deu de ombros, não fazendo nenhum esforço para esconder seu tédio. Para toda sua atitude azeda, Barnabas tinha estado na terra mais tempo do que Nakita e, portanto, tinha todas as nuances do comportamento humano para se encaixar com as mães e namoradas torcendo na pista melhor do que

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Nakita. Seu magro físico e desbotada camiseta só acrescentavam à sua aparência digna de suspiro, mas Barnabas realmente não têm a menor idéia de como ele olhou. Nakita não sabia por que, caras a seguiam em busca de datas, tampouco. Por os dois andarem comigo, as facções populares olhavam torto. — Esta foi a sua única corrida. — eu ofereci hesitante, e Barnabas se inclinou para trás, esticando-se na cadeira quente para colocar o seu boné sobre o rosto. Voltando para a pista, eu bati uma foto de Josh enquanto ele aceitava os parabéns de seus companheiros. O suor fazia padrões em sua camisa, e seu cabelo loiro estava escuro com ele. Ele foi o único além de Barnabas e Nakita que sabia que eu estava tecnicamente morta, não só ele tinha estado lá enquanto eu tinha morrido, mas ele tinha segurado a minha mão durante a coisa toda. Sim, eu estava morta: não há batimento cardíaco, a menos que eu tenha me animado ou assustado, não há necessidade de comer — embora eu pudesse fazer isso para me ajustar, e eu não tinha mais do que um cochilo em meses. Tinha sido divertido no início, mas agora eu daria qualquer coisa para desfrutar de um suculento hambúrguer e batatas fritas crocante. Todo o tipo de gosto de bolos de arroz. 6

— Eu não sabia que você gostava de esportes. — eu disse a Nakita enquanto Josh esperava os corredores passarem antes de atravessar a pista, para conversar com a gente através da cerca. — Nós temos competições. — ela disse. — Isto tem o mesmo atrativo — Olhar dela passou dos corredores para as mães conversando entre si, mal consciente de encontrar a todos. —Eu vim na terceira vez, com a lâmina. — acrescentou. Barnabas riu, seu rosto ainda escondido sob o boné. — Muito bem com a foice, hein? — ele murmurou, e ela bateu o pé. — E onde você colocou? — Perguntou-lhe com veemência. Sentando-se, Barnabas olhou para Josh, seus olhos não o vendo, mas sim olhando o passado. — Eles não tinham competições quando eu estava no céu. Eu estremeci. Barnabas havia sido expulso do céu antes de as pirâmides serem construídas.

— Desculpa. — Nakita disse, me surpreendendo com seus olhos tristes. Em geral, ela aproveitava cada oportunidade para provocar Barnabas sobre o seu estado caído. De acordo com Nakita, Barnabas tinha sido expulso do céu porque ele tinha se apaixonado por uma garota humana. — Oi, Josh. — eu disse quando ele se arrastou a uma parada atrás da cerca de arame. — Quase perdi aquele. — disse ele, respirando pesadamente. Quando ele sorriu para mim me senti quente por dentro. Nós estávamos namorando há um tempo, e seu sorriso ainda me batia com força. E seus beijos, até mais. — Mas você não perdeu. — Nakita disse de volta ao seu ego sério novamente. — Foi uma boa corrida. Josh deu-lhe um olhar interrogativo, provavelmente pensando em sua expressão séria. —Obrigado. — ele disse, em seguida limpando o suor de seu pescoço. Eu não tinha suado em meses. Não desde que eu tinha morrido. —É essa a sua última corrida?— Eu perguntei, já sabendo. — Sim. — Josh acenou para o cara chamando-o da linha de chegada. — Eu tenho que ir, mas você quer ir ao The Low D comigo mais tarde?— O The Low D foi ponto de encontro local, nome breve para O Baixo Denominador Comum. Three Rivers foi uma cidade universitária, e os alunos tinham a piada, mesmo se ninguém a fizesse. Seus olhos subiram para olhar Nakita e Barnabas. — Todos vocês? — acrescentou um pouco amargo. Era difícil encontrar tempo para estar a sós com Josh entre a escola, meu pai, meu trabalho na loja de flores, e não se esqueça de ser a timekeeper1 negra, roubando todos os momentos livres do meu dia e noite. Alguém poderia pensar que não necessitando dormir lhe daria toneladas de tempo livre, mas isso não aconteceu. Já adivinhando a minha resposta, Barnabas suspirou sob seu boné. Provavelmente vai ser depois do pôr do sol antes que eu pratique a proteção da ressonância do meu amuleto. Mas, um tremor passou por mim, e meu

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Controlador do tempo

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coração, ou pelo menos a memória dele, deu um baque duro e ficou imóvel. — Claro. — eu disse, sorrindo. Pequena palavra, mas pesada em significado. Josh enfiou os dedos através da tela, e eu toquei neles. Josh e eu tínhamos passado por muita coisa juntos, especialmente considerando o nosso começo difícil, quando eu estava no baile de formatura. Nós estávamos bem agora, mesmo com as coisas de timekeeper negra. Sorrindo com metade de seu rosto e olhando de forma encantadoramente sedutor, Josh foi para trás, finalmente virando-se para os seus amigos enquanto se afastava. Nakita estava carrancuda quando eu me virei. — Você prometeu a Barnabas que você ia praticar. — disse ela, surpreendendo-me. — Não há problema em adiar a prática e assistir Josh correr, mas não é certo se eu quero socializar um pouco?— Eu perguntei. — Absolutamente. Era a lógica da ceifadora, e eu sabia que não podia ganhar. O mais triste era que ela provavelmente estava certa. Afastando-se, eu sentei na arquibancada para esperar Josh. Barnabas estava atrás de mim com cheiro de penas e as costas das nuvens — e sim, a parte de trás das nuvens tem um cheiro. Ignorando-me, Nakita foi parar em cima do muro, vendo os atrasados chegar. Eu me perguntava se ela deveria ir para fora, para o cross-country2, em seguida, esmaguei a idéia. Ela estava aqui para me proteger de mim mesma, não para aprender a correr os dois quilômetros. Mas todos os pensamentos da prática e de The Low D me deixaram quando, sem aviso, uma tinta azul parecia deitar do sol, batendo na terra e destilando-se como fumo. Sangrou pelo chão, molhando mais as pessoas alheias a ela, me encolhendo de frio. No tempo que levou para levantar minha cabeça para cima, o azul subiu para englobar tudo.

Presentes de cachorro no tapete. Eu estou indo para o flash forward3. Meu coração deu uma batida forte e parou com uma lavagem rápida de medo que deslizou para dentro de mim. A última vez que eu tive o flash 2 3

É um esporte em que os atletas competem numa corrida em terreno aberto ou acidentado. Visão do Futuro

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forward para ver o futuro, eu tinha chorado com as estrelas e sentido como se fosse morrer. Então eu entrei na mente de outra pessoa e vivi o momento horrível quando eles começaram a matar sua própria alma. Isso tinha sido quase há uns meses atrás, e eu não sabia o que me assustou mais: que eu poderia ter que viver com esse inferno de novo, ou que os serafins estavam me dando outra chance para provar que a morte de uma pessoa não era necessária para salvar sua alma — e que eu poderia estragar tudo? Segundo Grace — minha anjo da guarda irritante, por vezes ausente, e celestial de ligação — embora os serafins não causassem meus flash forwards, eles poderiam impedi-los ou fazê-los chegar mais cedo, tipo fazer a minha transição para uma timekeeper negra em pleno funcionamento mais fácil. Não era como se eu tivesse um real professor, tendo sido o objeto jogado para a posição. Você acha que os serafins iriam assumir a tarefa de pegar as gadanhas4 permanentemente, mas aparentemente, os anjos tiveram um tempo difícil para compreender o que era agora, o que era então, e o que era para ser, e levou um ser humano há compreender o tempo. Acontece que eu fui encarregada dos caras maus, aqueles que mataram pessoas antes de terem matado suas almas. Eu preferia estar no comando da luz, que tentava parar a matança, mas não era o que tinha acontecido. 9

Vozes desbotadas iam para dentro e para fora através da névoa azul que eu esperava me levarem para o futuro. — Madison, você pode praticar no The Low D — Nakita disse, chutando a vedação para fazê-la tremer. — A distração vai ser boa. Barnabas, não é de admirar que ela nunca aprenda nada com você, ensinando-lhe à meia-noite em seu telhado. Agarrei os meus joelhos, com medo de que se eu me mexesse, eu me encontraria em convulsão no chão. O momento em que a alma começa a morrer é traumática, e ele toca através das linhas do tempo e para dentro do futuro, causando o flash forward. Quanto mais profunda no futuro, ou mais nebulosa a visão é, que iam desde uma clareza cristalina até algo turvo que somente as vozes podiam penetrar. O que significava que se eu fosse a primeira timekeeper a ter o flash forward, eu não necessariamente tinha a vantagem. Ron, o timekeeper branco, pode ter o flash forward mais tarde, mas também mais claro, e puxar a gadanha direto para debaixo de mim.

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Significa ―golpe da gadanha", é aquele objeto usado pela Morte para coletar a alma das pessoas.

— Gente? — eu sussurrei, e fiquei sem fôlego quando a pista inteira com seus atletas, treinadores, e cadeiras de gramado foi a azul de repente, sobreposto com uma cena que foi, possivelmente, um dia a cem milhas distantes, e provavelmente no futuro. E embora eu apertasse o calor com as nervuras da bancada de alumínio, eu também estava em uma calçada traçada com giz, olhando para um prédio de três andares, com carros antigos na frente e uma estrada movimentada atrás de mim, o tráfego estava parado. Houve névoa azul difusa nas bordas da minha visão e em torno de cada pessoa, como uma segunda aura. A noite era uma mistura terrível de laranja e preto como o prédio queimado, labaredas altas para mostrar grupos de vizinhos amontoados, cachorros latindo, e pessoas gritando. Carros de bombeiros expelindo o ar perfumado com óleo diesel para o meio-fio, que elevava e aquecia meus tornozelos. Florescente. Tudo era florescente. E então eu percebi que era o sangue na minha cabeça quando a angústia tomou conta de mim. Johnny ainda estava lá. O pensamento ecoava em nossa mente compartilhada. Terror que pertencia à menina, cujo corpo eu estava dentro, e senti-me ficar, balançando nas arquibancadas. Eu estava tendo o flashing forward, vivendo o pesadelo de outra pessoa. Foi quando sua alma começou a morrer, quando algo tão ruim que aconteceu que ela esqueceu como viver. Eu era a única que podia ser capaz de salvá-la. — Johnny — gritei e Nakita se virou para mim. Eu podia vê-la em choque, e a imagem de um prédio em chamas crescia atrás dela e se misturava à realidade da pista, familiarizando-se. — Ela está tendo o flashing forward. — Eu ouvi Barnabas dizer, e sua mão apertada sobre o meu braço, me impedindo de correr para frente como a menina, cuja mente estava em aparafusada. Na minha visão, eu corri através dos carros, evitando os bombeiros tentando me parar, a névoa azul passando das pessoas como um nevoeiro. Na realidade, eu senti meu coração bater enquanto eu bloqueei meus joelhos e balancei então eu não iria correr bem.

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Deixei Johnny sozinho. Ele estava dormindo. Eu esperei até que ele estivesse dormindo depois que minha mãe saiu para trabalhar... Oh, Deus. Mamãe vai me matar quando ela descobrir! Eu não entendo. Como pode haver um incêndio? —Johnny! — eu sussurrei enquanto a menina gritou, pulei em seguida, quando uma mão pesada pressionou o meu braço, e tanto a menina quanto eu fomos comprimidas. Pisquei, oscilando quando vi Barnabas por trás da imagem assustadora de um bombeiro, sua respiração sibilante quando ele tentou me impedir de ir. A multidão na arquibancada estava de pé, aplaudindo o último dos corredores. Na minha visão, o fogo gritou, um contraponto ao surreal terror me enchendo. As mãos de Barnabas foram ao meu braço, e ele olhou para mim em simpatia. — Johnny está lá! — Eu disse, e olhei o bombeiro, a expressão escondida atrás da máscara facial. — Deixe-me ir. Deixe-me ir! Eu tenho que chegar lá! Como se fosse a menina e eu agarrei Barnabas / peguei o bombeiro, e como um só, fomos içadas em seus braços. Eu tentei não lutar, sabendo que não era real, mas o terror da menina era meu também. Eu não tinha coração para que ele batesse em meu sólido corpo de fazde-conta, mas a memória é uma coisa engraçada, e eu senti o eco de um pulso quando Barnabas me levou, o ranger de descer das arquibancadas, para a fresca sombra abaixo. A noite banhava meu rosto quente, queimado pelo sol e pelo fogo quando Barnabas me colocou na terra, e a névoa azul formou a imagem embaçada do futuro distante do bombeiro, mas não o anjo. — Sinto muito. — ambos Barnabas e o bombeiro disseram, por duas razões diferentes. Atrás do bombeiro, eu podia ver uma ambulância. As luzes estavam apagadas e eu senti o meu fim de vida, quando eles colocaram um corpo pequeno, coberto nele. O lençol foi puxado sobre ele. Por um instante, ela não sabia o que aquilo significava, mas eu já estive em um saco de corpo antes, e de alguma forma, quando nada do que eu estava pensando poderia alcançá-la, isto alcançou.

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— Oh, Johnny! — Nós soluçamos quando a realidade bateu. Na minha visão, eu comecei a chorar enquanto eu observava as chamas comerem o teto do meu quarto, mas minhas lágrimas foram para Johnny. Ele tinha ido embora, e eu chorei tanto por Johnny e sua irmã enquanto eu tinha uma visão de seu rosto redondo em pijamas do Transformers. Tinha peixe para o jantar. Eu estava sendo tão cruel, comendo o último, quando eu sabia que ele queria. — Eu sinto muito. Eu sinto muito. — eu soluçava, minha garganta apertada, enquanto eu estava debruçada contra o apoio na arquibancada /ao lado do caminhão de bombeiros. Perto estava um bombeiro, dando-me uma meia atenção para que eu não fugisse. Nakita foi sobreposta a ele, certificandose de que ninguém chegasse perto o suficiente para saber o que estava acontecendo. Atrás dela, o sol azul brilhava nas pistas. Eles estavam se preparando para definir a próxima corrida, em meio a berros de alto-falantes e as buzinas dos caminhões com um novo tanque de água entrando. Meu irmão estava morto. A culpa foi minha. Eu não deveria tê-lo deixado sozinho. Levantei-me, ou pelo menos eu fiz na minha visão. Eu estava começando a encontrar o caminho para dissociar-me, então eu poderia apenas assistir, tornando a angústia da menina mais fácil de suportar. Barnabas me segurando poderia ter algo a ver com isso, também. Meus dedos traçaram o nome da cidade no caminhão dos bombeiros: Baxter, ca. O meu olhar subiu e eu vi o sinal da rua: Coral Way. Meu coração batia forte quando eu percebi que tinha algum controle dessa memória que ainda tinha de ser vivida. — Aqui está, Tammy. — um homem manchado de fumaça disse, colocando um cobertor com cheiro de amaciante de roupa sobre meus ombros. Eu tremi, incapaz de falar, mas eu tinha um nome agora, e que iria ajudar. — Sua mãe está vindo. — ele acrescentou, e o pânico de Tammy deslizou através de mim de novo. Oh, Deus. Mãe. Virei-me para o fogo em pânico. Eu queria desfazer isso, mas eu não podia. Johnny foi morto. Leve-me, não ele. Não é ele! — Madison? — Nakita disse, e pisquei para o homem enquanto seu rosto se misturava com o dela. — Você está bem?

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Eu tive que fugir, sair. Frente a isto era terrível, e a culpa tornou ainda mais difícil respirar. Eu deveria estar morta, não Johnny. Ele era meu irmão, e agora ele está morto. Por causa de mim. Deveria ter sido eu. Deveria ter sido eu! — Madison! Barnabas estava chamando meu nome, e eu ofegante com as duas realidades, uma real, ainda a ser vivida, colidiram violentamente. A tonalidade azul vermelho piscou, e então o futuro desapareceu. O eco do meu coração batia forte, e eu fiquei quieta enquanto eu olhava para Barnabas, Nakita, e. . . Josh. Acima de mim, as pessoas aplaudiram o último corredor a atravessar a linha. Ele tinha acabado. Eu tinha visto o futuro de alguém, vivi a greve de morte anunciada na sua alma, e. . . Sobrevivi. Eu balançava, tentando me livrar da culpa e sofrimento pela morte do irmão da menina. Tammy. Seu nome era Tammy. Sua crença de que ela era responsável pela morte de seu irmão ainda tocava em mim, um desespero tão grande que esmagou tudo e negou sua alma o amor que precisava para sobreviver. Ela corria, mentalmente, se não fisicamente, daqueles que poderiam ajudá-la a viver novamente, e sua alma. . . Iria murchar e morrer muito antes que o corpo dela fizesse. O destino, os serafins diriam, mas eu não acredito em destino. O antigo timekeeper negro, Kairos, teria mandado Nakita matar Tammy sem um pensamento, tendo sua alma para salvá-la à custa de sua vida. Ron, o timekeeper branco atual, que, por sua vez, enviaria um ceifador branco para parar a gadanha, salvando sua vida à custa de sua alma, apostando que ela de alguma forma fosse aprender a viver novamente. Mas eu não era o antigo timekeeper negro, e eu ia aproveitar a oportunidade para provar aos serafins que o destino poderia ser contornado e poderíamos salvar sua vida, assim como sua alma. Tudo o que precisava fazer era mostrar a Tammy uma escolha diferente. Sorrindo fracamente, eu estendi minha mão. Josh pegou-a, me puxando para que eu ficasse em pé. Eu limpei minha bunda e estremeci na sombra. Eu olhei em toda a pista, lembrando a visão de fumaça e fogo pulando como se fosse uma coisa viva. Silenciosos, eles esperaram.

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Eu olhei para eles, vendo a renúncia de Barnabas sabendo que isso não ia ser tão fácil como eu queria que fosse, o medo de Nakita de que eu pedisse para ela fazer algo que ela não entendia, e ânsia de Josh de fazer algo, qualquer coisa, diferente. — Vocês vão para uma viagem de campo?— Eu perguntei. Como um só, todos eles exalaram, Josh sorrindo amplamente. —E como!

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A lápide que eu estava em pé atrás despontou para meu peito, e eu descansei meus braços na parte superior. A brisa quente e seca fez as pontas roxas do meu curto cabelo irem para dentro e fora dos meus olhos enquanto eu esperava Barnabas voltar de seu reconhecimento á pé. Nakita foi tirar fotos das lápides com sua câmera, sempre pronta com sua bolsa vermelha. E Josh estava tentando não vomitar depois do seu primeiro vôo com um anjo. Nakita insistiu, ela havia escolhido a terra neste cemitério porque a escola estava do outro lado da rua movimentada, mas eu pensei que poderia ser uma sensação seca de humor em desenvolvimento do humor — deficiente e mortal da ceifadora negra. Eu admito o cemitério era provavelmente uma escolha melhor do que o fast-food ao lado — especialmente com Josh hiper ventilando ainda. Olhei para o esboço de Josh, debruçado instável enquanto ele encostouse sobre uma sepultura nas proximidades, sua bolsa de ginástica aos seus pés e de costas para mim enquanto ele se recuperava. Provavelmente não tinha ajudado que nós não tínhamos estado voando, mas arremessando também. O lado horrível de viajar entre o espaço era assustador na melhor das hipóteses, e a primeira vez que Nakita tinha envolvido as suas asas em volta de mim e atirou-nos de Indiana para uma ilha grega, do outro lado da terra, tinha sido horrível. Eu suponho que seja a ilha de Kairos que era minha agora, desde que eu tinha o seu trabalho e ele estava morto. Mas se nós estávamos lá para dar uma chance para Josh recuperar o fôlego, ou por causa da idéia de Nakita de uma piada, o cemitério estava tranquilo e fora do caminho, com uma boa visão dos ônibus fazendo fila à direita — os carros na esquerda. Nós tínhamos atravessado um par de linhas

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de estado para chegar aqui, e era só três da tarde. A escola estava terminando agora. Levemente o cheiro dos sapatos e tênis suados, Josh caminhou meio cambaleante até mim. Eu lhe dei um sorriso e desloquei para baixo para deixar espaço, e juntos nos inclinamos sobre a pedra, nossos cotovelos se tocando. Eu estava feliz que ele estava aqui. — Você a viu?— Ele perguntou seus olhos azuis finalmente começando a mostrar a sua excitação. — Não. — eu disse, agradecendo mentalmente Beatrice, cuja pedra estávamos nos apoiando. — Eu nunca vi o rosto de Tammy. Eu percebi que eu tive a sorte de ver o nome da cidade e sua rua e que o bombeiro sabia o nome dela. Mas eu tenho certeza que ela estava lá. Indiquei a escola com o meu queixo, e ele me olhou. — Seu senso timekeeper, hein? — Ele brincou comigo, e eu dei-lhe um olhar envergonhado. — Uh, sim, na verdade. — eu disse, não querendo admitir que eu sentia um estranho tipo de arrepio pela minha aura quando tinha voado sobre a escola. A mesma coisa aconteceu na minha última previsão, e eu ia confiar nele neste momento. — Então, como é que vamos encontrá-la?— Josh perguntou, olhando as crianças só agora começando a sair em grupos de três e seis. Nakita, que estava tirando fotos do lado de uma estátua manchada de poluição, escura e com fumaça e mofo, disse, sem olhar para mim: — Eu poderia encontrá-la com uma rua e endereço e uma descrição de sua aura, mas se você teve o flash forward, então Ron provavelmente tem também. Precisamos agir rápido antes que ele coloque um anjo da guarda sobre ela e não possamos fazer nada. — Temos pelo menos um dia. — eu disse, e Nakita olhou para mim sobre sua câmera. — O flash forward foi desfocado em torno das bordas. — expliquei. — Você só obtém as visões claramente quando são apenas horas antes. — fazendo Careta, eu olhei para ela e para a escola. — Acho que os serafins enviaram um presente para mim cedo, sabendo que eu não estou boa

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nisso ainda. Embora porque eles queriam me ajudar era um mistério. Talvez eles não gostassem de Ron, meu oposto Timekeeper. Eu sabia que não era. Ou talvez eles esperassem que uma vez eu ficasse melhor nisto e que eu fosse começar a acreditar em destino, não o livre arbítrio. Seja qual for a razão, eu tinha certeza de que fomos, pelo menos, um dia antes naturalmente de Ron, os serafins não auxiliaram no flash forward, e eu não ia desperdiçá-lo. Nakita olhou para Barnabas, e quando ele deu de ombros, ela olhou para a escola através da lente, tirando algumas fotos. — A escola ainda é o melhor lugar para olhar. — disse ela. — Norma de colheita. Vá onde os seres humanos estão. O botão clicou, e ela se endireitou, franzindo a testa na parte de trás da câmera. Uma de suas fotos em exposição da nossa escola no shopping ganhou honras e Nakita estava tirando desde então. Ron, eu pensei, arrastando meu tênis amarelo contra a pedra e desejando que o homem irritante me ignorasse como fez a maioria dos adultos. Ron trabalhou para a luz em vez da escuridão, e embora nós acreditássemos na mesma coisa — que a escolha é mais forte do que o destino do céu — ele antes mandava um anjo da guarda para alguém do que tentava chegar à raiz do problema e mudar sua vida. Que era exatamente por isso que eu estava causando problemas com os serafins, e tentando mudar as coisas. Mesmo depois de já ter salvado a vida e a alma de uma pessoa, eu não conhecia ninguém, mas eu sabia realmente que Barnabas acreditava que eu tinha uma chance. E na maioria das vezes, eu me perguntava sobre o Barnabas. — Se não podemos encontrá-la aqui, vamos apenas ir a seu apartamento e esperar. — eu disse, vasculhando o céu passando as folhas que mudavam para asas negras. As folhas sem sentido, pingando preto sempre me pareceu se reunir quando uma gadanha estava prestes a ocorrer na esperança de dedurar um pouco de alma autônoma, que, por vezes, me fez pensar se essas coisas se movendo podiam ler as linhas de tempo, bem como um Timekeeper. Que eles não estavam aqui era um bom presságio. Eu não tinha visto um em meses, em parte porque Nakita escondeu a sua ressonância na maior parte do tempo, e em parte porque ela não estava caçando. Josh virou-se para se sentar de costas para a pedra. Olhando em sua bolsa de ginástica, ele trouxe o seu telefone. — Eu vou mandar uma mensagem para minha mãe. Dizê-la que estarei em casa mais tarde. Se alguém perguntar, eu

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estou com você. Olhei para meu relógio e acrescentei duas horas. — Boa idéia. Onde é que vamos estar? The Low D? — Ok, então eu menti para meu pai. Eu não me senti bem sobre isso, mas ele não ia acreditar que eu estava em algum lugar na Califórnia, muito menos morta e tentando mudar a política do céu sobre abater almas perdidas. O aroma suave de penas me chamou a atenção, e eu sorri enquanto Barnabas atravessou o cemitério, as mãos nos bolsos e olhos caçadores. — Nenhum ceifador branco, sem asas negras, e não a Grace. — ele disse, correndo a mão sobre seus cachos e vagamente olhando os ônibus. —Você quer que eu vá verificar o apartamento de Tammy? Grace não? Eu não poderia ajudar, mas me pergunto por que ele tinha trazido Grace para a conversa, mas acenou com a cabeça, olhando para Nakita enquanto a pressão sobre a bolsa se fechou. Ela colocou a câmera longe, se recusando a deixar Barnabas estar envolvido em qualquer coisa que ela não estava. —Você se lembra do endereço? — Eu perguntei. — Coral Way. — ele disse, em seguida, tocou a ponta da minha mão. Eu vou voltar e dizer-lhe se ela está lá, ecoou em meus pensamentos, e eu pulei. Piscando, eu olhava para ele. Nakita tinha blindado minha ressonância desde que deixei Three Rivers para Ron não saber onde estávamos, se ele nos verificou, e eu não sabia que era possível tocar pensamentos enquanto blindada. Mas Barnabas me tocou fisicamente, talvez por isso que é ele foi capaz de ignorar o escudo. — Hey! — Nakita disse, piscando os olhos de prata divina por um instante. — Não há notas de passagem. Josh fechou o telefone e olhou para nós em questão. — Relaxe. — disse Barnabas amargamente enquanto seus dedos escorregavam de cima da minha mão. — Eu estava apenas certificando-se que era possível. Fez uma pausa, depois disse: — Vêem? Ela não ouviu isso. — Porque eu estou blindada. — eu disse, e Barnabas assentiu com a cabeça, seu olhar do outro lado da rua e os carros fazendo fila. Achei seu

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humor azedo, súbita desconfiança em Nakita, mas de sua capacidade de falar para mim silenciosamente em tudo. Isso significava que ele não era um ceifador branco, não mais. Ele estava se movendo em direção ao lado escuro, em direção a mim. Que um ceifador branco tinha abandonado seus milênios de crenças para me seguir para o campo inimigo era um pensamento sério. Se eu pudesse fazer Nakita e ele trabalhar juntos para salvar o corpo e alma de uma pessoa marcada, então eu poderia ser capaz de convencer os serafins de fazer as coisas do meu jeito, e as primeiras gadanhas iriam parar para sempre. Se, se, se. E se eu não pudesse, então assim que eu encontrasse o meu corpo, escondido em algum lugar entre o agora e o depois, eu estaria desistindo do meu amuleto e voltando a ser normal, viva, e não saber nada sobre ceifadores, timekeepers e anjos da guarda. Mas o pensamento não tinha a emoção que um dia teve. Eu queria que isso funcionasse. Grave. Josh se levantou seu saco de ginásio na mão, deslocando desajeitadamente na tensão entre Nakita e Barnabas. — Ei, hum, eu estou indo para trás do mausoléu me trocar, ok? Eu já volto. — Ele se virou e foi embora para o pequeno edifício próximo, cinza com a idade e por negligência. Eu o assisti ir, pensando que ele parecia bom. Confiante. Duas crianças passaram por ele em suas bicicletas, cortando o cemitério como um atalho. Escola estava fora, e voltei para o ônibus, ouvir as crianças gritando umas as outras. Ao meu lado, Nakita inquietou-se. Eu estava começando a sentir a tensão, também, e eu me inclinei para trás da lápide, escovando os pedaços de pedra antiga fora da minha camisa enquanto eu olhava para as asas negras. Esta se sentia como uma real colheita. Eu tinha tido o flash forward. Eu tinha encontrado o lugar. Eu estava tentando encontrar a marca. Se eu desperdiçar meu ponto de partida, um ceifador branco apareceria para me parar. Não importava que nossos objetivos fossem os mesmos salvar a marca da vida, porque se eu não pudesse, Nakita estaria lá para matar Tammy. Sacrificar a vida para salvar a alma. Era uma razão idiota para morrer. — Barnabas. — eu disse ainda me perguntando sobre Grace. — Você acha que eu deveria chamar a Grace? — Eu gostava da Grace, mas ela era o meu contato com os serafins, e se ela não estava aqui, isso pode significar que eles queriam ver se eu poderia fazer isso sem a ajuda dela. Ela estava muito

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perto do divino para me ver mais do que o brilho de suas asas na maioria das vezes. Nakita, Barnabas, e eu podíamos ouvir sua voz, mas ninguém mais podia. Grace pensava que era uma poetisa. Que poderia ser por isso que Josh parecia ser o único feliz quando ela estava por perto. — Eu não sei. — disse Barnabas, a sua expressão fechada e me preocupando ainda mais. —Eu vou verificar o apartamento. — Obrigada. — eu disse suavemente, e ele foi embora para encontrar um lugar tranquilo para mostrar suas asas, e então, ir ao ar. — Eu pensei que ele nunca iria partir. — Nakita disse. — Oh, vamos lá. — Eu disse, andando para trás, para cima do muro alto entre nós e o da rua. — Barnabas é bom. Admita que você está furiosa por ele estar se transformando em um ceifador negro, e supere isso. — Ele? — Ela riu. — O dia que Barnabas se tornar um ceifador negro é o dia que eu vou beijar seu amuleto. Silenciosamente vimos às crianças saindo da escola, cada um parecendo saber exatamente para onde estava indo. Se ela sabia ou não, as próprias visões de mundo de Nakita foram mudando. Quando nos conhecemos, ela tinha sido uma típica ceifadora negra, pronta para foiçar pessoas em observação para salvar a suas almas. Para ela, o corpo não era importante. A vida não era importante. A alma. Ela tinha me levado séculos para ter uma idéia disso. Escuro para o destino do Céu, invisível, a luz da escolha humana para recolher. Tecnicamente falando, eram os ceifadores brancos que eram os bandidos na vista do céu, depois de ter sido expulso e se unirem para proteger aqueles que eram alvos dos ceifadores negros. Eles salvavam a vida à custa da alma. Então, quem estava fazendo o maior bem? Eu não sabia mais. Nakita ficou em silêncio ao meu lado, scaneando faces. Eu não tinha certeza se Tammy ia ser pega pela mãe, ou se ela ia voltar de ônibus para casa. — Talvez tentando encontrá-la na escola não é uma boa idéia. — eu disse. —Talvez nós precisemos chegar mais perto. — eu acrescentei quando Nakita não disse nada.

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— Por que você não tenta usar as linhas de tempo para encontrá-la?— Ela finalmente disse. — Kairos sempre me mostrou a aura da marca nas linhas do tempo para que eu pudesse reconhecê-la ou ela por isso. Estremeci. —Aura de Tammy, hein? — Eu ofereci. — Isso é ótimo. Só que eu não posso ver auras. — Eu posso. — Nakita disse. — Kairos me mostraria a linha do tempo onde ele viu a aura se misturando com ele, isso é o que estaríamos procurando. Podemos fazer isso, Madison. — a testa franzida dela. — Nós podemos encontrá-la antes de Barnabas, eu aposto. Um nó de tensão diminuiu em mim, e eu sorri. Barnabas. A rivalidade era tão ruim assim, mesmo agora. — Vale à pena tentar. — eu disse alegremente, depois virei às costas para a escola e me sentei. As barras da cerca empurravam as minhas costas, e a grama fazia cócegas em meus tornozelos. O sol fez uma imagem legal de luz sobre mim. Tomando uma respiração, eu não precisava mais falar, eu exalei, tentando resolver usando a técnica que Barnabas tinha me ensinado. Minha mão subiu, e eu agarrei a pedra que estava no centro do meu amuleto. Os fios de prata que a sustentava se torando quentes, e eu fechei os olhos. Era o meu amuleto que me deixava ver as linhas de tempo, e se eu poderia usá-lo para ver auras, seria um sinal muito bom de que eu estava ficando melhor nisso. Encontrar as linhas de tempo foi fácil, e com quase nenhum esforço, achei o brilho intenso do presente, deslocando até o infinito. Agora tudo que eu tinha que fazer era encontrar Tammy sobre ele. A vida de todo mundo tinha uma cor diferente ou aura. Eu não conseguia ver auras, mas Barnabas tinha ido inúmeras vezes sobre elas quando estávamos sentados no meu telhado e esperava o sol se levantar. Para a maioria das pessoas a cor era um reflexo da sua idade e estado de espírito e pode mudar com as estações, mas para ceifadores, era uma reflexão de que lado do destino ou livre-arbítrio estavam. Ceifadores brancos tendem a ver um vermelho escuro, e ceifadores negros, violeta, e os do meio um amarelo, neutro esverdeado. Quando eu conheci Barnabas, seu amuleto tinha sido um respeitável vermelho escuro. Agora, porém, estava claramente se movendo para espectro, mostrando mais do que ações, certamente ele estava começando a duvidar de suas próprias crenças. Dúvida em um anjo era uma coisa, assustadora e inesperada, como encontrar rochas realmente feitas de água.

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Minha aura original tinha sido azul, ou assim Barnabas tinha me dito uma vez. Agora era violeta, tão escura que era basicamente preta graças ao meu amuleto de timekeeper. Era fácil encontrar a minha aura na linha do tempo, parecendo quase como um sumidouro5. Ao meu lado estava o brilho de Nakita um violeta alegre, seus pensamentos teciam entre mim. Barnabas estava ausente, mas se eu olhasse para baixo para o tecido do tempo para o passado, eu podia ver onde ele tinha estado com a gente. Josh também. Enquanto eu me instalei, a aura de Josh saltou de algum outro lugar, juntandose a minha e a de Nakita. Ele foi para trás do mausoléu, e eu não precisava abrir meus olhos para conhecê-la. — Ela está tendo o flash forward de novo?— Eu o ouvi sussurrar. — Não. — Nakita disse suavemente. — Ela está procurando as linhas de tempo para encontrar a marca, uh, aura de Tammy. — Sério?— Josh disse, e o ouvi soltar seu saco de ginásio. — De que cor é a minha aura? —Azul. — ela disse laconicamente. — Shhh. Assim que ela disse isso, meu pensamento todo se realinhou. Dado um nome, a ressonância que eu estava vendo de Josh de repente fez sentido. Azul. A ressonância de Josh era azul. Eu podia vê-la em minha mente muito clara. Sentindo-se mais confiante, eu deixei o brilho de Josh e Nakita para fazer a varredura de volta, algumas horas mais cedo para o emaranhado de linhas onde eu tive o flash forward. Eu podia sentir a presença de Nakita perto de mim, e juntos olhamos para onde o meu passado enrolava com outro, o peso dele parecendo fazer um mergulho no tecido. A aura juntamente com a minha era uma espécie de cor esverdeada doente com um flash de laranja em seu centro. Ao lado dela era um azul amarelado, um pouco menor. Seu irmão? Tinha que ser, e eu ansiosamente abri meus olhos. Josh estava olhando para mim, tinha se agachado para me olhar diretamente em meus olhos, e eu sorri de volta para ele. Eu não poderia dizer, mas pode ter havido um suave brilho azul em volta dele até que o sol lavou-o para fora. Talvez eu tivesse uma chance, afinal, se eu era realmente capaz de ver auras. 5

Lugar onde se somem muitas coisas.

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— Isso foi ela? — Nakita perguntou impaciente. — O esverdeado e um laranja? — Você viu? — eu disse, aliviada, e ela balançou a cabeça, quase sorrindo, enquanto eu deixava de lado o amuleto, as visões da última linha do tempo desapareceram de meus pensamentos. — Tammy tem problemas. — disse ela, de repente, muito mais interessada nas crianças dentro do ônibus ou entrando nos carros. — Mas a maioria das crianças de dezessete anos de idade tem. Dezessete anos, o mesmo que eu, ou teria se eu estivesse viva. Josh se levantou, estendendo a mão para me ajudar. Estendi-a, sentindo um formigamento entre nós. O brilho sobre ele parecia se fortalecer, e eu podia ver umas estrias vermelhas passando por ele, pairando ainda mais perto de sua pele. Parecia que estava desaparecendo, porém, como uma contusão. Sua experiência de quase morte, talvez? Nakita estava segurando as grades da cerca, com a cabeça descansando suavemente entre elas como se estivesse na prisão. Eu me senti como se fosse um dos mortos, espionando os vivos. Ok, tecnicamente eu era, mas estar por trás do muro do cemitério só fortaleceu a emoção. Nakita estava com os olhos fechados, e ela respirou profundamente. —Não há como encontrar vinte pessoas na idade certa que têm auras como essa. — disse ela. — Vamos chegar mais perto. Com a bolsa vermelha debaixo do braço, ela se dirigiu para a porta, impressionante sobre as sandálias silenciosas sobre a grama aparada. Eu escovava meus jeans, olhando para Josh de calça e camisa. Ele estava com calor, mas era melhor do que o seu short de corrida e a regata de cima. — Se isso ajuda, o irmão de Tammy tem uma aura azul amarelada. — eu disse em voz alta. — Eu vi isso. — Nakita virou-se para me mostrar um sorriso preocupante. Predatória. Ansiosa. Seus dedos estavam em seu amuleto, a origem de seu poder e da fonte de sua foice. Ao meu lado, Josh hesitou. — Ela não vai matá-la, certo?

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Eu balancei minha cabeça, sentindo que ele estava certo em perguntar. Aumentei o ritmo para alcançá-la. — Nakita? — eu perguntei cautelosamente. Nakita parou a mão no portão e seus olhos sobre as crianças. Havia menos crianças em pé do lado de fora agora, e o primeiro dos ônibus já estava saindo. — Eu não vou permitir que Ron coloque um anjo da guarda nela. — disse ela com firmeza. — Você tem que exatamente melhorar Barnabas para fazer a sua parte. Mas eu estou te dizendo que isso não vai funcionar. Marcas nunca ouvem. — Ace fez. — Eu estava discutindo com uma parede de tijolos, mas as paredes de tijolos ainda poderiam ser quebradas. —Ok. — eu admiti enquanto ela inclinava a cabeça e levantava as sobrancelhas interrogativamente para mim. — Então Ace está fadado a viver uma vida curta e violenta, mas sua alma não é sem sentido e ele tem pessoas para pensar. — eu protestei. — E sobre Shoe? Agora que ele não está levando a culpa por destruir o sistema do hospital, ele pode ajudar a prevenir o ataque terrorista de computador no futuro. Você não pode me dizer que é uma coisa ruim. 24

— A vida é transitória. — ela murmurou num sussurro de dúvida em sua voz. — Apenas as questões da alma. — Verificando para ver que ela tinha sua câmera preciosa, ela levantou a cabeça e partiu para o meio-fio lascado. Josh riu, e bateu os ombros quando ele pegou minha mão e seguimos. Como mágica, senti como se o sol fosse mais quente, o ar mais fresco, e meu andar mais claro. Sua mão na minha era legal, e ele me deu um pequeno aperto, cimentando a nossa conexão. Josh atura um monte de coisas minhas, e eu estava grata que ele estava aqui. Vida, curta violenta ou não, eu estava orgulhosa do nosso sucesso com Ace. Não apenas tinha salvado sua alma e vida, mas conseguimos manter o seu melhor amigo, Shoe, fora, também. Tinha sido muito difícil, porém, e nosso sucesso foi tanto devido a Shoe trabalhando para salvar a própria pele enquanto eu, Barnabas e Nakita tentávamos salvá-lo também. Juntos, Josh e eu pisamos ao lado de Nakita no meio-fio, olhando para o sol na escola desconhecida. — Eu sei que todo mundo acha que Ace foi um acaso. — eu disse suavemente enquanto a mão de Josh fugia com um aperto distante. — É por isso que temos que fazê-lo

novamente. Dobrando sua bolsa debaixo do braço, Nakita encolheu os ombros. Claramente ela não acreditava que era possível, mas tanto quanto eu estava preocupada, esta gadanha já estava indo melhor do que a anterior. Nakita havia concordado em não matar Tammy a menos que tenha certeza que ela não poderá ser ajudada, e nós sabíamos onde Tammy vivia. Estávamos com meio caminho andado. — Será que são eles? — Nakita disse de repente, e eu segui seu dedo apontando para uma garota loira em pé, impaciente com um pé nos degraus de um ônibus, o outro na calçada. Ela estava gritando com um grupo de meninos ainda na escadaria da escola, suas cabeças juntas ao longo de um jogo portátil. —Ela tem uma aura esverdeada com o centro laranja. — Segure seus cavalos! — Um menino de cabelos escuros gritou de volta, fazendo uma cara feia para ela. — Eu tenho que chegar a um portal, ou eu vou perder o meu lugar! — Você vai perder a sua carona, seu idiota! — Ela gritou de volta. — Mamãe vai ser demitida se ela tiver que deixar o trabalho para buscá-lo de novo, Johnny! A memória do meu coração deu uma batida e desapareceu. Johnny. Esse era o nome do irmão de Tammy. A menina virou com raiva e subiu as escadas. Na linha de ônibus, o segundo acelerou seu motor virando à esquerda e se foi. Mais dois para ir até Tammy. — Sua irmã é uma bruxa. — eu ouvi um dos rapazes dizer a Johnny, mas Johnny estava absorvido em seu jogo para comentar. — São eles. — eu disse, de repente preocupada. E agora? Josh olhava para o ônibus a esquerda. — Será que vamos também? Meus lábios pressionados. Nakita só poderia transportar uma pessoa no voo, e eu não queria me separar.

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— Gente. . . O ônibus está saindo! — Josh disse, apontando para nós corrermos para ele. — Johnny!— A menina gritou de sua janela. —Pegue o ônibus! Uma onda de excitação correu através de mim. — Vamos. — eu disse, e todos nós quebramos em uma corrida. O ônibus estava acelerando seu motor. Nós escorregamos logo após Johnny, subir as escadas, Nakita primeiro, e depois de mim, e por último, Josh. —Hey. — disse o motorista, claramente, não nos reconhecendo, então ele piscou. Eu podia sentir meu amuleto aquecendo, e adivinhei que Nakita estava fazendo algo. O olhar do motorista estava subitamente sem foco, e eu avancei por ele no corredor quando ele chegou a puxar a porta fechada. Josh mal o fez. Eu respirei ruidosamente em alívio. Graças à Nakita, o condutor, nem nos viu, ou não se importou. As crianças, porém, sabiam que não pertencíamos, e cerca de quinze pares de olhos olhavam para nós enquanto fazíamos nosso caminho até a lateral. Nervosa, eu me concentrei no meu caminho até à parte traseira onde Tammy tinha se sentado com duas meninas, uma com ela, e uma atrás delas, inclinando-se sobre o dorso de sua bancada. Meu mal-estar cresceu enquanto vários pares de olhos foram no meu cabelo roxo-tingido, e alguém bufou para os meus sapatos amarelos. A minha mão foi para o meu amuleto, eu toquei no divino tempo suficiente para curvar a luz em torno dele, escondendo a pedra. Eu ainda podia sentir a sua forma original, mas tanto quanto se sabia, era apenas uma corrente de prata. Eu pulei quando Josh tocou minha mão, e ele sorriu por ter me surpreendido. Inclinado para frente, seu hálito fazendo cócegas no meu pescoço e enviando um arrepio através de mim, ele sussurrou: — Eu vou me sentar atrás de Johnny. Ver se consigo aprender alguma coisa. — Ok. — eu sussurrei de volta, e ele bateu em um lugar vazio, fechando os olhos para depois olhar de forma entediada. Seu pé, porém, estava balançando. Ele estava gostando disso, o que fez eu me sentir bem. Ser namorada e timekeeper negra era difícil. Deveria ter algumas vantagens. — Lá. — eu disse a Nakita, apontando para a cadeira vazia na frente de

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Tammy. Nakita sentou rigidamente, o nariz enrugado como se ela cheirasse algo ruim. Eu concordei com ela. Eu não tinha entrado em um ônibus desde que eu tinha recebido meu carro há um ano. — Claro que meu carro ainda estava na Flórida com a minha mãe, mas eu prefiro andar de bicicleta na chuva por cinco milhas do que pegar o ônibus agora. Eu cautelosamente me recostei, meus pés se estendo largamente para me manter em equilíbrio enquanto eu caía na estupor semiconsciente do que os ônibus tinham sempre gerado em mim. Lentamente a postura de Nakita se aliviou enquanto ela pegou o meu jeito desleixado e mal contendo os estragos do resto do ônibus. Era barulhento. Eu tinha esquecido essa parte. Oh, que alegria. O ônibus balançou e eu me apoiei em linha reta enquanto nós pegávamos a estrada principal. Lentamente, o ruído nivelando e o bramido do diesel tornou-se um fundo hum. Ok, eu tinha encontrado Tammy. Agora, a questão era, como eu poderia convencê-la a ficar em casa esta noite para seu apartamento não pegar fogo, Johnny não morrer, e ela não perder a fé em si mesma e no mundo? Não era como eu poderia girar em torno do assento e dizer-lhe para tomar uma melhor decisão ou seu irmão estaria indo para a grande arcada no céu. — Oh, é para morrer! — Uma grande voz, disse, muito ousada para ser confortável em meus ouvidos. — Eu o vi na noite passada. Suas calças estavam tão apertadas que poderiam saltar do copo de manteiga de amendoim para fora delas, e eu juro, a camisa tinha um novo botão desfeito em cada cena. — Bom Deus, Jennifer. — disse Tammy. — O que há com você comparando os meninos à comida? — E daí?— A voz protestou. —Vou vê-lo novamente hoje à noite. Com Chris. Você quer vir? Podemos convidar Dan em um duplo encontro. — Eu tenho dever de casa. — disse uma nova voz da direita atrás de mim, uma espécie de voz suave e calma que parecia que pertencia a alguém que tinha sido espancada muitas vezes por seus amigos. Eu conhecia a voz. Nunca tinha sido minha, mas eu a conhecia. — Dever de casa. — Jennifer bufou. — Eu sabia que você não viria. Eu estava conversando com Tammy.

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Ao meu lado, Nakita começou a mexer com seu amuleto. Eu olhei para ela, não querendo que ela retirasse a sua foice. Barnabas teria um ataque. — Vamos, Tammy. — Jennifer disse. —Você gosta do Dan, certo? Agora é sua chance de descobrir o quão bom ele pode beijar. —Uh. . . Minha mãe. . . —Tammy começou, e Jennifer riu. — Por favor. — ela gemeu. —Não há nenhuma maneira de sua mãe descobrir. Ela estará trabalhando. — Sim, mas não é como se eu pudesse fugir com Johnny em volta. O pirralho vai me entregar. — Então, espere até que ele esteja dormindo. Estamos indo para o show, de qualquer maneira. A imagem de um prédio em chamas veio diante dos meus olhos, e novamente, o terror de Tammy de ver a ambulância em silêncio piscar com seu pequeno cobertor e maca me encheu. Virei à cabeça apenas o suficiente para que eu pudesse ver Jennifer inclinando-se sobre o encosto do assento de Tammy, com os braços pendurados. Sua expressão era zombeteira, e eu reconheci o que o olhar de Tammy agora estava tendo. Eu estava irritada com as pessoas que eu achava que eram meus amigos, também. Ela estava pensando em aceitar o convite, não porque ela queria se sentar em um teatro escuro com Dan, mas porque ela não queria que Jennifer pensasse que ela era uma galinha. — Olha. — disse Jennifer — Espere a sua mãe ligar as nove, como ela sempre faz, e depois saia quando o menino estiver dormindo. Fácil. Você estará em casa lá pelas 12h 30min. A garota que tinha o dever de casa tinha os seus lábios apertados, silenciosamente dizendo para Tammy dizer não. Jennifer viu e se afastou um pouco. —Você é galinha. — ela disse ironicamente. Eu suspirei, sabendo o que ia acontecer a seguir. — Não sou!

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Eu segurei a borda do assento enquanto tomamos um canto, desviando o olhar quando os olhos de Jennifer encontraram os meus por um segundo. — Então eu vou vê-la às 10h 30min? — disse a menina, e eu podia sentir os olhos em mim ainda. — Tudo bem. — disse Tammy, e a memória de seu terror me bateu de novo. — Você não pode! — Exclamei, me voltando no assento. As três meninas e Nakita olharam para mim, Nakita, maravilhada, Jennifer com raiva, e Tammy e sua última amiga perplexas. — Quem te perguntou aberração?— Jennifer disse em voz alta. Meu rosto ficou vermelho, mas não era como se eu pudesse simplesmente voltar ao passado. —Eu. . . uh. — gaguejei. — Madison não é uma aberração. — disse Nakita calorosamente. — Ela está tentando salvar a alma de Tammy. 29

Com os olhos fechados, e eu me encolhi. Quando os abri, os olhos de Tammy estavam arregalados, e a menina com ela olhava com medo. Jennifer começou a rir. Eu estava mortificada. Deus, Nakita não tinha idéia de como soou fraca? Mesmo que fosse verdade? — Que diabos? — Jennifer disse. — Você vai a algum tipo de escola bíblica? Meu temperamento levou a melhor sobre mim, e eu olhava para ela. — Querida, as coisas que tenho feito, faria seus devaneios serem uma vergonha. — eu disse, a raiva empurrando meu embaraço para o fundo da minha mente para lidar com ele mais tarde. — Então me escute quando eu digo que esgueirar-se para fora não vale a pena. O som do motor ecoou no ônibus, e eu abafei um arrepio quando olhei para Tammy. Vendo-a nessa nova resolução, percebi que falar havia feito mais mal do que bem. Ela queria a liberdade. Ela queria tomar suas próprias

decisões. Mas ela claramente pensou que fazer suas próprias decisões significava fazer o oposto do que seus pais diziam que era bom para ela. Eu tinha a chamado de tola, mas tinha sido da mesma forma comigo. Até que eu morri tentando mostrar que eu não era uma pequena garota. Elas ainda estavam olhando para mim. Talvez eu devesse tentar uma tática diferente. — Olha, tudo que eu estou dizendo é que as coisas às vezes dão errado. — eu disse. — E se o seu irmãozinho se machucar? Um ladrão pode entrar, ou o edifício poderia pegar fogo. E ele estaria sozinho. Jennifer caiu para trás em seu assento. — Nesta cidade? Você deve estar brincando comigo. Nada acontece aqui. Preste atenção nos seus próprios negócios. Nakita estendeu a mão para seu amuleto, e eu gentilmente chutei seu tornozelo. Seu olhar saltou para o meu, seus olhos parecendo dizer: eu avisei. Eu estava quente, com raiva. Eu não sei como, porque eu estava morta e não tinha realmente um corpo, mas eu estava definitivamente quente. Desconcertada, me virei, muito ciente delas ainda me encarando. Eu não conseguia olhar para Nakita. Eu não queria que ela estivesse correta. Não havia nenhuma maneira de eu passar os próximos mil anos enviando anjos assassinos para acabar com vidas, a fim de salvar almas. Eu fiquei em pé quando o ônibus balançou em um impasse. Nakita se levantou junto comigo. — Estamos saindo? E quanto. . . Ela? Meus olhos estavam fixos na frente, três crianças saindo. — Tammy estará bem até hoje. Precisamos ir antes que eu enfie meu amuleto na garganta de Jennifer. — Olhei de volta para Nakita, que ainda não tinha começado a andar pelo corredor. — Vamos lá. Nós sabemos onde ela mora. Ou Barnabas sabe. Assentindo, Nakita me seguiu. — Estamos indo embora? — Josh disse enquanto eu tocava seu ombro, mas ele imediatamente pegou sua bolsa de ginástica e se levantou.

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Na parte de trás do ônibus, Jennifer disse em uma falsa voz zombando: — Indo para casa para tomar chá com suas bonecas? Josh deu um largo sorriso e seus lábios e bochechas se pressionaram quentes. — Hora de ir embora. — Antes que Madison aprenda a usar seu amuleto e foice na garota errada. — Nakita disse claramente se divertindo. — Eu não posso acreditar que eu apenas soltei aquilo assim. — repreendi a mim mesma. —Eu sou uma idiota. — Não foi bem, hein?— Josh perguntou enquanto ele entrou por trás de Nakita, e todos nós descemos do ônibus. — Essa é uma boa maneira de dizer o que aconteceu. — eu disse as mãos em meus quadris e olhando para o ônibus da calçada. Tammy estava me observando, e Jennifer estava fazendo uma face angelical olhando para o céu. Eu odiava o fato de que eles estivessem rindo de mim, especialmente com Josh assistindo. 31

Nakita e Josh estavam ao meu lado, e eu prendi a respiração quando o ônibus partiu. As três crianças que saíram conosco nos deram uma boa olhada antes de se dirigirem pela calçada. — Madison?— Josh perguntou, e eu exalei. — Está tudo bem. — eu disse, tentando me livrar da raiva. Eu não feito certo, mas foi só a minha segunda gadanha. — Nós sabemos quem ela é, e o que ela fará hoje à noite. Isso é mais do que sabíamos há dez minutos. — Olhei para meu relógio, surpresa ao descobrir que tinha se passado tanto tempo. — Barnabas está provavelmente a algumas casas acima. — eu disse enquanto eu colocava minhas mãos nos bolsos da minha calça e começava a seguir a rota do ônibus. — Você quer apenas ir a pé? Josh imediatamente colocou nos ombros sua bolsa e caiu no passo ao meu lado. Nakita, no entanto, ficou para trás, cabeça baixa, braços cruzados sobre o peito pensamento.

O barulho da porta da lavanderia batendo na parede trouxe os olhos de Barnabas para cima de onde estava sentado com uma intocada máquina de café em frente a ele. Eu vi a mulher que acabou de sair arrastando o garoto malcriado para a rua movimentada, nem mesmo usando a faixa de pedestres para se lançar sobre as seis ruas e alcançar o complexo de apartamentos do outro lado. O prédio era o mesmo do meu flash-forward — menos os caminhões de bombeiros. O ar condicionado estava aqui, mas estava úmido a partir dos secadores de roupas, e cheirava a café ruim e amaciante. O lugar estava vazio agora, além de nós, e Josh se inclinando para abrir a secadora que alguém tinha deixado fechada. O calor subia aquecendo os meus pés e, lentamente, o barulho morreu. Josh deslizou da secadora de roupas, suspirando enquanto ele foi em direção a máquina de concessão6. Ele sacudiu o troco em seu bolso antes de trocá-lo por um duplo recheado bolinho de massa do tamanho de um prato. Eu olhei para ele com inveja enquanto ele voltou e caiu no sofá ao meu lado. Nakita estava na cadeira ao lado de Barnabas, e eu apoiei meus pés em cima da mesa. —Você encontrou o lugar certo?— Eu perguntei a Barnabas enquanto Josh dava uma mordida grande, creme branco escorrendo na parte de trás. Barnabas assentiu com a cabeça, passando a mão sobre seus cachos soltos enquanto o olhar dele saiu pela janela do prédio. — E você? Encontrou 6

Aquelas máquinas de venda automática que vendem doces, são bastantes comuns nos EUA, aqui no Brasil são mais comuns as de refrigerantes.

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Tammy? Nakita revirou os olhos e pôs sua bolsa sobre a mesa. — Ela estragou tudo. Minha testa franziu, e os olhos de Barnabas se arregalaram. — Ela está morta? — Ela não está morta! — Eu disse, então abaixei minha voz quando um atendente enfiou a cabeça dentro da sala antes de desaparecer em outra de volta. A trilha do riso subiu ligeiramente, e eu me inclinei para Barnabas. — Eu sei quem ela é. Loira. Mandona... — E acha que a Madison é uma maluca. — Nakita disse enquanto abria a bolsa e tirava sua câmera. Focalizando as fileiras de máquinas de lavar roupas silenciosas, tampadas, ela acrescentou: — Você apenas teve que deixá-la escapar. — Hey. Eu não sou a única a lhe dizer que eu estou tentando salvar sua alma. — eu disse, e Barnabas exalou alto. 33

Totalmente imperturbável, Nakita olhou as costas de sua câmera e a tela digital. — Fique em casa ou você vai arruinar a sua vida essa foi a primeira coisa que saiu de sua boca. Tivemos que descer do ônibus. — olhando para Barnabas, ela acrescentou: — Você viu Tammy sair? Barnabas puxou-se para fora de seu desleixo. — Poderia ter sido ela. Eu vi uma menina na idade certa descer do ônibus com um rapaz. Ela olhou assustada. Eu balancei a cabeça. — Essa é provavelmente ela. Jeans, camisa rosa. Loira? — Sim, ela mora no terceiro andar, apartamento do canto. — Barnabas tomou um gole da bebida, fez uma careta, e colocou-a para baixo. — Doces e Serafins, não combinam. Então o que aconteceu no ônibus? Meu foco turvou enquanto eu pensava voltar a ele. Talvez eu não tivesse feito às coisas ficaram tão ruins assim. — Ela e seus amigos acharam que eu era a aberração de uma tiazinha. Dois ferrados? Eu não sei. Se ela parecia

assustada, talvez ela vai ficar em casa hoje à noite em vez de ir ao cinema para trocar saliva com o David. — É Dan. —, Nakita disse, e eu revirei os olhos. — Dan então. Mas se seu irmão não morrer, ela não vai fugir, certo? Problema resolvido. Nakita, porém, não parecia convencida enquanto ela trocava um olhar preocupado com Barnabas. — O quê? — Eu perguntei, achando que eles sabiam algo que eu não sabia. Josh virou seu bolinho para lamber o creme de leite escorrendo para fora. Ele parecia feliz e contente, e eu mudei minha perna até tocar os seus joelhos. Ele sorriu enquanto olhava para cima, me fazendo feliz por ele estar aqui comigo. — Você não para de comer?— Nakita perguntou a ele. — Não. — Josh virou para olhar para a máquina de venda automática. — Você lascou sua unha pintada. Nakita engasgou, imediatamente verificando as unhas, em seguida flexionando primeiro uma sandália levantando-a para verificar os dedos dos pés, depois a outra. — Eu não! — Ela exclamou indignada. Barnabas estava sorrindo, e Josh levando o seu último bolinho até a boca. — Madison, você quer um? Eu balancei minha cabeça, e Nakita olhou para ele. —Ela não come, mortal. — Ainda é educado perguntar. — Josh disse, mastigando, e se eu fosse capaz de corar, eu teria corado. — Barnabas, elas já lhe disseram que Madison identificou Tammy por sua aura? Uma faísca de emoção correu através de mim, e me sentei, depois de ter esquecido o meu sucesso lá. — Não. — Barnabas disse, parecendo tão feliz quanto eu me senti de repente. — Madison, Isso é fantástico! Quanto tempo você tem sido capaz de ver auras? — Eu não posso.— eu disse, mas eu estava começando a me perguntar.

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Nakita, também, estava sorrindo novamente. — Olhou para trás com a linha do tempo para onde ela piscou para que eu pudesse ver a ressonância da aura de Tammy. Ela é um peixe. — Verde com um centro laranja. — Barnabas disse misteriosamente. — Ela tem problemas. — Peixe? — eu perguntei, querendo saber se era algum tipo de código. — Minha aura é azul. — Josh disse. Barnabas olhou de soslaio para ele. —Eu sei. — disse ele, então se virou para mim. — Então, você falou com ela. Está com medo dela. Você acha que foi o suficiente? Dei de ombros, olhando o bolinho de Josh. — Eu não sei. Não é como se eu me movesse de volta para casa, quando a realidade volta a se realinhar. Eu quero falar com ela novamente. — É uma boa idéia. Ignorando Barnabas, eu lambi os meus lábios, desejando que eu estivesse com fome. — Isso parece bom, Josh. Josh sorriu enquanto se levantava. — Eu vou te dar um. — Ela não come. . . Josh — Nakita disse secamente, em seguida, tirou uma foto de todos os pés e as migalhas que ele tinha deixado. Eu balancei minha cabeça, e Josh se sentou. — Obrigado, de qualquer maneira. — eu disse suavemente. — Eu ficarei feliz quando eu aprender a olhar entre o agora e o depois e encontrar o meu corpo. Estou cansada de não estar com fome. Nakita congelou, e eu olhei para cima para encontrá-la olhando para mim. Seus olhos piscaram, em um movimento repentino, ela empurrou a câmera em sua bolsa. — Eu vou estar lá fora observando o apartamento. — ela disse, em seguida caminhando rapidamente até a porta, as costas rígidas e o seu ritmo saltitante. A porta bateu na parede, fazendo com que o impacto fosse

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mais forte, e então ela estava lá fora, em pé com os braços cruzados e a cabeça abaixada no sol desbotado. Confusa, olhei de Josh, sua boca cheia e mastigando lentamente, para a expressão resignada de Barnabas. — O que eu disse?— Eu perguntei. Josh encolheu os ombros, mas Barnabas estremeceu. — Ela está preocupada que, depois de ter seu corpo de volta de que você vá se dissociar de seu amuleto e deixá-la. Então ser como eu. Preocupada, eu olhei para fora das janelas de vidro. — Essas asas negras que você colocou têm algumas de suas memórias nela. Ela sabe melhor do que ninguém sobre o céu ou a terra, e ela está com medo. Eu vou ficar bem, mas Nakita. . . Você lhe ensinou como é temer a morte, e ela pensa que quando você se for, ninguém vai entendê-la e as pessoas vão pensar que ela é um taco quadrado mais do que já pensam. Oh, Deus. Como faço me meter nessas confusões? Josh pulou quando seu celular vibrou. Desculpando-se, ele foi atender e nos dar alguma privacidade, ao mesmo tempo. Meu olhar caiu, e eu corri a minha unha ao longo de uma rachadura na mesa. Olhando para cima, juntei a minha determinação. — Eu não quero desistir de ser uma Timekeeper Negra. — disse — Mas se eu não puder fazer este trabalho, se eu não conseguir convencer os serafins que as gadanhas precoces são desnecessárias para salvar a alma de uma pessoa antes que ela seja má, então eu não vou ficar por ai enviando ceifadores para matar as pessoas que estão com muito medo, ou assustados, ou simplesmente estúpidos para encontrar a alegria na vida. Barnabas olhou pela janela, com o boné puxado sobre os olhos. — Você queria saber o que estava incomodando ela. É isso. Ele era extraordinariamente insensível, e eu fiz uma careta. — Você não acha que eu prefiro ficar aqui com você? — Eu quase rosnei, amassando o papel do bolinho de Josh. —Eu estou tentando fazer este trabalho! — Assim é ela. — Barnabas se inclinou para frente. — Ela não tem estado na Terra tanto tempo quanto eu. Ela não entende sobre as escolhas humanas e a fragilidade dos seus sonhos e a força que reside em sua esperança

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e fé. Os anjos vêem tudo em preto e branco, e a terra foi feita para ser colorida. Pense sobre o que você está pedindo para ela fazer. Ela só sabe sobre a alma, Madison. A vida é secundária para ela. A vida é transitória, e você está lhe pedindo para ela arriscar a alma de alguém para uma extensão de algo que para ela é um piscar de olhos. — Mas todos nós temos esse piscar. — eu disse miseravelmente. Barnabas recostou-se e olhou para Josh, conversando com alguém no telefone. — Eu sei. É por uma dessas razões que eu deixei o céu. Eu acho que Nakita está começando a entender. Ela percorreu um longo caminho. Minha garganta estava apertada, e eu assisti Josh fechar o telefone, olhando tão deprimido como eu me sentia. — Então, você entende, Barnabas. — eu disse suavemente. Franzindo a testa, Barnabas desviou o olhar. Eu sabia que ele não estava feliz em deixar seu status de ceifador branco. Meu talento especial parecia estar estragando a vida de todos. Suspirando, eu assisti Nakita de pé no sol o olhar perfeito e preocupado. Ela não era um anjo caído, como Barnabas, mas em bom prestígio. Até agora. Mas eu tinha marcado ela, mudando a para sempre quando eu tinha acidentalmente colocado duas asas negras dentro dela. Eles haviam me comido viva quando eu tinha perdido o contato com o meu amuleto e tinha caído através dela como um fantasma. As asas negras tinham trincado sobre ela e começaram a comer as suas memórias, muito mais ricas do que as minha. Eventualmente, os serafins tinham as colocado para fora, mas as lembranças que as asas negras tinham tirado de mim sempre foram uma parte dela. Ela já sabia como era ter medo, algo que a maioria dos anjos não tinha conhecimento. — Eu não quero sair. — eu sussurrei. Barnabas fez um pequeno ruído. — Então é melhor fazer esse trabalho. Josh arrastou os pés, os olhos se lançando de mim para Barnabas. — Eu tenho que ir. — disse ele com nojo. — Minha mãe descobriu que eu não estava no The Low D com os rapazes e me quer em casa. — Oh, não!— exclamei, fazendo com que a culpa dele mentir fosse minha, me levantando rapidamente. — Josh, eu sinto muito. Eu não quis te

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colocar em apuros. Ele deu de ombros, a cabeça abaixada enquanto ele fechava sua bolsa de ginásio. — Eu disse que levei você para jantar em vez disso, e ela não é louca, mas eu tenho que dar as caras. É melhor você chamar seu pai. Ela pode ter lhe telefonado. Eu odiava isso. Mentir. Trazia mais problemas do que os resolver, mas o que eram as minhas escolhas aqui? Hey, papai. Eu estou na costa oeste esta noite, tentando evitar a morte de um menino em um incêndio no apartamento. Volto depois da meia noite! Te amo! Jogando a cabeça para trás, eu olhei para o teto manchado. Alguém tinha colocado grafite lá em cima, e eu piscava. Barnabas silenciosamente se levantou e balançou a sua longa poeira como se fossem suas asas. — Eu vou te levar para casa. — ele ofereceu para Josh. — Presente de cachorro. — Eu jurei suavemente, em pé também. — Você acha que pode voltar? Josh içou sua sacola de ginástica no ombro e limpou as migalhas do bolinho de sua camisa. — Eu não sei. Eu vou cobrir você o melhor que posso, mas se alguém perguntar, eu deixei você no The Low D com um par de meninas. Eu fiz uma careta. Sim, isso era provável. Eu só tinha uma amiga, e ela estava na calçada, com medo que eu estivesse a abandonando. Josh olhou para o relógio, ainda no horário de Illinois. — São quase seis e meia em casa. — Frustrado, ele abaixou a mão e fez uma careta. — Eu posso não ser capaz de estar fora até depois da meia-noite, que será dez horas aqui. Tudo pode ser feito até lá. — Se tivermos sorte. — Olhei para Barnabas, sabendo que ele não ia sentar e esperar por Josh. Ele tinha voltado. — Bem, eu estou indo fazer uma aparição esta noite, também. — eu disse, pensando no meu toque de recolher. Pelo menos é o fim de semana. —Me liga? Josh sorriu para isso, e meu corpo todo e mente mudaram quando ele passou em torno da mesa e segurou minhas mãos as puxando suavemente,

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hesitante. Inclinei-me como ele fez, e ele me deu um beijo. Ele cheirava a sabão, e seus lábios curvaram-se em um sorriso suave quando ele se afastou. — Logo que eu saiba o que está acontecendo, vou ligar. — disse ele. — Talvez eu possa fugir mais cedo. — Tudo bem. — Eu me senti macia e mole, e eu deixei os dedos deslizarem mostrando a minha relutância. Lá fora, Nakita franziu a testa, mas esperou pacientemente Barnabas. Mudando a bolsa de ginástica maior, Josh se inclinou para mim novamente, e depois deu um último beijo, ele balançou para trás, sorrindo. — Vamos, Buck Rogers. — Barnabas disse enquanto ele apontou para a porta. — Vamos lá. Dando-me uma última olhada, Josh foi para o estacionamento. — Quem é Buck Rogers? — ele perguntou enquanto a porta se abria, Barnabas o capturou antes que ele batesse no muro. Eu lentamente afundei de volta na minha cadeira, ainda sentindo o calor dos dois beijos. Uma coisa tão pequena, mas não realmente pequena. Meu sorriso desaparecendo, eu assisti Barnabas falar com Nakita. A ceifadora negra olhou para mim, então para longe. Eu não poderia ajudar, mas me perguntava o que ele tinha dito a ela enquanto ele ia embora com Josh. Estendendo a minha perna, eu empurrei a porta com o meu pé fechando a secadora, depois levantei para apertar o botão para começar com isso de novo. O leve e deslizante zumbido, schlummp, schlummp, schlummp do jeans de alguém lentamente encheu a sala com vapor. Com a cabeça para baixo, me inclinei sobre a secadora de lado, imaginando se Nakita viria ou continuaria me boicotando. Eu queria que Josh pudesse ter ficado, mas eu estaria mentindo se não admitisse que tê-lo em casa para me ajudar caso eu precisasse era um conforto. Sendo dois fusos horários a partir de casa tornou-se difícil para mim, cobrir o fuso de um só. Mesmo para um Timekeeper. O zumbido fraco em minhas pernas ficou mais forte. Percebendo que não era proveniente da secadora, eu puxei a minha cabeça. O mundo tinha ido a azul. Como se eu estivesse em um aquário gigantesco no sentido inverso, o estacionamento além das enormes janelas de vidro era de um azul, ensolarado

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e escuro, mas mesmo enquanto eu olhava, as luzes fluorescentes na lavanderia começavam a gotejar um índigo insidioso. Eu estava indo para o flash. Nós fizemos isso! Eu pensei com alegria, olhos brilhantes enquanto olhava para Nakita, de costas para mim, enquanto observava Barnabas e Josh sair. Por que mais que eu teria o flash forward a menos que Tammy de fato mudasse o seu destino? Minha mão subiu para prender meu amuleto, chocada ao encontrá-lo mais quente. Estava quente! — Nakita. — gritei, e ela se virou. Seus olhos se arregalaram em algo que ela viu em mim, e eu ouvi uma mensagem mental para Barnabas o eco uma vez que atingiu o topo da atmosfera e se recuperou. E então o preto como tinta derramava das luzes do teto. Ele subia em torno de meus joelhos, e, como um gás mortal, me batendo forte. Meus joelhos cederam, e caí, um lado, ainda segurando a parte superior da secadora. O calor parecia queimar os dedos, e eu não podia ver. O material azul tinha ficado nos meus olhos e eles estavam lacrimejando. De repente eu percebi que não estava amarrotada no chão da lavanderia com os meus dedos quentes na secadora. Eu estava em Tammy agora, seus dedos estavam ardentes, e ela estava apavorada. Asfixiada, o ar quente queimou na minha boca, e meus pulmões doeram. Eu não conseguia respirar. — Johnny! — eu gritei encurvada, tossindo. Caí, os braços estendidos. Estava escuro, e eu engasguei quando minha bochecha bateu no tapete. O ar aqui em baixo foi para um bendito alguns graus mais frio, e eu chorei enquanto eu puxei-o em meus danificados pulmões. Eu estava morrendo. Eu tinha morrido antes, e eu sabia como era ter esse sentimento, embora Tammy não tivesse a mesma escuridão da minha visão, e a mesma falta de dor enchia meus braços e pernas. Não! Eu pensei, confusa. Eu tinha mudado as coisas! Tínhamos conversado com Tammy! Isso não poderia ser o futuro, não é? Estive lá, vai ser um final feliz isso? Tinha que ser. Mas o flash forward dizia o contrário, e pela ausência de fumaça azul, parecia que ia ser hoje, não amanhã. Maldição, eu tinha feito coisas piores, não melhores. — Johnny! — Eu chorei de novo, rastejando na sua porta. Eu o encontrei, chegando a girar a maçaneta e empurrar a porta aberta. Uma onda

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de sons correu sobre a minha cabeça, e eu me encolhia no calor repentino. — Tammy. — eu o ouvi chamar, e me arrastei para frente, com medo da minha mente. Eu podia sentir o cheiro queimado das coisas, e minha mente emparedada com o horror da distância. Tudo. Tudo estava em chamas. E então eu o encontrei. Ele estava cego de terror, mas ao meu toque, ele me agarrou, e nós ficamos juntos enquanto o teto acima de nós se transformou em um laranja, lindo de rolamento e vermelho. Era fascinante, assim como meus cílios chamuscados e meu nariz queimado por dentro. — Tammy, estou com medo. — Johnny murmurou, tossiu, e eu o segurei. Era tarde demais. Nós não podíamos sair. Chorando, eu o balançava, de costas para a parede ao lado de sua cama. — Estou aqui. — eu sussurrei, o último suspiro áspero de Tammy enquanto nossos pensamentos retorcidos foram expressos somente por ela. — Você não está sozinho. Eu tenho você. E, então, ele me olhou enquanto um ruído de calor aspirou um novo sopro de ar na sala um instante antes de o teto ceder. Tudo brilhou vermelho. Eu pulei, sentindo como se alguém tivesse me dado um tapa. Apavorada, meus olhos se esbugalharam. — Barnabas. — eu chorei. Ele estava agachado diante de mim, a intenção de seus olhos. O flash forward havia acabado. Mas o que tinha acontecido? A memória do meu coração estava batendo depois de ter estado dentro de Tammy, e, lentamente, ela bateu pela última vez e parou. O terror levou mais tempo para me deixar, e eu me sentei lá apertando meu amuleto enquanto Nakita e Josh estavam agrupados em torno de mim em preocupação. — Você voltou. — eu disse, pensando em como minha voz soou fraca, e Barnabas passou a poucos centímetros de distância. De pé, ele estendeu a mão e me puxou, cambaleante, para meus pés. O ar úmido da lavanderia parecia bom. Lágrimas foram escorrendo de mim. Eu lentamente me recostei contra a secadora, meus braços em volta de

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mim enquanto eu comecei a tremer, as lágrimas caindo constantemente. Foi horrível. Tão horrível. — O que aconteceu?— Josh perguntou, mas eu não pude falar. Ainda não. Eles haviam morrido. Ambos. Isso foi tão injusto. Johnny e Tammy tinham morrido com a graça, se apoiando mutuamente de uma maneira que era bonita de se ver e mostrando o melhor da alma humana, mas eles tinham morrido. Não era o que eu queria. Suas almas podem ser salvas, mas era o fim de sua vida que tinha revelado a sua pureza. — Alguma coisa mudou? — Nakita perguntou, mas por seu tom de voz, ela sabia que não era bom. Eu olhei para eles na lavanderia vazia como se fosse um sonho que iria se desvanecer e retornar para o inferno da existência dela, o medo, a desesperança, o amor por seu irmão dando a Tammy algo para acreditar. — Que ambos morram... — eu sussurrei. — Em um estado de graça. — Barnabas acabou a frase por mim, o cenho franzido. 42

Josh balançou para trás, olhando preocupado. Eu nunca iria lhe contar o horror que tinha acabado de viver. — Eu não salvei a vida de Tammy ou de Johnny. — eu disse. — Tudo que fiz foi tomá-la, assim um ceifador não precisava vir aqui e ceifar primeiro. Deus, isso é uma merda! — deprimida, eu fechei meus olhos e limpei uma lágrima. Eu não poderia fazer isso. Era demais. Doía muito quando as coisas davam errado. — Temos que fazer alguma coisa. — Nakita disse, e meus olhos se abriram. Ela estava de pé sobre a mesa, os lábios apertados em determinação. — Agora! — ela disse com firmeza. — Temos que ir agora. — Mas sua alma está segura. — eu disse, querendo fazer exatamente isso que ela sugeriu, mas me surpreendi que Nakita tivesse pensado nisso, também. — Por que você se importa? Sua mão na porta, Nakita fez uma pausa, olhando para mim me fazendo tremer. — Sua alma pode estar segura, mas a minha está com problemas.

A memória dos caminhões de bombeiros que existiam apenas no futuro parecia névoa sobre meus olhos enquanto eu olhava do outro lado da estrada movimentada para o apartamento no terceiro andar do complexo. Tendo assistido — não, vivido — Tammy e Johnny morrer em um incêndio tinha mais do que me abalado. Tinha abalado o meu coração. Eu pensei que eu tivesse feito a diferença, mas tudo que eu tinha feito era piorar as coisas. Josh, pelo menos, chegou em casa com segurança. Ele tinha ido há apenas cinco minutos, e eu já sentia falta dele. Eu fiquei preocupada de que ele fosse se afastar de mim e procurar por alguém que não estivesse sendo puxada por todo o continente para salvar alguém que ela nem sabia, alguém que não tivesse que mentir para seu pai o tempo todo, alguém que tivesse outros amigos além de anjos — e alguém que pudesse comer uma tigela de pipoca com ele. Por que eu não poderia apenas ser normal? Eu funguei, saltando quando Nakita me entregou um lenço de sua bolsa. — Obrigado. — eu disse enquanto esfregava o papel macio debaixo do meu nariz e enrolando-o em uma apertada bola. Deus, eu ia vomitar, eu sabia disso. — Sinto muito, Madison. — ela disse enquanto ela estava sem jeito ao meu lado esperávamos o tráfego diminuir o suficiente para atravessar. — Eu também. — eu disse, olhando para trás quando Barnabas caiu do céu, um baque suave do ar dando-lhe distância. Sua expressão era zangada, e suas asas imediatamente desapareceram, deixando-o um pouco malhumorado, melancólico, um adolescente em calças escuras, uma camiseta desbotada de banda. Ele enfiou as mãos nos bolsos e se juntou a nós no meio-

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fio, tinha acabado de voltar de sua viagem rápida de levar Josh em casa. Josh disse que estava indo para me cobrir, mas eu provavelmente ainda teria que fazer uma aparição para o meu pai mais tarde. Eu virei para trás, à espera de uma luz para andar cerca de meia milha até a estrada. Barnabas estava chateado, olhando positivamente com raiva quando ele fez uma careta para Nakita, algo claramente estava em sua mente. Eu ficaria preocupada, mas a decepção me agarrou como uma segunda sombra, agravada pelo céu que escurecia. Senti o calor armazenado no asfalto, e eu tirava o cabelo dos meus olhos enquanto scaneava o céu por asas negras que não viriam. Graças a mim, Tammy morreria sem a intervenção do ceifador. Os serafins iriam provavelmente rir em três tons de felicidade. Eu era verdadeiramente a timekeeper negra, capaz de convencer as pessoas a se matar depois de uma conversa de alguns minutos. — Você não tem uma alma. — Barnabas murmurou para Nakita fora do azul, me chocando. — Somente as criaturas da Terra têm almas. Almas? Eu me perguntei, o meu pensamento de volta para as últimas palavras de Nakita que ela havia falado antes, e me virei para vê-la de pé com os lábios apertados e seu aperto em sua bolsa vermelha. — Eu também. — disse ela desafiadoramente, mas ela parecia assustada ao mesmo tempo. — Tenho medo. — disse ela como se encontrando força pela primeira vez. — Eu sou criativa. Eu acho que eu poderia amar. Dizer isso significa que tenho uma alma. Pode não ser perfeita, como a da Madison, mas eu tenho uma. E que poderia estar em perigo caso eu deixe Tammy morrer. Confusa, olhei para os dois, Nakita frustrada e olhando como se tivesse feito algo errado, e Barnabas, irritado e mal-humorado. — Vocês não têm almas? — eu perguntei, e Barnabas baixou o olhar para seus tênis desbotados. — Os anjos não. — disse ele amargamente, quase invejosamente. — Mesmo aqueles expulsos do céu. Um pouco do ruído passou, e eu prendi meu cabelo no alto da cabeça. — Quem disse? — Eu tenho uma alma. — Nakita disse com firmeza, mas sua expressão era assombrada. —Eu tenho um pedaço da de Madison.

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A minha? Como ela poderia ter uma parte da minha alma? — Eu. . . Não acho que posso a dar de volta para você. — Nakita disse. — Eu sinto muito. — ela estava pedindo, olhando tanto assustada e desesperada, seus olhos azuis beliscaram em preocupação. — É apenas uma fatia pequena da sua, ela ficou presa em mim com as asas negras. Vou pedir aos serafins para tentar levá-la de mim se você quiser de volta. Pode facilitar as coisas. Eu não acho que devemos ter um... — Não! — Eu disse imediatamente, e os olhos de Barnabas se apertaram. — Não. — eu disse mais suave. — Você a mantém. Você tem certeza? Quer dizer, eu não sinto como se estivesse perdendo nada. Sorriso de Nakita era feliz, como se uma grande culpa tivesse sido tirada dela. —Eu sinto isso. — disse ela com firmeza. — Eu sabia que estava lá desde as asas negras, mas eu não sabia o que era, porque às vezes me faz ficar magoada, mas mesmo assim é bom. — timidamente, ela olhou para mim de olhos baixos. — Obrigada. Toquei seu braço para ela perceber que eu sabia o que significava para ela. — Você é bem-vinda. — Ela tinha uma parte da minha alma? Puxa, como eu tinha arruinado sua existência? — Você não tem parte da alma de Madison. — Barnabas disse com desdém. — Eu tenho! — a raiva de Nakita queimando. — Você precisa calar a boca, sujo ceifador branco! Você não tem uma, então você não sabe nada sobre isso! — Nakita. — Eu censurei, mas quase parecia como se Barnabas apreciasse o insulto, mesmo que fosse tecnicamente impreciso. Seus olhos estavam sobre o tráfego, e eu segui o seu olhar para adivinhar que estava claro o suficiente para cruzar com os dois anjos comigo. — Vamos. — eu disse. — Nakita, estou feliz por você ter uma parte de minha alma. É o mínimo que eu posso fazer por ter colocado asas negras dentro de você. Mantém-na. Torne-a sua.

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Meus pés bateram no pavimento, e o calor se levantou em uma onda. Eu podia ouvi-los a seguir, ir devagar, depois mais rápido quando os carros iam e vinham ao nosso redor. Barnabas andou mais rápido para recuperar o atraso, e quando chegamos à calçada, ele sussurrou: — Você acha que ela realmente tem parte de sua alma? Dei de ombros. — Se ela diz isso. Eu não sinto que estou perdendo nada. Nakita caminhou até nós, com a intenção de atingir o prédio. Ela olhou fresca e brilhante, claramente aliviada que a questão da sua alma tinha sido resolvida. — Tammy está no terceiro andar. Eu posso sentir sua ressonância. Barnabas e eu encontramos a calçada juntos. Ele olhou com raiva. — Barnabas. — eu comecei, e ele me interrompeu. —Estou bem. — ele disse bruscamente. — Quem vai dizer que você não tem uma alma? — Eu disse. — Talvez seja por isso que você foi expulso do céu, em primeiro lugar? Seu ritmo vacilou, e ele me olhou com espanto. Algo em mim doía vê-lo machucado tanto por dentro. —Eu não tenho uma alma. — ele disse, mas não havia um fio de dúvida nele. — Nós não fomos feitos para ter uma. Nós fomos feitos para servir, não deliciar-se com as criações de Deus. Servir? Pensei, então, arquivei para pensar mais tarde. — Bem, você foi chutado para fora porque você amou alguém certo? — Eu disse, observando os meus sapatos esfolar as rachaduras espessas à medida que nós lentamente seguíamos Nakita. Foi a primeira vez que me atrevi a perguntar a ele sobre seu passado, e embora ele parecesse desconfortável, eu queria saber. — E você encontrou o valor na vida, a alma não é apenas alguém. Você não pode avaliar algo que você não tem, pode? — N-não. — ele gaguejou, mas Nakita já havia aberto a porta da frente e estava esperando por nós. O ar fresco fluiu para fora, mas não foi por isso que eu tremia. Barnabas tem uma alma, não é? Segui Nakita adentro, vendo o tapete desbotado com o plano, os pontos pretos que tinha de ser por causa da idade. Cheirava a terra seca, e havia uma espessa camada de poeira nas seções estreitas de madeira entre as escadas o

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carpete e a parede. Um banco de correspondência estava em uma parede com uma tabela riscada por baixo. Havia um par de peças de correspondência sentadas lá, e nada mais. — Lá em cima? — Eu ofereci, e Nakita iniciou, então eu e, finalmente, Barnabas, provavelmente ainda pensando em sua alma ou a falta de uma. Alguém tocava música muito alta que aumentou rapidamente enquanto subíamos. Nós rondamos o segundo andar e começamos a subir a última escada. A música vinha do terceiro andar. Ela bateu em mim, o baixo sendo acompanhado por uma guitarra e um vocal irado nós subimos mais. Minha curiosidade se transformou em uma careta quando me dei conta que a música agressiva estava vindo do apartamento em que Nakita tinha parado. C3, apartamento do canto, piso superior. Não era necessário dizer que a mãe de Tammy provavelmente não estava casa. De repente não tendo certeza, eu limpei as mãos no meu jeans. Eu não tinha idéia do que eu poderia dizer que não fosse parecer loucura. Eu não me importava se eu parecesse louca neste ponto. A memória deles dois morrendo era demasiado terrível e arriscada se tornar verdadeira. 47

— Então? — Nakita solicitou. — Este é um plano ruim. — disse Barnabas, mas ele se inclinou para trás, tocando a campainha e batendo na porta envernizada. Plano? Quem falou em um plano? Eu nem sequer tinha um plano! Eu pensei em pânico enquanto um cachorro começou a latir descontroladamente, e a fina faixa de luz que se via pela a porta foi eclipsada pelas frenéticas patinhas. De trás da porta, veio a voz de uma criança dizendo para o cão se calar, e então, com uma explosão de música, a porta se abriu. — Sim?— Johnny disse, dificilmente olhando por cima de seu jogo de mão. — Falsificado. — criticou. Com um pé, ele empurrou as costas do cãozinho amarelo. Ele estava ainda vestido com roupas de escola, e a camisa pólo e Dockers7 preto, parecia fora do lugar na sala desarrumada atrás dele com seus pratos sujos na mesa de café. A sala de jantar adjacente não era muito melhor, a mesa coberta no que parecia ser livros do colégio. Para a direita era a cozinha aberta, junto da entrada estreita. Eu bloqueava a lembrança do 7

Um tipo de calça mais social.

quarto em chamas, e meus olhos foram até o teto, lembrando as belas ondas mortais de ouro e preto e do calor escaldante em meus pulmões enquanto Johnny morria em meus braços. Hoje à noite? Eu me perguntava, assustada. Tinha que ser. A visão tinha sido muito clara. — A sua irmã está aqui? — Barnabas disse finalmente, já que eu estava perdida no horror da memória. Ainda jogando o seu jogo, Johnny caiu para trás. — Tammy. — ele gritou por cima da música. — Seus amigos estão aqui! — De cabeça baixa, ele foi até seu quarto dobrando a esquerda. Da cozinha, o telefone começou a tocar. O cão, também, ainda estava latindo. Não sabíamos o que fazer, ficamos todos na porta. — Venha. — disse Johnny, andando para trás e matando ninjas ao mesmo tempo, e depois mais alto chamando. —Tammy! — Sem olhar para cima, ele entrou em seu quarto e empurrou a porta fechada. Olhei para os dois, e depois o quarto vazio. — Devemos entrar? Barnabas deu um passo à frente. — Eu gostaria. — disse ele, posicionando-se logo acima do limiar. — Caso contrário, logo que ela nos ver, ela vai bater a porta na nossa cara. — Tenha um pouco de fé, Barnabas. — eu disse enquanto eu seguia Nakita e ficava com meus pés apenas no linóleo que marcava o início da cozinha. — Eu tenho muita fé. — o anjo caído disse enquanto ele se agachava e persuadiu o cão a chegar mais perto. — Eu tenho fé que isso é uma má idéia. Ela não vai acreditar em você. Vai pensar que somos loucos. E vai chamar a polícia a menos que tenha um registro, e se isso acontecer, ela vai fugir. Eu fiz uma careta, olhando para a porta da frente. Não parecia direito fechá-la.

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Nakita deslocou-se para ficar ainda mais perto da cozinha, posicionandose para que ela pudesse ver toda a sala principal. — Há muito barulho por aqui. — disse ela, olhando para o telefone, ainda tocando. Talvez um aparelho de som frito seja o que começou o fogo. Eu estava começando a me perguntar como esses dois tinham sobrevivido até esse tempo, quando a partir de um quarto dos fundos veio um frustrado: — Eu não disse que você conseguiria isso, Johnny? O volume da música, de repente na metade. Três segundos depois, a porta do outro lado da sala de Johnny foi aberta e Tammy caminhou para fora, seu cabelo balançando enquanto ela pisava na sala e começava a tirar almofadas do sofá enquanto ela olhava para o telefone. — Onde está o maldito telefone? — Ela murmurou, pegando-o. Seus olhos estavam apertados e ela parecia louca. Girando, ela deu um solavanco e parou quando ela nos viu todos de pé na cozinha, Barnabas ainda agachado enquanto esfregava as orelhas do cachorrinho. O telefone na mão tocou de novo, parecendo deslocado em relação a sua surpresa. — Oh, não. — ela disse, me reconhecendo. — Fora! — ela gritou, acenando com o braço para mim. — Johnny! Você não deveria deixar ninguém entrar! — É para você! — falou a voz oculta. — Eu não sou sua secretária estúpida. Ela fez uma escura expressão, andou em nossa direção, parando assim que percebeu como era vulnerável. Segurando o telefone como uma arma, ela retrucou: — Saiam. — antes de manusear a linha telefônica aberta. — Olá? — disse ela, olhando-nos de pé. — Desculpe-me, Sr. Tambu, Johnny atendeu quando eu estava no banheiro. E até agora. — Ela franziu o cenho. — Eu disse desculpas! — ela disse e depois desligou na cara dele. Tremendo, ela nos enfrentou. — Eu disse para vocês saírem! — disse em voz alta, mas seu olhar era de assustada, o que fez eu me perguntar por que ela não disse para seu vizinho que estávamos aqui. — Tammy, apenas ouça. — eu disse, pensando que ter deixando a porta aberta pode ter ajudado. — Nós não vamos te machucar. Você está em apuros.

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— Estou em apuros? — Tammy apontou o telefone para nós. — Eu não sou uma ladra! Dêem o fora ou eu vou chamar a polícia! Mas ela ainda não tinha chamado, então eu não acho que ela fosse fazer isso. De seu quarto a música mudou para algo mais escuro, mais perigoso. Barnabas levantou-se acariciando o cão, com o olhar calmo e casual, como o vocalista de uma boy band. — Vai levar uns 40 minutos para eles chegarem até aqui. — disse ele, sua voz suave e linda. — Se você nos ouvir iremos sair em três minutos. Tammy engoliu seco e Nakita revirou os olhos para o efeito que isso teve sobre ela. — Quem é você? — Ela perguntou a ele. — Você não estava no ônibus. — Barnabas. — Ele sorriu, e eu quase gemi quando ele a encantou. Por Deus, ele era melhor nisso do que Nakita e eu juntas, e ele ainda tinha dúvidas se poderíamos fazer a diferença. Nakita avançou para frente. — Nós estamos tentando ajudar. Sua alma está segura, mas sua vida não. A expressão de Tammy imediatamente mudou de volta para desconfiança. — Nakita! — Eu quase sussurrei para ela. — Você vai calar a boca sobre as almas! Todo mundo pensa que somos loucos quando você fala sobre almas como se elas fossem tão comuns como TVs. Ela me olhou inocentemente. — Mas elas são. — Isso não quer dizer que se pode falar sobre elas! — Eu disse, exasperada. Tammy estava de olhando de relance para a porta, o telefone ainda na mão. — Será que minha mãe lhe enviou? É este o seu caminho perverso de me verificar? — perguntou ela — Deus! É como um estado policial por aqui. Você pode dizer a ela para ficar de fora da minha vida! Eu não sou um bebê!

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Sua mãe? Eu desejei. — Sua mãe não sabe que estamos aqui. — eu disse, pensando que iria ajudar. Barnabas lançou o brinquedo do cão, que quebrou logo depois. — Será que é Soap Scum? — Ele perguntou, e eu olhei até que eu percebi que ele estava falando sobre a música. —Sim. — disse Tammy, perdendo sua postura agressiva novamente. — Você já ouviu falar deles? Ele sorriu. — Eu os vi em concerto em Chicago, pouco antes de o baterista morrer de um ataque cardíaco. Nakita bufou. — Você atrapalhou sua gadanha de prevenção, também? Barnabas franziu a testa, levando o brinquedo do cão enquanto o animal pulava em seus joelhos. — Não. Fiquei lá por uma das crianças na platéia. — Gadanha de prevenção? — Tammy sussurrou. Ela olhou para o telefone na mão e deu um passo para trás. — O que vocês estão tentando ser? Ceifadores cruéis? — Não. — Nakita disse antes que eu pudesse dizer-lhe para calar a boca. — Somos ceifadores negros. — Ela hesitou, e então acrescentou: — Eu acho. Madison, se nós estamos tentando salvar vidas, então somos tecnicamente da luz? — Não. — eu disse, preocupada com a expressão de Tammy. Que foi rapidamente se tornando para azeda. — Tammy, dois minutos. — eu disse. — É isso aí. Você ouve por dois minutos, e vamos sair. Eu sei que isso parece estranho, mas estamos tentando ajudar. Se você não me escuta, você vai morrer esta noite. Johnny, também. Sua expressão pálida, e Barnabas se inclinou para mim. — Uh, isto não poderia ter sido a melhor coisa a dizer. — ele sussurrou. Tammy gesticulou violentamente. — Fora! — Ela gritou. — Fora, ou vou chamar a polícia! — Ela estava desesperada, e eu tropecei quando Barnabas tomou meu ombro e me chamou de volta.

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— Tammy, há fogo! — Eu disse em voz alta, não me importando se eu fosse parecer louca ou não. O horror tinha sido muito real. — Eu assisti você morrer. Você precisa sair hoje à noite. Basta ir a outro lugar! Em qualquer lugar! — E você acha que me falar sobre almas nos faz parecer loucos. — Nakita disse. — FORA! Tammy estava gritando, e Johnny abriu sua porta, olhando para nós com um olho pela fresta. — Eu disse que isso não iria funcionar. — Barnabas disse, seu aperto em meu cotovelo enquanto ele me puxava de volta em mais um passo. — Ok, ok! — Eu disse, lutando. Estávamos indo embora. A geladeira, e eu agarrei a pequena nota pegajosa pendurada nele que tinha uma lista de compras. O pequeno lápis vinculado a ele oscilando, e eu o peguei. — Eu vou lhe dar um número. — eu disse, escrevendo-o. — Ligue para esse cara, ok? Seu nome é Shoe. Ele está em Iowa. Eu o ajudei no mês passado. Bem, eu ajudei seu amigo Ace, mas Ace está em uma instituição para doentes mentais agora, então você vai ter que conversar com o Shoe. — você pode calar a boca a qualquer hora agora, Madison. — Você é apenas como a maldita Mary Poppins 8, hein? — Tammy disse sarcasticamente, claramente sentindo se corajosa agora que estávamos indo para a porta. — Basta ligar para ele. — eu disse. — Ele ia ser acusado de matar três pessoas quando seu amigo despejou um vírus de computador que ele fez em um sistema de hospital e estragaram tudo. Conseguimos corrigir isso. Estamos tentando ajudar, Tammy!

Mary Poppins é o primeiro de uma série de oito livros infanto-juvenis escritos pela escritora australiana Pamela Lyndon Travers ou (P.L. Travers), e publicado originalmente em 1934. Tornou-se o primeiro de uma série de livros no qual o personagem principal, uma babá mágica inglesa, vem do nada em uma tempestade de vento para cuidar das crianças da família Banks. A Disney adaptou o livro para o cinema, em 1964. 8

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Ela ficou com os braços cruzados, telefone dobrado contra ela. — Você está louca. — Eu colidi em Nakita, e o calor do salão se impregnou em mim. — Basta ligar para ele, ok? E aqui está o meu número de celular. Ligueme quando você quiser falar. — De uma forma ou de outra, ela não vai estar viva quando o sol nascer. — Nakita disse secamente, e eu respirei fundo, sentindo meus tênis no tapete no corredor. — Ligue para Shoe. — eu disse, jogando o bloco de papel no chão entre nós. — Saiba que eu não sou louca. Ou não ligue, eu não me importo. Apenas não esteja aqui esta noite. Você ou Johnny. Eu sei que ele é um fardo, mas leve-o com você quando for ao cinema, ou tomar sorvete, ou o que quiser. Apenas não esteja aqui! Você tem que acreditar em mim, Tammy! Aqui vai pegar fogo! Ela tinha vindo para frente, mais confiante agora que estávamos no corredor. Johnny estava com os olhos arregalados por trás dela, e o cão estava abanando o rabo do brinquedo, em sua boca. Tammy olhou para nós, mas foi Johnny, que pegou o pedaço de papel com o número de telefone. Com um empurrão, ela bateu a porta na nossa cara. A batida ecoou no corredor. De dentro, a música ficou mais alta. — Isso foi bom. — Barnabas disse melancolicamente, com as mãos nos bolsos.

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Fechando o meu telefone, eu o dobrei, tendo teclado para Josh após a sua mensagem de que ele estava a caminho da cama, mas queria dar-lhe outros 30 minutos antes de tentar fugir. Olhei Barnabas sentado ao meu lado, entre a parede externa da lavanderia e da lixeira. Se fossem nove horas aqui, era onze em casa. Eu tinha uma hora antes do meu toque de recolher. Eu não sabia quando o fogo iria começar, mas Tammy tinha estado fora do apartamento no meu primeiro flash, era por isso que provavelmente iria acontecer em algum momento entre nove e meia-noite, hora local. Seria apenas sorte se o fogo tivesse início quando estivesse convencendo ao meu pai que eu ia para a cama. Agora, Tammy e Johnny estavam fora. Barnabas e eu estávamos assistindo para ter certeza que ficaria dessa maneira. Do outro lado da rua, o complexo de apartamentos tinha ganhado vida com as luzes e o som das demais TVs. A partir da lavanderia, nós havíamos visto o carro da polícia, Tammy, que tinha chamado, a partir de cerca de uma hora atrás. Tinha levado quase três horas para aparecer e quarenta minutos para sair, ambos policiais rindo da história de Tammy enquanto eles entraram em seu veículo e foram embora, o que foi muito triste, porque três pessoas loucas tinham estado em sua casa sem serem convidadas, e elas não foram levadas a sério. Tammy e Johnny saíram logo após os policiais, Johnny choramingava enquanto ela o arrastava até a calçada e o sol se punha, olhando assustado enquanto ela ia para a casa de sua amiga Jennifer. Eu deveria ter me sentido aliviada por ela ter tomado o meu conselho, mas o receio de que eles poderiam voltar tinha me deixado tensa e preocupada. Já estava escuro, as luzes dos carros entre nós e o complexo de apartamentos criavam pontos móveis de clareza numa noite de outra forma deprimente. Nakita estava fazendo um sobrevoo da área. Minhas costas

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estavam nos tijolos vermelhos, e meus joelhos estavam dobrados quase até o queixo, enquanto eu balançava meu amuleto na sua corrente de prata, de braços cruzados concentrando-o a mudar sua forma. Era uma habilidade que Nakita havia me ensinado. Eu sentia falta de Josh. — Barnabas. — eu disse baixinho, me sentindo sozinha apesar dele se sentar ao meu lado. — Você tem uma alma. Como não pode? Ele ficou em silêncio, observando enquanto eu brincava com a pedra negra reluzente envolta que estava em segurança na sua corrente. Concentreime sobre ele, modulando dobras da luz ao redor até que ele se parecesse com uma pequena cruz de prata com uma pedra preta no centro. — Você é o melhor de nós. — eu disse, olhando para o meu amuleto. Fiquei satisfeita com o resultado, embora ainda o sentisse como uma forma oval, como um rio de lavadas em meus dedos. — Perfeito9 e bonito. Você tem que ter uma alma. 55

— Os anjos não foram feitos para a terra. — ele disse. — Só os da terra têm almas. — Ok, mas você abandonou o céu pela a terra. — eu disse, não acreditando que Deus fosse tão cruel. Mas, novamente, olhei o que ele tinha fadado para mim. — Talvez isso signifique que você realmente pertença aqui. Que você tinha uma alma todo esse tempo e que simplesmente não saiba disso. Não é como se todos os anjos vissem ou agissem da mesma forma. Se não é uma alma que nos faz diferentes, então o que é? Na minha mão, a cruz derreteu em um par de asas de anjo negras. Barnabas estava silencioso enquanto ele olhava para elas e, em seguida, ele murmurou. — Eu deixei o céu, porque fui proibido de voltar, não porque eu era dotado de uma alma. Presente, pensei. Eu duvidava que isso tivesse incomodado mesmo que ele não pudesse ter uma alma até Nakita dizer que tinha um pedaço da minha, 9

No original Unflawed que traduzindo seria não imperfeito.

com as memórias que as asas negras roubaram de mim, as lembranças de ter medo do escuro, da morte, do fim de tudo. — Nakita disse que você foi banido porque você amou uma garota humana. A porta de volta para a lavanderia se abriu em um clique e o empregado saiu, verificando se a porta estava trancada antes de ir para um dos carros nas proximidades. Silenciosamente, nós assistimos ele ir até seu carro vermelho que rugia a vida e colocava-se a toda velocidade. — Isso é verdade? — Eu perguntei no novo silêncio que tinha se formado. Barnabas não disse nada, apertou sua mandíbula e seus olhos negros olhando no escuro. De repente, envergonhada, eu deixei as asas do anjo mudarem de volta para a visão mais familiar de uma rocha lisa. — Sinto muito. — eu sussurrei — Eu vou calar a boca agora. Deus, o que eu estava fazendo, me metendo em seu passado? Ele pode parecer com a minha idade, mas ele é mais de três mil anos mais velho do que os meus dezessete anos. Como se ele realmente quisesse partilhar algo comigo. — Não havia timekeepers antes então. — ele disse abruptamente, e eu pulei mesmo que suas palavras fossem muito suaves, quase sem precedentes sobre o tráfego nas proximidades. — As gadanhas foram condenadas pelos serafins, como eles estão fazendo agora até que as coisas sejam resolvidas com você. Disseram-me para acabar com a vida de uma menina cuja alma ia morrer. Orgulho ia impedi-la de pedir perdão. Barnabas mudou de posição, as mãos cruzadas sobre os joelhos levemente elaborados, mas seus olhos não estavam vendo a parte de trás da caçamba. A perdida expressão em seu rosto era assustadora. — A terra era tão nova naquela época. — ele disse, as linhas em seu rosto suave. — Não era de cimento, ou a brasa de carbono poluído que se tornou. Era quase como se a energia da criação ainda tocasse na rocha e ecoasse no zumbido das abelhas, ou a respiração de uma criança à beira de se tornar uma mulher, uma mulher tão perfeita que o céu estava disposto a cortar sua curta vida para trazer sua alma de volta para eles sem piedade. Eu reprimi um arrepio de medo do que ele poderia dizer em seguida. — Ela estava dormindo em um campo. Minha Sarah. — ele respirou, os

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ombros se movendo enquanto falava seu nome, dando-lhe um sotaque estranho. — Seu nome era Sarah e eu nunca vi coisa mais bela em toda a criação. — a cabeça dele caiu. — Eles deveriam ter enviado alguém mais forte. Eu queria tocar seu braço, mas não o fiz. Como eu poderia fingir entender? Ele riria de mim. — Eu não poderia fazê-lo. — disse ele de cabeça baixa. — Eu. . . Não quis. Eu escolhi. — só agora é que ele voltou a olhar para mim, me assustando com a intensidade de seu olhar. — Sua alma estava viva ainda, e bonita. Parecia errado levá-la então. Ela acordou, e eu estava de pé sobre ela com minha foice a amostra. Ela estava tão assustada. Eu não queria que aquela beleza perfeita lembrasse a feiura quando ela deixasse a terra, e então eu menti. Eu disse a ela que estava segura, e eu a tocava, sentindo-a estremecer. Ela acreditava em mim. Eu não deveria ter tocado. Eu poderia ter sido capaz de fazer isso se eu não sentisse o medo dela. Ele estava sorrindo agora, como se fosse um apreciador da memória. — Ela confiou em mim quando eu disse a ela que eu não ia fazê-la mal nenhum o que impressionou o meu coração. Eu não poderia trair essa confiança, e minha mentira se tornou verdade. — os olhos de Barnabas apertados no canto, e as mãos cruzadas separadas e prensadas no cimento sujo. — Um segundo ceifador deu fim ao que eu não podia, e eu lutei com ele, bati nele e o mandei de volta quebrado para ser feito todo de novo na forja dos céus. Sua expressão era triste enquanto ele olhava para as ruas sujas, vendo o passado. — Seu destino mudou em um único dia, porque eu salvei a vida dela. — Seus olhos me olharam como se pudesse reprová-lo, mas eu não podia dizer nada. — Ela percebeu que tinha valido a pena quando eu salvei a vida dela, e sua alma foi renovada. Inocente, eu deixei de contar aos serafins que o destino poderia ser influenciado e para parar as gadanhas. Eles não queriam ouvir, e enviaram um terceiro ceifador, mesmo depois que eu pedi a eles. Ela teria morrido se não fossem os anjos da guarda que estavam com ela na época. Eles reuniram-se com ela. Sua vida inteira, eles se agruparam em torno de sua alma. — Seus olhos ficaram confusos. —Eu nunca entendi o motivo. Agora eu me pergunto se era para eles estarem ali para salvar a sua vida, depois que ela salvou sua própria alma. Meus lábios estavam entreabertos, e eu queria saber se Sarah tinha tido o primeiro anjo da guarda. Mas o que me chocou foi que ele havia mudado o

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destino de uma pessoa antes e ainda estava relutante em acreditar que isso poderia ser feito novamente. Talvez fosse porque acontecesse muito raramente. Com a cabeça inclinada, Barnabas olhou para mim, seus olhos ainda segurando seu amor por ela. — Eu me recusei a deixá-la depois, mesmo quando sua alma permaneceu intacta e asas negras não poderiam encontrá-la quando ela morreu. Então eles me expulsaram do céu. — seu rosto mudou, tornando-se mais difícil à medida que ele jogava uma pedra para saltar pelo estacionamento. — Valeu a pena. Enviei o meu olhar para a rua movimentada e o complexo de apartamentos bem iluminado. — Você ficou com ela por toda a sua vida? O som fraco de uma sirene veio da interestadual nas proximidades. Barnabas estava sorrindo, um carinhoso, suave sorriso que eu não acho que já tinha visto nele antes. Ele olhou para os meus dezessete anos, e eu me perguntei como tinha sido olhar esta jovem sua vida inteira. Mas as pessoas não tinham vivido mais do que quarenta anos naquela época. — Sim. Eu fiz. — ele disse, aparentemente constrangido. — E você diz que não tem alma. — eu disse secamente enquanto jogava um bocado de cimento na caçamba e ouvia o baque. — Bom, Barnabas, se a alma é o que nos permite amar, então você tem uma. Ele abriu a boca como se para protestar, mas então ele parou, seu olhar atravessando a rua, as sirenes não desapareceram, mas ficaram mais altas. Meu coração deu uma batida e eu olhei para meu relógio. Era quase nove e meia, mas se houvesse problemas, Nakita teria nos contado. — Parece bem para mim. — disse, então sugando minha respiração quando o som de vidro quebrando veio alto sobre o tráfego e uma língua de fogo lambeu fora de uma terceira janela histórica, buscando o céu. — Barnabas. — eu exclamei, correndo para cima. Minha mão percorria o meu amuleto, e eu olhei para a rua enquanto os caminhões de bombeiros e uma viatura policial gritavam. Presentes de cachorro no tapete, o que esta acontecendo. Onde esta Nakita?

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— Aqui vamos nós. — disse Barnabas, cansado, e nós avançamos para trás da caçamba. — Tammy não voltou, não é? — eu perguntei, quase frenética. Eu não podia levá-la se tudo tivesse sido em vão. — Barnabas, ela está aí dentro? — Não. Ela está lá fora, mas se ela não está dentro. Johnny, também não — Ele disse, seus olhos indo para prata por um instante, ele tocou no divino, e meus ombros se flexionaram — Seu alerta parece ter mudado o seu destino mais uma vez, se não salvou sua alma. — Eu não tive o flashed forward para vê-lo. — eu disse, e partimos em direção à rua movimentada, duas vezes mais perigosa agora que estava escuro. Havia uma faixa de pedestres, angular e Barnabas nos guiou a ela. — Talvez a sua alma não esteja segura ainda. — disse Barnabas. — Talvez. — A alma de Tammy ainda poder estar em risco não era um bom pensamento. Barnabas apertou o botão, e eu mexia, querendo que ele me levasse, mas isso seria difícil de explicar. Tínhamos tempo. Se Tammy e Johnny estavam fora do prédio, tínhamos tempo. Talvez agora ela me escute. Se Johnny não morresse, então ela não iria desistir da vida, ela iria? Meus dedos seguraram meu amuleto, e eu tentei relaxar o suficiente para contatar Nakita — se os caminhões não eram suficientemente um indício. Nakita, eu pensei, fechando os olhos contra os que não andavam no sinal luminoso intermitente nas seis faixas de tráfego, mas o grito de Barnabas puxou meus olhos abertos e minha concentração se estilhaçou. Meu apelo mental para chamar Nakita atingiu o limite máximo do ar e quebrou. — Asas negras! — Barnabas disse, os olhos arregalados. Meus dedos cerrados no meu amuleto, e eu segui a mão apontando para outro lado da rua. Meus joelhos pareciam oscilar e cheguei ao poste de luz. Asas negras. Catadoras de almas perdidas. Se elas estivessem aqui, então era provavelmente que um ceifador negro estivesse à caça nas proximidades. E se houvesse um ceifador negro a caça, um ceifador branco não estaria muito atrás. Porra, Ron teve o flash e o enviou para alguém? — Você acha que eles estão aqui por outra pessoa? — eu sussurrei, e

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Barnabas, balançou a cabeça como as folhas viscosas de preto, enquanto asas negras deslizavam sobre o complexo de apartamentos. Pareciam uma linha, brilhante prateada, e a maioria das pessoas, quando os viam, pensam que eram corvos. Eu queria acreditar que era coincidência, mas a verdade dolorosa é mais provável de que os serafins tinham decidido que eu tinha levado isto muito longe e mandaram os profissionais. E lá estava eu, presa no lado errado da rua. Barnabas apertou o botão de cruzar novamente. Os carros de bombeiros estavam causando alguma confusão, e a luz não havia mudado. Tammy estava nessa multidão — Com meia dúzia de asas negras circulando sobre a cabeça. — Barnabas, temos que chegar lá! — Eu disse, desesperada enquanto as pessoas começavam a fugir do apartamento, cães, gatos, aparelhos de som e televisores em seus braços. Um bombeiro estava na porta impedindo as pessoas de voltarem para que mais bombeiros entrassem para pegar os que ficaram para trás. E ainda os carros espalhados entre nós. Uma explosão de som me fez encolher, a boca aberta enquanto uma enorme gota de fogo tomou um canto do complexo. — Ela não está lá. — disse Barnabas, agarrando o meu braço. — Eu sei disso. Sua aura está fora. Ela está lá fora, Madison! Era um pequeno conforto. Eu olhei para a estrada, depois para baixo. O cheiro do prédio em chamas era espesso, e a fumaça negra bloqueou as estrelas. Nós não temos tempo para isso. — Vamos. — eu disse de repente. — Madison! Os carros! — Barnabas disse, mas eu já estava indo fora do seu controle e saindo da calçada. Nakita! Eu pensei, tentando tocar a mente dela, minha mão segurando o meu amuleto um aperto de morte enquanto o primeiro carro tocou na buzina e cantou os pneus, o barulho do carro ao lado dele enquanto ele deslizou para uma parada a dois metros na minha frente. Assustada, eu continuava a avançar. O motorista estava gritando para mim, mas três faixas de trânsito estavam paradas em um assustador som de chifres, patins, e um rangido de plástico. Meu ritmo inclinou enquanto a dupla imagem da casa de Josh numa rua

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escura e deserta cobriu-se na minha realidade de caminhões de bombeiros e os apartamentos de três andares do complexo. Era Nakita. Eu tinha chegado a ela. O que ela estava fazendo na casa de Josh? Esperando por ele?

Ele está escovando os dentes, Madison, veio o pensamento entediado de Nakita para o meu que eu vi através de seus olhos e ela viu com os meus, a nossa ligação tão apertada.

Isso pode demorar um pouco. O apartamento está pegando fogo!, pensei para ela, mas ela já estava acordada, tendo vislumbrado a minha realidade de outro carro açoitando os seus freios traseiros e andando mais três metros para frente, quase batendo em mim. Senti Barnabas pegar o meu cotovelo, mudando o meu caminho para evitar outro carro.

Madison, não vá lá!, gritou ela em meus pensamentos. Assustada, me perguntei se eu podia entrar em um prédio em chamas e ficar bem. Eu estava morta. Eu não precisava respirar. Ela não está lá, mas

existem asas negras. Nakita, eu preciso de você! Olhei para cima enquanto Barnabas hesitou na calçada até que deu um passo para frente. Nakita viu as asas negras através dos meus olhos, e pânico congelou nós duas na memória da dor de ser comido vivo. Eu segurei o meu amuleto apertado. Asas Negras não podiam me ver enquanto eu o estivesse usando. Eu estava segura. Eu estava segura, caramba! Mas era difícil caminhar sob elas.

Eu estou chegando! , Nakita exclamou, e a visão dupla desapareceu. Eu respirei fundo, me tirando do quase transe. Barnabas estava segurando meu cotovelo. Voltando ao ruído atrás de nós, eu empalideci. Carros parados estavam por toda parte. Ainda bem que o pessoal da emergência já estava aqui. — Obrigado, Barnabas. — eu sussurrei, sabendo que ele tinha me guiado por lá. — Nakita estava com Josh. Ela está a caminho. Eu não vou deixar um ceifador negro matar Tammy. Eu não vou! — E eu não vou deixar um ceifador branco lhe dar um anjo da guarda. —

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disse Barnabas enquanto parava de me tocar. — Não desta vez. Eu salvei Sarah. Talvez eu só precise tentar mais. Assim como você. A força de suas palavras me bateram e eu me virei, surpreendida com sua mandíbula apertada. Ele sempre me apoiou, mas nunca olhou com esta determinação. Tinha que ser a lembrança de Sarah. — Obrigada. — eu sussurrei, e ele se virou, parecendo envergonhado. Minha atenção foi para cima do ombro dele, para o brilho entre as pessoas assustadas que se encontravam no estacionamento dos apartamentos. Eu peguei um flash de um amuleto que depois desapareceu por detrás de uma onda de asfixia preta. — Olha, é Nakita. — eu disse, os olhos ardendo enquanto eu começava a andar. Mas Barnabas me empurrou para que eu parasse. — Essa não é Nakita. — Barnabas disse, sua expressão assustada. — Esse é um ceifador negro! Meus olhos dispararam de volta para a multidão, não vendo nada, então voltei para Barnabas. — Merda. — eu sussurrei, sentindo meus joelhos ficarem aquosos. — Estamos em apuros. Olha, há um ceifador branco, também. O que no céu sangrento está acontecendo? Os serafins sabem que eu estou aqui! Por que eles estão interferindo? Mas era óbvio o motivo. Eu realmente tinha estragado tudo, salvando a vida de Tammy. Os lábios de Barnabas se apertaram, enquanto observava a bonita ceifadora branca na frente do prédio, com as mãos na cintura, enquanto olhava avaliadora para o fogo, ainda não tendo identificado quem ela estava aqui para salvar. — É Arariel. — ele disse secamente. — Ela é boa. Nós estamos em apuros. Ela mantém o anjo da guarda em seu bolso. E o ceifador negro? O reconheço, também. Este é Demus. As coisas estavam fora de controle. É evidente que o ceifador não havia encontrado Tammy ainda, e se pudéssemos encontrá-la por meio de sua aura, Arariel também poderia caso Ron tivesse tido o flash e passado a descrição do mesmo para a sua ceifadora branca. Tenho certeza que o ceifador negro tinha uma descrição também, graças aos serafins. E é isso que me marcou mais. Os

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serafins tinham descartado a minha tentativa de mudança sem me dar uma chance real. Eu estava tentando corrigir isso! Eles não tinham o direito de chamar um ceifador negro ainda. Ainda não! Mas minha esperança foi sumindo. Talvez eles tivessem desistido de minhas idéias completamente? — Talvez eu possa mudar a ressonância de Tammy. — eu disse, mal respirando as palavras, mas eu sabia que ele tinha me ouvido, apesar do barulho dos carros de bombeiros e as chamadas de pessoas assustadas. — Se Ron teve o flash forward, ele deu uma descrição para seu ceifador, e se eu posso mudá-la, ela estará segura. — Você acha que pode? — Ele perguntou, e eu estremeci. — Essa é a magia Timekeeper. Mesmo eu não posso fazer isso. — Eu não sei, mas se pudermos chegar perto o suficiente dela, pelo menos você pode proteger sua ressonância. — Mas Tammy pensou que éramos loucos, e ela provavelmente correria se ela nos visse. — Vale a pena tentar. — os olhos de Barnabas brilharam prata enquanto ele tocou no divino. — Encontrei-a. — ele disse se curvando mais, como se os ceifadores circundantes, pudessem ler sua mente. — Ela está assustada. Sozinha. Ela não está no estacionamento. Ela está em um beco. Ele se virou, e eu segui o seu olhar para um autoatendimento de armazenamento nas proximidades com um único andar de edifícios e portões de garagem. — Lá? — Eu perguntei a ele. Foram com os motores barulhentos de caminhões de incêndio, e as luzes dos veículos de emergência vindo-e-indo como sombras sobre ele que ele assentiu. — Você pode ver sua aura? — ele me perguntou por sua vez, e eu fechei os olhos, tentando relaxar com o barulho e comoção. — Não. — eu disse. — Barnabas, eu não acho que eu consiga descobrir como mudar a sua aura. — meus olhos se abriram, encontrando-o à procura frustrada. — Vamos chegar lá e esconder a sua ressonância, mesmo se nós tivermos que segurá-la para não fugir. Ele concordou, mas enquanto se virou para ir, eu vi um flash de um

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amuleto. Eu gelei, meu peito parecendo apertar no cabelo vermelho e baixa estatura. Eu nunca conheci nenhum dos meus ceifadores negros, exceto por Nakita, mas por sua beleza sobrenatural, eu sabia que tinha que ser Demus. E enquanto eu o assisti procurar a multidão por Tammy, uma ira se acendeu em mim. Esta foi a minha deixa. Respirando, eu me endireitei. Meus olhos nunca deixando o lindo anjo que parecia que tinha acabado de descer de um barco da Irlanda. Ele foi um dos meus ceifadores, e minha mão agarrou o meu amuleto enquanto a determinação me encheu. Ele ia fazer o que eu disser. — Vai protegê-la, Barnabas. — eu disse, e ele resmungou, enquanto seguia meu olhar e via Demus também. — Eu estou indo falar com Demus. Distraí-lo pelo menos. — Demus? — Barnabas disse, olhando abalado quando o seu olhar viu e voltou correndo para longe. — Eu sei que você é a timekeeper negra, mas ele está aqui a negócios dos Serafins. Ele não vai ouvir você. — O inferno que não vai. — eu murmurei. —Eu sou sua a chefe. 64

Barnabas franziu a testa e seus olhos voltaram a se preocupar. — Madison. — Não adianta me chamar assim! — Exclamei. — Eu não vou deixar isso para lá, e nem você! Vá encontrar Tammy. Ocultar sua ressonância dos ceifadores. Ela gosta de você. Eu sou a que ela pensa que é louca. Eu tenho que ir fazer isto! Não é como se ele pudesse me matar! Barnabas enrijeceu. Pessoas portadoras de cães e gatos apavorados estavam entre nós e o ceifador negro, gritando e gesticulando sobre suas vidas sumindo em chamas. Os bombeiros ignoraram o melhor que podiam, enquanto trabalhavam, e os policiais estavam tentando levá-los para a pista de patinação nas proximidades. Fumaça anunciada entre nós e, quando clareou, Demus havia ido.

Crap, onde ele foi? Uma asa negra sobrevoou, e nós nos abaixamos, o cheiro de decomposição e rosas que pareciam se enrolar na minha garganta. — Madison! — veio uma mensagem familiar, e nós nos viramos para ver Nakita acotovelando seu caminho através das pessoas assustadas. — Quem está

olhando a Tammy? Uma onda de orgulho ia e vinha. Ela se importou. Nakita se preocupava com Tammy. Se eu pudesse fazer a ceifadora negra ficar interessada, então talvez isto não fosse tão impossível quanto todos diziam que era. — Barnabas está. — eu disse, e seus olhos arregalados olharam para ele, como se perguntando como ele faria isso se ele estava bem ao nosso lado. — Nakita, você pega Arariel. — eu disse, apontando, então ela piscou quando eu percebi que a ceifadora branca no macacão preto tinha nos visto e tinha sua espada livre, sorrindo para nós, à espera. — Não deixe que ela coloque um anjo da guarda em Tammy, ok? Barnabas vai esconder a ressonância de Tammy e protegê-la. Eu vou falar com Demus. Nakita assentiu com a cabeça, o seu próprio sorriso ansioso quanto a sua mão agarrou seu amuleto e sua espada na outra. — Com muito prazer. — ela disse, caminhando para longe, driblando um bombeiro alheio a tudo, exceto o seu trabalho. O cheiro de cinzas se levantou, e eu olhava por ele, contente por eu não ter de respirar. Eu nunca tinha visto tantas asas negras antes, a falta, as coisas irracionais rodaram através da fumaça fazendo com que parecesse uma coisa viva. Barnabas ainda ao meu lado, como esta era uma causa perdida. Seria somente se nós deixássemos. — Será que você vai encontrar Tammy? — eu perguntei, e ele olhou para mim, uma expressão de doente em seu rosto. — É tarde demais. — ele disse, e meu coração deu um baque. — Olha. Eu segui o seu braço apontando para ver Tammy de pé no topo de uma das linhas do edifício do armazém, a boca aberta e seu cachorro no colo, olhando para o fogo comer o telhado de sua casa. Demus estava bem atrás dela nas sombras, olhando como se ele estivesse comparando sua aura com algo, enquanto o seus olhos iam para prata. Em um piscar de olhos entre um flash de luz e o próximo, a espada foi desembainhada de novo. A memória do meu coração batia forte. — Demus. — gritei, quebrando em uma corrida, me esquivando em torno de pessoas chorando. — Não! — Eu quase podia sentir os sussurros de penas através da minha alma, me lembrei de ser ceifada, e o medo de acordar no necrotério sem nenhuma forma de alterar as coisas, não há maneira de acertar o botão de reset e fazer a melhor escolha. Tammy não merecia isso.

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— Madison! — Barnabas gritou, mas eu esquivei de um homem irritado discutindo com um policial e continuei. Demus ergueu a espada, pensando em levá-la de trás, alheio a mim correndo solta em cima dele. — Espere! — eu gritei, mas ele estava balançando, e eu colidindo em Tammy, nos enviando eu e seu cachorro esparramado para as sombras entre os edifícios do armazém. Ela gritou, e seu cão latiu furiosamente, mas ninguém ouviu. Ainda no chão, olhei para cima. O choque de Demus foi se transformando em uma feia expressão. Seus olhos caíram para o meu amuleto, e ele levantou sua espada novamente. — Você vai ter que fazer melhor que isso, ceifadora branca. — ele disse me confundindo por um anjo. Bem, isso foi uma coisa boa, mas depois descendo o braço em um arco suave de movimento. Eu pressionei Tammy para trás, estremecendo enquanto me preparava para tomar o golpe por ela. Eu sobreviveria a ele. Ela não iria. 66

Mas o puro toque do divino chocando por mim, parecendo acabar com a confusão barulhenta por um breve instante. Meus olhos se abriram. Era Barnabas, sua espada a centímetros de mim e segurando o golpe de Demus. — Barnabas? — O ceifador negro gaguejou, ainda segurando a sua posição. — Eu pensei que você fosse grim 10 .— Grim — era o que eles chamavam os ceifadores que não trabalham nem para a luz ou escuridão, visto com desconfiança por ambos os lados. Eles matavam ao acaso, ou pelo menos por uma razão que ninguém podia ver. Com um grunhido, Barnabas o empurrou para trás. — Eu sou. Sua voz era plana, e outra vez, fui levada por sua imagem de pé protetoramente sobre mim, suas penas se misturando com a fumaça e seus olhos escuros e atentos. Anjo vingador, belo e inabalável. Sarah, seu nome tinha sido, eu pensei, me perguntando como ela tinha instigado nele o melhor de todos nós. 10

Ceifadores Cruéis

Eu caí para trás, enquanto Tammy se mexeu por debaixo de mim e mais profundamente no beco. Seu cão foi embora, correndo no meio da multidão com o seu rabo entre as patas. — Tammy! — Exclamei, girando no meu estômago e arrebatando seu tornozelo. Ela caiu, gritando de novo, mas a lâmina de Demus foi de assobio inofensivamente sobre ela. Ele balançou a cabeça como se para pará-la. — Abaixe-se! — Eu gritei, e desta vez ela ouviu, de olhos arregalados enquanto ela deslizava para trás até que ela encontrou uma brilhante porta laranja de garagem. — Você falou com o Shoe? — eu perguntei. — Você acredita em mim agora? Seus olhos estavam fixos em Barnabas e Demus, e ela pulou enquanto suas espadas se encontraram e pelo som ecoou novamente. —Você está louca! — exclamou — Anormalmente louca! O que há de errado com vocês? Demus chutou Barnabas, mandando-o para trás. Tammy arfou enquanto Demus se virou para ela, sorrindo maliciosamente. A ansiedade em sua expressão era um alerta. Isso era quem eu deveria convencer a poupar a vida de uma marca? — E agora você vai morrer! — gritou ele, mergulhando. 67

— Demus, pare com isso! — exclamei enquanto eu ia para cima dele. Eu atirei a minha mão enquanto ele balançava sua lâmina me cortando. Faíscas cintilando através de mim enquanto o poder do céu misturava-se, então ele se encolheu me reconhecendo como um dos seus e jogou o ataque divino para trás. Minha cabeça estalou, e eu respirei, sentindo-o percorrer todo o caminho para o fundo dos meus pulmões. Demus gritou, e quando eu olhei, ele estava apertando sua mão, sua espada a seus pés enquanto ele piscou em choque. — Quem, por dedos de pérola de Gabriel, é você? — Eu sou sua chefa! — Eu disse, ainda sentindo o formigamento do golpe, e marcada, mesmo assim me sentia bem. Demus dobrou para agarrar sua espada, e Barnabas o empurrou. Braços e pernas batendo, o ceifador negro bateu na parede. — Barnabas, não. — eu disse, mas o ceifador tinha se puxado para cima, tonto e confuso enquanto ele em choque virou o rosto para mim. Usando seus

pés, Barnabas chutou a espada de Demus para mim. Inclinei-me para pegá-la, sentindo a pesada arma zumbir no meu punho. Ela estava respondendo ao meu amuleto, eu suponho. — Sua chefa quer falar com você. — disse Barnabas, com os olhos apertados de raiva. — Ou você não recebeu o memorando? Demus estava focado em mim, o seu grunhido desaparecendo à medida que o olhar dele ligou da espada em minha mão para Tammy chorando atrás de mim em algum lugar. — O Timekeeper negro? Ela? — Seu olhar caiu para o meu amuleto, e então seus olhos se arregalaram quando ele começou a jurar em latim. Pelo menos eu acho que era latim. Procurando justificar, Barnabas deixou o ir, dando-lhe um empurrão de despedida. — Você é a nova timekeeper negra? — Demus disse, as luzes dos veículos de emergência piscando para ele. — Você é apenas uma menina! Doces dedos dos Serafins, não admira que os anjos ainda estejam organizando a ceifa. 68

Minha testa franziu, e eu dei um passo adiante. — Seu tipo me surpreendeu, também. — eu disse contente por estarmos à mesma altura e eu não tendo que olhar para ele. — Escute, cenoura. — eu disse quando eu entreguei sua espada, e Barnabas se encolheu. — Eu não me importo com o que os serafins, dizem. Você não está matando Tammy. Ela esta fora dos limites. Um caso de teste, se você quiser. Atrás de mim, fungando Tammy parou. — Mas os serafins. . . — Demus iniciou, seu olhar foi para trás de mim, para Tammy novamente. Ela não devia estar ouvindo isso, mas só podia ajudála a entender. — Os serafins não estão jogando limpo. — eu disse. — Eu aposto que eles nem sequer dizem o que eu estou tentando fazer, não é? Esta é a minha gadanha, e intrometeram-se lhe enviando, e em seguida Ron mandou Arariel, não é? E agora está tudo desarrumado. Mas já que você está aqui, você vai

fazer o que eu digo, e eu digo que Tammy vai acordar amanhã! Estamos tentando mudar a sua vida, e não acabar com ela. Tinha sido um bocado, e eu deixei para trás uma etapa para recuperar o fôlego. Bem, eu realmente não precisava, mas apesar disso. Demus olhava interrogativamente para mim, então ele depois para Barnabas para ver se eu estava brincando. — Você não pode mudar o caminho de uma marca. — Barnabas foi encolhendo os ombros, e eu disse: — Não, quando você quer matá-los, com certeza. Tammy começou a ir para a borda de abertura do beco. Barnabas mudouse para pará-la, e ela gemeu, de pé com os braços cruzados sobre o peito. — Conseguimos mudar a vida de uma pessoa. — disse Barnabas. — Nós podemos fazer isso novamente. Demus se mexia, a espada livre apontando para baixo. — Os serafins disseram... — Eu digo que ela está fora dos limites! — exclamei. — Ponha sua espada para longe e me escute. — O inferno e a perdição. — Demus murmurou, estremecendo enquanto sua espada desapareceu. — Eu não posso simplesmente deixar Ron colocar um anjo da guarda nela. Você sabe o que acontece com pessoas que morrem, que perderam suas almas e não conseguem recuperá-las? Eu não, mas Barnabas pareceu relaxar, e após uma rápida olhada para trás, ele colocou sua espada á distância. Mãos nos bolsos, agora profundamente ele olhou para o apartamento em chamas. — Ela vai recuperar sua alma. — ele disse suavemente. Tammy fez um jogo para a abertura além de Barnabas, e que o anjo estendeu a mão para agarrá-la, ela se debatendo. — Deixe-me ir! — Ela gritou, batendo, e ele a tomou, dobrando-a para que ninguém fora do beco pudesse vê-la. — Isto não faz qualquer sentido. — disse Demus, e aproximou-se, esperando a van de notícias nas proximidades passar. — A marca ou morre ou fica com um anjo da guarda. Não há outra escolha.

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Sorri, ao ouvir a palavra. — Demus, vamos conviver muito bem. A escolha é exatamente o que eu dou por aqui. — Eu disse deixe-me ir! — Tammy insistiu, balançando. — Eu tenho que pegar Johnny. Deixei-o perto do poste. Procurando quase arrogante, Demus estendeu o seu cabelo para tirar as cinzas do incêndio. — Calma, querida, ela só salvou sua vida. Eu exalei. Um ceifador a menos. A ceifadora branca, no entanto, não ia me ouvir. Eu provavelmente deveria pelo menos tentar mudar a ressonância de Tammy, agora que eu tinha um momento para pensar. — Eu disse deixe-me ir! — Tammy gritou, e chutou Barnabas na canela. Uivando, ele largou o controle sobre ela. Em um instante, ela se foi. Barnabas deu três passos correndo atrás dela, então derrapou até parar. — Você vai ficar bem? — Vou! — Eu disse, e Barnabas se deu uma sacudida rápida. Virando-se, desapareceu na massa barulhenta de carros de bombeiros e pessoas chorando. Droga, ele parecia bem com suas penas fluindo e seus olhos brilhantes. Minha atenção se voltou para Demus. Ele estava brincando com seu amuleto, seus olhos indo de prata por um instante antes de voltar para seu verde original. Ele era como uma moeda de um centavo de cobre brilhante, bonito e de ouro como Barnabas era bonito e escuro. — Você não é como Nakita ou os outros. — eu disse, e ele olhou para mim, os dentes brancos surpreendentes. — Bem, você não é como Kairos. Eu não poderia ajudar com a minha bufada. — Graças a Deus. Eu vim para frente para ficar na abertura entre as duas fileiras de edifícios do armazém, os braços cruzados. Eu estava relutante em sair do pequeno ponto pacífico. Além dele, era o ruído, as luzes, cinza, cheio de fumaça e spray de água. — Estamos indo gadanhá-la mais tarde, certo? — Demus disse. — Esta é

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apenas uma maneira de fazer Ron louco e colocar Barnabas fora de sua guarda? Minha cabeça caiu, e eu respirei fundo. Dei dois passos para trás. Ligando o meu braço no seu, eu comecei a levá-lo de volta para a bagunça. — Demus, temos que conversar. — Não! — gritou uma voz alta, e nós dois nos viramos, reconhecendo a voz de Tammy. — Lá está ela! Ela é a única que colocou o fogo! Minha boca estava aberta, e eu congelei enquanto Demus se afastou. Tammy estava em um local claro, com um policial e um bombeiro. Johnny estava com ela, prensado e assustado, olhando a mulher, segurando o seu cão. Sua mãe, talvez? Atrás deles, tentando ficar fora de vista estava Barnabas. Houve um toque da divindade, e eu vi Nakita, virando para baixo a ceifadora branca. Uma batida forte veio do meu coração, depois parou. Ela está me culpando pelo fogo? Eu sou a única que avisei a ela para sair! — Presentes de cachorro. — eu sussurrei, sentindo Demus cair para trás e desaparecer na multidão. Virei para fazer a minha própria fuga, mas os policiais foram mais rápidos, e eu senti alguém me puxando e eu olhando para um rosto severo e marcado pelo fumo. Deus, ele era grande, e ele tinha uma arma. — Ela invadiu a minha casa esta tarde! — Tammy estava gritando, sendo retida por um segundo policial. — Liguei e você levou três horas para me ajudar! Eu te disse! Eu disse e você riu de mim! — Eu não invadi a sua casa! — Eu disse indignada. —Seu irmão nos deixou entrar. Parecia que o fogo estava quase fora, mas eles não estavam permitindo que qualquer pessoa ainda entrasse. O estacionamento estava cheio de gente com raiva, e eles estavam começando a olhar para mim. — Ela estava falando sobre um incêndio. — disse Tammy, e o policial me segurando apertado. — Ela me disse para não estar aqui esta noite. Mãe! — exclamou. — É ela! Eu estou lhe dizendo que é culpa dela! Ela disse que ia ser

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um incêndio. Como ela saberia a menos que ela o tenha começado! — Você. . . — disse a mulher, seu medo encontrando uma saída fácil. O cachorro se contorcia em seus braços, e ela o segurava apertado. — Você queimou meu apartamento? Por quê? Sua voz estridente transitando no rugido dos caminhões de bombeiros, e eu recuei até me chocar com um terceiro policial. Merda, eu estava cercada. Barnabas não poderia ajudar. O policial pairava sobre mim e crescia ainda mais desagradável. — Qual é o seu nome, senhorita? — Quero ela na cadeia! — A Mãe de Tammy gritou, atraindo ainda mais atenção. — Ela ateou fogo ao meu apartamento! Eu perdi tudo. Tudo! Eu toquei a colisão do meu celular no meu bolso, pensando em meu pai. Oh, Deus, eu não queria que ele recebesse uma chamada sobre mim sendo dois fusos horários de distância. — Uh, eu tenho que ir. — eu sussurrei, com medo da minha mente. Eu pulei quando o policial segurando meu braço me puxou para si. — Eu sinto muito. Você vem comigo? — Ela queimou meu apartamento! — a mãe de Tammy disse, começando a chorar. — Eu não tenho nada! Você ainda tem seus filhos, pensei, mas eu não podia dizer isso. Eles não iriam entender que Tammy e Johnny estavam vivos e quase tinham sido perdidos. — Hey! — Eu gritei quando o policial beliscou meu braço e começou a me levar embora. —Eu não coloquei o fogo! Eu só tinha uma impressão. — Sim, bem, você e sua impressão está em apuros. — disse o policial. — Quantos anos você tem? — perguntou ele. Eles não podiam me questionar, sem a presença de um adulto, se eu era menor de idade. — Dezessete. — eu sussurrei, pensando na decepção nos olhos do meu pai. — Olha, eu nem deveria estar aqui. O policial abriu a porta de um dos carros de polícia. Estava mais quieto na calçada, todas as seis faixas de tráfego desviadas para outro lugar. As pessoas estavam em toda parte. — Qual é seu nome? Como podemos chegar a seus

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pais? — perguntou ele. Eu olhei para o interior do carro e entrei, minha boca estava fechada, e ia ficar assim. Eu estava tão assustada, mas eu estava quase rindo. Eu era a timekeeper negra, capaz de parar o tempo, retirar os ceifadores negros, e voar com os anjos, e eu estava com medo. Melhor ir junto com ele até Barnabas se mostrar e mudar as suas memórias, ou melhor, mudar ao menos o que havia. Então, eu não disse nada, olhando para ele e sabendo que não haveria misericórdia. Ele fez um grunhido suave. — Resposta errada. — disse ele, em seguida, fechando a porta. Ele fez uma batida firme, cortando o ruído e confusão. Em cordial silêncio me levou, quase confortavelmente, embora o banco fosse duro e o espaço pequeno. Lá fora, os caminhões trovejavam e as pessoas choraram, mas aqui dentro, estava quieto. O policial bateu no vidro, e me empurrou para trás. — É melhor você se lembrar do seu número de telefone no momento em que eu voltar, senhorita. — ele disse, sua voz abafada. Virando-se, ele saiu com um ar de superioridade. — O grande homem forte colocou a pequena menina em seu lugar. — eu murmurei, cruzando meus braços sobre o peito e caindo para trás no assento. Eu tive um sentimento ruim que eu estava indo para além do meu toque de recolher. Eu podia ver Tammy conversando com ambos os bombeiros e outro policial, apontando para mim. Sua mãe estava em lágrimas, e Johnny parecia perdido, dava palmadinhas no joelho de sua mãe enquanto ela se sentava no chão e balançava seu cão. Barnabas estava à espreita na orla da multidão, e Nakita. Eu não vi Demus ou a ceifadora branca, Barnabas tinha chamado Arariel. Talvez eles tivessem ido embora. Talvez tudo isso tivesse mudado o futuro de Tammy.

Sim, e talvez eu tenha casquinhas de sorvete saindo dos meus ouvidos. Se os serafins enviaram um ceifador negro, então a alma de Tammy ainda estava fadada a ser perdida, e eu tinha conseguido um nada.

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Eu via o relógio de parede enquanto eu me sentava na cadeira giratória, batendo meu pé ao mesmo tempo que os tique-taques para irritar o policial sentado atrás da mesa. Mas principalmente eu só fiquei emburrada. De qualquer sorte Grace tinha me aterrado aqui, em vez da área de detenção juvenil, que aparentemente estava cheia até ao momento. Poderia ter sido o fogo, mas eu acho que foi Grace. Meu anjo da guarda-que-virou-mensageiro tinha aparecido a meio caminho da estação, quase foi me buscar dentro da ala psiquiátrica, quando eu comecei a conversar com ela. A sorte havia ficado comigo, então ao invés de uma cela, eu estava presa no escritório de alguns policiais enquanto eles descobriram o que fazer comigo. Fedia como fumaça de cigarro velho, e ele tinha secado a Coca Diet em sua mesa arranhada. Desagradável. Com excesso de peso, o homem corpulento olhou para mim, e eu lhe dei um sorriso insincero. Irritado, ele colocou sua caneta sobre a mesa de aço-elaminado e cruzou os braços sobre o peito, olhando para mim. Meu celular estava ao lado de seu monitor enorme e feio. Grace tinha esgotado as baterias. Ela drenou cada coisa que eles tentaram ligar. Eles não haviam sido capazes de contatar meus pais ainda, e eu esperava que eu estivesse fora daqui antes que eles conseguissem isso. Grace era boa, mas esses caras eram determinados. — Está pronta para me dizer que aquele garoto ruivo estava com você? —ele perguntou, e eu balancei minha cabeça. — Como chamar seus pais? — ele tentou, e eu olhei para o teto. — Criança punk-burra. — ele murmurou, se levantando e embolsando o meu celular. — Nós costumávamos ser capazes de colocá-la atrás das grades

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gangbangers 11 que é onde você pertence. Você só está tornando isso mais difícil para si mesma. Vamos descobrir quem você é. E o ruivo também. — Eu não coloquei o fogo. — eu disse, e ele apertou os lábios juntos, o que fez o bigode espetar para fora. — Fique aí. — ele exigiu, apontando um dedo para mim. — Não toque em nada. Eu mandei língua para ele enquanto ele saia, mas ele não viu, mais preocupado em obter café com açúcar. A porta de vidro fosco fechou com um estrondo, e eu saltei. Exalando uma respiração que eu ia queria exalar a muito tempo, eu caí novamente na minha cadeira e balancei os meus pés, olhando para as prateleiras desordenadas, a alta, estreita janela com a rede metálica sobre ela, e, finalmente, para os azulejos verde e branco esfolados. Eu não acho que o meu tratamento era um procedimento padrão, mas eu não estava deixando as coisas fáceis para eles, tampouco. Com a cabeça jogada para trás, eu olhei para o teto manchado. Eu totalmente perdi meu toque de recolher, e eu ia ser tão-o-o-o triturada quando chegasse em casa, mesmo que o meu pai nunca descobrisse sobre isso. Mas o que realmente me preocupava era Tammy. Eu não gostava do fato de que os Serafins tinham enviado um ceifador para levá-la mais cedo. Eles sabiam que eu estava lidando com isso. Grace tinha me dito que Barnabas estava assistindo Tammy e que ambos Arariel e Demus se foram, então, talvez minhas ações hoje em parar Demus tinham o feito reconsiderar. Eu só não tinha certeza. Eu me sentiria muito melhor se pudesse mudar a ressonância de Tammy para ajudar a esconder a sua aura, enquanto eu refrigerava meus saltos no reformatório. Ron tinha mudado as minhas várias vezes, mas ele tinha feito isso, modificando o meu amuleto, vendo como era a fonte da minha aura agora que eu estava morta. Tammy não tem um amuleto para lhe dar a ilusão de uma aura, então eu teria que mudá-la de alguma outra forma. A lógica dizia que eu teria que estar com ela para fazê-lo, mas talvez tudo o que eu precisava fazer era encontrá-la na linha do tempo e apenas mais ou menos. . . Ajustá-lo. Vale à pena tentar. Trazendo minha cabeça, olhei para o relógio. Era depois 11

Membro de uma gangue violenta.

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das dez, mais de meia-noite em casa. Meu pai ia me matar. — Grace? — eu sussurrei, necessitando de alguma companhia. — Havia uma vez uma delegacia em Baxter, — o anjo da guarda-quevirou-mensageiro cantava enquanto ela ia através do vidro na porta — que uma vez capturou uma timekeeper. Acusada de um incêndio, a sua condição era crítica, mas Barnabas não vai os deixar cortarem ela. Olhando para a estante de pastas desleixadas onde ela tinha desembarcado, eu franzi os olhos. — Grace? O que está acontecendo? Eu me sinto como se eu estivesse em uma ilha deserta, aqui. — Você está na cadeia, Madison! — o anjo disse alegremente. — Os serafins estão irritados. Tammy é uma causa perdida. Demus está andando pelas ruas de novo, procurando ela. Ela ira fugir, assim como os serafins disseram que ela iria. — O quê? — Me sentei agora duas vezes mais preocupada com Tammy do que eu estava antes. — Eu pensei que Demus estava regressando! A bola brilhante de luz pousou no meu joelho, e um calor suave embebeu-me, como um raio de sol. — Não, ele só voltou para o céu temporariamente para ter certeza que ele não estava fazendo algo contrário à vontade do céu, fazendo o que você lhe disse para fazer. Meu rosto amassou em uma expressão feia. — Três suposições a respeito de como que foi. — eu disse acidamente. — E os dois primeiros não contam. — Assim como o desejo de Tammy viver, eu acho. Isso é tão injusto. Salvei-a do fogo. Salvei Johnny do fogo, e ainda Tammy deixa sua alma morrer? O que está errado com a menina? Será que ela não vê o quanto sua mãe e seu irmão a amam? — Um, eles disse para Demus voltar aqui e gadanhar ela. Madison, isso não parece bom. Ele sabe a assinatura de sua aura e até mesmo como ela é. Graças a mim. Grace se levantou, o brilho de suas asas brancas em comparação com o escritório pegajoso. — Barnabas e Nakita vão levá-la para fora. — ela ofereceu,

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mas eu não me senti muito melhor. — Madison, talvez esta não seja uma boa idéia. — Grace disse suavemente, e meu coração deu um baque. — Você também. — eu disse, infeliz. Droga, por que ninguém acredita que isso era possível! Nós tínhamos feito isso antes. Isso iria funcionar se eles acreditassem! — É compreensível os motivos pelos quais os serafins estejam tão agitados! — Grace disse, pairando em frente a mim. — Suas canções vão além do que eu já vi. Os ecos estão chegando até aqui, mesmo. Aqueles sensíveis a ela estão recebendo visões. Eu não vi isto assim desde. . . Desde o Renascimento na Itália. — Ela hesitou, e uma explosão de luz veio dela em um pensamento não compartilhado. — Talvez os serafins não devessem ter enviado Demus. — eu disse, e Grace voou para trás em alarme. — Estou tentando ajudar Tammy! — eu disse quase suplicante. — Nem sempre acontece zunir-bum! Se é preciso um ano para uma alma desistir da vida, então pode demorar mais de duas horas para reacender a vontade de viver. Gadanhando alguém para salvar sua alma é tão rápido que é reduzido. Onde está à honra nisso? Estou ficando melhor com isso. Eu não tinha mudado as coisas já que ela está viva? Ela e seu irmão, ambos. Ela não tem culpa agora. Como isso pode ser uma coisa ruim? Nunca. Nunca que alguém seria capaz de me convencer que Tammy e seu irmão morrendo em dor e agonia em um incêndio era uma coisa boa. — Havia uma vez uma menina humana corajosa, a imortalidade lhe deu um giro. Para seres humanos salvar, a ira de Deus a fez corajosa, sua tenacidade me fazendo vomitar. —Bom. — Olhei para a porta enquanto uma sombra passou. — Grace. — eu sussurrei — Eu tenho esse trabalho por uma razão. Talvez porque eu queira mudar as coisas. Seu brilho enfraqueceu, e eu senti frio enquanto sua depressão ensopou o quarto. — O que os serafins dizem do destino de Tammy agora? — Eu perguntei. Tinha que haver algo que eu pudesse fazer para melhorar isso. — Ele não mudou. — um brilho breve veio de Grace, desaparecendo enquanto ela se mudava para a mesa e acalmava as suas asas. — A morte do

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irmão foi o gatilho de declínio de sua alma. Agora é perder sua casa no incêndio. É por isso que eles enviaram de volta Demus. Ela precisa voltar para casa cedo, ou ela não irá para casa. Madison, estamos falando de sua alma. O que é uma vida humana em comparação com a alma eterna? Isto não é um jogo! — É isso o que eles pensam que eu acho que isso é? Um jogo? — exclamei, depois baixei a minha voz, antes que alguém entrasse — Eu quero que isso funcione tanto que até dói. O destino de Tammy não mudou em nada? — Não. Ela parecia resignada, e eu cai de volta na minha cadeira, não querendo acreditar. Barnabas podia mentir. Talvez serafins pudessem, também. — A escolha de Tammy ficar com seu irmão esta noite foi baseada no medo, não em uma mudança de coração. — Grace disse. — Você pode ter salvado suas vidas, mas ainda Tammy foge, abandonando aqueles que a amam e perdendo a esperança em si mesma. Em breve Demus vai encontrá-la. . . — Grace fez um curioso assobio estridente e ficou em silêncio. — Fim de jogo. — eu sussurrei, olhando para a mesa do policial e seu telefone. Talvez ele me tivesse me deixado sozinha pensando que eu ia usá-lo e que poderia seguir o rastro dos meus pais. — É você tem certeza? —Sim. Eu preciso descobrir como mudar a sua ressonância. Eu era uma timekeeper, caramba. Eu deveria ser capaz de fazer isso. — Talvez se eu conversasse com ela um pouco mais. — Madison. Você não entendeu? Você é uma timekeeper. Você não pode mudar o destino. E você não pode causar a mudança. Você vê o futuro. Você manda ceifadores negros para abater almas. Se forem bem sucedidas, o ceifador branco que falhou acompanha a alma até a porta do céu para que asas negras não comam sua alma ainda brilhante, cortada cedo de seu corpo. Você sabe isso. Isto é como quando você se encontrou com Barnabas. E se o ceifador branco vencer, um anjo da guarda mantém a marca segura na esperança de que sua alma lembre-se de como viver. Isso é tudo que você faz!

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Dane-se. Eu sabia que podia fazer mais. — Eu vejo o futuro, hein?— Eu disse, começando a ficar irritada. — Então eu quero ver o seu futuro. Pergunte aos serafins para me mostrarem. Eu ainda posso corrigir isso! — Eles estão com raiva de você! Primeiro você o conserta de modo que ambos morrem na graça, que é o que eles queriam, e então você vai e o estraga conversando com Tammy e tendo ela deixado o apartamento. Você pode ter salvado a vida de ambos, mas você condenou a alma dela fazendo isso! — Grace disse, brilhando tão intensamente que ela começou a lançar sombras. — Eu não vou lhes pedir para fazer uma pesquisa sobre ela! — Yeah? Bem, eu não estou muito feliz com eles. Intrometendo-se assim — eu estava emburrada, andando para a janela alta e voltando. Aquele policial ia voltar. Eu tinha que sair daqui. Eu tinha que encontrar Tammy antes de Demus encontrar. Eita, que tipo de timekeeper fosse eu se eu não podia sequer iludir um edifício de policiais? — Eu aposto que posso encontrar o seu futuro eu mesma. — eu disse, as mãos nos meus quadris e olhando para ela. 79

— Ver o futuro antes dos serafins verem? — Grace bufou — Havia uma vez uma menina sem cérebro, cujas teorias eram um tipo de loucura. — Obrigada, Grace. Você é uma fonte de sabedoria. — eu murmurei. Ela se levantou em uma névoa de luz brilhante, acrescentando: — Para os imortais, levava muitas risadas. Porque o que a menina era, era inútil. — Eu não sou inútil. — eu disse enquanto ela pairava diante da porta fechada. — Eu estou tentando fazer as coisas e ninguém está ajudando. Grace subia e descia, impaciente. — Eu tenho que ir. Eles encontraram outra bateria do telefone. — Vai, vai! E obrigado. — eu disse, acenando para ela enquanto ela voou através do vidro e desapareceu. Eu não queria explicar para o meu pai porque eu estava na Costa Oeste e acusada de incêndio criminoso. Mas, mesmo que Grace pudesse impedi-los de entrar em contato com meu pai, não havia nenhuma maneira que eu pudesse esconder de que eu não estava em casa.

Nunca que eu iria ter imaginado que eu pudesse fazer as coisas se tornarem uma desordem. Talvez Grace estivesse certa. Talvez todos eles estivessem certos. Braços em volta de mim, olhei para a porta e me deixei cair na minha cadeira que rangia. Talvez. Mas eu não me sentia bem. Barnabas disse certa vez para confiar em meu instinto. Meu instinto dizia que isso não estava terminado. Meu instinto dizia que eu poderia fazer isso melhor. Meu instinto dizia. . . Eu poderia fazer a diferença. Olhei para o teto de novo, fechei os olhos contra as manchas de água que parecia nuvens ou anjos. Eu estou desgraçada, pensei, sentindo um pouco de auto piedade. Os serafins estavam com raiva de mim. Pior ainda, eu falhei com Tammy. Assinalada, eu dei um pontapé na mesa do policial. Meu dedo encontrou o aço de espessura com um baque surdo, mas eu não tinha colocado qualquer força por trás dele e nada aconteceu, nem mesmo uma pontada em meus dedos do pé. Eu sei a ressonância da aura de Tammy. Sou capaz de encontrar o seu futuro eu mesma, eu pensei desafiadoramente, mas foi rapidamente seguido pela percepção de que eu provavelmente não poderia. Eu não estava sendo uma auto derrotista — eu estava sendo realista. Ainda. . . Talvez eu pudesse mudar a sua ressonância e Demus e Arariel não pudessem encontrá-la. Tomando um pouco de tempo. Para tentar resolver isso, eu olhei para o teto novamente, exalando tudo fora de meus pulmões. Meus olhos fechados, e eu puxei em minha consciência a prata cintilante linha do tempo que se estendia até o infinito em qualquer direção. Brilhava desde as auras que a compunham, as pessoas que existiam neste mesmo segundo. Caindo como água ou uma cortina, era no passado. Ele ainda brilhava, mas não tão brilhante como o presente. Era a luz da memória coletiva. Voltar muito no tempo, e a linha se torna negra, exceto para as pessoas que a humanidade tinha escolhido lembrar, triunfos pratas e desastres que transcendem o próprio tempo. Mas aqui, tão perto do presente, era aceso com a cor de vidas entrelaçadas, ligadas, e separadas. Indo para frente da linha era muito diferente. Um negro tão intenso que quase não se fazia uma trama confusa do que poderia ser. Foi um pensamento

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consciente, e era o que nos tirou do presente para o futuro. Estendia-se amplamente em alguns lugares, e estreito em outros, quase como se algumas pessoas fossem viver um pouquinho para o futuro, empurrando seus pensamentos para ele. Artistas, principalmente. Os professores. Crianças. Os agitadores. Mas foi a linha brilhante do — agora — que eu estava interessada, e eu a procurei, olhando para Tammy. Eu sabia que era provável Demus estar procurando por ela, também, e um pico de medo quase quebrou a minha concentração. — Firme! — eu sussurrei, ouvindo um barulho no corredor. Um argumento sobre mim, provavelmente. Meus olhos mentais cresceram mais claros, e era como se eu pairava sobre o cobertor de luz brilhante, em busca de uma nota em particular entre um concerto inteiro. Para baixo uma forma, então refazendo meus passos e indo mais para baixo a outra, procurando entre as milhares de almas perto de mim. E então, como um pequeno som que um vidro vibrando faz quando você corre o dedo na borda, eu a senti. Tammy, eu pensei, exultante. Tinha que ser. Ela estava sozinha pela aparência dela, e não muito longe. Concentrei-me nela, tentando me colocar em seus pensamentos, mas eu só tinha a impressão de cabelo molhado, joelhos doloridos, e uma sensação de medo e desesperança — de desistência e abandono. O som de vidro vibrando cresceu mais alto, quase acre, e eu me perguntava se era isso, embora o som chave fosse a amostra que os serafins usavam para encontrar almas em risco de se perderem. Rangeu em mim. Ela não estava pensando no futuro em tudo, os pensamentos dela puxando-a para o momento seguinte dificilmente estendendo adiante sua existência. Eu tentei escorregar minha consciência dentro da névoa acinzentada que existia entre o presente de todos e o futuro para tentar chegar a sua mente, quando eu tentei fazer isso em Nakita ou Barnabas, porém foi como tentar em um fio de agulha quando você não pode ver ou sentir a linha. Eu não acho que era mesmo possível. Mas mudando o som que sua aura estava fazendo. . . Eu poderia ser capaz de mudar isso. O escorregar de uma batida à distância sacudiu meus olhos abertos, e eu olhei para o relógio. Nem um minuto tinha passado. Ok, eu a encontrei. Agora, eu tinha que ver se poderia fazer uma mudança. Eu me mexi no estofamento fino da cadeira, tentando resolver sozinha.

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Eu mantive meus pensamentos conservando o meu foco aguçado na minha mente, fazendo da sua aura meu mundo inteiro e me rodeando em seu verde e laranja. Eu mudei a cor dos meus pensamentos quando eu falava em silêncio com Barnabas e Nakita. Eu realmente não sabia como eu fazer, além de se concentrar sobre elas e os trazer claramente em meus pensamentos: vontade e desejo de compreender Nakita, a melancolia de Barnabas em relação a tragédia humana. Mas o pensamento de Tammy só reforçou a sua aura existente, o que não era o que eu queria. Franzindo a testa, eu me perguntava se a resposta pudesse estar no seu passado, e eu olhei para baixo o seu comprimento, vendo uma tristeza em camadas ao longo dos anos, até parecia que estava lá, tudo o que existia para ela: a festa de aniversário que seu pai prometeu que viria e, em seguida a briga que ele teve com sua mãe, que por sua vez levou toda a alegria que havia no presente que ele tinha dado a ela — e a bolsa que ele carinhosamente escolheu que ela nunca foi usada, para sempre manchada com a memória dele. Houve a vergonha na falha de um teste, e outro teste, e outro, até que era mais fácil fingir que não se importava do que tentar e falhar novamente. Mais profundas foram as palavras feias que seus amigos falaram sobre outra menina, mas era do conhecimento dela de que se eles dizem tais mentiras sobre uma pessoa e eles provavelmente falavam assim sobre ela também, o que arruinou qualquer alegria que ela pudesse encontrar com eles. Entretanto, o que me rasgou era o seu entendimento de que as promessas feitas na infância não fossem verdade, as mentiras que nossos pais nos contaram sobre ser gentil com os outros e os outros vão ser bons para você, que as pessoas eram gentis por dentro, e que amar era mais abundante do que machucar. . . Tudo isso era mentira. Não admira que sua alma esteja perdida. Não era que ela tinha uma vida mais difícil do que outros, mas que ela era cega à alegria, que as pequenas coisas estavam sendo postas de lado, esquecidas. Sua percepção do bem e do mal estava fora, porque ela se recusou a colocar o bem na escala, também. E como eu olhei sua vida, tudo que eu podia fazer era não chorar junto com ela. Que tal isso? Eu pensei, ao ver o riso no rosto de sua mãe quando tinham todos voltado ao carrinho de compras com o mesmo pote de sorvete. E esta?, eu me perguntava, olhando Tammy esfolar a maravilha de uma pena azul sob seu sapato enquanto ela caminhava para casa. A satisfação de um

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poema que ela escreveu, mas nunca tinha compartilhado por ter mais peso do que o suspiro de decepção de sua mãe por causa de uma máquina de lavar louça deixada vazia — mas Tammy ignorou, qualquer satisfação apagada como se nunca tivesse existido. É isso!, exclamei, vendo o sorriso de agradecimento de Johnny, quando ela colocou uma tigela para seu café da manhã. Era isso, nada valia a pena para ela? Tammy fez um gemido baixo, segurando os joelhos ao peito e balançando como se sentisse dor. Um flash de brilho provocado através de sua aura, deslocando o laranja, e eu sabia que Tammy estava vendo o que eu estava, não ouvindo os meus pensamentos, talvez, mas vendo o bem em sua vida como eu reconheci a mim mesmo. Excitação tremeu por mim quando me dei conta que estava mudando sua aura, o laranja sendo silenciado, entorpecido, enquanto eu a fazia reavaliar sua vida de pequenas formas sutis. Incentivei, me concentrando em Johnny, e de alguma forma, quando tudo parecia estar bloqueado e inútil, ela se lembrou dele, e suas lágrimas cresceram incluindo arrependimento. Foi o primeiro passo para fazer uma mudança, e eu presa sobre ele como uma tábua de salvação. Correndo para frente através de sua vida, eu encontrei mais memórias de Johnny, esquecidas. O carrancudo agradecimento que ele lhe deu no último domingo, quando ela deu a ele o controle remoto ao invés de colocar sobre a TV. A gratidão que ela tinha sentido há duas semanas, quando o ouviu defender ela dos seus amigos. E o tempo que ele mudou sua pontuação de boliche para que se parecesse como se ela tivesse ganhado. Ele a amava, e ela tinha esquecido. Eu podia sentir Tammy chorando, segurando os joelhos para si mesma, totalmente infeliz. Eu podia sentir a sua dor, sua angústia. Ela correu através de mim como se fosse minha, e eu lhe dei um pouco da minha esperança, querendo deixá-la com a idéia de que as coisas não eram tão ruins. Estávamos tanto com nosso passado como o nosso futuro, e o dela era melhor do que ela conhecia. Ela só tinha de olhar para ele de uma maneira nova. Uma lágrima, quente e pesada escorreu pela minha bochecha, e enquanto eu a limpava, eu puxei de volta a aura de Tammy para ver o que eu tinha feito. O laranja em seu centro estava agora bordado com preto.

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Meu coração deu um baque, depois parou. Meu primeiro pensamento foi que eu tinha danificado ela, piorei as coisas, mas depois decidi que não importava. Sua aura tinha mudado, talvez apenas o suficiente. Demus ou Arariel não iriam encontrá-la. Puxando para trás mais longe, eu memorizei a nova ressonância de Tammy então eu poderia encontrá-la novamente. Eu não tinha idéia se a mudança de cor era permanente ou não. Ela ainda era uma alma perdida, mas talvez agora ela vivesse tempo suficiente para eu sair daqui e ajudá-la. Eu tinha que levá-la a fazer seu próprio exame de consciência. Ela teria que fazer a própria escolha. A aura de Tammy derreteu na linha gloriosa e brilhante do presente enquanto eu me retirei, e uma sensação de satisfação me encheu. Sorrindo, eu dedilhei meu amuleto, quente de ter tocado o divino. Tome isso, serafins, pensei, me sentindo habilitada pela primeira vez em muito tempo. Curiosa, eu trouxe a minha própria ressonância diante de mim, me perguntando se eu tinha algum negro na minha aura antes de eu ter morrido e pegado o amuleto de timekeeper negra. Eu senti um tremor suave em mim enquanto eu corria a minha atenção a minha história recente, indefinição sobre o rosnar que a linha do tempo tinha feito quando a minha alma tinha sido cortada fora. Era onde eu tinha morrido, e me surpreendeu como a vida em torno de mim tinha estado junta, se apoiando mutuamente até que uma nova trama tecendo pudesse consertar a lágrima. E então a súbita explosão de luz, quando eu tinha tomado o amuleto de Kairos, o timekeeper antes de mim, usando-o para me manter ligada ao presente. Nervosa, eu me acalmei e olhei para além do rosnar. Não era fácil olhar para o passado, sabendo que era fixo e as emoções foram postas a nu. Mas eu me senti sorrir enquanto eu vi que eu realmente não tinha mudado desde que eu tinha morrido. Claro, minha aura original de azul e amarelo foi muito diferente, para o violeta profundo que era agora, mas a minha visão do equilíbrio entre o bem e o mal era a mesma.

Realmente era uma linda aura, pensei, uma espécie de mentalidade correndo meus dedos através dele e sentindo a melancolia que não era mais minha. Ou era? Talvez eu pudesse mudar a minha própria aura, só por um momento, e ser eu mesma? Mudando o foco, eu corri a minha atenção de volta ao presente, onde eu me encontrava sentada sozinha no escritório de um policial, esperando ele

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encontrar uma bateria para o meu telefone. Minha aura era escura de um timekeeper, não a minha própria, mas enquanto eu o comparei com a em minha memória, um lampejo fraco do azul parecia ecoar, não na minha aura, mas no cinza nebuloso onde o futuro se tornava o agora. Entre o agora e o depois? Oh, merda, pensei, excitação zunindo até meus dedos do pé. Era isso que queria dizer o serafim? Era isso quando o meu corpo estava escondido? Na fração de existência onde o tempo mudou do passado para o futuro? O tempo não existiria lá, e meu corpo seria puro e perfeito, pairando um instante sobre a morte até que eu pudesse recuperá-lo. Eu respirei fundo, deixando tudo sair para tentar me acalmar. Se essa era a minha aura original, então teve que vir de meu corpo, preso em êxtase onde o velho timekeeper havia deixado. Eu poderia recuperar meu corpo, e com isso, eu não precisava do amuleto timekeeper para me manter viva e as asas negras fora de mim! Era tudo que eu queria neste momento, e eu lentamente estava centrada em mim mesma, tentando me concentrar em um pequeno espaço. Tudo ao meu redor eram os meus pensamentos chegando a me puxar para o futuro. E uma pequena visão, com pouco brilho de azul. Eu agarrei nela, querendo-a tanto que eu poderia sentir. Vertigem veio de toda parte, e eu ofegante, apertava os braços da cadeira, mas me recusando a abrir meus olhos e perder o progresso que eu tinha feito. — Isto é meu! — eu sussurrei sentindo meu movimento dos lábios e o último bocado de ar que eu tinha em fuga em meus pulmões. Não havia o menor gosto de sal nos meus lábios, e eu os lambi, curiosa. Uma brisa leve peneirava meu cabelo, fazendo cócegas no meu rosto. Mas não houve entrada de ar no escritório policial. As cócegas cresceram mais intensas, e um sentimento fraco e desconfortável de. . . de. . . — Eu tenho que ir ao banheiro. — eu disse, os olhos ainda fechados e mistificados. Desde que eu tinha morrido, a única vez que eu tive que correr para o banheiro era para fugir de uma pergunta do meu pai. Uma sensação de desconforto deslizou através de mim, e minhas mãos agarradas nos braços da cadeira. Mas elas não estavam segurando o plástico duro e o metal. Era veludo, macia como um...

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Meus olhos se abriram. A luz brilhante me esfaqueando o que me fez engasgar. Eu ainda estava sentada em um escritório quente cheirando a cigarro e açúcar obsoleto. Mas eu também estava em um quarto, cortinas brancas à deriva ao longo dos peitoris e soleiras. Eu podia ouvir a rebentação. E aves. O teto era de mármore, e o chão era de azulejos pretos. Eu estive aqui antes. Minha ilha? Olhei para baixo, vendo a grama manchada, rasgado permanecia o meu vestido de formatura sobrepondo a realidade da minha calça jeans e top preto rendado coberto de cinzas. Meu Deus! Era o meu corpo! Eu tinha encontrado o meu corpo entre o agora e o depois, onde o serafim havia dito que estava. Eu não estava nele, no entanto, desde que eu ainda podia ver a realidade da minha calça jeans e top preto, mas eu havia encontrado. E a melhor parte? Meu corpo parecia bem. Tinha estado preso congelado no tempo, e estava normal. Agora tudo que eu tinha que fazer era soltar o corpo e eu pensava em. . . Tomá-lo. — Madison! Alguém agarrou o meu ombro por trás. Eu estremeci, e com um grito, senti um puxão angustiante. Dor vibrava através de mim, e eu dobrei os olhos fechados contra a dor. O som do vento e do sabor do sal tinham ido embora. Eu tinha quase o tido, mas agora ele se foi! — Madison! Você está bem? Você parecia um fantasma! Via-se através! —Pare! — Eu resmunguei, quase vomitando enquanto eu debruçava sobre os meus joelhos. Meus olhos se abriram e a tristeza se levantou. Eu estava olhando para as feias telhas verdes e brancas da delegacia de polícia. Onde no inferno estava à praia? — Eu quase o tive! — eu chorei, me levantando e quase acertando Barnabas no queixo. Ele se apoiou em confusão, e eu girei, olhando para a cadeira como se eu ainda pudesse me ver sentada nela, o rasgado vestido de baile e tudo. Entretanto, tudo que eu via era a vazia cadeira.

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— Barnabas, eu estava lá! — eu apontei para baixo, sentindo meu coração pular, mas eu sabia que não era real. Não era real e a mágoa quase me levou as lágrimas. — Eu encontrei o meu corpo. Entre o agora e o depois! Foi na ilha, preso em uma bolha do tempo ou algo assim! Barnabas, caramba! Por que você não podia ter esperado só mais alguns minutos! Eu quase o tive! Eu estava nele. Eu estava quase viva! Expressão chocada de Barnabas estava vazia. — Você... — Encontrei meu corpo! Sim! — olhei para o quarto feio, dividida entre chorar e gritar com alguém. Havia passos no corredor, e Barnabas tomou o meu cotovelo. — Vamos. Quanto mais cedo sairmos daqui, menos memórias eu vou ter de corrigir. Ele começou a me puxar para a porta, e eu cavei meu calcanhar dentro. Memórias? Ele está preocupado com as memórias? — Eu encontrei o meu corpo, e você não se importa! — Eu me importo, mas temos que sair daqui! — seu domínio sobre mim apertado, ele me empurrou para o corredor enquanto alguém derrapou na curva no corredor. — Onde você pensa que vai? — Disse o policial, e depois seus olhos se arregalaram quando ele olhou para Barnabas. — Ei, você não estava no fogo? — Caindo em um agachar, ele pegou sua arma. — Você tem que estar brincando comigo. — disse Barnabas, me empurrando para o fim do corredor. — Eu encontrei o meu maldito corpo, e você não se importa! — Eu insisti, resistindo. — Pare! — Exclamou o policial, e os olhos de Barnabas, a centímetros dos meus, brilharam prata. Doce como xarope, o homem caiu. Olhei por cima do meu ombro para ver, mas Barnabas pegou no meu braço apertado, e ele começou a me empurrar para o final do corredor novamente. — Estou emocionado por você ter encontrado o seu corpo, mas estamos tentando sair daqui. — ele murmurou. — Você pode reclamar o seu

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corpo mais tarde. — Seu olhar passou por cima do meu ombro, e seus olhos se arregalaram. — Corra! Ele me empurrou, e eu cambaleei, quase quebrando meu nariz enquanto eu ia para baixo de quatro. As palmas das minhas mãos ardendo, e meus joelhos latejavam. Olhei para cima a tempo de ver Barnabas fazer um gesto, com os olhos prateando por um momento. O segundo homem curvado sobre o primeiro caiu, mas eu podia ouvir as pessoas mais próximas. Marcada, me puxei do chão. Minhas mãos estavam pegajosas, e eu não sabia o que as limpariam. — Mais tarde? — gritei. — Eu quero agora! Minhas últimas palavras foram um grito verdadeiro, e uma onda de força pulsava raiva de mim. Praguejando, Barnabas se abaixou seu rosto branco enquanto ele se levantava do seu agachar e olhava para mim. 88

Eu cambaleei com a tontura que tinha se levantado e dobrado sobre a minha cabeça lentamente vazando para os meus pés. Minha mão foi para a parede, e eu juro, parecia esponjoso. Eu a puxei de volta, então pisquei. Minha pedra tinha ido para gelada e prateada. — Uh, Madison? — Barnabas sussurrou e eu percebi que estava tudo muito tranquilo. Você sabe. . . Muito quieto. Os homens esparramados no chão não estavam se movendo. Medo escorria através de mim enquanto eu me lembrava da explosão de raiva que tinha estourado de mim. Se eu tivesse matado eles? — Whoo-hoo! — Veio o grito animado de Nakita de algum lugar no prédio, e um súbito bater de pés ecoou no corredor. Eu girava enquanto ela pulava sobre os homens abatidos, derrapando até parar sem fôlego, sua espada nua e seu amuleto brilhando. — Madison, quando você aprendeu há parar o tempo?

Parar o tempo? — Eu, uh... — gaguejei, então olhei para o meu amuleto. Ainda era de prata, como os olhos de Barnabas, quando ele tocou o divino. Um fio de som estava correndo através de mim, e quando eu por acaso dei uma olhada na linha do tempo, invadi a existência tão brilhantemente que eu quase caí. — Não sei. — eu disse, o instinto me fazendo cobrir meus olhos, embora o brilho estivesse em mim. Piscando, eu larguei a minha visão interior, e olhei para cima. Barnabas me segurava de pé. Vendo-me bem, ele soltou e recuou. — Uh, como faço para desfazê-lo? — Eu perguntei a eles. — Ainda não! — Nakita exclamou, sua voz alta. — Espere até sairmos. — Ela correu atrás de nós para a porta dos fundos, enviando-lhe gritos de emoção ao eco no silêncio absoluto. O relógio no escritório do policial não estava correndo quando passamos por ele. As luzes dos carros de fora não estavam se movendo. O único som no mundo inteiro estava vindo de nós. Foi tão assustador enquanto todos nós saímos. E eu fiz isso? — Vamos. — disse Barnabas que claramente dominava a situação. Eu o segui pelo corredor até onde Nakita estava abrindo a porta automática. Lá fora era mesmo assustador, sem vento, sem ruído. Era como se tivéssemos entrado em uma pintura. Tudo parecia plano. Nakita quase dançou descendo os degraus de cimento para o estacionamento à sombra. — Madison, você está ficando boa com isso. Acho que devemos tentar lhe ensinar como fazer uma espada de seus pensamentos quando isso terminar, ok? Eu me encolhi. Tudo o que eu queria fazer era ir para casa. Eu queria ter o meu corpo e ir para casa e esquecer tudo o que tinha acontecido. Mas se eu fizesse isso, nada mudaria. Não no céu, não na terra, não em mim. Nada. — Como eu inicio o tempo? — eu sussurrei, cheia de uma confusão tão abundante em mim que me fazia mal. — Eu não sei. — Barnabas parado ao lado de um carro da polícia, voltando-se para olhar enquanto uma bola de luz estourou para fora das portas ainda abertas.

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— Madison! — Grace exclamou, lançando círculos em volta de mim. — Você parou de vez? Isso é maravilhoso! E que inteligente de você isentar o divino! Eu tinha perguntando sobre isso, mas não era como se eu sabia o que estava fazendo. — Seria se ela soubesse como fez isso. — Barnabas disse, ecoando os meus pensamentos. Ele ficou com as mãos na cintura, observando Nakita fazendo sua impressão de um jogador de futebol profissional depois de um touchdown12. — Qual é o seu problema, Barney? — Nakita disse dando-lhe um pequeno empurrão enquanto ela terminava. — Madison está finalmente pegando o jeito disso. Parece que você só engoliu um escaravelho. Barnabas franziu o cenho, a pele ao redor dos olhos apertada. — Ela encontrou o corpo. Sorriso de Nakita hesitou, seus olhos se tornando confusos até mesmo quando prazer passou por sua expressão. — O quê? — Ela encontrou seu corpo, entre o agora e o depois. — ele disse de novo, e até mesmo o brilho de Grace esmaeceu. Era como se o amortecimento do mundo que nos rodeava escoasse em Nakita. Ela congelou, pensamentos tornando a euforia em cinzas. — Nakita. — eu disse, estendendo a mão, e ela deu um passo para trás, a espada na mão se dissolvendo em nada. Seu amuleto ficou escuro enquanto a energia foi reabsorvida, e seu olhar caiu do meu. — Estou feliz por você. — ela disse sem olhar para mim. — Eu sei que era isso que você queria. — Nakita. . . — Por que eu estava com um mau pressentimento sobre isso? Se os serafins não iam me dar uma chance real de fazer este trabalho, então por que eu deveria ficar por aqui e ser uma parte de um sistema que eu não concordava? Eu poderia estar com Josh então, e ser normal. Mas ela se desviou, e a culpa me bateu forte. 12

Touchdown é uma pontuação do futebol americano.

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— Nakita! — Eu disse com mais firmeza, e ela parou. Em um sobressalto eu a segurei e tentei fazer com que ela me olhasse. — Eu não quero desistir disso, mas que escolha eu tenho? — Você disse que acreditava na escolha. — ela disse, se afastando. — Mas você realmente não... Ou você ficaria. Novamente ela se virou, e desta vez eu a deixei ir. Grace chegou a pairar sobre o meu ombro, e Barnabas no meu outro lado. — Por que todo mundo acha que eu deveria ficar por perto quando ninguém acredita que eu possa mudar as coisas? — Eu acredito que você pode mudar as coisas. — disse Barnabas, mas eu não estava escutando, e saí. Nakita tinha encontrado a rua e foi andando na frente dos carros que tinham ido 50 milhas por hora, seu ritmo duro e braços balançando. — Eu acredito. — ele insistiu enquanto me alcançava. — É por isso que eu deixei Ron. Eu ainda acho que você pode fazer isso se você quiser ficar assim. Ele provavelmente o fez, o que torna tudo mais difícil. 91

— Madison. — ele chamou me fazendo parar. Estávamos no meio-fio, e as luzes do tráfego próximo iluminaram seu rosto, mostrando sua testa comprimida e seus olhos, me suplicando. — Você continua dizendo que ninguém está dando a você a chance de ver a sua teoria de trabalho, mas estão. Você está tentando mudar um sistema que está em vigor desde que as pessoas olhavam para as estrelas e perguntavam como elas chegaram lá. Ele funciona por uma razão, e você pode fazer mais progressos se você tomar o tempo para ver porque um sistema está em vigor antes de tentar mudá-lo para o seu. Os serafins estão cantando. Eu posso ouvi-los, mesmo aqui em baixo. Mudanças estão acontecendo, você simplesmente não as vê. Você pode ter que fazer algo que você não queira por um tempo antes de encontrar o caminho para fazer a sua mudança acontecer. Eu não poderia dizer nada de volta, eu estava muito deprimida. Vendome em silêncio ele inclinou a cabeça, em seguida, se virou para seguir Nakita, andando mais rápido ele tentou alcançá-la.

— Nakita! — Ele gritou, e eu olhei para ele, minha mão enrolada no meu amuleto. Acho que foi a maior coisa que ele já me disse, e isso me fez sentir ainda pior. — Eu sou uma idiota. — eu sussurrei para Grace. — Mas você é a nossa idiota. — ela interrompeu, e eu estremeci. — O que você acha que eu deveria fazer? — Eu perguntei enquanto começava a segui-los, meu tênis mal levantando do asfalto. — Primeiro você precisa ir à linha do tempo e fazer as coisas voltarem ao movimento. — ela disse — Antes que Ron venha para ver o que está acontecendo. — Yeah. — Ok, vamos para a linha do tempo.

Como se faz isso? — E eu acho que você deveria ir para casa e checar com o seu pai antes que ele perceba que eu defini seu relógio e voltei duas horas. — Grace acrescentou. — Ele acha que são. . . Dez e trinta. O mesmo que aqui. — Oh, uau. Obrigada, Grace. — O primeiro indício de esperança começou a infiltrar-se em volta, e eu mentalmente acrescentei falar com Nakita à minha lista de coisas a fazer. Ela olhou positivamente a melancolia enquanto caminhava ao lado de Barnabas, a cabeça baixa enquanto falava com ela. — Bem, uma vez um anjo da guarda, sempre um anjo da guarda. — disse ela ironicamente, se uma bola incandescente de luz poderia ser irônica. — E depois disso, você pode encontrar-nos de volta no cemitério para descobrir como consertar essa bagunça que você fez com Tammy. Os serafins estão marcados. Quando você aprendeu a mudar a aura de uma pessoa? — Antes eu aprendi há parar o tempo. — eu disse pensando que não era certo que algo no meu aprendizado tivesse conseguido me por em apuros com os serafins. Novamente.

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— Ótimo. — disse Grace incisivamente. — Que tal começar o tempo novamente? Isso está ficando velho. Qualquer aperto em um controle, e você teria parado os seus ceifadores também. Eu balancei a cabeça, trazendo a imagem da linha do tempo na minha imaginação. Era mais brilhante que o habitual, e estava começando a me dar dor de cabeça. Relaxe, eu pensei, soltando meus ombros. Meus olhos brilharam quando abertos, tão fácil, o ruído e a cor correu de volta ao mundo. — Bom trabalho! — Grace disse mergulhando para cima e para baixo enquanto as luzes do carro piscavam sobre nós e um grito de indignação se levantou da delegacia. — Vamos sair daqui. Corri atrás de Barnabas e Nakita, o tempo ia feliz novamente, mas esse sentimento persistente de dúvida não iria me deixar. Sim, eu tinha encontrado o meu corpo, mas ninguém parecia se importar. Ou melhor, eles desejavam que eu não o tivesse encontrado. O que ele disse sobre a minha vida, quando a coisa que eu mais queria do que tudo era a mesma coisa que me faria perder as coisas que eu amava? 93

Estava quase escuro demais para ver quando Barnabas pousou suavemente no telhado da minha casa, a ameaça de chuva tornando o céu mais escuro do que normalmente seria. O abafamento negro era como um cobertor, sufocante. Parecia derramar da minha janela escura do quarto para encher o mundo inteiro e fazer um grande nada. Era uma espécie de como eu me sentia por dentro. Meu cabelo curto voou enquanto Barnabas estabelecia suas asas, e eu chegava para alisá-lo, um vislumbre de suas asas antes que elas desapareceram. Com a cabeça baixa, ele estava diante de mim como se quisesse dizer algo. Tinha sido um voo muito tranquilo — os meus pensamentos sobre Nakita, em seu quem sabia-o-quê. Deixar ela tinha sido muito difícil, com a sua perseguição ao cemitério para aguardar por mim, provavelmente pensando que eu ia abandoná-la uma vez que eu tinha o meu corpo de volta. Demus estava em algum lugar deste lado do céu, mas como ele estava procurando a ressonância errada, eu tinha um espaço de tempo para nos reagrupar. Eu estava indo passar pelo menos cinco minutos tentando convencer o meu pai que nada estava acontecendo e que eu estava indo para a cama. Lá estava essa palavra de novo. Nada. Nada foi exatamente como eu me sentia. Vazia por dentro. Depois de ter estado em meu corpo mesmo por um instante, lembrei-me como era ver, sentir. . . Ser realmente uma parte da existência. Agora, o escudo que o meu amuleto me fazendo sentir o nada que eu era. — Tem certeza que quer que eu saia? — Barnabas disse finalmente, visto que nenhum de nós estava em movimento a partir do telhado.

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Eu balancei a cabeça, os braços em volta de mim, o frio levemente infiltrando dentro de mim depois do calor úmido de Baxter. — Ele deve ter apenas uma hora. — eu disse, pensando porque ele desembarcou aqui em vez do jardim da frente. — E eu quero ver se Josh pode escapar. Seria ótimo se ele pudesse voltar com a gente. — Ele, pelo menos, estaria contente por eu ter encontrado o meu corpo. E que não era uma massa deteriorada. — Uma hora. — Parecendo desconfortável, Barnabas lançou um olhar obscuro para mim, depois voltou para o céu nublado. — Eu tenho tempo para voltar e pegar o telefone, então. Não há motivo para deixá-lo lá para desencadear memórias. — Obrigada. — eu disse sinceramente. Eu esperava que ele fosse buscálo. Não havia forma de explicar ao meu pai porque ele estava na Califórnia. — A menos que você tem certeza que você não quer que eu espere por você? — Barnabas perguntou. Eu balancei minha cabeça. Nakita estava ali sozinha. Movendo-se para a beira do telhado, sentei-me para fazer o salto para o chão. Lucy, o Golden Retriever do vizinho, não estava no quintal. Hesitei na raspagem de tênis quando Barnabas foi para junto de mim, e eu olhei para o rosto sombreado. — O que você quer que eu diga para Nakita? — Barnabas perguntou seus olhos capturando o brilho do lampião. — Ela acha que você está saindo. E você? Você quer eu minta para ela? Minha depressão engrossando, geando com a culpa. Eu não sabia. Eu queria ficar, mas eu não poderia fazer isso se tudo o que eu estava fazendo era matar pessoas. — Diga a ela que eu estou pensando. — eu disse, incapaz de olhá-lo mais. — Diga a ela que eu estou orgulhosa dela, e de você, e que eu quero que funcione. Eu quero ficar. Vou ficar se. . . Barnabas não se mexeu, mas de alguma forma, ele se tornou mais escuro. — E se os serafins não permitirem que você faça as coisas do seu jeito? Eles enviarão Demus. Foi exatamente o que eu estava preocupada, mas eu dei-lhe um sorriso falso, os pés balançando no preto entre o céu e a terra. — Ei! Eu sou a timekeeper negra. O que eles vão fazer? Matar-me? Eles já fizeram isso. — Eu

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desviei o olhar, o medo me fez cair os olhos. Podiam levar meu amuleto á distância e deixar as asas negras me destruírem. Uma alma sem aura foi um jogo justo, e o meu veio de meu amuleto agora. Mas eu não ia levar o trabalho de Timekeeper negra e enviar ceifadores para matar pessoas para salvar suas almas, se o motivo que eu estava fazendo era porque eu estava com medo. Mesmo que eu estivesse. — Eu vou falar com ela. — ele finalmente disse, vendo claramente o meu medo. — Obrigada, Barnabas. — Eu me empurrei para fora do telhado, dobrando os joelhos para absorver o impacto da queda. Olhei para cima para tentar vê-lo com sua asa para fora, mas não havia nada, exceto os ramos mal se movendo entre mim e as nuvens pesadas. De cabeça baixa, eu caminhava para a porta da frente, olhando para meus sapatos. Crânios e corações. Talvez eu deva crescer. Um pedaço de autopreservação me fez hesitar antes, entrei e Grace disse que ela tinha fixado as coisas com meu pai, mas ainda era difícil de pegar na maçaneta da porta e virá-la. Chegando para ela, senti um formigueiro por meio de minha aura. Meus dedos enroscando debaixo, e eu esperei, respirando o sentimento. — É quase como. . . Se eu estivesse sendo vigiada. — eu disse, então me virei e o meu amuleto ardeu abrasadoramente. Minha respiração sibilou, e vi uma linha vertical de prata divina na noite. Um homem curto e magro que parecia andar de lado, à luz fazendo uma silhueta sua apertada, cachos grisalhos e suas roupas revoltas. — Ron. — eu assobiei, exalando tudo que eu tinha acabado de tomar. Era o timekeeper branco a aqui mesmo, em pé na minha frente no gramado no escuro. Meu primeiro pensamento foi chamar Barnabas, porém o pensamento se iluminou através de mim e morreu. Eu poderia parar o tempo, merda. Eu não preciso da ajuda de Barnabas. Além disso, ele foi, provavelmente, protegendo a sua ressonância e não seria capaz de me ouvir. Armando meu quadril, eu olhava para Ron que acabou se materializando. — O que você quer? — Eu atirei para fora, e ele levantou a cabeça,

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parecendo surpreso que eu soubesse que ele estava lá. Foi um lampejo de satisfação em outra noite idiota. O homem pequeno rapidamente recuperou sua atitude pomposa, sacudindo as vestes que eram mais adaptados para o pessoal de volta de um conjunto de Hollywood qualquer coisa que tivesse a ver com a realidade. E ele pensou que o que eu usava era engraçado? — Para saber o que você está fazendo? — disse ele, enchendo-as com algumas palavras mais com bile sonsa do que se pensa possível. Deus me ajude, ele sabia tudo. Meus braços cruzados sobre o meu peito. Eu não me importava se ele me fazia parecer vulnerável. Meu dia não tinha ido bem, e não havia como esconder isso. — Eu estou tentando não ficar no chão. — eu disse levemente. — Talvez você deva sair antes que eu grite por socorro e o levem para ser jogado na cadeia por ser um pervertido. Ron apenas sorriu aquele sorriso, mesmo irritante. — Você aprendeu há parar o tempo. Parabéns. Engraçado como isso não soa como — parabéns —, quando ele disse isso, e eu olhei para a luz da varanda, desejando que Grace estivesse aqui para fazer um galho de árvore cair sobre ele. — É mesmo? E daí? Ron deu um passo mais perto, cabeça inclinada, pois ele perdeu seu ar presunçoso. — Eu tinha um ceifador lá fora. — Então, eu notei. — Eu balançava de volta para minha porta, não gostando disso. — Então eu me pergunto o que você está fazendo. . . — Ele balbuciou, como se eu fosse preencher o vazio. — Blá, blá, blá.— eu disse, fazendo gestos de mão-de-falar. — Não comece monologando, Ron. Eu não estou fazendo nada. — Me virei para ir para dentro, ofegante, quando Ron agarrou meu braço. Girando, eu me livrei do seu aperto, chocada que ele tivesse me tocado. — Cai fora! — exclamei baixinho enquanto olhava para ele, não querendo explicar ao meu pai quem ele era. Meu coração deu uma pancada e se acalmou.

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— Você mudou a ressonância da marca. — Ron disse, claramente irritado quando olhou para mim. — Minha ceifadora não pode encontrá-la. Wahh, Wahh, Wahh, pensei. Madison não está jogando limpo! Mas o que saiu da minha boca foi um pequeno. — Bom... — Você vai conseguir matá-la! — Ron disse. Meus olhos se estreitaram. — Será assim. — eu disse logo. — Faremos um vídeo. Postaremos on-line. Está acabado, Ron. Vá para casa. — Não está acabado. — insistiu ele, olhando tanto irritado como confuso. — Ela não está morta. Você não iria matá-la. Embora eu não saiba por quê. O que você está tentando fazer? Você não pode mudar as coisas. Eles são o que são. Eu tomei uma respiração, sentindo a decepção do dia inteiro em mim. Porém desta vez, ele só me deixou louca. Eu não tenho que me explicar para ele. Abri a porta, entrei fazendo uma careta para ele ao pé das escadas antes de fechar a porta na cara dele. Expirando, eu me inclinei para trás. Eu podia ouvir meu pai ao telefone na cozinha, a voz dele, segurando uma pitada de tensão, depois ela subiu e caiu. Eu me empurrei para cima e espiei pela janela estreita ao lado da porta. Ron tinha ido embora. Obrigada, Deus. A casa parecia calma e normal, e meu pai saiu da cozinha com o telefone fixo preso à orelha. Meu primeiro pensamento foi que ele estava no telefone com a mãe de Josh ou Josh, querendo saber onde eu estava, mas depois ele fez um gesto para que eu esperasse e eu sabia que ele achava que eu ainda estava antes do meu toque de recolher. — Bev, ela está bem. — disse um pouco irritado, e eu percebi que ele estava conversando com minha mãe. — Foi apenas um telefonema de brincadeira. Ah, caramba. Os policiais no centro reformatório a contataram. Preocupada, olhei pela janela para Ron, então entrei, tentando ouvir o fim da conversa.

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— Eu disse, ela está bem! — Meu pai disse, revirando os olhos para mim. — Ela está lá em cima dormindo, ou eu ia colocar ela no telefone para que você possa ver por si mesma. Peguei o telefone, e ele sacudiu a cabeça. Porque é que o meu pai esta mentindo para minha mãe sobre onde eu estava? — Bev. — disse ele, sua voz assumindo a tensão que me lembrei de quando eu estava crescendo. — Ouça-me. Madison está bem. Eu estou bem. Estamos nos entendendo bem, e eu acho que você tem um problema com isso. Posso criar a nossa filha tão bem como você pode. Ela é uma garota maravilhosa, e eu sinceramente não sei da onde você veio com esses pensamentos. Eu vou ver se ela liga para você amanhã. Eu não vou acordá-la porque alguém disse que ela estava na cadeia. Vai tomar um valium13 ou algo assim. Meus olhos se arregalaram quando ele desligou e exalou, olhando para o telefone como se quisesse jogá-lo na parede. — Mãe? — eu perguntei, embora fosse óbvio. 99

— Ela acha que eu não posso cuidar de você. — ele disse, a pele ao redor dos olhos franzida e lhe dando um olhar cansado. A sensação de mal estar parecia estar ao redor do meu coração, e vê-lo refletido nos meus olhos, ele forçou a irritação da sua expressão, sorrindo, embora eu soubesse que ele ainda estava chateado e que provavelmente seria por alguns dias. — Pai, você está cuidando de mim muito bem. — eu disse, o sentindo perdido, e eu lhe dei um abraço, minha culpa subindo alto. O fato de eu morrer não era culpa dele, e eu não poderia suportar se ele achasse que era. Ele me deu um aperto, então se afastou. — Obrigado. — ele disse suavemente. — Ligue para a sua mãe depois. Acredite você não quer falar com ela agora. — disse ele quando voltou para a cozinha para desligar o telefone. — Alguém me disse que você estava na Costa Oeste na prisão, tendo sido acusada de atear fogo a um complexo de apartamentos. — Sério? — Eu disse, forçando um sorriso que eu me perguntei como 13

Calmante

tinha conseguido chamar Grace no passado. Meu pai cuidadosamente desligou o telefone, mas seus dedos estavam tremendo e o clique parecia incomumente alto. — Talvez se sua mãe entrasse para o século XXI e obtivesse um identificador de chamadas, ela não teria que aturar coisas como essa. Bocejando, ele cobriu a boca com as costas da mão. — Eu não posso acreditar como estou cansado. — ele disse, largando o pulso para olhar o relógio. — Eu tentei ligar para você, mas ou você estava fora há alguns minutos ou sua bateria está morta. — Seus olhos encontraram os meus e havia aborrecimento neles. — Outra vez. — acrescentou. Eu não podia suportar mentir para ele, e eu fui até a geladeira, fingindo pegar um copo de suco de maçã. Joguei para fora cerca de um galão de toda semana. — Hum, é provavelmente a bateria. — eu disse quando enfiei a cabeça na geladeira e respirei o ar frio. — Eu, uh, tipo o emprestei ao Barnabas. — Madison! 100

A exclamação foi como um chicote, e me puxou para fora da geladeira, meu olhos baixos. — Eu vou recuperá-lo amanhã. — eu prometi. — Use o meu até você ter o seu de volta, ok? — ele disse enquanto me entregava o dele. — Onde você e Josh comeram? Senti o telefone preto pesado engraçado na minha mão, diferente do meu slim rosa. O tempo estava mais de duas horas adiantado, mas logo que eu olhei para ele, magicamente se deslocou para a ―hora certa‖. — Hum... The Low D. — eu disse, lutando para lembrar a nossa reportagem de capa. — Nakita e Barnabas estavam conosco. Após Josh ter que fazer algumas coisas. — Você comeu, certo? — É o que mais eu sempre faço. — sorrindo, eu peguei um copo do armário e me servi um pouco de suco. Ele não estava dizendo nada, só olhando para mim com preocupação. — Embora eu pudesse comer alguma coisa antes

de eu ir para a cama. — eu adicionei, e ele pareceu perder muito de sua preocupação. — Posso ir amanhã ver Nakita? Nós tiramos um monte de fotos do encontro e eu quero ajudá-la a organizá-las. — Claro, mas comece a fazer suas tarefas antes de sair desta vez. — ele disse. — Eu não vou poder estar aqui quando você se levantar. Eu tenho que ir amanhã para fechar um julgamento. Eu odeio aqueles dez dias de estagiários biológicos. Metade do tempo você tem que iniciá-los no fim de semana ou terminá-los em um. Não se esqueça de esvaziar a máquina de lavar louça. Retire o lixo reciclável. E eu quero a varanda varrida antes de sair. Na frente e a trás agora. Foi a lista de costume, e eu recapitulei, o suco esperando até que ele saísse antes que eu tivesse que beber um pouco. —Sim, papai. — eu quase gemi. Novamente ele bocejou, olhando para o relógio sobre o fogão. — Eu não posso acreditar como estou cansado. Eu não devo ter bebido muito café hoje. — Eu vou para a cama também. — disse deixando meu suco no balcão e dando-lhe um abraço de boa noite. Seus braços foram em torno de mim em um cobertor de segurança, e ele beijou o topo da minha cabeça. — Eu estou falando sério sobre ligar para a sua mãe amanhã. — disse ele baixinho, ainda me segurando. — Ela está preocupada com você. — Eu vou. — prometi. Ele me soltou e eu o deixei ir para trás. Virandose para sair, ele hesitou. — Você cheira a fumo. — Eu não sabia se ele queria dizer do fogo, ou o cheiro de cigarro na delegacia de polícia, e eu desajeitadamente, dizendo: — Eu tive uma carona para casa com um dos amigos do Josh. O carro fedia. Meu pai aceitou, sorrindo levemente enquanto esfregava o topo de sua cabeça, deixando seu cabelo despenteado. — Você já fez a sua parada, certo?— ele perguntou, isto é, parada de fotografia. — Você sabe. — eu disse alegremente. —Eu quero ver as fotos quando estiverem prontas. — disse ele quando ele se virou e se arrastou até o corredor. — Eu sei que é o fim de semana, mas

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não fique até muito tarde! — disse ele das escadas. Eu expirei, a minha fé em Grace aumentando cem vezes mais. Porra, ela era boa em me manter fora de problemas com meu pai. Ela e Josh. — Ok! — eu falei de volta para ele, então fiquei ali, ouvindo a porta do quarto fechar. Talvez eu pudesse sair daqui mais cedo do que eu pensava. A casa estava tranquila, e eu larguei o meu suco de maçã, enxaguado para fora do vidro, mas hesitei quando eu abri a máquina. Suspirando, me puxei para fora da porta e comecei a esvaziá-la. Eu era capaz de parar o tempo, e lá estava eu, esvaziando a máquina. Pode não ser uma má idéia varrer a varanda, também, antes de eu sair. O toque suave na janela da cozinha passou por mim com um pulso de medo, e levantei minha cabeça, pensando que era Ron. Mas lá estava de pé Josh entre a casa e as plantações de fundação, o nariz e os olhos aparecendo. Vendo o meu alívio, ele saiu de vista, mas eu já estava no meu caminho para frente da porta, praguejando baixinho por ele ter me assustado. — Josh. — eu sussurrei quando abri a porta. — Eu pensei que sua mãe tinha triturado você! Seu olhar foi para a escada, e ele sussurrou de volta: — Você não é a única que consegue fugir. O que aconteceu? Você se meteu em encrenca? Minha mãe tentou ligar para seu pai, mas a chamada não passava, e então o telefone morreu. Eu exalei, agradecendo a Grace. Ela adorava fazer travessuras principalmente se fosse para me manter longe de problemas. Puxei-o, vendo a rua por trás dele estava vazia e escura. Ele deve ter dirigido de modo que seu carro não acordasse ninguém. — Venha! — eu disse baixinho — Meu pai está lá em cima. — Não há dúvida. — Josh olhou para o relógio. — Você vai voltar hoje à noite para Baxter, certo? Eu balancei a cabeça, não sabendo o que eu esperava mais fazer, mas sabendo que ainda não tinha acabado. — Eu vou ver. Josh, você não vai acreditar no que aconteceu.

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Ele me seguiu, pegando os pratos de mim, me puxando para fora. Josh sabia da minha cozinha quase tão bem quanto eu e deslizou os pratos, não tendo cuidado para fazer muito barulho. — Você chegou a tempo? — Ele perguntou com uma voz grave. Olhei para cima do empilhamento dos pratos, piscando até que eu percebi isso. — Oh! Não, eu disse. Tempo era a menor das minhas preocupações. — Grace ajustou os relógios para trás. Meu pai acha que é antes da meia-noite. Nenhum fundamento. — Bom! — disse ele, olhando para o relógio sobre o fogão enquanto eu andava até o relógio. — O que é tão terrível, então? — o rosto dele ficou em tensão. — Oh, não. Madison, eles não. . . Morreram, não é? Eu toquei o relógio digital, e os números saltaram para a hora correta. Eu puxei minha mão para trás como se tivesse sido picada, olhar para ele. Isso foi estranho. — Não. — eu disse. — o apartamento pegou fogo. Tammy e Johnny estão bem, mas ela disse à polícia que eu incendiei o conjunto de apartamentos. Passei a maior parte da noite no escritório de algum policial estando assistindo Grace encurtar a bateria do meu telefone para que eles não pudessem chamar o meu pai. Josh fez um barulho de descrença, e eu me virei, dando de ombros. — Barnabas e Nakita me tiraram e eu aprendi há parar o tempo e mudar a aura de Tammy. — Isso é ótimo! — Josh disse sua expressão satisfeita sumindo quando eu não retribuí o sorriso. — Não é? — Os serafins enviaram um ceifador negro para gadanhar Tammy. — eu disse, sentindo a dor mais uma vez. — Eles estão em cima de mim. Então é claro que Ron enviou uma ceifadora branca para detê-lo. Foi uma bagunça. Ele apareceu essa noite. Ron, eu quero dizer. — Olhei para a porta da frente como se eu pudesse ver através das paredes. — Tentando ver o que eu estava fazendo. Com os olhos arregalados, Josh se atrapalhou com um copo limpo. — Então o que ele vai fazer? — Eu não sei. — eu disse, a máquina de lavar louça aberta entre nós. —

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Pelo menos ele admitiu que não pensa que eu estou tentando matá-la. — Não, ele só pensa que eu estou sendo estúpida. — Eu consegui parar o ceifador negro que os serafins enviaram. Seu nome é Demus. Ele é ruivo. — eu disse, meu foco indefinido enquanto eu me lembrava o quão bonito ele era. — O que você gosta nele? A voz de Josh tinha subido de tom, e empurrou a minha atenção para ele. — Ele é um anjo. — eu disse, escondendo um sorriso rápido, quando percebi que ele estava com ciúmes. — Você não está preocupado, está? — É um anjo? Não?! — ele disse, mas seus movimentos enquanto ele empilhava os pratos dizia o contrário. — Josh. . . — Eu disse, temendo que ele sentisse que não pertencia a ele e pudesse sair. — Os anjos são bonitos, mas eles são do tipo intenso, você sabe? — Sim, mas eles podem voar. — Ah, para com isso. — eu disse, dando ao seu ombro um pequeno empurrão me inclinei sobre a máquina de lavar louças entre nós e peguei os talheres — Eu gosto de você, ok? E não um serial killer angelical. — Quando você os coloca assim. . . — Ele disse, sorrindo, e eu me virei, de repente, inquieta. Serial killer Angelical, e eu era a chefe. Assim que Josh descobrir como realmente é, ele talvez vá embora, e então eu serei uma aberração maior do que antes. Presentes de cachorro, esta merda. Talheres na mão, eu arranquei a gaveta aberta com o meu dedo mindinho. Esta noite foi um desastre. Eu não poderia tapar os buracos com rapidez suficiente, e a água estava quase até meu queixo. Frustrada, eu desisti de classificar os garfos e as colheres, e só joguei-os na gaveta e fechei. Braços sobre o peito, eu fiquei no balcão e olhei para a parede. — Você vai fazer o trabalho. Eu sei que você vai. — Josh disse suavemente. A máquina estava vazia, e com uma sensação de dormência eu me sentei à mesa e coloquei minha cabeça em minhas mãos. Eu não podia mais fazer isso. As mentiras, as escapadas. Eu estava tentando mudar algo que ninguém

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mais queria mudar, que ninguém viu nada de errado. Exceto Barnabas. Barnabas acreditou que eu pudesse fazê-lo. Com a cabeça baixa, eu exalava, sentindo minha respiração me deixar recolhendo os meus pulmões. Eu não tive que respirar novamente, e isso me incomodou. Eu queria ser normal, caramba. O que os caras querem encontrar um super-herói que nunca precisou de ajuda? Ele tinha o seu orgulho. Além disso, os serafins não acreditariam em mim. Tammy me odiava. Nakita estava chateada. Meus olhos ficaram quentes, e eu não fiquei surpresa quando uma lágrima caiu. Eu não tenho que respirar, mas ainda posso chorar? Quão injusto é isso? — Madison? O toque hesitante de Josh no meu ombro me deixou ainda mais deprimida, e eu não olhei para cima. — Sinto muito. — eu disse, me sentando e enxugando os olhos. — Eu não estou chorando. — eu disse como se estivesse tentando me convencer, porque tenho certeza que não ia convencê-lo. — É só isso nada está dando mais certo. Sorrindo discretamente, Josh sentou ao meu lado. — Vai dar tudo certo. — disse ele, encontrando e segurando minha mão. — Não é por isso que estou chorando! — eu disse, de cabeça baixa e lágrimas vazando não importa quão duro eu tentava impedi-las. — Quero dizer, Tammy é importante, mas. . . Eu não conseguia dizer as palavras. Elas pareciam tão ridículas ao lado do problema da Tammy sendo caçada por um ceifador negro. Um dos meus ceifadores negros. — Então o quê? — Josh perguntou, e eu olhei para a minha mão na dele. Ele estava segurando protetoramente, e isso me bateu duramente. — Eu-eu encontrei o meu corpo. — sussurrei, olhando para as nossas mãos sobre os joelhos se tocando. — Quando eu estava na delegacia. Eu tive quase, quase conseguido escapar completamente e fazê-lo meu novamente, mas Barnabas chegou, e eu perdi.

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— Seu corpo? — Josh disse, então olhou para o corredor. — Madison, isto é fantástico! — ele disse, sua voz suave. — Por que você está chateada? Se você encontrou uma vez, você pode encontrá-lo novamente. Você pode ser plenamente viva novamente! Isso é ótimo! — Não é ótimo! — eu disse miserável. — Ninguém mais está feliz com isso. Todos querem que eu fique como a timekeeper negra. Eu não sei por quê! Eu não sou boa nisso. Barnabas acha que eu posso mudar as coisas, mas ele costumava ser um ceifador branco. Nakita pensa que é um desperdício de tempo. Agora, os serafins estão com raiva de mim. Eles acham que eu estou não levando isso a sério ou que eu não entendo o que está em risco. — Miserável eu limpei os olhos de novo e respirei alto. — Estou feliz! — disse Josh quando ele se inclinou para frente. Com isso, deixei escapar um som de um soluço, soltando a cabeça e as mãos para que eu pudesse limpar a minha cara. — Estou cansada de tudo isso. — eu disse, sentindo-me frágil enquanto eu admitia em voz alta. — Eu estou cansada de mentir para meu pai. Cansada de lutar para me fazerem entender. Cansada de não conseguir dormir ou comer. Eu só quero chegar em casa e ser normal! Eu olhei para ele através dos meus olhos molhados e vi a simpatia, mas sem entendimento. — Mas... — ele começou, e eu balancei minha cabeça, interrompendo-o. — Nakita está deprimida, porque eu poderia sair e me esquecer sobre ela. Barnabas está decepcionado por eu querer desistir de algo que ele acreditava há milhares de anos, mas estava com medo demais para tentar até agora. Estou realmente começando a descobrir as coisas, e de alguma forma torna as coisas piores, não mais fáceis. Eu mudei hoje a aura de Tammy. — eu disse, não encontrando alegria nele. — E eu parei o tempo de vez. Parei de vez, Josh! E eu não me importo. — Sim, você tem... — disse ele, e eu balancei minha cabeça, mas pelo menos eu era capaz de parar de chorar. — Pela primeira vez... — eu disse. Pela primeira vez eu sinto como se pudesse fazer a diferença, mas os serafins não vão me dar uma chance. Eu

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poderia fazer isso se eles simplesmente me deixassem fazer isso! De repente, percebi o quão perto estávamos. Ele tinha tomado minhas mãos novamente, e os seus joelhos pressionados contra os meus, estavam quentes. Ele estava escutando, e isso quase me fez chorar de novo. — Eu sinto falta de poder comer o jantar com o meu pai. — eu sussurrei. — Tenho saudades de acordar e olhar para o sol na minha parede e me perguntar como o que o dia vai ser. Pisquei, e uma lágrima caiu. Josh limpou-a para longe, e a mão levando a minha que estava úmida. — Eu sinto falta de ser normal. — eu respirei, o sentimento drenado e o pensando sobre Paul, o timekeeper branco iniciante. Claro, havia o fator de ter Ron como professor, mas ele tinha um professor, e uma vida e, provavelmente, uma namorada que não sabia que um dia ia ser Timekeeper responsável pelos anjos. Ele poderia fingir que era o mesmo de todos como pessoa. — A maioria dos timekeepers começa a viver sua vida inteira antes de um velho morrer e eles têm que deixar tudo de lado e ser mais do que o normal. Vou perder tudo. 107

Ok, então talvez eu estivesse sendo um pouco a rainha do drama, mas Josh era a única pessoa que eu poderia dizer isso para que pudesse compreender. — Você não vai perder tudo. — disse ele, e antes que eu soubesse o que estava fazendo, ele se inclinou e me deu um beijo. Uma fagulha subiu em mim. Minhas mãos apertadas sobre as dele, e eu mudei minha cabeça para que os nossos lábios se encontrassem mais plenamente. Meus olhos fechados, e inclinei-me um pouco, sentindo o espaço entre nós. Eletricidade revolveu até meus pés, e eu o puxei para mais perto. Foi estranho, sentados da maneira que estávamos, mas era a primeira vez durante todo o dia que eu sentia algo diferente além de confusão e desespero. Eu não queria que o beijo terminasse, mas ele lentamente se puxou para trás. A memória do meu coração batia e meus olhos se abriram. Senti falta de ar, embora eu soubesse que não poderia ser. Josh estava sorrindo, e seus olhos oscilaram para o meu e seguraram, fazendo-me sentir novamente.

— Você quer o seu corpo, certo? — perguntou, como se não tivesse feito apenas cada parte do meu viver. Eu balancei a cabeça, e ele acrescentou: — Então, vá buscá-lo. Eu me afastei, preocupada. — Quer dizer que você acha que eu deveria dar o amuleto lá para cima?— Eu disse, sentindo um pingue pongue do anel do alarme através de mim. — Basta andar longe de ser a timekeeper negra? — Não, claro que não. — Ele mudou de posição e nossos joelhos se separaram. — Mas Ron ainda tem o seu corpo, certo? Ele está vivo e ele ainda é o timekeeper branco. Então qual é o grande negócio? Você quer isso. Vá buscá-lo. Estar viva não significa que você tenha que desistir dele, não é? — Não. — eu disse hesitante enquanto recordava a minha conversa com um serafim naquela ilha grega, quando aceitei o cargo. Eu tinha perguntado se eu poderia levar o amuleto até que encontrasse o meu corpo, em seguida, devolvê-lo, e o serafim havia dito que eu poderia se era isso que eu queria fazer. Se eu escolhi agora ter os dois, não conta para alguma coisa? Josh se inclinou, me surpreendendo quando ele me beijou novamente, de leve, quase provocante enquanto ele pegou meus dedos no seu. — Basta ir buscá-lo. Deixe o restante, dê valor a si mesma. Olhei para o corredor, pensando em meu pai. — Agora? Josh estava de pé, sorrindo para a mim com relutância. — Por que não? Se tivesse sido comigo, eu teria feito Barnabas parar para que eu pudesse ter tido isso quando eu vi pela primeira vez. Eles vivem para sempre, Madison. O que eles sabem? Vá buscar o seu corpo, e eu vou te fazer um sanduíche. Podemos comê-lo e sermos normais. Enquanto estamos sendo normais, podemos chamar Barnabas e você pode voltar para salvar o mundo. Eita, Madison, mesmo os super-heróis têm uma vida real. Era exatamente o que eu queria, o que eu estava pensando o dia todo, eu me sentei à mesa, incapaz de parar o meu coração falso de bater. Ele fez soar tão simples. Eu queria. Sofri com o que todo mundo pensou que eu poderia fazer se tivesse meu corpo de volta, porque eu ter o meu corpo era uma coisa estúpida de se fazer. — Eu vou fazer isso. — eu disse, e seu sorriso se alargou. — Eu sabia que você iria. — Ele me deu um leve tapa no ombro. Não foi

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tão bom quanto aquele beijo, mas eu sorri para ele. Fazendo isso me senti bem, para variar. Céus que se dane, se eles não querem fazer as coisas do meu jeito, então eu tinha acabado de ficar com o amuleto novamente e para o inferno com todos eles. Excitação percorreu meus dedos, quase tão potente como tinha sido aquele beijo. Eu me estabeleci com mais firmeza na cadeira, definindo o quadrado da mesa e depois o arco do corredor. Josh fez um som de surpresa. — Aqui? E se seu pai chegar em casa? Ele se mudou para ficar ao lado da cafeteira, a preocupação em sua expressão, e eu coloquei minha mão para fora, esperando que ele viesse se sentar ao meu lado. — Eu quero você comigo quando eu fizer isso. — eu disse, sacudindo meu pé debaixo da mesa. — Ficar no meu quarto depois da meia noite não vai acontecer. Falar do meu pai com uma vaca! O telhado está fora, também. Ron ainda pode estar lá fora. — Ok, mas poderíamos ir para outro lugar. — ele disse cruzando os braços na frente dele enquanto olhava pela janela preta para a rua. 109

— Barnabas vai estar aqui em uma hora. — eu disse impaciente. — Não há nada aberto. Ele vai ficar bem, Josh. A primeira vez que fiz isso, eu estava no escritório de um policial. Além disso, o que você acha que vai acontecer? Eu vou escorregar em meu corpo, e está feito! Ele fez uma careta, e eu mexia os dedos para ele, a palma da mão para cima. — Um beijo para dar sorte? — eu disse me sentindo ficar quente. Eu não podia esperar chegar o meu verdadeiro corpo de volta. Tudo o que eu sentia com Josh estava sendo filtrado através de meu amuleto, e eu só queria ser eu mesma novamente. Josh riu, descruzando os braços enquanto percorria alguns passos que nos separavam. — Um beijo de boa sorte. — disse ele, sua mão tomando um lado meu, e a outra indo sobre a mesa entre nós. Com um último olhar para o corredor vazio, como se meu pai pudesse estar chegando, ele se inclinou sobre a mesa, inclinou a cabeça, e reuniu-se sobre meus lábios. Eu respirei-o, imaginando que eu podia sentir a sua aura. Meus olhos fechados, e me inclinei para frente, nossos lábios se movendo contra o outro

quando a memória do meu coração deu uma batida. Eu quero estar viva de novo, eu pensei meus dedos apertando ele e o deixe ir. Seus olhos se abriram à medida que se ele afastou, seu olhar foi para o corredor antes que eles viessem pra mim. — Se você tem certeza... — disse ele puxando a cadeira de frente para o Arco e sentando. Meu coração ainda estava batendo, e encolhi os ombros, lambendo os lábios como se estivesse tentando selar a memória dele lá. — Diga-me se você ouvi-lo descer, ok? Josh colocou os braços sobre a mesa, balançando a cabeça. — Ok. Deus, eu espero que isso funcione. Eu senti como se estivesse correndo contra o tempo. Sorrindo para Josh, eu fechei meus olhos e me sentei novamente. Senti que ele pegou minha mão e me deu um aperto com seus dedos. Foi fácil encontrar na minha mente a linha do presente e os fios firmemente entrelaçados de vida caindo de todos. Eu podia ver o entrelaçamento azul de Josh pesadamente sobre mim, a presença de Barnabas e Nakita perto no pensamento, mas não na presença. Avançando a minha consciência mais elevada, eu encontrei as linhas do meu pensamento que eram inerentes ao meu amuleto e me puxando para o futuro. E entre eles estava o suave brilho azul e amarelo do meu corpo, parado no tempo, esperando por mim. — Eu posso fazer isso. — eu respirei enquanto deixava a minha queda de sensibilização para os espaços entre elas. Como um pé em um sapato bem desenhado, a minha alma deu um suspiro e entrou em meu corpo. A lembrança dos lábios de Josh no meu foi substituído pelo gosto de sal. O zumbido do frigorífico diminuiu, e tornou-se o som de surf. Engoli em seco quando uma chave torceu o meu intestino. Josh gritou, mas me pareceu vago e irreal. E com esse mesmo tipo de relaxamento mental eu usei para deixar a linha do tempo e começar com isso de novo, eu deixei minha mente deslizar para trás um instante no tempo. Eu não tinha antes, e isso fez toda a diferença. Com um pouco de conversão de presença, senti meu corpo mudar de volta em sincronia com o universo. Eu estava aqui, e não havia como voltar atrás.

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Meu coração batia forte, e uma sensação emocionante derramando por mim enquanto eu estava sentada em uma sala espaçosa e iluminada. Eu olhei para meu vestido de formatura rasgado, descrente enquanto eu senti o tecido sujo de sangue entre dois dedos endurecidos. Isto foi rápido, e estava feito. Eu estava em meu corpo. Tonturas me bateram, e eu tomei uma respiração ofegante, quase me esquecendo de deixá-la ir para fora. Um riso borbulhou acima, a mistura com os sons das gaivotas. Eu tive que respirar. Eu tive que respirar! Minha mão foi para o meu pescoço, e eu encontrei o meu amuleto. Balançando os pés ao redor, eu empurrei meus pés do chão de mármore frio. Tudo parecia estar se movendo lentamente, e eu ansiava por toda parte. Não havia nenhum pé machucado apesar de eu me lembrar de ter quebrado um deles. Um latejar na frente da minha cabeça trouxe minha mão, e eu sondei minha testa com cuidado, sentindo o que foi provavelmente um hematoma. Meu ombro e peito ferido. Puxei o vestido manchado de sujeira, sujo de mim e olhei para baixo a minha frente e vi uma contusão longa onde o cinto de segurança teria estado. Eu estava realmente no meu corpo. Ele era meu! — Eu fiz isso! — eu gritei, ouvindo minha voz, o eco, e as gaivotas lá fora pareciam zombar de mim. Tossindo, eu me debrucei sobre o sofá de veludo, segurando minhas costelas por isso não iria doer tanto. — Eu fiz isso — eu sussurrei, sem me importar se eu ia me machucar. Eu tinha feito isso, e me perguntei se minha ressonância mudou porque eu estava novamente no meu corpo. Asas negras, eu pensei, não seriam um problema mais. Mas então meu sorriso vitorioso hesitou e lentamente desapareceu. Movi-me cuidadosamente até que eu tinha certeza que eu podia fazer isso, eu me levantei, mancando em direção à porta mais próxima, procurando ansiosamente por uma coisa que eu não precisava em seis meses. Eu realmente tinha feito isso. A prova, dizem, está no pudim. Ou neste caso, a lata. Eu tive que ir ao banheiro da pior maneira, e eu não tinha a menor idéia de onde estava.

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Eu arrastei minha mão pelas paredes de mármore lisas apenas para que eu pudesse sentir a sensação sedosa quando saí do banheiro. Levou-me um tempo, desesperados três minutos para encontrá-lo. O banheiro enorme tinha estado fora de todo um conjunto de salas que eu estava adivinhando que tinha sido os aposentos privados de Kairos. Kairos, o mesmo cara que tinha me matado. Eu cedi ao homem uma coisa, ele tinha bom gosto. Tudo o que eu encontrei na minha corrida louca para o banheiro tinha sido elegante. Frio e preciso. Um pôster da banda ou o CD no rack parecia fora do lugar, o que me fez pensar quanto tempo ele realmente passou aqui. Dando a enorme funda banheira um olhar ansioso por cima do meu ombro, eu andei descalça dentro do quarto até acolchoada enorme cama de almofadas macias de penas confortáveis, ainda confusa de quanto Kairos havia deixado. Que foi tipo assustador, quando você pensava sobre isso. Meu corpo tinha estado aqui o tempo todo, apenas um instante fora em descompasso com o resto do mundo e, portanto, invisível e protegido da passagem do tempo. Tipo como Barnabas escondendo suas asas, fora de sincronia com o universo e invisível. O sol entrando pelas janelas enormes com o mar além dele me fez suspirar. Tomar um banho não parecia prudente, mesmo que sabendo que eu me sentiria cem por cento melhor. Eu tinha trocado de roupa, no entanto. Passar o resto da noite tentando salvar Tammy no meu vestido de formatura velho não era uma opção. Kairos previsivelmente não tinha tido qualquer saia ou vestido em seu armário, mas eu tinha encontrado um par de calças negras

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que quase se encaixam, se eu enrolasse o fundo, e uma túnica folgada que poderia estar na moda se você estivesse em Azeroth14 em World of Warcraft.

Eu icei a calça larga até o alto e amarrei um pequeno nó na cintura para não deixa-lo cair enquanto eu ia para o corredor. A camisa eu não podia fazer muito com ela, e eu só tinha que ter cuidado para não inclinar muito para frente. Meu vestido velho, estava enrolado e o empurrei embaixo da pia do banheiro. Se eu nunca o visse novamente, seria cedo demais. Apesar de diagnosticada a tempo e basicamente estática para o tempo que eu estava fora do meu corpo, eu não poderia ajudar, mas sinto como se eu tivesse estado a usá-lo desde que eu tinha morrido. Não me admirava a dor no meu peito, no espartilho estragado. Meu ombro doía por causa do acidente de carro, e eu o girei experimentalmente, sorrindo. Sim, doeu, mas foi porque eu estava viva. Eu não podia esperar para contar a Josh. O corredor se abriu em uma enorme área comum com almofadas e mesas baixas fabulosas, que por sua vez levavam para o pátio espaçoso e azulejos através da ampla arcada limitada em cortinas fluidas. Eu sabia que ninguém tinha estado aqui desde que Kairos tinha morrido, mas tudo parecia limpo. Uma das vantagens de viver na santa terra, talvez? Fui para o exterior, minha mão segurando meu amuleto em segurança. Eu estava tão-o-o-o contente eu ainda tinha ele e ele não tinha sido deixado para trás na cozinha quando eu tinha desaparecido como e eu tinha certeza que iria. Barnabas tinha me dito que eu tinha parecido um fantasma, quando ele me puxou de volta pela primeira vez, e desde disso o meu amuleto era o que me deu o meu corpo falso, e estava comigo agora. . .

Pobre Josh, pensei, desejando que eu tivesse um jeito de falar silenciosamente com ele enquanto eu ia lá fora e piscava ao sol repentino. Ele deve estar doente de preocupação, comigo desaparecendo assim. Assim que eu tenha comigo o pensamento certo, eu vou entrar em contato com Barnabas ou Nakita para vir me pegar. Nakita, pelo menos, sabia onde a ilha de Kairos era, visto que ela o matou aqui. Meus olhos se lançaram para a mesa quebrada onde ela tinha ceifado ele, a mesa rachada e vazia de qualquer sinal de violência. Eu tinha tomado os 14

Provavelmente é o nome de algum lugar no jogo World of Warcraft – que é um jogo de RPG online.

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deveres de timekeeper negra antes que o último sangue tinha saído de seu corpo, e eu estremeci. A pedra dura tinha sido quebrada quando o serafim tinha rido de mim por não acreditar em destino. Ou tinha estado rindo porque tinha visto o futuro e sabia que eu estaria aqui agora, querendo o meu corpo e o amuleto ambos. Eles me deixariam mantê-lo, certo? Preocupada, eu passei meus braços em volta de mim e virei enquanto eu me lembrava da beleza dolorosa do serafim. Eles me deixariam manter o amuleto. Quero dizer, eu perguntei se eu poderia experimentá-lo, em seguida, devolvê-lo, e o anjo me deu este olhar astuto e disse que eu poderia se era isso que eu escolhesse como a escolha era tudo o que houve quando era óbvio que todos os serafins sabiam tudo sobre destino. Tinha mesmo dito que havia sempre uma escolha. Bem, eu estava fazendo uma agora. Ron tinha um amuleto, e ele estava vivo. Ele tinha dito que eu poderia optar por desistir do meu amuleto quando eu encontrasse o meu corpo. Isso significava que o padrão era para eu mantê-lo. Certo? Determinação me encheu, e o vento da água subiu até a queda de cem metros da pequena praia para mudar meu cabelo. O pano branco amarrado entre os pilares fez o pátio de Kairos parecer como um comercial de perfume. A maré estava na maior parte para fora, e eu fechei os olhos e encarei o sol, as mãos amplas como se eu pudesse aproveitar o momento e lembrá-lo sempre, me enchendo com o calor do sol. Meu coração batia no meu peito e eu respirei de dentro para fora. Eu estava viva e era maravilhoso, mesmo com o meu pescoço doendo como se eu tivesse batido em algo. Lentamente, o meu sorriso desapareceu, e minha cabeça caiu. Em algum lugar, do outro lado da terra, Nakita esperava na escuridão, pensando que eu ia desistir da minha posição e abandoná-la. Alguns podem pensar que doentio ter fixado tanto em outra pessoa, mas Nakita era um anjo, um dos melhores ceifadores do céu. Para uma criatura que já existia desde o início dos tempos, o medo foi uma realização mundana de alteração. Sua mente não foi criada para compreendê-lo, e eu era a sua única que podia ajudá-la. Amigo era muito simples, uma palavra. Mestre era simplesmente errado. Mentor não se encaixava. Eu só sabia que tínhamos uma ligação, e eu não poderia lhe negar só para tornar minha vida mais fácil. Minha mão segurou meu amuleto, eu fechei os olhos, pensando na aura de Nakita. Mudando a minha própria aura por isso o meu pensamento poderia

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passar livre de mim, eu enviei um convite a ela, imaginando-a em minha mente. Nakita, pensei, sentindo minha emoção desde mim, e eu modifiquei a aura dela, exata e precisamente, certo antes de atingir o topo da atmosfera e saltar para baixo. Mesmo se ela estivesse no lado oposto da terra, ela ouviria. Mas o meu pensamento ficou vazio. Franzindo a testa, Eu apertei a minha mão no meu amuleto. Nakita! Pensei mais alto, tomando mais cuidado para me adaptar a ela. Novamente ele saltou do teto e do ar de volta para terra. . . E simplesmente desapareceu. Preocupada, abri os olhos. Eu poderia estar com alguns problemas aqui. Eventualmente eles tinham que falar com Josh e descobrir o que eu tinha feito, e desde que eu tinha dito a Barnabas que eu tinha encontrado o meu corpo na minha ilha, eles olharão para mim aqui. Quanto tempo isso levaria eu não sabia. O que pode acontecer a Tammy, no tempo médio não era insignificante. Barnabas? Eu chamei, modificando o meu pensamento para deslizar passando por sua aura dentro de sua mente. Eu sempre tinha sido capaz de alcançá-lo mais facilmente. — Oh, Merda. — eu sussurrei quando recebi a resposta de que não havia resposta. Que diabo estava acontecendo? Era perfeitamente possível que eu acidentalmente mudasse a minha assinatura quando eu pegasse o meu corpo, mesmo que parecesse o mesmo para mim. Eles podem estar me ouvindo e serem incapazes de responder. Mas eu não acho isso. Era como se os meus pensamentos não estivessem chegando a eles em tudo! Girei para olhar para a mesa quebrada, o medo fazendo o meu estômago doer. Talvez os serafins tenham me cortado. Eles tenham estado cuidando dos deveres de timekeeper negra por meses. E se eles tivessem me visto tomar o meu corpo e eles simplesmente me cortassem completamente fora da equação e me deixassem aqui antes que eu pudesse dizer-lhes que fiz uma nova escolha! Segurando meu amuleto, eu procurei suas profundezas. Parecia o mesmo, e com medo, eu estava com dormência nas minhas costas, o vento mudando

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meu cabelo enquanto eu segurava meu amuleto e trazia a linha do tempo em foco. Parecia a mesma, também, e eu exalei em alívio. Meu amuleto, pelo menos, funcionou. — Havia uma vez uma menina que estava morta. — Grace cantou, e meus olhos se abriram enquanto eu girei, olhando para ela. — Cujas decisões ela fez com a cabeça. Seu corpo para salvar, era só o que ela desejava. Escolha ou destino? Ambos foram desarrumados em seu lugar. — Grace! — eu exclamei, quase incapaz de ouvi-la sobre a maré alta, e franzindo os olhos, ainda não a via brilhar no sol brilhante. — Estou tão feliz por você estar aqui. Barnabas e Nakita. . . Eles estão bem? Tentei chamá-los, e eles não responderam. Eu ainda sou a timekeeper negra. Certo? A tênue zumbido me deu a dica que ela estava nas proximidades, e roubou um calor em meu ombro dolorido, acalmando-o. — Sim. Você ainda é a timekeeper negra. Eles não podem simplesmente tirar isso. Você tem que voluntariamente desistir. Ou ser ceifada. Meu peito estava quente, e eu perguntei se ela tinha se movido para pairar diante de mim. — Sua aura parece a mesma. — ela disse, sua voz indo mais fraco. —Talvez eles estivessem apenas ignorando você. Você cheira engraçado agora. — Puxa, obrigada. — eu disse plenamente consciente de que eu cheirava mal como eu não tomasse banho por um mês. Não havia nada de engraçado nisso. — Você acha que você poderia falar com um deles para vir me pegar? Estou preocupada com Tammy. — Você deveria estar preocupado com Demus. — ela disse misteriosamente. — Demus? — Eu ecoei, imaginando o que o ceifador negro tinha feito, mas não houve resposta. Ela tinha ido embora. Eu ainda não tinha a visto sair. Minha testa franziu, e eu cruzei os braços sobre o peito, sentindo quão vazia estava. A euforia de ter conseguido o meu corpo de volta estava começando a desbotar. Eu estava com fome, cansada, e eu tinha dores nos ferimentos de ter rolado uma colina em um conversível. Estava começando a ficar quente, e minhas roupas de forma engraçada. Olhando para as minhas

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unhas e o antigo esmalte do baile, eu gostaria de ter perguntado a Grace para Barnabas trazer Josh com ele. Deus, ele deve estar doente de preocupação. O cabelo na parte de trás do meu pescoço parecia picado, e me fez arrepiar, coração batendo forte. Não havia ninguém lá, apenas a casa grande e vazia que agora pertencia a mim. — Madison. — veio de cima, e eu olhei para cima, quase me cegando. Era Nakita, e ela estava apoiada sob o dossel. Como ela conseguiu? Suas asas bonitas brilhando no sol da tarde. Ela estava usando todo o branco novamente desde sua cabeça até suas botas, e eu senti uma pontada de culpa. Ela só usava branco quando ela estava chateada comigo, sua maneira de expressar sua raiva. Seu rosto estava amassado, mas ao me ver na minha nova roupa preta retirada do armário de Kairos, confusão escorria em seus olhos. — Você está vestindo as roupas de Kairos. — disse ela. — Eu. . . — Eu disse, então hesitei. — Bem, eu tenho o meu trabalho, certo? — Eu disse, soando mais dura do que eu pretendia. — Eu poderia muito bem fazer isso direito. 117

Os lábios de Nakita se separaram, e suas asas subiram para bloquear o sol. —Então você vai ficar? — Eu não sei. — admiti, e sua expressão caiu como se eu tivesse dito a ela que eu estava a deixando neste momento. — Nakita, estou tentando, mas nada parece estar funcionando. — eu implorei a ela. — Você pode vê-lo melhor do que eu posso. Eu não quero pensar nisso, ok? Eu só quero fazer o certo por Tammy. Então, quando acabar, nós podemos pensar sobre o que vem a seguir. Ela parecia aceitar isso, a cabeça baixa e o vento fez seu longo cabelo preto ir para o seu rosto. — Me desculpe os serafins não estão ouvindo você. — ela disse. — Barnabas encontrou Demus. Ele foi para te encontrar, e encontrou Josh em vez de você. Ambos estão esperando por você no cemitério. — Josh! — eu exclamei contente que ele ia estar lá.

— Você precisa falar com Demus. — Nakita disse firmemente — Ou ele vai matar Tammy no segundo que a ver. Um leve sorriso tomou conta de mim. — E isso seria errado, hein? — eu perguntei a ela, e ela piscou para mim. Lentamente, seu sorriso cresceu, e ela parecia quase envergonhada. — Pode ser. — admitiu ela estendendo suas asas para nos colocar na sombra. — Se há uma chance nós podemos mudar seu destino. Devemos ir. Eu tinha esquecido como pacífico é aqui. — seus olhos encontraram os meus, segurando não a paz, mas pelo menos uma falta de medo. — Ou talvez eu nunca tenha percebido antes. Acenando eu icei minhas calças e pisei em todo o mármore negro indo em direção a ela. Os braços de Nakita foram em torno de mim, e eu pisei em cima de um dos seus pés, de pé ao lado dela, em vez de na frente. Um empurrar de suas asas enormes, e estávamos no ar. Meu estômago caiu, e eu agarrei o braço de Nakita. Olhando para baixo na pequena ilha, eu tremia. Voar era muito mais assustador agora que eu estava viva novamente. — Feche os olhos. — alertou Nakita para mim, e eu aparafusei-os fechados. O suave abafamento de suas asas pressionado contra meus ouvidos enquanto ela nos envolveu, e o cheiro de penas e vento encheu o meu nariz. Eu engasguei quando o mundo parecia virar de dentro para fora, mas eu estava esperando por isso. Nakita tinha nos atirado através do espaço, nos movendo do meio-dia a quase meia-noite em um piscar de olhos. Uma brisa quente mudou o meu cabelo, e eu abri meus olhos, enquanto Nakita desdobrava suas asas e caímos no espaço. Abaixo de nós estavam as luzes dispersas de Baxter. Descendo em uma espiral lenta, Nakita angulou para uma parte muito escura da cidade. Era o cemitério. Um local apropriado, eu pensei, para um timekeeper negro encontrar seus ceifadores. — Um ceifador, Nakita, uma vez que vi, a morte vem para o grande e o pequeno. — veio à voz fraca de Grace, mas eu ainda não podia vê-la. — Sozinha ela ficava, pensando em ninguém mais, mas a verdade fortalece a todos nós.

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— Oi, Grace. — eu disse, colocando a mão na minha barriga enquanto descíamos na escuridão úmida. Cara, nós estávamos um longo caminho acima. E o chão parecia realmente rígido. — Eu não vou deixá-la cair. — disse Nakita como se ela pudesse ler meus pensamentos, mas foi provavelmente a minha pegada no braço dela que me entregou. Eu tropecei enquanto ela fazia o último movimento de asa-batendo no ar e os meus pés finalmente tocaram a terra. Minha camisa grande estava escorregando, e eu a puxei de volta no lugar, queimando enquanto todo mundo olhava para cima. Barnabas parecia desconfortável, claramente tinha adivinhado que eu tinha meu corpo de volta, mas Josh, de pé ao lado dele, sorriu. Demus estava encostado indolentemente contra uma grande pedra, os braços sobre o peito e sua expressão zangada até que ele percebeu o que eu estava vestindo, mediante a isso ele deu a atenção, como se a minha roupa me desse status. Nakita tinha escondido suas asas e se movia para ficar hesitante ao lado de Barnabas. Grace, tenho certeza, estava em algum lugar sobre nós, porém ela não estava se movendo, pois sabia que poderíamos ver seu brilho intenso. 119

— Oi, Josh. — eu disse, e ele abaixou a cabeça quando vinha para perto de mim dando-me um abraço rápido. — Você parece a mesma de antes. — disse ele, sorrindo enquanto ele me dava um aperto. — Obrigada. — eu disse, ou seja, por cerca de seis coisas diferentes. Barnabas limpou a garganta, e Josh recuou. — Você estava com medo da vida sem mim quando você simplesmente desapareceu. — Josh acusou, e depois acrescentou com orgulho. — Eu sabia que você poderia fazer isso. Algum aviso teria sido bom. — Desculpe. — eu disse, me remexendo quando virei para Barnabas. — Parabéns! — disse Barnabas enquanto me dava meu telefone, o tom não me dava uma pista sobre o que ele pensava do fato de eu conseguir meu corpo de volta, e meu sorriso começou a desaparecer.

— Sim, bem, nada mudou. — eu disse enquanto eu tateei por um lugar para guardá-lo antes que eu entregasse a Nakita para colocar em sua bolsa. — Exceto que estou com fome. Demus se empurrou da lápide, olhando enquanto ele se aproximava. — Você está vestindo as roupas de Kairos e seu amuleto, mas você não parece nada com ele. — E estamos todos contentes com isso. — disse Nakita, ganhando um montão de risos de Grace, que estava escondida em algum lugar. — Houve um cruzado-guarda-roupa desde a França. — ela começou, e Nakita jogou uma pedra contra ela. Era ruidosa no escuro, e eu juro que ouvi um berro de gato. Eu olhei para minhas roupas. Os ceifadores pareciam estar fazendo mais caso por eu usá-las do que eu pretendia. — Eu, uh, estava no vestido velho do baile. Esta foi a única coisa que remotamente se encaixou. — Você está bem. — disse Barnabas, mas seus olhos estavam na escola escura atrás de mim. — Bem, eu acho que você ainda tem cheiro engraçado. — Grace sussurrou junto ao meu ouvido, e eu pulei. — Grace, bata as suas asas um pouco. — eu disse. — É estranho não saber onde você está! Eu estava apenas a tempo de ver o olhar preocupado trocado entre Nakita e Barnabas. — Você não pode vê-la? — Barnabas perguntou, e eu corei novamente. Cara, eu estava começando a sentir falta de estar morta. — Eu nunca fui capaz de vê-la muito bem. Está escuro aqui fora. — eu disse, me perguntando se eu estava vendo a ponta do meu iceberg novo. Primeiro, eu não era capaz de contatar Nakita ou Barnabas, e agora eu estava tendo dificuldade em ver Grace. Não ajuda que Nakita ainda esteja olhando para Barnabas como se eu estivesse quebrada. Meu estômago roncou, e eu me alavanquei até me sentar próxima a lápide. — Ok, os serafins são loucos. — eu disse.

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— Uma versão. — Demus disse sem rodeios enquanto ele jogava seu amuleto para cima e pegava. — Eles lhe enviaram para gadanhar ela. — eu adicionei, me certificando que todos nós sabíamos onde estávamos. — No momento em que eu encontrá-la... — Demus disse, jogando seu amuleto de novo e fazendo-o ir para um tom de preto sujo de tinta. Barnabas estendeu a mão, e a pedra escura deu um tapa em sua mão. Demus sentou-se rápido. — Eu não vou deixar você matá-la. — Barnabas disse. — Ela poderia ser capaz de manter sua alma viva, a reacendendo. Você não sabe disso? — Eles nunca fazem isso! — Demus gritou, indo para frente. Barnabas o evitou, batendo contra a palma da sua espada, trazidos à existência no tempo que leva para um elétron fiar. Josh agarrou meu cotovelo, e eu escorreguei da pedra, colocando-a entre nós e os ceifadores. Demus pegou seu equilíbrio, seu rosto se contorceu em um rosnado feio. — Eu vou matá-la. —, prometeu. — Eu vou salvar sua alma de carrascos como você. Escolha não é nada comparado ao destino. Nada! Ou você seria capaz de mudá-lo, e você não pode! Dê-me de volta o meu amuleto! Meus olhos estavam arregalados, e agarrei a pedra que eu estava de pé atrás, Josh firmemente ao meu lado. Barnabas tomou a pedra para não deixar Demus ter a capacidade de matar Tammy, porém não era assim que eu queria mudar as coisas, e eu dei uma direta jogada de cabeça na direção de Demus. Os lábios de Barnabas pressionados juntos em desaprovação, mas ele arremessou de volta para o anjo irado mesmo enquanto Nakita zombava. — Mas nós mudamos o destino, ceifador negro. — Barnabas disse enquanto Demus o pegou. — Os serafins só não querem que você saiba sobre isso. — Se os serafins não me dizem, então eu não preciso saber. — Demus disse, embalando seu amuleto que ele colocou protetoramente sobre ele. — Assim que eu encontrá-la, eu levarei sua alma para salvá-la. — Demus disse,

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em seguida, virou-se para Nakita. — Por que você ainda ouve isso? Você está ficando grim15, Nakita? Nakita endureceu, seus traços perdidos no escuro, enquanto ela cruzava os braços sobre o peito. Nakita não estava triste, mas eu podia ver por que ele perguntou. — Você não pode encontrá-la porque eu mudei a ressonância de Tammy. — eu disse, meus pés descalços fiando úmidos na grama enquanto eu contornava a pedra e caminhava em direção a ele. — E você não vai matar Tammy. Você ceifador negro, vai me ajudar a encontrá-la, e então nós não vamos gadanhar ela. Vamos falar com ela e lhe mostrar uma escolha diferente, para que ela traga sua alma de volta à vida antes que morra completamente. É assim que fazemos as coisas aqui em baixo agora. Barnabas salvou alguém anos atrás. E nós salvamos alguém apenas no mês passado. Isso pode ser feito. — A vida é transitória. Almas não podem ser arriscadas. — ele disse recuando. — Se sua alma está para ser perdida, então vamos salvá-la, mas não à custa de sua vida! — Eu disse, então abaixei minha voz antes que alguém chamasse a polícia sobre vozes no cemitério. — Eu sou a timekeeper negra. — eu disse, indo para frente até as suas costas encontrarem uma lápide. — Eu sobrevivi ao meu antecessor que me matou. Eu sobrevivi às asas negras me comendo viva. Vou mudar as coisas. — eu disse meu coração batendo. — E você vai me ajudar. Entendeu? Ele não disse que sim. Mas ele não disse que não, também. — Quem sou eu? — Eu insisti. — Você é a timekeeper negra. — ele murmurou, sua expressão que foi de um desafio para uma compreensão mal-humorada. — Nakita, isso é estúpido. Você não disse a ela que você não pode mudar o destino? — Claro que eu disse. — Nakita disse, e estava sobre uma lápide, andou sobre as palmas das mãos em nossa direção. Girando para o lado direito, ela desembarcou em uma pose de luta. — E então ela me provou que eu estava errada. Nós salvamos Ace.

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No caso Demus se refere aos Grim Reapers – que traduzindo são os ceifadores cruéis.

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— Barnabas. . . — Demus quase choramingou. O anjo sorriu com metade da boca, ainda apoiado em sua espada. — Basta ir. — aconselhou. — Mas se você tentar gadanhar Tammy, eu irei parar você. Demus cruzou os braços sobre o peito, desafiante, mas compreendendo. — Por que não deixa que Ron coloque um anjo da guarda sobre ela? — Ele disse beligerantemente. — Se você quiser salvar a vida de alguém, é assim que você faz isso. — Porque nós não estamos apenas tentando salvar sua vida, nós estamos tentando salvar sua alma e sua vida. — eu disse, não sabendo como explicar a ele. Era sobre o livre-arbítrio e escolha, que os anjos não o tinham. Como Barnabas tinha dito, o céu era preto e branco, mas a terra era colorida. Caiu ao chão, Demus sentado de pernas cruzadas. — Doces dedos dos Serafins, eu não entendo. Sua cabeça agitando na confusão do anjo, Josh cautelosamente estava sentado em uma pedra quebrada. — Intenso, e um pouco denso também. — ele sussurrou para mim, e eu sorri. Barnabas colocou sua espada longe, claramente relaxado quando Demus recuou. — Então, como vamos falar com ela? — perguntou em seguida, acrescentou: — Sem ela chamar a polícia sobre você. Quero dizer, ela pensa que você começou o fogo, certo? Você quer que eu limpe a memória dela? — Não. — eu disse rapidamente, de cabeça para baixo quando comecei a andar na grama molhada. — É por isso que as marcas não mudam. Você toma as suas memórias, e eles não têm como fazer uma mudança. — cheguei a um impasse e puxei minha cabeça para cima. — Todo mundo deixa em paz as lembranças de Tammy. Entendeu? Demus gemeu, balançando para lá e para cá quando ele se sentou com as pernas cruzadas. — Esta é a mais estranha gadanha que eu já estive. Eu não poderia ajudar com o meu sorriso. —Isso porque não é uma gadanha, é um resgate.

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Com sua cabeça jogada para trás para as estrelas, Demus gemeu: — Isto não vai funcionar. Meu estômago roncou, e eu virei para a rua vazia. — Tenho certeza de que Tammy apreciaria se nós tentássemos. — e ele estava errado. Ele iria trabalhar. Ele tinha que fazer isso. — Nunca vai funcionar. —, Demus cantou e Nakita jogou uma pedra nele. — Cale-se! — exclamou enquanto Demus abaixava e a rocha quebrava em fragmentos na pedra atrás dele. — Ela é a timekeeper negra e você vai ouvir! — Está tudo bem, Nakita. — eu disse enquanto eu sentia a adrenalina súbita banir o meu cansaço. — Ele soa como você costumava fazer. Ele vai aprender. Barnabas correu a mão pelos cachos, os olhos nos meus pés descalços. — Há apenas um problema. — ele disse, dando a Nakita um olhar preocupado. 124

— E isso seria. . . ? — eu solicitei, pensando que provavelmente não era a minha falta de sapatos. — Seu amuleto. — ele disse, sacudindo o seu olhar para mim. — Eu não acho que esteja funcionando. — O que você quer dizer? — eu disse, segurando-o enquanto ele pode desaparecer. Barnabas encolheu os ombros. — O que eu quero dizer é que Grace está falando com você nos últimos cinco minutos, e você ainda não ouviu uma palavra do que ela disse.

— Não! — exclamei, meu aperto no meu amuleto tornando-se mais forte enquanto Josh se endireitava, a preocupação comprimindo sua testa. — Eu podia ouvi-la antes! — Apenas, porém, e eu não tinha visto ela em tudo. — E eu posso ver as linhas de tempo! — eu acrescentei, criando-as em meus pensamentos. Contudo o pânico gelava através de mim, e eu olhava para Barnabas. Tudo o que pude ver na minha visão mental era um brilho nebuloso, como a impressão de uma luz brilhante pode deixar na sua retina. — Não é quase lá! — eu gritei. — Eles me cortaram. Os serafins me cortaram. Não admira que eu não pudesse alcançar qualquer um de vocês antes. Tente conversar comigo, Barnabas. Fale comigo! Barnabas me deu um olhar triste. — Eu tentei. Estou tentado. Madison, eu não acho que você foi cortada. — Então, minha aura mudou. — Eu estava a balbuciar, mas eu não poderia ajudá-lo. Josh tinha ido para o meu lado, mas eu estava frenética, e eu não o deixei me tocar quando ele tentou colocar uma mão no meu ombro. — Nós podemos ver isso, e compensar. — Nakita disse. Ela estava de pé ao lado de Barnabas. Acho que foi a primeira vez que eles já tinham feito uma frente unida. Demus caiu para trás contra a grama e olhou para as estrelas, completamente indiferente. — Como um ceifador branco pode ouvir um timekeeper negro? — ele zombou.

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— Eles podem. — disse Josh beligerantemente. — E eu não sou branco. — acrescentou Barnabas, seu tom irritado me chocando fora do meu próprio medo. Eu olhei pra ele, e seu olhar caiu como se ele estivesse envergonhado. — Não mais. Meus lábios se separaram, fazendo com que o meu medo hesitasse. Ele tinha admitido. Barnabas tinha deixado o passado. Os olhos dele estavam no meu amuleto, e eu levei minhas mãos fora dele, deixando-o oscilar livremente. — Se eles não me cortaram, então eu o quebrei quando eu peguei o meu corpo. — disse. — Porra, quanto tempo você acha que antes de corrigir isso? Nakita acenava com a mão na frente de seu rosto, andando para trás. — Eu irei. — ela estava dizendo a Grace, provavelmente, desde que eu não achasse que Nakita era psicótica. — Cala-se por um momento, ok? — Exalando, ela virou para mim. — Grace diz que o seu amuleto está bom. Olhei para Josh, quase desejando que eu nunca tivesse tomado o meu corpo de volta, e ele baixou os olhos. Não foi culpa dele. Eu fiz a escolha. — Então eles me cortaram. — eu comecei. 126

—Não. — insistiu Nakita. — Madison, você vai apenas ouvir? Eles não o interromperam, e você não o quebrou, aclamando o seu corpo. Mas você está viva agora, e isso é um problema. Meus pensamentos rodopiando mais lentos. — Por que isso é um problema? — eu perguntei. Barnabas, no entanto, foi acenando com a cabeça. — Lembra quando você teve o seu primeiro flash forward sobre o futuro de Ace e foi demais para você? — ele disse, e eu peguei a mão de Josh, dando-lhe um aperto rápido lembrando a memória das estrelas tão bonitas que quase me quebrou. — Você estava morta. — ele disse. — A meio caminho para o divino. Ron teve que ajustar seu amuleto para você, não foi? Continua enfraquecida, e agora que você está viva, você não está fazendo uma ligação forte o suficiente. — Oh, hom-e-e-m. — eu gemi, caindo contra o alto de uma lápide. Abafado. Tudo estava abafado. — Você acha? — eu perguntei, minha voz trêmula. Se isso era tudo o que estava acontecendo então poderia ser corrigido. Não por mim, no entanto. Ron tinha reparado a última vez.

— Você deveria ter esperado e obtido o seu corpo de volta depois de salvar Tammy. — disse Barnabas. Eu dei uma olhada obscura a Barnabas, aliviada que não havia nada que os serafins pudessem fazer para me reduzir. Grace tinha dito alguma coisa sobre como a minha decisão de aclamar meu corpo desarrumou ambos: o destino e o acaso. Eu só tenho que lidar com isso. Como é que vou lidar com

isso? — Então, nós procuramos por ela a pé. — disse Josh, parecendo tão aliviado quanto eu estava. — Qual é o problema? Nós temos um número suficiente de pessoas. Devemos procurar nas estações de ônibus e todos os lugares, na primeira noite. Não está tudo aberto. Quão difícil pode ser? — Você ficaria surpreso. — disse Demus para as estrelas. — Encontrar alguém a pé não é tão fácil como parece. Nakita o cutucou com a ponta da bota branca. — Salvar uma marca não é fácil, ceifador. É um trabalho duro. Acostume-se a ele. 127

Carrancudo, ele atacou seu pé, e ela dançou para trás, rindo dele, se divertindo. Barnabas estava carrancudo — como de costume. — Encontrá-la visualmente vai demorar muito. Mesmo se nós nos separamos. Isso seria muito mais fácil se você não tivesse mudado sua ressonância. — resmungou. — Talvez você possa pedir aos serafins para consertar o seu amuleto,— Josh disse, recostando-se sobre o seu quebrado túmulo. — Sim, como eles iriam fazer isso agora? — Demus disse com uma risada áspera. — Madison, eles estão tão bravos com você. — Ron, talvez? — Nakita ofereceu, parecendo que tinha engolido algo desagradável, e eu balancei minha cabeça. — Ele não sabe que estamos aqui. — disse Barnabas. — Eu acho que deveríamos mantê-lo dessa maneira.

Ele provavelmente suspeita que estejamos aqui, mas eu não ia trazê-lo. Não sendo capaz de ver a linha do tempo ia ser um problema. Eu sabia o que a ressonância de Tammy parecia agora, mas eu não poderia mostrar a ninguém, se a linha do tempo era uma bagunça desfocada para mim. Eu não acho que os ceifadores poderiam voltar para o passado para ver onde sua aura mudou a menos que eu estivesse ali para guiá-los. Seria necessário um Timekeeper para isso. Ou talvez. . . Um estudando para ser um Timekeeper? Radiante, puxei minhas calças emprestadas de volta. — Paul. — disse com firmeza, e todo mundo ficou olhando. — Paul?— Nakita ecoou, descrença na inclinação de seus olhos. — Quem é Paul? — Josh sussurrou. Demus tinha se sentado para melhor rir de mim. — Você quer dizer o Timekeeper branco aprendiz? — Ele bufou, e a expressão de Josh escureceu. Sim, ele se lembrou agora. — Paul não é qualificado o suficiente para ajustar o seu amuleto. — Era a opinião de Barnabas, mas eu estava acenando para os ouvir. — Sim, eu sei. Porém ele pode nos ajudar a encontrar Tammy. Ele pode olhar para a linha do tempo de volta para onde eu mudei a sua aura. Ele pode mostrar a vocês. — Olhei Demus. — Os três de vocês, quero dizer. E quando uma vez você tiver isso. Ba-da-pimba! Temos ela. Demus estava me olhando, incrédulo. — Uh, estamos falando da larva de Ron, certo? Larva? Eu pensei. Que insulto é esse? Nakita cruzou os seus braços, olhando imóvel. — Esta não é uma boa idéia. Mesmo para você, Madison. — Josh, também, desviou-se e foi arrastando a grama com a ponta da bota. Ele não estava com ciúmes, não é? Eu me perguntei, sentindo um clarão de alegria. — Por que não? — Eu perguntei, não me importando que todos pensassem que era uma má idéia. Quando foi que eu já tive uma idéia que eles pensavam ser boa? — Paul nos ajudou antes. Nós nunca poderíamos ter

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salvado Ace se não fosse por sua ajuda. As palavras saíram da minha boca antes que eu tivesse a oportunidade de pensar sobre elas, mas era verdade. Trabalho das trevas e da luz juntos tinham feito isso. — Ah, vamos! — Eu quase gemi enquanto Nakita revirou os olhos. — Você tem alguma idéia melhor? Barnabas deu uma longa exalação. — Se ela quiser experimentar, por que não? — ele disse, e os lábios de Nakita se separaram em surpresa. — Ótimo. — disse Demus enquanto ele se levantava e se esticava. — Você vai falar com o Timekeeper branco aprendiz, e eu vou verificar com os serafins. Barnabas fiando o seu casaco comprido. Sua mão estava em seu amuleto, e sua ameaça era evidente. — Você mostra uma pena para sair, e eu vou cortar as suas asas. Você é o ceifador da Madison, e você vai fazer como ela diz! Que Deus me ajude! 129

— Puxa, obrigada, Barnabas. — eu disse para tentar aliviar as coisas, e Demus caiu. Aparentemente a esgrima de Barnabas tornou-se lendária. — Eu acho que estou dentro, então. — O ceifador negro disse. Eu sorri para isso. Demus não era realmente um cara mau. Apenas focado em métodos antigos. Nakita tinha sido também, e ela tinha sido muito mais militante expressando sua opinião. Ainda sorrindo, eu estendi a mão para Nakita. — Posso ter o meu telefone? — Eu perguntei docemente, e Demus fez um som estranho de estrangulamento. — Doces Serafins, ela vai telefonar para ele? — O ceifador engasgou, e Josh suspirou, caindo para trás para ficar com os braços contra um pilar da sua altura. Ele estava começando a parecer frio. Eu sabia que estava. E ele está com

ciúmes! Sorri em agradecimento enquanto Nakita me entregava o meu telefone rosa, a bateria carregada e mostrando cinco barras. Mágica, tecnológica. . . Era muito boa. O importante era que íamos fazer isso juntos. Eu não poderia fazer

isso sozinha. Eu não acho que era mesmo possível fazer sozinha. E ia levar todos nós. Luz e escuridão. — Ele tem seu número? — Demus perguntou incrédulo enquanto eu passava a minha agenda de telefones e gelei de encontro. — Quando você pegou seu número? — Josh perguntou, a voz entrecortada. — No mês passado. — eu disse, ouvindo-o tocar. — Eu o peguei por causa de Shoe, e achei que seria uma boa idéia. — Josh ainda estava olhando para mim, e eu fiz um questionamento no rosto. — O que é o grande negócio aqui? Eu sou uma timekeeper, ele está tentando ser um. Eu o tenho como meu número de emergência no caso, de eu não sei. . . Ser colocada na prisão por um incêndio ou algo assim. Josh se virou, e fraco, quase às margens da minha audição, eu pensei ter ouvido huff e dizer que Grace era toda a proteção que eu sempre precisei. — Eu sou o único que vê um problema nisso? — Demus estava dizendo. — Nakita, ela está traindo tudo o que os serafins acreditam e tudo em que acreditamos. — Cale a boca e observe. — Nakita atirou de volta para ele, mas eu poderia dizer que ela estava preocupada. O telefone ainda estava tocando, e eu me mexia com ele ao meu ouvido, querendo saber se o calor que eu sentia no meu rosto era de Grace. — Alô? — Uma voz cansada chegou, e minha tensão dobrou. — Paul, é Madison. — eu disse, e Paul não disse nada. — Timekeeper negra? — Eu solicitei, então senti uma onda de preocupação. Talvez eu tivesse conseguido o número errado. — Merda, é você Paul? — Oh! Oi, Mark. — disse Paul, e eu congelei, até que eu percebi que ele não estava sozinho. — Desculpe, eu adormeci no sofá assistindo um filme. Claro que sim. Segure-se e eu vou buscá-lo. Estou em meu laboratório de escrita. Você tem todos os finais de semana para fazê-lo. Você não poderia ter me chamado amanhã?

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Demus foi encostando a uma pedra de novo, seu desgosto evidente. — Ele ainda não sabe quem você é. — Relaxe. — disse Barnabas, inclinando-se para sussurrar. — Ele está com Ron. Esse é o problema com vocês ceifadores negros. Vocês não sabem mentir bem. A expressão de Demus ficou irada, mas eu pensei que era engraçado. Havia um punhado de ruído no fundo, o som de um fechamento da porta, e então a voz abafada de Paul estava dizendo: — Você está louca? Por que você está me ligando? — Por que você me disse que eu poderia, se você não queria? — Eu perguntei a ele. — Era em caso de emergência! — Paul disse e depois hesitou. — O que você fez? Eu teria tomado isso como ofensa, mas eu tinha medo de estragar tudo. —Hum, eu encontrei o meu corpo. E agora meu amuleto não funciona direito. — Parabéns? — Disse ele, tornando a frase uma pergunta. — Veem? — Nakita disse, inclinando-se para que eu pudesse ouvir. — Mesmo a larva sabe que foi um erro. — Não foi um erro. — eu disse, mas eu estava começando a pensar que era. Dei-lhe um olhar escuro, voltei para o telefone, meus olhos em Josh. Ele parecia nervoso, ou talvez preocupado. — Paul, eu preciso de sua ajuda. — Eu disse. Eita, eu espero que ele não tenha ouvido o comentário da larva. Ele suspirou. O ouvi apesar de que ele estivesse provavelmente várias centenas de quilômetros de distância, em um deserto do Arizona. — Você está tentando mudar o destino de alguém de novo? — Ele perguntou. — Madison, era sorte a última vez. Destino é destino. É por isso que eles chamam assim. — Pensei que você acreditava na escolha? — Eu zombei dele, então peguei a minha raiva, engolindo-a. Paul não disse nada, e minha preocupação

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rastejou para trás. — Paul? — Pelo amor de Deus. — ele disse com voz abafada. — Você sabe o que Ron vai fazer de mim se ele descobrir que eu te ajudei? Minha mão segurando o telefone na minha orelha tremeu. — O nome dela é Tammy. — falei — Sua alma estava para começar a morrer depois que seu irmão morreu em um incêndio. Eu conversei com ela, e seu destino foi alterado, assim ambos morreriam, então eu conversei com eles novamente, e algo mudou o fim e eles sobreviveram. Ela ouviu, Paul, e se lembrou das coisas boas. Ela quer mudar, mas ela não está fora de perigo ainda. Ela ainda está em perigo de deixar a sua alma morrer. Eu preciso encontrá-la. Fale com ela novamente. Eu sei que pode corrigir isso. Demus estava olhando para mim em questão. Seus olhos encontraram os meus e se mantiveram. — Isto é um grande erro. — ele disse, sua voz completamente desprovida de uma atitude negligente que ele tinha demonstrado até agora. — Ela ainda não está fazendo a escolha de viver. — eu falei com Paul, porém também falando com Demus. — Mas eu acho que ela pode. Eu mudei sua ressonância para escondê-la dos ceifadores e não consigo encontrá-la porque o meu amuleto. . . — Eu tomei uma respiração — Paul, meu amuleto esta ajustado para uma pessoa morta, e não um meio para o céu. — Ou o inferno. — Eu não posso encontrá-la. Por favor, apenas me ajude a encontrála, e então você pode voltar para o filme ou o que você estava fazendo. Cinco minutos, no máximo. — Você mudou de ressonância? — Paul perguntou, uma pitada de ciúmes em sua voz. — Sim. — eu disse, sentindo uma agitação de orgulho. Meus olhos em Josh novamente. Ele ainda não estava olhando para mim, e eu senti um toque de raiva. Salve-me do delicado ego masculino. — Ajude-me a encontrar Tammy, e eu vou te dizer como eu fiz. — Você não pode ensinar um Timekeeper branco! — Demus exclamou, e Barnabas, o empurrou. — Eu não consigo ver as linhas do tempo. — eu admiti, começando a

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ficar nervosa. — Paul, nós temos que encontrá-la antes que a ceifadora branca encontre e coloque um anjo da guarda nela. Novamente ele suspirou. — Ou eu poderia sentar aqui e não fazer nada, e a vida de Tammy estar salvo por um anjo da guarda. — Paul disse finalmente. — Um anjo da guarda não salva nada. — disse na frustração, trabalhando para manter a irritação da minha voz, porque eu estava tentando ganhar a sua ajuda. — Ela só significa que sua vida continua. Sem sentido, Paul. Nenhuma graça. Ela pode muito bem ser um quadro na parede. Eu não vou pedir para os serafins me ajudarem. Grace diz que eles me marcaram, e eu acho que é porque eu estou provando que eles estavam errados e eles não estão gostando. Senti-me bem em dizê-lo, e meu rosto esquentou mesmo quando eu me virei os ceifadores me olhando com diferentes graus de esperança e descrença. Paul ficou em silêncio novamente, mas não havia mais nada que eu pudesse dizer, e eu esperei inquieta. — Onde está você? — Ele disse sem rodeios, e eu respirei o ar, emocionada até meu pé. Demus jurou suavemente, e Barnabas e Nakita trocaram um olhar. Josh sorriu suavemente, e eu aqueci. — Porto Rico? — Ele adivinhou. — Ron acabou de enviar alguém para lá. — Baxter, Califórnia. — eu disse, me sentindo como se isso pudesse funcionar, embora ele não tivesse dito sim ainda. — Eu não tenho certeza se é exatamente isso. Em algum lugar do sul? É quente e abafado. Paul fez uma mmmm mole de som. — Eu acho que sei onde é. Deixe-me pegar meus sapatos. Ron estava reclamando sobre um dos ceifadores não verificar. — Arariel. — eu disse, e Paul fez um grunhido de reconhecimento. — Sim, é ela. Espere um pouco. Eu tenho que dizer a Ron que eu vou para a cama. Esperar? Eu me perguntava, mas o telefone fez um guincho agudo. Latindo, eu o deixei cair, lutando para pegá-lo. — Desculpa. — eu disse depois que eu o peguei e o coloquei devagar de volta ao meu ouvido. — Paul? Paul, você está aí?

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Mas Paul não estava mais lá, e eu girei a uma luz brilhante que iluminou o cemitério. Dez metros de distância, uma linha vertical dividiu a escuridão, alargando até que uma negra sombra crescia em seu centro. Foi Paul, fechando o seu telefone quando ele saiu de uma parte do mundo para o outro tão facilmente como se passasse para outra sala. Seu sorriso alargou enquanto seus sapatos desamarrados se encontraram com a grama molhada do orvalho e a linha brilhante por trás dele fechando em si mesmo e desaparecendo. Balançando a cabeça respeitosamente a Barnabas e a Nakita, ele deixou seu olhar cair em Demus, que estava olhando para ele com desconfiança, então piscou surpreso quando Josh se empurrou para cima do pilar, obviamente, o homem para fora, não sendo um ceifador. — Oi, Madison. — disse Paul levemente enquanto ele enfiava a camisa de volta, plenamente consciente de que eu estava tão impressionada como todo o inferno. — Quem nós vamos salvar hoje à noite?

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Demus recuou para pegar em Paul. — Sua aura é verde? — Ele zombou, olhando para a pedra luminescente ao redor do pescoço de Paul. O brilho da pedra era um reflexo da aura de Paul, e era realmente um brilhante verde ouro-atado. Paul baixou os olhos, os lábios apertados enquanto ele passou a mão no seu cabelo castanho-areia. Ele estava envergonhado, e eu não acho que foi porque ele ainda estava vestindo as roupas amarrotadas que ele tinha usado para a escola hoje. A pedra que ele usou para tocar o divino deve estar mudando o espectro de uma luz vermelha do timekeeper de agora, mas era brilhante, verde neutro, enquanto Demus tinha tão deselegantemente apontado, diminuiu para um fraco preto enquanto eu assistia. — Você cale a boca. — Nakita ameaçou bater nele, e eu limpei minha garganta. Eu achava estranho que ela estava defendendo Paul, vendo que ela não gostava dele, mas ela tinha se desculpado com Paul por nocauteá-lo uma vez, então talvez fosse parte de sua tentativa de compreender. Barnabas, também, parecia mais à vontade agora que Paul estava aqui. — Você não está fazendo isso! — Demus disse, ignorado, e eu não gostei de olhar nos seus olhos. — Eu não posso ficar muito tempo. — Paul disse olhando para todos, o seu olhar persistente em Josh interrogativamente. — O timekeeper branco iniciante não deveria estar aqui! — Demus sibilou, e eu empurrei quando eu o senti bater no divino. Barnabas já estava

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em movimento, a sua sombra escura lançando-se em toda a área aberta para bater no anjo ruivo. — Cuidado! — Nakita gritou, e eu me encontrei no chão, o ar empurrado para fora de meus pulmões e Nakita em cima de mim. Porra, ela foi rápida! Soprando o cabelo dos meus olhos, eu mexia para ver melhor como Barnabas se sentou em Demus, um punhado de cabelos vermelhos em seu aperto quando ele puxou a cabeça Demus para cima. Paul tinha caído para trás, sabendo sair do caminho, quando anjos batalhavam, e Josh estava por trás desse pilar novamente. Barnabas levantou a corrente em volta do pescoço de Demus, até que ele teve o amuleto em sua posse. — Nakita, você tem alguma corda na bolsa de vocês? — Fique longe de mim, Nakita. — Eu chiei. Sim, minha vida era tão glamorosa, depois da meia-noite entre os túmulos, suando e batendo em mosquitos. Nakita escorregou, e tomei um gole de ar, me sentando para escovar recortes da semana passada de capim seco de cima de mim. Bom. Eu não tinha estado na minha nova roupa de timekeeper negra cinco minutos e eu as sujei. Josh estendeu a mão para me ajudar, e eu peguei com gratidão. — Obrigada. — eu disse suavemente, os meus lábios ao lado de sua orelha. — Você irá relaxar? Você olha para ele como se fosse meu namorado ou algo assim. Ele é só um cara. — Sim? — Josh disse enquanto me observava escovar a última sujeira. — Apenas um cara que pode fazer essa coisa de amuleto e caminhar pelo espaço. Eu sorri para ele, e considerei que ele sentia ciúmes. — Ele não é o único que segurou minha mão quando eu morri. — eu disse mudando o meu peso para encontrá-lo. — E ele não é aquele que estava lá quando eu tive o meu corpo de volta. Ombros de Josh aliviaram, e ele realmente sorriu, mesmo quando Paul veio para ficar ao meu lado. Os dois caras com cautela cumprimentaram-se enquanto Nakita inclinou-se contra uma pedra e puxou as longas meias.

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— Isso é errado ! — Demus estava gritando, e eu olhei para a rua escura que de repente parecia muito próxima. — Os serafins precisam saber o que você está fazendo! Essa larva vai chamar Ron. Ele vai colocar um anjo da guarda sobre ela! Eu tinha quebrado o toque de recolher muitas vezes e fugido para ser intimidada por um serafim que poderia pensar sobre mim suspendendo fora o meu futuro adversário. Eles foram os que me escolheram. Se não podiam lidar com minhas tendências rebeldes, então eles deveriam ter escolhido outra pessoa. Ainda. . . Eu assistia o céu. Demus não podia fazer muito sem o seu amuleto, mas não havia necessidade de anunciar. — Aqui. — Nakita disse enquanto ela entregou a Barnabas as brancas meias. Barnabas me jogou o amuleto do ceifador, e eu peguei, sentindo a pedra violeta quente na minha aderência enquanto ambos, Paul e eu olhamos para ela. Eu não tinha feito isso, mas o amuleto em volta do meu pescoço tinha sido utilizado na sua construção, e foi como se as duas pedras fossem cumprimentar uma a outra. — Deixe-me ir! — Demus bufou enquanto Barnabas puxou seus braços para trás e amarrou seus pulsos. — Nakita. — ele suplicou quando Barnabas acabou e saiu de cima dele. — Ele vai colocar um anjo da guarda nela. Nakita, para com isso! Vocês são traidores! Traidores! — Gritou ele. Pés espalhando-se, Nakita estava sobre ele enquanto Barnabas puxou-o em uma posição sentada. — Eu lhe disse para ficar quieto. — ela disse, dobrando provocativamente enfiando sua ultima meia em sua boca. — E eu não sou uma traidora. — ela acrescentou, olhando insegura enquanto recuava. Paul me deu um olhar e eu vi que ele queria rir, mas tinha medo. — Tendo problemas com seus ceifadores? Meu coração estava batendo. A face de Demus indo tão vermelha quanto seu cabelo. — Ele é novo para os meus métodos. — eu disse com uma leveza falsa, então me virei como se não me incomodasse. Contudo, incomodava. Paul sorriu, estendendo um dedo para cutucar meu ombro. — Você está viva agora?

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Eu não podia deixar de sorrir de volta. — Sim, por isso não me gadanharão, ok? Ele riu, me zuando com uma lâmina me cortando, lembrando nosso primeiro encontro, quando ele tentou me matar. Eu tinha sido a encarnação do mal, de acordo com ele. Agora eu estava esperando que ele nos visse como colegas. . . Mais ou menos. Olhando para Demus, Paul disse: — Eu não sei exatamente o que você quer que eu faça aqui. Excitação formigava meus pés. — Seu amuleto é forte o suficiente para ver as linhas do tempo, certo? — Eu perguntei — Quero dizer, Ron não lhe deu um amuleto que não poderia, sim? Paul olhou para a sua pedra verde. — Eu posso vê-los, com certeza. Mas isso não ajuda muito. Eu não tenho a menor idéia de onde procurar. Barnabas deu uma cotovelada em Demus para ficar quieto. — O que você tem feito nos últimos três meses? — Não isso. — Foi à resposta de Paul, rápida defensiva, e Josh bufou. 138

— Se você pode trazer as linhas de tempo para cima. — eu disse: — Eu posso vê-las através de seus pensamentos. Vou te mostrar sua ressonância, como se eu fosse um ceifador. Os olhos de Paul estavam arregalados. — Você pode fazer isso? Mostrar a alguém o que você está olhando? — É como um timekeeper mostra a um ceifador que alma levar. — eu disse percebendo que Ron não lhe tinha dito muito. Claro, Paul poderia saltar através do espaço e fazer uma espada do divino, mas ele não sabia nada sobre seu trabalho. O Que Ron estava esperando? — Como eu disse... — Barnabas murmurou enquanto ele se inclinou para mim. — O que você tem feito nos últimos três meses? Eu olhei para que Barnabas ficasse quieto. Nós precisávamos da ajuda de Paul. — Você quer tentar? — Eu perguntei a Paul. Se ele não quiser, nós estávamos ferrados.

Paul olhou para Josh, então para mim. — Você, uh, não será capaz de ler os meus pensamentos, você vai? — ele perguntou. Olhei para Nakita e Barnabas, não tendo certeza eu mesma, e eles deram de ombros. Talvez esta não seja uma boa idéia. — Eu não sei. Paul, você vai ter que fazer isso eventualmente. — Eu bajulei, e seus olhos cresceram determinados. — Ok. — ele disse sentando-se em uma das pedras. Nakita fez um huff minúsculo. Braços sobre o peito, ela inclinou-se para Barnabas. — Por que é que ambos têm que se sentar para fazer coisas? Nervosa, me sentei em frente a Paul, sentindo a umidade ir pelas minhas roupas finas. Eu tomei três respirações, tentando me concentrar como Barnabas tinha me ensinado. Era muito mais difícil agora que eu estava viva. Eu imaginei que tomando a mão de Paul podia melhorar as chances de que poderíamos conseguir isso, mas Josh estava carrancudo novamente, e eu não o fiz. — Ok, eu achei. — disse Paul, sua expressão calma enquanto ele olhava para o interior da sua mente. — Eu o encontrei. — Um olho seu abriu enquanto comparava em relação a minha verdadeira aura com a da linha do tempo. — Encontrei-as. — acrescentou ele, sentindo os ceifadores, imaginei como ele olhou para eles. Então ele encolheu. — Madison, não tenho idéia do que estou olhando. — Espere. — eu disse. Fechei os olhos, eu trouxe a minha paisagem mental. Como eu temia, não havia muito para olhar, apenas névoa embaçada do nada. — Tente tocá-lo. — Nakita disse secamente, e Josh exalou alto. — Ok. — eu disse, então cheguei perto dele. — Hey! — Ele gritou. Eu tive um flash de luz brilhante, e então ele se foi. Meus olhos se abriram, e eu olhava para Paul. Ele olhou assustado, olho arregalado sobre a penumbra luz do distante poste. Meu coração batia forte, e eu percebi que

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minha mão estava fechada no meu colo. — Você está bem? — Eu perguntei a ele enquanto Barnabas resmungou. — Sim. — ele disse claramente perturbado. — Só me surpreendeu. Vamos tentar de novo. Demus fez um comentário abafado que todos nós ignoramos, e Paul estendeu a mão para meus dedos. Nervosa, tomei a sua mão. Era suave na minha, e um pouco suada. Ou talvez o suor fosse meu. Nakita resmungou, e eu lhe dei um olhar sombrio antes de fechar meus olhos. Imediatamente fiquei impressionada pela forma como tudo ainda estava confuso. Foi como ir de Alta Definição para TV normal. Ou talvez tirar os óculos. A definição de todas as linhas da vida foi silenciada e embaçada. Ainda era fácil de dizer, no entanto, onde Paul e eu estávamos. Nakita, Barnabas e Demus foram ainda mais fáceis de encontrar, o seu entrelaçamento brilhava em torno de nós quase protetoramente.

Aqui, eu pensei, sem saber se Paul podia me ouvir, e eu senti minha consciência para baixo nas linhas de tempo até que eu encontrei Tammy, não muito longe, ainda sozinha, muito sozinha, sua nova aura bordada com preto, centro laranja brilhando devidamente. O brilho de Paul estava ao meu lado, e as auras dos ceifadores, também. Tudo o que tínhamos que fazer agora era encontrá-la na realidade.

Podemos fazer isso, pensei com o ressurgimento da esperança. Meus dedos apertados na aderência de Paul, e ele a apertou de volta. Porém antes que eu pudesse relaxar minha espera e quebrar a nossa ligação, a linha inteira brilhou azul.

Santa merda!, eu pensei, meu aperto espasmodicamente. É um flash forward! Em um instante, Paul e eu estávamos sozinhos. Os ceifadores tinham ido embora. Eu podia sentir a confusão de Paul, então o medo enquanto percebeu que algo estava errado. Seus dedos se soltaram dos meus, e agarrei-os mais apertado, freneticamente tentando mantê-lo comigo. Se ele deixar ir, a gente perde.

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É um flash forward!, eu pensei, tentando manter meu aperto nos dedos e minha visão sobre a linha. Eu não posso ver se você não deixar! Eu provavelmente tinha tentado ter o flash forward toda a noite, mas a minha ligação tinha sido muito fraca. Agora, com Paul, era o suficiente. Eu estava desesperada para ver o futuro de Tammy, e foi com um enorme suspiro de alívio que senti a confusão de Paul se voltar para a excitação. Seus dedos se mexeram, e à nossa volta, a linha tornou-se um azul mais escuro, quase preto. Com uma sensação curiosa de inversão, estávamos fora do presente, e em. . . Tammy, eu pensei, familiarizada com a sensação de estar na mente de outra pessoa, um observador silencioso enquanto uma infinidade de momentos esvoaçavam por meio da consciência de outra pessoa. Pelo menos desta vez ela não estava em um apartamento em chamas. A suavidade das folhas era o que eu observei em primeiro lugar, então a presença de Paul ao meu lado. Seus rápidos pensamentos pratas estavam pulando de idéia em idéia, sua emoção contagiosa. Sabendo que não iria ajudar, eu quis que Tammy abrisse os olhos. E ela o fez. O choque que reverberou através de mim, quanto eu olhei estreitamente para a cama, o aspecto industrial encostada, olhando o contador interno e as gavetas, a TV em branco fixa alta na parede, e a mesa, muito feia sobre rodas. Havia um copo grande sobre ela, o canudo dobrado e afastado, e um único cartão de melhoras. O sol estava acima, mas não estava chegando à janela aberta, que tinha uma visão de uma parede de tijolos. Eu não poderia dizer se era de dois andares para cima, ou três. O azul indicando a distância um flash forward pendurado nas bordas da minha visão, e eu percebi que Tammy franziu os olhos enquanto eu me esforçava para ter uma visão mais clara. Quando no tempo nós estamos? Eu ouvi Paul perguntar, outra surpresa, mas eu não acho que Tammy ouviu desde que ela não reagiu. Eu não sei. Alguns dias a partir de agora? Uma semana talvez? Não mais do que isso, eu imaginei. E, em seguida, um novo pensamento intruso, claro e resolvido. Eu estou morrendo.

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Meu coração deu um salto, e eu senti o aperto de Paul em mim quando Tammy mudou sua mão acima das folhas. Era terrivelmente magra, a pele pálida e quase transparente, parecendo fraca demais até mesmo para amarrar um cadarço. A contusão foi em torno de seu pulso, onde alguém tinha agarrado ela, e suas unhas estavam pintadas de um vermelho brilhante, espalhafatoso contra os lençóis brancos. Uma dor encheu todo o nosso corpo, como se fosse uma febre, e eu perguntei se ela tinha sido espancada. A névoa azul em torno de tudo dizendo que foram alguns dias antes, no máximo, mas não havia jeito que ela pudesse perder esse peso tão rápido, e eu perguntei por que a visão foi tão clara. Devemos levar meses, talvez anos à frente. A respiração ofegante em nosso peito, e eu senti uma lágrima cair do rosto de Tammy. Dentro, eu podia sentir seu pulso se tornar errático e um formigamento estranho se levantar a partir de seus dedos. Ela disse que estava morrendo. Ela pode estar certa. Um sentimento de inutilidade tinha enchido os nossos pensamentos se juntando como o som do tráfego que chegava pela janela fixada no painel grande de vidro. Ela estava sozinha, mas não foi por isso que ela chorava. Arrependimento. Arrependimento por palavras não ditas, por pensamentos não ditos, por ações não tomadas, e os desafios não reconhecidos. E só agora, no final, ela conseguiu entender o que ela tinha perdido fechando as coisas boas e vivendo sua vida sem amor. Mesmo seu irmão, quem ela tinha se afastado tantas vezes que ele tinha parado de tentar.

Tammy, tudo bem., pensei, tentando alcançá-la. Não é tarde demais! Mas apenas Paul me ouviu. Meu peito apertado na dor de cabeça enquanto ela pensava em desenhos que nunca começou e parou os poemas com apenas uma frase — com medo do que os outros pensariam. Havia viagens não tomadas e os amigos que nunca se juntaram, as chances de fazer alguém feliz que ela ignorou, pensando que isso a faria mais forte, quando tudo o que fez foi comer sem parar sua alma. — Eu desejo. . . — Ela respirou, sua cabeça se voltando para a janela e a parede de tijolos sombrios. — Eu desejo. . . Mas já era tarde demais, e eu senti um nó na garganta enquanto um brilho pequeno de pó brilhante no canto assumiu o brilho familiar. Era um

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anjo da guarda chorando como raios de sol, e me perguntei se foi por isso que o flash forward foi tão claro. Paul começou em surpresa, e então eu percebi por expiração da respiração súbita de Tammy que ela viu também. Isso é um anjo?, Ele me perguntou, e eu mandei um pensamento para ele que era. Por que ela está chorando tanto?, Tammy e ele queriam saber. — Porque a sua vida acabou. — o anjo disse em voz alta, a voz dela tocando como água caindo familiar e diferente de Grace. Lágrimas caíram de mim. De nós. Estávamos todos na mesma coisa. — Você é tão bonita. — Tammy respirava, claramente capaz de vê-la também. — Você veio para mim? A esperança na voz dela foi para o meu âmago e torci, e o ouvi, o anjo cair diante dela, dando-lhe um banho de calor enquanto a sala parecia fria e escura. — Eu estive com você desde sempre e nenhuma hora em tudo. — o anjo disse sorrindo através de suas próprias lágrimas. — Eu sei. Eu o senti. — disse Tammy. — Eu acho que eu senti você. Eu sinto muito. — ela disse em torno de um gole de ar, as lágrimas transbordando e embaçando nossa visão compartilhada. — Pelo quê, filha? Sua mão pálida caiu e levantou, olhando sobrenaturalmente, uma vez que estava a palma para cima em branco, folhas desbotadas. — Eu fugi. Eu não me refiro apenas a partir de Johnny e minha mãe, mas a partir de tudo. Eu tinha tantos planos. Eu ia fazer tantas coisas, e eu nem me lembro agora. Ela estava morrendo, seis mil alvoradas atrás dela, um bilhão de e-mails enviados, mil piadas, um zilhão de momentos dobrados em seu cérebro adicionados para nada, porque ela tinha esquecido como amar. Ela ainda era a mesma menina com medo que eu tinha tentado ajudar horas atrás, com medo e pensando que ela estava sozinha.

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O anjo caiu ainda mais baixo, chegando ao resto do copo na mão dela. — Você tem que ser corajosa agora. — advertiu, chorando, ainda chorando. Um pico de medo se ascendeu através dela e morreu. — Por quê? — Ela sussurrou. — Vai doer. O medo redobrou e Tammy prendeu a respiração. Por quê?, ela pensou, sua pergunta ecoando em ambas mentes, Paul e a minha. — Eu não te deixarei. Vou ficar até que esteja terminado. — disse o anjo como um pai tranquilizando uma criança que não sairia até que ela adormecesse, e o calor dela roubou o braço de Tammy e estabeleceu-se em seu peito.

Eu vou morrer?, Tammy perguntou, seu pensamento trêmulo. — Você já fez isso, amor. Medo, meu próprio medo, me encheu. O que era verdade. Tammy estava morta. Ela não tinha tomado outro fôlego desde que o anjo lhe dissera que ia doer. Senti o pânico de Paul, e eu o meu próprio terror. Nós estávamos bem. Nós não estávamos mortos. Entretanto, Tammy estava.

O que vai acontecer comigo?, Tammy perguntou, seus pensamentos mais claros agora entre os nossos. E ainda o anjo chorou. — Sinto muito. — ela disse, linda em sua tristeza. — Eu desejo poder fazer diferente, mas tudo que eu poderia fazer para proteger a sua alma seria revivê-la e renová-la antes de morrer, mas é tarde demais. — Seus olhos, muito brilhantes para ver, sustentados em Tammy, me encontrando em algum lugar dentro dela. É agora? Ou ainda está para ser?

O quê?, Tammy perguntou, mas eu era a única que tinha saltado. Ela estava falando comigo. O anjo da guarda que tinha estado com Tammy estava falando comigo. Ela sabia que eu estava aqui, vivendo o futuro, e o anjo não sabia se o que estávamos vivendo era verdade, ou apenas um talvez. Deus, eu esperava que fosse um talvez.

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Uma sombra cobriu a janela, e o cheiro de pedra molhada. Meu pulso saltou enquanto eu vi asas negras no quarto pela janela aberta. Medo me atingiu, azedo e espesso, e Paul percebeu meu terror repentino. — Sua alma está morta, Madison. — o anjo da guarda me disse, nenhuma dica de acusação em sua voz. — Morreu há três anos, e fiquei com ela, mantendo as asas negras longe dela, na esperança de que pudesse reacender e crescer de novo, mas isso não aconteceu. Ela não conseguiu alimentá-la, e pereceram totalmente. Não! Gritei enquanto a primeira asa negra caiu sobre ela. Tammy gritou, seu corpo morto, mas algo ainda consciente nela. Brancogelo quente encheu seus pensamentos, hortelã e fogo. Tentei recuar, mas eu estava apanhando neste inferno e não podia escapar. Asas negras a tinham encontrado, e suas memórias foram sendo comidas à medida que observava incapaz de se mover e detê-los. A energia que ela tinha guardado como memória estava sendo despojada dela, a folha de gotejamento preto rasgando memórias dela como uma hiena durante a morte. E como hienas, mais vieram. Uma por uma, elas abriram caminho para a sala e cobriram Tammy enquanto ela gritava e se contorcia em sua mente, incapaz de escapar, incapaz de lutar, seu corpo flácido e imóvel.

Pare!, Implorei, sentindo lágrimas reais saindo pelo meu rosto real em algum lugar ao longo do tempo em um cemitério escuro. A memória de ter meus próprios pensamentos despidos de mim retornaram, e eu senti de novo a ardente falta, o medo do nada sendo deixado para trás. Ela estava sendo desmontada, consciente e assistindo. Isso? Pensei em horror. Isso é o que acontece com as almas perdidas? Não é de admirar que ceifadores negros as matem.

Alguém, por favor, me ajude!, Tammy gritou, seu corpo pacífico, mas sua mente em terror como grandes pedaços de seu desaparecimento. Ela estava se tornando nada. Eu não poderia ajudá-la, e eu chorei enormes soluços enquanto eu tentava segurá-la junto de mim. Não.

Não esta!, Eu disse, lutando contra uma asa negra quando a imagem ensolarada de um carro das memórias Tammy me encheu. Houve risos, uma

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canção boba. Nada demais, mas havia felicidade. Isso eles não podiam tomar, e eu puxei-a para mim, amontoando-a. A asa negra se levantou, e eu uivei enquanto ela lutava pela memória, com fome e de ter obtido um gosto. Dei uma memória a ela, uma tão preciosa, mas uma das minhas. A asa negra derretida em nada, não sabia a diferença. Eu me enrolei em torno da memória bonita de Tammy, chorando e desejando que fosse um final justo. Lentamente a agonia e terror de Tammy diminuíram à medida que mais e mais foi tomada, e cada vez menos foi deixada, e, finalmente, era apenas Paul e eu. Um por um, as asas pretas levantadas, inchadas e deformadas enquanto elas cambaleavam para fora da janela aberta, batendo no vidro como vespas, até que encontraram seu caminho. Meu pensamento instável, cheguei para mais perto de Paul, sentindo como se uma grande onda de veneno tivesse rolado sobre nós e só nós tivéssemos sobrevivido. O anjo da guarda ainda estava conosco, suas lágrimas cessaram agora enquanto ela assistia e protegia, na esperança de que sua alma se renovasse e tudo desapareceu como se nunca tivesse existido. Esperança, que é o que todos os ceifadores brancos compram com seus anjos da guarda, uma tênue esperança de a alma se reacender. Era uma esperança que Barnabas tinha começado com sua bela Sarah, senti um sentimento coração partido me encher com a caricatura dele. — Isto não aconteceu ainda? — O anjo me perguntou, sua voz triste. — Eu não posso dizer. Que isso aconteceu ainda? Está acontecendo agora? Você nunca esteve aqui antes do fim. Senti-me fria, e mesmo que eu soubesse que eu estava sentada em um cemitério, eu também saberia que eu estava aqui, no futuro, conversando com o anjo da guarda de Tammy que ela ainda tinha. Isso não aconteceu., pensei, me sentindo emocionalmente esgotada. Em concha na curva da minha consciência era um ponto brilhante da glória — memória de Tammy bonita demais para se permitir ser comida. O anjo se levantou, seus olhos indo para terríveis e difíceis. — Faça isso parar. — ela disse, e era como se ela carregasse a voz de Deus nela. — Por favor. — acrescentou, soando indefesa agora. E, em seguida, ela desapareceu. O mundo brilhou vermelho, e deixei escapar um soluço de alívio. Acabou, e eu me estabilizei para o sentimento angustiante da minha

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consciência de ser puxada para trás ao longo dos anos de quase para a realidade. Acordei chorando, enrolada na grama molhada entre Nakita e Barnabas, Josh de pé desajeitadamente, como se não soubesse como ele poderia ajudar. Eles foram silenciosos e suaves, sabendo que tinha de ser ruim pela forma que eu estava. Familiarizando com seus olhos, eu vi as lágrimas em Nakita. Barnabas tinha chorado sua última lágrima atrás, mas a dor por trás de seu olhar não era menor. Ele tinha começado isso quando a alma de Sarah tinha revivido. Eu não sei se devo agradecer ou amaldiçoar. Foi horrível. Sentada, eu olhei para Paul. Ele estava de pé ao lado de uma lápide curvado e distante, vomitando suas tripas para fora. — Sinto muito. — eu sussurrei, e ele virou-se, enxugando boca. Desfigurado, ele me encarou, parecendo mais sozinho do que eu já tinha visto uma pessoa. Tentei me levantar, e Josh saltou para ajudar. Minha mão estava fria na sua, e tremendo. — Você está bem? — Eu perguntei a Paul, ouvindo a minha voz rachada. — Isso foi ruim. — Não. — Sua palavra era curta, cheio de terror da morte que nos tínhamos suportado. — Isso. . . — Ele disse, apertando as mãos, enquanto tentava encontrar palavras. — Isso foi um inferno. Este trabalho é o inferno! Eu não consegui encontrar a fala com ele lá, e eu cambaleei, indo para os lados até que Josh me puxou de pé. — Não é sempre assim. — eu respirei. Às vezes você está queimando vivo. Paul se virou, sua expressão feia enquanto ele tentou vir aos apertos com o que tínhamos visto. Debrucei-me contra uma rocha. — Desculpe-me. . . Uma grave marca. —e Josh me deixou ir depois de ter certeza que eu não iria cair. — Você está bem? — Ele perguntou, e eu assenti, não olhando para ele. — Foi um flash forward. — eu disse, e Barnabas suspirou, parecendo saber o que eu tinha visto. — Vimos a morte de Tammy. Há alguns anos a partir de agora, eu estou supondo. Eu não sei. Ela tinha um anjo da guarda, então eu acho que se nos afastarmos agora, não conseguiremos ajudá-la. — Minhas palavras

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amontoaram-se a nada enquanto eu pensei de volta o que o anjo tinha dito para mim. — Temos que fazer alguma coisa. — disse, lembrando a dor de Tammy terminando com sua vida, e então o nada absoluto, um nada tão completo que era como se ela nunca tivesse existido. — Se não pudermos ajudá-la, a vida de Tammy será inútil, sem graça, sem beleza. Ela não fará nada para alimentar a sua alma. Nenhuma arte, nenhuma criatividade, pegando em nada além de comer, dormir, viver, e quando ela morreu, sua alma foi comida por asas negras. Bile subiu, e a forcei de volta. Ela tinha ido embora. Exceto para o pouquinho que eu tinha guardado. Eu podia sentir isso em mim, perdida, sozinha, e não na montagem com o resto das minhas memórias. Nakita tocou meu braço e eu pulei. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, mas só fez ela mais bonita. — Sinto muito, Madison. Eu pensei que você sabia que é isso o que acontece com as almas perdidas se eles não podem reacendê-las. É por isso que eu estava tão confusa. Almas reacenderem acontece tão raramente. Então, muito raramente. — Ela estava olhando para Barnabas. Sua cabeça estava abaixada, e parecia como se estivesse revivendo toda sua vida de sofrimento solitário. — Eu não sabia! — Eu gritei, e ele olhou para cima, com lágrimas nos olhos. — Eu não sabia. — eu disse suavemente. — Ninguém me disse. — Olhei para Paul. É evidente que ele não sabia. Minha tristeza foi se deslocando para a raiva, mas não me senti melhor. — É por isso que os levamos mais cedo. — Nakita disse, dando um olhar suave a Barnabas. — Para poupá-los disso e salvar o que pudermos. Se Tammy é ceifada hoje à noite, um ceifador branco vai manter sua alma segura, até que ela seja bem-vinda em casa, relembrar, amar. Como Barnabas ia fazer para você até que você roubou o amuleto de Kairos. Porém se é dado a ela um anjo da guarda e se sua alma não se reacender. . . Eu terminei o pensamento de Nakita para ela. — Uma vida de nada, terminando na mesma. Virei sobre deles, deprimida e confusa. Talvez eu devesse desistir e enviar um ceifador para abater as almas.

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— Eu não posso fazer isso. Ele tinha vindo de Paul, e eu olhei para ele, seus traços escondidos na sombra. — Eu não posso ser o timekeeper branco. — ele disse — Isso é loucura! — Ele começou a recuar para a escuridão. — Eu não posso fazê-lo! Eu não posso! Barnabas apertou os lábios. Chegando, ele agarrou o braço de Paul. — Você é o timekeeper branco em ascensão. — Eu não quero isso! — Paul disse, em pânico, mas não se dissociou de Barnabas. — Eu não posso fazer isso! Não consigo enviar ceifadores para fora para colocar nas pessoas anjos da guarda se todos eles vão é ser comidos por esse lodo! Seria melhor se eles morrerem jovens! Minha cabeça caiu enquanto Paul se esforçava para não se dissociar das garras de Barnabas, finalmente recuou quando ele esfregou o braço. E que era onde estávamos. Nenhum de nós queria fazer o que era esperado de nós. Eu sabia que deveria estar deprimida, mas uma parte de mim estava feliz que eu não era a única a ser pedida para fazer algo que eu não queria fazer. Juntos, talvez, pudéssemos fazer o que um de nós não podia. — Ouça-me! — Barnabas disse, sua mão em seu amuleto como se fosse o cabo de sua espada. — Você é o timekeeper branco iniciante! Você vai manter sua boca fechada. Você vai aprender o que Ron ensinar. Você vai tomar o seu amuleto quando ele descer! — Barnabas! — Nakita exclamou, chocada. Barnabas ignorou. — E quando você chegar ao seu poder, você irá usar o seu entendimento de escolha para mudar as coisas. — Completou. Josh exalou entendendo, e eu enrijeci. Barnabas voltou seu olhar para mim, e eu tremia com a profundidade de sua angústia. Lágrimas dele, armazenadas sob seus olhos escuros. — Vocês dois vão. — disse ele para mim, sua voz rompendo. — Nós apenas temos que ser pacientes.

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— Eu não quero esperar uma vida inteira para fazer a diferença. — eu disse. — Então você nos encontra quando você puder. — Barnabas disse em um novo fervor, quase assustador da sua voz que beirava ao fanatismo. — Fale com eles se eles ouvem. Antes de Ron enviar um anjo para guardá-los ou os serafins enviar um ceifador para gadanhá-los. Era o que eu tinha tentado fazer o tempo todo. Barnabas acreditou que era possível. Talvez agora, Paul faria, também. E se Paul fizer, talvez nós tivéssemos uma chance real. — Temos que encontrar Tammy. — disse Paul, sua voz quase virulenta. — Temos que mudar isso. Ela não pode ter permissão para viver a sua vida, se tudo o que está no final da mesma é... A soma de sua vida e memórias para serem comidas por um prato insensato de bactérias! — Então nós faremos isso? — Eu perguntei, a esperança me fazendo tremer por dentro. Paul respirou, sabendo que ele estava concordando salvar Tammy. Ele ia ficar em apuros. Ron não estava indo ser feliz. Ron parafuso. 150

— Faremos isso. — disse Paul. Os olhos fechados por pouco tempo, e então ele se virou para olhar mais profundamente sobre o cemitério, em frente ao resto da cidade. — Ela não está muito longe. — Bom. — Nakita disse, sua expressão elaborada em um olhar preocupado. — Porque Demus foi embora.

Não era a escuridão, mas a falta de ar que me assustou e fez meu estômago apertar. Não era que eu não podia ouvir Barnabas e Nakita atrás de mim em algum lugar, espadas traçaram enquanto eles deram um leve empurrão depois de mim. Não era que a minha respiração fora-de-forma era dura e pesada comparada com respiração próxima de Josh na luz do corredor à longa distância. Não era o fato de que este fim de cidade tinha grades nas janelas e portas ao longo das fachadas. O que me incomodou foi que eu ainda estava descalça e tinha pisado em algo pegajoso. Fazendo uma careta, eu levantei meu pé e estremeci. — Dessa forma. — disse Barnabas passando por mim enquanto eu hesitei. Eu mal podia vê-lo no beco com o casaco preto, fazendo dele uma sombra se movendo. O cheiro de Nakita roçou-me, e eu comecei a seguir. Paul na beirada velha, Josh e eu, e eu não podia ajudar, mas veja como os predadores dos dois ceifadores olharam para o lado. Barnabas escuro e furtivo, Nakita esticada e fina, tanto na caça, tanto no pensamento se juntou a meta. Eu estava orgulhosa deles, trabalhando em conjunto. O amuleto de Demus estava no meu bolso, pesado e quente. Eu não sei o que ele pretendia fazer para Tammy sem ele, mas Demus e Tammy estavam juntos de acordo com Barnabas. — Ela só está à frente. — sussurrou Paul quando ele se virou. O poste de luz brilhando sobre o brilho dos seus sapatos. Sua postura era tensa e ansiosa, e eu desejei poder ver a linha do tempo para avaliar o quão perto estávamos. O mais brilhante quadrado de preto, no final da rua, acenando, eu peguei

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o meu ritmo. — Cuidado! — Josh sussurrou, estendendo a mão e empurrandome para trás um instante antes de eu pisar em uma pilha de lixo fora da garagem de uma porta lateral. Era uma parte ruim da cidade. Eu não viria aqui, mesmo durante o dia. A rua estava vazia, já que era cerca de duas horas da manhã. Um leve brilho insinuava o nascer do sol que vinha, mas era fora de hora. O ar fedia pesado e úmido. As luzes do poste mal iluminando as ruas esburacadas, o asfalto tornando praticamente nenhuma divisão entre si e calçada, e então o cansaço, os edifícios lascados com suas portas e janelas. Era asfalto, pedra, e cimento. Não era uma sugestão de qualquer coisa verde ou viva. Nem mesmo um rato.

O que é provavelmente uma boa coisa, eu pensei quando eu mudei meu peso de um pé frio para o outro. — Obrigada. — eu sussurrei de volta, franzindo o nariz com o cheiro. Meus braços tinham ido ao redor do meu peito, e eu estava com frio. Talvez eu devesse ter esperado até que isso fosse feito com prevenção antes de reivindicar o meu corpo. E o que era aquela coisa pegajosa entre meus dedos dos pés? Isto era apenas grosso. — Ela está lá. — Paul disse, levantando seu queixo, indicando uma garagem de ônibus, o sinal de néon quebrado na forma de uma seta grande. — Com Demus. — Nakita disse quase sibilando a palavra. — O terminal de ônibus. — eu disse me virando para dar a Josh um sorriso. — Você estava certo. Coração batendo forte, eu dei um passo a frente só para ter Barnabas me trazendo de volta. Acima, um poste apareceu para nos colocar na escuridão. Meus olhos subiram enquanto eu perguntei se era Grace, e Barnabas sussurrou: — Carro da polícia. Frustrada, me puxei de volta para o beco ainda mais escuro. Paul estava ao meu lado e Josh. Nakita saltou para cima, desaparecendo no telhado. O som lento de um motor em marcha cresceu, e me apertei ainda mais, escondendose atrás de uma caixa. Eu podia ver o interior do terminal de ônibus de onde eu estava de costas para a parede. Demus e Tammy estavam falando, mas eu tinha certeza que se Demus tivesse seu amuleto, ela estaria morta agora. Era um carro da polícia, e eu silenciosamente agradeci Grace pela luz

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quebrada, o carro cruzou muito lentamente passando, jogando os holofotes sobre as lojas abandonadas e sondando os lugares escuros. Permanente entre mim e o topo da rua, Paul exalou enquanto o carro foi embora lentamente. Ele parecia determinado enquanto ele mudava para o centro do beco, e eu não podia ajudar, mas sentindo uma fagulha de algo enquanto todos seguiam de volta para a rua. Não é romântico, mas, talvez, contemporâneo? , Eu me perguntava. Alguém que realmente entende o inferno que nós tivemos que atravessar. Ou seja, se eu mantive meu amuleto. — Ele se foi. — disse Paul enquanto as luzes de freio do policial piscaram e o carro virou uma esquina. — Você acha que eles estão olhando para mim? — Eu perguntei, relutante em entrar em campo aberto. Barnabas era uma sombra sobre meu outro lado, seu olhar ainda onde o carro havia desaparecido. — Provavelmente não. Eu mudei as memórias sobre você. Acho que mudei de todos. Paul virou para franzir a testa para ele. — Você acha? Barnabas fez uma careta de volta. — Nada é certo. — O carro se foi. — disse, me fazendo tensa e nervosa. — Vamos lá. — Asas Negras! — Paul disse, e eu congelei, lutando contra um medo irracional quando eu olhei para cima, vendo seus contornos pretos contra o céu coberto de fuligem. Houve um flash de luz brilhante como uma virada, e olhei para longe, tremendo. Eu tinha um corpo. Eles não podiam me sentir. E mesmo se pudessem, eles não podiam me tocar. Não com uma aura real em torno de mim novamente. — O que eles estão fazendo aqui? — Josh perguntou, encurvado e desconfortável. Ele tinha visto o que tinham feito comigo. — Demus não pode gadanhar alguém se você tiver seu amuleto. E elas não seguem ceifadores brancos. — Ele olhou para Barnabas, sua expressão doente. — Certo? Barnabas não disse nada quando ele colocou a mão no meu ombro e empurrou-nos em movimento. — Geralmente não, não. Mas nós temos três

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ceifadores, um timekeeper, e um aprendiz de timekeeper aqui. Mesmo plantas se viram para o sol. E talvez Arariel estivesse aqui para caça, também, pensei, nos seguindo, pois ela não conseguia encontrar Tammy sozinha. Meus olhos digitalizando tudo, nós cruzamos a rua vazia, nos movendo furtivamente, evitando ir para a direita sob as asas negras circulando e gotejando. Deus, eu odiava essas coisas, e eu tremi com a lembrança delas comendo as memórias de Tammy até que ela não fosse nada. — O que Demus ainda está fazendo aqui? — Eu balbuciava, lacerando em meus pés descalços. — Ele não pode fazer uma gadanha. — Eu acho que ele vai empurrá-la na frente de um ônibus. Olhei de soslaio para Barnabas, tentando decidir se ele estava sendo engraçado ou não. Houve o som macio de penas, e um clique suave do calcanhar, e Nakita se juntou a nós quando chegamos à porta. Eu puxei um lado das portas gêmeas só para descobrir, mas estava trancada. Barnabas chegou a minha frente e deu um puxão. Com um toque acentuado de quebra de metal, a porta se abriu. Um cheiro fétido de tênis velho e obsoletos cigarros se esparramaram. Bom. Demus olhou para cima. Suas feições de menino-abrandadas — para embalar Tammy — se tornaram difíceis. — Penas e plumas quebradas, fique atrás de mim, Tam. — ele disse enquanto ele estava, a empurrando atrás de si. Assustada, a garota estava de pé, segurando os ombros dele e espreitando ao redor de seu ombro. — Oh, não é uma boa idéia. — disse Barnabas enquanto ele estava em pé puxando ela dele. — Tammy, querida, seu trabalho é matar você. — Nakita disse pegando meu outro lado. Era claro que Tammy tinha estado chorando, seus olhos estavam vermelhos e seu cabelo estava uma bagunça. Havia uma mochila ao lado dela. Era provável que tudo o que ela tinha no mundo — além de sua alma. Ela

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estava fugindo. Era o começo do fim dela, e eu tive que parar com isso aqui. Se ela saísse, se ela acreditasse nas mentiras que estava dizendo a si mesma, sua alma iria morrer. — Ele não vai me machucar! — Exclamou enquanto ela tomou os cinco de nós, mas ela estava indo para trás como se não tivesse certeza. — Você queimou meu apartamento. Ele vai... — Salvar você? — eu disse, e ela olhou para ele, vendo a sua raiva em nós e a sua dúvida cresceu. — Levá-la para longe de tudo? Tammy, ele está mentindo. Anjos enganam assim. — Olhei para Barnabas, acrescentando — Muito. A carranca cruzou o rosto de Barnabas, e ele puxou de onde ele estava parado na borda longe de nós, tentando circular Demus. Nakita vinha fazendo o mesmo no lado direito. — Especialmente ceifadores negros. — Barnabas disse, olhando para as unhas, fingindo desinteresse. Eu poderia dizer que ele estava prestes a se mover em um piscar de olhos. — Então por que Demus não me matou? — ela perguntou agressivamente. — Porque eu tenho sua espada. — eu disse, puxando o amuleto fora e balançando ele. — Madison, não! — Barnabas gritou, mas Demus tinha visto, e atacou, exatamente enquanto eu tinha procurado. Nakita lançou-se sobre Tammy, empurrando-a de volta para um quadro de avisos e ficando entre ela e Demus. Josh estendeu a mão e me puxou para fora do caminho, e Paul dançou claro, seus sapatos brilhantes batendo. — Ah, merda! — Josh berrou enquanto sua força apalpava meus dedos, fria e úmida, para deslizar sobre a corda. A pedra lisa negra brilhou enquanto ele a arqueou no ar, e um toque delicado de cristal ecoou por um instante puro quando atingiu o chão. — Barnabas! Pegue-a! — Eu gritei enquanto eu caia, mas Demus já tinha mudado e estava mergulhando para ela. Eu assisti sem fôlego, enquanto Paul chegava lá primeiro.

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— Eu consegui! — Gritou ele, triunfante, em seguida, seus olhos se arregalaram com a visão de Demus despencando em direção a ele. Sabendo que ele não tinha uma chance, ele jogou a Nakita. — Aqui! — A ceifadora negra gritou, mão levantada, mas não era seu aperto que a pedra pousou dentro. Era o de Arariel. — Filho de um cachorro! — Eu gritei enquanto mexia, e ela sorriu de pura malícia para mim, puxando para trás fora do alcance da espada de Nakita. — Sinto muito! — Josh estava dizendo, com as mãos nos meus ombros como se bloqueando a porta. — Eu sou a única que caiu nessa. — eu disse frustrada enquanto eu puxava minha camisa de tamanho grande reta. — Arariel! Dê-me o amuleto! — Paul exigiu, mas ela não estava o ouvindo, girando o amuleto de Demus era como se ela tivesse ganhado um prêmio na feira. — Nakita? — Eu questionei, e minha ceifadora maravilhosa sorriu tão maldosamente para trás, a espada mergulhando de vez em convite para Arariel. Atrás de Nakita, Tammy enrolada em uma bola em uma das cadeiras flácidas amortecendo contra a parede, chorando. Eu realmente não podia culpá-la. — Você não vai por a graça do seu anjo da guarda. — entoou Nakita e Arariel caiu em uma posição de combate, pronta. — E eu não vou deixar você matar ela, ceifadora negra suja! — Ela gritou de volta, indo para frente. — Você me chamou de suja? — Nakita gritou, o rosto vermelho. — Eu dei uma libertação limpa, não uma morte lenta! Você é feia. Feia! Demus só queria o seu amuleto, ainda pendurado do lado de Arariel. Ele observou e avidamente, se aproximando enquanto Nakita empurrou Arariel mais longe de Tammy. Eu saltei quando Barnabas tocou meu ombro. — Você e Josh peguem Tammy e fiquem fora daqui. — ele sussurrou. — Ela está muito assustada para se mexer. Eu vou ficar aqui e tentar ajudar Nakita.

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Assustada estava certo. Eu poderia estar morta agora, e eu sabia como era isso. Josh parecia tão inquieto quanto eu, mas dei um aperto de mão rápido, e juntos circundando Nakita e Arariel enquanto elas tomavam seus primeiros tiros uma para outra. As lágrimas de Tammy rolavam por sua face quando nós nos aproximamos, e ela foi para trás na cadeira quando eu cheguei para ela. — Vamos! — Exclamei. — Nós temos que sair daqui! Tammy me chutou, e eu pulei para trás. — Shoe disse que você estava morta. — disse ela, apavorada. — Você está morta? — Vamos, Madison. . . — Josh pediu, de pé entre mim e os ceifadores.

Ela ligou para ele!, Eu pensei exultante. — Eu costumava estar. — eu disse rapidamente. — Mas eu não estou mais, é por isso que temos que sair daqui! — Como ela poderia acreditar que eu estava morta, e continuar a confiar nas mentiras de Demus? Mais uma vez eu peguei seu pulso, e desta vez ela me deixou puxá-la para seus pés. 157

— Cuidado! — Paul gritou, e nós abaixamos quando uma cadeira arrancada do chão se chocou contra a parede, apenas cinco metros de distância, pedaços de telha e cimento nos salpicando como uma granada. Nakita estava ficando séria. — Temos que ir. — disse Josh, e correndo para a porta. Arariel nos viu. Com um grito de guerra, ela saltou alto, sobrevoando a espada de Nakita o chão entre nós e a porta. Meus olhos se arregalaram e eu empurrei Tammy para trás de mim à medida que derrapou até parar. — Arariel, pare! — Paul chamou do lado oposto da sala. — Você não é meu guardião. — ela rosnou, depois olhou para o teto. — Guarda do Céu, desça! — Ela gritou, chamando um anjo da guarda. Ah, merda. Se um anjo foi atribuído, então estava tudo acabado! —Volte. — gritei, mas Tammy tinha congelado onde ela estava, assustada.

Demus atacou Arariel, a intenção em seu amuleto. Berrando, ele bateu nela, e desceram enquanto ela gritou de horror. A pedra preta de Demus bateu no piso de ladrilho, piscando violeta no instante em que ele saltou. Apertando em seu estômago, Demus alcançou, espreguiçou-se e conseguiu. Com um grito de alívio, ele rolou até um posto, sua lâmina já feita. Dentes cerrados, Nakita balançou até Demus, os lábios puxados para trás e a glória do céu em seus olhos. Suas lâminas se encontraram, e novamente um toque claro do infinito tocou. Meu coração batia forte, e Paul deslizou até parar ao lado de nós, os olhos brilhantes. — Arariel não está me escutando. — ele disse, soando traído. — Você acha? — Josh disse, finalmente conseguindo mover Tammy um passo para trás, enquanto observava a batalha dos anjos por sua alma. — Temos que sair daqui! — Eu disse. — Tammy, temos que ir! Barnabas estava na porta, segurando-a aberta e fazendo frenéticos gestos de — fora — mas Nakita, Demus e Arariel estavam perto demais para o meu conforto. — Meu Deus. — murmurou Tammy, as lágrimas pararam em sua reverência. — Shoe não estava mentindo. — Ela! — Arariel gritou, chutando tanto Demus e Nakita de volta para que ela pudesse apontar a espada em Tammy. — Ela é a bem-aventurada do céu. Salve-a! Ah, merda, era o anjo. Sem pensar, eu cheguei com uma mão e empurrei Tammy atrás de mim. Com a outra, agarrei a mão de Paul. Minha cabeça retrucou enquanto a batalha de repente, tomou uma nova matiz de brilho e profundidade enquanto eu via tudo com o maior poder de seu amuleto. Tons profundos sacudiram o ar a cada golpe, e a energia irradiada da luta dos ceifadores semelhante ao sol. E além de tudo isso eram duas pequenas bolas de luz. Um deles era Grace, e o outro era o do meu flash forward. — Não! — Eu gritei, mão levantada para o anjo da guarda. — Quando eu tive o flash forward, você me disse para parar com isso, agora eu estou te dizendo! Deixe-a! Ela não é para ser agraciada com um anjo!

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— Ela é a única! — Arariel gritou, em seguida, deixou cair sua espada e agarrou seu pulso com um grito enquanto Nakita finalmente estava sobre ela. — Ela é minha! — Eu disse, as palavras fluindo de mim em desespero. A futura morte de Tammy me tocou, a futilidade terrível de uma vida desperdiçada me fazendo frenética. — Por favor! — Tammy gritou, escondendo-se atrás de Josh, agarrando ele enquanto ele estava na frente dela. — Vão embora! Todos vocês! Eu só quero viver. Eu quero viver! — Isso é um começo. — disse Paul. — Venha comigo, e você viverá. — Arariel disse, sua mão estendida. Atrás dela, Nakita e Demus iam aos seus pés, lâminas para fora, mas apontadas para baixo. Eles não atacavam, sentindo o poder do anjo da guarda mergulhar neles. Cabia a mim agora. Eu poderia convencer o anjo de que Tammy era minha, ou perderia muito terrivelmente o futuro de uma vida desperdiçada de verdade? 159

O anjo esperou, me reconhecendo, mas provavelmente sem saber se este era o momento de agora, o futuro, nem passado. Lá fora, as asas negras recolhidas. Uma batida contra a janela, e eu estremeci. Paul tentou afastar, mas eu agarrei sua mão duramente. Se ele deixar ir, eu ia perder de vista o anjo da guarda. — Isso não é vida que você oferece a ela. — disse Arariel, puxando o meu olhar a partir da visão feia. — É uma morte lenta. Você não pode tê-la. Ela já é minha! — Eu levei uma respiração, me sentindo selvagem e irreal. — Eu sou a timekeeper negra, e eu tenho aclamado ela, eu digo que ela não é para ser ceifada e ela não é para ser agraciada com um anjo da guarda. Ela é minha! — Aclamou-a? — Arariel disse, sua posição perdendo a confiança. — Você não pode aclamá-la! — Eu posso. — eu disse, balançando enquanto eu me lembrava da morte de Tammy e como eu havia trocado a parte da minha alma pela dela para mantê-la de ser comida. — Eu tenho uma parte da sua alma. — eu disse, e

Tammy gemeu, pressionando-se em Josh. — Ela está escura agora. Ela faz parte do escuro e a luz não tem direito. — Inclinei-me para Arariel, minha voz baixa, enquanto eu disse. —Você não pode tocá-la. Os olhos de Tammy se arregalaram, e até mesmo Josh olhou chocado. Eu estava com muito medo de olhar para Paul, em pé ao meu lado enquanto eu agarrava o braço dele. — Você? — Arariel foi fulminando. — Você aclamou a sua alma? — Saia. — gritei, gesticulando, e Arariel pulou para trás, gritando e segurando a mão ao peito como se fosse queimada. — Eu pensei que o amuleto não funcionasse. — disse Paul. — Não. — eu disse confusa. — Eu não fiz nada. — Era o velho poder. — disse Arariel, curvada enquanto ela recuou, dando ao anjo da guarda um olhar traído. — A lei antiga, de que fala a lei antiga, sua reivindicação superando o céu em si. Eu não posso tocá-la! Eu não

posso tocá-la! Nakita, também parecia chocada, quase assustada, enquanto ela dissolveu sua espada. — Madison? — Nakita gorjeou. — O que você fez? — Cuidado! — Barnabas gritou, e eu tropecei nas pontas das minhas calças muito longas e cai para trás enquanto Arariel lamentou, estendendo os seus ombros e asas piscando para a existência e assumindo o quarto inteiro. Por um instante elas roçavam as bordas das paredes e, em seguida, ainda lamentando, ela embrulhou-as ao redor de si e desapareceu em um aplauso estrondoso de som. Atordoada, olhei para a destruição, pedaços de cadeiras reviradas, buracos no teto, e goivas no fundo do chão das espadas divinas. Nakita passou de uma agachada, do outro lado do quarto. — Onde você aprendeu a antiga lei? — Ela sussurrou. — Madison, você é responsável por sua alma agora. Se não conseguir prosperar, você será responsabilizada. Você sabe o que isso significa?

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Na verdade não, mas eu poderia fazer algumas suposições. Eu estava com medo, mais Barnabas rosnou para ela calar a boca. O anjo da guarda estava desaparecido. Ou pelo menos eu não a via. Eu perdi meu controle sobre Paul quando eu tinha caído, e ele tinha se afastado, com o braço atrás das costas como se eu fosse levá-lo novamente. Talvez este pedaço sobre mim, aquele que tinha um pedaço da alma de Tammy estivesse com medo. Não me fazendo sentir cálida e distorcida, ou — até mesmo se tivesse salvado sua vida. Assustada, eu tentei chegar a seus olhos, mas ele estava fazendo um esforço enorme para me evitar, de cabeça para baixo quando ele enfiou a camisa de volta. Do chão, Tammy olhou para o espaço vazio onde Arariel tinha estado. Sua boca estava entreaberta. Ela não estava chorando. Ela não estava com medo. Ela parecia entorpecida. — Ela. . . — Tammy começou, então, engoliu em seco. — Ela tinha asas. Você são todos anjos? — Eles são. — Josh disse, apontando para Barnabas e Nakita. Demus tinha ido. Excelente. Mas as asas negras foram, também, e eu respirei um suspiro de alívio. — Você a salvou? — Josh me perguntou, e eu assenti, levando a mão, enquanto ele me ajudava a levantar. — Sim e não. — eu disse enquanto olhava para Paul, que parecia que estava me evitando e imaginando o quanto isso iria acabar nos ouvidos de Ron. Não sinto muito mais. Meus pés descalços pareciam encontrar cada pedaço pontiagudo de cimento e telha quebrada, e eu mudei de posição, inquieta enquanto Nakita definia uma posição vertical da cadeira e a virava e se sentava, cotovelos sobre os joelhos enquanto ela recuperava o fôlego. Sujeira estragando a roupa branca, fazendo-a cinza, tornando negra. Essa bagunça que ia ser difícil explicar. Contudo, novamente, nesta parte da cidade, talvez não. — Você está bem? — Nakita perguntou do outro lado da sala, e acenou com a cabeça, sensação do toque de Josh em mim escapando. Estávamos bem por agora. Arariel não ia esquecer que isso tinha acontecido, e Demus estava indo chorar com os serafins. . . . Barnabas estendeu a mão para ajudar Tammy voltar a seus pés. Ela olhou para a mão por um momento, então, quando ele sorriu, ela enfiou a mão

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dentro dele e se levantou. A pontada me atingiu, e eu vi que ela abaixou os olhos, de repente, tímida enquanto ela percebia que ele era um anjo. Eu tinha sido da mesma maneira, e eu me perguntava sobre o meu passado inocente. — É verdade? — Paul acusou duramente, me empurrando dos meus pensamentos. — É verdade o que você disse sobre ter parte da sua alma? É por isso que eles não podem tocá-la? Porque você amarrou sua alma com a sua própria? Meus lábios se separaram, e eu olhei para Tammy, ainda com Barnabas. — Estou tentando ajudar. — eu sussurrei puxando minha camisa tamanho grande para ficar reta, novamente. Não iria ficar parada. — Você disse que reivindicou a minha alma? O que ela tinha? — disse Tammy, o começo de confiança que Barnabas havia despertado começou a tomar conta dela. — Apenas uma pequena parte dela. — eu disse, quase implorando. — Tammy, eu vi você no futuro, morrendo. As asas negras estavam te comendo viva! Eu não podia deixá-las tomar tudo. Você tinha recordações maravilhosas da sua mãe e Johnny, eu não podia suportar vê-las destruídas para sempre, mesmo que você tivesse se esquecido deles. Eu dei as asas negras uma das minhas memórias no lugar. Elas levaram uma parte de mim em vez! Elas comeram, e se foram para sempre. Se eu pudesse dar-lhe a sua de volta, eu faria, mas eu não sei como! — Eles me comeriam viva. . . — Tammy respirava, fixada em uma parte e recuando. Dando um pequeno grito, virou-se e correu para a porta. — Tammy! Estamos tentando ajudar! — Eu gritei para fora, mas Barnabas foi mais rápido, e ele estava na frente dela antes de ela ficar no meio do caminho. — Espere. — disse ele, agarrando-a. — Ajuda! — Ela gritou, batendo nele. — Alguém me ajude! Eu me senti horrível, e estremeci quando Tammy bateu no seu rosto, deixando uma marca de mão. — Está tudo bem. — ele sussurrou, puxando-a para mais perto, confortando-a. — Eles não vão te comer agora. Você não é a

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mesma. Vai ficar tudo bem. Você pertence à escuridão agora. — Mas eu não quero pertencer à escuridão. — ela gemeu, caindo em seu calor e sua força, sentindo a pureza dele e levando conforto nele. Seus gritos de ajuda dissolvidos em soluços, e ele a abraçou firme. Eu sabia como ela se sentia. Paul olhou para mim, o seu desagrado por eu ter roubado um pedaço de seu futuro sua alma começando a evaporar. Josh me tocou no cotovelo, e eu pulei. — Se você deu a eles parte da sua própria, então não é bem assim? — Josh perguntou, suas sobrancelhas elevadas. — Você salvou um pouco dela, não é? — Eu acho que ela poderia ter salvado ela toda. — Nakita disse enquanto se levantava. Estava começando a parecer que eu podia ter, mas a que custo? Antiga lei. Parecia que eu era responsável por ela agora, eu acho. Se a alma dela morresse, eu seria quem iria sofrer, e não ela? Acho que é melhor eu ter certeza que sua alma não morrerá. Os soluços de Tammy acalmaram, e me perguntei se havia algum lenço de papel na bolsa de Nakita. Eu respirei para perguntar a ela quando ela se esgueirou para cima de mim, mas tudo saiu da minha cabeça quando Nakita se inclinou e sussurrou: — Grace tem uma mensagem para você. Era como se meu coração parecesse parar. Minha cabeça estalou, e eu olhava para a destruição. — O-quê? — Eu perguntei, meus joelhos ficando fracos. — Uh, ela diz que eles querem falar com você. Eles? — Eles quem? — Eu perguntei, já adivinhando o que ela quis dizer, os serafins. Eu tinha tomado parte da alma de Tammy. Aquela coisa, provavelmente não era um bom retrospecto, mesmo se havia a salvado. Eu acho que havia salvado. Olhei para Tammy, abalada e perturbada enquanto Josh e Barnabas falavam com ela. Por favor, deixe a ter salvado?

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Nakita olhou para uma das luzes do teto, e ela brilhou mais brilhante. Grace. — Os Serafins. — disse ela, olhando assustada. — Você está para ir com Ron. Josh olhou para cima de Tammy. — Você quer dizer o Timekeeper branco? — perguntou — De jeito nenhum! Meu olhar foi para Paul, vendo que ele estava tão assustado quanto eu. É evidente que eles sabiam que eu tinha chamado Paul para me ajudar. E agora que eu consegui o meu corpo de volta, eles estavam provavelmente indo insistir para que eu devolvesse o amuleto após a bagunça que eu tinha feito aqui. Barnabas empurrou Tammy de seu ombro, entregando-lhe um lenço preto. — Isso foi rápido. — Eu pensei que nós pudéssemos ter um pouco de tempo. — disse Paul nervosamente, e eu percebi quantas vidas eu desarrumei tentando salvar uma. — Sinto muito. — eu disse, olhando para eles, por sua vez. — Paul, eu não quis colocar você neste problema. — Não. — ele disse com firmeza, seu olhar estava assombrado enquanto ele o desviava. — Eu faria isso de novo em um segundo. O sistema em vigor é imperfeito. Eu mantenho o que eu acredito. — Ele mudou seus pés, com medo, mas determinado. — Está tudo bem. Eu estarei com você. — Não, você não vai. — Nakita fez uma careta enquanto a luz de Grace rodeava e cantarolava. — Você vai ficar aqui com Tammy para levá-la para casa. — Eu não estou partindo com ela agora! — Eu disse alto. — Isso é apenas para que eles possam voltar e matá-la ou atirar um anjo da guarda nela! Que neste caso é a mesma coisa! — Meus pensamentos alados de volta para o anjo da guarda chorando por Tammy, e do trovão na voz dela quando ela me disse para mudar as coisas. Isso tinha que significar alguma coisa. Tinha! A expressão de Tammy piscou para o medo novamente. — Não me deixe. Por favor! — disse ela, agarrando a Barnabas. — Eu não sei o que está acontecendo! Eu só quero ir para casa!

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— Casa é exatamente onde Paul vai levá-la. — disse Nakita, assim em voz alta. Olhando para a luz, ela acrescentou. — Eu estou dizendo! Cale a boca! — Com um acesso de raiva, ela virou para mim. — Paul é para levar Tammy para casa. Uh, eu quero dizer para sua tia, onde sua mãe se encontra. — Ela olhou para Tammy com gravidade. — Elas estão preocupadas com você. — Eu sinto muito. — A voz de Tammy era um sussurro fraco do verdadeiro arrependimento, e nele eu senti um sopro de esperança. Talvez ela tivesse mudado. Talvez ela fosse viver, tocar a vida ao seu redor para o melhor e não apenas existir. — Barnabas vai levar Josh para casa. — Nakita disse, e Josh endureceu em protesto. —E eu. — Nakita disse — Vou levá-la para Ron. É quase o nascer do sol lá, e os serafins gostam do nascer do sol. — Ela estava focada em mim, e seus olhos apertados em preocupação. — Eles sabem que você tem seu corpo de volta. Porra, eu estava em tantos problemas. Mas eu não mudaria nada. A luz de Grace em torno estalou e saiu, me assustando. Engolindo em seco, eu virei para Paul. — Você vai levá-la para casa? 165

Paul atravessou para Tammy, a mão estendida. — Eu não sou tão bonito como Barnabas, mas posso te dizer o que está acontecendo. Eu vi o seu futuro. Ela piscou os olhos, as lágrimas quase começaram cair de novo. — Está tudo bem? — Ela disse. Virando-se para a porta, Paul começou a levá-la embora, pisando em torno de pedaços de forro e espuma dos bancos. — Isso depende do que você fizer. O futuro não é fixo, você sabe. Você tem a escolha de seu destino. Posso dizer o que vi. E então eu vou lhe dizer o que poderia acontecer se você mudar um pouco. Abra-se e veja as coisas de forma diferente. O nó no meu peito começou a diminuir. Se eu ia perder o meu status de timekeeper, eu pelo menos iria sair com a satisfação de ter salvado a vida de Tammy. Isso é, se eles me deixarem se lembrar dela. A porta da garagem de ônibus rangeu quando ele a abriu, e então ela caiu com um acidente de correr para pendurar uma dobradiça. Tammy e Paul pisaram cautelosamente à sua volta. Paul virou-se, segurando a mão de

Tammy. — Se eu não te ver novamente, Barnabas, me desculpe por chamá-lo de cruel. Você ainda está na luz. Eu não me importo com a cor de seu amuleto. Barnabas abaixou a cabeça, parecendo crescer mais. — Eu não sou. — ele disse, olhos, segurando a determinação, quando se levantou, sacudindo primeiro para mim, então para Paul. — Mas graças a vocês. Paul balançou a cabeça e voltou-se para Tammy. Juntos, eles desceram a rua, a voz dele subindo e descendo enquanto ele lhe disse o que tinha visto em seu futuro. Lentamente, o meu sorriso se apagou, enquanto a minha realidade absorveu-se. Eu tinha desarrumado. Tirando uma fatia da alma de alguém. Isso tinha de ser ilegal ou algo assim. Eles estavam indo levar meu amuleto. Fazerme esquecer. A lei antiga, Arariel tinha dito. Isso não soava bem. Com frio, eu passei meus braços em volta de mim e olhei à luz presa. — Grace está vindo? — Eu perguntei, sabendo que eu me sentiria melhor se ela estivesse. — Ela está aqui. — Barnabas se aproximou de pé ao meu lado. Ele sacudiu os ombros, e seu casaco longo brilhou, crescendo suas asas de penas negras. — Eu vou levar você para Ron. — ele disse. — Nakita pode levar Josh para casa. — Os Serafins... — Nakita disse, e Barnabas olhou, inclinando-se até que fosse nariz com nariz. — Eu. Estou. Levando. Ela. — Barnabas recostou-se, perdendo a sua fisionomia ameaçadora. — Te vejo por aí, Josh. Mas seria ele? Eu não sabia. — Madison? — Josh disse, sua voz inquieta. Instável, dei-lhe um abraço. — Obrigada por estar aqui. — eu sussurrei, pressionando-o como se ele fosse a única coisa real. — Eu não sei o que vai acontecer. Espero que eu não o esqueça. — Nem eu. — ele disse enquanto caminhava para trás e nós nos

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separamos. Então olhei para cima enquanto a luz de Grace dobrou o brilho. — Me. . . Desculpe. — Por quê? — Eu disse, e Barnabas pigarreou para nos apressarmos. Josh sorriu doente para mim. — Eu queria que isso funcionasse. Eu sei que isso significava muito para você. Meu estômago doía, e eu não conseguia olhar para ele. — Vejo você em casa. — eu disse e Barnabas me puxou para ele. Mordendo meus lábios então eu não iria chorar, me inclinei para trás em suas asas enquanto Barnabas me envolveu, e com uma súbita sensação de queda, a garagem de ônibus se derreteu e nós tínhamos ido.

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Meus pés escorregaram de Barnabas, e eu ofeguei, segurando em seu braço envolto em torno de mim enquanto meus dedos dos pés balançavam ao vento. O mundo mudou abaixo de nós, empurrando enquanto uma corrente de ar nos levantava mais alto. Eu estava mais segura no aperto de Barnabas do que eu estaria em casa no meu próprio quarto. Mais então, provavelmente. — Eu tenho você. — ele murmurou no meu ouvido, uma mistura de aborrecimento e garantia de que Barnabas seria capaz de manejar. Voar era muito mais assustador agora que se bater no solo teria uma consequência real. Eu ainda tinha as contusões da batida do cinto de segurança. Eu não preciso acrescentar mais a elas. — Eu confio em você. — eu disse, olhando para baixo no deserto. — É que estou preocupada. Ele não disse nada, mas seu voo suavizava em um espiral lento. Parecia que ele estava indo para a casa modesta abaixo de nós. A casa de Ron, presumivelmente. Era da mesma cor que a areia, quase areia rosa. Era quase sem vegetação, seja ao lado da casa ou na área circundante. Eu não vi nenhuma estrada em todos os que a antecederam, e nenhum sinal de pessoas em qualquer lugar. Apenas uma única casa baixa de andares, em meio à sujeira e água reduzida no deserto e gaivotas. Estava quieto e sombrio, o sol não estava acima ainda, mas estava perto. O vento era uma força constante e seca, soprando meu cabelo de uma primeira forma, depois outra enquanto Barnabas circulava para um pátio de azulejos cor de rosa que se abria de forma transparente para o deserto. Meus nervos estavam irregulares. Eu não sabia o que ia acontecer nos próximos cinco

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minutos, mas estava me rasgando o fato de que talvez eu não pudesse ter uma chance de até mesmo dizer adeus. Eles me deixariam dizer adeus, não deixariam? Eu tinha certeza que eu estava me reunindo com os serafins por uma de três razões: uma, eu roubei algo da alma de Tammy, dois, porque eu convenci o timekeeper branco iniciante me ajudar a contornar um anjo da guarda, ou três, para lhes dar o meu amuleto de volta e renunciar à minha condição de timekeeper porque eu tenho o meu corpo de volta. Mas o serafim havia dito que eu poderia fazer isso se eu escolhesse. E se eu escolhi fazer algo diferente agora? Talvez nós não tivéssemos tido êxito com Tammy. Talvez sim. Não estava valendo a pena gastar um pouco de tempo para descobrir? E se eu tivesse a certeza de que ela nunca iria mudar, então gostaria de ceifá-la eu mesma. Oh, Deus. Eu poderia fazer isso? Barnabas nos colocou para baixo com um suave saltar de um pé, e eu deixei a minha respiração suspensa. Seu domínio sobre mim se soltou, e eu me virei. Eu sabia que tinha um olhar assustado no meu rosto, mas ele conseguiu reunir um sorriso fraco para mim. — Eu vejo você mais tarde. — disse Barnabas, e cheguei para sua manga, mantendo-o de ir mais do que um passo. — Você não vai ficar? — Minha voz tremia, e eu odiava isso. Suspirando, ele baixou a cabeça, depois olhou de volta para mim. — Eu não posso. Eu tenho que sair. Espero. . . Espero vê-la mais tarde. Eles iam levar meu amuleto. Eu sabia disso. E minha mão agarrou-o, como era inútil neste momento. — Lembre-me. — eu respirei. Barnabas segurou meu queixo, o polegar enxugando uma lágrima que de alguma forma vazou. — Se eles me deixaram. — ele disse. — Você foi uma timekeeper muito boa, Madison. A Mão de Barnabas caiu. Os olhos fixos nos meus, ele recuou. Suas asas feitas num rápido toque, e ele estava no ar. Eu me sentia sozinha e miserável.

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Ele havia sido mandado embora, e ele foi. Anjos foram feitos para servir, Barnabas tinha dito. Porém se alguém servisse a contragosto, não era escravidão? Um pouco resolvida empurrei para fora meu medo enquanto eu observava sua silhueta girar, voltar, e desaparecer. Claro, eu tinha feito o acordo para dar o amuleto de volta uma vez que eu tinha o meu corpo, mas as coisas tinham mudado. Eu — não, nós — provámos que o destino de uma alma não era fixo, mas que poderia ser voltado para um melhor caminho. Eu queria meu corpo, o meu amuleto, e uma chance para realmente ver se isso poderia funcionar, e quando me virei para olhar a casa de Ron, eu prometi a mim mesma que eu não ia deixar que nada fosse sem uma luta. Coloquei os braços em volta de mim, olhei as portas do pátio largo em uma enorme sala de estar, feitos de azulejos marrons de bom gosto, e rosa pálido e laranja. Parecia muito deserto tão diferente de meu subúrbio verde. Não admira que Ron usasse vestes do deserto: a areia deve entrar em tudo. Subir e bater não parecia certo — afinal de contas, o sol não estava acima ainda — e não era como eu quisesse falar com Ron. — Onde está você? — Eu sussurrei, olhando para o céu azul pálido que quase parecia branco. Sem serafins. Fui sentar na parede à altura da cintura em torno da maior parte do pátio, angulando para que eu pudesse ver a casa e o sol nascente, ambos. Eu nunca tinha ido ao deserto, e era de tirar o fôlego em sua beleza aberta. O horizonte era tão longe, as cores se fundindo como aquarelas. O vento soprava em mim como se nunca tivesse roçado qualquer coisa antes. Eu podia sentir um zumbido em minhas veias, e me perguntei se era porque o solo era sagrado. Teria de ser para um serafim pôr o pé sobre ele. Minha ilha, também, era sagrada. Uma batida na porta de vidro quebrou meu humor introspectivo, e eu girei, peito apertado quando vi Ron, furioso enquanto ele lutava para deslizar a porta aberta. — Você! — Ele gritou, seus osso, à mostra, batendo pé enquanto ele saia. — Paul está desaparecido. Você está aqui. O que você fez com ele? — Seu ritmo lento enquanto notava a minha nova roupa-deceifadora negra.

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Eu deslizei da parede e puxei minha túnica grande em linha reta. — Oi, Ron. Lugar agradável que você tem. Deve ser uma merda sair daqui com nenhuma estrada. Ou isso é para impedir as pessoas de partirem uma vez que chegarem aqui? Eu engasguei, recuando quando ele chegou para mim, me dando um safanão com as mãos pequenas nos meus ombros. Eu estava muito surpresa para tentar detê-lo, e além disso, eu pensei que eu merecia. — Os serafins me disseram para vir aqui. — eu disse, sacudindo os dentes. — Não é uma idéia minha. Eu estou esperando por eles! Tire suas. . . Mãos de mim! Ron me deixou ir, indo pra trás, enquanto tentava adivinhar se eu estava dizendo a verdade. Seus olhos se estreitaram no sol nascente, ele olhou para mim. — Você está viva. — ele disse, de repente, e seu olhar caiu para o meu amuleto. — Sim. — eu disse em um resmungo. — Eu encontrei o meu corpo. Obrigada por adicionar à miséria. 171

— Eu não vou ajustar o seu amuleto, se é por isso que você está aqui. — Ron disse arrogantemente, e voltou para trás ainda mais e, lentamente, fazendo um 360º com o seu olhar no céu. — Onde está Paul? Fungando, eu me recusei a deixá-lo saber o quão miserável eu estava. Ajustar o meu amuleto? Ajustá-lo para fora das minhas mãos, talvez. — Cuidado! — Eu zombava, virando para olhar para o sol nascente. — Alguém pode pensar que você se preocupa com ele. — Você pequena. . . Garota. — Ron cuspiu, e eu me virei para trás ao redor, para ouvir o ódio em sua voz. — Onde está Paul? Ele mudou a assinatura do seu amuleto. Eu não sei como, mas ele fez. Eu não posso encontrá-lo. Minhas sobrancelhas subiram. Eu não tinha dito a ele como alterar ressonâncias, então seu amuleto deve ter mudado por conta própria, porque ele me ajudou — a escuridão, salvar alguém a partir da luz. Eu nem sequer tentei esconder o meu olhar complacente, e o olhar de Ron ficou colérico.

— Você não! — Ron exclamou. — Como você ousa interferir no meu próprio aluno! — Por que não? Você interferiu comigo, e eu era estudante de Kairos. — eu disse, os braços sobre meu peito. — Bem, eu teria sido sua aluna se ele não tivesse tentado me matar! Paul está me ajudando. Estamos salvando almas. — Você está errada, Madison. — Levantando-se rigidamente antes de mim, Ron fechou suas mãos, seus olhos indo azuis por um instante enquanto ele tocava o divino. — Você não pode mudar o destino de uma pessoa após a sua alma morrer. — Você pode se você pegá-las logo, antes que morra completamente!— Eu gritei, ouvindo a minha voz se perder no deserto, retalhada pelo vento. — Qual é o seu problema? Você é o único que acredita na escolha. Ou será que você acredita na escolha apenas quando é feito o seu caminho? Ron percorreu passo a passo para mim, e eu fiquei de cabeça firme, mesmo pressionado os lábios desafiadoramente. — O que você fez?— Ele exigiu. 172

— Nada. — Eu recuei um passo, não gostando dele tão perto. Meu amuleto não estava trabalhando em tudo, e se eu morresse antes dos Serafins chegarem aqui. . . Bem, quem saberia se me ouviriam, de qualquer maneira. — Paul me ajudou a encontrar Tammy desde que a minha conexão com meu amuleto foi menor do que deveria ser. Nós vimos o futuro. — eu disse, e o rosto de Ron ficou cinza. — Não era feliz-feliz, Ron. Nós dois vimos o que acontece com as pessoas que você coloca anjos da guarda que não conseguem reacender suas almas. Paul não ficou muito entusiasmado com isso. Eu não estava, nem um nem outro estava. Não admira que os timekeepers negros matassem as pessoas para impedir isso. Estou começando a achar que eles estão certos. Ninguém merece ser comido por asas negras. Toda a sua existência apagada como se nunca tivesse existido. Quando você estava pensando em dizer a ele? Quando você estivesse em seu leito de morte e você fizesse uma lavagem cerebral nele criando um segundo você? — Você transformou-o em negro. . . — Era um sussurro ofegante, mas eu podia ver a tensão nele.

— Eu não! — Eu disse com firmeza, mas eu me perguntava. — Nós vimos à verdade! E a verdade é uma merda! — Você transformou-o em negro! — ele gritou, o rosto ficando vermelho. — Ele é meu acolhido! Você é tóxica, Madison, envenenando tudo que você toca! — Estávamos tentando salvar alguém! — Eu gritei de volta, ainda me segurando como se eu estivesse com medo. — Anjos da guarda não estão guardando os vivos. Eles estão guardando os mortos na vã esperança de que eles de alguma forma reacendam suas almas. As pessoas não podem mudar, a menos que vejam o lado bom e o ruim. A luz e a escuridão. O sistema não funciona mais! Contudo, ele não estava escutando, batendo seu pé ossudo corajosamente enquanto ele andava, sua fúria necessitando uma saída. — Ele foi meu aluno e você o colocou contra mim! Eu tomei uma respiração para gritar com ele um pouco mais, mas saiu em um suspiro enquanto ele arrebatou seu amuleto, e uma espada brilhante reluzindo à existência. — Hey! — Eu gritei, pisando para trás para conseguir espaço entre nós, mas eu pisei fora do pátio e na areia macia. Meus braços para baixo e desci. Meu ar bufou para fora, e eu não podia fazer nada enquanto ele vinha para cima de mim, a espada brilhando ao novo sol. Eu ampliei meus olhos e minha respiração cortada enquanto a espada brilhava. E então Ron balançou sua espada pegando os primeiros raios do novo dia. Eu vou morrer. Mais uma vez, eu pensei, sem saber o que isso significava mais. Porém uma espada preta fosca balançou para bloquear Ron. Os dois se conheceram em um toque que era mais sentimento do que o som, e eu me senti tonta na bolha de energia que foi liberada, pressionando para fora e longe para a cor do sol e agitou um eco para o céu em si. A espada acima de mim parecia tão imutável como o tempo, a imersão na luz. Meus olhos se esforçaram para mudar, e eu pisquei para o Serafim acima de mim. Eu não poderia dizer se era o mesmo de antes ou não, o brilho branco ferindo meus olhos. Seu rosto estava terrível, com raiva, falta de compreensão e paciência.

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— Dê-me isso. — O Serafim exigiu, pegando a espada de Ron de seu controle frouxo. A espada de Ron na mão do Serafim fez um pingue, quebrando do punho até a ponta. Ron tropeçou para trás, seu amuleto no peito brilhou brevemente antes de sair. Meus lábios se separaram na nova rachadura na pedra, escapando de uma linha de prata do infinito. Vendo-o, Ron cobriu-o, envergonhado. Entretanto, ele ainda estava zangado. Eu sentada aos pés do Serafim, atordoada. Essa espada preta terrível se foi, e o serafim foi estender a mão para me ajudar a subir. Vendo minha mão mover como se em um sonho, eu coloquei meus dedos para fora. Era uma mão perfeita, forte demais para ser feminina, mas muito fina para ser masculina. E enquanto eu coloquei a minha para ele, eu poderia sentir um zumbido de força divina, firmemente amarrada. — Chronos? Existe uma questão que você deseja discutir? — O anjo disse alto, uma vez que me levou sem esforço para os meus pés. — Ela. . . — Balbuciou, os olhos subindo de sua espada ainda na mão do Serafim. — Ela envenenou o timekeeper branco iniciante contra mim! — Mmmm. Era um som lento, e eu juro, eu ouvi o trovão ribombar contra as montanhas distantes, os pensamentos do Serafim ecoando entre o céu e a terra. Meu pulso estava rápido, e eu me afastei para longe de ambos, encontrando o pátio e não sabendo o que fazer com as mãos. Tinha me salvado, mas me salvou pra quê? Eles iam levar meu amuleto para longe. — Sinto muito. — eu sussurrei, e Ron e eu tomamos várias medidas prudentes para trás enquanto o anjo se mudou para ficar no pavimento também. Estava ficando mais fácil olhar para ele, e eu olhei de relance, sua beleza ainda me machucava de alguma forma. — Você mostrou para Paul a verdade sobre os anjos da guarda? — O Serafim perguntou, olhando para mim tão gentilmente. — Eles estão regozijando-se de seu tormento, finalmente, serão compreendidos, e seus

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elogios estão sendo cantados para ver se muda alguma coisa ou não. Paul fez a escolha que ele estava destinado a fazer. — Não é isso. — eu disse, e Ron fez um barulho frustrado. — Ela o virou contra mim! — Protestou. — Meu próprio aluno! Eu pulei quando o anjo de repente olhou para Ron. Eu ainda não tinha visto ele se mover. Ron também tinha fechado a boca, com medo. — Você o fez ficar contra você. Você mesmo fez isso com sua acumulação de conhecimento no medo. — o Serafim disse — Fique em silêncio por um momento. Eu quero saber por que Madison está magoada. Eu só posso fazer uma coisa de cada vez e não um monte ao mesmo tempo aqui na terra. É incômodo. Como que você existe apenas para fazer uma coisa de cada vez, ver um resultado de uma coisa em vez de muitos? O serafim se virou para mim, a preocupação beliscando sua testa para torná-lo ainda mais belo. — Madison, por que você esta triste? Eu não podia olhar para cima, e eu senti como se estivesse diante do próprio Deus. — Eu tirei algo da alma de Tammy. — eu admiti. — No flash forward. — Abominação! — Ron sibilou, e eu concordei com ele. Minha cabeça subiu, e eu olhava o Serafim, suplicando: — A memória era tão bonita. Eu não queria que as asas negras a comessem e a deixasse para sempre. Eu daria de volta se eu pudesse. Você pode dar de volta a ela para mim? — Só agora eu poderia encontrar os olhos do anjo, e eu pisquei para a compreensão, não, a expressão feliz que usava. — Eu dei a eles uma parte da minha própria alma ao invés disso, e eles não sabiam a diferença. — eu adicionei mais confiante. — Eu não podia deixar que muita alegria fosse esquecida de. . . Cada uma. — Mmmm. — Novamente o trovão retumbou em um céu azul claro, e o sol subiu mais alto. — Você a reivindicou com a lei antiga, dando um sacrifício igual para sua alma. Não há necessidade de fazer reparos. — disse, tocando meu ombro em apoio, e eu me senti levantado, flutuando. — Memórias crescem com a ação, como fazem as almas. Você tomou uma memória do futuro, não do presente. Ela ainda tem. Há uma longa vida para

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ela agora, com muita tristeza e memórias também muito bonitas esquecer é o que nos sustentam. O truque. . . — O Serafim hesitou, seus lábios apertando em o que tinha de ser humor. — . . . É reconhecê-los. Eu estava quase em lágrimas, mas Ron estava presunçoso enquanto ele colocava os pés bem separados e cruzava os braços sobre o peito de forma confiante. — Então Paul lhe deu um anjo da guarda depois de tudo — afirmou. — Se ela vive, então ela deve ter um guardião. Bom para Paul. O anjo deixou de ir ao meu ombro e riu. O som tocava adiante, balançando no ar. Assustada, eu queria correr, mas o anjo estava voltado para Ron, não para mim. — Não! — Ele disse, e uma brisa fria tocou meu rosto, pesada com a umidade, estranho aqui no deserto. — Mas bom para o Paul, sim. Madison mostrou a uma alma perdida como reconhecer a alegria, e o conselho de Paul lhe deu a força para lutar por ela. Seu destino está mudando neste exato momento, e sua vida é vivida, não suportada. Ela morre com graça e toca muitas almas. — O Serafim virou para mim enquanto eu o olhava boquiaberta. —Você e Paul fizeram bem. 176

— Tammy está bem! — Eu disse, exultante. Nós tínhamos feito isso. Tínhamos feito duas vezes! Certamente eles tiveram que ver agora? Mas, então, meu humor amoleceu, diminuiu e morreu. O destino de Tammy não era a minha única preocupação. Tocando meu amuleto, pensei em meu corpo. Eu tinha dito que eu daria o amuleto de volta se eu encontrasse o meu corpo. Eu não queria. Eu queria ficar. Eles me deixariam ficar, se eu quisesse, certo? — Tammy está bem! — o Serafim disse, irradiando calor em mim para me fazer sentir bem apesar do meu mundo estar desmoronando ao meu redor. — Por causa de você e Paul. Porque trabalharam juntos. Ron perdeu a postura confiante, triste e feia. — Paul não vai me suceder. — disse ele com veemência. — Isso é um ultraje! Luz e escuridão trabalhando juntos. Não será feito! Eu tenho servido por uma centena de vidas... — E você vai continuar a fazê-lo. — disse o Serafim interrompendo-o, bonitos pés descalços na areia enquanto o anjo virou. — Você vai esquecer as intenções de Paul e o que se passou esta manhã.

Meus olhos se arregalaram enquanto ele levantou a espada de Ron sobre a sua cabeça, e mergulhou-a profundamente no pavimento de pedras. A terra tremeu, e ambos, Ron e eu caímos. Ele se mexeu, mas eu fiquei onde estava, sentindo o ar úmido crescer contra mim. Acima de nós, nuvens de chuva grossa tinham se formado. Chuva no deserto, uma dádiva fora de tempo, fora de lugar. O anjo apareceu diante de nós, terrível em sua beleza e raiva. — Reclame sua espada para causar a vontade do céu. — entoado, e Ron olhou com horror em sua lâmina de fora do pátio. — Use o tempo antes de encontrar sua coragem para refletir. — disse o Serafim acrescentando. — Há uma última tarefa para mim antes de deixar esse turbilhão confuso de existência, e você não é requerido para ele, Chronos. Eu não entendia por que Ron estava olhando para mim, então ódio, diante de sua espada como se fosse uma cobra. Se ele não recuperá-la, seu amuleto não funcionaria em plena força. — Ele a leva, e sua memória do que Paul fez esta noite se foi. — o serafim disse, agachando-se para estar no meu nível. Era uma posição estranha para um anjo, e minha respiração ficou presa na sua proximidade. Levantei-me lentamente, minhas sobrancelhas subindo na compreensão. — E se ele deixá-lo lá, ele não terá a força para nos parar. — eu disse, e o anjo sorriu, estendendo uma mão, uma vez que se ajoelhou diante de mim. Eu olhei para ele, sentindo meu rosto esfriar. O serafim estava pedindo o meu amuleto. — Uma última coisa. — disse, e eu segurava a pedra. — Você quer o meu amuleto. — sussurrei, e Ron bufou claramente não chateado com o fato de que eu iria perder tudo também. — Sim. — O serafim graciosamente subiu para uma posição, bem como, ainda segurando a mão para fora. — Mas eu provei que o destino pode ser mudado, que uma alma morrendo pode ser reavivada. — eu disse, olhando para o deserto, como se meus atos do passado estivessem fora daqui, em algum lugar para encontrar e recolher, como pedras bonitas. — Todos nós juntos, Luz e escuridão. Nós salvamos a alma de Tammy e sua vida. Eu sei que eu disse que ia desistir dela

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quando eu encontrei o meu corpo, mas eu vi o que aconteceu com aqueles que são dados anjos da guarda, mas não são capazes de reavivar a sua alma por conta própria, e isso é terrível. — Concordo. — disse o Serafim. — As canções dos anjos da guarda fez muito para balançar o céu. — Entretanto, matar uma pessoa direto para salvar sua alma. — Eu lamentei. — Isso é horrível, também. — Concordo. — o serafim disse de novo, um toque de impaciência em seu tom, uma mão ainda estendida. — Seu amuleto, por favor. É confuso aqui. Eu quero sair. — O dê para o anjo, Madison, ou ele vai levá-lo. — disse Ron presunçosamente, e meu alcance para puxá-lo sobre a minha cabeça quase parou. Eu queria chorar enquanto eu sentia o amuleto me deixar, senti o vínculo entre nós esticar e segurar. — Paul e eu... — eu disse enquanto o serafim colocava suas mãos em concha em torno dele, o escondendo de mim. — Nós mudamos as coisas. Eu posso entender por que eu preciso esquecer, mas não o faça esquecer. Um brilho vazou por entre os dedos do serafim, puro e divino. O anjo abriu suas mãos e minha pedra branca-quente lentamente resfriada, passando através do espectro até que ela foi novamente negra. — Não temos intenção de fazê-la esquecer. — disse o serafim, estendendo o meu amuleto de volta para mim. Olhei para ele, incrédula. Eles estão voltando a trás? — Levaram várias centenas de anos de pesquisa das linhas de tempo para encontrar alguém capaz de manipular o tempo e ter o destino, para fazer a escolha que você fez. — o serafim disse. — Aqui. Leve o seu amuleto. Eu quero sair. Olhei para o meu amuleto, pendendo dos dedos do serafim. Eles estão voltando a trás?

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Lentamente, estendi a mão, os dedos fechando no ar um instante antes que eu tocasse. —M-mas... — gaguejei quando olhei para ele ainda na posse do serafim. — Eu encontrei o meu corpo. —Afirmei. O serafim abaixou seu braço enquanto Ron começava a andar, a sua espada entre nós. — Você quer ser a timekeeper negra? — O serafim perguntou. — Sim! — Exclamei, olhando para o meu amuleto. — Mas eu quero estar viva, também! O serafim encolheu os ombros. — Então você mudou de idéia. — disse, sorrindo. — Nós sabíamos que você iria. Estava fadado a tal. Leve o seu amuleto. Foi ajustado. Não respirando, Eu alcancei, hesitando. — Pegue o! — O serafim trovejou, e eu pulei, agarrando-o. — Havia uma vez uma menina chamada Madison... — cantou uma voz familiar, e meus olhos foram para o ombro do serafim. Era Grace, e eu podia vê-la. Quero dizer, realmente vê-la! Ela estava linda, brilhando com teias de aranha e orvalho. Eu não conseguia respirar, e ela riu, quase caindo do ombro do serafim. — Confira a linha do tempo. — ela sugeriu, e eu fechei os olhos, ofegante. Era tão claro, tão preciso e lágrimas caíram dos meus olhos. Eu podia ver tudo entrelaçado, uma coisa afetando a outra, até que estava cantando um zumbido, glorioso ressonante de existência. Meu pai estava preocupado comigo. Shoe estava pensando em mim, curioso, depois de ter conversado com Tammy. Josh estava em casa, me mandando uma mensagem de texto preocupado. Wendy não estava pensando sobre mim em tudo — e isso estava ok. Ela estava vivendo a vida dela. . . Alegremente. — Eu sou a timekeeper negra. — sussurrei, e meus olhos se abriram para ver Grace radiante. — Você sempre tem sido. — disse o serafim, ajoelhando-se como se estivesse tentando se aproximar da minha felicidade. — Mas agora você tem a chance de ser uma pessoa, também, e viver como aqueles que você está

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tentando salvar. Mesmo um super-herói precisa de um lugar para ser normal — terminou com um sorriso irônico. Sentei-me no azulejo e pisquei. Muito acima de nós, as nuvens espessadas. Estava chovendo, mas as gotas estavam evaporando antes de chegar ao chão. Eu tinha o meu amuleto. Eu tinha meu corpo. Eles iam me deixar fazer as coisas do meu jeito. — Então você concorda? — Eu disse, a necessidade de ouvi-lo. — Sem mais gadanhas? Novamente o serafim riu, um eco do trovão acima, seguindo-o. — As gadanhas continuarão. — disse, e Ron, de pé diante de sua espada com as mãos fechadas, grunhiu. — Porém você concordou. . . — Comecei, não me importando que eu estivesse discutindo com um dos anjos de Deus. O serafim mudou, se levantando para a torre em cima de mim. — Seus planos são sólidos. Mas, Madison, os ceifadores são uma diferente gaveta de colheres. Meus ombros caídos enquanto Ron pigarreou. — Não é tão fácil, Madison. — ele provocou, quase alcançando sua espada, mas ainda não está pronto para consignar a sua memória da intenção de Paul. — Ceifadores servem os seus timekeepers por respeito. — disse o serafim, franzindo a testa na alegria de Ron. — É sua. . . Escolha de mudar ou não. Os anjos da guarda estão por trás dessa mudança, mas e os ceifadores? Deprimida, eu cai no pátio de Ron, odiando seu sorriso para mim. — Então eu não ganhei nada. — eu sussurrei. O toque do serafim era quase irreal, era tão suave enquanto ele inclinava meu queixo para cima e me olhava nos olhos. Grace estava atrás dele, sorrindo, e minha cabeça doeu em sua beleza combinada. — Você ganhou tudo. Você vai trabalhar com ceifadores enquanto eles vêm a você em busca de respostas. E eles virão em busca de respostas. Palavra do que aconteceu está ecoando entre o céu e a terra. Que você e Paul trabalharam juntos e têm ceifadores questionando. Ambos, luz e escuridão. A luz e a escuridão, eles virão para você, e você vai enviá-los juntos como um para salvar ou condenar

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as almas. É por isso que enviamos Demus para você. Ele tem dúvida. Suas perguntas serão suas respostas. Minhas sobrancelhas subiram. Eles haviam enviado Demus para mim, porque ele poderia ouvir? — Então os abates vão parar? — Eu sussurrei. Mas o serafim estava sacudindo a cabeça, sorrindo com benevolência. — Eu disse a você, a luz e a escuridão, você as terá, e você irá enviá-los. Juntos, os ceifadores vão tentar mudar o destino, mas se for determinado que a alma permanecerá firme à ruína apesar de seus esforços, um ceifador negro vai abater a sua alma, e um ceifador branco chorará. — Eu não entendo. — eu gaguejei. — Os abates vão continuar. — insistiu o serafim. — Contudo, vai ser o ceifador branco quem considerará a alma perdida, não o ceifador negro. Minha boca fez um O de entendimento. A luz, que uma vez atribuiu os anjos da guarda, seria menos provável escrever uma alma para fora. A pessoa teria que ser verdadeiramente além da esperança para que isso acontecesse. Foi o suficiente. Isso, eu decidi, eu poderia fazer. Vendo minha decisão refletida em meus olhos, o serafim balançou a cabeça e recuou. — Se uma mudança pode ser feita, em seguida, o destino intervém e uma vida será vivida. Eu espero que isso aconteça. Cabe a você. — O Serafim sorriu, e eu quase explodi de felicidade. — E os seus ceifadores. Não mais use a lei antiga, no entanto. Funcionou desta vez, mas você não se arriscará de tal forma novamente. Entendeu? Eu exalei, sorrindo ironicamente até nisso. — Isto é o melhor que eu terei, não é? O serafim arqueou suas asas para tocar sobre a cabeça, uma versão de um anjo de um encolher de ombros que eu tinha visto Barnabas fazer. Ele estendeu a mão para mim, e me sentindo renovada, eu deslizei minha mão entre os dedos do anjo enquanto nós nos voltamos para o sol. A luz clara me encheu com o toque, me emocionando e indo até meus pés. O deserto desapareceu como uma rachadura de um raio real. Eu engasguei, e depois me senti ir à neblina. Os primeiro tamborilar de grandes gotas pesadas de chuva atingiu meu rosto. Eu estava ali para senti-la, e se foram, metade de mim

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sentindo as gotas quentes de chuva, e metade não sentindo nada. E, em seguida, a umidade quente desapareceu e eu estava longe. Entrei em pânico, desencarnado e irreal. Agarrei no meu amuleto como se ele pudesse me salvar, mas eu não tinha certeza se eu ainda tinha as mãos mais.

Uma menina uma vez ousou andar na linha., veio o pensamento de Grace no meu, e agarrei-o. Buscando a união da alma e do divino. Luz e escuridão trabalhando em conjunto, por agora, talvez para sempre, mas vai levar tempo.

Tempo., pensei, calmamente enquanto eu percebia que estava segura. Eu só não tinha certeza onde eu estava mais. Senti meu corpo parecer levantar, terminando o movimento que o anjo tinha começado no deserto do Arizona. Eu respirei não sabendo se era real. O que fez meu coração bater e meu sangue se mover. A luz ofuscante pulsando sobre mim, e eu encolhi a minha mão que estava no aperto com a do serafim caindo ao meu lado. Piscando, eu trouxe minha cabeça para cima para ver que eu estava no meu quarto, não no pátio de Ron. Meu reflexo me olhou espelho, e Grace disparou por cima de tudo como se ela não tivesse me visto em anos. Entorpecida, eu olhava para mim com essa roupa preta ridícula. Eu parecia cansada, pequena e muito suja. Coração batendo forte, eu me virei, não acreditando. Eu estava em casa. Viva! Olhei para baixo, a mão apertando meu amuleto caindo amplo. E eu ainda tinha meu amuleto. — E agora? — Eu me perguntei em voz alta, olhando para as suas profundezas e vendo brilhos e arco-íris.

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O shopping estava agradavelmente agitado, o tráfego de fim de semana movendo-se rapidamente as fotografias expostas, a maioria das pessoas não as viam, até porque tinham que coisas no caminho como um novo par de jeans ou um café gelado. Mas era assim que nós vivíamos nossas vidas, na maioria das vezes — a menos que algo difícil nos acontecesse o suficiente para percebermos que a vida era passageira — ocupados demais com os detalhes da existência para reconhecer as coisas que estão vivas. Não, eu não estava deprimida, apenas introspectiva, e enquanto eu estava olhava as fotografias de Nakita de um hospital em silêncio durante a noite, eu esperava que ninguém percebesse as placas fora-do-estado. Ela tomou uma inclinação, em seguida, passou a dilui-lo para fazer o brilho de luzes ultrapassarem tudo, quase como o que eu via em um flash forward bem distante. Mas, ainda assim. . . Se você olhasse de perto. . . — Ela manchou isso intencionalmente? — Meu pai perguntou por trás de mim, e eu pulei, quase derramando o milk shake. Josh tinha ido para mim desculpando-se por espreitar na praça de alimentação nas proximidades. Ele gostou da minha fotografia, mas cinco minutos depois dela, ele teve o seu preenchimento. Barnabas e Nakita foram para o AWOL 16, mas eu percebi que eles estavam ao redor, evitando a minha mãe como a maioria das pessoas. Sim, a minha mãe. Ela mostrou-se surpresa, esta manhã reivindicando estar aqui para ver o shopping, mas acho que ela tinha estado a caminho de um centro de detenção juvenil da Califórnia e se desviou. Obrigado, meu Deus, Barnabas, os

serafins, e talvez, Grace. — Puxa, eu não tenho idéia do que estava na mente de Nakita quando ela tirou as fotos. — eu disse. — Ela apenas aponta e clica. Em tudo. 16

Nome de uma loja.

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— Sim, bem, você costumava ser da mesma maneira. — meu pai bemhumorado me repreendeu enquanto eu revirava os olhos. Sua mão no meu ombro me fazia sentir como se eu pertencesse, e eu a levei, puxando-a para longe antes que ele percebesse a placa fora-do-estado. Esticando o pescoço, ele tentou obter um olhar mais longo. — Tudo o que ela está fazendo, ela precisa continuar fazendo. — ele disse olhando para trás. — Todo o seu trabalho tem uma única. . . Qualidade selvagem. É como se eu estivesse vendo a tristeza, interesse, ou alegria pela primeira vez através dela. — Sério? — Sim, realmente. — ele disse então ele fez um duplo agarro. — Isso não é nosso hospital local, não é? — Eu não tinha notado. — Aturdida, parei no último item de Nakita, depois tive um ataque de pânico. Eu não tinha visto essa — eu não tinha me lembrado dela a tirando. Tinha ganhado honras de acordo com a pequena etiqueta na nota de leilão, mas não é isso que me fez ficar tensa. A fotografia era de mim por trás, enquanto eu caminhava por uma calçada escura, cabeça e braços sobre o meu peito. Era a casa de Shoe durante a noite, e havia esferas arrastando se atrás de mim como bolhas. Pelo menos cinquenta. Crap, havia anjos da guarda que estavam me seguindo e eu nem sabia disso? — Hum, você quer ver o meu? — Eu disse, puxando o braço do meu pai para levá-lo para onde minha mãe ficou sozinha diante das minhas três, a bolsa da moda ao longo de um braço e os calcanhares firmemente plantados no chão do shopping arranhado, como se as minhas fosse as únicas fotografias aqui, mas ele não se moveu, seus olhos fixos na fotografia de Nakita em pretoe-branco de mim com os anjos. — Como ela fez isso? — Perguntou ele, o dedo que pairava sobre as esferas. — E por que razão? Duas fotos sobrepostas, você acha?— — Provavelmente. — eu disse, me tornando mais nervosa. Se tivessem vindo para me seguir e me avaliar como uma Timekeeper? Barnabas parecia pensar que, para todos os seus pequenos tamanhos, anjos da guarda eram mais poderosos do que até mesmo os serafins. Pode ser. Alguém me disse uma vez

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que os querubins se sentaram ao lado do trono de Deus, mas quanto mais eu ouvia os — especialistas — mais eu percebia que não tínhamos a menor idéia. Lentamente, os ombros do meu pai caíram e seus olhos se tornaram tristes enquanto ele olhava para a foto. Eu hesitei, e então, sabendo que ele não iria se mover até satisfazer sua curiosidade, eu voltei para ficar com ele e tentei ver o que ele estava olhando, não o que estava por trás do vidro — mas o que estava na mente da pessoa que tirou a foto. O preto-e-branco jogou tudo em uma nitidez nebulosa, e parecia que o peso do mundo estava em mim. Lembrei-me daquela noite. Nakita tinha capturado perfeitamente a minha preocupação, a necessidade de consertar o que eu tinha quebrado. E enquanto eu olhei para ele, mesmo que o cansaço parecia mergulhar em mim novamente. Nakita era boa. Muito boa. — Tem sido tão difícil? — Meu pai sussurrou, virando-se para mim com uma dor suave ainda em seu olhar. — Eu pensei que você fosse feliz aqui. Se você quiser voltar com a sua mãe. . . — Não! — Eu rapidamente lhe assegurei, dando-lhe um abraço de lado e quase derramei meu Milk shake novamente. — Estou feliz. Eu gosto daqui. Gosto de viver com você. Eu me sinto. . . Centrada. — eu disse, usando uma de suas palavras favoritas. — Foi apenas uma noite difícil. Você sabe. . . Namorados. Entretanto, nós estamos bem agora. — Olhei para Josh na praça de alimentação, então pisquei. Barnabas se juntou a ele. — Eu nem sabia que ela tinha tirado. — eu terminei. Meu pai estava olhando para minha mãe, que estava diante de minhas fotos como se fosse a Mona Lisa. — Se você está certa disso. — Cem por cento! — eu disse fervorosamente, em seguida, acrescentei: — Só não diga a minha mãe, ok? Ela me faz usar roupas engraçadas. Ele riu, olhando para a minha saia curta, calça, e no topo, que era tão coordenado com o resto que trabalhei. Grande parte da tensão que ele tinha adotado uma vez que encontrou a minha mãe na cidade pareceu evaporar. Ele tinha estado olhando para mim durante toda a manhã como se ele estivesse tentando descobrir o que estava diferente. Eu acho que seu subconsciente sabia que eu estava viva novamente, e ele estava tentando encontrar uma explicação mais razoável para mudança. Sorrindo, ele colocou um braço sobre

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meu ombro e se moveu lentamente em direção a minha mãe. Eu ganhei uma menção honrosa, e era um presente que minha mãe estava de pé, o seu orgulho irradiando a partir dela mais do que o perfume de trezentos dólares. — Isso é maravilhoso, Madison! — disse ela, afastando a caneta ligada ao leilão para usar sua própria caneta de pena-turquesa para fazer uma oferta escandalosa. — Ainda tirando fotos de devaneios? — ela acrescentou, referindo-se a minha preocupação de infância de fotografar nuvens. Isto era nada de especial, apenas uma fotografia para cumprir uma exigência da classe. Não merecia sequer uma menção honrosa na medida em que eu estava preocupada. A única vez que eu tinha tirado das asas negras circulando uma casa abandonada, não tinha sequer colocado. — Obrigada, mãe. — eu disse, dando-lhe abraço igual ao que tinha dado ao meu pai para que eles não começassem a discutir. Eu me pressionei para ela, fechando os olhos ao sentir o cheiro de seda crua. Seu poder sobre mim parecia uma sombra demasiada apertada, um momento muito longo, e ela parecia preocupada quando eu soltei dela e ela procurou meu olhar. Ela parecia a mesma nos sapatos da moda, calça amarrotada, e sua blusa de seda. Seu cabelo estava no corte mais conservador, e sua maquiagem era perfeita. Ela bufou como de costume, a minha escolha de roupas casuais e calças do meu pai e camisa, mas eu poderia dizer que ela estava preocupada comigo. As rugas ao redor dos olhos haviam aparecido sem seu creme de rosto a entregando. — Eu não posso acreditar que você veio todo o caminho da Flórida para ver um shopping, mamãe. — eu disse, tentando fazê-la parar de olhar para Barnabas e Josh. Sua atenção voltou para mim, e um sorriso rápido, inseguro brilhou em toda ela. — E perder essa? Não vai acontecer. Eu não tenho nada essa semana, e as pessoas sabem correr melhor do que o que precisa ser feito. — Ela colocou a caneta à distância, cuidadosamente ignorando meu pai, enquanto ela se mudava para a imagem com as asas negras. — Eu lhe contei que tinha me mudado de avião no Arizona? — Minha mãe acrescentou, sacudindo a cabeça para os ―corvos‖. — O voo de conexão foi cancelado. Eu quase peguei um voo para San Diego, não Illinois. Inferno que maneira de executar uma companhia aérea.

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Eu mexia, não sabendo o que dizer. — Bem, eu estou feliz por você estar aqui. — eu finalmente disse. — Isso realmente significa muito para mim. — Eu pronunciei a última na minha agitação, vendo meu pai esconder um sorriso enquanto minha mãe fazia uma careta por causa do barulho rude. Foi à primeira vez em meses que eu tinha comido na frente dele sem reclamação. Eu ainda estava com fome, também, e eu olhei para a praça de alimentação nas proximidades, onde Barnabas esperava com Josh e meia-porção comida de batatas fritas. Nakita tinha aparecido, de pé com seu quadril engatilhado e seus olhos se estreitaram. Ela e Barnabas estavam discutindo. Grande surpresa. Minha mãe, sempre sensível para os meninos ao seu redor e somente uma única filha, ergueu as sobrancelhas para o trio incongruente. Barnabas estava com os olhos doces, mas era Josh, que estava me olhando com olhos de esperança, enquanto ele mesmo recheava a boca com fritas. Meu estômago roncou. Parecia que estava recuperando o tempo perdido. Pelo menos meus machucados não apareceram. — Hey, hum, vocês eu posso falar com meus amigos por um minuto? — Eu perguntei, querendo algumas dessas fritas antes que Josh comesse todas elas. 187

— Sim, vá. — disse minha mãe, franzindo a testa desconfiada de Barnabas. — Estão convidados para vir conosco para o almoço. — acrescentou ela, levantando seu olhar para permanecer no meu amuleto. — Eu vou perguntar. — Eu estava indo para trás, e corei quando o meu pai apertou o seu pulso, então ajustou o relógio. — Reservas 12:30. — a minha mãe acrescentou. — Acho que a van que eu aluguei irá levar todos nós. Eu gostaria de conhecer seus novos amigos. — Ela olhou para o relógio e murmurou. — Onze dezessete, Bill. — Olhando para cima com um expirar, ela me disse: — Especialmente seus namorados.

Oh, Deus. Apenas me leve agora. — Você conheceu Josh. — eu disse cautelosamente, sabendo que ela estava falando sobre Barnabas. — Quem é esse outro rapaz conversando com Nicki? — perguntou ela. — É Nakita. — eu a corrigi, crescendo desconfortável enquanto Nakita parecendo esvaziar algo que Barnabas disse, a raiva do ceifador levando

somente tristezas. Alguma coisa estava acontecendo. Josh, também, parecia infeliz. — E Barnabas não é meu namorado. — eu disse, a minha boca aberta caindo enquanto Nakita deu um abraço em Barnabas. — Ele é mais como. . . — Hesitei, piscando enquanto Nakita se virou e se afastou, de cabeça baixa e olhando miseravelmente. — Ele me ajudou com algumas questões. — eu disse, minha voz preocupada. Que diabos está acontecendo hein? Minha mãe limpou a garganta, e eu me virei, rubor em seu olhar incrédulo. — Ele parece ser bastante com o Casanova. Quando minha mãe entendeu tudo errado, ela realmente entendeu errado. — Sim-aa-ah. — eu disse, querendo apenas ir lá e descobrir o que estava acontecendo. — Hum, você se importaria se eu, uh... — Vai! — Meu pai disse, encontrando sua própria caneta Bic no bolso e superando a oferta da minha mãe, na minha fotografia. Minha mãe xingou porque eu estava virando para longe. Eu não poderia ajudar com o meu sorriso. Eu sabia que não havia chance de eles voltarem a ficar juntos novamente, mas houve uma paz que não tinha estado lá antes, e foi bom ter os dois ao meu redor. Centrada, como meu pai diria. De cabeça baixa enquanto eu vivia por um momento no meu sonho pequeno, eu joguei o meu copo de shake para longe, me sentindo bem enquanto eu me juntava a Barnabas e Josh. Pegando uma frita com seu ketchup, Josh me deu um sorriso de compreensão enquanto ele suportava minha gente, um mais confortável e quase desleixado, o outro tenso e adequado. — Madison, sua mãe parece. . . Legal? — ele ofereceu, e eu bufei. — Eu não posso imaginar por que você e sua mãe não se davam bem. — acrescentou Josh, e eu caí em minha cadeira. — Ela está bem. — eu disse, me puxando em uma posição ereta para a minha mãe não reclamar. — Ela só quer ter certeza que eu estou segura. Peguei uma das fritas de Josh, e ele empurrou o prato para mim. Um ponto quente cresceu no meu peito, e eu sorri. Sim, ele gostava de mim. Um

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cara não desiste de sua batata frita como ele fez. Barnabas trouxe seu olhar de volta da loja que Nakita tinha entrado, sua expressão contrariada. — Eu não posso ir para o almoço. — ele disse iradamente. Minhas sobrancelhas subiram. — Você ouviu isso? Josh esguichou mais ketchup. — Ele ouviu a conversa toda. Se sentar com ele é como estar com um agente do FBI. Eu, porém, gostaria de ir almoçar. — Ele comeu uma frita, deixando pingar ketchup em si mesmo. — Eu já limpo-a com minha mão. — acrescentou com a boca cheia. Segui o olhar escuro de Barnabas pelo corredor. Ele estava meditando sobre Nakita. — Eu, ah, falei com Paul, esta manhã. — eu disse, e Barnabas voltou sua atenção de volta para mim. Um traço de alarme derivando através dele, e eu coloquei a mão. — Estamos bem. — eu disse. — Ron puxou sua espada para fora de seu pátio e ele não se lembra de nada sobre o Paul nos ajudando a noite passada. 189

— Bom, muito bom. — As palavras de Barnabas não foram completamente adequadas com sua linguagem corporal. — Eu ouvi do Paul também. — acrescentou ele, os olhos sobre a mesa. — Sério? — Eu esperava que Nakita estivesse bem. Não era como ela só... Deixasse assim. Ela tinha estado nas nuvens, talvez literalmente, desde que descobriu que eu tinha mantido minha posição de timekeeper e que as coisas tinham o potencial de mudar. O silêncio trouxe a minha atenção de volta para a mesa. Josh estava dando uma olhada em Barnabas, e o ceifador ignorando ele, olhando para o seu amuleto. A pedra normalmente estava brilhando, e eu vi a dica de amarelo nela. Tal como no deslocamento para o vermelho, amarelo. — O que está acontecendo? — Eu perguntei, me lembrando do humor de Nakita, a raiva e depois tristeza. — Apenas a diga, Barney. — Josh levou-o, ganhando um brilho do ceifador.

— Diga-me o que aconteceu? — Exigi. Ainda assim, Barnabas ficou lá com os lábios apertados, com as mãos firmemente sobre a mesa. Eu podia ver minha mãe além dele, nos observando. Josh bebeu algumas de suas bebidas. — Barnabas quer voltar para Ron. — afirmou categoricamente. Meus lábios entreabertos, e me sentei em linha reta. — Como?! Minha exclamação tinha chamado à atenção da minha mãe, mas meu pai pegou seu cotovelo e a puxou, dando-nos a privacidade que eu merecia mas ela não entendeu. — Ron? — eu disse mais suave, mas não com menos veemência. A expressão de Barnabas tinha ido de desafiante para miserável. Olhos escuros articulando, ele chegou a minhas mãos, e eu as puxei. Não é de admirar que Nakita estivesse chateada. 190

— Não é assim... — disse ele — E eu não quero voltar para Ron. Eu quero voltar com Paul.

Paul? Vendo a minha raiva hesitante, Barnabas se inclinou. — Madison, falei com Paul, esta manhã, após o serafim ajustar seu amuleto. Ele diz que Ron não só não se lembra dele nos ajudando, mas que Ron não se lembra de mim o deixando, também. Ron pensa que eu ainda sou um ceifador branco em boas condições. Por que você acha que o Serafim fez isso? — Você quer voltar? — Eu disse, odiando que minha voz fosse tão alta. — Você não acha que nós podemos fazer isso? Depois que eu convenci os serafins que vamos tentar? — Não! — Ele balançou a cabeça, olhando para Josh, que estava recebendo uma risada às suas custas. — Eu acredito. Mas assim que Paul... Ele quer ajudar, e ele não pode fazê-lo por conta própria. Ele precisa de alguém para executar a interferência por ele, como Josh faz com você.

Josh sorriu, empurrando uma frita em sua boca. — Eu sou o seu agente secreto. — ele disse claramente se divertindo. Eu caí, os cotovelos sobre a mesa. — Você tem Nakita para ajudá-la, também. — Barnabas disse suavemente, com a cabeça quase tocando na minha. — Paul não tem ninguém. Eu conheço Ron toda a sua vida, e vou levar esse tipo de conhecimento para trabalhar em com ele. Paul vai ser o que envia ceifadores brancos, e alguém vai ter que mentir para Ron sobre ele. — Ele sorriu suavemente, inclinando-se para trás com um olhar astuto. — Se há uma coisa que eu posso fazer, é mentir. Eu estive mentindo para mim mesmo. Eu estarei lá se você precisar de mim, mas enquanto isso, vou ficar com Paul e prestar atenção nos ceifadores brancos que podem estar à procura de novas respostas para velhas perguntas e, em seguida para cobrir aqueles que o fazem. Meu coração estava doendo. — Ok! — eu disse, sentindo um nó na minha garganta começar a crescer. Ele ainda estava saindo, mas ele estava saindo com um propósito. Barnabas estava sendo luz e escuridão. Ele poderia fazê-lo. Pedir a ele para ficar seria egoísta. — Eu vou sentir sua falta. — Eu disse, recusando até mesmo deixar meus olhos lacrimejarem, muito menos chorar. — Hey! — ele disse, seu toque leve na minha mão para me aquecer. — Nós ainda podemos nos falar, certo? Eu balancei a cabeça, triste, mas eu tinha tudo o que queria. Barnabas tinha estado comigo desde o momento em que eu tinha acordado dos mortos no necrotério, e dizer adeus era como. . . Terminar, de certa forma. Barnabas estava em pé, e eu pisquei para ele. — Não é como se eu estivesse morrendo. — ele disse enquanto se inclinava para me dar um abraço. — Porém eu vou sentir falta do caminho que você usou para subir e parecer que você acabou de sair da cama pela manhã. Meus olhos fechados, e eu podia sentir o divino em si, com cheiro de penas e girassóis. Meus pensamentos foram para Sarah, que viveu sua vida com ele. Como seria ser assim?, eu me perguntei, Ter o divino com você o tempo todo? Seria demais para mim, e eu o deixei ir.

191

Ele se estendeu à sua altura total, e eu sorri. — Ela amava a seu último suspiro, não é? — Eu disse de repente. Barnabas hesitou, lutando até que ele descobriu que eu estava falando sobre Sarah. — E, além disso... — disse ele a sério. — Às vezes. . . Tenho inveja de você com os seus finais. Finais nem sempre são ruins. Na maioria das vezes, são apenas começos disfarçados. — Ele inclinou a cabeça, olhando além de mim. — Eu devo ir. Josh limpou a mão e a estendeu. — Agarre a minha mão e faça girar seu dedo no outro lado, Homem pássaro. — ele disse, e as duas mãos juntas bateram. O caroço na minha garganta parecia se definir bem, e eu respirei fundo. Se minha mãe me visse assim, ela acharia que eu estava apaixonada por Barnabas. — E de qualquer maneira. — disse Barnabas enquanto ele se virava para sair — Eu acho que você vai estar muito ocupada para me perder. 192

Eu segui o seu olhar para o corredor onde estava Nakita, confiante e audaciosa novamente com Demus ao lado dela. O ceifador negro parecia constrangido, mas a luz em seus olhos exigiam respostas que ele poderia encontrar apenas comigo. Meus lábios se separaram, e eu olhei para Barnabas, sorrindo enquanto ele rodava em um semicírculo lento, a bainha das suas penas enrolando. Josh grunhiu quando ele esmagou seu prato e guardanapo em uma bola. — Eu acho que Nakita trouxe-lhe o seu primeiro desertor. — ele disse, e eu apenas balancei a cabeça, vendo a confusão beligerante no anjo ruivo ao lado de Nakita. Fiquei pensando que esta tarde com os meus pais que ia ser memorável, se nada mais acontecesse. Ainda bem que Nakita poderia mudar memórias. — Você acha que ele come frutos do mar? — Eu perguntei a Josh. — Sei lá.

Barnabas estava saindo, mas Demus parecia estar tomando o seu lugar. Trazendo outro ceifador em torno de um colorido estado de espírito pode ser divertido, ver como ele estava à procura de respostas. Eu tinha o meu corpo e o meu amuleto, e um futuro que iria ser ao mesmo tempo desafiador e gratificante enquanto eu trabalhava um-a-um com o próprio céu, mostrandolhes o que a consciência coletiva da humanidade tinha destilado dentro de mim — que a vida era tão importante quanto à alma, e o fim de uma para salvar a outra não era necessário, se a luz e a escuridão pudessem trabalhar juntas para trazer a compreensão. Luz e escuridão, pensei, dedilhando meu amuleto. Bom e mau, alma e corpo, todos juntos em uma confusa bagunça que de alguma forma fazia sentido divino. Perfeitamente satisfeita, eu caminhava ao lado de Josh, imaginando o que seria amanhã, que almas eu poderia salvar. Hoje, porém, eu estava saindo para almoçar com meus pais e meus amigos. E que estava tudo bem comigo.

193

Fim

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