Bernardo Creimer Cherman

Contabilidade de Custos Teoria e mais de 290 questões de concursos resolvidas

CÉy €ditora Ferreira

Rio de Janeiro 2010

Copyright © Editora Ferreira Ltda., 2008-2010

1.ed. 2008; 2. ed. 2010

Capa

Diniz Comes dos Santos Diagramação

Marcela Liana Antunes Revisão

Fernanda Machtyngier Esta edição foi produzida em novembro de 2009, no Rio de Janeiro, com as famílias tipográficas Syntax (9/10,8) e Minion Pro (12/14), e impressa nos papéis Chenming 70g/m2 e Ningbo 250g/m2 na gráfica Vozes. C1P-BRASIL, CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ. 49c :d. Cherman, Bernardo Creimer, 1956Contabilidade de custos : teoria e mais de 290 questões de concursos resoividas / Bernardo Creimer Cherman. - 2.ed. - Rio de Janeiro : Ed. Ferreira, 2009. 248p. Inclui bibliografia ISBN 978-85-7842-104-5 1. Contabilidade de custo. i. Título. -5744. CDD: 657.42 CDU: 657.4 .11.09

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Editora Ferreira contato@edítoraferrei ra. com .br www.editoraferreira.com.br

TODOS OS DiREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução totai ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor (Lei n° 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. • Depósito iegal na Biblioteca Nacionaí conforme Decreto n° 1.825, de 20 de dezembro de 1907.

Aos meus filhos Christiane e Rafael, pelo apoio e carinho.

Nesta segunda edição foram incluídos mais exercícios, dos anos de 2008 e 2009. Agora, são quase 300 exercícios de concursos, todos resolvidos e comen­ tados. Não houve mudanças significativas na parte teórica. Este livro atende à demanda de Contabilidade de Custos na área de con­ cursos públicos e, adicionalmente, pode ser usado como material complementar para aqueles que estudam Contabilidade em nível de graduação. Procurando dar à obra o caráter mais didático possível, considerando os mais recentes editais, a matéria foi dividida em capítulos e ao final de cada um deles, exercícios propostos de concursos, devidamente resolvidos. Os comentários dos exercícios são simples e diretos, apresentando os fatos que comprovam, ou não (são apresentadas questões para as quais, em princípio, caberiam recurso), o gabarito apresentado. As provas abrangem questões das principais bancas examinadoras do país, como Esaf, Cespe-UnB, Vunesp, FCC (Fundação Carlos Chagas) e outras. A maior preocupação foi fornecer ao aluno material que facilite a assi­ milação dos conceitos exigidos em concursos públicos com o mínimo de difi­ culdade, através da simplicidade dos textos, da objetividade dos comentários e, especialmente, dos numerosos exercícios resolvidos, mais que suficientes para o entendimento da matéria e objetivo das respectivas bancas examinadoras. Espero oferecer, com este trabalho, uma modesta contribuição na divul­ gação de Contabilidade de Custos, não apenas para concursos públicos como também no exercício profissional. Bernardo Creimer Cherman

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Capítulo 1: Conceitos introdutórios 1.2. O bjetivo.................................................................................................................... 1 1.3. Finalidade................................................................................................................. 1 1.4. Informações...........................................................................................................1 1.5.1. Bens fixos ................................ ........................................................................... 2 1.5.2. Bens de venda....................................................................................................2 1.5.3. Bens numerários...............................................................................................3 1.5.4. Bens de renda....................................................................................................3 1.6. Terminologia............................................................................................................. 3 1.6.1. Gastos ............ ............... *................ ................................................................. 3 1.6.2. Investimentos .....................................................................*............................3 1.6.3. Custos.................................................................................................-............. 4 1.6.4. Despesas..............................................................................................................4 1.6.5. Desembolso........................................................................................................4 1.6.6. P e r d a ................. ................... ............................................................................ 4 1.7. Custo de Oportunidade, Custo Imputado, Custo Perdido.............................. 5 Exercício de fixação........................ .................................................................................9 Gabarito do exercício de fixação.................... .......................................................... 9 Questões de provas.....................................................................................................10 Comentários....................... .............................................................................................15 Capítulo 2: Elementos formadores dos custos e classificação dos custos 2.1. Elementos formadores dos custos................................................................... 21 2.1.1. Material direto............................................................................................. 21 2.1.1.1. Características....................................................................................... 21 2.1.1.2. Material estocado................................................................................. 21 2.1.1.3. Perda de materiais................................................................................22 2.1.2. Mão de obra direta..................................................................................... 22 2.1.2.1. Tempo não produtivo e tempo produtivo........................................ 23 2.1.3. Custos indiretos..............................................................................................23 2.1.3.1. Material indireto......................................................................................23 2.1.3.2. Mão de obra indireta......................................................................... 24 2.1.3.3. Outros gastos indiretos..........................................................................24

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2.2. Classificação dos custos................................................................................... 25 2.2.1. Quanto à época de apuração.......................................................................25 2.2.1.1. Custos históricos................................................................................ 25 2.2.1.2. Custos pré-determinados.................................................................... 25 2.2.2. Quanto à formação ou natureza................................................................ 25 2.2.2.1. Custos variáveis......................................................................................25 2.2.2.2. Custos fixos.............................................................................................26 2.2.2.3. Custos semifixos..................................................................................... 28 2.2.2.4. Custos semivariáveis.............................................................................. 28 2.2.3. Quanto à alocação ou apuração dos custos............................................ 29 2.2.3.1. Custos diretos......................................................................................... 29 2.2.3.2. Custos indiretos..... ................................................................................29 2.2.4. Quanto ao produto....................................................................................... 30 2.2.4.1. Custos primários................................................................................... 30 2.2.4.2. Custos de transformação...................................................................... 30 2.2.4.3. Custos de produção ou de fabricação................................................31 2.3. Despesas - Classificação......................................................................................31 Questões de provas..................................................................................................... 34 Comentários.................................................................................................................. 42 Capítulo 3: Sistemas de apropriação de custos 3.1. Custeio por absorção........................................................................................... 51 3.2. Custeio variável ou direto............... ................................................................... 51 3.3. ABC - Activity Based Costing............................................................................ 52 3.4. RKW - Reichkuratorium fu r W irtschjtlichtkeit.............................................52 3.5. Custeio padrão........................................................................................................ 52 Questões de provas......................................................................................................53 Comentários................................................................. ................................................57 Capítulo 4: Custeio por absorção: apuração do custo dos produtos vendidos, custo dos produtos acabados e custo de produção 4.1. Apuração do C P V ........................................... .................................................... 61 4.2. Apuração do CPA e C P .......................................................................................62 Questões de provas..................................................................................................... 67 Comentários.................................................................................................................78 Capítulo 5: Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização 5.1. Critérios de rateio............................................... ................................................87 5.2. Departamentalização...........................................................................................88 5.2.1. Centro de Custos..........................................................................................88 VIII

5.2.2. Objetivo da departamentalização.... ......................................................... 89 5.2.3. Tipos de departamentos....................................... ......................................89 5.2.3.1. Departamentos produtivos .........................................................................89 5.2.3.2. Departamentos de serviços.................................................................. 89 Questões de provas...................................................................................................... 90 Comentários.................................................................. ............................................... 95 Capítulo 6: Custeio por absorção: sistema de acumulação de custos, produção conjunta, co-produtos, subprodutos, sucatas e aspectos fiscais na avaliação dos estoques 6.1. Sistema de acumulação de custos.................................................................. 99 6.1.1. Produção por ordem ou encomenda....................................................... 99 6.1.2. Produção contínua, em série ou por processo....................................100 6.2 Produção conjunta, co-produto, sub-produto, sucata...............................101 6.2.1 Produção conjunta................................................................................... 101 6.2.2. Co-produto................................................................................................101 6.2.3. Subprodutos............................................................................................. 102 6.2.4. Sucata.........................................................................................................103 6.3. Aspectos fiscais na avaliação de estoques.................................................. 103 Questões de provas..................................................................................................105 Comentários..................................... ....................................................................... 113 Capítulo 7; Custeio por absorção: produção equivalente 7.1. Produção equivalente - geral........................................................................119 7.1.1. Produção equivalente quando há estoque inicial de produtos em elaboração......................................................................... ................120 7.1.1.1. Custo médio...................................................................................... 121 7.1.1.2. P.E.P.S...................................................................................................121 7.2. Produção equivalente - tratamento por insumo.......................................122 Questões de provas.................................................................................................... 124 Comentários................................................................................................................128 Capítulo 8: Custeio variável: diferenças entre custeio variável e custeio por absorção. Ponto de equilíbrio contábil 8.1. Diferenças entre custeio variável e por absorção..........................................133 8.2. Quadro com diferenças entre custeio por absorção e variável.................. 138 8.3. Ponto de equilíbrio contábil.... ........................................................................138 Questões de provas................................................................................................142 Comentários............................................................................................................... 154

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Capítulo 9: Custeio variável: margem de segurança, ponto de equilíbrio econômico, ponto de equilíbrio financeiro, limitações na capacidade de produção, relação custo, volume e lucro 9.1. Margem de segurança.................................................................................... 167 9.2. Ponto de equilíbrio econômico.....................................................................168 9.3. Ponto de equilíbrio financeiro....................................................................... 168 9.4. Limitações na capacidade de produção.......................................................170 9.5. Relação custo, volume e lucro........ .............................................................. 172 9.5.1. Alteração nos custos e despesas fixos...................................................172 9.5.2. Alteração nos custos e despesas variáveis........................................... 173 9.5.3. Alteração no preço de venda.................................................................. 174 Questões de provas................................................................................................ 175 Comentários.............................................................................................................183 Capítulo 10: ABC: custeio baseado em atividades 10.1. Identificar as atividades relevantes........................................................... 197 10.2. Atribuição de custos às atividades..............................................................197 10.3. Identificar e selecionar os direcionadores de custos............................... 198 Questões de provas.................................................................................................201 Comentários............................................................................................................ 205 Capítulo 11: RKW 11.1. Geral................................................................................................................ 209 Questões de provas.............................................................................. .................210 Comentários............................................................................................................211 Capítulo 12: Custo padrão 12.1. Custo padrão ideal........................................................................................ 213 12.2. Custo padrão estimado................................................................................ 213 12.3. Custo padrão corrente.................................................................................. 213 12.4. Custo real........................................................................................................214 Questões de provas.................................................................................................217 Comentários............................................................................... ............................ 223 Bibliografia.................................................................................................................233

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Capítulo 1

Conceitos introdutórios 1.1. Conceito Contabilidade de Custos é o conjunto de registros especiais utilizados para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos/serviços. Segundo George Leone: “Ramo da função financeira que acumula* organiza, analisa e interpreta os custos dos produtos, dos estoques, dos serviços, dos componentes de organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição, para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o adminis­ trador no processo de tomada de decisões e de planejamento”. 1.2. Objetivo O objetivo primordial da contabilidade de custos é a apuração dos custos dos produtos vendidos. 1.3. Finalidade De acordo com a definição, podemos citar: ♦ Avaliação dos estoques; ♦ Apuração dos resultados; ♦ Controle das atividades produtivas; ♦ Tomada de decisão. 1.4. Informações As principais informações são: ♦ Determinação dos custos de qualquer natureza; ♦ Determinação dos gastos nas diversas áreas; ♦ Controle das operações; ♦ Levantamento de custos, desperdícios, danificações, tempos ociosos etc.; ♦ Orçamentos etc.

Contabilidade de Custos

1.5. Bens Bem é um elemento que pode satisfazer uma necessidade humana e que é suscetível de avaliação econômica. Há várias classificações de bens, tais como: ♦ Bens Móveis: aqueles que podem ser removidos Ex: veículos, dinheiro, móveis, máquinas etc. ♦ Bens Imóveis: não podem ser removidos Ex: edifícios, terrenos e tc ♦ Bens Tangíveis: os que constituem uma realidade física Ex: veículos, imóveis etc. ♦ Bens Intangíveis: não constituem uma realidade física Ex: nome comercial, fórmulas de produção, ponto comercial etc. Existem outras classificações de bens. Para efeito de contabilidade de custos, as principais classificações são: 1.5.1. Bens fixos Bens de caráter permanente ou quase permanente e que constituem os meios de produção da empresa. Em economia são chamados bens de capital. Exemplo: ♦ Imóveis; ♦ Veículos; ♦ Máquinas; ♦ Instalações. 1.5.2. Bens de venda São os bens destinados à venda e constituem o objeto da empresa. Nas empresas industriais são constituídos por: ♦ Matéria-prima; ♦ Produtos em elaboração; ♦ Produtos acabados. Alguns autores consideram a matéria-prima como bens circulantes, já que o objetivo dela não é a venda, e sim fazer parte do produto acabado.

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Conceitos introdutórios

1.5.3. Bens numerários Constituem o disponível da empresa, como: ♦ Caixa; ♦ Bancos; ♦ Aplicações de liquidez imediata. 1.5.4. Bens de renda São aqueles adquiridos com a finalidade de produzir renda e que não estão ligados ao objeto da empresa. Exemplos: ♦ Participações societárias permanentes; ♦ Aplicações financeiras a longo prazo; ♦ Imóveis para alugar. 1.6. Terminologia Não existe uma padronização legal ou concordância entre os diversos autores, porém os termos mais empregados são: 1.6.1. Gastos Termo abrangente e definido como “sacrifícios com que arca a entidade, visando à obtenção de bens ou serviços mediante a entrega ou promessa de en­ trega de parte de seu ativo, sendo esses ativos representados normalmente em dinheiro”. O gasto pode ser um investimento, custo ou despesa. 1.6.2. Investimentos São “gastos ativados (classificados no ativo) em função da utilidade futura de bens ou serviços obtidos”. Assim, qualquer gasto realizado cujo bem é ativado será um investimento. Exemplo: ♦ Móveis e utensílios; ♦ Veículos; ♦ Imóveis etc.

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Capítulo 1

Contabilidade de Custos

1.6.3. Custos São “gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços” Os custos são gastos ligados à produção. Exemplos: ♦ Salários do pessoal da produção; ♦ Matéria-prima utilizada na produção; ♦ Manutenção das máquinas de produção; ♦ Depreciação dos equipamentos de produção; ♦ Aluguel da fábrica etc. 1.6.4. Despesas São “gastos consumidos, direta ou indiretamente, na obtenção de receitas”. Um dos maiores problemas dos estudantes, em geral, é a distinção entre custo e despesa. Do ponto de vista didático, todos os gastos realizados na fab ri­ cação do produto, isto é, “dentro da fábrica” são custos. O resto é despesa. Assim, os gastos com pessoal da administração, gastos relativos à venda, depreciação de bens da área comercial ou administrativa são despesas. Os gastos com mão de obra da fábrica, depreciação de equipamentos da fábrica, manutenção (da fábrica), seguro da fábrica etc. são custos. 1.6.5. Desembolso É o pagamento do bem ou serviço adquirido. Pode ocorrer antes, durante ou depois da aquisição. Assim, se comprarmos um bem à vista, o desembolso se dá durante a aquisição deste bem. Se comprarmos um bem a prazo, o desembolso se dará depois da aquisição. Se adiantarmos o dinheiro para posterior recebimento do bem, o desem­ bolso ocorre antes do recebimento deste bem. 1.6.6. Perda É o consumo involuntário ou anormal de um bem ou serviço. As perdas decorrentes de fatores externos podem se transformar em despesas (perdas do período), e as de fatores decorrentes da atividade produtiva; em custos, como veremos adiante. Exemplos: ♦ Perda de matéria-prima no processo produtivo; ♦ Incêndio; ♦ Greves etc. Bernardo Cherman

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Conceitos introdutórios

Exemplos: ♦ Na compra de uma máquina de calcular, teremos um investimento. Se a máquina for utilizada na fábrica, sua perda de valor (depredação) será registrada como custo. Se for utilizada na administração, sua perda de valor será despesa. ♦ O gasto com energia elétrica de uma fábrica é registrado diretamente como custo da administração; como despesas (não passa pela fase de investimento). ♦ As matérias-primas, quando adquiridas, são investimentos (serão classificadas no ativo); quando usadas na produção, são custos. Depois de pronto, o pro­ duto acabado será estocado, logo será investimento e depois de vendido, será despesa. Graficamente teríamos: Investimento

Investimento

Custo

Despesa

<>A terminologia geralmente usada “custo dos produtos vendidos” não está tecnicamente correta. Deveríamos usar despesa dos produtos vendidos, já que os gastos relativos à venda são despesas e não custos. ♦ Os encargos financeiros relativos a compra de matéria-prima são des­ pesas. * As perdas normais durante o processo produtivo são custos. 1.7.

Custo de Oportunidade, Custo Imputado, Custo Perdido Custo de Oportunidade

É um conceito mais econômico que contábil. Representa quanto a empre­ sa deixa de ganhar com juros financeiros (ativos não contábeis), imobilizando o capital em estrutura - Ativos não-financeiros (máquinas, equipamento etc.). Quanto maior o juro no país, maior o Custo de Oportunidade. Basicamente representa o quanto a empresa sacrificou em termos de remu­ neração por ter aplicado seus recursos numa alternativa ao invés de em outra. Exemplo: Suponha que uma empresa tenha aplicado em seu imobilizado R$1.000.000, e o resultado do período seja de R$100.000. Se o juro do mercado financeiro é de 6%, o custo de oportunidade é de R$ 60.000. 5

Capítulo 1

Contabilidade de Custos

Desta forma, considerando o custo de oportunidade, o resultado do perío­ do é de R$40.000 (este é o valor que a empresa conseguiu a mais do que daria o mercado financeiro). Custo Imputado É o valor apropriado para efeitos internos ao produto, mas não contabilizado como custo. Ex: Custo de Oportunidade. Custos Perdidos (Sunk Cost) Diante da escolha entre alternativas de ação, o gestor de uma empresa utiliza os custos relevantes para as decisões não rotineiras. Os custos relevantes correspondem aos futuros custos esperados das alternativas disponíveis. A regra desse processo decisório indica que os custos relevantes devem ser comparados com as receitas futuras esperadas para determinar a melhor opção para a empresa. Nas decisões da empresa, os denominados custos perdidos (sunk cost) não são considerados relevantes. Uma vez que o custo é perdido, o mesmo não tem efeito para decisões futuras e não deve ter um papel em escolhas racionais. Os custos perdidos são os que já foram incorridos. Considere uma situa­ ção de um investimento já realizado de 100 milhões de reais num projeto, sendo necessários mais 50 milhões para finalizá-lo. Uma nova tecnologia permite fazer um projeto similar por 20 milhões, com as mesmas características do original. A decisão óbvia é abandonar o projeto original, perdendo os 100 milhões investidos originalmente. Nessa situação, esse valor já investido é considerado perdido e não interfere no processo decisório, devendo, por isso, ser desconsiderado na análise. Podemos definir custos perdidos como valores já gastos no período passado, e que, mesmo que ainda não contabilizados totalmente como custos, o serão no futuro, por isso são irrelevantes para efeito de decisão, exceto se influir no fluxo de caixa. Exemplo Prático: São dadas as seguintes informações (em R$) Compra de Matéria-prima..................................................................... 10.000 Matéria-prima utilizada na produção.................................................. 6.000 Salários e encargos - Mão de obra da produção.................................... 15.000 Salários e encargos - Mão de obra da administração........................... 10.000 Manutenção dos equipamentos da produção................................... 12.000 Depreciação das máquinas da produção.............................................11.000 Depreciação das máquinas da administração......................................4.000 Seguros incorridos da área industrial..................................................4.000 Seguros incorridos da área administrativa............................................ 2.000 Bernardo Cherman

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Conceitos introdutórios

Energia elétrica consumida no escritório de venda.................................500 Energia elétrica consumida na fábrica....................................................2.000 Comissão de vendedores....................................................................... 1.000 Limpeza do prédio da administração.....................................................500 Limpeza da fábrica............................................................................... 1.500 Aluguel da fábrica..................................................................................6.500 Aluguel do escritório de venda.............................................................. 2.000 Aluguel da área administrativa.......................................................... 2.000 Vendas do período............................................................................... 60.000 Produção do período.........................- ....................... .............500 unidades Quantidade vendida ............................................................... 300 unidades Pede-se: a) Os custos totais do período; b) O custo por unidade produzida; c) O resultado industrial (Lucro Bruto); d) O resultado do exercício (Lucro Líquido); e) O estoque final de produtos acabados. Resolução a) Os custos do período são: Matéria-prima utilizada *........................................................................ 6.000 Salários e Encargos ~ mão de obra da produção............................. 15.000 Manutenção da produção....................................................................... 12.000 Depreciação, máquinas da produção...................................................11.000 Seguros - área industrial............................................................................4.000 Energia elétrica - fábrica........................................................................ 2.000 Limpeza da fábrica............................................................................... 1.500 Aluguel da fábrica................................................................................... 6.500 TOTAL......................................................................................................58.000 b) O custo por unidade produzida é: 58.000 = R$116,00 500 c) O custo dos produtos vendidos (C.P.V.) é: 300 x 116 = 34.800 Logo, o Lucro Bruto é de (Vendas - C.P.V): 60.000 - 34.800 = 25.200 7

Capítulo 1

Contabilidade de Custos

d) Para calcularmos o lucro líquido, devemos inicialmente calcular o total das despesas: Salários e Encargos - Administração.................................................... 10.000 Depreciação - Máquinas da Administração......................................... 4.000 Seguros - Área Administrativa............................................................... 2.000 Energia Elétrica - Escritório de Vendas................ ....................................500 Comissão de Vendedores..........................................................................1.000 Limpeza da Administração.................................... ....................................500 Aluguel - Escritório de Vendas...............................................................2.000 Aluguel - Área Administrativa................................................................2.000 TOTAL................................................................................................... 22.000 A D.R.E. ficaria: Vendas.......................................................................................................60.000 (-) C.P.V..............................................................................................- (34.800) (=) Resultado Industrial........................................................ .................25.200 (-) Despesas Comerciais e Administrativas..................................... (22.000) (=) Lucro Líquido......................................................................................................... 3.200 e) O estoque final de produtos acabados é calculado multiplicando-se a quantidade de produtos acabados em estoque pelo custo unitário. 200 x 116 = R$23.200

Veja demonstração abaixo: Estoque Inicial de Matéria-prima.......................................................... Zero (+) Compras.............................................................................................. 10.000 (-) Estoque final de Matéria-prima..................................................... (4.000) {-) Matéria-prima utilizada na Produção................. ..............................6.000 ou graficamente (razonete): Matéria-prima 6.000 10.000 4.000 Bernardo Cherman

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Conceitos introdutórios

m m m Ê S is ip m Verificar se é Custo (C), Despesa (D), Investimento (I) Perda (P) e se houve ou não Desembolso (Db) 1234-

Compra à vista de um computador Compra a prazo de matéria-prima Transferência de matéria-prima do almoxarifado para a produção Pagamento de prêmio de seguro cobrindo a fábrica e os imóveis da admi­ nistração 5 ~ Apropriação do seguro da fábrica 6 - Apropriação do seguro da administração 7 - Pagamento de energia elétrica da fábrica 8 - Pagamento de energia elétrica do escritório de vendas 9 - Apropriação dos gastos de mão de obra do pessoal de vendas 10 - Apropriação dos gastos de mão de obra do pessoal da produção 11 - Pagamento de encargos financeiros relativo à compra de matéria-prima 12 - Pagamento de taxas sobre talões de cheque de bandos 13 - Apropriação à produção de honorários da diretoria industrial 14 - Despesas à vista com refeição do pessoal da fábrica 15 ~ Despesas à vista com refeições do pessoal de vendas 16 - Depreciação de móveis e utensílios da área comercial 17 - Depreciação de móveis e utensílios da área industrial 18 - Pagamento de frete/carreto sobre matérias-primas adquiridas 19 - Pagamento de frete/carreto sobre produtos vendidos pela fábrica 20 ~ Danificação de matéria-prima em função de incêndio 21 - Gasto pago com mão de obra da fábrica em período de greve 22 ~ Embalagem efetuada em produto no decorrer do processo produtivo 23 - Embalagem especial em produto após o processo produtivo í 'V. • 1. I, Db 2. I 3. C 4. I, Db 5. C 6. D 7. C Db 8. D, Db

9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.

D C D,Db D, Db C C, Db D, Db D

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17. 18. 19. 20. 21. 22. 23.

C I, Db D, Db P RDb C D

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Contabilidade de Custos

w sm m rn m M

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B m m Ê sm

01) (AFRF/Esaf) As despesas financeiras da empresa, inclusive as correções monetárias de empréstimos contratados, têm as características de: a) Serem incorporadas aos custos totais de fabricação dos produtos. b) Serem incorporadas aos custos básicos de fabricação dos produtos. c) Serem classificadas como despesas não operacionais da empresa. d) Não serem incluídas nos custos de fabricação dos produtos. 02) (AFRF/Esaf) Via de regra, as perdas anormais de matéria-prima no processo do produto: a) Fazem parte do custo do produto elaborado. b) São debilitadas contra a venda de sucatas. c) São debitadas contra a venda de subprodutos. d) São tratadas como perda do período. 03) (AFRF/Esaf) Produtos Acabados em Estoques são: a) Custos das Mercadorias Vendidas; b) Ativos; c) Gastos Gerais de Fabricação; d) Custos de Transformação. 04) (AFRF/Esaf) Assinale a alternativa que contenha contas representativas de bens fixos e bens de vendas de uma empresa industrial: a) Adiantamento a Fornecedores Credores por financiamento de equipamentos; b) Contratos de aluguel de veículos Manutenção reparos; c) Títulos de Capitalização Mercadorias recebidas em consignação; d) Máquinas e equipamentos Estoques de produtos para venda; e) Imóveis para venda Investimentos em coligadas. 05) (AFRF/Esaf) Na escrituração contábil de uma empresa industrial, os valores dos encargos das depreciações dos equipamentos de produção e das máquinas do escritório da administração geral devem ser registrados a) a débito das contas Encargos de Depreciação de Equipamentos e Encargos de Depreciação de Móveis e Utensílios, devendo o saldo da primeira integrar o custo dos produtos de fabricação própria da empresa; b) a débito das contas Encargos de Depreciação de Equipamentos e Encargos de Depreciação de Móveis e Utensílios, que terão seus saldos transferidos, dire­ tamente, para resultado do Exercício na data do balanço; Bernardo Cherman

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Conceitos introdutórios

c) a débito da conta Encargos de Depreciação, que terá seu saldo transferido, di­ retamente, para Resultado do Exercício na data do balanço; d) a débito da conta Depreciação Acumulada de Equipamentos e Depreciação Acumulada de Móveis a Utensílios, devendo o saldo da primeira integrar o custo dos produtos de fabricação própria da empresa; e) a débito das contas Depreciação Acumulada de Equipamentos e Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios, que teria seus saldos transferidos, direta­ mente, para Resultado do Exercício na data do balanço. 06) (AFRF/Esaf) Um apartamento, adquirido e alugado por uma empresa industrial, ébem: a) do ativo diferido; b) fixo; c) numerado; d) de renda; e) de venda. 07) (AFRF/Esaf) Máquina destinada à produção do calçado e, para indústrias calçadistas, um bem: a) de renda, produzindo bens de venda; b) fixo, produzindo bens de renda; c) fixo, porque é utilizado mais tempo que o bem de renda; d) fixo de renda; e) fixo, produzindo bens de venda. 08) (AFRF/Esaf) O estoque de produtos em elaboração é composto de bens: a) de venda, porque, após acabados, serão vendidos; b) de renda, porque, após acabados, sua venda resultará em renda; c) semi-fixos, porque, enquanto sua estocagem é de menor giro, a de produtos acabados gira menos lentamente; d) de renda; e) de reposição automática, porque não podem ser vendidos, mas devem ser re­ novados para se incorporarem aos custos diretos. 09) (AFRF/Esaf) As contas de Matérias-Primas e Materiais Indiretos de Fabricação (ou Custos Indiretos), como componentes do custo, ligam-se a fatos cuja ordem de formação ou constituição, como eventos patrimoniais em uma indústria, é seqüencial. Qual das seqüências, no processo produtivo, pode-se considerar como natural ou lógica? a) Compra - armazenagem - produção - armazenagem b) Compra - produção - venda - armazenagem c) Armazenagem ~ compra - venda - produção d) Compra - armazenagem - venda - produção e) Armazenagem - produção - compra - venda

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Capítulo 1

Contabilidade de Custos

10) (AFRF/Esaf) Uma empresa industrial transferiu produtos semi-elaborados do seu estabelecimento central para a sua outra fábrica em outra cidade. O transporte custou $30.000,00, e os produtos semi-elaborados foram transferidos ao seu custo total de $270.000,00. O estabelecimento central cumpre sua etapa de produção com semi-elaborados e elaborados. A fábrica da outra cidade inicia a sua produção com os semi-elaborados que recebe da central. Nesse caso, no estabelecimento da outra cidade recebedora, por quais valores e em que contas se apropriam tais fatos? a) Produtos Semi-Elaborados 270,000,00 e Despesas Gerais de Produção 30.000,00. b) Matérias-Primas 300.000,00. c) Produtos Semi-Elaborados 300.000,00. d) Despesas Gerais de Produção 300.000,00. e) Produtos Semi-EIaborados 270.000,00 e Transportes 30.000,00. 11)

(Fiscal ICMS/Vunesp) Os encargos financeiros incorridos por uma entidade nas aquisições de bens a prazo são tratados como: a) Perdas; b) Despesas; c) Custos; d) Imobilizado; e) Estoques.

12) (Fiscal ICMS/Vunesp) O gasto do Departamento de Faturamento, a depreciação das máquinas de produção, a compra de matéria-prima e o tempo do pessoal em greve (remunerada) são, respectivamente: a) Despesa, perda, ativo, custo. b) Despesa, ativo, perda, custo. c) Despesa, custo, ativo, perda. d) Despesa, custo, perda, ativo. e) Despesa, ativo, custo, perda. 13) (INSS/Cespe-UnB/97) Os encargos financeiros, apurados segundo o regime de competência, decorrentes de financiamentos para aquisição de matérias-primas, devem ser apropriados: 1 - Diretamente aos custos de produção, agregando-se da matéria-prima corres­ pondente. 2 - Como custo de produção, agregando-se custos indiretos de fabricação, devendo ser, posteriormente, rateados aos produtos. 3 - Com despesa antecipada no ativo circulante, independentemente de terem sido pagos ou não. 4 - Como despesas de exercícios futuros, até que os respectivos produtos acabados sejam vendidos. 5 - Como ativo diferido, para amortização em cinco exercícios sociais. Bernardo Cherman

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Conceitos introdutórios

14) (AFC/Esaf/2002) O garoto Francisco de Assis largou o emprego para fazer um cursinho de treinamento durante 60 dias corridos. A mensalidade será de R$130,00, mais apostilas de R$35,00 e condução e alimentação de R$ 3,00 diários. O salário de Francisco no emprego abandonado era de R$180,00 mensais, com encargos de previdência de 11%. Analisando-se gerencialmente a atitude de Francisco, com base exclusiva nos dados fornecidos, verifica-se que nesses dois meses haverá: a) b) c) d) e)

custo econômico de R$874,60; custo econômico de R$795,40; despesa efetiva de R$835,00; custo de oportunidade de R$475,00; custo de oportunidade de R$360,00.

15) (MPOG/Esaf/2005) Em uma empresa prestadora de serviços de consultoria e planejamento organizacional, são identificados como custos diretos dos serviços prestados: a) Os salários dos consultores envolvidos nos serviços contratados e as despesas de viagens para atendimento de clientes. b) O consumo mensal de material de escritório e os salários pagos aos funcionários do escritório central. c) As despesas de viagens para atendimento de clientes e os gastos de telefonia do escritório central. d) Os gastos de deslocamento para atendimento de clientes e o gasto com elabo­ ração e manutenção do site da empresa. e) O aluguel do prédio do escritório central da empresa e os gastos de deslocamento para atendimento de clientes. Julgue os itens 16 a 18 (Cespe-UnB): 16) (Petrobras/2007) De acordo com as práticas adotadas pela contabilidade financeira no Brasil, os encargos de depreciação relativos aos bens utilizados na produção compõem o custo dos produtos, transitando pelo ativo antes de se converterem em despesa. 17) (PF/2002) O custo de processamento de dados de uma indústria de calçados deve ser considerado como um custo de fabricação. 18) (Petrobras/2004) O custo de oportunidade é um custo verdadeiro, no sentido de representar quanto está sendo o sacrifício da empresa ao optar por investir em determinado empreendimento em detrimento de outro. Apesar de não ser contabilizável, esse tipo de custo obrigatoriamente tem de ser considerado nas análises para a tomada de decisões. 13

Capítulo 1

Contabilidade de Custos

19) (Imbel/Coseac/2008) O sacrifício financeiro, presente ou futuro, para a obtenção de um produto ou prestação de serviço denomina-se: a) gasto. b) investimento. c) custo. d) despesa. e) desembolso. 20) (lmbel/Coseac/2008) Um gasto fortuito, ocasional, denomina-se: a) investimento. b) despesa pré-operacional. c) desembolso. d) custo. e) perda. 21)

(Imbel/Coseac/2008) O conjunto ordenado de atividades de acompanhamento, classificação, apropriação, análise eregistro contábil de todos os gastos consumidos direta ou indiretamente no processo operacional denomina-se: a) despesas. b) matéria-prima. c) custos. d) mão de obra direta e indireta. e) produtos em elaboração.

22) (Analista de Custos/UFF/2008) Analise as afirmações abaixo: I - A diferença fundamental entre o custo dos produtos das empresas comerciais e o custo dos produtos nas empresas industriais é que as empresas comerciais têm só um insumo para o custo das mercadorias para revenda, enquanto as empresas industriais têm um processo de obtenção dos produtos. II - Para fins gerenciais, é dispensável o conhecimento do custo de cada produto e industriais têm de utilizar vários insumos para o serviço separadamente, em termos unitários. O que realmente importa na' tomada de decisão é o preço de venda dos produtos em questão. III - A despesa é um gasto incorrido em um determinado período e lançado contabilmente nesse mesmo período, para fins de apuração de resultado periódico da empresa. IV - Num ambiente de concorrência perfeita, a economia nos ensina que o preço é dado pelo mercado; não haveria, então, por que se falar em formar preços de venda pelo custo. Contudo, a prática dos negócios vê o assunto de forma mais ampla. Mesmo aceitando que o mercado possa estabelecer os preços, o Bernardo Cherman

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Conceitos introdutórios

custo unitário é elemento fundamental para parametrizar todas as decisões de fabricar ou não o produto, bem como é a informação básica para ofertar . o produto no mercado. Podemos dizer que são verdadeiras as afirmações: a) I, II, III e IV. b) I e III. c) I, III e IV. d) II, III e IV. e) III e IV. 23) (Simulado/2008) Podemos definir custos perdidos comovaloresjá gastos no período passado, e que, mesmo que ainda não contabilizados totalmente como custos, o serão no futuro, por isso são irrelevantes para efeito de decisão exceto se influir no fluxo de caixa. O custo imputado é o valor apropriado para efeitos internos ao produto, mas não contabilizado como custo. Como exemplo de custo imputado podemos citar o Custo de Oportunidade.

Comentários

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Questão 1 As despesas financeiras são sempre classificadas como despesas, e nunca serão incorporadas ao custo de produção. Resposta: D Questão 2 As perdas anormais de matéria-prima são tratadas como perda do período (involuntários). Resposta: D Questão 3 O Estoque de Produtos Acabados são Investimentos, isto é, Ativos. Resposta: B

I

Contabilidade de Custos

Questão 4 Alternativa a: Adiantamento a Fornecedores é conta do ativo, representativa de direito. Credores por financiamento é conta de passivo. Alternativa errada. Alternativa b: Contrato de aluguel é um ato administrativo, não sendo, normalmente, contabilizado» Na contabilidade pública, é contabilizado em contas de compensação. Manutenção e Reparos é conta de resultado. Afirmativa errada. Alternativa a Títulos de capitalização é conta de ativo. Estoque de Produtos para Venda são bens de Venda. Afirmativa errada. Alternativa d: Afirmativa correta. Alternativa e: Imóveis para venda é conta do ativo. Investimento em coli­ gadas, conta do ativo permanente - investimentos. Resposta: D Questão 5 O encargo de depreciação dos equipamentos de produção deve ser regis­ trado a débito Encargo de Depreciação de Equipamento, conta que integra o custo do produto (preferível utilizar outra notação: Custo de Depreciação). Os encargos de depreciação de móveis e utensílios são despesas, não integrando o custo do produto. Resposta: A Questão 6 O apartamento, se está alugado, representa um bem de renda. Não é con­ siderado um bem fixo, porque não constitui meios de produção da empresa (não é usado para a fabricação do produto). Resposta: D Questão 7 Como a máquina é usada na fabricação do calçado, é um bem fixo, pro­ duzindo bens de venda. Resposta: E

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Conceitos introdutórios

Questão 8 O estoque de produtos em elaboração é um bem de venda (depois de aca­ bados serão vendidos). Questão dada de presente. Resposta: A Questão 9 Questão resolvida com bom-senso. Inicialmente compram-se as matériasprimas e armazenam-nas até serem requisitadas pela produção. Após passarem pelo processo produtivo, elas são armazenadas em estoques de Produtos Acabados Resposta: A Questão 10 Observe que o custo do transporte é parte do processo produtivo, logo, a fábri­ ca da outra cidade vai incorporar este custo ao custo dos produtos semi-elaborados. Resposta: B Questão 11 Encargos Financeiros são sempre tratados como despesas, independente do bem ou direito a ser comprado. Resposta: B Questão 12 O gasto com o departamento de faturamento é uma despesa, já que não tem relação alguma com a produção. A depreciação das máquinas de produção é um custo apropriado ao produto em fabricação. O tempo do pessoal em greve remunerada é uma perda. Resposta: C Questão 13 Os encargos financeiros são sempre tratados como despesas. Não são tratados como custos, despesa antecipada, despesas de exercícios futuros ou ativo diferido. Resposta: Todas as afirmativas estão erradas. 17

Capítulo 1

Contabilidade de Custos

Questão 14 O custo de oportunidade, de uma maneira simplificada, é quanto se deixa de ganhar na troca de um empreendimento para outro. Custo do cursinho: 260 (2 meses) + 35 (apostilas) + 180 (3 x 60) = 475,00. No emprego, Francisco deixou de receber (em 2 meses) 360,00 (2 x 180), que é o custo de oportunidade (Francisco está deixando de ganhar R$360,00). Resposta: E Questão 15 Observe que não se trata de uma empresa industrial; é uma empresa pres­ tadora de serviços utilizando a notação da Contabilidade de Custos. Os custos diretos são aqueles medidos de forma objetiva, ligados diretamente à produção, no caso, à prestação de serviços. Considerando a notação de custos diretos, obser­ vamos que gastos ligados ao escritório central e gastos ligados ao site da empresa são considerados despesas, já que não estão ligados diretamente à prestação de serviços. Assim, são considerados custos o salário dos consultores e suas despesas de viagens para atendimento a clientes. Resposta: A Questão 16 Afirmativa correta. A depreciação das máquinas e equipamentos utilizados na produção compõe o custo dos bens produzidos. Estes valores transitam pelo ativo, inicialmente como o custo das máquinas e equipamentos. Questão 17 Afirmativa errada. O custo de processamento de dados deve ser considerado uma despesa, não sendo tratado como custo. Questão 18 A afirmativa está correta. A definição de custo de oportunidade está per­ feita, inclusive quando afirma que o custo não é contabilizado. Deve ser levado em consideração nas tomadas de decisão (apesar da palavra “obrigatoriamente”).

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Conceitos introdutórios

Questão 19 É a definição de gasto dada na apostila. Resposta: A Questão 20 O gasto fortuito é o gasto inesperado, anormal. Resposta: E Questão 21 É a definição de custos, que além de apurar os custos, avalia estoques, registra e acompanha gastos ligados ao processo operacional (produtivo). Resposta: C Questão 22 Afirmativa I: Correta. As empresas comerciais têm apenas um insumo, que é o próprio produto. Assim, se uma empresa comercial compra televisão, seu insumo é a própria televisão pronta, que a empresa comercial compra para ser vendida. A empresa industrial tem vários insumos. Assim, se uma empresa industrial vende televisão, antes, deve fabricá-la através de vários insumos (chips, tubo, mão de obra etc). Afirmativa II: Errada. Afirmativa absurda. Sem o conhecimento do custo do produto, não se pode avaliar nada, nem tampouco apurar o lucro. Afirmativa III: Correta. A despesa é um gasto lançado no período de sua ocorrência (fato gerador). Para apuração do resultado do período, o cálculo é feito com as despesas e receitas do período. Afirmativa IV: Correta. Em um ambiente de concorrência perfeita o pre­ ço de venda é determinado pelo mercado. Ê um princípio básico da economia. Nesse diapasão, torna-se necessário, para determinar o preço de venda, verificar se compensa fabricá-lo. Não há sentido em produzir um bem cujo custo é de R$100,00, se o mercado oferece no máximo R$60,00. Resposta: C

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Capítulo 1

Contabilidade de Custos

Questão 23 Certo. Os custos perdidos são os custos que já foram incorridos. O custo de oportunidade representa o quanto a empresa sacrificou em termos de remu­ neração por ter aplicado seus recursos numa alternativa ao invés de em outra. É o valor apropriado para efeitos internos ao produto, mas não contabilizado como custo. Ex: Custo de Oportunidade.

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Capítulo 2

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos 2.1. Elementos formadores dos custos São três os elementos formadores dos custos: o Material direto - M.D. - Matéria-prima - M.P. ♦ Mão de obra direta - M.O.D. ♦ Gastos gerais de fabricação - G.G.F., ou custos indiretos 2.1.1. Material direto São aqueles empregados diretamente na produção (essenciais). Exemplos: ♦ Borracha na produção de pneus ♦ Madeira para fabricação de móveis ♦ Celulose para fabricação de papel etc. 2.L1.1. Características ♦ Utilização direta do material no produto; ♦ Mensuração objetiva do material utilizado no produto. 2.1.1.2.Material estocado Nas empresas comerciais, os gastos com armazenagem são tratados como despesas, já que essas empresas precisam de um tempo para vendê-las. Assim, as coloca em mostraários e depósitos até a venda. As empresas industriais não consideram os gastos com armazenagem como despesas, e sim como acréscimo ao valor dos itens estocados. A indústria também pode ratear esses gastos diretamente ao produto ao invés de acrescentar estes gas­ tos aos produtos. A mesma coisa ocorre com gastos de recepção, manuseio etc.

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Contabilidade de Custos

De acordo com a Lei n° 6404/76, os estoques de mercadorias, produtos e matérias-primas devem ser avaliados peio custo de aquisição ou produção, dedu­ zido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior. 2.I.I.3. Perda de materiais As perdas normais são inerentes ao processo produtivo e já fazem parte do custo do produto elaborado. Por exemplo, se são entregues à produção 1.000 Kg de matéria-prima, mas são aproveitados 800Kg em condições normais, o custo do material perdido fará parte do custo do produto fabricado. É apropriado o custo de 1.000 Kg. As perdas anormais sofrem tratamento diferente. Por serem involuntárias, deixam de fazer parte do Custo de Produção e são tratadas como Perdas do Perío­ do, não incorporando aos produtos. No exemplo anterior, se os 200 Kg perdidos fossem por um problema anormal, por exemplo um incêndio, seriam subtraídos do Custo de Produção, e os bens elaborados arcariam com o custo de 800 Kg. 2.1.2. Mão de obra direta Representa o trabalho aplicado diretamente sobre os produtos e gastos derivados da relação empregatícia. Características: ♦ Trabalho humano na produção de bens e serviços; ♦ Identificação direta com o produto; ♦ Mensuração objetiva. Observações: ♦ Tecnicamente existe uma diferença entre o custo da mão de obra e salário (folha de pagamento). O salário é definido considerando-se 44 horas semanais. Já o custo da mão de obra é o tempo efetivamente gas­ to do operador, por exemplo, com a máquina. Em empresas com uma organização definida, surge a figura do apontador, que faz esta medição de tempo: o apontador não considera como custo o tempo ocioso do trabalhador (exemplo: telefonemas, saídas temporárias do serviço por qualquer motivo etc.) Bernardo Cherman

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

♦ Pela definição de mão de obra, integram o seu custo os gastos derivados da relação empregatícia, tais como: £>INSS >FGTS > Férias > 13° Salário > Aviso Prévio etc. 2.1.2.1, Tempo não produtivo e tempo produtivo Se a mão de obra direta, por tempo ocioso, por falta de produção ou ava­ rias, estiver sendo utilizada em outra função, como limpeza, manutenção etc., deverá ser reclassificada conforme o serviço (ex: despesa de limpeza), saindo da mão de obra direta. Caso a ociosidade seja normal, acumula-se esse tempo como Tempo Im­ produtivo dentro dos custos indiretos para rateio. 2.1.3.

Custos indiretos

São formados por elementos que não se identificam com nenhum produto em particular, isto é, estes custos não podem ser apropriados diretamente ao produto. Características.* ♦ Não são passíveis de mensuração objetiva. ♦ São adotados critérios de rateio para apropriação destes custos ao pro­ duto. Composição dos Custos Indiretos: ♦ Material indireto; ♦ Mão de obra indireta; ♦ Outros gastos indiretos. 2.1.3.1. Material indireto Empregado nas atividades auxiliares da produção, cujo custo não possa ser apropriado objetivamente a um determinado produto. Exemplos: ♦ Material de limpeza da fábrica; ♦ Material utilizado pela manutenção; ♦ Combustível; ♦ Lubrificantes etc. 23

Capítulo 2

Contabilidade de Custos

Observe que se dentro de uma fábrica são produzidos três produtos dife­ rentes, os materiais acima serão rateados entre os três produtos. Caso a empresa esteja organizada de tai forma que possa determinar com exatidão a quantidade de combustível) por exemplo, utilizada na fabricação de cada um dos três produtos, este custo seria considerado direto. 2.L3.2. Mão de obra indireta Trabalho realizado no setor de fabricação não pertinente especificamente a nenhum produto. Exemplos: ♦ Trabalho de almoxarife; ♦ Trabalho do vigia da fábrica; ♦ Trabalho do faxineiro etc. 2 X 3 .3 . Outros gastos indiretos Dizem respeito à existência do setor produtivo. Exemplo: ♦ Água; ♦ Luz; ♦ Telefone; ♦ Aluguel; ♦ Impostos prediais; ♦ Seguros etc. O esquema abaixo permite uma melhor visualização dos elementos for­ madores do custo. Material Direto

Custo

Mão de obra Direta

Material Indireto

Custos Indiretos

Mão de obra Indireta Outros Gastos Indiretos

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

2.2.

Classificação dos custos

A classificação dos custos é bastante grande, de acordo com os vários auto­ res. Citaremos aqui as principais classificações para efeito de concurso público. 2.2.1. Quanto à época de apuração 2.2.1.1. Custos históricos É o custo apurado em um período considerado. 2.2.1.2. Custos pré-determinados É o custo calculado antes do período considerado. É utilizado principalmen­ te para orçamentos e custo-padrão (que será visto posteriormente). Na apuração do custo pré-determinado, leva-se em consideração o custo histórico. 2.2.2. Quanto à formação ou natureza 2.2.2.1. Custos variáveis É aquele cujo valor total aumenta ou diminui na mesma proporção do aumento ou diminuição da produção. O valor do custo variável mantém uma relação direta com a produção. Ex: Matérias-primas, materiais direitos e mão de obra direta. Gráfico Custo variável

1

2

3

Produção

Observe que o custo total aumenta com o aumento de produção em pro­ porção direta. Se produzirmos uma unidade, o custo variável será de R$5,00, se produzirmos duas unidades o custo será de R$10,00, e assim sucessivamente. 25

Capítulo 2

Contabilidade de Custos

Características: ♦ O custo total variável aumenta ou diminui em proporção direta ao vo­ lume de produção. ♦ O custo por unidade produzida é constante independente da quantidade produzida. Podemos facilmente verificar esta característica pelo gráfico. Se pro­ duzirmos uma unidade o custo unitário é de R$5,00; se produzirmos duas unidades, o custo variável total é de R$10,00; o custo unitário é de 10 + 2 = R$5,00 Para três unidades = 15-5-3 = R$5,00. 2.2.2.2. Custos íixos São aqueles que não alteram com a variação da quantidade produzida. São os mesmos, independente do volume de produção. Ex: Aluguel da fábrica, seguros, imposto predial etc. Gráfico Custo fixo

60

1 2

3

Produção

Para a produção de uma unidade, o custo fixo é de 60, para duas unidades, o custo fixo continua 60, e assim sucessivamente. Características ♦ O valor do custo total fixo é constante, independente do volume de produção. ♦ O custo por unidade produzida diminui à medida que a produção au­ menta. Há uma relação inversa entre o custo unitário fixo e a produção. Se produzirmos uma unidade, o custo unitário fixo é de R$60. Se produ­ zirmos duas unidades, o custo unitário fixo é de 60 h- 2 = R$30. Para a produção de três unidades = 60 h- 3 = R$20.

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26

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

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Graficamente teríamos: Custo

O custo fixo unitário é a relação entre o custo fixo total e a quantidade produzida. O custo variável unitário é a relação entre o custo variável total e a quan­ tidade produzida. Assim teríamos: Custo Fixo Unitário (C.F.U.) - Custo Fixo (C.F.) Quantidade (Q) Custo Variável Unitário (C.V.U.) = Custo Variável (C.V.) Quantidade (Q) O custo unitário total (também conhecido como custo médio) pode ser calculado da seguinte forma: Custo Médio = CF + CV

Q

CF +

Q

CV

Q

Custo Médio = CFU + CVU Existe uma relação inversa entre o custo médio e a produção.

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Capítulo 2

Contabilidade de Custos

Podemos resumir isto da seguinte forma: Custo Unitário Variável: Ê fixo com a produção. Custo Unitário Fixo: Variável com a produção (proporção inversa). Custo Total Variável: Variável com a produção (proporção direta). Custo Fixo Total: Fixo com a produção. Custo Médio: Variável com a produção (proporção inversa). 2.2.2.3. Custos semifixos São aqueles que permanecem fixos até determinado volume de produção, mas que alteram quando atingem o limite deste intervalo. Quando se ajustam à nova situação, voltam a permanecer fixos. Exemplo: Custos de manutenção que aumentam com o aumento da produ­ ção e se mantêm em um determinado patamar por um determinado período. Graficamente: Custo

Produção 2.2.2.4. Custos semivariáveis Permanecem fixos até determinado volume de produção, a partir do qual se tornam variáveis. Exemplo: Energia elétrica, cujo custo é fixo até um determinado consumo mínimo. Atingido este limite, o custo se torna variável. Graficamente:

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

2.2.3. Quanto à alocação ou apuração dos custos 2.2.3.I. Custos diretos São aqueles aplicados diretamente ao produto. Exemplos: ♦ Matéria-Prima (M.P.): Pode ser apropriada diretamente a cada produto fabricado (passível de mensuração específica por produto). ♦ Mão de obra Direta (M.O.D.): Trabalho utilizado diretamente na pro­ dução. ♦ Material de Embalagem. ♦ Energia Elétrica: Se for possível mensurar o consumo na produção de cada produto; se não for, medir o consumo seria tratada como custo indireto. De uma maneira geral: C.D. = M.P. + M.O.D. + M.E. 2 .2 3 .2 . Custos mdiretos Como visto anteriormente, são aqueles que não podem ser apropriados diretamente a um produto particular. Exemplos: ♦ Depreciação de equipamentos; ♦ Salário de supervisores; ♦ Salário de gerente de produção; ♦ Aluguel; ♦ Limpeza etc. De uma maneira geral: C.I. = M.O.I + M.I. + Outros Gastos Indiretos C.I. = Custo Indireto M.O.I = Mão de obra Indireta M.I = Material Indireto

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Capítulo 2

Contabilidade de Custos

2.2.4. Quanto ao produto 2.2.4.I. Custos primários É definido como: C.P. = M.P. + M.OJD. C.P. = Custo Primário M.P. = Matéria-prima M.O.D. = Mão de obra Direta

2.2.4.2. Custos de transformação É definido como: Custo de Transformação ~ M.O.D. + C.I. (G.G.F.)

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

2.2.4.3. Custos de produção ou de fabricação Custo de Produção = M.D. + Custo de Transformação, ou Custo de Produção = M.D. + M.O.D. + C.I. O esquema a seguir permite melhor visualização do exposto: Classificação dos custos

2.3. Despesas - Classificação As despesas também podem ser classificadas em fixas e variáveis. Assim, o salário do vendedor, por exemplo, é fixo e a comissão é variável. As principais despesas são as administrativas, comerciais, financeiras e tributárias.

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Capítulo 2

Contabilidade de Custos

Exemplo 1: A Cia. Industrial Patife importou determinada matéria-prima por R$40.000. Sobre a importação incidiram os seguintes elementos: (em R$) Imposto de Importação.......................................................................... IP I.............................................................................................................. ICM S.......................................................................................................... Frete e Seguro sobre a compra...............................................................

6.000 2.000 7.000 1.000

Calcular o valor da matéria-prima. Resolução Valor da Aquisição.................................................................................. 40.000 (+) Imposto de Importação.................................... .■..............................6.000 (+) IP I.......................................................................................................... 2.000 (+) ICM S......................................................................................................7.000 (+) Frete e Seguro................................. ..................................................... 1.000 (-) Impostos Recuperáveis: IC M S.................. .................................... (7.000) IP I.............................................................................................................. (2.000) (=) Valor da Matéria Prima...................................................................... 47.000 Lançamento Efetuado: Matéria-prima..........................................................................................47.000 ICMS a recuperar.......................................................................................7.000 IPI a recuperar..........................................................................................2.000 a bancos.................................................................................................... 56.000 Exemplo 2: São dadas as seguintes informações: Matéria-prima utilizada na produção.................................................. 6.000 Salários e encargos - M.O. da Produção................. ............................. 15.000 Salários e encargos - M.O. da Administração.................................... 10.000 Manutenção dos equipamentos da produção......................................12.000 Depreciação de máquinas da produção............................................. 11.000 Depreciação de equipamentos da administração.................................4.000 Seguros incorridos na área industrial.....................................................4.000 Seguros incorridos na área administrativa........................................... 2.000 Energia elétrica consumida - Escritório de Vendas.................................500 Energia elétrica consumida - Fábrica.................................................... 2.000 Comissão de vendedores.........................................................................10.000 Limpeza do prédio da administração....................................................... 500

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

Limpeza da fábrica....................................................................... ..........1.500 Aluguel da fábrica..................................................................................... 6.500 Aluguel do escritório de vendas..............................................................2.000 Aluguel do prédio da administração..................................................... 2.000 ICMS sobre vendas........... ....................................................................... 3.000 Com os dados acima, calcular: a) Custo direto b) Custo indireto c) Custo primário d) Custo de transformação e) Custo de produção f) Despesas fixas g) Despesas variáveis h) Custos fixos i) Custos variáveis Resolução a) embalagem)

Custo direto = M.D. + M.O.D. (Neste caso, já que não há material de CD = 6.000 + 15.000 = 21.000

b) Custos indiretos: Manutenção da produção....................................................................... 12.000 Depreciação - Máq. da produção............................................................11.000 Seguros - Área Industrial.......................................................................... 4.000 Energia elétrica - Fábrica............................................................................2.000 Limpeza - Fábrica.......................................................................................1.500 Aluguel - Fábrica...................................................................................... 6.500 TOTAL...................................................................................................... 37.000 c) Custo Primário: Neste caso é igual ao custo direto: 21.000 d) Custo de Transformação: = M.O.D. + C.I. (G.G.F.) = 15.000 + 37.000 = 52.000 e) Custo de Produção: = Mat. Direto + Custo de Transformação = 6.000 + 52.000 = 58.000 33

Capítulo 2

Contabilidade de Custos

f) Despesas Fixas: Salários e encargos - Administração....................................................10.000 Depreciação - Equipamentos administrativos.....................................4.000 Seguro - Área administrativa.................................................................2.000 Energia Elétrica - Escritório de vendas.....................................................500 Limpeza Administração.................. ......................... ...................................500 Aluguel - Escritório de vendas............................................................... 2.000 Aluguel - Área da administração.......................................................... 2.000 TOTAL...................................................................................................... 21.000

g) Despesas Variáveis: Comissão de vendedores.................... ......................................................1.000 ICMS s/ vendas......................................................................................... 3.000 TO TAL........................................................................................................ 4.000 h) Custos Fixos: Manutenção da produção...................................................................... 12.000 Depreciação - Máquinas da produção.................................................. 11.000 Seguros - Área Industrial........................................................................ 4.000 Energia Elétrica - Fábrica.................. .................................................... 2.000 Limpeza da fábrica............................................... ................................. 1.500 Aluguel da fábrica.................................................................................... 6.500 TOTAL.......................................................................................................37.000 i) Custos Variáveis: Matéria-prima.................................................. ...................................... 6.000 Mão de obra - Produção.......................................................... ..............15.000 TOTAL............................................................................ ........................ .21.000

01) (AFRF/Esaf) Entende-se como mão de obra indireta, na contabilidade de custos, aquela: a) Que diz respeito ao pessoal que trabalha e atua estritamente ligado ao produto que está sendo fabricado. b) Responsável pelas vendas dos produtos fabricados. Bernardo Cherman

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

c) Relativa à manutenção, prevenção de acidentes, supervisão e programação a controle da produção. d) Relativa à administração dos escritórios, contabilidade geral e apoio à Diretoria. 02) (AFRF/Esaf) Assinale a afirmativa correta: a) Matéria-prima e embalagens são custos diretos, porque podem ser apropriados perfeitamente aos diversos produtos que são fabricados. b) Materiais de consumo são custos diretos pelas mesmas razões apontadas para matéria-prima e embalagens. c) Depreciação das máquinas é uma despesa direta, em geral, porque se relaciona com a mão de obra direta aplicada. d) O aluguel do prédio fabril não é item apropriável pela Contabilidade de Custos. 03) (AFRF/Esaf) Os dados abaixo se referem à folha do pagamento de uma empresa industrial Mão de obra direta $100.000,00 Mão de obra indireta $45.000,00 Salários do pessoal de venda $40.000,00 Salários do pessoal da administração $30.000,00 Seguro dos trabalhadores na produção: ♦ Mão de obra direta ♦ Mão de obra indireta

$5.000,00 $2.500,00

Contribuição providenciária a cargo do empregador: ♦ Mão de obra direta $13.000,00 ♦ Mão de obra indireta $6.000,00 ♦ Pessoal de vendas $1.500,00 ♦ Pessoal de administração $1.000,00 ♦ Imposto de renda retido na fonte $5.000,00 ♦ Contribuição previdenciária a cargo dos empregados $7.500,00 . Os gastos gerais de fabricação (ou custos gerais de produção) da empresa, com base nos valores a que se refere a folha do pagamento reproduzida acima, foi de : a) b) c) d) e)

$45.000,00 $43.500,00 $39.500,00 $8.500,00 $53.500,00

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Capítulo 2

Contabilidade de Custos

04)(AFRF/Esaf) Uma empresa, para fabricar 1.000 unidades mensais de um determi­ nado produto, realiza os seguintes gastos: ♦ Matéria-prima $400.000,00 ♦ Mão de obra direta $300.000,00 ♦ Mão de obra indireta $ 100.000,00 ♦ Custos fixos $200.000,00 Se a empresa produzir 1.200 unidades desse produto por mês, com as mesmas instalações e com a mesma mão de obra, o custo, por unidade produzida, corres­ ponderá a: a) $900,00 b) $833,33 c) $1.000,00 d) $966,66 e) $950,00 05) (AFRF/Esaf) Em relação a custos, é correto afirmar que: a) Os custos fixos totais mantêm-se estáveis, independentemente do volume da atividade fabril. b) Os custos variáveis de produção crescem proporcionalmente à quantidade produzida, em razão inversa. c) Os custos fixos unitários decrescem na razão direta da quantidade produzida. d) Os custos variáveis unitários crescem ou decrescem, em conformidade com a quantidade produzida. e) O custo industrial unitário, pela diluição dos custos fixos, tende a afastar-se do custo variável unitário, à medida que o volume da produção aumenta. 06) (AFRF/Esaf) Uma empresa restringiu a sua linha de produção a um único produto. Sendo assim, a energia elétrica gasta na sua fábrica será considerada: a) Custo indireto variável; b) Custo indireto fixo; c) Custo direto fixo; d) Custo direto variável; e) Despesa operacional. 07) (AFRF/Esaf) Empresa industrial que fabrica, unicamente, malas de couro calcula seu preço de venda adicionando ao custo total de produção o valor de uma remu­ neração equivalente a 15% do capital próprio empregado. Sabendo-se que: ♦ Custo total ♦ Unidades produzidas ♦ Capital próprio empregado Bernardo Cherman

$135.000,00 $30.000,00 $125.000,00 36

Elementos formadores dos custos e ciassificaçao dos custos

Podemos afirmar que o preço de venda é de: a) b) c) d) e)

$4.7917 $1.3000 $5.1250 $9.9667 $4.8375

08) (AFC/Esafl2002) Na relação de custos abaixo estão incluídos todos os gastos gerais de fabricação do segundo trimestre de 2002, ocorridos na empresa Comércio & Indústria Ltda. Seguro contra incêndio incorrido Imposto predial Iluminação do prédio Depreciação do edifício Mão de obra direta Mão de obra indireta Encargos sociais do período

R$2.100,00 R$2.400,00 R$2.100,00 R$2.400,00 R$2.400,00 R$2.100,00 0,00

Com base nas informações acima, pode-se dizer que o valor dos gastos gerais de fabricação debitado na conta Produtos em Processo foi de a) R$9.000,00 b) R$9.900,00 c) R$11.100,00 d) R$12.000,00 e) R$13.500,00 09) (FTE/Esaf/2004) Está correta a seguinte afirmativa: a) Os custos variáveis unitários diminuem quando aumenta a produção. b) Os custos fixos unitários diminuem na mesma proporção da redução da pro­ dução. c) Os custos fixos totais decrescem na mesma proporção em que o volume pro­ duzido diminui. d) Os custos fixos unitários variam em proporção inversa às variações do volume produzido. e) Os custos variáveis unitários crescem na mesma proporção em que o volume produzido aumenta.

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Capítuio.2

Contabilidade de Custos

10) (FTE/Esaf/2004) Considere os gastos abaixo, efetuados peta Empresa Industrial Alfa em determinado período: Comissões sobre venda Mão de obra direta Encargos de depreciação - Máquinas da produção Matéria-prima consumida Salários dos supervisores Publicidade Energia elétrica consumida pela fábrica

$600.000,00 $7.200.000,00 $1.600.000,00 $12.400.000,00 $3.200.000,00 $2.400.000,00 $2.900.000,00

Os custos de transformação e os custos primários da empresa no período foram, respectivamente: a) b) c) d) e)

$3.000.000,00 e $20.100.000,00 $12.000.000,00 e $19.600.000,00 $12.000.000,00 e $22.500.000,00 $14.900.000,00 e $12.400.000,00 $14.900.000,00 e $19.600.000,00

As questões de números 11,12 e 13 devem ser resolvidas com base nestes gastos da Empresa Industrial Delta: Encargos com depreciação de móveise utensílios

$80.000,00

Mão de obra indireta

$160.000,00

Matéria-prima consumida

$540.000,00

Gastos gerais de fabricação

$120.000,00

Encargos com depreciação de máquinas de produção

$140.000,00

Aluguel do escritório de vendas

$60.000,00

Salários dos vendedores

$20.000,00

ICM sobre vendas

$600.000,00

Mão de obra direta

$220.000,00

Material de embalagem utilizado na produção

$40.000,00

Comissão s/vendas

$300.000,00

11) (FTE/Esaf/2002) Os custos diretos da Delta no período totalizaram: a) $540.000,00 b) $760.000,00

Bernardo Cherman

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

c) $800.000,00 d) $940.000,00 e) $960.000,00 12) (FTE/Esaf/2002) O valor dos custos indiretos da Delta foi: a) b) c) d) e)

$280.000,00 $420.000,00 $460.000,00 $500.000,00 $540.000,00

13) (FTE/Esaf/2002) As despesas fixas e variáveis da Delta no período foram, respec­ tivamente: a) $100.000,00 e $960.000,00 b) $140.000,00 e $920.000,00 c) $160.000,00 e $940.000,00 d) $160.000,00 e $900.000,00 e) $300.000,00 e $900.000,00 14) (FTE/Esaf/MG/2005) A empresa Atualíssima é totalmente automatizada, usando tecnologia de computação de última geração em seu processo produtivo, necessitan­ do por essa razão manter um Departamento de Manutenção de microcomputação que apresenta sistematicamente uma ociosidade de utilização de aproximadamente 25% por mês, mas justificada como imprescindível, pela Diretoria de Produção, segundo os relatórios apresentados em reunião de diretoria. Nessa mesma reunião, o Diretor Administrativo informa que a manutenção e conserto dos microcompu­ tadores de seu departamento vêm sendo realizados, até então, por uma empresa terceirizada, o que implica em um desembolso médio anual de $800.000,00. Tendo em vista a política de contenção de gastos aprovada,solicita que esse serviço seja realizado pelo Departamento de Produção utilizando a ociosidade de tempo re­ latada, tendo em vista que é plenamente viável a medição de todos os gastos que vierem a ser efetuados. Além disso, poder-se-ia aproveitar pelo menos parte da ociosidade do Departamento de Manutenção de microcomputação. Nesse caso os gastos efetuados com a manutenção solicitada pela diretoria administrativa deveriam ser tratados como: a) Custo de Produção b) Despesa de Manutenção c) Receita Eventual d) Recuperação de Custo e) Custo Primário

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Capítulo 2

Contabilidade de Custos

15) (MPOG/Esaf/2005) Os custos que se tornam progressivamente menores em termos unitários à medida que a quantidade de bens e serviços produzidos aumenta são denominados de custos: a) variáveis b) diretos c) indiretos d) fixos e) primários 16)

(AFC/Esaf/2002) A fábrica de sorvetes Spuma, iniciando o período produtivo, adquiriu materiais no valor de R$10.000,00, registrou as despesas de mão de obra direta àbase de 60% dos materiais consumidos, aplicou custos indiretos estimados em R$6.000,00 e realizou despesas de R$3.000,00 com vendas. No período, a fábrica vendeu 70% da produção, na qual usou 90% dos materiais comprados. Sabendo-se que toda a produção iniciada foi concluída, podemos dizer que a) o custo de transformação foi de R$12.000,00. b) o custo por absorção foi de R$14.280,00. c) o custo primário foi de R$14.400,00. d) o custo do produto vendido foi de R$17.280,00. e) o custo total do período foi de R$20.400,00.

Questões 17 a 2 6 - Cespe-UnB 17) (PF/2002) Os estoques de mercadorias, produtos e matérias-primas devem ser ava­ liados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior. 18) (PF/2002) A energia elétrica consumida pelos pontos de luz da fábrica normalmente é considerada como um custo direto. 19) (PF/2002) Utilizar melhor a capacidade instalada ou reduzir a ociosidade significa reduzir o custo fixo por produto (unitário). 20) (FTE/2002) Aluguel e depreciação pelo método linear são dois exemplos de custos indiretos, inciuídos nos gastos gerais de fabricação, para apropriação aos produtos por meio e critério de rateio. 21) (Peirobras/2007) O gasto com energia pode ser caracterizado como um custo va­ riável em uma indústria, e sua base de volume definida como o tempo de funcio­ namento das máquinas e equipamentos de produção. A parcela que corresponde ao consumo mínimo, entretanto, é tratada como custo fixo.

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Elementos formadores dos custos e ciassificaçao dos custos

22) (Petrobras/2007) O custo fixo, quando considerado em seus totais, não varia com o volume de uma atividade constituída como medida de referência. Quando, en­ tretanto, for considerado em base unitária, será um custo variável. 23)

(Petrobras/2007) A remuneração do pessoal incumbido da manutenção e vigilân­ cia da fábrica constitui custo direto quando envolve mão de obra assalariada e é exclusiva da área de produção.

24)

(Petrobras/2007) Os custos indiretos devem ser rateados entre os produtos, mediante processo de alocação que costuma conter alguma dose de subjetivísmo e até de arbitrariedade. Quando a indústria opera em prédio próprio, o valor do aluguel deve ser imputado contabilmente em função da área ocupada por cada setor.

25)

(Petrobras/2004) Ao valor dos estoques, bem como ao dos demais ativos, devem ser incorporados todos os gastos incorridos para colocá-los em condições de venda, consumo ou uso nas atividades operacionais da empresa, tais como transporte, seguros, armazenagem e impostos de importação.

26)

(Petrobras/2004) Tanto nas empresas comerciais como nas industriais os gastos com armazenagem de itens comprados dos fornecedores — mercadorias e matériasprimas ~ são tratados como custos e adicionados ao valor pago por esses bens.

27)

(FCC/2006) Na terminologia de custos, são custos de conversão ou de transfor­ mação: (A) mão de obra direta e indireta. (B) mão de obra direta e materiais diretos. (C) mão de obra direta e custos indiretos de fabricação. (D) matéria-prima, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação. (E) custos primários e custos de fabricação fixos.

28)

(MPOG/2006) Assinale abaixo a opção que contém uma assertiva incorreta. a) A matéria-prima classificada como custo direto corresponde aos materiais cujo consumo podemos quantificar no produto. Se não for possível a identificação da quantidade aplicada no produto, passa a ser um elemento de custo indireto. b) Custos semi-variáveis são aqueles que possuem em seu valor uma parcela fixa e outra variável. Isto é, têm um comportamento de custo fixo até certo momento e depois se comportam como custo variável. c) Custos semi-fixos são aqueles elementos de custos classificados de fixos que se alteram em decorrência de uma mudança na capacidade de produção instalada. d) Custo total é a somatória dos custos fixos e variáveis, sendo que os custos semifixos e semivariáveis têm o mesmo significado. e) A mão de obra direta compreende os funcionários que atuam diretamente no produto e cujo tempo gasto pode ser identificado, isto é, apontado no produto.

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Capítulo 2

Contabilidade de Custos

29) (FCC/2006) Na terminologia de custos, são custos de conversão ou de transfor­ mação: a) mão de obra direta e indireta. b) mão de obra direta e materiais diretos. c) mão de obra direta e custos indiretos de fabricação. d) matéria-prima, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação. e) custos primários e custos de fabricação fixos. 30) (Imbel/Coseac/2008) A soma do Custo Primário com os gastos indiretos de fabri­ cação totais, chamamos de: a) custo total. b) custo fixo. c) custo fabril. d) custo terciário. e) custo variável. 31)

(Imbel/Coseac/2008) Entre as opções a seguir, a que apresenta exemplo de custo variável é: a) aluguel do prédio. b) seguro da fábrica. c) salário do vigia da fábrica. d) energia elétrica. e) salário do supervisor da fábrica.

32) (Termoaçu/Cesgranrio/2008) Determinada indústria está operando abaixo de sua capacidade de produção, ou seja, quanto mais fabrica um determinado produto* mais seu custo unitário total é reduzido. Tal fato ocorre em relação ao custo: a) fixo. b) direto. c) primário. d) variável. e) por absorção. 33) (FGV TC PA 2008). Determinada empresa industrial é mono produtora. Nos meses de outubro e novembro passados, apurou o seguinte:

Produção (em unidades) Custo Total de Fabricação ($)

Bernardo Cherman

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Outubro

Novembro

3.000 21.000,00

3.500 24.000,00

Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

Sabe-se que: I. a empresa apura o custo total de fabricação pelo custeio por absorção; II. a empresa controla seus estoques permanentemente e os avalia pelo método PEPS; III. não houve variação de preços no período. O custo total (CT) é: a) CT = $ 21.000,00 ou $ 24.000,00. b) CT = $ 3.000,00 + $ 6,00/unidade. c) CT = $ 7,00/unidade. d) CT = $ 6,86/unidade. e) CT = $ 18.000,00 + $ 1,00/unidade. • ' * ' " ___'

\

1

Questão 1 A mão de obra indireta é aquela que não pode ser apropriada diretamente ao produto. Seu valor é>portanto, rateado. Ex: salário do pessoal de manutenção, salário do vigia da fábrica etc. Resposta: C Questão 2 Alternativa a: Correta. A matéria-prima e embalagens são custos diretos. Alternativa b: Errada. Material de consumo é custo indireto. Alternativa c: Errada. Depreciação é custo indireto. Alternativa d: Errada. O aluguel do prédio fabril é custo indireto. Resposta: A Questão 3 Basta separarmos os custos indiretos (ou custos gerais de produção ou gastos gerais de fabricação), no caso os gastos relativos à mão de obra indireta: 45.000 + 2.500 + 6.000 = 53.500 Observe que a contribuição previdenciária a cargo dos empregados não é apropriada como custo, pois não são gastos da empresa. Resposta: E Questão 4 A questão informa que para a produção de 1.200 unidades a empresa continua com a mesma mão de obra (direta e indireta). Os custos fixos são os 43

Capítuio 2

Contabilidade de Custos

mesmos independentes da produção. Logo, somente a matéria-prima varia para 480.000 (400.000 + 20% x 400.000). Assim teremos: Matéria-prima Mão de obra direta Mão de obra indireta Custos fixos Total

480.000 300.000 100.000 200.000 L080.0W

Logo, o custo unitário é de 1.080.000/1.200 = 900,00 Resposta: A Questão 5 Alternativa a: Correta. Os custos totais fixos são estáveis independente­ mente da produção. Alternativa b: Incorreta. Os custos variáveis da produção crescem propor­ cionalmente à quantidade produzida, era razão direta. Significa dizer que quando a quantidade produzida aumenta, os custos variáveis também aumentam. Quando a produção diminui, os custos variáveis também diminuem. Alternativa c: Incorreta. Os custos fixos unitários decrescem na razão inversa da quantidade produzida. Quando a produção aumenta, os custos fixos unitários diminuem. Quando a produção diminui, os custos fixos unitários aumentam. Alternativa d: Incorreta. Os custos variáveis unitários são constantes (fi­ xos). Alternativa e: Incorreta. O custo industrial unitário tende a aproximar-se dos custos variáveis unitários quando a produção aumenta. Resposta: A Questão 6 Quando uma empresa fabrica apenas um produto, todos os seus custos são diretos. Assim, a energia elétrica seria considerada um custo direto variável. Resposta: D Questão 7 A questão não é de contabilidade de custos, e sim de matemática: 135.000 + (15% x 125.000) = 153.750 153.750/30.000 = 5,125 Resposta: C Bernardo Cherman

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

Questão 8 Neste problema, basta separarmos os custos indiretos: Seguro contra incêndio 2.100 Imposto predial 2.400 Iluminação do prédio 2.100 Depreciação do edifício 2.400 Mão de obra indireta 2.100 Total 11.100 Observação: Mão de obra direta é custo direto. Resposta: C Questão 9 Alternativa a: Incorreta. Os custos variáveis unitários são constantes. Alternativa b: Incorreta. Os custos fixos unitários diminuem na mesma pro­ porção do aumento da produção. São variáveis inversamente proporcionais. Alternativa c: Incorreta. Os custos fixos totais aumentam quando a pro­ dução aumenta. Alternativa d: Correta. Alternativa e: Incorreta. Os custos variáveis unitários são constantes. Resposta: D Questão 10 Custo de Transformação = Mão de obra Direta + Custos Indiretos Custo de Transformação = 7.200.000 + 1.600.000 + 3.200.000 + 2.900.000 = = 14.900.000 Custo Primário - Matéria-prima + Mão de obra Direta Custo Primário = 12.400.000 + 7.200.000 = 19.600.000 Observação: Comissões sobre vendas e publicidade são despesas. Resposta: E Nas questões 11,12 e 13, basta separarmos os custos e despesas, conforme tabela abaixo (valores totais na última linha): Custos Diretos 540.000 220.000 40.000 800.000

Custos Indiretos 160.000 120.000 140.000 420.000

Despesas Fixas 80.000 60.000 20.000 160.000

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Despesas Variáveis 300.000 600.000 900.000

Capítulo 2

Contabilidade de Custos

Questão 11 Resposta: C Questão 12 Resposta: B Questão 13 Resposta: D Questão 14 Trata-se de uma despesa, já que os gastos foram feitos no Departamento Administrativo. Resposta: B Questão 15 Os custos fixos não alteram com o aumento ou diminuição da produção. São exemplos de custos fixos aluguel, IPTU etc. Já os custos fixos unitários di­ minuem quando a produção aumenta, ou, ao contrário, aumentam quando a produção diminui. Os custos fixos unitários são inversamente proporcionais à quantidade produzida. Resposta: D Questão 16 Outra questão que é mais bem visualizada através de razonetes. Analisemos cada um dos elementos dados: Materiais: Adquiriu 10.000 e utilizou 90%, isto é, 9.000. Mão de obra Direta: Corresponde a 60% do material utilizado. Logo: 9.000 X 60% = 5.400, Custos Indiretos: Foram totalmente apropriados. Despesas: não é item da contabilidade de custos (custeio por absorção). Foi dado para confundir. O custo primário, por definição, é o Material Direto somado com a mão de obra direta: CP = 9.000 + 5.400 = 14.400. Na letra “a” o custo de transformação é a soma da mão de obra direta com os custos indiretos. No caso: 5.400 + 6.000 = 11.400. O custo de produção foi de: 9.000 + 5.400 + 6.000 = 20.400. O custo do produto vendido foi de 20.400 X 70% = 14.280. Bernardo Cherman

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

Observe que a questão tem duas respostas: custo primário, letra “c”, que é o que consta do gabarito oficial, e letra V ’, o custo total do período, que pode ser definido como o total de custos incorridos em uma fábrica em um determinado período. Questão passível de recurso. Respostas: C e E. Questão 17 Afirmativa correta. A avaliação dos elementos do ativo segue sempre o jargão “custo ou mercado, dos dois o menor”. Questão 18 Afirmativa errada. Os custos de energia elétrica são normalmente tratados como custos indiretos e devem ser rateados aos produtos. A energia elétrica pode ser tratada como custo direto somente se houver forma objetiva de mensuração (ex: um medidor para cada produto fabricado). Questão 19 Afirmativa correta. O custo fixo unitário diminui com o aumento da produ­ ção. Claro que se a empresa reduzir a ociosidade ou utilizar melhor a capacidade instalada acarretará um aumento de produção, diminuindo o custo fixo unitário. Questão 20 Afirmativa correta. Aluguel e depreciação são custos indiretos. Devem ser rateados aos produtos segundo critérios de rateio, geralmente predefinidos. Questão 21 Afirmativa correta. A energia elétrica pode ser tratada como um custo va­ riável. Teoricamente, quanto mais se produz, mais energia elétrica é consumida, entretanto, assim como nas contas de telefone, há uma parcela a ser paga mesmo que o consumo seja nulo. Esta parcela pode ser tratada como custo fixó. Questão 22 Afirmativa correta. O custo fixo total não varia independente da quantidade produzida. Como exemplo, podemos citar o aluguel, cujo custo fixo independe do quanto a empresa produz. Se produzir 1 bilhão de unidades ou zero, o alu­ guel é o mesmo. Já o custo fixo unitário diminui na medida em que a produção aumenta: se o valor do aluguel é R$900,00 e a produção é de 1 unidade, todo este

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Capítulo 2

Contabilidade de Custos

valor é transferido ao custo desta unidade. Se a produção é de 2 unidades, cada uma receberá R$450,00, e assim sucessivamente. Logo, o custo fixo unitário tem uma relação inversa com a quantidade produzida. Questão 23 Afirmativa errada. A remuneração do pessoal da manutenção e vigilância é distribuída entre os custos dos diversos produtos por sistema de rateio. Logo, é um custo indireto. Questão 24 A primeira afirmativa está correta. O rateio dos custos indiretos leva a uma dose alta de subjetivismo e até mesmo de arbitrariedade em alguns casos. O mesmo acontece com o valor do aluguel do prédio. Seu valor pode ser rateado em função da área ocupada ou outro critério qualquer, por exemplo, em função dos custos diretos ou em função da produção. Afirmativa errada. Questão 25 Afirmativa correta. Ao valor dos estoques devem ser adicionados todos os custos incorridos para colocá-lo em uso ou venda. Questão 26 Os gastos com armazenagem, por exemplo, em mostruários, em empresas comerciais, são tratados como despesas. A estocagem de matérias-primas é tratada como custos (acréscimo ao valor dos itens estocados). Afirmativa errada. Questão 27 Por definição, o custo de transformação é a soma da mão de obra direta com os gastos gerais de fabricação (custos indiretos). Indica quanto a empresa gasta para transformar a matéria prima em produto acabado. Resposta: C Questão 28 A alternativa incorreta é a D. O custo total corresponde ao somatório dos custos fixos e variáveis, entretanto custos semi-fixos e semi-variáveis têm signi­ ficados distintos. As definições encontram-se nas alternativas B e C da questão. Resposta: D Bernardo Cherman

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Elementos formadores dos custos e classificação dos custos

Questão 29 O custo de transformação é o somatório de todos os custos incorridos para “transformar” a matéria-prima em produto pronto. No caso, é o somatório da mão de obra direta e custos indiretos. Resposta: C Questão 30 A soma do custo primário com os custos indiretos é definida como custo de fabricação, ou produção, ou, nos termos da alternativa, custos fabris. Resposta: C Questão 31 Os custos variáveis são aqueles que variam com a produção. Dentre as alternativas dadas, o único custo variável é a energia elétrica (regra, quando aumenta a produção, aumenta o consumo de energia elétrica). Resposta: D Questão 32 O custo fixo é aquele que é fixo (constante) independente da quantidade produzida. O custo fixo unitário diminui quando a produção aumenta. Resposta: A Questão 33 A questão é mais de matemática do que de Contabilidade de Custos. Re­ solve-se através de duas equações e duas incógnitas. As equações envolvidas são: CT = CV + CF. Logo, CT = (CU. QT) + CF, onde: CT = Custo Total. CU = Custo Unitário. QT = Quantidade Total. CF = Custo Fixo. Aplicando a equação no mês de outubro: 2.100 = 300CU + CF, logo, CF = 2.100 - 3.000CU. No mês de novembro: 24.000 = 3.500CU + CF, logo, CF = 24.000 - 3.500CU.

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Capítulo 2

Contabilidade de Custos

Substituindo: 21.000 - 3.000CU = 24.000 - 3.500CU CU = 6 Substituindo o CU em uma das duas equações, encontramos: CF = 3.000 Como CT = CV + CF, temos: CT = 6QT + 3.000 Resposta: B

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Capítulo 3

Sistemas de apropriação de custos Apropriar custo significa o modo como os custos serão atribuídos aos produtos. Trataremos aqui das seguintes formas: ♦ Custeio por absorção ♦ Custeio variável ou direto ♦ ABC ♦ RKW ♦ Custo padrão 3.1. Custeio por absorção É um método de custeio em que são apropriados aos produtos fabricados todos os custos incorridos, sejam eles diretos, indiretos, fixos ou variáveis. O importante nesse método é a separação entre custos e despesas, já que as despesas serão todas lançadas ao resultado, enquanto os custos, atribuídos aos produtos. Os custos indiretos são rateados entre os produtos; e os custos dos produtos acabados e produtos em elaboração que não tenham sido vendidos estarão ativados. É o sistema de custeio aceito pela legislação e que obedece aos princípios da realização da receita, confrontação e competência. ♦ Princípio da Realização da Receita: ocorre a realização da Receita quando há transferência do bem ou serviço. ♦ Princípio da Confrontação: as despesas devem ser reconhecidas à medida que são realizadas as receitas que ajudaram a gerar. ♦ Princípio da Competência: as receitas e despesas devem ser reconhecidas quando .ocorrer o “fato gerador”. 3.2. Custeio variável ou direto Aloca aos produtos somente os custos variáveis. Os custos fixos são considerados despesas já que vão ocorrer independente do volume de produção. A demonstração do resultado assume a seguinte forma quando da utilização do custeio variável: Vendas: (-) Deduções de Vendas (-) Vendas Líquidas 51

Contabilidade de Custos

(-) Custo dos Produtos Vendidos {-) Margem de Contribuição (Lucro Bruto Marginal) (-) Custos e Despesas Fixos (=) Lucro Líquido

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3.3. ABC - Activity Based Costing Direciona os custos indiretos aos produtos por atividade (não por depar­ tamentos ou centros de custos). Para cada atividade teremos um direcionador de custo, diminuindo as distorções causadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos do custeio por absorção. Este sistema, em regra, não é aceito pela legislação, pois considera as despe­ sas para a avaliação de estoques. Seu maior benefício é para fins gerenciais, mas nada impede que se utilize o rateio somente dos custos indiretos pelo sistema ABC utilizando-se o custeio por absorção (nesse caso é aceito pela legislação). 3.4. RKW - Reichskuratorium fu r Wirtschafttichtkeit Consiste em ratear custos e despesas (comerciais, administrativas, finan­ ceiras etc.) aos produtos. Inicialmente os gastos são transferidos aos centros de custos e depois aos produtos. Não é aceito pela legislação, pois considera as despesas para avaliação de estoques. 3.5. Custeio padrão Os custos são apropriados aos produtos não pelo seu valor efetivo, mas por uma estimativa. Pode ser utilizado tanto se a empresa adotar o custeio por absorção ou o variável. Geralmente não é contabilizado. | Òbçeryàções::^;:^ ^^;^.; | ‘dtótélQ^rãáí^tQsféiS^rdêtaffie^Ss^ |reapí^p&ppsteriorés:,. Bernardo Cherman

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Sistemas de apropriação de custos

01) (Esaf) O sistema de custeio RKW a) apropria ao produto todos os custos e despesas. b) é aceito pela legislação vigente. c) os custos fixos, assim como no custeio variável, são tratados como despesas. d) as despesas fixas ou variáveis, assim como no custeio por absorção, são apro­ priadas ao custo do produto. e) não adota critérios de rateio. 02) (Esaf) O sistema de custeio ABC a) b) c) d) e)

não adota critérios de rateio. apropria aos produtos os custos por departamentalização. assim como no sistema de custeio variável, a ênfase é na atividade. elimina totalmente a arbitrariedade do rateio dos custos indiretos. pode ser aceito pela legislação vigente se somente os custos indiretos forem alocados aos produtos por atividade.

03) (AFRF/Esaf) É correto afirmar que: a) O método de custeio variável agrega os custos fixos ao custo de produção pelo emprego de critérios variáveis de rateio. b) O método de custeio por absorção leva em conta, na apuração do custo de produção, todos os custos incorridos no período. c) O método de custeio por absorção exige que a avaliação dos estoques seja feita pelo critério do custo médio ponderado. d) Para efeito de apuração de resultados industriais é indiferente qual o método de custeio adotado, seja o variável ou por absorção. e) A diferença fundamental entre o custeio variável e o custeio por absorção é que este admite a avaliação dos estoques por método diferente do custo médio ponderado, ao contrário do custeio variável. 04) (Vunesp/2002) Por Custo Padrão, entendem-se: a) Todos os gastos aplicados na obtenção de produtos para serem comercializados e/ou consumidos na produção. b) Todos os gastos que uma empresa aplicou na obtenção de um padrão de con­ tabilidade de custos. c) Os custos totais de fabricação incorridos em um determinado mês. d) Os custos determinados previamente, baseados em cálculos analíticos sobre os processos produtivos, incluindo os estudos do tempo e dos movimentos relativos a cada operação. e) Os custos calculados e contabilizados de acordo com o critério de custeio por absorção. 53

Capítulo 3

Contabilidade de Custos

05)

(Vunesp/2002) Analise as afirmativas abaixo: 1 - 0 sistema de apropriação de custos denominado custeio por absorção apropria tão-somente os custos indiretos de fabricação dos produtos elaborados. II - 0 sistema denominado custeio variável apropria todos os custos de produção aos produtos elaborados. III - O sistema de apropriação de custos denominado custeio padrão apropria somente os custos fixos da produção aos produtos elaborados. IV - O sistema de apropriação de custos denominados custeio por absorção apro­ pria todos os custos de produção aos produtos elaborados. V - O sistema denominado custeio baseado em atividades apropria somente os custos diretos aos produtos elaborados. Pode-se afirmar que está correta apenas: a) II b) III c) IV d) I e) V

06) (INSS/Cespe-UnB/1998) Julgue os seguintes conceitos, aplicáveis à área de custos. a) Gasto é o sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício este representado por entrega ou pro­ messa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). b) Custeio por absorção é o método que consiste na apropriação de todos os custosde produção aos bens elaborados, e somente os de produção. c) Custo indireto de fabricação é o custo que não depende de critério de rateio ou outro estimativo para sua apropriação ao custo do produto. d) Todos os custos diretos são custos primários. e) O RKW é o método de alocação de custos aos produtos, o qual considera todos os custos, diretos e indiretos, e as despesas, exceto as de vendas e as financeiras. 07)

(FTE/MG/2005) Assinale a opção que contém procedimento, utilizado-no trata­ mento de custos, conflitante com princípios/ normas/ convenções contábeis. a) custeio variável b) custeio por absorção c) custo benefício d) consistência e) materialidade

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Sistemas de apropriação de custos

08) (Contador/T0/2005) O método de custeio que consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos elaborados é denominado custeio: a) RKW b) Reposição c) Direto d) Absorção e) ABC Questões 9 a 18- Cespe 09) (PF/2002) No sistema de custeio RKW, os custos de depreciação de equipamentos e outros bens de produção devem ser apropriados aos produtos. 10) (SGAJ2008) A legislação do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro impede a adoção do custeio variável para a determinação do custo unitário dos produtos. 11) (PRW/2008) Ao utilizar o custeio baseado em atividades, há a necessidade de atribuição de indicadores de custo para a alocação dos custos indiretos de fabri­ cação. 12) (FTE/2Ô02) O sistema de custeio por absorção é utilizado, principalmente, para atender às necessidades gerenciais; o custeio direto ou variável, para preparar o custo de estoques e de produtos vendidos das demonstrações contábeis oficiais objeto de divulgação. 13) (Petrobras/2007) Quando se adota o critério do custeio variável, todos os custos e despesas de fabricação e comercialização são alocados aos produtos, o que é compatível com as exigências da legislação tributária. 14) (PF/2002) No sistema de custeio RKW, os custos de depreciação de equipamentos e outros bens de produção devem ser apropriados aos produtos. Há diversas classificações possíveis para custos. Entre as mais relevantes, de acordo com sua função administrativa, estão ♦ custos de fabricação (produção) — vinculados ao processo produtivo —, que podem ser divididos em material direto, mão de obra direta e custos indiretos; ♦ custos não-vinculados à fabricação (administrativos) — decorrentes das atividades de apoio —, que podem ser as despesas de vendas (despesas as­ sociadas à obtenção de vendas e à entrega do produto) ou despesas gerais e. administrativas. 55

Capítulo 3

Contabilidade de Custos

Acerca do assunto objeto do texto apresentado, julgue os itens a seguir. 15) (PF/2002) O sistema de custeio direto ou variável considera, no custo dos produtos e serviços, os custos diretos e indiretos, fixos e variáveis. 16) (PF/2002) O sistema de custeio por absorção considera, no custo dos produtos e serviços, os custos de fabricação e os administrativos. 17) (Petrobras/2004) No custeio variável, sob a alegação de que ocorrerão independen­ temente do volume de produção da empresa, os custos fixos recebem o mesmo tratamento das despesas, ou seja, são contabilizados diretamente a débito de conta de resultado. 18) (Petrobras/2004) No custeio pleno ou por absorção, todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis, são apropriados à produção do período. Entretanto, os gastos não-fabris — despesas — são contabilizados diretamente contra o resultado do período. 19) (TRE-MS/FCC/2007) A empresa Alfa manufatura calçados, sendo que o processo produtivo se inicia com a compra do couro em peles e termina com a confecção final dos calçados. A empresa iniciou suas atividades em 01.01.2006. Em 31.12.2006 todos os custos de mão de obra direta e custos indiretos de fabricação referentes ao exercício de 2006 haviam sido apropriados ao resultado do exercício. Na contagem física dos inventários constatou-se que um quinto de toda a produção de calçados do exercício não havia sido vendida. De acordo com estas informações, podemos afirmar que a empresa Alfa nas suas demonstrações contábeis NÃO observou o Princípio Fundamental de Contabilidade - Resolução CFC n° 750 (A) Entidade. (B) Oportunidade. (C) Competência. (D) Atualização Monetária. (E) Prudência. 20) (PRW/Cespe-UnB/2008) A adoção do custeio variável, em detrimento do custeio por absorção, deverá ser precedida de comunicação à secretaria da Receita Federal e também à secretaria de Fazenda do Estado. 21) (SGA/Cespe-UnB/2008) O custeio por absorção não incorpora o montante dos cus­ tos indiretos ao custo unitário dos produtos. Desse modo, o valor da mercadoria produzida só incorpora os custos diretos, fixos ou variáveis.

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Sistemas de apropriação de custos

Questão 1 O sistema de custeio RKW apropria ao produto todos os custos e despesas. Não há uma distinção entre eles. Resposta: A Questão 2 0 sistema ABC pode ser aceito pela legislação vigente se os custos indiretos forem alocados aos produtos por atividade. Normalmente esse critério aloca aos produtos os custos e despesas. Por isso não é aceito pela legislação. Resposta: E Questão 3 Alternativa a: Errada. O método de custeio variável não agrega os custos fixos ao custo de produção. Os custos fixos são tratados como despesas. Alternativa b: Certa. O método de custeio por absorção agrega todos os custos de produção do período aos produtos. Alternativa c: Errada. Não há relação entre o método de avaliação de es­ toques e o sistema de alocação de custos. Alternativa d: Errada. A apuração do resultado varia conforme o método utilizado. Alternativa e: Errada. Vide comentário da alternativa c. Resposta: B Questão 4 Custo padrão é uma estimativa de custo. São determinados, regra geral, antes do início do processo produtivo. Resposta: D Questão 5 1 - Errada. O custeio por absorção apropria todos os custos do período (diretos ou indiretos) aos produtos. II - Errada. O custeio variável apropria somente os custos variáveis aos produtos. Os custos fixos são tratados como despesas. III - Errada. O custeio padrão é uma estimativa de custos. IV - Certo. Vide comentários de I. 57

Capítulo 3

Contabilidade de Custos

V produtos.

- O custeio baseado em atividades apropria os custos e despesas aos

Resposta: C Questão 6 Alternativa a: Certo. A definição dada é a de gasto (vide capítulo I). • Alternativa b: Certo. O custeio por absorção apropria todos os custos do período (diretos ou indiretos) aos produtos. Alternativa c: Errada. O custo indireto é aquele que não se identifica com nenhum produto em particular. Por isso são rateados. Alternativa d: Errada. Ver capítulo II. Podemos dizer que todos os custos primários são diretos, mas nem todo custo direto é primário. Alternativa e: Errada. Não existe a exceção dada. As despesas de vendas e financeiras também são alocadas aos produtos. Questão 7 O sistema de custeio que conflita com os princípios, normas e convenções contábeis é o do custeio variável ou direto, já que fere os princípios da realização da receita, confrontação e competência. Resposta: A Questão 8 O método que apropria todos os custos de produção aos produtos é o custeio por absorção. Resposta: D Questão 9 Afirmativa correta. No sistema RKW todos os custos e despesas são apro­ priados aos custos dos produtos. Questão 10 Afirmativa correta. A legislação do imposto de renda admite somente o sistema de custeio por absorção como método de custeio. Questão 11 Afirmativa correta. No sistema ABC os custos indiretos são atribuídos aos produtos por atividade através dos direcionadores (indicadores) de custos. Bernardo Cherman

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Sistemas de apropriação de custos

Questão 12 Alternativa errada. O sistema de custeio por absorção é utilizado para aten­ der à legislação fiscal, pois atende aos princípios fundamentais da contabilidade, especialmente o princípio da competência dos exercícios. O custeio direto ou variável é utilizado para fins gerenciais. Questão 13 Afirmativa errada. A característica principal do custeio variável é que os custos fixos são considerados despesa independente da produção. Compõem o custo do produto somente os custos variáveis. Este procedimento não coaduna com o princípio da competência ou com a legislação tributária. Para efeito tri­ butário, o único método de custeio aceito é o custeio por absorção. Questão 14 Afirmativa correta. No sistema RKW, todos os custos e despesas são apro­ priados aos custos dos produtos. Questão 15 Afirmativa errada. No sistema de custeio variável, são apropriados aos pro­ dutos somente os custos variáveis. Os custos fixos são tratados como despesas. Questão 16 Afirmativa errada. No sistema de custeio por absorção, os gastos adminis­ trativos são considerados despesas. Questão 17 Afirmativa correta. No custeio variável, os custos fixos são lançados dire­ tamente a resultado. Questão 18 Afirmativa correta. Ê a base do custeio por absorção. A primeira fase nes­ se tipo de custeio é a separação entre custos e despesas. Os custos são lançados diretamente ao produto e as despesas ao resultado.

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Capítulo 3

Contabilidade de Custos

Questão 19 De acordo com o princípio da competência, o reconhecimento de despesas e receitas deve ser feito na medida em que vão ocorrendo os fatos geradores. O fato gerador, no caso, é a venda efetiva do calçado. Se restar um quinto da produ­ ção no estoque, esse valor deverá ser ativado, e não lançado a resultado. O valor que deverá ser lançado a resultado são quatro quintos do custo, e não o total. O procedimento contraria o Princípio da Competência. Resposta: C Questão 20 Afirmativa errada. A adoção do custeio variável tem finalidade gerencial. É proibido o uso deste sistema para fins tributários. Questão 21 Afirmativa errada. O custeio por absorção incorpora ao produto todos os custos, diretos ou indiretos.

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Capitulo 4

Custeio por absorção: apuração do custo dos produtos vendidos, custo dos produtos acabados e custo de produção Como visto anteriormente, este método leva em consideração, na apuração do resultado, todos os custos de produção. A apuração do custo do produto vendido pode ser calculado através do esquema abaixo: 4.1. Apuração do CPV Estoque Inicial de Material Direto (E.I.M.D.) (+} Compras de Material Direto (C.M.D.) (-) Estoque Final de Material Direto (E.F.M.D.) (=) Material Direto Consumido (+) Mão de obra Direta (M.O.D.) (+) Gastos Gerais de Fabricação (G.G.F.) (=) Custo de Produção do Período (+) Estoque Inicial de Produtos em Elaboração (E.LP.E.) (-) Estoque Final de Produtos em Elaboração (E.F.P.E.) (=) Custo de Produção Acabada (+) Estoque Inicial de Produtos Acabados (E.I.P.A.) (-) Estoque Final de Produtos Acabados (E.F.P.A.) (-) Custo dos Produtos Vendidos (C.P.V.) A apuração do resultado segue o mesmo modelo visto na contabilidade geral: Apuração do Resultado Vendas Brutas (-) Deduções de Vendas (=) Vendas Líquidas (-) Custo dos Produtos Vendidos (=) Resultado Industrial (Lucro Bruto) (+) Receitas Operacionais (-) Despesas Operacionais (-) Lucro Operacional (+) Receitas não-Operacionais (-) Despesas não-Operacionais (±) Saldo da Correção Monetária 61

Contabilidade de Custos

(=) Resultado antes dos Impostos e Participações (-) Participações (~) Contribuição Social (-) Imposto de Renda (-) Lucro Líquido do Exercício 4.2. Apuração do CPA (Custo do Produto Acabado) e CP (Custo de Produção) A apuração dos custos pode ser feita com a utilização direta de razonetes, o que facilita a visualização da alocação dos custos e dos lançamentos. Inicialmente -abre-se a contâ matéria-prima (ou materiais diretos), e com as compras do período e o saldo final credita-se à conta debitando-se na conta produtos em elaboração. A conta mão de obra direta é encerrada em contrapartida com a conta produtos em elaboração. Todos os gastos gerais de fabricação (custos indiretos) são debitados em conta própria e encerrados ao fim do período, A contrapartida é produtos em elaboração. Encerrada a conta produtos em elaboração, o valor creditado é transpor­ tado à conta produtos acabados. O valor creditado em produtos acabados é o valor do C.P.V. Graficamente teríamos

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Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

O valor (T) é o custo de fabricação oü o custo de produção do período. Como visto anteriormente,

O valor (2) é o custo do produto acabado. O valor (3) é 0 custo do produto vendido.

Exemplo 1: Dados da Cia, Suicídio em Massa (em R$) Estoque Inicial de Material Direto ...... *................................................. 500 Estoque Final de Material Direto.............................................................. 300 Compra de Materiais Diretos................................................................... 600 Estoque Inicial de Produtos em Elaboração........................................... 300 Estoque Final de Produtos em Elaboração..........................w ............ .................. 600 Gastos Gerais de Fabricação............................ ..........................................500 Mão de Obra Direta Aplicada............................................ .................. . 400 Estoque Inicial de Produtos Acabados..................................................... 100 Estoque Final de Produtos Acabados............................... .

200

Vendas do Período................................................................ ................ . 1.600 Pede-se: a) Custo direto b) Custo de produção do período c) Custo dos produtos acabados d) Custo dos produtos vendidos e) Resultado industrial f) Contabilizar as operações pertinentes Resolução Primeiramente vamos “armar” o problema abrindo os razonetes necessá­ rios, os saldos iniciais (S.I.) e os saldos finais (S.F.). Feito isso, transportamos os valores entre os razonetes, como vimos no esquema gráfico.

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Capítulo 4

Contabilidade de Custos

Mat. Direto

a) Custo Direto = Mat. Direto + M.O.D. = 800 + 400 = 1.200

b) O custo de produção do período é o somatório dos valores debitados na conta produtos em elaboração. O saldo inicial desta conta não entra no cálculo, pois se refere ao período passado. Custo de produção do período

=

800 + 500 + 400 = (M.D.) (G.G.F.) (M.O.D.)

1.700

c) Custo dos produtos acabados: é o valor creditado na conta produtos em elaboração, isto é, 1.400 d) Custo dos produtos vendidos: é o valor creditado na conta produtos acabados -1.300. e) Resultado Industrial = V - C.P.V. - 1600 - 1300 = 300 f) Produtos em Elaboração....................................................................1.700 a Material Direto........................................................................................ 800 a G.G.F............................................................................................................ 500 a M.O.D................................................................. .........................................400

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Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

Produto Acabado a Produtos em Elaboração.................................................... .....................1.400 Custos dos Produtos Vendidos a Produtos Acabados........................................................... ....................1.300 Caixa (ou Clientes) a Vendas.......................................................................... ............................ 1.600 Observe que o custo dos produtos vendidos poderia ser calculado através do esquema dado inicialmente: E.I.M.D............................................................................................................500 (+) C.M.D.......................................................................................... .............600 (-) E.F.M.D............................................................................................... (300) (=) Material Direto Consumido................................................................800 (+) M.O.D.......................................................................................................400 (+) G.GJF................................ .......... .............................................................500 (=) Custo de Produção do Período........................................................1.700 (+) E.I.PJE.......................................................................................................300 (-) E.F.P.E.................................................................................................. (600) (=) Custo da Produção Acabada............................................................ 1.400 (+) EXP.A....................................................................................................... 100 (-) E.F.P.A.....................................................................................................(200) (=) Custo dos Produtos Vendidos............................................................. 1.300 Exemplo 2 São dadas as seguintes informações da Cia. Sonegadora: Compra de Matéria-prima..................................................................... 10.000 Matéria-prima utilizada na Produção................ ...................................6.000 Saldo Final de Matéria-prima.................................................................7.000 Saldo Inicial Produtos em Elaboração................................................. 10.000 Saldo Final Produtos em Elaboração................................................... 40.000 Saldo Inicial Produtos Acabados.......................................................... 12.000 Salários e Encargos - M.O. da Produção.................. .......................... 15.000 Salários e Encargos - M.O. da Administração.................................... 10.000 Saldo Final de Produtos Acabados..........................................................Zero Manutenção - Máquinas da Produção.................................................12.000 Depreciação - Máquinas da Produção................................................. 11.000 Depreciação - Equipamentos da Administração................................. 4.000 Seguros incorridos na Área Industrial..................................................4.000 Seguros incorridos na Área Administrativa.........................................2.000 65

Capítuio 4

Contabilidade de Custos

Energia Elétrica consumida - Escritório de Vendas............................... 500 Energia Elétrica consumida - na Fábrica.............................................. 2.000 Comissão de Vendedores...................................................................... 1.000 Limpeza - Prédio Administração..............................................................500 Limpeza - Prédio da Fábrica..................................................................1.500 Aluguel da Fábrica................................................................................. 6.500 Aluguel - Escritório de Vendas............................................................... 2.000 Aluguel - Prédio da Administração......................... ..... ........................2.000 Pede-se: a) Estoque Inicial de Matérias-primas b) Custo de Fabricação c) Custo da Produção Acabada d) Custo dos Produtos Vendidos Resolução M.P. E.I 6.000 (1) 10.000 7.000

M .O 15.000 15.000(2)

G. G. F. 12.000 11.000 4.000 2.000 1.500 6.500 37.000 37.000 (3)

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Produto em Elaboração 10.000 28.000 (1) 6.000 (2) 15.000 (3) 37.000 40.000

Produto Acabado 12.000 40.000 28.000 Zero

a) E.I + 10.000 - 6.000 = 7.000 -> E.I. = 3.000 b) Custo de Fabricação = 58.000 c) Custo da Produção Acabada = 28.000 d) Custo dos Produtos Vendidos = 40.000

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Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

Para responder às questões de 01 a 06, observe o seguinte: Dados da Empresa Rumo Certo no período: (Em Reais) Matérias-primas Compradas............................................................ Depreciação do Equipamento de Produção......................................

24.000 ... 400

Despesas de Entrega..........................................................................

... 400

Depreciação de Equipamentos do Entrega....................................... Despesas Financeiras........................................................................

....200

... 520 Éstoque Final de Matérias-primas........................................................... 10.000 Mão de Obra Direta .................................................................................12.000 Materiais Consumidos na Fábrica (indiretos).............................................8.000 Despesas Administrativas........................................................................ 3.600 Despesas de Materiais de Escritório.............................................................. 480 Mão de Obra Indireta.................................................................................6.000 Vendas .......................................................................................................31.000 Estoque Final de Produtos Acabados.........................................................16.160 Não há outros estoques 01) (AFRF/Esaf) A partir dos dados da Empresa Rumo Certo Ltda., constatamos que: a) b) c) d)

O Lucro Bruto Operacional é de $3.380,00. O Lucro Líquido Operacional e de $1.560,00. O Custo dos Produtos Vendidos é de $15.000,00. O Custo Total da Produção do Período é de $20.000,00.

02) (AFRF/Esaf) O total de Custos Indiretos da Empresa Rumo Certo Ltda. é de a) b) c) d)

$14.400,00. $14.000,00. $6.400,00. $3.400,00.

67

Capítulo 4

Contabilidade de Custos

03) (AFRF/Esaf) A Conta Produtos em Andamento da Empresa Rumo Ltda. acumulará um total (antes de ser encerrada) de: a) b) c) d)

$40.000,00. $48.400,00. $48.000,00. $40.400,00.

04) (AFRF/Esaf) Os Custos Diretos da Empresa Rumo Certo Ltda. são: a) b) c) d)

$38.400,00. $32.000,00. $28.000,00. $26.000,00.

05) (AFRF/Esaf) O Lucro Operacional da Empresa Rumo Certo Ltda., antes das Des­ pesas Financeiras, é de: a) b) c) d)

$2.080,00. $3.080,00. $4.080,00. $5.080,00.

06) (AFRF/Esaf) Admitindo-se que a Empresa Rumo Certo Ltda. produziu 20.200 unidades, o Custo Unitário será de: a) b) c) d)

$1,00. $2,00. $3,00. $4,00.

Considere os seguintes dados para responder às questões 7 a 10: I - ESTOQUES

Materiais Produtos em fabricação Produtos acabados

188,00 520.00 237.00

Final ($) 327.00 327.00 5.00

II - OUTRAS INFORMAÇÕES Requisição de materiais para fabricação Produção do período Lucro bruto nas vendas Bernardo Cherman

68

$330,00 $800,00 $1.468,00

Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

07) (AFRF/Esaf) O valor líquido das compras de material foi de: a) $3,00. b) $799,00. c) $796,00. d) $657,00. e) $469,00. 08) (AFRF/Esaf) O valor total debitado no período à conta Produtos em Fabricação foi de: a) $277,00. b) $607,00. c) $1.127,00. d) $657,00. e) $330,00. 09)

(AFRF/Esaf) Considerando que os gastos com mão de obra direta totalizaram $69,00, o total dos Gastos Gerais de Fabricação debitado no período foi de: a) $261,00. b) $258,00. c) $208,00. d) $327.00. e) $277,00.

10) (AFRF) O valor das vendas líquidas totalizadas no período foi de: a) $2.268,00. b) $1.505,00. c) $1.832,00. d) $2.505,00. e) $2.500,00. 11) (MPOG/Esaf/2002) A receita líquida de uma empresa fabril, em certo período, tota­ lizou $100.000,00; as despesas operacionais, $30.000,00; e a provisão para o imposto de renda, $25.000,00.0 lucro bruto da venda de seus produtos foi do $40.000,00. Sabendo-se que o custo dos produtos fabricados no aludido período foi do $55.000,00 e que o saldo inicial da conta “Produtos Acabados” foi de $25.000,00, assinale, com base nesses dados fornecidos, ao saldo final da conta “Produtos Acabados”: a) b) c) d) e)

$60.000,00. $80.000,00. $25.000,00. $55.000,00. $20.000,00. 69

Capítulo 4

Contabilidade de Custos

12) (AFRF/Esaf) Numa determinada empresa industrial, o fluxo de matérias-primas durante o ano foi o seguinte: I) Saldo inicial: Item 1 - 5.000 unidades a $1,00 cada uma Item 2 - 8.000 unidades a $0,75 cada uma Item 3 - 4.000 unidades a $2,75 cada uma II) Compras: Item 1 - 12.000 unidades a $1,00 cada uma Item 2 - 6.000 unidades a $2,75 cada uma III) Entrega a produção: Item 1 - 3.500 unidades Item 2 - 2.000 unidades Item 3 - 3.000 unidades IV) Matérias-primas defeituosas, devolvidas aos fornecedores: Item 1 - 200 unidades V) Matérias-primas excedentes, devolvidas ao almoxarifado pela fábrica: Item 2 - 50 unidades Efetuadas essas operações, a salda da conta “matérias-primas” na escrituração da referida empresa era de: a) b) c) d) e)

$37.287,50 $37.087,50 $37.012,50 $22.000,00 $15.087,50

13) (AFRF/Esaf) Uma empresa fabril faz os seguintes gastos percentuais na sua pro­ dução: ♦ Matéria-prima 50% ♦ Mão de obra 40% ♦ Gastos gerais de fabricação 10% Sabendo-se que: I) cada unidade produzida é vendida a $1,00; II) a empresa fez aumento de 30% no salário de seus trabalhadores diretamente ligados à produção; III) os demais elementos dos custos e o quantitativo da produção nãó foram al­ terados. Conclui-se que a empresa, para manter a margem do lucro que vinha obtendo anteriormente ao aumento salarial, terá de vender cada unidade produzida por:

Bernardo Cherman

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Custeio por absorçao: apuração do CPV, CPA e CP

a) b) c) d) e)

$1,30. $1,20. $1,12. $1,40. $1,30.

14) (AFRF/Esaf) Os inventários de produtos e os saldos de contas de um balancete, em uma empresa industrial, evidenciam os seguintes valores no fim do exercício: ♦ Estoque inicial de produtos acabados ♦ Estoque inicial de produtos em elaboração ♦ Estoque final de produtos em elaboração ♦ Material direto utilizado ♦ Mão de obra direta alocada ♦ Custos gerais de fabricação aplicados ♦ Custos dos produtos vendidos

40.000.00 15.000.00 10.000.00 25 - 000,00

18.000,00 17.000.00 90.000.00

O estoque íinal de produtos acabados é: a) $105.000,00 b) $75.000,00 c) $65.000,00 d) $60.000,00 e) $15.000,00 15) (MPOG/Esaf/2002) A Empresa Industrial Beta apresentou os dados abaixo no início e no final de determinado período: Conta Produtos em elaboração Produtos acabados

Saldo Inicial $700.000,00 $1.250.000,00

Saldo Final $680.000,00 $1.400.000,00

Foram contabilizados no período os seguintes gastos: Requisição de matérias-primas $850.000,00 Mão de obra direta $150.000,00 Impostos sobre as vendas $1.200.000,00 Gastos gerais de fabricação $500.000, O valór dos produtos acabados e o custo dos produtos vendidos no período foram, respectivamente: a) b) c) d) e)

$1.020.000,00 e $870.000,00 $1.520.000,00 e $1.370.000,00 $1.370.000,00 e $1.220.000,00 $2.720.000,00 e $2.570.000,00 $2.770.000,00 e $2.200.000,00 Capítulo 4

Contabilidade de Custos

16) (AFC/Esaf/2002) A firma Indústria 8c Comércio de Coisas forneceu ao Contador as seguintes informações sobre um de seus processos de fabricação: Estoque inicial de materiais Estoque inicial de produtos em processo Estoque inicial de produtos acabados Compras de materiais Mão de obra direta Custos indiretos de fabricação ICMS sobre compras e vendas IPI sobre a produção Preço unitário de venda Estoque final de materiais Estoque inicial de produtos acabados Produção completada Produção iniciada Fase atual de produção Produção vendida

R$2.000,00 R$0,00 R$4.500,00 R$2.000,00 R$5.000,00 70% da mão de obra direta 15% alíquota zero R$80,00 R$1.400,00 75 unidades 150 unidades 200 unidades 60% 100 unidades

Fazendo-se os cálculos corretos atinentes à produção acima exemplificada pode­ mos dizer que a) a margem de lucro sobre o preço líquido foi de 10%. b) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de R$1.400,00. c) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de R$8.000,00. d) o custo dos produtos vendidos foi de R$6.000,00. e) o custo dos produtos vendidos foi de R$7.200,00. 17) (AFC/Esaf/2002) A industrial Zinha Ltda. adquiriu matérias-primas para serem utili­ zadas na fabricação de seus produtos no mês de agosto, exigindo entrega emdomidlio, mesmo que onerosa. A nota fiscal dessa compra espelhou os seguintes dados: Quantidade 500 unidades Preço unitário R$8,00 IPI 10% ICMS 17% Despesas acessórias/fretes R$240,00 No mês de agosto a empresa utilizou 60% desse material na produção. Os fretes não sofreram tributação. Com base nas informações fornecidas e sabendo-se que a empresa é contribuinte tanto do IPI como do ICMS, assinale o lançamento cor­ reto para contabilizar a apropriação de matéria-prima ao produto (desconsiderar históricos). a) Produtos em Processo a Matéria-Prima R$1.896,00 b) Produtos Acabados a Matéria-Prima R$1.896,00

Bernardo Cherman

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Custeio por absorção: apuraçao do CPV, CPA e CP

c) Produtos em Processo a Matéria-Prima d) Produtos em Processo a Matéria-Prima e) Produtos Acabados a Matéria-Prima

R$2.376,00 R$2.136,00 R$2.136,00

18) (INSS/Esaf) Uma empresa industrial apresentou os seguintes dados relativos a um período anual de produção: Outros Custos Indiretos $50.000 Estoque Final de Produtos Acabados $400.000 Custo do Pessoal Aplicado na Produção $2 .000.000 Estoque Inicial de Insumos $100.000 Encargos Sociais $1.000.000 Arrendamento Mercantil $600.000 Estoque Inicial de Produtos em Elaboração $300.000 Estoque Final de Insumos $200.000 Compras de Insumos $900.000 Estoque Inicial de Produtos Acabados $500.000 Manutenção e Reparos de Bens Aplicados na Produção $150.000 Estoque Final de Produtos em Elaboração $250.000 Diante dos dados acima, verificamos que o custo dos produtos de fabricação pró­ pria vendidos importa em: a) $4.650.000. b) $4.700.000. c) $4.750.000. d) $4.800.000. e) $6.450.000. 19)

(INSS/Esaf) Uma empresa fabricante de refrigerantes descartáveis incorreu nos seguintes gastos mensais para a produção e venda de 10.000.000 de unidades: Impostos sobre vendas

$120.000.000,00.

Matéria-prima consumida Mão de obra indireta

$80.000.000,00. $20.000.000,00.

Material de embalagem Outros custos fixos

$60.000.000,00.$40.000.000,00.

Mão de obra direta

$30.000.000,00.

Gastos com distribuição do produto

$20.000.000,00. 73

Capítulo 4

Contabilidade de Custos

Se fosse obrigado a reduzir em 20% sua produção no mês seguinte, o custo unitário neste período seria: a) b) c) d) e)

$18,50 $21,25 $24,50 $25,25 $28,75

Com os dados abaixo analise as questões 20 a 22 (Cespe-UnB). Mão de Obra Direta Aquisições de Matéria-Prima Custos Indiretos Estoque Inicial de Matéria-Prima Estoque Final de Matéria-Prima

25.000 35.000 28.000 13.000 16.000

Estoque Inicial de Produtos em Elaboração Estoque Final de Produtos em Elaboração Estoque Inicial de Produtos Prontos Estoque Final de Produtos Prontos Vendas de Produtos

27.000 33.000 43.000 41.000 105.000

Considerando a tabela acima, que apresenta os saldos contábeis da área de produção de uma empresa industrial, julgue os seguintes itens. 20) (Petrobras/2007) O valor a ser transferido à conta de custo da produção do período é de R$88.000,00. 21) (Petrobras/2007) O valor registrado como custo da produção acabada corresponde ao custo da produção do período deduzido da variação entre os estoques inicial e final de produtos em elaboração. 22) (Petrobras/2007) Caso tenha sido apurado o valor de R$81.000,00 como custo dos produtos vendidos, o lucro bruto terá sido de R$22.000,00. 23) (FCC/2007) Considere os dados a seguir: Estoque inicial de materiais diretos Estoque final de produtos em elaboração Compras de materiais diretos Estoque inicial de produtos acabados Mão de obra direta Estoque final de produtos acabados

Bernardo Cherman

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60.000,00 68.000,00 160.000,00 20.000,00 15.000,00 16.000,00

Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

Custos indiretos de fabricação Estoque final de materiais diretos Estoque inicial de produtos em elaboração Despesas administrativas Despesas com vendas Despesas financeiras líquidas

53.000,00 77.000,00 42.000,00 22.000,00 18.000,00 4.000,00

Considerando apenas essas informações, extraídas da contabilidade da Cia. Rio Negro, o custo dos produtos vendidos» no período, correspondeu a, em R$: a) 145.000,00 b) 167.000,00 c) 185.000,00 d) 189.000,00 e) 211.000,00 24) (INSS/Esaf) À fábrica de Móveis Delta Ltda. tem os seguintes elementos de custo de fabricação: Força Motriz $6.000 Madeira $100.000 Lixa $2.000 Cola $8.000 Depreciação do equipamento $11.000 Parafusos $10.000 Verniz $5.000 Salário dos operários $100.000 Contribuição para o IAPAS sobre os salários dos operários $23.000 Salário do supervisor (supervisiona a fabricação de diversos produtos) $20.000 Contribuição para o IAPAS sobre o salário do supervisor $4.000 Seguro das instalações fabris $7.000 Isto posto, pede-se o valor do Material Direto (MD), da Mão de Obra Direta (MOD) e do Custo Indireto de Fabricação (CIF): a) MD = 110.000, b) MD = 100.000, c) MD = 125.000, d) MD = 107.000, e) MD = 123.000,

MOD = 123.000 e CIF = 63.000 MOD = 147.000 e CIF = 49.000 MOD = 124.000 e CIF - 47.000 MOD = 120.000 e CIF = 69.000 MOD = 27.000 e CIF = 146.000

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Capítulo 4

Contabilidade de Custos

25) (.MPQG/Esaf/2003) A fábrica de pentes Karekeskovas Ltda., ao fim do exercício social, apresentava as seguintes contas e saldos respectivos. Contas Receitas de Vendas Compras de Materiais Duplicatas a Receber Duplicatas a Pagar Produtos Acabados Produtos em Fabricação Matérias-Primas Capital Social Lucros Acumulados Comissões de Vendedores Mão de Obra Direta Despesas Indiretas de Fábrica Pessoal de Escritório Depreciação Acumulada Dividendos Distribuídos Material de Consumo Máquinas e Equipamentos Bancos Conta Movimento Móveis e Utensílios

Saldos 5.300,00 1.500,00 1.100,00 500,00 380,00 490,00 330,00 3.000,00 1.200,00 800,00 960,00 700,00 1.700,00 450,00 400,00 190,00 1.500,00 180,00 920,00

Observações: 1. A taxa predeterminada de apropriação das despesas indiretas foi de 60% da matéria-prima utilizada; 2. A taxa predeterminada de apropriação da mão de obra direta foi de 80% da matéria-prima utilizada; 3. As compras e vendas não estão sendo tributadas; 4. Ao fim do período os inventários físicos confirmaram a existência dos seguintes estoques: Produtos Acabados Produtos em Fabricação Matérias-Primas

380,00 450,00 630,00

Com base nos valores acima indicados, utilizando-se o método de custeio por absorção, processado por custeamento normal, pode-se dizer que, no período exemplificado, o custo do produto acabado foi de a) R$2.900,00 b) R$2.920,00 c) R$3.300,00 d) R$3.350,00 e) R$3.370,00 Bernardo Cherman

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Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

26) (ES/Esaf/2005) Uma empresa apresentou, em sua contabilidade em 32.01.2004, os seguintes dados: Aluguel de Fábrica Compra de Matéria-Prima Consumo de Matéria-Prima Custos Diversos Despesas Administrativas Despesas de Vendas Mão de Obra da Fábrica

R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

50.000,00 110.000,00 90.000,00 80.000,00 120.000,00 80.000,00 80.000,00

No mês de fevereiro de2004, foram fabricadas 750 unidades do produto e vendidas 480 unidades por R$650,00 cada uma. O saldo de Estoques de Produtos Acabados e o Custo dos Produtos Vendidos foram, respectivamente: a) R$108.000,00 e R$192.000,00 b) R$147.600,00 e R$262.400,00 c) R$192.000,00 e R$108.000,00 d) R$238.000,00 e R$162.000,00 e) R$147.600,00 e R$162.000,00 27) (FCC/2007) Considere os dados a seguir: Estoque inicial de materiais diretos Estoque final de produtos em elaboração Compras de materiais diretos Estoque inicial de produtos acabados Mão de obra direta Estoque final de produtos acabados Custos indiretos de fabricação Estoque final de materiais diretos Estoque inicial de produtos em elaboração Despesas administrativas Despesas com vendas Despesas financeiras líquidas

60.000,00 68.000,00 160.000,00 20.000,00 15.000,00 16.000,00 53.000,00 77.000,00 42.000,00 22.000,00 18.000,00 4.000,00

Considerando apenas essas informações, extraídas da contabilidade da Cia. Rio Negro, o Custo dos Produtos Vendidos, no período, correspondeu a, em R$: a) 145.000,00 b) 167.000,00 c) 185.000,00 d) 189.000,00 e) 211.000,00

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Capítulo 4

Contabilidade de Custos

Questão X A matéria-prima utilizada na produção é de 14.000 (24.000 - 10.000). O custo de produção (que no caso é o custo do produto acabado, CPA) foi de: 14.000 (MP) + 400 (Depreciação) + 12.000 (MOD) + 6.000 (MOI) + 8.000 (Materiais) = 40.400 (Este é o saldo da conta Produtos em Andamento antes de ser encerrada - Questão 3). O Custo do Produto Vendido é de 24.240 (CPA - EF de Produtos Acabados = 40.400 - 16.160). A DRE ficaria: 31.000 Vendas (24.240) (-) CPV (=) Lucro Bruto 6.760 (400) (-) Despesas de Entrega (-) Depreciação Equipamento de Entrega (200) (-) Despesas Financeiras (520) (-) Despesas Administrativas (3.600) (480) (-) Despesas Material de Escritório (-) Lucro Líquido 1.560 Resposta: B Questão 2 Basta separarmos os Custos Indiretos: 400 (Depreciação) + 8.000 (Materiais) + 6.000 (MOI) = 14.400. Resposta: A Questão 3 Ver questão 1. Resposta: D Questão 4 Custos Diretos = Matéria-Prima + MOD = 14.000 + 12.000 = 26.000. Resposta: D

Bérhardo 'Chérrhán

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Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

Questão 5 Basta somarmos ao lucro líquido as despesas financeiras: 1.560 + 520 = 2.080. Resposta: A Questão 6 O custo unitário é calculado dividindo-se o CPA pela quantidade pro­ duzida: 40.400/20.200 ~ 2,00. - Resposta: B Questão 7 Podemos visualizar melhor o problema por razonete: Material 188 330 C 327

188 + C - 330 = 327 C = 469 Resposta: E

Questão 8 Colocando os valores em razonetes: Produtos em Elaboração 52^ 800 520 + X ~ 800 = 327 --------------- 1 ---------------X = 607 327 Resposta: B Questão 9 O valor calculado na questão anterior (607) é o somatório de materiais, mão de obra direta e gastos gerais de fabricação (GGP) no período. Assim temos: 607 = 330 + 69 + GGF Logo, GGF = 208 Resposta: C

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Capítulo 4

Contabilidade de Custos

Questão 10 LB-V -C PV 1.468 = V - 1.032 V - 2.500 O CPV é calculado através do razonete Produtos Acabados: Saldo Inicial + CPA - Estoque final = CPV. 237 + 800 - 5 = 1.032 Resposta: E Questão 11 Inicialmente temos de calcular o CPV: LB - V - CPV. 40.000 = 100.000 - CPV CPV = 60.000 O razonete Produtos Acabados ficaria: Produtos Acabados 25.000 60.000 55.000 20.000 Resposta: E Questão 12 Abrindo os razonetes: I 5.000 3.500 12.000 300 13.300

II 6.000 1.500 16.500 37,5 21.037,5

13.300 + 21.037,5 + 2.750 = 37.087,5 Resposta: B

Bernardo Cherman

80

III 11.000 8.250 2.750

Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

Questão 13 O quadro abaixo nos dá o aumento do preço de venda de cada unidade produzida: Itens Matéria-Prima Mão de Obra GGF Total

Antes 0,50 0,40 0,10 1,00

Depois 0,50 0,52 0,10 1,12

Resposta: C Questão 14 O custo de produção do período é de: 15.000 + 25.000 + 18.000 + 17.000 = 75.000 Como o estoque final de Produtos em Elaboração é de 10.000, o Custo de Produção Acabada é de 65.000. Desta forma, o Estoque Inicial de Produtos Acabados somado ao Custo de Produção do Período, diminuído dos Custo dos Produtos Vendidos nos dá o Estoque final de Produtos Acabados: 40.000 + 65.000 - 90.000 = 15.000. Visualizando por razonetes (valores multiplicados por 1000): Produtos em Elaboração 15 65 — -------40 25 18 17 10

Produtos Acabados 90

65

15

Resposta: E Questão 15 Colocando os valores em razonetes (x 1.000): Produtos Acabados 1.250 1.370 ------ -** 1.520 1.400

Produtos em Elaboração 700 1.520 ------850 150 500 680 Resposta: B 81

Capítulo 4

Contabilidade de Custos

Questão 16 Questão cheia de dados, que, para melhor visualização, devem ser lançados em razonetes. Entretanto, para resolução do problema precisamos de pouquís­ simos destes dados. Observe que a questão nos dá o estoque inicial de produtos acabado (R$ 4.500) e o estoque inicial de produtos acabados (75 unidades). Com isto, temos o custo unitário de R$60,00 (4.500/75). Como a produção vendida foi de 100 unidades, o custo de produtos vendidos é de R$6.000 (60 X 100). Resposta: D Questão 17 Como foram compradas 500 unidades ao preço unitário de R$8,00, o custo total foi de R$4.000 (500 X 8). Assim temos: Preço 4.000 (-) ICMS (4.000 X 17%) (680) (=) Custo da MP antes do frete 3.320 (+) Frete 240 (=) Custo da MP 3.560 (x) % utilizada na produção 60% (=) Valor apropriado 2.136 Observações 1. Normalmente o frete é somado ao custo da matéria-prima, compondo a base de cálculo dos tributos, porém o problema afirma que os fretes não sofreram tributação. 2. O IPI não está “embutido” nos R$4.000. Assim, o valor não entra no cálculo. Resposta: D Questão 18 Colocando os valores em razonetes: Insumos_____ 100 800 900 200

Resposta: C Bernardo Cherman

Produtos em Elaboração 300 4.650 800 2000 1000 600 150 50 250 82

Produtos Acabados 500 4.650 400

Custeio por absorção: apuração do CPV, CPA e CP

Questão 19 Valores x 1.000

Matéria-Prima Mão de Obra Indireta Material de Embalagem Custo ftxo Mão de obra Direta Total

10.000 unidades 80 20 60 40 30

8.000 unidades 64 20 48 40 24 196

Custo unitário: 196/8 = 24,5 Resposta: C Questão 20 Inicialmente vamos calcular o valor da matéria-prima transferido à conta custo de produção: Estoque Inicial de Matéria-Prima (+) Aquisições de Matéria-Prima (-) Estoque Final de Matéria-Prima (=) Matéria-Prima Transferida à Produção

13.000 35.000 16.000 32.000

Logo, o total de valores transferidos à produção (custo de produção do período) corresponde ao somatório da matéria-prima, mão de obra direta e custos indiretos: 32.000 25.000 28.000 85.000

Matéria-Prima (+)Mão de Obra Direta (+) Custos Indiretos (=) Custo de Produção do Período Afirmativa errada Questão 21

Pode-se calcular o valor do custo de produção acabada da seguinte forma: Estoque Inicial de Produtos em Elaboração (+) Custo de Produção do Período (-) Estoque Final de Produtos em Elaboração (-} Custo da Produção Acabada

27.000 85.000 33.000 79.000

Afirmativa correta 83

Capítulo 4

Contabilidade de Custos

Questão 22 O cálculo do lucro bruto é dado pela diferença entre Vendas e Custo dos Produtos Vendidos (CPV): LB = V - CPV = 105.000 - 81.000 = 24.000. Observação: O valor do Custo dos Produtos Vendidos poderia ser calculado como se segue: Estoque Inicial de Produtos Prontos (+) Custo da Produção Acabada (-) Estoque Final de Produtos Prontos (=) Custo dos Produtos Vendidos

43.000 79.000 41.000 81.000

Afirmativa errada. Questão 23 Questão mais simples de visualizar colocando os valores em razonetes. Estoque inicial de material direto (+) Compras de material direto (-) Estoque final de material direto (=) Material direto consumido (+) Mão de obra direta (+) Custos indiretos de fabricação (=) Custo de produção do período (+) Estoque inicial de produtos em elaboração (-) Estoque final de produtos em elaboração (=0 Custo da produção acabada (+) Estoque inicial de produtos acabados (-) Estoque final de produtos acabados (=) Custo dos produtos vendidos

60.000 160.000 (77.000) 143.000 15.000 53.000 211.000 42.000 (68.000) 185.000 20.000 (16.000) 189.000

Resposta: D Questão 24 MD = 100.000 (madeira) + 10.000 (prego) - 110.000 Obs.: O examinador considerou prego como material direto, mas deveria ser classificado como custo indireto de fabricação. MOD = 100.000 (Salário Operadores) + 23.000 (IAPAS) = 123.000

Bernardo Cherman

84

Custeio por absorção: apuraçao do CPV, CPA e CP

CIF = 6.000 + 2.000 + 8.000 + 5.000 + 20.000 + 4.000 + 7.000 + 11.000 = 63.000 Resposta: A Questão 25 De acordo com os dados: MOD = 0,8 MP 960 = 0,8 MP. Logo, MP = 960/0,8 = 1.200 Despesas Indiretas (Dl) = 0,6 MP Dl = 0,6 x 1.200. Logo, MP = 720 Colocando os valores calculados e dados do problema em razonetes: Produtos em Fabricação 490 2.920 960 1.200 720 450

Produtos Acabados 380 2.920 380

Resposta: B Questão 26 Total dos custos: 50.000 + 90.000 + 80.000 + 80.000 = 300.000 Custo unitário = 300.000/750 = 400 Saldo final de Produtos Acabados (unidades) - 750 - 480 = 270 unidades Saldo Final de Produtos Acabados (valor) = 400 x 270 = 108.000. CPV = 480 x 400 - 192.000 Resposta: A Questão 27 Questão mais simples de visualizar colocando os valores em razonetes. Estoque inicial de material direto (+) Compras de material direto (-) Estoque final de material direto (=) Material direto consumido (+) Mão de obra direta (+) Custos indiretos de fabricação (=) Custo de produção do período 85

60.000 160.000 (77.000) 143.000 15.000 53.000 211.000 Capítulo 4

Contabilidade de Custos

(+) Estoque iniciai de produtos em elaboração (-) Estoque final de produtos em elaboração (=) Custo da produção acabada (+) Estoque inicial de produtos acabados (-) Estoque final de produtos acabados (=) Custo dos produtos vendidos Resposta: D

Bernardo Cherman

86

42.000 (68.000) 185.000 20.000 (16.000) 189.000

Capítulo 5

Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização 5.1. Critérios de rateio Critério de rateio é o artifício usado pela contabilidade para distribuir os custos, não identificáveis diretamente, aos diversos produtos. Imaginemos uma fábrica que produz três produtos diferentes. Os custos diretos são facilmente identificáveis já que estão ligados diretamente aos produtos. Já os custos indiretos (ex.: um supervisor que trabalha com os três produtos ao mesmo tempo ou o salário do vigia da fábrica), não podem ser alocados direta­ mente. Por isso utilizamos o rateio e determinamos um critério de distribuição de custos. O grande problema é que não existe uma regra que determine o cri­ tério a ser utilizado. Por exemplo, o custo de depreciação das máquinas pode ser distribuído baseado no número de unidades produzidas ou nos custos das máquinas ou horas de uso das máquinas. Dependendo do critério utilizado, po­ demos encontrar grandes diferenças de custos. O rateio é calculado utilizando-se regra de três simples. Exemplo: Uma indústria produz dois produtos: A e B. O custo direto de A é de R$10.000 e de B é de R$6.000. O total dos custos indiretos é de R$5.000. Vamos supor ainda os seguintes dados: Produto A B Total

Horas/Máquina 200 600 800

Horas/M. O. D. 1.000 200 1.200

Calcular: a) O custo dos produtos A e B utilizando as horas/máquina como critério de rateio. b) O custo dos produtos A e B utilizando as horas de mão de obra direta como critério de rateio.

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Contabilidade de Custos

Resolução a) 800 - 100% 200 - X = 25% x 5.000 = 1.250 800 - 100% 600 - X = 75% x 5.000 = 3.750 Por este critério, A recebe 1.250 de custos indiretos e B, 3.750. Logo: Custo de A = Custo direto + Custo indireto = 10.000 + 1.250 = 11.250 Custo de B = 6.000 + 3.750 = 9.750 b) 1.200- 100% 1.000 - X = 83,3% x 5.000 = 4.166,7 1.200

-

100%

200 - X = 16,6% x 5.000 = 833,3 Logo: Custo de A = 10.000 + 4.166,7 = 14.1667 Custo de B = 6.000 + 833,3 = 6.8333 Observe que neste problema as diferenças são significativas em função do critério utilizado. Isto não ocorre quando utilizamos o sistema de custeio vari­ ável, já que os custos fixos, geralmente indiretos, são considerados despesas. As diferenças entre os tipos de custeio serão vistos posteriormente. 5.2. Departamentalização A departamentalização consiste em dividir a empresa em partes chamadas departamentos, que normalmente são representados em um organograma. Segundo Eliseu Martins, “o Departamento é a unidade mínima adminis­ trativa constituída, na maioria dos casos, por homens e máquinas desenvolvendo atividades homogêneas”. Sempre existe um responsável pelo departamento. 5.2.1.

Centro de Custos

Centro de custos é a unidade mínima de acumulação de custos, ou seja, no centro de custos são acumulados custos para posterior alocação aos produtos. Bernardo Cherman

88

Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização

Um centro de custos pode coincidir com um departamento ou com mais de um departamento, ou ainda pode existir mais de um centro de custos em um departamento. Assim, por exemplo, se o departamento de produção é composto de três máquinas, tais como perfuradeira, torno e fresadora, teremos três centros de custos. 5.2.2. Objetivo da departamentalização O objetivo, para efeito de contabilidade de custos, é diminuir a arbitrarieda­ de dos critérios de rateio, já que os custos primeiro passam pelos departamentos e depois são atribuídos aos produtos. Com isso teremos um melhor controle de custos. 5.2.3. Tipos de departamentos Existem dois grandes grupos: 5.2.3.1. Departamentos produtivos São aqueles que trabalham diretamente com o produto. Exemplos: o Usinagem ♦ Acabamento «•Pintura ♦ Refinaria etc. 5.2.3.2. Departamentos de serviços São aqueles que não atuam diretamente no produto. Geralmente os produtos não passam por eles. Basicamente sua função é prestar serviços aos departamentos de produção. Exemplos: «■Manutenção ♦ Limpeza ♦ Controle de Qualidade etc. Como os produtos não passam pelos Departamentos de Serviços, estes repassam seus custos aos departamentos produtivos, e depois os custos destes departamentos são apropriados aos produtos. 89

Capítulo 5

Contabilidade de Custos

Exemplo: O controle de qualidade (departamentos de serviços) trabalhou 1.800 ho­ ras e seus gastos foram de 1.530.000. As horas trabalhadas nos departamentos produtivos foram: Corte..................................... Montagem............................

600 h 1.200 h

Calcular o valor a ser rateado aos departamentos produtivos. Resolução O custo de 1 hora de manutenção foi = 1.530.000 = 850 1.800 Corte: 600 h x 850 = R$510.000 Montagem: 1.200 h x 850 = R$1.020.000

Questões de provas

|

..§

01) (AFRF/Esaf) Na Contabilidade de Custos por Absorção de uma empresa X, os custos de manutenção são rateados para os Centros de Custos de Produção, Almoxarifado e Controle de Qualidade, proporcionalmente às horas trabalhadas para esses centros: 70 horas para Produção, 20 horas para o Almoxarifado e 30 horas para o Controle de Qualidade. O total de gastos de Manutenção atinge o total de $5.500.000,00 no período em apuração. Pode-se indicar que a parcela da manutenção mandada para o Centro de Controle de Qualidade foi de: a) b) c) d)

$916.667,00 $1.375.000,00 $2.750.000,00 $3.308.000,00

02) (AFRF/Esaf) Os custos indiretos a ratear, em determinada indústria, sobre 2 pro­ dutos A e B fabricados, totalizam $3.900.000,00. O rateio é realizado com base nas horas-máquinas (h.m trabalhadas para cada produto, de forma linear 1.200 h.m. para A e 2.400 h.m. para B. Caso sejam produzidas 1.000 unidades do produto A e seu custo direto unitário seja $2.500,00 por peça, então o custo unitário total obtido para A será de: a) $3.800,00 b) $1.300,00

Bernardo Cherman

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Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização

c) $4.100,00 d) $2.600,00 03) (AFRF/Esaf) Uma empresa industrial, que apura seus custos através dos departa­ mentos A, B e C, apropria o valor das despesas com consumo de energia elétrica levando-se em conta que: ♦ departamento A opera com 5 máquinas; ♦ departamento B opera com o dobro de máquinas em relação ao departamento A; ♦ as máquinas são iguais entre si e registraram o mesmo consumo no período. Sabendo-se que as despesas de energia elétrica, no período, foram de $150.000,00, ■ a contabilidade industrial apropriou: a) b) c) d) e)

$50.000,00 em A, $75.000,00 em B e $25.000,00 em C $150.000,00 em A e $150.000,00 em B $50.000,00 em A e $150.000,00 em B $75.000,00 em A e $75.000,00 em B $50.000,00 em A e $100.000,00 em B

04) (AFRF/Esaf) Uma empresa industrial apura custos por setores de produção ou de­ partamentos. Possui três setores, que classifica como A, B, C. O seu imobilizado técnico tem os seguintes valores: ♦ Máquinas $10.000.000,00 ♦ Equipamentos $5.000.000,00 A utilização do imobilizado é a seguinte, em condições normais de 1 turno: Máquinas

♦ O setor A utiliza 10% ♦ O setor B utiliza 30% ♦ O setor C utiliza 60%

Equipamentos ♦ Só o setor C utiliza-os Cumprindo sua função de produzir, só o setor A trabalha em dois turnos de 8 horas, cada um. Quais os valores de rateio das DEPRECIAÇÕES, por setor, sabendo-se que para as máquinas a taxa normal é de 10% e para os equipamentos é de 15%? a) A - 150.000,00, B - 450.000,00 C - 900.000,00 b) A - 200.000;00, B - 300.000,00, C -1.350.000,00 c) A - 200.000,00, B - 150.000,00 C - 900.000,00 d) A - 100.000,00, B - 300.000,00, C - 1.350.000,00 e) A - 200.000,00, B - 300.000,00, C - 900.000,00

91

Capítulo 5

Contabilidade de Custos

05) (INSS/Esaf) A indústria de Bebidas OMEGA Ltda. trabalha com custos indiretos de fabricação reais. O custo de produção é sempre calculado após o final do mês, depois de apurados todos os custos. As informações abaixo dizem respeito ao mês de dezembro de 1984. Custos indiretos de fabricação

$

Aluguel

3.000.000

Materiais Indiretos

2.500.000

Mão de Obra Indireta

5. 000.000

Seguros

1.500.000

Energia Elétrica

500.000

Depreciação das Máquinas Industriais

7.500.000

TOTAL

20 . 000.000

Outras informações Volume Matéria-Prima Mão de Obra Direta ($) Produzido Consumida ($) Cerveja 20.000 3.000.000 3.000.000 3.000.000 1.000.000 Refrigerantes 10.000 6.000.000 4.000.000 Total 30.000 Produtos

Horas de MOD Trabalhadas 800 horas 700 horas 1.5000 horas

Com base nos dados acima, pede-se o valor dos custos indiretos de fabricação rateados, usando-se o custo primário como critério de rateio. a) b) c) d) e)

$10.000.000 e $10.000.000 $10.656.667 e $9.333.333 $12.000.000 e $8.000.000 $13.333.333 e $6.666.667 $15.000.000 e $5.000.000

06) (MPOG/Esaf/2003) Abaixo são apresentados os dados do processo fabril de Colchas e Edredons da fábrica Edreds Ltda., no exercício de 2003. R$1.800,00 Despesas indiretas de fábrica rateadas Custo dos produtos vendidos

R$4.000,00

Despesas indiretas de fábrica efetivas

R$2.000,00

Estoque de materiais diretos

R$400,00

Estoque de produtos acabados

R$1.400,00

Estoque de produtos em elaboração

R$800,00

Custo dos produtos acabados

R$3.800,00

Bernardo Cherman

92

Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização

Materiais diretos requisitados para produção Materiais diretos comprados no período

R$1.700,00 R$1.900,00

Observações: 1. As despesas indiretas de fábrica foram rateadas e alocadas à produção pela taxa de 180% do custo da mão de obra direta; 2. As vendas brutas alcançaram R$7.000,00, com incidência de 20% de ICMS; 3. As compras estão isentas de tributação. Se o método de alocação de custos ao produto for o “custeamento normal”, pode-se afirmar que a única opção que responde corretamente à questão é a seguinte: a) O valor do estoque final de produtos acabados é R$1.000,00. b) O valor do estoque final de produtos acabados é R$1.244,78. c) O valor do estoque final de produtos em processo é R$1.700,00. d) O valor do lucro bruto do período é R$1.400,00. e) O valor do custo fabril do período é R$5.200,00. 07) (AFC/Esaf/2002) A empresa Fabricante S/Aproduz os itens Alfa, Beta e Delta. O custo a ratear entre os três produtos totaliza R$36.000,00. O rateio é baseado nas horas-máquina (hm) trabalhadas para cada um deles. Com o consumo de 120,240 e 360 hm para cada tipo de produto, respectivamente, foi concluída a produção de 300 unidades, em quantidades rigorosamente iguais de Alfa, Beta e Delta. O custo direto unitário também foi ò mesmo para cada tipo de produto, ou seja, R$250,00. Com base nessas informações, pode-se afirmar que a) o custo unitário de Delta foi de R$250,00. b) o custo unitário de Alfa foi de R$310,00. c) o custo unitário de cada um dos três produtos foi de R$370,00. d) o custo unitário de Beta foi de R$430,00. e) o custo total do período foi de R$36.000,00. 08) (CFO/2005) A Cia. “Custo Certo” calcula o custo de produção dos seus produtos A, B e C no final de cada período. Com base na Contabilidade de Custos da Empresa, chegou-se ao seguinte Mapa de Custos em um dado período: Produto Unidades A B C Total

20.000 18.000 22.000 60.000

Matéria-Prima Consumida (R$) 1.600.000,00 1.200.000,00 4.000.000,00 6.800.000,00 93

Mão de Obra Direta (R$) 2.740.000,00 2.860.000,00 1.600.000,00 7.200.000,00

Horas Trabalhadas 3.000 2.800 3.200 9.000 Capítulo 5

Contabilidade de Custos

Sabe-se ainda que o Total de Custos Indiretos de Fabricação do período foi de R$7.000.000,00 e que a empresa utiliza como critério de rateio o Total dos Custos Diretos. Com base nessas informações, pode-se afirmar que o Custo de Produção dos produtos A, B e C é, respectivamente, de: a) R$6.510.000,00; R$6.090.000,00 e R$8.400.000,00. b) R$6.800.000,00; R$7.200.000,00 e R$7.600.000,00. c) R$6.510.000,00; R$6.780.000,00 e R$8.040.000,00. d) R$4.500.000,00; R$5.060.000,00 e R$7.600.000,00. e) R$4.500.000,00; R$7.200.000,00 e R$9.000.000,00. 09)

(Auditor/CE/Esaf/2006) A Cia. Boa Vista fabrica e vende os produtos A e B. Du­ rante um determinado mês, o departamento fabril reporta para a contabilidade o seguinte relatório da produção: Produto A 1.600.000 1.200.000 10.000 u

Custos Matéria-Prima Mão de Obra Direta Unidades produzidas no Período CIF - Custos Indiretos de Produção

Produto B 2.000.000 800.000 8.000 u

Valor Total 3.600.000 2.000.000 18.000 u 5.000.000

Se a empresa distribui os CIF com base nos custos diretos de produção, os custos unitários dos produtos “AMe “B” são, respectivamente: a) R$675,25 e R$705,00 b) R$670,50 e R$675,25 c) R$662,50 e R$570,50 d) R$545,25 e R$530,00 e) R$530,00 e R$662,50 Julgue os itens 10 e 11 (Cespe-UnB) 10) (2005) Um produto que receba mais custo de mão de obra direta que outro em um mesmo processo deverá, obrigatoriamente, receber proporção maior de gastos indiretos de fabricação. 11) (2005) O custo departamental é relevante para a qualidade do rateio de gastos indiretos de fabricação de produtos diversos, quando se tratar de uma indústria com mais de um processo de fabricação. 12) (Fiscal-ES/Cespe-UnB/2009) Em um departamento que produza um bem para o mercado interno e o mesmo bem, com características diferentes, para exportação, a remuneração do gerente constituirá custo direto em relação a cada tipo desse bem, e indireto em relação ao departamento. Bernardo Cherman

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Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização

Questão 1 5.500.000 X

,120 h 30 h

X = 1.375.000

Resposta: B Questão 2 Questão simples de rateio. 3.900.000................ 3.900.000 3.600 hm x ................ 1.200 hm 1.300.000/1.000 = 1.300 (custo indireto unitário de A) Custo total unitário = Custo Direto + Custo Indireto =■ 1.300 + 2.500 = 3.800 Resposta: A Questão 3 Há varias formas de resolver o problema, já que a maioria dos problemas de contabilidade de rateio não passa de uma proporção simples. No caso em particular, é fácil perceber que um departamento recebeu o dobro de custos do outro. Assim: 150.000/3 ~ 50.000 (A) 50.000 x 2 = 100.000 (B) Não há custo indireto para o departamento C. Resposta: E Questão 4 Setor C: 5.000.000 x 15% = 750.000 1.000.000 x 60% = 600.000 Total Setor C

1.350.000

Setor A: 1.000.000 x 10% = 100.000 x 2 = 200.000 Setor B: 1.000.000 x 30% = 300.000 Resposta: B

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Capítulo 5

Contabilidade de Custos

Questão 5 20.000 x 60% = 12.000 (cerveja). 20.000 x 40% = 8.000 (refrigerante). Resposta: C Questão 6 Inicialmente vamos calcular a mão de obra direta: Dl = 1,8 MOD 1.800 = 1,8 MOD. Logo, MOD = 1.000 Colocando os valores em razonetes: Produto em Elaboração 800 3.800 1.700 1.000 2.000 1.700

Produto em Elaboração 1.400 3.800 1.200

DRE Vendas........................................7.000 (-) ICMS ..................................(1.400) (=) Vendas Líquidas................. 5.600 (-) C PV .................................... (4.000) H L B ..........................................1.600 Custo de Fabricação do Período - 1.700 + 1.000 + 2000 - 4.700 Como demonstrado, o estoque final de produtos acabados é de 1.200, o valor do lucro bruto é de 1.600 e o custo fabril é de 4.700. Resposta: C Questão 7 O custo da hora/máquina é de R$ 50,00 (36.000/720) Custo Indireto: De Alfa - 6.000 (50 X 120) De Beta =12.000 (50X240) De Delta = 18.000 (50 X 360) O custo total unitário (CTU) = Custo Direto + Custo Indireto. No problema, foram produzidas 100 unidades de cada produto. O custo unitário indireto de Alfa é de 60,00 (6.000/100); de Beta, 120,00 (12.000/100); e de Delta, 180,00 (18.000/100). Logo: Bernardo Cherman

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Custeio por absorção: critérios de rateio e departamentalização

CTU de Alfa: 60,00 + 250,00 = 310,00 CTU de Beta: 120,00 + 250,00 = 370,00 CTU de Delta: 180,00 + 250,00 = 430,00 Resposta: B Questão 8 CD A = 1.600.000 + 2.740.000 = 4.340.000 CD B = 1.200.000 + 2.860.000 = 4.060.000 CD C - 4.000.000 + 1.600.000 = 5.600.000 4.340 + 4.060 + 5.600 = 14.000 Cl A = 4340/14.000 x 7.000.000 = 2.170.000 C IB = 4.060/14.000 x 7.000.000 = 2.030.000 Cl C = 5.600/14.000 x 7.000.000 = 2.800.000 CT A = 4.340.000 + 2.170.000 = 6.510.000 C TB = 4.060.000 + 2.030.000 = 6.090.000 CT C = 5.600.000 + 2.800.000 = 8.400.000 Resposta: A Questão 9 CD A = 1.600.000 + 1.200.000 = 2.800.000 CD B = 2.000.000 + 800.000 = 2.800.000 CTA = 2.800.000 + 2.500.000 = 5.300.000 Custo Unitário A - 5,300.000/10.000 = 530 CTB = 2.800.000 + 2.500.000 = 5.300.000 Custo Unitário B = 5.300.000/8,000 = 662,5 Resposta: E Questão 10 Afirmativa errada. Não há uma relação direta entre ocusto de mão de obra e o critério de rateio adotado para os custos indiretos. Oscustos indiretos podem ser rateados em função de qualquer outra variável (ex: custos primários, área ocupada, energia elétrica etc.). Questão 11 Afirmativa correta. Os departamentos, para efeito de contabilidade de cus­ tos, diminuem a arbitrariedade dos critérios de rateio, já que cada departamento tem um controle melhor de seus custos e onde foram aplicados.

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Capítulo 5

Contabilidade de Custos

Questão 12 Afirmativa errada. A remuneração do gerente (de produção) será custo direto. A departamentalização, para efeito de contabilidade de custos, é diminuir a arbitrariedade dos custos indiretos que são rateados, não alterando a natureza do custo direto.

Bernardo Cherman

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Capítulo 6

Custeio por absorção: sistema de acumulação de custos, produção conjunta, co-produtos, subprodutos, sucatas e aspectos fiscais na avaliação de estoques 6.1. Sistema de acumulação de custos Existem dois sistemas: ♦ Produção por ordem ou por encomenda ♦ Produção contínua ou em série ou por processo 6.1.1. Produção por ordem ou por encomenda Ê um sistema de acumulação de custos utilizado quando a empresa fabrica produtos a partir de encomendas específicas de cada cliente. Exemplo: fabricantes de piscinas, indústria naval, aviões, equipamentos, construção civil etc.

Características ♦ Os custos são acumulados em um formulário separado, isto é, um for­ mulário para cada ordem. Há uma conta específica para cada ordem. ♦ Os custos somente cessarão de ser acumulados na ordem no momento em que estiverem prontos, independente do término do exercício social. ♦ A determinação do custo de produção é simples: basta somar os custos acumulados na ordem. ♦ A fabricação tem início após a emissão da ordem. ♦ Os custos indiretos são rateados por departamentos e daí às ordens. Danificações ♦ Se há danificação de matéria-prima, seu custo pode ser apropriado à or­ dem que está sendo elaborada, ou ser considerado como custo indireto para rateio entre as diversas ordens.

99

Contabiiidade de Custos

♦ Se houver danificações de ordens inteiras ou em estado avançado de fabri­ cação, o procedimento mais correto é lançá-las como perda (resultado). Exemplo: A Cia. Pernas Pernósticas recebeu, em 08/10/X0, uma encomenda de 3 equi­ pamentos de uma indústria de mineração. A ordem de produção 061 foi emitida em 15/11/X0, e no decorrer de dezembro foram registrados os seguintes custos: Material Direto............................................80.000 Mão de Obra Direta.................................... 60.000 Custos Indiretos..........................................50.000 O saldo da conta ficaria (em 31/12/XO): OP 061 80.000 60.000 50.000 Em 31/12/XO, o saldo de 190.000 figurará no ativo na conta Produtos em Elaboração. No mês de janeiro foram registrados os seguintes custos: Material Direto....... Mão de Obra Direta Custos Indiretos.....

30.000 10.000 20.000

Apropriados estes custos, o equipamento fica pronto e a OP 061 ficará com um saldo de 250.000. Se os equipamentos forem imediatamente entregues, a conta será encerrada tendo como contrapartida a conta C.P.V. Se não for entregue, a contrapartida será Produtos Acabados. 6.1.2. Produção contínua, em série ou por processo Ocorre quando a empresa fabrica um único produto (ou uma linha de produtos) em grande quantidade (em série). Características ♦ Como a produção é contínua, geralmente as contas nunca se encerram. ♦ A apuração de custos é feita por períodos. ♦ Há uma padronização do produto e do processo. Bernardo Cherman

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Custeio por absorção

♦ Cada unidade produzida recebe a mesma quantidade de recursos pro­ dutivos. ♦ Tanto no sistema por ordem quanto por processo» os custos indiretos podem ser rateados com ou sem Departamentalização. ♦ Os procedimentos para determinação de custos são os mesmos vistos no capítulo anterior. Encerram-se os Custos Materiais Diretos, Mão de Obra Direta e Custos Indiretos» debitando-se na Conta Produtos em Elaboração. À medida que os produtos vão ficando prontos, credita-se em Produtos em Elaboração, debitandoo em Produtos Acabados. Quando os produtos são vendidos, a conta Produtos Acabados é creditada tendo como contrapartida o custo dos produtos vendidos. 6.2. Produção conjunta, co-produto, subproduto e sucata 6.2.1. Produção conjunta A produção conjunta ocorre quando mais de um produto surge a partir da mesma matéria-prima. É o caso, por exemplo, do frigorífico, pois do boi abatido (matéria-prima), surgem os diferentes tipos de carne (co-produtos): filé, alcatra, patinho etc. Do carvão, por exemplo, surgem os co-produtos coque, alcatrão, sulfato de amônia etc. Do petróleo, a gasolina, óleo, graxas etc. O ponto antes da “separação” dos co-produtos é chamado ponto de cisão. Graficamente teríamos:

6.2.2. Co-produto Os co-produtos ou produtos conjuntos, como citado anteriormente, são os próprios produtos principais, logo seu faturamento é significativo para a empresa. 101

Capítulo 6

Contabilidade de Custos

Atribuição de Custos Os custos incorridos em uma produção conjunta são chamados custos conjuntos. Após o ponto de cisão, se os custos puderem ser separados, os valores correspondentes serão atribuídos aos co-produtos. A atribuição dos custos que não podem ser separados é feita por rateio. É importante ressaltar que o rateio é quase arbitrário, já que não há um parâmetro de distribuição razoável dos custos ocorridos antes do ponto de cisão. Por isso há vários métodos para atribuir os custos conjuntos aos co-produtos, como por exemplo o valor das vendas, volume produzido, igualdade do lucro bruto etc. (todos arbitrários). O mais utilizado é o método do valor das vendas. Esse método consiste em atribuir maiores custos aos produtos com maior valor de venda. Exemplo: A Cia. Fúnebre apresentou, para um determinado período, custos conjuntos no valor de R$5.000, correspondentes aos co-produtos A e B. O valor total das vendas do produto A é de R$15.000 e do produto B, R$ 25.000. Atribuir os custos conjuntos aos co-produtos utilizando o método do valor de mercado (valor das vendas). Resolução 40.000 — 100% 15.000 — X = 37,5% x 5.000 = 1.875 40.000 — 100% 2 5 .0 0 0 - X = 62.5% x 5.000 = 3.125 6.2.3. Subprodutos Os subprodutos têm as seguintes características: ♦ Surgem de forma natural no processo produtivo. ♦ Sua comercialização é estável (têm venda certa). ♦ Seu faturamento é insignificante em relação aos produtos principais. Como exemplo de subprodutos temos os ossos e chifres em um frigorífico, ou a glicerina na fabricação de sabão, serragem nas madeireiras, limalhas etc. Segundo alguns autores, não compensa atribuir custos aos subprodutos. Sua receita pode ser lançada em: ♦ Outras receitas operacionais; Bernardo Cherman

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Custeio por absorção

♦ Receita adicional de vendas; ♦ Receita apresentada como dedução dos custos das vendas; ♦ Redução do custo de produção (procedimento mais recomendável e, geralmente, utilizado em provas de concursos etc). Outros autores atribuem uma estimativa de custo aos seus subprodutos, cha­ mado Valor Líquido de Realização (este valor é reduzido do Custo de Produção), o qual é calculado da seguinte forma: Valor Estimado da Venda do Produto: (-) Despesas necessárias para venda (comissões, fretes etc.) (-) Custo de Processamento para colocar o subproduto em condições de venda (-) Valor Líquido de Realização Ex: Supondo que o custo de produção de um período seja de $20.000, e surgem 100 Kg de subprodutos, que são vendidos a $2.000, o custo de produção seria de $18.000. Observe que o estoque de subproduto é avaliado pelo preço de venda. 6.2.4. Sucata Também chamada de resíduo, é sobra da produção, de produtos com defeito ou imprestáveis. Não tem mercado garantido, não recebe custos e não aparece como estoque. As sucatas são contabilizadas como Outras Receitas Operacionais.

6.3. Aspectos fiscais na avaliação de estoques A receita federal define sistema de contabilidade de custo integrado e co­ ordenado com o restante da escrituração como aquele que cumulativamente: ♦ Seja apoiado em valores originados da escrituração contábil (matériaprima, mão de obra direta e custos gerais de fabricação). ♦ Permita a determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos es­ toques de matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados. ♦ Seja apoiado em livros auxiliares, ou fichas, ou formulários contínuos, ou mapas e apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal.

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Capítulo 6

Contabilidade de Custos

♦ Permite avaliar os estoques existentes na data de encerramento do perío­ do-base de apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos. ♦ Se a empresa não possuir sistema de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração, a legislação fiscal impõe critérios para avaliação dos estoques de produtos em elaboração e produtos prontos. ♦ Para materiais em processamento (produtos em elaboração), uma vez e meia o maior custo das matérias-primas adquiridas no período-base ou 80% do valor dos produtos acabados, determinado de acordo com o item seguinte: ♦ Para produtos acabados, 70% do maior preço de venda no período-base.

Outro aspecto fiscal referente ao imposto de renda estabelece que, para as empresas que tenham contabilidade de custos integrados e coordenados com o restante da escrituração, o valor dos bens existentes no encerramento do período-base poderá ser o custo médio ou dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente. Isso significa que a receita federal não aceita o critério U.E.P.S., já que em economias inflacionárias resulta em diminuição do resultado e consequentemente um menor imposto de renda a pagar. Mais um aspecto fiscal a ser considerado é sobre a subavaliação ou superavaliação dos estoques. Quando superavaliamos ou subavaliamos estoques (matéria-prima, produ­ tos em elaboração ou produtos acabados), devido a erro na contagem física, por exemplo, o resultado da empresa ficará subavalíado ou superavaliado. Nos casos em que o resultado fica, subavaliado a legislação prevê pagamento de multas e juros de mora. De acordo com a fórmula: C.P.V. = E.I. + C - E.F. Logo, concluímos que: Estoques Iniciais Superavaliados -> aumentam o C.P.V. e diminuem o resultado Estoques Iniciais Subavaliados -)►diminuem o C.P.V. e aumentam o resultado Estoques Finais Superavaliados -» diminuem o C.P.V. e aumentam o resultado Estoques Finais Subavaliados -* aumentam o C.P.V e diminuem o resultado Bernardo Cherman

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Custeio por absorção

01) (AFRF/Esaf) Assinale a alternativa certa: a) Subprodutos e resíduos não são incluídos no Plano de Contas, porque se tratam, geralmente, de valores baixos. b) Subprodutos e resíduos são produtos secundários dos quais a empresa, normal­ mente, obtém receitas através da sua comercialização. c) Os resíduos não devem aparecer, no final do período, no grupo “Estoque”, pois seu valor é irrelevante. d) Os subprodutos devem aparecer como Receita Bruta Operacional para a apu­ ração do Lucro Bruto Operacional 02) (AFRF/Esaf) Entende-se como Despesas Pós-Fabricação: a) Despesas administrativas, com vendas e financeiras. b) Apenas despesas de fretes e seguros para entrega de mercadorias. c) Apenas despesas de fretes, seguros e impostos na distribuição do produto. d) Apenas perdas a avarias na estocagem e distribuição do produto acabado. 03) (AFRF/Esaf) O esquema ou fluxo básico de atividades de um Sistema de Contabi­ lidade de Custos é, pela ordem: a) Apropriação dos Custos Indiretos e Diretos aos Produtos - Apuração de Re­ sultados. b) Separando entre Custos a Despesas - Apropriação dos Custos Diretos a cada Produto - Rateio dos Custos indiretos para alocação a cada produto. c) Apuração dos Custos Indiretos - Apuração das Margens dos Produtos - Apu­ ração dos Custos Diretos. d) Apuração dos Custos a Receitas dos Produtos - Apuração de Margens a Resul­ tados Unitários - Apuração de Resultados Finais. 04) (INSS/Esaf) Foram anotados os seguintes dados na execução de uma encomenda: ♦ Matéria-Prima requisitada $1.800.000,00; ♦ Mão de Obra Direta 50 horas a $20.000,00 a hora; * Encargos Sociais 20% da mão de obra; * Gastos Gerais de Produção: estimados em 25% da mão de obra. Sabendo-se que os Gastos Gerais de produção incorridos no período, relativos à encomenda, somam $275.000,00, podemos afirmar que os gastos com a execução da encomenda totalizaram: a) b) c) d) e)

$3.025.000,00 $3.050.000,00 $3.075.000,00 $3.250.000,00 $3.275.000,00 105

Capítulo 6

Contabilidade de Custos

05) (AFRF/Esaf) Considere as seguintes informações: 1) Ordens de Produção existentes em 01/03/94

94.140 94.145

20.000,00 9.000,00

Mão de obra Direta 15.000,00 14.000,00

94.146

2.000,00

1.000,00

Ordem n°

Matéria-Prima

Gastos Gerais de Produção 4.500,00 4.200,00 300,00

2) Os gastos de março de 1994 foram: Ordem n° 94.140 94.145 94.146 94.147 94.148

Matéria- Mão de obra Prima Direta 6.000,00 3.000.00 5.000.00 7.000.00 2.000.00 3.000.00 10.000,00 2.000,00 8.000.00 6.000,00 20.000,00

3) Os gastos gerais de produção, no mês, foram de $6.000,00, e foram apro­ priados proporcionalmente aos gastos com mão de obra direta; 4) As ordens de produção 94.145, 94.146 e 94.148 foram completadas e en­ tregues durante o mês. Na apuração de resultados, em 31/03/94, foi levado a custo de produtos vendidos o valor de: a) $52.000,00 b) $58.000,00 c) $66.000,00 d) $70.800,00 e) $82.500,00 06) (AFRF/Esaf) Uma indústria alimentícia produziu 10 caixas de determinado produto, com os seguintes custos totais: Matéria-Prima Mão de Obra Direta Gastos Gerais de Produção

Bernardo Chemnan

$5.00 $3.00 $2.00

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Custeio por absorção

No entanto, 2 caixas do produto que estava estocado no depósito tornaram-se impróprias para o consumo e tiveram de ser destruídas. Sabendo-se que foram vendidas 4 caixas do produto, ao preço unitário de $2,50, podemos afirmar que o lucro bruto e o estoque final foram, respectivamente, de: Nota: Desconsidere a incidência de IPI e do ICMS. a) $5,00 e $5,00 b) $6,00 e $6,00 c) $2,50 e $5,00 d) $4,00 e $4,00 e) $6,00 e $4,00 07) (Esaf) A Cia. Beta tinha, em seus registros contábeis, os seguintes inventários: Matérias-Primas: $30.000, Produtos em Elaboração: $50.000 (Ordem de Pro­ dução 05: $10.000, Ordem de Produção 06: $25.000 e Ordem de Produção 07: $15.000) e Produtos Acabados $40.000 cujos saldos iá estão expurgados de IPI e ICM. Outras informações: ♦ Compra matérias-primas a prazo no valor de $20.000, mais IPI, à alíquota de 10% ICM em destaque, $3.400. ♦ À empresa escritura o direito do creditar-se dos impostos em contas do ativo. ♦ A fábrica requisita do almoxarifado matéria-prima para as seguintes Ordens de Produção OP n° 05: $10.000; OP n° 06, $8.000; e OP n° 07, $2.000. ♦ Registra nas ordens de produção os salários dos operários diretos, nos seguintes valores: OP n° 05, $50.000; OP n° 06, $25.000; e OP n° 07, $25.000. ♦ Debita a cada Ordem de Produção os custos indiretos de fabricação na base de 100% do custo direto de fabricação. ♦ A Ordem de Produção n° 05 é terminada e os produtos elaborados são transfe­ ridos para o depósito de produtos acabados. Pede-se o valor da Ordem de Produção n2 05, no momento de transferência para o estoque de produtos acabados. a) $90.000 b) $110.000 c) $120.000 d) $130.000 e) $140.000

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Capítulo 6

Contabilidade de Custos

08) (INSS/Esaf) No Balancete de Verificação, a Cia. OMICRO, que usa matérias-primas e produz bens isentos de ICM e IPI, apresenta os seguintes dados: Estoque de Matérias-Primas Estoque de Produtos Acabados (OP na 04)

$20.000 $20.000

Estoque de Produtos em Elaboração, assim a Dresentado:

5.000

Gastos Gerais de Fabricação 2.500

17.500

6.000

3.000

12.000

Ordens de Produção

MatériasPrimas

Mão de Obra Direta

N° 05

10.000

N° 06

3.000

Total

Dados do atual período: Compra de matérias-primas a prazo no valor de $60.000 Matérias-primas requisitadas: OP n° 06 - $6.000, OP n° 07 - $8.000, OP n° 08 - $4.000, OP n° 09 - $7.000 e OP n° 10 - $3.000 Gastos Gerais de Fabricação Real: $2.000 Folha de Pagamento de Mão de Obra Direta: OP n° 05 - $8.000, OP n° 06 - $6.000, OP n° 07 - $6.000 OP n° 08 - $3.000 e OP n° 09 $3.000, e mão de obra indireta $4.000. Gastos Gerais de Fabricação apropriados: 50% da mão de obra direta. A OP n° 05 foi completada e transferida para produtos acabados. Foi vendido o restante da OP n° 04 pelo dobro do custo, e parte da OP n° 05 por 40.000 a custo de $28.000. Pede-se calcular a valor do inventário final de produtos acabados: a) $500 b) $1.000 c) $1.500 d) $2.000 e) $2.500 09) (Contador/Exame Suficiência/2004) Em determinado período, foram produzidas 5.400 unidades, das quais 400 unidades foram consideradas subprodutos, que foram vendidos pelo valor líquido de R$64.000,00, incluídas as despesas diretas com vendas. Sabendo-se que os custos de fabricação do período importaram em R$616.000,00, o custo de cada unidade perfeita foi de (em R$): a) 102,22 8emardo Cherman

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Custeio por absorção

b) 110,40 c) 114,07 d) 123,20 e) 125,32 10) (MPU/Esaf/2005) Quando determinada indústria programa sua atividade pro­ dutiva com características estabelecidas pelos próprios clientes, utiliza o tipo de produção (A) por direcionadores de custos. (B) por meio de rastreamento. (C) por ordem. (D) conjunta. (E) contínua. 11) (INSS/Esaf/2002) A empresa Tarefeoir Ltda. fabrica seu principal produto por en­ comendas antecipadas. Nesse tipo de atividade, os custos são acumulados numa conta específica para cada ordem de produção (ou encomenda). A apuração só ocorre quando do encerramento de cada ordem. Em 31.01.01, estavam em andamento as seguintes ordens de produção: Ordem 001 002

Produto Mat. Prima R$30.000,00 R$12.000,00 R$100.000,00 R$40.000,00

M. Obra R$20.000,00 R$50.000,00

CIF Total R$62.000,00 R$190,000,00

Em fevereiro de 2001, os gastos com matéria-prima e mão de obra foram de: Ordem de Produção 001 002 003 Total

Matéria-Prima R$45.000,00 R$135.000,00 R$297.000,00 R$477.000,00

Mão de obra R$28.800,00 R$50.400,00 R$64.800,00 R$144.000,00

Os custos indiretos de fabricação no mês de fevereiro de 2001 totalizaramR$225.000,00 e foram apropriados proporcionalmente aos custos com a mão de obra. Sabendo-se que as Ordens 001 e 002 foram concluídas em fevereiro e foram fa­ turadas aos clientes por R$350.000,00 e R$580.000,00, respectivamente, e que os produtos são isentos de tributação, pode-se afirmar, com certeza, que as referidas ordens geraram, respectivamente, Lucro Bruto no valor de: a) R$150.200,00 e R$130.350,00 b) R$174.500,00 e R$140.300,00 c) R$190.000,00 e R$173.800,00 d) R$184.250,00 e R$148.300,00 e) R$169.200,00 e R$125.850,00 109

Capítuio 6

Contabilidade de Custos

12) (ES/Esaf/2004) Numa ordem de produção, utilizaram-se R$310.000,00 de mão de obra direta e R$430.000,00 de matéria-prima. Os custos gerais de produção foram aplicados a uma taxa de 16% sobre os custos diretos básicos. O custo da ordem de produção é de: a) R$621,600,00 b) R$740.000,00 c) R$808.800,00 d) R$858.400,00 e) R$909.350,00 13) (CFO/Exame de Suficiência/2004) A Indústria Alimentícia Saborosa iniciou suas operações em Iode abril de 2003. Recebeu pedido de clientes para a fabricação dos salgados dos tipos A, B e C. Para isso, abriu as ordens de produção OP1, OP2 e OP3. As transações relativas à fabricação durante o mês de abril foram as seguintes: Transações: ♦ Compra de matéria-prima e materiais indiretos - R$50.000,00. ♦ Pagamento de Despesas indiretas de fabricação - R$9.800,00. ♦ Materiais diretos requisitados para as OPs: OP1 - R$14.500,00. OP2 - R$18.300,00. OP3 - R$11.600,00. ♦ Materiais indiretos requisitados para a fábrica - R$2.000,00. ♦ A folha de pagamento do pessoal da produção foi de R$30.000,00. ♦ Débitos às OPs pela mão de obra direta: OP1 - R$8.000,00. OP2 - R$7.000,00. OP3 - R$10.000,00. ♦ Débito pela mão de obra indireta - R$ 5.000,00. ♦ As DIF são debitadas às OP5s na base de 35% do valor dos materiais diretos de cada uma delas. ♦ A OP1 e a OP3 foram completadas e os produtos foram transferidos para o de­ pósito de produtos acabados. Com base nos dados acima, pode-se afirmar que os inventários de produtos aca­ bados correspondem a: a) R$31.705,00 b) R$35.235,00 c) R$53.235,00 d) R$75.000,00 e) R$84.940,00

Bernardo Cherman

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Custeio por absorção

14) (CFO/Exame de Suficiência/2004) Com base nos dados acima» pode-se afirmar que os Custos Indiretos de Fabricação - CIF - foram: a) superestimados em R$2.520,00. b) subestimados em R$1.260,00. c) subestimados em R$740,00. d) superestimados em R$3.740,00. e) subestimados em R$840,00. (Cespe- Unb/2001) Julgue os itens a seguir, relacionados a custos por ordens e por processo contínuo» apropriação de custos diretos e indiretos e critérios de avaliação de estoques de produtos em processo e acabados. 15) As refinarias de petróleo e as indústrias de produtos químicos e de cimento são tipicamente atividades que utilizam o sistema de custos por ordens. 16) Os custos diretos ou variáveis são normalmente alocados aos produtos com base em medições objetivas, enquanto os custos indiretos dependem de critérios de rateios, normalmente sujeitos a críticas e contestações. 17) Em períodos inflacionários, o uso do método UEPS — último a entrar é o pri­ meiro a sair — leva a uma superavaliação dos estoques de final de período e a um aumento de valor do resultado, em relação ao método PEPS — primeiro a entrar é o primeiro a sair. 18)

É possível acontecer a danificação de uma ordem de produção em estado avan­ çado de fabricação. Nesse caso, do ponto de vista contábil, o procedimento mais correto é a baixa direta desse custo para perda do período em que o fato ocorre, sem a acumulação aos novos custos de elaboração da ordem. Do ponto de vista administrativo, interessa, todavia, um relatório em que seja deduzido esse montante perdido do resultado obtido na encomenda ou ordem.

(Cespe-UnB/2000) Acerca de produção por ordem e produção contínua, julgue os itens a seguir. 19) As empresas de telefonia, de energia elétrica e petroquímica, nas suas atividades operacionais de prestação de serviço ou industriais, são clássicos exemplos de produção por ordem. 20) Tanto na produção por ordem como na produção contínua os custos indiretos são acumulados nos diversos departamentos para depois serem alocados aos produtos.

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Capítulo 6

Contabilidade de Custos

21) Havendo danifkação e perda de uma ordem de produção inteira ou em estado adiantado de produção, de valor relevante, o tratamento contábil mais adequado é a baixa direta para perda do período. 22) As perdas normais dos processos produtivos devem se separadas contabíknente, para apropriação como retificação das receitas em cada período, permitindo uma avaliação mais adequada dos resultados pela gerência. 23) (Petrobras/2004) O regulamento do imposto de renda estabelece que, para as em­ presas que tenham sistemas de custos integrados e coordenados com o restante da escrituração, o valor dos bens existentes no encerramento do período-base poderá ser o custo médio ou o dos bens adquiridos ou produzidos nas datas mais antigas. 24) (MPOG/Esaf/2006) É conveniente e adequado que as empresas mantenham um sistema de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração, que permita a apuração de todos os custos e despesas relacionadas com o processo de fabricação para, com base neles, apurar o custo dos materiais em processamento, dos produtos acabados e dos produtos vendidos. A empresa que não mantenha esse sistema de custos deverá avaliar seus estoques ao custo das últimas entradas, no caso de mercadorias para revenda. Todavia, quando se tratar dos estoques vinculados à sua própria fabricação, a empresa deverá avaliar os estoques de: a) produtos em processo, por 70% do maior preço de venda. b) produtos acabados, por 80% do maior preço de venda. c) produtos acabados, por uma vez e meia o custo da matéria-prima. d) produtos em processo, por 80% do custo do produto acabado. e) produtos acabados, por 56% do maior preço de venda. 25) (UFF/Imbel/2008) Analise as afirmações abaixo quanto à sua veracidade. 1. Sucatas são itens cuja venda é esporádica e realizada por valor não previsível na data em que surgem na fabricação. Por isso, não só não recebem custos, como também não têm sua eventual receita considerada como diminuição dos custos de produção. Mesmo que existam em quantidades razoáveis na empresa, não aparecem como estoque na contabilidade. Quando ocorre sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais. 2. Subprodutos são itens cuja venda é esporádica e realizada por vaior não previsível na data em que surgem na fabricação. Por isso, não só não recebem custos, como também têm sua receita considerada como diminuição dos custos de produção. Mesmo que existam em quantidades razoáveis na empresa, não aparecem como estoque na contabilidade. Quando ocorre sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais. Bernardo Cherman

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Custeio por absorção

3. Sucatas são itens cuja venda é realizada por valor não previsível na data em que surgem na fabricação. Por isso, não só não recebem custos, como também têm sua eventual receita considerada como diminuição dos custos de produção. Mesmo que existam em quantidades razoáveis na empresa, não aparecem como estoque na contabilidade. Quando ocorre sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais. 4. Subprodutos e Sucatas são itens cuja venda é esporádica e realizada por valor não previsível na data em que surgem na fabricação. Por isso, não só não recebem custos, como também têm sua eventual receita considerada como aumento dos custos de produção. Mesmo que existam em quantidades razoáveis na empresa, não aparecem como estoque na contabilidade. Quando ocorre sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais. 5. Sucatas são itens cuja venda é realizada por valor previsível na data em que sur­ gem na fabricação. Por isso, não só não recebem custos, como também não têm sua eventual receita não considerada como diminuição dos custos de produção. Mesmo que não existam em quantidades razoáveis na empresa, não aparecem como estoque na contabilidade. Quando ocorre sua venda, têm sua receita con­ siderada como Outras Receitas Não Operacionais. É verdadeira a afirmação: a)L b) II c) III. d) IV. e) V

Questão 1 Alternativa a: Não há estoque de resíduos, mas geralmente há estoque de subprodutos, integrando o Plano de Contas. Afirmativa errada. Alternativa b: Subprodutos aparecem de forma normal na produção e su­ catas, de forma não esperada. A venda de resíduos é esporádica, logo, a empresa não obtém normalmente receita com sua comercialização. Afirmativa errada. Alternativa c: Não há estoque de resíduos. Afirmativa correta. Alternativa d: O valor do subproduto, geralmente, é diminuído do custo de produção do período. Afirmativa errada. Resposta: C

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Capítulo 6

Contabilidade de Custos

Questão 2 As despesas pós-fabricação são aquelas destinadas a colocar os produtos à venda: fretes e seguros. Tratadas como despesas operacionais. Resposta: B Questão 3 No custeio por absorção, como vimos anteriormente, a primeira providên­ cia é separar custos de despesas. Após essa fase, separamos os custos diretos e indiretos. Os custos diretos são apropriados aos produtos, e os custos indiretos, rateados. Resposta: B Questão 4 Mão de Obra Alocada = 50 x 20.000 = 1.000.000. Encargos Sociais = 20% x 1.000.000 = 200.000. Gastos Gerais de Fabricação = 25% x 1.000.000 = 250.000. Logo, os gastos com a execução da encomenda somaram: 1.800.000 (MP) + 1.000.000 (MO) + 200.000 (ES) + 250.000 (GGF) = 3.275.000. Resposta: E Questão 5 Devemos levar em consideração somente as ordens que foram entregues. Seus custos foram: OP 94.145: 9.000 + 14.000 + 4.200 + 5.000 + 7.000 = 39.200 OP 94.146:2.000 + 1.000 + 300 + 3.000 + 2.000 = 8.300 OP 94.148:8.000 + 6.000 = 14.000 O valor a ser rateado é de 4.500: 15.000/20.000 - 75% 75% x 6.000 = 4.500 Somando os valores: 39.200 + 8.300 + 14.000 + 4.500 = 66.000 Resposta: C Questão 6 Como a perda é anormal (ver capítulo 2), seus custos não integram o custo dos produtos, sendo tratados na DRE como perda. Logo: Bernardo Cherman

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Custeio por absorção

Custo unitário = 10/10 = 1,00 Venda = 4 x 2,5 = 10,00 LB = 10 - 4 = 6 Estoque Final =10 - 4 - 2 = 4 Resposta: E Questão 7 Como a questão pede apenas o valor da Ordem de Produção 5, as outras ordens são desconsideradas na resolução. Assim, na OP 5 teremos os seguintes valores debitados: 10.000 (EI) + 10.000 (MP) + 50.000 (MOD) + 60.000 (Cl) = 130.000 Resposta: D Questão 8 A questão pede o estoque final de produtos acabados. O estoque é constituí­ do apenas pela parte não vendida da operação 5. As operações 6 a 10 não foram transferidas para Produtos Acabados e a operação 4 foi vendida. A operação 5 tem os seguintes valores: 17.500 (Saldo Inicial) + 8.000 (MOD) + 4.000 (GGF) = 29.500 29.500 - 28.000 (CPV) = 1.500 Observações: A operação 5 não tem matéria-prima. GGF foi de 2.000, porém a questão diz que só foram apropriados como GGF 50% da MOD. Resposta: C Questão 9 O custo de cada unidade perfeita é calculado considerando o valor vendido do subproduto como parte subtrativa do custo das unidades perfeitas. Assim: (616.000 - 64.000)/5.000 = 110,40 Resposta: B Questão 10 Quando a empresa inicia a produção somente quando os clientes solicitam, está utilizando a produção por ordem. Resposta: C

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Capítulo 6

Contabilidade de Custos

Questão 11 Inicialmente vamos ratear os custos indiretos por regra de três simples: 144.00 0 --------------100% 28.800 ----------- X = 20% x 255.000 = 45.000 144.000 — ------------100% 50.400---------- X = 35% x 225.000 = 78.750 A Ordem 001 terá um saldo final de: 62.000 + 45.000 + 28.800 + 45.000 = 180.800 A Ordem 002 terá um saldo final de: 190.000 + 135.000 •+50.400 + 78.750 = 454.150 Assim, o Lucro Bruto seria: Ordem 1: 350.000 - 180.800 = 169.200 Ordem 2: 580.000 - 454.150 = 125.850 Resposta: E Questão 12 Inicialmente calculamos o custo direto, e sobre o valor encontrado calculamos 16% referentes aos custos gerais de produção. CD = 310.000 + 430.000 = 740.000 740.000 x 16% = 118.400 740.000 + 118.400 = 858.400 Resposta: D Questão 13 Inicialmente vamos calcular as DIF (35% dos MD): 14.500 x 0,35 = 5.075 18.300 x 0,35 = 6.405 11.600 x 0,35 = 4.060 (total: 15.540) OP 1: 4.500 + 8.000 + 5.075 = 27.575 OP 2: 18.300 + 7.000 + 6.405 = 31.705 OP 3: 11.600 + 10.000 + 4.060 = 25.660 Como foram terminadas apenas as ordens 1 e 3: 27.575 + 25.660 = 53.235 Resposta: C

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Custeio por absorção

Questão 14 Somando as DIFs calculadas no exercício 08, foi apropriado, como visto, o valor de (OP1 = 5.075 + OP2 = 6.405 + OP3 = 4.060) 15.540. O exercício, no entanto, diz que foram realizadas as seguintes DIFs: ♦ Pagamento de Despesas indiretas de fabricação - R$9.800,00. ♦ Materiais indiretos requisitados para a fábrica - R$2.000,00. ♦ Débito pela mão de obra indireta - R$5.000,00. Somando temos $16.800 de total. Logo, se diminuirmos a apropriação das DIFs com o que de fato ocorreu, teremos: 15.540 (Apropriação) - 16.800 (Ocorrido) = - 1.260. Assim, os custos apropriados estão subestimados em $1.260. Resposta: B Questão 15 Afirmativa errada. As refinarias de petróleo e as indústrias de produtos químicos e cimento utilizam o sistema de custos por processo. Questão 16 Afirmativa correta. Os custos variáveis são de mensuração objetiva, aloca­ dos diretamente ao produto. Os custos indiretos são rateados, às vezes, de forma arbitrária. Questão 17 Afirmativa errada. Em períodos inflacionários, o uso do UEPS leva a uma subavaliação dos estoques finais e uma diminuição do resultado do exercício em relação ao PEPS. Questão 18 Afirmativa correta. A danificação de uma ordem de produção em estado avançado é lançar seu valor como perda, não influenciando os custos dos pro­ dutos do período. Questão 19 Afirmativa errada. Tais empresas utilizam a produção contínua (não param de produzir).

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Capítulo 6

Contabilidade de Custos

Questão 20 Afirmativa correta. Os custos indiretos são alocados aos produtos, por rateio, tanto na produção por ordem quanto na produção contínua. Questão 21 Afirmativa correta. A danificação de uma ordem em estado adiantado ou pronto é tratada como perda do período. Se a danificação ocorrer no início de sua produção, é tratada como custo indireto. Questão 22 As perdas normais dos processos produtivos são tratadas como subpro­ dutos. Questão 23 Afirmativa errada. O regulamento do imposto de renda estabelece que, para as empresas que tenham contabilidade de custos integrados e coordenados com o restante da escrituração, o valor dos bens existentes no encerramento do período-base poderá ser o custo médio ou dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente. Questão 24 Se a empresa não possui sistema de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração, a legislação fiscal impõe critérios para avaliação dos estoques de produtos em elaboração e produtos prontos. Para materiais em processamento (produtos em elaboração), uma vez e meia o maior custo das matérias-primas adquiridas no período-base ou 80% do valor dos produtos acabados, determinado de acordo com o item seguinte: para produtos acabados, 70% do maior preço de venda no período-base. Resposta: D Questão 25 As principais características da sucata é que não há estoque, não tem ven­ da garantida, não recebe custos e sua venda é considerada outras como receitas operacionais. Resposta: A

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Capítulo 7

Custeio por absorção: produção equivalente 7.1. Produção equivalente - geral Quando a produção é por processo (não há sentido em se falar em produção equivalente quando a produção é por ordem), ao final de um período a conta Produto em Elaboração apresentará um determinado saldo já que alguns produtos não estarão totalmente acabados. Por isso, é necessário saber quanto eqüivale a quantidade de peças em processo em termos de quantidade acabada. Exemplo: A Cia. Enterrada apresentou os seguintes dados no mês de julho: Estoque Inicial de Produtos em Elaboração e Acabados....................... Zero Material D ireto.................................................................................... 160.000 Mão de Obra Direta............................................................................. 100.800 Custos Indiretos de Fabricação........................................................... 139.200 Total......................................................................................................... 400.000 Dados Adicionais: ♦ 1.000 unidades de X foram iniciadas no período ♦ 600 unidades foram totalmente acabadas ♦ 400 unidades estão 50% acabadas ♦ Foram vendidos 80% dos produtos acabados Calcular o saldo final de produtos em elaboração e produtos acabados. Resolução O problema principal, aqui, é saber qual foi o valor creditado na conta Produtos em Elaboração. Em um primeiro momento poderíamos achar o custo médio (custo unitá­ rio) dividindo-se 400.000 por 1.000, o que nos daria um preço unitário de 400. Mas ao fazermos isto, estaremos, atribuindo às peças 50% acabadas o mesmo custo de uma unidade totalmente (100%) acabada. O procedimento correto é calcular a produção equivalente: 600 unid. x 100% prontas = 600 unid. prontas 400 unid. x 50% prontas = 200 unid. prontas Produção Equivalente - 800 unid.

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Contabilidade de Custos

Custo Unit. = Custo de produção do período Produção Equivalente Custo Unit. = 400.000 = 500 800 Como 600 unidades foram terminadas, o custo da produção acabada é de 600 x 500 = 300.000. O saldo de produtos em elaboração é de 200 x 500 - 100.000 O C.P.V. seria 80% x 300.000 = 240.000 Razonetes Produtos Acabados 300.000 240.000

160.000 300.000 100.800 139.200 100.000

60.000

Os saldos finais são 100.000 e 60.000. 7.1.1. Produção equivalente quando há estoque inicial de produtos em elaboração Quando há estoque inicial de produtos em elaboração procedente do perío­ do anterior, a empresa terá de optar entre dois critérios: P.E.P.S. ou custo médio, para calcular o valor a ser debitado em produtos acabados. Exemplo: Considere os seguintes gastos no período da Cia. Caldeirão da Amargura: Material Direto................... ........................ 80.000 Mão de Obra Direta......„...............................60.000 Custos Indiretos............................................ 60.000 Dados Complementares: ♦ O Estoque Inicial (período anterior) da conta Produtos em Elaboração é de R$100.000, correspondendo a 100 unidades 50% acabadas. ♦ Foi iniciada a fabricação de 500 unidades no período, sendo que 300 unidades foram totalmente acabadas e 200 estão 50% acabadas. ♦ Metade da produção acabada foi vendida. ♦ Desconsiderar casas decimais. Calcular o saldo da conta produtos em elaboração pelo custo médio e pelo P.E.P.S. Bernardo Cherman

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Custeio por absorção: produção equivalente

Resolução 7.1.1.1. Custo médio Por este critério, devemos somar o custo do período anterior com o custo do período. Custo do período anterior..............................100.000 (+) Custo do período........................................200.000 TOTAL..............................................................300.000 No cálculo da produção equivalente, todas as peças do período anterior foram 100% acabadas, mais 300 unidades totalmente acabadas e as 200 restantes 50% acabadas. Logo: 100 unid. X 100% = 100 unid. 300 unid. x 100% = 300 unid. 200 unid. x 50% = 100 unid. Prod. Equivalente = 500 As 100 unidades do período anterior são consideradas 100% acabadas, já que o custo do período precedente foi somado ao custo do período. Custo unitário = 300.000 = 600 500 Custo da produção acabada - 100 x 600 = 60.000 300x600 = 180.000 Total = 240.000 Logo, o saldo de Produtos em Elaboração será: 300.000 - 240.000 = 60.000 Razonete: Produtos em Elaboração 100.000 240.000 200.000 60.000 7.I.I.2. P.E.P.S. Neste critério, não somamos o custo do período anterior com o atual. Logo: Custo do período = 200.000 121

Capítulo 7

Contabilidade de Custos

No cálculo da produção equivalente, as 100 unidades do período anterior são consideradas 50% acabadas, pois o custo do período só ajudou a acabar a metade. Logo: 100 unid. x 50%= 50 unid. 300 unid. x 100% = 300 unid. 200 unid. x 50% = 100 unid. Prod. Equivalente = 450 O custo unitário será: 200.000 = 444 450 No cálculo do custo da produção acabada devemos considerar apenas aquilo que o custo do período “fez”. Assim: Saldo do período anterior................................................................... 100.000 (+) 300 x 444 (custo de 300 peças prontas)..................................... 133.200 (+) 100 x Vi x 444 (100 peças 50% acabadas).................................... 22.200 (=) Custo da produção acabada........................................................ 255.400 O saldo de produtos em elaboração será:: 300.000 - 255.400 = 44.600 Razonete: Produtos em Elaboração 100.000 255.400 200.000 44.600 7.1.2. Produção equivalente - tratamento por insumo Exemplo: A Cia. Suicídio em Massa inicia a produção de 100.000 unidades do pro­ duto Z. Ao final do período são terminadas 76.000 unidades, restando 24.000 em fabricação. A matéria-prima é totalmente aplicada no início do processo produtivo. Cada unidade em processamento recebe 1/3 da mão de obra direta e 1/4 dos custos indiretos. Os custos do período são: Matéria-Prima Mão de Obra Direta Custos Indiretos Total

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1.000.000 1.260.000 2.050.000 4.310.000

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Custeio por absorção: produção equivalente

Calcular o saldo final de Produto em Elaboração e o Custo da Produção Acabada. Resolução Neste caso, não há possibilidade de se trabalhar com um único equivalente de produção para o cálculo do custo unitário. O cálculo da equivalente produção deve ser feita por insumo: Matéria-Prima: Cada unidade, acabada ou não, recebe toda a matéria-prima. Logo, o equi­ valente de produção da matéria-prima é de: 100.000 x 100% = 100.000 unidades. Mão de Obra: Unidades Acabadas: 76.000 x 100% = 76.000 unidades Unidades em Processamento: 24.000 x 1/3 = 8.000 unidades Total = 84.000 unidades Custos Indiretos Unidades Acabadas: 76.000 unidades Unidades em Processamento: 24.000 x lÁ~ 6.000 unidades Total = 82.000 unidades Cálculo do custo unitário no final do período: Matéria-prima: 1.000.000/100.000 = $10,00/u Mão de Obra Direta: 1.260.000/84.000 = $15,00/u Custos Indiretos: 2.050.000/82.000 = $25,00/u Total = $50,00/u Logo, o custo da produção acabada é: 76.000 x 50 = $3.800.000. O saldo final de produtos em elaboração é de: 4.310.000 - 3.800.000 = 510.000. Oura forma de calcular o saldo final de produtos em elaboração (mais complicado) é feito calculando quanto cada unidade terá recebido: Matéria-Prima: $10,00 Mão de Obra: 1/3 x 15,00 = $5,00 Custos Indiretos: 1/4 x 25 = $6,25 Total = $21,25 24.000

x 21,25 = 510.000, que é o mesmo valor encontrado anteriormente.

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Capítulo 7

Contabilidade de Custos

rovas 01) (Contador/Exame de Suficiência/2004) No mês de agosto de 2004, foi iniciada a produção de 1.700 unidades de um determinado produto. Ao final do mês, 1.400 unidades estavam totalmente concluídas e restaram 300 unidades em processo, as quais estavam 75% acabadas. O Custo Total de Produção do período foi de R$ 640.250,00.0 Custo de Produção dos Produtos Acabados e o Custo de Produção dos Produtos em Processo são, respectivamente (em R$): a) 527.264,71 e 112.985,29 b) 551.600,00 e 88.650,00 c) 555.512,00 e 84.738,00 d) 640.250,00 e 0,00 e) 720.000,00 e 0,00 02) (INSS/Esaf/2002) A Marcenaria Greenwood S/A está produzindo mesas. No fim de setembro a linha de produção mantinha 300 unidades inacabadas, em fase média de processamento de 30%. No referido mês, o custo unitário de fabricação alcançou R$2.500,00. No mês seguinte, outubro de 2002, a fábrica conseguiu concluir 2.100 unidades e iniciar outras 500 unidades, deixando-as em fase de processamento com 50% de execução. O custo total desse mês foi de R$5.763.000,00. Com base nestas informações e sabendo-se que a empresa utiliza o critério PEPS para avaliação de custos e estoques, é correto afirmar que os elementos abaixo têm os valores respectivamente indicados. a) Produção Acabada de outubro R$4.590.000,00; Produção em Andamen­ to de setembro R$750.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$657.500,00. b) Produção Acabada de outubro R$5.350.500,00; Produção em Andamen­ to de setembro R$225.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$637.500,00. c) Produção Acabada de outubro R$5.125.500,00; Produção em Andamen­ to de setembro R$450.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$687.500,00. d) Produção Acabada de outubro R$4.815.000,00; Produção em Andamen­ to de setembro R$350.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$727.500,00. e) Produção Acabada de outubro R$5.500.350,00; Produção em Andamen­ to de setembro R$325.000,00; e Produção em Andamento de outubro R$673.500,00.

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Custeio por absorção: produção equivalente

03)

(AFRF/Esaf) O Balanço de 28/02/94 apresentou os seguintes dados: ♦ Matérias-Primas ♦ Produtos em Elaboração ♦ Produtos Prontos

800.000,00 300.000,00 1.500.000,00

A empresa produz um único produto e os saldos de balanço representam 500 pe­ ças, que estavam no estágio de elaboração equivalente a 50% do produto pronto, e 1.250 peças prontas. No mês de março de 1994, foram registrados os seguintes custos de produção: ♦ Matérias-Primas 3.600.000,00 ♦ Mão de Obra Direta 7.200.000,00 ♦ Gastos Gerais de Produção 1.200.000,00 No período, foi concluída a produção de 6.000 peças, sendo 500 do estoque inicial, e foi iniciada a produção de 7.500 peças que estavam, em 31/03/94, no estágio de elaboração equivalente a 30% do produto pronto. A metade do estoque de produtos prontos foi vendida, em março de 1994, ao preço unitário de $2.500,00. Os estoques finais, em 31/03/94, de produtos em elaboração eram de: a) $3.375.000,00 b) $3.675.000,00 c) $5.437.500,00 d) $10.800.000,00 e) $10.875.000,00 Com os dados abaixo, responda as questões 4 e 5 (CFO/2004). A Empresa Goif, que apura os seus custos por processo, apresentou os seguintes dados na sua contabilidade de custos, no mês de janeiro: ♦ Inventário de produtos em processo em 31/12: zero ♦ Custos debitados ao centro de custo em janeiro: Materiais Diretos R$256.080,00. MOD R$134.520,00. Inventário de produtos acabados e de produtos em processo, em 31/01: Produtos acabados: 22.000 unidades. Produtos em processo: 1.600 unidades, parcialmente prontas, no seguinte estágio de fabricação: Materiais Diretos 80%. MOD 50%. ♦ As Despesas Indiretas de Fabricação (DIF) são apropriadas a uma taxa de 150% da MOD. 125

Capítulo 7

Contabilidade de Custos

04) (CFO/Exame de Suficiência/2004) Com base nos dados acima, pode-se afirmar que o custo unitário dos produtos acabados corresponde a: a) R$ 25,00. b) R$25,10. c) R$25,45. d) R$26,00. e) R$26,90. 05) (CFO/Exame de Suficiência/2004) Com base nos dados adma, pode-se afirmar que o valor do estoque dos produtos em processo corresponde a: a) R$32.480,00. b) R$36.260,00. c) R$38.750,00. d) R$40.000,00. e) R$41.600,00. Responda às questões 6 e 7 com base nos dados abaixo (ESAEX/2002). A Empresa Custo Rápido apresentou os seguintes dados na sua Contabilidade de Custos: a) Não existe inventário de produtos em processo em 31/01. b) Custos debitados ao centro de custo em fevereiro ♦ Materiais Diretos - R$240.000,00 ♦ Mão de obra Direta - R$9.000,00 c) Inventário de produtos em processo, em 28/02, consistia de 3.000 unidades parcialmente prontas, no seguinte estágio de fabricação: ♦ Materiais Diretos - 80% ♦ Mão de obra Direta - 50% d) 27.000 unidades foram completadas e transferidas para o próximo centro produtivo. e) As despesas indiretas de fabricação DIF são apropriadas a uma taxa de 100% de materiais diretos. 06) (ESAEX/2002) Com base nos dados acima, a produção equivalente corresponde a: a) Materiais - 3.000, MOD - 3000 unidades b) Materiais - 27.000, MOD - 2.7000 unidades c) Materiais - 29.400, MOD - 28.500 unidades d) Materiais - 28.500, MOD - 29.400 unidades e) Materiais - 30.000, MOD - 30.000 unidades

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Custeio por absorção: produção equivalente

07) (ESAEX/2002) Com base nos dados da situação, o valor dos produtos em processo corresponde a: a) R$25.997,85 b) R$39.657,36 c) R$48.000,00 d) R$224.100,00 e) R$249.000,00 Instruções: Considere as informações abaixo para responder às questões de números 8 e 9 (FCC/2006). Uma empresa inicia suas operações no mês de março de 2006. No final do mês produ­ ziu 12.100 unidades, sendo que 8.500 foram acabadas e 3.600 não foram acabadas. Os custos de matéria-prima foram R$3.200.450,00. Os custos de mão de obra direta foram R$749.920,00 e os custos indiretos de fabricação foram R$624.960,00. A produção nãoacabada recebeu os seguintes custos: 100% da matéria-prima, 2/3 da mão de obra e 3/4 dos custos indiretos de fabricação. 08) Aplicando-se a técnica do equivalente de produção, o custo médio unitário do mês é: a) R$544,80 b) R$455,20 . c) R$410,25 d) R$389,10 e) R$355,20 09) O valor total da produção em processo no final do mês será: a) R$1.125.432,00 b) R$1.267.980,00 c) R$1.380.444,00 ■ d) R$1.400.760,00 e) R$1.525.740,00 10) (CFO/Exame de Suficiência/2004) Na apuração de custos por processo, quando uma empresa deseja controlar o Custo Médio por Unidade e existem produtos em elaboração no final do período, deverá utilizar o(a)(s): a) Taxa Média do CIR b) Equivalente de Produção. c) Equivalência de Ordem Contínua. d) Direcionadores de Custos. e) Média dos Custos Diretos da Produção. 127

Capítulo 7

Contabilidade de Custos

Questão 1 Cálculo da Produção Equivalente: 1.400x100% (+) 300 x 75% (=) Produção Equivalente

1.400 225 1.625

Custo Unitário = 640.250/1.625 = 394 Custo dos Produtos Acabados = 1.400 X 394 = 551.600 Custo dos Produtos em Processo = 225 X 394 = 88.650 Resposta: B Questão 2 Em setembro, a produção equivalente é de 300 x 30% = 90 Logo, a produção é de 90 x 2.500 = 225.000 (Observe que, na prova, se você encontrasse este valor, a questão já estaria terminada. Só há uma alternativa com este valor: B) No mês de outubro, a produção equivalente, considerando o método PEPS: 300 unidades x 70% = 210 unidades 1.800 unidades x 100% = 1.800 unidades 500 unidades x 50% ~ 250 unidades Produção Equivalente = 2.260 unidades Assim, o custo unitário é de 5.763.000/2.260 = 2.550 (custo do período dividido pela produção equivalente). O custo do produto acabado seria calculado da seguinte forma: Saldo Anterior.................................... .225.000 (+) 210x2550........................................535.500 (+) 1.800 x 2.550............................... 4.590.000 (=) Produção Acabada.................... 5.350.500 O saldo final de produtos em elaboração é de 500 X 50% = 250 X 2550 = 637.500 Resposta: B

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Custeio por absorção: produção equivalente

Questão 3 Observe que a questão não nos diz qual método devemos utilizar: PEPS ou Média. Vamos resolver pelos dois métodos: Média: Pelo custo médio, o saldo anterior é somado aos custos do período atual: Custo do período = 300.000 + 3.600.000 + 7.200.000 + 1.200.000 = 12.300.000 Produção Equivalente: 6.000x100% (+) 7.500x30% (=) Produção equivalente

6.000 2250 8.250

Custo Médio = 12.300.000/8.250 - 1490,9. Estoque Final = 2.250 x 1490,9 = 3.354.525. Como não há essa resposta, vamos calcular o estoque final pelo PEPS. PEPS: Pelo PEPS o saldo anterior não é somado aos custos do período atual. Logo, o custo de produção do período é de 12.000.000. Produção Equivalente: 500x50% I 250 (+) 5.500 x 100% 5.500 (+) 7.500x30% 2250 (=) Produção Equivalente | 8.000 Custo Médio = 12.000.000/8.000 = 1.500 Estoque Final: 2.250 x 1.500 = 3.375.000 Resposta: A Questão 4 Nesta questão devemos calcular a produção equivalente por item, já que o estágio de fabricação de cada um é diferente. A empresa iniciou a produção de 23.600 peças, terminou 22.000 e 1.600 ficaram em fabricação. O custo (ou despesa) indireto de fabricação é de 150% da MOD. Logo, CIF = 150% x 134.520 = 201.780. O custo total de produção é de 592.380 (256.080 + 134.520 + 201.780).

129

Capítulo 7

Contabilidade de Custos

Cálculo da Produção Equivalente: CIF: Os custos indiretos foram distribuídos proporcionalmente entre todos os produtos igualmente, sejam os produtos acabados ou em fabricação. Logo, para o CIF a produção equivalente = 23.600 peças. MOD: O custo da MOD foi distribuído proporcionalmente entre as 22.000 peças acabadas e 50% não acabadas. Logo, a produção equivalente é: 22.000 x 100% = 22.000 (+) 1.600 x 50% = 800 (=) Produção Equivalente = 22.800 MD: 22.000x100% = 22.000 (+) 1.600 x 80% = 1.280 (=) Produção Equivalente = 23.280 Cálculo do Custo Unitário: CIF = 201.780/23.600 = 8,55 MOD = 134.520/22.800 = 5,90 MD = 256.080/23.280 = 11 Assim, o custo unitário é de 25,45 (8,55 + 5,90 + 11). Resposta: C Questão 5 De acordo com os cálculos feitos na questão anterior, o estoque final de produtos acabados é de 559.900 (22.000 x 25,45). O estoque final de produtos em processo seria de 32.480 (592.380 - 559.900). Resposta: A Questão 6 Material Direto ~ 27.000 unid. + 3.000 x 80% = 27.000 + 2.400 = 29.400 unid. Mão de obra = 27.000 unid. + 3.000 x 50% = 27.000 +1.500 = 28.500 unid. Resposta: C

Bernardo Cherman

130

Custeio por absorção: produção equivalente

Questão 7 Material Direto (MD): 29.400 unidades custaram $240.000, ou seja, 1 unidade equivalente custou $240.000/29.400 unidades = $8,1633. Custo da Prod. Parcial (MD) = 2.400 unidades (3.000 x 80%) x $8,1633 = $19.591,92. . Mão de obra (MO): 28.500 unidades custaram $9.000, ou seja, 1 unidade equivalente custou $9.000/28.500 unidades = $0,3157. Custo .da Prod. Parçial (MO) = 1.500 unidades (3.000 x 50%) x $0,3157 = $473,55 DIF: 100% do MD, ou seja, DIF = $19.591,92 Custo total da produção parcial = $19.591,92 (MD) + $19.591,92 (DIF) + $473,55 (MO) Custo total da produção parcial = $39.657,39. Resposta: B Questão 8 O custo de produção do período foi: Matéria-Prima (+) Mão de Obra Direta (+) Custos Indiretos (-) Custo de Produção

3.200.450 749.920 624.960 4.575.330

’Cálculo da produção equivalente por item: Matéria-Prima: 12.100 x 100% = 12.100 Mão de Obra Direta: 8.500 x 100% (+) 3.600x2/3 (=) Total

8.500 2.400 10.900

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Capítulo 7

Contabilidade de Custos

Custos Indiretos 8.500 x 100% (+) 3.600x3/4 (=) Total

8.500 2.700 11.200

Custo unitário por item: Matéria-Prima: 3.200.450/12.100 = 264,5 Mão de Obra Direta: 749.920/10.900 = 68,8 Custos Indiretos: 624.960/11.200 = 55,80 Custo Unitário = 264,5 + 68,8 + 55,80 = 389,10 Resposta: D Questão 9 Valor dos Produtos Acabados = 8.500 x 389,10 = 3.307.350 Valor dos Produtos em Elaboração = 4.575.330 - 3.307.350 ~ 1,267.980 Resposta: B Questão 10 Quando existem produtos em processo no final do período e deseja-se conhecer o custo médio (custo unitário) de cada um, utiliza-se o equivalente produção. Resposta: B

Bernardo Cherman

132

Capítulo 8

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção. Ponto de equilíbrio contábil 8.1. Diferenças entre custeio variável e por absorção O custeio variável (também conhecido como custeio direto ou marginal) tem como característica principal considerar os custos fixos, despesas. Na apuração do custo de produção, leva em consideração apenas os custos variáveis. Ao adotar esse procedimento, praticamente são eliminadas as distorções obtidas referentes a critérios de rateio, já que os custos indiretos geralmente são fixos (depreciação, seguro, aluguel etc.). No custeio variável todos esses custos são lançados integralmente na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) como despesas; enquanto no custeio por absorção são rateados gerando grandes diferenças no resultado dependendo da base utilizada para rateio. Como explicado anteriormente, esse método é proibido pela legislação fiscal porque fere principalmente o princípio da competência. Outra diferença de custeio variável em relação ao custeio por absorção está na DRE que denomina margem de contribuição (ou lucro bruto marginal) como a diferença entre as vendas líquidas e o somatório dos custos dos produtos vendidos e as despesas variáveis. Como visto anteriormente, a DRE assume a seguinte forma: Vendas Brutas (-) Deduções de Vendas (=) Vendas Líquidas (~) Custos e Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição (~) Custos e Despesas Fixos (=) Lucro Líquido Exemplos: A Cia. Rabo Quente apresentou os seguintes dados (em R$): Custos Variáveis............................................................... 60.000 Custos Fixos......................................................................40.000 Despesas Variáveis............................................................10.000 Despesas Fixas..................................................................20.000 Produção: 5.000 unidades acabadas. 133

Contabilidade de Custos

Estoque Inicial e Final de Produtos em Elaboração.............................. Zero Estoque Inicial de Produtos Acabados.....................................................Zero Vendas: 2.000 unidades a R$ 40,00 cada, totalizando..............$80.000 Calcular o lucro líquido utilizando o custeio porabsorção e o custeio variável. Custeio por Absorção O custo de produção do período seria: Custos Variáveis..................................................................60.000 (+) Custos Fixos............................................................... 40.000 (=) Custos de Produção....................................................100.000 Como o estoque final de produtos em elaboração é zero, o custo da pro­ dução acabada é 100.000. Custo unitário =

=

Custo de Produção Quantidade produzida 100.000 = 20 5.000

Como foram vendidas 2.000 unidades, o custo do produto vendido é 2.000 x 20 = 40.000. Razonetes: Produtos em Elaboração 60.000 100.000 40.000

Produtos Acabados 100.000 40.000

Demonstração do Resultado (DRE): Vendas...............................................................................80.000 (-) C.P.V............................................................................ (40.000) (=) Resultado Industrial................................................... 40.000 (-) Despesas Variáveis.................................................... (10.000) (-) Despesas Fixas...........................................................(20.000) (=) Lucro Líquido...............................................................10.000

Bernardo Cherman

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

Custeio Variável O custo de produção do período é igual ao custo variável, isto é, 60.000, que é igual ao custo dos produtos acabados (Estoque Final de Produtos em Ela­ boração é zero). O custo unitário = 60.000 = 12 5.000 O custo dos produtos vendidos: CPV - 2.000 x 12 = 24.000 _ Razonetes: Produtos em Elaboração 60.000 60.000

Produtos Acabados 60.000 24.000

Demonstração do Resultado: Vendas.................................................................................. 80.000 (-) C.P.V................................................................................ (24.000) (-) Despesas Variáveis.........................................................(10.000) (=) Margem de Contribuição............................................... 46.000 (-*) Custos Fixos................................................................... (40.000) (-) Despesas Fixas................................................................(20.000) (=) Prejuízo ..........................................................................(14.000) O quadro abaixo demonstra as diferenças: Item Custo de Produção = C.P.A. C.P.V. Estoque Final de Produtos Acabados Resultado do Exercício

Absorção 100.000 40.000 60.000 10.000

Variável 60.000 24.000 36.000 (14.000)

♦ O custo de produção do custeio por absorção é maior em R$40.000 que o custo de produção do custeio variável. Esta diferença é igual ao valor dos custos fixos, que no custeio variável é lançado integralmente como despesa. ♦ O custo dos produtos vendidos é maior em R$16.000. Observe que o custo fixo unitário édeR$ 8,00 (40.000 5.000). Cada unidade produzida no custeio por absorção recebeu R$8,00 de custo fixo a mais que o custeio variável. Como foram vendidas 2.000 unidades; 2.000 x 8 = 16.000, que é a diferença. 135

Capítulo 8

Contabilidade de Custos

♦ O estoque final de produtos acabados é maior em R$24.000. Este valor corresponde aos custos fixos lançados nas unidades não vendidas. O estoque final é de 3.000 unidades (5.000 produzidas - 2.000 vendidas). 3.000 x 8 = 24.000. ♦ A diferença no lucro líquido é de R$ 24.000 (10.000 - [14.000]), que é justamente a diferença entre os estoques finais de produtos acabados (60.000 - 36.000). ♦ O lucro líquido do custeio por absorção é maior que o do custeio variável. Isto sempre ocorre quando há produtos no estoque final. Caso o estoque final de Produtos em Elaboração e Produtos Acabados fosse zero, os lucros nos dois sistemas seriam iguais. Vamos supor que a direção da Cia. Rabo Quente decida dobrar a produção da empresa. Assim, os custos variáveis dobrariam (de 60.000 para 120.000). Os custos e despesas fixas não mudariam. Vamos assumir que as despe­ sas variáveis não tenham variado, nem o volume de vendas. Os novos dados seriam: Custos Variáveis.....................................................120.000 Custos Fixos.......................................................... 40.000 Despesas Variáveis................................................ 10.000 Despesas Fixas....................................................... 20.000 Produção: 10.000 unidades acabadas. Vendas: 2.000 unidades a R$40,00 cada, totalizando R$80.000. Estoque Inicial e Final de Produtos em Elaboração..............................Zero Estoque Inicial de Produtos Acabados................ ............ ..................... Zero Calcular o Resultado do Exercício pelo custeio por absorção e pelo custeio variável. Custeio p or Absorção O custo de produção seria: Custos Variáveis....................................................120.000 (+) Custos Fixos.................................................... 40.000 (=) Custo de Produção.......................................... 160.000 Que é o valor do custo de produção acabada. O custo unitário: 160.000 = 16

10.000 Bernardo Chenman

136

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

O custo de produto vendido: 16 x 2.000 = 32.000 Razonetes: Produtos em Elaboração 120.000 160.000 40.000

Produtos Acabados 160.000 32.000

A D.R.E. ficaria: Vendas................................ .............................................. 80.000 (-) C.P.V...................... .....................................................(32.000) (=) L.B................................................................................... 48.000 (-) Despesas Fixas.......................................................... (20.000) (-) Despesas Variáveis................. ..................................(10.000) (™) Lucro Líquido ......................................................... 18.000 Observe que apesar de não haver aumento de vendas, o lucro aumentou. Isso ocorreu por causa da diminuição dos custos fixos unitários descarregados nas unidades. Quando a produção era de 5.000 unidades, o custo fixo unitário era de R$8,00 (40.000 + 5.000). Com o aumento da produção para 10.000 unidades, o custo fixo unitário passou para R$ 4,00 (40.000 4-10.000); como a venda foi de 2.000 unidades, no primeiro caso teríamos 2.000 x 8 = 16.000 e no segundo caso, 2.000 x 4 = 8.000, que é justamente a diferença entre os lucros (16.000 - 8.000 = 8.000). Custeio Variável Essa distorção não existiria: Custo de produção = CPA = 120.000 Custo unitário = 120.000 = 12 10.000 CPV = 12 x 2.00 0 = 24.000 Razonetes: Produtos Acabados

Produtos em Elaboração 120 .0001120.000

120.000 24.000

137

Capítulo 8

Contabilidade de Custos

Logo: 1.000 Q - 600 Q - 120.000 = 0,25 x 1.000 Q 400 Q - 120.000 = 250 Q 150 Q = 120.000 Q = 800 d) Lucro = 0,25 x 1.000 Q = 250 Q Lucro = 250 x 800 = 200.000

01) (Simulado/2007) Uma empresa industrial apresentou $308.000 de custos fixos totais e $704.000 o valor total de custos variáveis, tendo produzido 8.800 unidades. Considerando a linearidade dos custos e ainda que a margem de contribuição unitária é de $ 140, podemos dizer que o preço de venda unitário e o ponto de equilíbrio são, respectivamente: a) $220 e 7.228 unidades b) $225 e 2.200 unidades c) $115 e 7.228 unidades d) $115 e 2.200 unidades e) $220 e 2.200 unidades 02) (Simulado/2007) Uma companhia industrial de transformação apresenta os se­ guintes custos de produção, para 3.300 unidades: ♦ Custos Fixos Totais $244.200 ♦ Custo Variável Unitário $256 O preço unitário de venda é $550. Diante disso, podemos dizer que a margem de contribuição unitária e o ponto de equilíbrio, considerando a linearidade dos custos, são, respectivamente: a) $220 e 330 unidades b) $294 e entre 830 e 831 unidades c) $74 e 444 unidades d) $220 e 3.300 unidades e) $294 e entre 953 e 954 unidades 03) (Simulado/2007) Para a produção de 100.000 unidades são realizados custos va­ riáveis totais de$1.500.000, sendo os custos fixos totais de $ 900.000 e o preço de venda de $25 por unidade. Informe o ponto de ruptura: a) 120.000 unidades b) 60.000 unidades 8ernardo Cherman

142

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

c) 90.000 unidades d) 75.000 unidades e) 150.000 unidades 04)

(Simulado/2007) Uma empresa industrial apresentou os seguintes elementos de resultado, relativo a um período de produção e vendas: ♦ Vendas Totais $880.000 ♦ Custos Fixos $145.000 ♦ Custos Variáveis $180.000 ♦ Despesas Fixas $100.000 ♦ Despesas variáveis $50.000 Logo, a margem de contribuição total é de: a) $700.000 b) $650.000 c) $405.000 d) $555.000 e) $635.000

05) (Vunesp/2002) Dados de custos de uma empresa industrial: ♦ Custo fixo total $1.440.000 /ano ♦ Margem de contribuição $20 /unidade ♦ Custo variável $30 /unidade Portanto, a venda, em quantidades, por mês, no ponto de equilíbrio, será de: a) 4.000 unidades b) 2.400 unidades c) 12.000 unidades d) 6.000 unidades e) 6.400 unidades 06) (Vunesp/2002) Informações do custo e venda de uma empresa industrial: ♦ Custos fixos $1.596.000 /mês ♦ Custo variável $260 /unidade « Preço de venda $500 /unidades Admitindo-se a validade da teoria de que os custos fixos são constantes, indepen­ dentemente do volume de produção numa dada capacidade de produção, o ponto crítico será de: a) 6.666 unidades e $3.333.000 b) 13.300 unidades e $6.650.000 c) 13.332 unidades e $6.666.000 d) 6.650 unidades e $3.325.000 e) 6.138 unidades e $3.069.000

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Capítulo 8

Contabilidade de Custos

07) (Vunesp/2000) Supondo que uma empresa industrial mantivesse seu custo variável nas seguintes proporções em relação ao preço de venda: ♦ Matéria-Prima 27% ♦ Mão de Obra Direta 18% ♦ Custos Indiretos variáveis 13% ♦ Despesas Variáveis 7% Sabendo-se que a empresa necessita faturar $7.500.000 / mês para obtenção de lucro zero (Ponto de Equilíbrio), então podemos concluir que seus custos fixos no mês foram de: a) $2.625.000 b) $4.875.000 c) $3.150.000 d) $4.125.000 e) $4.350.000 08) (Cespe-UnB/2003) Dados de uma empresa industrial: ♦ Custos fixos $750.000 ♦ Custos variáveis 55% si as vendas Sabendo-se que a empresa deseja um lucro de 15 % sobre as vendas, determinar o valor das vendas necessárias no caso: a) b) c) d) e)

$3.300.000 $3.000.000 $2.500.000 $2750.000 $1.833.333

A Cia. “BARRETOS” produziu 8.000 unidades de seu produto durante o período. Nesse período foram vendidas 6.000 dessas unidades, ao preço unitário de $10. Ás informações relativas às operações do período são as seguintes: ♦ Materiais Diretos ♦ Mão de Obra Direta

$2 por unidade $1 por unidade

Os Custos Indiretos de Fabricação Fixos correspondem a 60% do total dos Custos Indiretos de Fabricação (40% correspondem aos Custos Variáveis). Os Custos e Despesas Fixos para o período foram os seguintes: ♦ Aquecimento $1.000 ♦ Força $3.000 ♦ Manutenção $3.500 ♦ Depreciação dos Equipamentos $2.500 ♦ Aluguel da Fábrica $6.000 Bernardo Cherman

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

♦ Seguro da Fábrica ♦ Mão de Obra Indireta ♦ Reparos ♦ Despesas com Vendas e Administrativas

$1.500 $4.000 $2.500 $10.000

A empresa não possuía Estoque Inicial de Produtos. Com base nos elementos acima, responda às questões 10 a 17 09) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o valor do Custo dos Produtos Vendidos apurado no período é de: a) $30.000 b) $18.000 c) $12.000 d) $48.000 10)

(ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o valor do Lucro Bruto apurado no período é de: a) $42.000 b) $30.000 c) $12.000 d) $48.000

11) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o Resultado Líquido apurado no período foi: a) Prejuízo de $22.000 b) Lucro Líquido de $2.000 c) Lucro Líquido de $20.000 d) Prejuízo de $4.000 12) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção» o valor do Estoque Final de Produtos apurado no período é de: a) $10.000 b) $4.000 c) $16.000 d) $6.000 13) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio Direto, o valor do Custo dos Produtos Vendidos apurado no período é de: a) $30.000 b) $12.000 c) $18.000 d) $48.000

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Capítulo 8

Contabilidade de Custos

A D. R. E. ficaria: Vendas.................. ...................................................................................80.000 (-) C.RV................................................................................................ (24.000) (-) Despesas Variáveis.......................................................................... (10.000) (=) Margem de Contribuição.............................................................. 46.000 (-) Custos Fixos..................................................................................... (40.000) (-) Despesas Fixas.................................................................................. (20.000) (=) Lucro Líquido ..................................................................................(14.000) O lucro líquido permanece o mesmo. Essa é uma das grandes vantagens do custeio variável, pois impede que o simples aumento de produção* sèm aumento das vendas, distorça o resultado do exercício. 8.2. Quadro com diferenças entre custeio por absorção e custeio variável Custeio Variável Classifica os custos em fixos e variáveis O lucro acompanha sempre as vendas Critério administrativo, geren­ cial e interno

Custeio por Absorção Classifica os custos em diretos e in­ diretos O lucro não acompanha as vendas Critério legal, fiscal e externo

8.3. Ponto de equilíbrio contábil Uma empresa se encontra no ponto de equilíbrio contábil ou ponto crítico ou ponto de ruptura (Break even Point) quando apresenta um lucro contábil igual a zero. Nesse ponto, o total dos custos e despesas se iguala ao total das receitas. A Demonstração do Resultado apresentaria a seguinte forma: Vendas (-) Deduções de Vendas (=) Vendas Líquidas (-) Custos e Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição (-) Custos e Despesas Fixos (=) Zero Bernardo Cherman

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

Graficamente teríamos:

Ponto de Equilíbrio

Matematicamente, o ponto de equilíbrio pode ser calculado da seguinte forma: MC = PV - CV MCU - PVU. - CVU RT = C.T CT = CF + CV R T -C F = CV PU x Q.eq = CF + CVU x Q.eq. C.F. = PVU. x Q.eq. ~CVU x Q.eq. C.F. = (PVU - CVU) Q.eq.

139

Capitulo 8

Contabilidade de Custos

—y

O.eq =

C.F. PVU - CVU

=

C.F MCU

P.eq. = Q.eq. xP.V.u. P.eq. = CF . x PVU ________ MCU onde: MC = Margem de Contribuição PV = Preço de Venda CV = Custos e Despesas Variáveis MCU = Margem de Contribuição unitáxia PVU - Preço de Venda unitário RT = Receita Total C T - Custos e Despesas Totais CF = Custos e Despesas Fixos CV = Custos e Despesas Variáveis Q.eq. - Quantidade no ponto de equilíbrio CVU = Custos e Despesas Variáveis Exemplo: A Cia. Maracanã apresenta os seguintes saldos em seus livros contábeis e registros auxiliares de custos: Custos e Despesas Fixos durante o ano (em R$): Depreciação de Equipamentos............................................................18.000 Mão de Obra Direta e Indireta............................................................70.000 Impostos e Seguros da Fábrica................................................................. 7.000 Despesas com Vendas...........................................................................25.000 Custos e Despesas Variáveis por unidade: Material Direto............... ..............................................................................450 Embalagem......................................... .......................................................... 105 Comissão de Vendedores............................................................................... 30 Outros Custos e Despesas.......................................................................... 15 Pede-se: Bernardo Cherman

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

01) (ICMS) A quantidade de unidades que devem ser produzidas e vendidas por ano para se atingir o ponto de equilíbrio: a) 200 b) 600 c) 300 d) 75 02) (ICMS) O valor da receita no ponto de equilíbrio: a) $300.000 b) $600.000 c) $200.000 d) $120.000 03) (ICMS) A quantidade de unidades que a empresa deve produzir e vender durante o ano caso queira obter 25% de lucro sobre as receitas totais: a) 150 b) 800 c) 375 d) 750 04) (ICMS) O lucro obtido de 25%: a) $200.000 b) $62.500 c) $93.750 d) $187.500 Resolução a) Total dos custos e despesas fixos: 120.000 Total dos custos e despesas variáveis: 600/unidade Q.eq. =

CF______= PVU - CVU

120.000 1.000 - 600

= 300 unidades

b) 300 unidades x 1.000 = 300.000 c) Nessa situação a D.R.E. ficaria Vendas (Receitas Totais)............ (-) Custos e Despesas Variáveis. (-) Custos e Despesas Fixos....... (=) Lucro.......................................

141

....... 1.000 x Q ...... (600 xQ )

....... (120.000) 0,25 x 1.000 Q

Capítulo 8

Contabilidade de Custos

07) (Vunesp/2000) Supondo que uma empresa industrial mantivesse seu custo variável nas seguintes proporções em relação ao preço de venda: ♦ Matéria-Prima 27% ♦ Mão de Obra Direta 18% 13% ♦ Custos Indiretos variáveis ♦ Despesas Variáveis 7% Sabendo-se que a empresa necessita faturar $7.500.000 / mês para obtenção de lucro zero (Ponto de Equilíbrio), então podemos concluir que seus custos fixos no mês foram de: a) $2.625.000 b) $4.875.000 c) $3.150.000 d) $4.125.000 e) $4.350.000 08) (Cespe-UnB/2003) Dados de uma empresa industrial: ♦ Custos fixos $750.000 ♦ Custos variáveis 55% s/ as vendas Sabendo-se que a empresa deseja um lucro de 15 % sobre as vendas, determinar o valor das vendas necessárias no caso: a) b) c) d) e)

$3.300.000 $3.000.000 $2.500.000 $2750.000 $1.833.333

A Cia. “BARRETOS” produziu 8.000 unidades de seu produto durante o período. Nesse período foram vendidas 6.000 dessas unidades, ao preço unitário de $10. As informações relativas às operações do período são as seguintes: . .♦ Materiais Diretos ♦ Mão de Obra Direta

$2 por unidade $1 por unidade

Os Custos Indiretos de Fabricação Fixos correspondem a 60% do total dos Custos Indiretos de Fabricação (40% correspondem aos Custos Variáveis). Os Custos e Despesas Fixos para o período foram os seguintes: ♦ Aquecimento $1.000 ♦ Força $3.000 ♦ Manutenção $3.500 ♦ Depreciação dos Equipamentos $2.500 ♦ Aluguel da Fábrica $6.000

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

♦ Seguro da Fábrica ♦ Mão de Obra indireta ♦ Reparos ♦ Despesas com Vendas e Administrativas

$1.500 $4.000 $2.500 $10.000

A empresa não possuía Estoque Inicial de Produtos. Com base nos elementos acima, responda às questões 10 a 17 09) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o valor do Custo dos Produtos Vendidos apurado no período é de: a) $30.000 b) $18.000 c) $12.000 d) $48.000 10)

(ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o valor do Lucro Bruto apurado no período é de: a) $42.000 b) $30.000 c) $12.000 d) $48.000

11) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o Resultado Líquido apurado no período foi: a) Prejuízo de $22.000 b) Lucro Líquido de $2.000 c) Lucro Líquido de $20.000 d) Prejuízo de $4.000 12) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio por absorção, o valor do Estoque Final de Produtos apurado no período é de: a) $10.000 b) $4.000 c) $16.000 d) $6.000 13) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio Direto, o valor do Custo dos Produtos Vendidos apurado no período é de: a) $30.000 b) $12.000 c) $18.000 d) $48.000

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Capítulo 8

Contabilidade de Custos

14) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio Direto, o valor do Lucro Bruto Marginal apurado no período é de: a) $54.000 b) $12.000 c) $2.000 d) $30.000 15) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio Direto, o Resultado Líquido apurado no período foi: a) Lucro Líquido de $44.000 b) Prejuízo de $22.000 c) Lucro Líquido de $38.000 d) Prejuízo de $4.000 16) (ICMS-SP/Vunesp) Utilizando o Custeio Direto, o valor do Estoque Final de Pro­ dutos apurado no período é de: a) $16.000 b) $10.000 c) $4.000 d) $2.000 17) (Vunesp-SP) A Help Corporation S/A trabalha com três linhas de produtos: leite, manteiga e iogurte. A empresa é composta de três filiais industriais, em regiões dife­ rentes do país; a sede central localiza-se em São Paulo e presta serviços para as três filiais. No ano de 1996, foram apresentadas ao contador as seguintes informações: Receitas em Reais Filiais Filial 1 Filial 2 Filial 3

Leite 180.000,00 1110.000,00 |210.000,00

Manteiga 120.000,00 90.000,00 114.000,00

Iogurte 98.000,00 106.000,00 46.000,00

Custos e Despesas Variáveis (em R$) Custos e Despesas Variáveis Filial 1 Filial 2 Filial 3

Leite 94.200,00 60.200,00 125.700,00

Manteiga 79.880,00 62.800,00 79.700,00

Iogurte 46.800,00 83.700,00 21.210,00

Custos e Despesas Fixos rateados na proporção das horas trabalhadas (em R$) Custos e Despesas Fixos Filial 1 Filial 2 Filial 3

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Leite 95.000,00 15.000,00 18.000,00 146

Manteiga 30.000,00 10.000,00 14.000,00

Iogurte 15.000,00 11.000,00 22.000,00

Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção Custos e Despesas Fixos do escritório central rateado às filiais e aos produtos Custos e Despesas (R$) Filial 1 Filial 2 Filial 3

Leite 86.800,00 21.710,00 19.250,00

Manteiga 12.280,00 15.650,00 18.680,00

Iogurte 7.800,00 22.850,00 13.180,00

Considerando as informações acima e o conceito de margem de contribuição, pode-se afirmar que o produto e a filial que mais contribuíram para a formação do resultado da empresa foram, respectivamente: a) b) c) d) e)

manteiga e filial 3 manteiga e filial 2 iogurte e filial 3 manteiga e filial 1 leite e filial 1

18) (Vunesp/SP) A indústria Lua de Mel S/A, no ano de 1996, produziu e vendeu 15.000 unidades de vestidos de noiva ao preço unitário de $1.200,00. O custo unitário variável foi de $420,00, os custos fixos atingiram o montante de $8.500.000,00 em 1996. Para o ano de 1997, o preço será reajustado em 10%; estima-se que a quantidade a ser fabricada e vendida será a mesma, porém os custos variáveis terão reajuste de 32%; estima-se também que os custos fixos atingirão um montante de $9.150.000,00 em 1997. Considerando as informações dadas, pode-se dizer que, para a empresa atingir seu ponto de equilíbrio contábil no ano de 1997, a mesma terá de produzir e vender: a) b) c) d) e)

4.881,56 unidades 6.931,81 unidades 10.897,43 unidades 11.951,41 unidades 16.504,32 unidades

19) (MPU/Esaf/2005) Determinada empresa do ramo de móveis apresenta um custo variável unitário de R$8,00, com o preço de venda unitário de R$12,00. Sabendo-se que seu custo fixo atingiu R$12.000,00, o ponto de equilíbrio será atingido com a venda de quantas unidades? a) 1.000 b) 1.500 c) 3.000 d) 8.000 e) 12.000

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Capítulo 8

Contabilidade de Custos

20) (AFC/Esaf/2002) A Cia. Roupas de Festa coloca no mercado seu produto principal ao preço unitário de R$86,75, isento de IPI, mas com ICMS de 17%. O custo variável nessa produção alcança R$54,00. A Cia. está conseguindo vender 1.200 peças mensais, mas com isto não tem obtido lucros, apenas tem alcançado o ponto de equilíbrio. A firma acaba de obter uma redução de R$9,00 por unidade fabricada no custo da mão de obra direta, mas só conseguirá reduzir o preço de venda para R$79,52. Se esta empresa produzir e vender, no mesmo mês, duas mil unidades de seu pro­ duto nas condições especificadas, podemos dizer que obterá um lucro bruto de a) R$2.400,00 b) R$20.400,00 c) R$21.600,00 d) R$29.440,00 e) R$42.000,00 21) (INSS/Esaf/2002) No segundo trimestre de 2002, a Indústria Esse de Produtos Fa­ bris concluiu a produção de 600 unidades do item X2, tendo logrado vender 400 dessas unidades, ao preço unitário de R$120,00. No mesmo período foram coletadas as informações abaixo: ♦ Custo Variável unitário R$20,00. ♦ Total de Custos Fixos R$18.000,00. ♦ Despesas variáveis de vendas de R$2,00 por unidade. ♦ Inexistência de Estoque Inicial de Produtos no período. Com base nas informações acima, feitas as devidas apurações, pode~se dizer que o Custo dos Produtos Vendidos; o Estoque Final de Produtos; e o Lucro Líquido do período, calculados, respectivamente, por meio do Custeio por Absorção e do Custeio Variável, alcançaram os seguintes valores: a) R$18.000,00; R$6.000,00; R$8.000,00; R$6.000,00; R$27.000,00; R$21.000,00. b) R$16.000,00; R$4.000,00; R$12.000,00; R$3.000,00; R$26.500,00; R$20.500,00. c) R$20.000,00; R$8.000,00; R$10.000,00; R$4.000,00; R$27.200,00; R$21.200,00. d) R$15.000,00; R$5.000,00; R$14.000,00; R$8.000,00; R$25.400,00; R$23.200,00. e) R$12.000,00; R$10.000,00; R$16.000,00; R$6.000,00; R$22.200,00; R$20.200,00. 22) (AFC/Esaf/2002) A Fábrica de Coisas de Plástico trabalhava sua produção com base nos seguintes dados: ♦ Capacidade de produção: 10.000 unidades. ♦ Vendas: 8.000 unidades. ♦ Preço de Venda: R$100,00 por unidade.

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

Os custos incorridos na produção eram os seguintes: ♦ Matéria-Prima: R$32,00 por unidade. ♦ Mão de obra Direta: R$24,00 por unidade. ♦ Custo indireto variável: R$8,00 por unidade. ♦ Custo indireto fixo: R$80.000,00 por mês. As despesas administrativas e de vendas são: ♦ Fixas: R$120.000,00 por mês. ♦ Variáveis: 3% da receita bruta. A empresa trabalhava com estes indicadores quando recebeu uma proposta para fornecimento de 1.200 unidades durante os próximos 2 meses, ao preço unitário de R$70,00. A empresa convocou o Contador de Custos para decidir se poderia aceitar a pro­ posta, mesmo sabendo que as despesas variáveis de vendas para esse pedido seriam de 5% da respectiva receita. Utilizando o conceito da margem de contribuição, pode-se concluir que a) o pedido não deve ser aceito, pois o preço de venda da proposta é menor que o já praticado pela empresa. b) o pedido não deve ser aceito, pois além de o preço de venda ser inferior ao já praticado pela empresa, o lucro diminuirá em função do aumento das despesas variáveis de 3% para 5%. c) o pedido deve ser aceito, pois significará um aumento da ordem de R$1.000,00 no lucro final da empresa. d) o pedido deve ser aceito, pois significará um aumento da ordem de R$3.000,00 no lucro final da empresa. e) o pedido deve ser aceito, pois significará um aumento da ordem de R$4.000,00 no lucro final da empresa. 23)

(MPOG/Esaf/2006) Assinale abaixo a opção que contém uma assertiva verdadeira. a) Custo fixo é o que independe do nível de atividade, mas que varia, em termos unitários, na proporção inversa à variação da quantidade produzida. b) Custeio Direto é o sistema de custeamento que consiste em reconhecer como custo dos produtos ou serviços vendidos somente os custos variáveis, enquanto os custos fixos seriam estocados na produção do período. c) Custo variável é o que varia linearmente com o nível de atividade, sendo nulo ou igual a zero no ponto de equilíbrio. d) Custeio por Absorção é o sistema de custeamento cuja característica básica con­ siste em separar os custos do período do custo do produto, no qual a avaliação recai apenas no custo dos produtos vendidos. e) O ponto de equilíbrio corresponde ao nível mínimo de atividade da empresa em que suas receitas e os custos variáveis se equilibram.

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Capítulo 8

Contabilidade de Custos

24) (MPOG/Esaf/2006) No mês de outubro de 2005, a produção do elemento “dei” foi de 800 unidades. Os custos incorridos nesse período foram R$120.000,00 fixos e R$200.000,00 variáveis. A capacidade instalada da firma permite o aumento da produção em até 50%. Ocorre que apesar de todo o esforço empreendido, a empre­ sa conseguiu aumentá-la em apenas 40%. Por isso, o custo unitário da produção estabilizou-se em: a) R$400,00. b) R$357,14. c) R$350,00. d) R$328,57. e) R$285,71. 25) (MPOG/2006) A empresa Querresse Ltda. tem vendido seu produto Tuv ao preço unitário de R$5,00, embora esse item venha suportando custos variáveis unitários de R$4,20. Sabendo-se que os custos fixos de produção atingem R$20.000,00, podese dizer que a empresa alcança o ponto de equilíbrio quando produz: a) 2.174 unidades. b) 4.000 unidades. c) 4.762 unidades. d) 16.000 unidades. e) 25.000 unidades Questões Cespe-UnB: Dados da Empresa Z: Capacidade de produção (em unidades) 400.000 Nível de produção atual (em unidades) 350.000 Custo e despesas unitários variáveis (em R$) 2,80 Custo e despesa fixos totais (em R$) 320.000,00 Preço de venda (em R$) 4,20 Com os dados da empresa Z, apresentados acima, julgue os itens que se seguem. 26) (FTE/2002) A margem de contribuição unitária para a empresa Z menor que R$ 1,30. 27) (FTE/2002) Para a empresa Z, o ponto de equilíbrio é alcançado com menos de 230.000 unidades. 28) (FTE/2002) Caso a empresa Z apresente um crescimento de 20% nas suas vendas e de 10% nas suas despesas, deverá, certamente, apresentar lucro no período. 29) (FTE/2002) A empresa Z poderia vender as 50.000 unidades correspondentes à sua capacidade ociosa por R$3,00 e, ainda assim, aumentaria o seu resultado positivo.

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

30) (Petrobras/2007) Quando se adota o critério do custeio variável, todos os custos e despesas de fabricação e comercialização são alocados aos produtos, o que é compatível com as exigências da legislação tributária. 31) (PF/2002) Determinada empresa intensiva em custos fixos, operando a 50% da capa­ cidade instalada, que tenha um custo unitário de R$5,00 no conceito por absorção, não poderá aceitar encomenda para ocupar a capacidade ociosa por preço abaixo de R$5,00, sob pena de registrar prejuízo na operação. 32) (PF/2002) Conceitualmente, o ponto de equilíbrio de determinado produto é atin­ gido quando a margem de contribuição total dele atinge os custos fixos. Responda as questões 33 a 37 conforme os dados abaixo (Contador Paraná/2002) Considerando uma determinada indústria que produz e vende à vista 100.000 unidades por mês de um produto, com custo variável unitário de R$0,20 e custo fixo mensal de R$100.000, julgue os itens subsequentes. 33) (PR/2002) Se a referida indústria praticar um preço de venda de R$2,00 a unidade, líquido de tributos, seu ponto de equilíbrio da produção estará entre 50.000 e 60.000 unidades por mês. 34) (PR/2002) A elevação do volume produzido e vendido, até o limite da capacidade instalada, em uma empresa que opera com margem de contribuição positiva, reduz sua lucratividade. 35) (PR/2002) Ao preço de venda unitário de R$1,50, líquido de tributos, a margem de contribuição unitária da indústria referida estaria abaixo de R$1,00. 36) (PR/2002) O custo fixo mensal pode ser visto como um custo de capacidade e os custos variáveis podem compreender matéria prima e mão de obra. 37) (PR/2002) Na situação considerada, caso a empresa aumente o volume mensal produzido, o custo fixo unitário tenderá a aumentar. 38) (FCC/2006) Uma empresa calcula os custos de seus produtos utilizando dois métodos: o método do custeio por absorção e o método do custeio variável. Os estoques iniciais eram “zero”, a produção do mês foi de 8.000 unidades totalmente acabadas e foram vendidas no mês 6.000 unidades. No fechamento do mês foram apurados os seguintes resultados líquidos finais: lucro de R$348.750,00 no custeio por absorção, e lucro de R$345.000,00 no custeio variável. Para atingir esses va­ lores de resultado, a empresa manteve os custos variáveis correspondentes a 40% do preço de venda praticado. Desse modo, os valores correspondentes ao preço de venda unitário, aos custos variáveis unitários e aos custos fixos totais foram, respectivamente, em R$: (A) 100,00; 40,00; 15.000,00 (B) 120,00; 48,00; 14.000,00 (C) 130,00; 52,00; 12.000,00 (D) 125,00; 50,00; 14.000,00 (E) 150,00; 52,00; 17.000,00 151

Capítulo 8

Contabilidade de Custos

(TCU/2007) Responda às questões 39 a 41 com base nos dados abaixo. Estoque Inicial de Produtos em Elaboração Estoque Inicial de Produtos Acabados Receita Líquida Materiais Diretos Consumidos Mão de Obra Direta Depreciação dos equipamentos na área de produção Mão de obra indireta Energia elétrica consumida na área de produção Comissão de vendedores Outros custos indiretos Frete sobre Vendas Impostos sobre Vendas Estoque Final de Produtos Acabados Lucro Bruto

0 0 92.000 16.320 9.800 3.460 6.600 2.900 920 4.300 2.200 18.000 0 48.620

Considerando os dados referentes a uma empresa apresentados na tabela acima, julgue os itens a seguir. 39) (TCU/Cespe-UnB/2007) Considerando que a empresa utiliza o custeio por absor­ ção, a couta estoque de produtos em elaboração apresentará, no final do período, saldo zero. 40) (TCU/Cespe-UnB/2007) Em ambos os métodos de custeio, absorção e variável, o lucro operacional, para esta empresa, apresenta o mesmo valor. 41) (TCU/Cespe-UnB/2007) Considerando que os custos e despesas variáveis totalizam R$32.140,00, então o valor da margem de contribuição evidenciada na demonstra­ ção de resultado pelo método do custeio variável será de R$41.860,00.

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

Com relação ao gráfico acima, responda às questões 42 a 46. 42) (UFF/Imbel/2008) O Ponto A de interseção da curva de custo total com o eixo vertical representa: a) ponto de equilíbrio. b) custo fixo. c) equalização das receitas. d) custo mínimo de fechamento. e) custo das matérias-primas. 43) (UFF/Imbeí/2008) A área onde se encontra a letra B representa: a) a zona de alocação de recursos. b) a zona de equilíbrio. c) a zona de rentabilidade. d) a zona de margem de contribuição total negativa. e) nenhuma das respostas anteriores. 44) (UFF/Imbel/2008) Podemos afirmar que o ponto O, de interseção das duas retas, marcado como 60% representa; a) o volume de produção de margem de contribuição de 60%. b) o volume de produção no qual o lucro é máximo. c) o volume de produção de custo mínimo. d) o volume de produção do ponto de equilíbrio, cujo lucro é nulo. e) o volume de produção de custos fixos nulos. 45) (UFF/Imbel/2008) O deslocamento que sofre a linha que representa o custo total no caso de um aumento no custo da matéria-prima é: a) uma rotação em torno do ponto A, tornando-se mais inclinada em relação ao eixo de produção. b) uma rotação em torno do ponto A, tornando-se menos inclinada em relação ao eixo de produção. c) uma paralela superior à reta de custo total existente, em que a distância em relação à reta atual depende do montante relativo de aumento. d) uma paralela inferior à curva de custo total inicial. e) inalterado, em função do custo fixo permanecer sem modificação. 46) (UFF/Imbel/2008) Para que o ponto de interseção das retas se dê em um volume de produção mais próximo da origem, sendo o mercado de concorrência perfeita no qual o agente não altera os preços, torna-se necessário: a) aumento do capital de giro. b) redução da margem de contribuição total. c) redução da margem de contribuição unitária. d) aumento do ponto de equilíbrio. e) redução dos custos totais. 153

Capítulo 8

Contabilidade de Custos

47) (Fiscal~ES/Cespe~UnB/2009) Na comparação entre os sistemas de custeio direto e por absorção, a regra geral é que, sendo a quantidade produzida superior à vendi­ da, as despesas, no período, tenderão a ser maiores com o custeio direto, e o lucro operacional, maior com o custeio por absorção.

Questão 1 Q = CF/MCU = 308.000/140 = 2.200 u. CVU = CV/Q = 704.000/8.800 = 80 MCU = PVU - CVU 140 = PVU - 80 PVU = 220 Resposta: E Questão 2 MCU = PVU - CVU = 550 - 256 = 294 Q = 244.200/294 - 830,61 Resposta: B Questão 3 CVU = 1.500.000/100.000 - 15,00 MCU = PVU - CVU MCU ^ 25 - 15 = 10 Q.eq. = 900.000/10 = 90.000 u. Resposta: C Questão 4 MC = PV - CV = 880 - (180 + 50) = 650 Resposta: B Questão 5 CF mensal = 1.440.000/12 = 120.000 Q.eq. = 120.000/20 = 6.000 u. Resposta: D

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

Questão 6 Q.eq. = 1.596.000/(500 - 260) = 6.650. P.eq. = Q.eq. x PVU P.eq. = 6.650 x 500 = 3.325.000 Resposta: D Questão 7 27 + 18 + 13 + 7 = 65% 35% x 7.500 = 2.625 Resposta: B Questão 8 V - CV - CF ~ Lucro V - 0,55V - 750.000 = 0,15V 0,3V = 750.000 V = 2.500.000 Resposta: C Questão 9 Devemos, inicialmente, calcular o Custo Unitário.

_

Os custos indiretos são de 24.000 (CF) Os custos variáveis são de 16.000, calculados através de regra de três: 24.000 60% CV 40% CV = 16.000 Assim, o custo de produção é de 24.000 (CF) + 24.000 (MD + MOD) + 16.000 (CV) = 64.000. O custo unitário = 64.000/8.000 = 8,00. Com o custo unitário, calculamos o CPV. CPV = 6.000x8 = 48.000 Resposta: C Questão 10 L = V - CPV *= 60.000 - 48.000 = 12.000 (CPV = 6.000 x 8) Resposta: C 155

Capítulo 8

Contabilidade de Custos

Questão 11 12.000 - 10.000

-

2.000

Resposta: B Questão 12 2.000 x 8 = 16.000 Resposta: C Questão 13 Pelo custeio variável, o custo de produção é de 40.000 (Custos Variáveis + MD + MOD). Assim, o custo unitário é de 5,00 (40.000/8.000) O CPV = 6.000 x 5 = 30.000 Resposta: A Questão 14 Elaborando a D.R.E.: Vendas (-) CV (=) Margem de Contribuição (-) CF (-) Despesas Fixas (=) Prejuízo Líquido

60.000 (30.000) 30.000 (24.000) (10.000) (4.000)

Resposta: E Questão 15 Valor calculado na questão anterior. Resposta: D Questão 16 CF = 2.000 x 5 = 10.000. Resposta: B

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

Questão 17 O produto com a maior margem de contribuição é o que mais contribui para a formação do resultado. Devemos fazer o cálculo por filial e por produto. Filial: Filial 1: MC = 398.000 - 220.880 = 177.120 Filial 2: MC = 306.000 - 206.700 = 99.300 Filial 3: MC = 370.000 - 226.610 = 143.390 Produto: Leite: MC = 500.000 - 280.000 = 219.900 Manteiga MC = 324.000 - 222.380 = 101.620 Iogurte: MC = 250.000 - 151.710 = 98.290 Resposta: E Questão 18 MCU = 1.320 ~ 554,4 = 765,6 Q = 9.150.000/765,6 = 11.951,41 Resposta: D Questão 19 Aplicação direta de fórmula: Q = 12.000/(12 - 8) = 3.000 Resposta: C Questão 20 Inicialmente vamos calcular os custos fixos (CF) e depois implementar a nova condição. 86,75 - 17% = 72,00 (PVU) CV = 54X 1.200 = 64.800 MCU = 72 - 54 = 18 Q = CF/MCU 1.200 = CF/18 CF = 21.600 Nova situação: A redução no preço de R$9,00 só pode se dar no custo variável, já que o custo fixo não se modifica:

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Capítulo 8

Contabilidade de Custos

CV = 54 - 9 = 45,00 CVT = 45 X 2.000 (+) CF. (=)CT.

.90.000

..21.600 111.600

79,52 - 17% = 66,00 66,00 X 2.000 = 132.000 (PVU) Lucro = 132.000 - 111.600 = 20.400 Resposta: B Questão 21 Inicialmente vamos resolver a questão pelo método do custeio por absorção: O Custo variável Unitário (CVU) é de 20,00. Logo, o Custo Variável total (CV): CV = 2 0 X 6 0 0 = 12.000 O custo total é a soma do custo fixo com o custo variável: 12.000 + 18.000 = 30.000 Logo, o custo unitário é: 30.000/600 = 50 Assim: Estoque Final (EF) = 50 X 200 = 10.000 Custo do Produto Vendido (CPV) = 50 X 400 - 20.000 A D.R.E. ficaria: Vendas.................................. 48.000 (-) CPV................................. (20.000) (=) Resultado Bruto............... 28.000 (-) Despesas Variáveis.............. (800) (=) Lucro..................................27.200 Pelo Custeio Variável, os custos fixos são tratados como despesas. O custo de produção é o custo variável (12.000) O custo unitário é de R$20,00 (12.000/600) CPV = 4 0 0 X 2 0 = 8.000 EF = 200 X 20 = 4.000 A D.R.E. ficaria: Vendas..................................................... 48.000 .(8.000) (-) CPV......................... (-) Despesas Variáveis, .(800) Bernardo Cherman

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

(=) Margem de Contribuição. (-) Custos Fixos....................... (=) Lucro..................................

...39.200 .(18.000) ... 21.200

Resposta: C Questão 22 Basta calcularmos a Margem de Contribuição. A Receita Bruta de Vendas é de R$84.000 (1200 X 70) Os custos e despesas variáveis: Matéria-Prima.......... ........................38.400 (32 X 1.200) Mão de Obra Direta........................ 28.800 (24 X 1.200) Custo Indireto Variável..................... 9.600 (8 X 1.200) Total........................................................................ 76.800 Às despesas variáveis são de 4.200 (5% x 84.000) Assim, podemos calcular a Margem de Contribuição: Vendas.........................................................................84.000 (-) Custos Variáveis................................................. (76.800) (~) Despesas Variáveis.............................................. (4.200) (=) Margem de Contribuição..................................... 3.000 Resposta: D Questão 23 Alternativa a: Afirmativa correta. O custo fixo independe da quantidade produzida. O custo fixo unitário é inversamente proporcional à quantidade produzida. Alternativa b: Afirmativa errada. A primeira afirmativa está correta, entre­ tanto, os custos fixos não são estocados, e sim tratados como despesas. Alternativa c: Afirmativa errada. No ponto de equilíbrio o lucro é igual a zero. O custo fixo apresentará determinado valor. Alternativa d: Afirmativa errada. A característica básica do custeio por absorção é a separação entre custos e despesas. A afirmativa é absurda. Alternativa e: Afirmativa errada. O ponto de equilíbrio corresponde ao nível de atividade em que a Margem de Contribuição (diferença entre vendas e custos variáveis) é igual aos custos fixos. Resposta: A

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Capítulo 8

Contabilidade de Custos

Questão 24 CVU = 200.000/800 = 250 A nova produção é de: Produção = 800 + (40% x 800) = 1.120 unidades CV = 250 x 1.120 = 280.000 CT = CF + CV = 120.000 + 280.000 = 400.000 CTU = 400.000/1.120 = 357,14 Resposta: B Questão 25 Q.eq. = CF/MCU MCU = 5 - 4,2 = 0,8. Q.eq. = 20.000/0,8 = 25.000 Resposta: E Questão 26 A MCU s PVU - CVU MCU = 4,20 - 2,80 = 1,4 Afirmativa errada Questão 27 Q = CF/ MCU Q = 320.000/1,4 = 228.571 unidades. Afirmativa certa. Questão 28 Um crescimento de 20% nas vendas significa que a quantidade vendida vai para 420.000 unidades (350.000 x 20% = 70.000). A questão caberia recurso, já que a capacidade máxima de produção da empresa é de 400.000 unidades, conforme o enunciado Com um crescimento de 10% nas despesas, o CVU vai para 3,08 e os custos fixos são 320.000 (não variam). O Custo Variável (total) é de 1.293.600 (3,08 x 420.000).

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

As vendas totais são de 1.764.000 (420.000 x 4,20). Assim, a D.R.E. ficaria: Vendas (-) Custos e Despesas Variáveis (=0 Margem de Contribuição (-) Custos e Despesas Fixos (=) Lucro

1.764.000 (1.293.000) 471.000 (320.000) 151.000

Afirmativa Correta (com a ressalva para a capacidade máxima de produção). Questão 29 Vamos calcular a situação inicial (venda de 350.000 unidades): Vendas = 4,20 x 350.000 = 1.470.000 CV = 2,80 x 350.000 = 980.000 A D.R.E. ficaria: Vendas (-) Custos e Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição (~) Custos e Despesas Fixos (=) Lucro

1.470.000 (980.000) 490.000 (320.000) 170.000

Com o aumento da produção, os custos fixos unitários vão cair para 0,8 (320.000/400.000). Assim, para a venda das 350.000 unidades, o custo fixo total é de: 350.000 x 0,8 = 280.000 A D.R.E. para a venda destas 350.000 unidades é: Vendas (-) Custos e Despesas Variáveis (~) Margem de Contribuição (-) Custos e Despesas Fixos (=) Lucro '

1.470.000 (980.000) 490.000 (280.000) 210.000

Para a venda das 50.000 unidades restantes temos: Venda = 3 x 50.000 = 150.000 CV = 2,8 x 50.000 = 140.000 161

Capítulo 8

Contabilidade de Custos

CF = 0,8 x 50.000 = 40.000 A D.R.E. para as 50.000 unidades restantes é: 150.000 (140.000) 10.000 (40.000) (30.000)

Vendas (-) Custos e Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição (-) Custos e Despesas Fixos (=) Prejuízo

Logo, no segundo caso teremos um lucro global de 180.000 (210.000 30.000), maior que a situação inicial (170.000). Obs.: Poderíamos ter calculado o lucro global diretamente considerando as vendas de 400.000 unidades, chegando ao mesmo resultado 1.620.000

Vendas (1.470.000 +150.000) (-) Custos e Despesas Variáveis (2,8 x 400.000) (=) Margem de Contribuição (-) Custos e Despesas Fixos (=) Lucro

(1.120.000) 500.000 (320.000) 180.000

Afirmativa correta. Questão 30 A característica principal do custeio variável é que os custos fixos são considerados despesa independente da produção. Compõem o custo do produto somente os custos variáveis. Este procedimento não coaduna com o princípio da competência ou com a legislação tributária. Para efeito tributário, o único método de custeio aceito é o custeio por absorção. Afirmativa errada. Questão 31 Afirmativa errada. O aumento da produção reduz o custo de fabricação devido à diluição dos custos fixos. Os custos fixos unitários diminuem com o aumento da produção. Entende-se por empresa intensiva em custos fixos aquela que contém custos fixos de valor elevado.

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Custeio variável: diferenças entre custeio variáve! e por absorção

Questão 32 Afirmativa correta. A D.R.E. de uma empresa que utiliza o sistema de custeio variável é: Vendas (-) Custos e Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição (-) Custos e Despesas Fixos (=) Lucro Observe que caso a Margem de Contribuição se iguale aos custos e despesas fixos, o lucro é zero. Questão 33 Q.eq. = CF/MCU onde MCU = PVU - CVU Q.eq. = 100.000/(2 - 0,2) = 55.555 Afirmativa correta. Questão 34 A lucratividade é dada pela fórmula Lucro/Vendas. Aumentando-se o volume produzido e vendido até o limite máximo, mantendo-se constantes os demais fatores, a lucratividade alteraria. Afirmativa errada. Questão 35 MCU = 1,5 - 0,2 = 1,3. Afirmativa errada. Questão 36 Pode-se entender por custo de capacidade aquele que é invariável (custo fixo) com a capacidade de produção. A afirmativa está correta. A segunda afir­ mativa também está correta. Matéria-prima e mão de obra são custos variáveis. Afirmativa correta. Questão 37 O custo fixo unitário diminui com o aumento da produção. Afirmativa errada.

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Capítulo 8

Contabilidade de Custos

Questão 38 A diferença no lucro líquido corresponde à diferença entre os estoques finais de produtos acabados. EF absorção - EF variável = 3.750. Este valor corresponde aos custos fixos lançados nas unidades não vendidas. Não foram vendidas 2.000 unidades. Logo: CFU = 3.750/2.000 = 1,875 (custo fixo unitário). CF = 8.000x1,875 = 15.000. CV = 0,4 V. Elaborando a D.R.E.,,podemos encontrar o preço de yenda e os custos variáveis: Vendas (-) Custos Variáveis (CV) (-) Custos Fixos (CF) (=) Lucro

V (0,4 V) 15.000 345.000

Logo: V - 0,4 V - 15.000 = 345.000 0,6V = 360.000 V = 600.000 Como foram vendidas 6.000 unidades, V = 600.000/6.000 = 100. Logo, CV = 0,4 x 100 = 40. Observe que a FCC foi generosa nesta questão. Sabendo-se que o custo variável corresponde a 40% das vendas (dado no problema), a única opção em que o segundo valor corresponde a 40% do primeiro é a alternativa a. Resposta: A Questão 39 Inicialmente vamos calcular o custo dos produtos vendidos (CPV) pela fórmula: LB = V - CPV 48.620 = 92.000 - CPV PV = 43.380. O custo de produção pode ser assim calculado:

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Custeio variável: diferenças entre custeio variável e por absorção

(+) Materiais Diretos Consumidos (+) Mão de Obra Direta (+) Depreciação dos equipamentos na área de produção (+) Mão de obra Indireta (+) Energia elétrica consumida na área de produção (+) Outros custos indiretos (-) Custo de Produção do Período

16.320 9.800 3.460 6.600 2.900 4.300 43.380

O valor do custo de produção é o mesmo valor calculado acima. Logo, o saldo final de Produtos em Elaboração é nulo. Afirmativa correta. Questão 40 Nesta questão não é necessário fazer cálculos. Quando o estoque final é zero, o lucro operacional ou líquido no custeio por absorção ou custeio variável apresenta o mesmo valor. Afirmativa correta. Questão 41 Calculando a margem de Contribuição: Vendas (-) Custos e Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição

92.000 (32.140) 59.860

Afirmativa errada. Questão 42 O ponto A representa o custo fixo. A visualização está mais clara no gráfico da parte teórica, pois na questão dada o examinador não desenhou a reta. Resposta: B Questão 43 A área B é a área de lucro, conforme explicado na parte teórica. Resposta: C

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Capítulo 8

Contabilidade de Custos

Questão 44 O ponto O é o ponto de equilíbrio onde o lucro é igual a zero. Resposta: D Questão 45 Um aumento no custo da matéria-prima fará com que a curva se torne mais inclinada (rotação no sentido anti-horário). A reta continua partindo do ponto A. Ela não se move (alternativa C). Para que isso ocorra (a reta mover), o custo fixo total deve aumentar ou diminuir. Resposta: A Questão 46 Para que o ponto de interseção das retas se dê mais próximo da origem, mantendo-se a receita, é necessário que os custos totais ou os custos fixos di­ minuam. Resposta: E Questão 47 Afirmativa correta. Quando a quantidade produzida é superior à vendida, significa um aumento nos estoques finais do período. No custeio variável (ou direto) os custos e despesas fixos, independentes da venda dos produtos, são considerados despesas do período, logo, serão maiores no custeio direto. Com relação ao lucro, como demonstrado na parte teórica, será maior no custeio por absorção, proporcional ao estoque final (maior estoque final, maior lucro no custeio por absorção em relação ao custeio variável).

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Capítulo 9

Custeio variável: margem de segurança, ponto de equilíbrio econômico, ponto de equilíbrio financeiro, limitações na capacidade de produção, relação custo, volume e lucro 9.1. Margem de segurança A margem de segurança informa quão próximo ao ponto de equilíbrio a empresa está operando, isto é, quanto as vendas podem cair sem que a empresa opere com prejuízo. A margem de segurança é dada pela fórmula: M.S. = _________ % Lucro__________ ou % Margem de Contribuição M.S. = Lucro Margem de Contribuição Exemplo: Dados: Vendas...................................................................................................... 1.200 (~) Custos e Despesas Variáveis................ ........................................... (700) (=) Margem de Contribuição................................................................. 500 (-) Custos e Despesas Fixos................................................................... (400) (=) Lucro..................................................................................................... 100 Calcular a margem de segurança Resolução Utilizando a Ia fórmula: 1.200 — 100%

500 — X = 41,67%

1.200 — 100% 100 — X = 8,33% M.S. = 833 = 20% 41,67 167

Contabilidade de Custos

Utilizando a 2a fórmula: M.S. = 100 = 20% 500 Assim, a empresa pode perder 20% de suas vendas (20% x 1.200 = 240) sem que passe a operar no prejuízo.

9.2. Ponto de equilíbrio econômico Uma empresa se encontra no ponto de equilíbrio econômico quando o lucro contábil representa um valor igual ao que a empresa iria apurar se aplicasse o seu patrimônio líquido no mercado financeiro. É o retorno mínimo desejado pela empresa. Exemplo: Uma empresa apresenta, ao final do período, um patrimônio líquido de 100.000. O lucro líquido contábil apurado foi de 6.000. Assim, se o mercado financeiro oferecesse uma remuneração de 6%, a em­ presa estaria operando no ponto de equilíbrio econômico, pois 6% x 100.000 = = 6.000, que é o lucro do exercício. Se a remuneração do mercado fosse 8%, por exemplo, a empresa estaria operando abaixo do ponto de equilíbrio econômico (e acima do ponto de equi­ líbrio contábil). Nesse caso, é preferível a empresa aplicar no mercado financeiro a aplicar na produção. 9.3. Ponto de equilíbrio financeiro Uma empresa está operando no ponto de equilíbrio financeiro quando apresenta as entradas de numerários exatamente iguais às saídas. Assim, a variação das contas caixas/bancos em um determinado período é zero. A importância do ponto de equilíbrio financeiro é mais a nível gerencial, ajudando a administração sobre investimentos, planejamento etc.

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Custeio variável

Se considerarmos: PEC = Ponto de Equilíbrio Contábil PEE = Ponto de Equilíbrio Econômico PEF = Ponto de Equilíbrio Financeiro Podemos dizer, regra geral, que: PEE > PEC > PEF Exemplo: Uma empresa tem a seguinte estrutura de custos: Custos Variáveis Unitários (CVU) - R$3.000/u. Custos Fixos (CF) = 2.000.000/ano. Preço de Venda Unitário (PVU) = R$4.000/u 1 - Calcular o ponto de equilíbrio contábil. Q.eq. = CF/(PVU - CVU) = 2.000.000/1.000 = 2.000u/a. P.eq.= Q.eq. x PVU = 2.000 x 4.000 = R$8.000.000. 2 - Se o mercado financeiro rende juros de 10% ao ano e o Patrimônio Lí­ quido da empresa é de R$5.000.000, calcular o ponto de equilíbrio econômico. O lucro mínimo desejável nessa situação é de 10% x 5.000.000 = 500.000. Logo, o ponto de equilíbrio econômico seria calculado como se segue: Q.eq. Econômico = (CF + lucro desejável mínimo)/MCU Q.eq. Econômico = 2.500.000/1.000 = 2.500 u/a. PEqe. = 2.500 x 4.000 = 10.000.000/ano 3 - Se nos custos fixos houvesse uma depreciação no valor de 50.000 e uma amortização de 50.000, calcular ponto de equilíbrio financeiro. Q.eq. Financeiro= (2.000.000 - 100.000)/1.000 = 1.900 u/a PEqf. = 1.900 x 4.000 = 7.600.000 Observe que nesse nível a empresa estará conseguindo se equilibrar finan­ ceiramente, mas estará operando com prejuízo. 4 - Se o volume de vendas for de 2.200 unidades, calcular o resultado contábil, econômico e financeiro. Considerando o resultado contábil, nessa situação, a empresa estará ope­

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Capítulo 9

Contabilidade de Custos

rando com 200 unidades acima do ponto de equilíbrio contábil, logo o lucro será de 200 unidades multiplicadas pela margem de contribuição unitária. Atenção: O lucro é sempre a quantidade produzida acima do ponto de equilíbrio multiplicado pela Margem de Contribuição Unitária. Resultado Contábil: 200 x 1.000 = 200.000. Considerando o resultado econômico, a empresa estará operando com 500 unidades abaixo do ponto de equilíbrio econômico. Logo, terá um prejuízo: Resultado Econômico: 500 x 1.000 = (500.000) Para o resultado financeiro, a empresa estará operando com 300 unidades acima do ponto de equilíbrio financeiro: Resultado Financeiro: 300 x 1.000 = 300.000 9.4. Limitações na capacidade de produção Se uma empresa produz vários produtos, o mais lucrativo é o que apresenta a maior Margem de Contribuição Unitária se não houver limitação na capacidade de produção. São vários os tipos de limitações. Por exemplo: ♦ Racionamento de energia elétrica: o que inviabiliza a produção; ♦ Limitações físicas: a Companhia não tem mais como produzir ou arma­ zenar a produção; ♦ Limitações impostas de ordem política etc. Exemplo 1 A Cia Caixões e Colchões produz dois tipos de colchões com as seguintes características (supor que toda a produção é vendida) Preço de Venda Modelo A Modelo B

400,00 200,00

Custo Variável Total 250,00 100,00

Margem de Contribuição Unitária (MCU) 150,00 100,00

Produção 2.000 u 3.000 u

Observe que se não houver nenhuma limitação na capacidade produtiva, a Cia tenderá, sempre que possível, a forçar a venda do produto que oferece a maior Margem de Contribuição Unitária, no caso, o produto A. Dados Técnicos: O Modelo A é formado por duas camadas de espuma e o Modelo B, por apenas uma. Bernardo Cherman

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Custeio variável

Suponhamos que por um problema mercadológico haja um problema sério para a obtenção de espuma e a Cia consiga uma quantidade insuficiente desta matéria-prima; somente o bastante para 1.000 camadas. Pergunta-se: Para maximizar o lucro, vale a pena reduzir (ou interromper) a produção de qual modelo de colchão? Resolução Para responder, basta calcularmos a Margem de Contribuição. Com esta limitação produtiva, a Cia pode fabricar no máximo 500 unidades do modelo A, ou 1.000 unidades do modelo B. Assim teremos: Margem de Contribuição do Modelo A = 500 u x 150 = 75.000. Margem de Contribuição do Modelo B = 1.000 u x 100 = 100.000. Observe que com esta limitação é preferível para a Cia. produzir o Modelo B ao Modelo A (sem a limitação, seria o contrário). Importante: O fator determinante, quando houver limitação de produção, é a relação entre a Margem de Contribuição Unitária e o fator limitante. No nosso caso, o fator limitante é a camada de espuma. Assim, teremos: Modelo A: 150 (MCU) /2 (número de camadas) = 75 Modelo B: 100 / 1 = 100 O Modelo B apresenta maior Margem de Contribuição Unitária por fator determinante. Logo, é o mais rentável. Podemos dizer que: Se não houver limitação na capacidade produtiva, o produto que apresentar a maior Margem de Contribuição Unitária será o mais rentável. Se houver limitação na capacidade produtiva, o produto que apresentar a maior relação entre a Margem de Contribuição Unitária e o fator de limitação será o mais rentável. Exemplo 2 A Cia Assassinato em Massa produz quatro modelos de bombas. São da­ das a Margem de Contribuição Unitária e as horas-máquina para a produção de cada modelo.

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Capítulo 9

Contabilidade de Custos

Modelo A Modelo B Modelo C Modelo D

Margem de Contribuição Unitária 6.000 2.000 2.990 4.400

Horas-Máquina 30 8 13 20

Com a previsão otimista de novas guerras no Oriente, a Empresa programase para um aumento drástico na produção. Após o estudo, concluiu-se que a Cia precisaria de 100.000 horas-máquinas para atender à nova demanda. Entretanto, sua capacidade produtiva máxima é de 92.000 horas-máquina. Com base nestes dados, qual dos modelos deverá ser desativado de modo que a Empresa maximize seus lucros? Resolução Devemos calcular a relação Margem de Contribuição Unitária por horasmáquina (que é o fator de limitação) Modelo A: 6.000 / 30 = 200 Modelo B: 2.000 /08 = 250 Modelo C: 2.990 / 13 = 230 Modelo D: 4.400 /20 = 220 Verificamos, de acordo com os cálculos acima, que a Cia deveria desativar (ou diminuir a produção), inicialmente, a produção de A, a seguir, o modelo D, C, e em último lugar, o modelo B (que é o mais rentável dada a limitação). Observe que sem limitação o modelo mais rentável é o modelo A (a seguir D, C e B). 9.5. Relação custo volume e lucro Nesta seção estudaremos o que ocorre com o ponto de equilíbrio ao va­ riarmos os custos e despesas fixos, os custos variáveis e o preço de venda. 9.5.1. Alterações nos custos e despesas fixos Suponhamos que uma empresa apresente os seguintes dados: PV = $1.500 CV = $1.000 CF = $600.000

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Custeio variável

O Ponto de Equilíbrio é de: Q = 600.000/500 = 1.200 unidades ou 1.200 x 1.500 = $1.800.000 Se houver um aumento de 40% nos custos fixos (de 600.000 para 840.000), o novo ponto de equilíbrio seria: Q = 840.000/500 = 1.680 ou 1.680 x 1.500 = $2.520.000 Observe que 1.200 + (40% x 1.200) = 1.680 Assim, um aumento de 40% nos custos e despesas fixos acarretou um aumento de 40% no ponto de equilíbrio. Podemos dizer que cada 1% de aumento nos custos e despesas fixos cor­ responde, sempre, a 1% de aumento no ponto de equilíbrio. Podemos escrever que: PEf - PEi + PEi. y% PEf = Ponto de Equilíbrio Final; PEi = Ponto de Equilíbrio Inicial. Obviamente, se a empresa estiver operando com lucro, um aumento nos custos fixos acarretará uma diminuição do lucro. Se a empresa quiser continuar operando como o mesmo percentual dos lucros, deverá aumentar suas vendas neste mesmo percentual. 9.5.2. Alterações nos custos e despesas variáveis Suponha uma empresa com os mesmos dados da empresa anterior: PV = $1.500 CV = $1.000 CF = $600.000 MCU = 500 Q = 1.200 u. Suponha um aumento de 40% nos custos variáveis (CV = 1.400) A nova margem de contribuição unitária (MCU) seria de 100 (1.500 1.400). Logo, Q = 600.000/100. Q = 6.000. Ocorreu um aumento de 400% no ponto de equilíbrio!

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Capítulo 9

Contabilidade de Custos

O novo ponto de Equilíbrio é igual ao anterior mais o quanto a Margem de Contribuição unitária anterior era percentualmente maior que a atual. Podemos escrever: PEf = P E i. MCUi MCUf PEf = Ponto de Equilíbrio Final PEi = Ponto de Equilíbrio Inicial MCUi = Margem de Contribuição Unitária Inicial MCUf = Margem de Contribuição Unitária Final No nosso caso: PEf = 1.200 . 500 = 6.000 100

9.5.3. Alteração no preço de venda A alteração no ponto de equilíbrio, dada a alteração do preço de venda, terá a mesma relação dada no tópico anterior: PEf = P E i. MCUi MCUf No nosso exemplo, se houver um aumento de 20% no preço de venda (1.500 para 1.800), a nova margem de contribuição será de: MCUf = 1.800 -1.000 = 800 Logo, o novo ponto de equilíbrio é de: PEf = 1.200 . 500 = 750 800

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Custeio variável

01) (Simulado/2008) Em uma empresa industrial cujo custo fixo é de $2.400.000, foram incorridos $6.000.000 de custos variáveis totais para a realização de vendas no valor de $9.000.000. Indique o ponto de equilíbrio dessa empresa: a) $7.200.000 b) $3.000.000 c) $6.000.000 d) $6.600.000 e) $8.400.000 (FTE-MG/Esaf/2005) Com base nas informações abaixo, resolva as questões de números 2 a 4. A Indústria de Ferro e Ferragem, fabricante do produto x, possuía a seguinte es­ trutura de custos e despesas em 20x4: Estrutura de Custos em R$ Custos Fixos 12.000.000/ano Custos Variáveis 1.200/unidade Estrutura de Despesas em R$ Despesas Fixas 3.000.000/ano Despesas Variáveis 600/unidade O mercado no qual atua valida o preço de venda de R$3.800/unidade, o que pro­ porcionou a obtenção de uma receita total de R$39.900.000 em 20x4. 02) (FTE-MG/Esaf/2005) Conforme as informações dadas, pode-se afirmar que a) o lucro obtido pela empresa, no período de 20x4, foi na ordem de R$ 11.299.000. b) para que a empresa não tivesse prejuízo em 20x4, deveria vender pelo menos 7.301 unidades. c) se a empresa vendesse 7.550 unidades, o resultado obtido seria nulo. d) no ano de 20x4 essa empresa teria equilíbrio no resultado se vendesse 7.800 unidades. e) a empresa vendeu 3.000 unidades acima de seu ponto de equilíbrio em 20x4. 03) (FTE-MG/Esaf/2005) O valor da margem de contribuição da empresa é: a) R$2.000 b) R$2.500 c) R$3.000 d) R$3.500 e) R$3.800

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Capítulo 9

Contabilidade de Custos

04)

(FTE-MG/Esaf/2005) Nas condições dos dados fornecidos, o percentual de margem de segurança é: a) 18,5% b) 20,7% c) 28,6% d) 36,8% e) 38>2%

05)

(Contador/2004) Uma empresa fabrica três produtos: produto A, produto B e produto C> com os seguintes preços, custos diretos e consumo de matéria-prima unitária: Produto

Preço

Custos Diretos

A B C

R$300,00 R$270,00 R$200,00

R$150,00 R$170,00 R$110,00

Matéria-prima consumida 5 Kg 4 kg 2kg

A mesma matéria-prima é utilizada na fabricação dos três produtos. Numa situação de restrição de quantidade de matéria-prima, para que a empresa tenha o maior lucro possível, os produtos que deverão ter suas produções e vendas priorizadas são: a) a, b, c b) b>c, a c) c, a, b d) b, a, c e) c, b, a 06) (TSE/Esaf/2006) Para planejar o volume adequado de produção de seu negócio, um pequeno empresário verificou que seus custos fixos eram de R$ 80.000,00, o custo unitário variável, R$120,00, e a unidade de seu produto era vendida a R$ 200,00. Para obter um lucro de R$20.000,00, esse pequeno empresário deverá produzir e vender a) 1.250 unidades b) 1.000 unidades c) 500 unidades d) 400 unidades e) 600 unidades 07) (FTE/AC/Esaf/2006) No estudo do ponto de equilíbrio, é relevante analisar a margem de segurança. Considerando que uma indústria tenha uma capacidade instalada para a produção de 2.500 unidades de determinado produto, que o ponto de equi­

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Custeio variável

líbrio corresponda a 2.000 unidades e que a margem de contribuição unitária seja de R$100,00, assinale a opção correta. a) A margem de segurança da empresa é de 25% de sua capacidade de produção. b) A empresa apresenta uma margem de segurança de R$25,00 por unidade. c) A margem de segurança, em termos relativos, é de 20%. d) A empresa pode ter um lucro total de R$250.000,00 se utilizar toda a sua ca­ pacidade instalada. 08) (Esaex/2002) Para determinar a quantidade a ser produzida no ponto de equilí­ brio, considere a hipótese de um bem cujo preço unitário de venda é R$60,00 e o custo unitário variável, R$20,00, sendo o custo fixo de R$120.000,00. Considere também que o lucro desejado seja de R$20.000,00. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) A margem de contribuição unitária é de R$120.000,00. b) Para não haver lucro nem prejuízo, deverão ser produzidas e vendidas 2.000 unidades. c) A receita total no ponto de equilíbrio é de R$210.000,00. d) Para que seja alcançado o lucro desejado, deverão ser produzidas e vendidas 3.500 unidades. 09) (Esaex/2002) A Empresa Tempo Bom é fabricante de 3 modelos diferentes (W, K e Y) de barracas de camping, possui um minucioso controle de custos, e tem a sua produção limitada em função da quantidade de horas-máquinas. Observe no quadro abaixo a capacidade de produção da empresa, as margens de contribuição por hora de cada produto, o tempo de fabricação de cada produto e a pesquisa de mercado que apontou as quantidades que os consumidores estão dispostos a consumir. 12.900 Capacidade de produção da empresa em horas-máquina Margem de Demanda Indicada Horas/ Contribuição Produtos na Pesquisa unidade Unitária 2,00 Barraca W 1.500 340,00 Barraca K 2.000 • 245,00 2,5 4,00 Barraca Y 1.600 448,00 Qual a quantidade de cada barraca que deverá ser produzida pela empresa para que o lucro possa ser maximizado. Pelo Gabarito: (W=1500; K=1400 e Y-1600) a) W-1500; K=1400 E Y-1600; b) W=750; K=2000 E Y-1600; c) W=1200; K=2000 E Y=1500; d) W=1500; K=1400 E Y-1225; e) W= 1200; K=2000 E Y=1500. 177

Capítulo 9

Contabilidade de Custos

Dados (Auditor-ES/Cespe- UnB/2005)

Preço de venda unitário Custo variável unitário Tributos sobre lucro Tributos sobre receita Despesas fixas Custos fixos

R$520,00 R$150,00 24% 13% R$5.800,00 R$8.500,00

Capacidade produtiva 10.000 unidades Considerando a tabela acima, julgue os itens seguintes, segundo as especificidades do custeio variável. 10) (ES/Cespe- UnB/2005) Na estrutura de custos apresentada, ao estabelecer um lucro esperado de R$ 50.000,00, a empresa terá de comercializar menos de 3% de sua capacidade produtiva total. 11) (ES/Cespe-UnB/2005) O ponto de equilíbrio contábil, considerando os tributos, proporcionará produção/venda inferior a 50 unidades. 12) (ES/Cespe-UnB/2005) A redução do imposto sobre o lucro, na ordem de 5%, pro­ porcionará uma redução no ponto de equilíbrio contábil, na ordem de 3%, 13) (ES/Cespe-UnB/2005) O acréscimo nos custos variáveis, na ordem de 12%, pro­ porcionará um acréscimo de 10% na quantidade a ser produzida/vendida para obtenção do ponto de equilíbrio. 14) (ES/Cespe-UnB/2005) O valor dos custos e despesas fixos será apropriado ao resul­ tado na proporção da venda das mercadorias. 15) (ES/Cespe-UnB/2005) Ao se incrementar 20% no valor do preço de venda unitário, o ponto de equilíbrio contábil sofrerá redução na quantidade a ser produzida/vendida. (Analista-DF/Cespe-UnB/2005) Acerca da relação custo~volume~lucro> julgue os itens a seguir. 16) Um acréscimo no preço de venda unitário proporcionará um acréscimo ao ponto de equilíbrio contábil. Tal situação ocorre porque as grandezas citadas são dire­ tamente proporcionais. 17) Ao se estabelecer o ponto de equilíbrio, é possível simular as situações de acréscimo/ decréscimo dos insumos. Essa simulação é útil para o estabelecimento de metas e análise prospectiva. Bernardo Cherman

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Custeio variável

18) Um decréscimo de 20% nos custos indiretos proporcionará um acréscimo de 20% no ponto de equilíbrio contábil, 19) (DF/Cespe-UnB/2005) Considere que, ao se elaborar o gráfico da análise do pon­ to de equilíbrio, constatou-se que o ponto de vendas estava abaixo do ponto de equilíbrio econômico e acima do ponto de equilíbrio contábil. Nessa situação, tal fato prova que a empresa está conseguindo vender o suficiente para cobrir seus custos indiretos de fabricação, mas não consegue cobrir o custo de oportunidade do capital empregado. 20) (DF/2005) Caso a empresa não utilize o intervalo de signiíicância, os valores ob­ tidos no ponto de equilíbrio contábil serão equivalentes ao ponto de equilíbrio financeiro e econômico. 21) (Petrobras/Cespe-UnB/2004) Nas decisões de precificação de dentro para fora, o ponto de partida é o custo do bem ou serviço, apurado de acordo com um determi­ nado critério de custeio, agregando-se a esse custo o markup, que consiste apenas em uma margem exatamente igual ao lucro desejado pelos administradores. 22) (Petrobras/Cespe- UnB/2004) Estruturas diferenciadas em termos de composição de custos e despesas, fixos e variáveis, provocam diferentes condições de resistências e oscilações nos volumes e preços de venda. 23) (Petrobras/Cespe-UnB/2004) Mesmo que a empresa tenha um mix composto por diversos e diferentes produtos, com margens de contribuição e(ou) percentuais de contribuição sobre o preço de venda distintos, sempre é possível calcular o ponto de equilíbrio global suficiente para cobrir os custos e despesas fixos individualizados de todos os produtos e da empresa como um todo. 24) (Petrobras/Cespe-UnB/2004) Nos dois tipos de custeio, variável ou por absorção, o resultado será sempre igual ao ponto de equilíbrio calculado em função das relações entre o custo e o volume. 25) (FCC/2006) Para um ponto de equilíbrio financeiro de 2.000 unidades serão ne­ cessários, na seqüência, custos e despesas variáveis, custos e despesas fixas, preço unitário de venda, depreciação: (A) R$700,00 unitário; R$4.000.000,00; R$1.200,00 unitário; R$800.000,00. (B) R$725,00 unitário; R$2.500.000,00; R$1.500,00 unitário; R$950.000,00: (C) R$650,00 unitário; R$3.900.000,00; R$1.225,00 unitário; R$625.000,00. (D) R$600,00 unitário; R$2.600.000,00; R$1.350,00 unitário; R$750.000,00. (E) R$750,00 unitário; R$1.400.000,00; R$1.050,00 unitário; R$845.000,00.

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Capítulo 9

Contabilidade de Custos

26) (MPOG/Esaf/2003) No exercício inicial, a Indústria Industrial S.A. sofreu prejuízo líquido de R$8.000,00, decorrente de receita líquida de R$80.000,00; despesas fixas de R$40.000»00; além das despesas variáveis. O gerente de produção acredita que um aumento de R$20.000,00 nas despesas de propaganda elevaria as vendas a ponto de se alcançar lucro. O plano foi aprovado pela Direção da empresa e posto em prática. Nesta hipótese, para conseguir um lucro líquido deR$ 4.000,00 a empresa deverá alcançar um volume de vendas no valor de a) R$92.000,00 b) R$100.000,00 c) R$112.000,00 d) R$150.000,00 e) R$160.000,00 (Petrobras/Cespe-UnB/2001) Dados: Capacidade de produção, em unidades, 500.000 Nível de produção atual: 300.000 Custo unitário variável (mão de obra e matéria-prima): R$2,35 Custo fixo total mensal: R$300.000,00 Preço de venda líquido de tributos: R$4,00 Considerando os dados apresentados no quadro acima, referentes a uma empresa que tem um único produto em linha de produção, julgue os itens a seguir. 27) Aumentando a sua produção até o limite da capacidade instalada (500.000 uni­ dades) e mantendo o preço atual, o lucro bruto da companhia seria elevado para um valor superior a R$520.000,00. 28) Caso as 200.000 unidades adicionais fossem vendidas a R$2,50, não haveria au­ mento do lucro bruto da companhia, em relação à situação inicial. 29) O preço de venda de equilíbrio (lucro bruto igual a zero), utilizando a capacidade total, é igual a R$2,95. 30) Oponto deequilíbrio, aopreço devendadeR$4,00, estáentre 200.000 e 220.000 unidades. 31) A Cia Veloz é uma indústria automobilística e alcança o ponto de equilíbrio com a venda de 12 automóveis, conforme os dados que se seguem: Custo Fixo Custo Variável Unitário Preço de Venda

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R$18.000,00 R$1.500,00 R$3.000,00

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Uma redução de 20% no preço de venda representa um acréscimo no ponto de equilíbrio de: a) 2 automóveis b) 8 automóveis c) 10 automóveis d) 15 automóveis e) 20 automóveis 32) (Fiscal-RJ/FGV/2008) Determinada empresa industrial produz e vende somente três produtos diferentes: A, B e C, os quais são normalmente vendidos por R$10,00; R$15,00 e R$20,00, respectivamente: Os custos variáveis unitários dos produtos A, B e C costumam ser R$6,00; R$8,00 e R$ 15,00, respectivamente. A empresa ainda incorre em custos fixos de R$400,00 por mês; despesas fixas administrativas e de vendas no valor de R$350,00 por mês; comissão variável aos vendedores de 3% da receita auferida. O gerente da produção constatou, com o responsável pelo almoxarifado, que a matéria-prima X, comum aos três produtos, está com o estoque muito baixo - só se dispõe de 700kg desse recurso. Constatou-se, ainda, que só se dispõe de 6Okg da matéria-prima Y. O gerente da produção sabe que cada unidade do produto A consome 2kg da matéria-prima X; que cada unidade do produto B consome 3kg da matéria-prima X e que cada unidade do produto C consome 5kg da matéria-prima X, além de 4kg da matéria-prima Y (que é exclusiva do produto C). O gerente de produção verificou com a equipe de vendas que a demanda mensal pelos produtos da empresa tem se mantido em 220 unidades do produto A, 100 unidades do produto B e 150 do produto C. O gerente de produção procurou a equipe de compras e verificou que não é viável adquirir mais matérias-primas até o âm deste mês. Sabe-se que no almoxarifado há 45 unidades da mercadoria A e 78 unidades da mercadoria C prontas para serem vendidas, embora não haja qualquer unidade da mercadoria B. Para se maximizar o resultado da empresa neste período, devem ser produzidas, ainda este mês, das mercadorias A, B e C, respectivamente: a) zero unidade, 100 unidades e 150 unidades. b) 175 unidades, 100 unidades e 10 unidades. c) 175 unidades, 300 unidades e 72 unidades. d) 200 unidades, 100 unidades e zero unidade. e) 220 unidades, 100 unidades e 150 unidades.

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Contabilidade de Custos

33) (UFF/Imbel/2008) A empresa Geral Ltda. opera com a seguinte estrutura de des­ pesas como porcentagens das vendas: ICMS da Venda, 18%; PIS/COFINS, 4,65%; Comissões, 2,50%; Despesas administrativas, 6%. A empresa deseja um LAIR de 20%. Nesse caso, o multiplicador de markup que deverá ser praticado é: a) 0,4885. b) 0,515. c) 2,0470829. d) 3,0470829. e) 104%. Componente Custos Variáveis Unitários (CVU) Despesas Variáveis Unitárias (DVU) Custos Fixos Mensais (CF) Despesas Fixas ao Mês (incluindo R$8.000,00 de depreciação) Depreciação mensal fixa das máquinas Preço de Venda Unitário (PVU)

Valor (em R$) 2,10 1,70 13.250,00 21.440,00 6.200,00 12,00

Considere que as informações da tabela acima digam respeito a uma empresa cuja capacidade de produção mensal é de 10.000 unidades. Considere também que o imposto sobre a receita é de 10% e que o imposto sobre o lucro é de 20%. Com respeito à situação apresentada, julgue os itens de 34 a 37, acerca da utilização do custeio variável para o gerenciamento de empresas. 34) (DF/Cespe-UnB/Trans/2008) O ponto de equilíbrio contábil mensal é superior a 5.950 unidades. 35) (DF/Cespe-UnB/Trans/2008) O ponto de equilíbrio financeiro mensal é superior a 6.020 unidades. 36) (DF/Cespe-UnB/Trans/2008) Com a produção e venda de 8.200 unidades, o lucro após impostos é de R$13.208,00.C 37) (DF/Cespe- UnB/Trans/2008) Caso a empresa resolva aumentar em 10% suas ativi­ dades, além da produção máxima, mantendo a mesma estrutura de custos, o grau de alavancagem operacional será de 4,20. 38) (AnateVCespe- UnB/2009) Na análise de custo, volume e lucro, o ponto de equilíbrio varia de forma diretamente proporcional ao custo marginal de produção, se todas as demais variáveis permanecerem constantes.

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Custeio variável

Questão 1 A D.R.E. da Cia seria: Vendas (-) CV (=) MC (-) CF 0=) Lucro

9.000.000 (6.000.000) 3.000.000 (2.400.000) 600.000

O ponto de equilíbrio é o ponto onde o lucro é zero. Assim, devemos cal­ cular a margem de segurança que nos informa quanto, no caso, as vendas podem diminuir sem que a empresa opere com prejuízo. MS = Lucro/MC = 600.000/3.000.000 = 20% Assim, 9.000.000 - (20% x 9.000.000) = 7.200.000. Obs.: Diminuir 600.000 (lucro) das vendas é um procedimento errado, já que os custos variáveis são diretamente proporcionais à produção (uma dimi­ nuição nas vendas acarreta diminuição nos custos variáveis). Resposta: A Questão 2 Inicialmente vamos calcular quantas unidades a Cia vendeu em um ano: 39.900.000/3.800 = 10.500 unidades. Com os outros dados calculamos o total dos custos e despesas fixos e variáveis: CVU = 1.200, logo, CV = 1.200 x 10.500 = 12.600.000 Despesa variável unitária = 600 Despesa variável = 600 x 10.500 = 6.300.000 Assim: CV + DV = 12.600.000 + 6.300.000 = 18.900.000 CF + DF = 12.000.000 + 3.000.000 O ponto de equilíbrio é: Q = CF + DF = 12.000.000 + 3.000.000 = 7.500 unidades MCU 3.800 - (1200 + 600)

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Capítulo 9

Contabilidade de Custos

Calculando o Lucro: Vendas.................. ................ — (~) Custos e Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição. (-) Custos e Despesas Fixos... (=) Lucro.................................

.. 39.900.000 (18.900.000) ..

21.000.000

(15.000.000)

.... 6.000.000

Comentários das alternativas: a) O lucro obtido pela empresa é de 6.000.000. Alternativa errada. b) Para a empresa não ter prejuízo, ela deve vender pelo menos 7.500 unidades, como calculado acima (Q). Alternativa errada. c) Para o resultado ser nulo, a empresa deve vender 7.500 unidades. Alter­ nativa errada. d) Como já comentado, para a empresa não ter prejuízo, ela deve vender 7.500 unidades, que é o ponto de equilíbrio, Alternativa errada. e) A empresa vendeu 3.000 unidades acima do seu ponto de equilíbrio (10.500 - 7.500). Afirmativa correta. Resposta: E Questão 3 A questão pede a margem de contribuição. O valor da margem de con­ tribuição é de 21.000.000, como vimos anteriormente. Pelos baixos valores apresentados nas alternativas, conclui-se que o examinador quer a margem de contribuição unitária: 21. 000.000

=

2.000

10.500 Resposta: A Questão 4 A margem de segurança é dada pela fórmula: Lucro/Margem de Contri­ buição. Logo: 6.000.000 = 0,2857 = 28,57% 21 . 000.000

Resposta: C

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Custeio variável

Questão 5 Os produtos que deverão ter suas produções priorizadas são os que apre­ sentam a maior margem de contribuição dividido pelo fator limitante (no caso matéria-prima). Assim, teremos: Mca = 300 - 150 = 150; 150/5 = 30 Mcb = 270 - 170 = 100; 100/4 - 25 Mcc = 200 —110 —90; 90/2 =45 Resposta: C Questão 6 O ponto de equilíbrio é: Q = CF/MCU = 80.000/(200 - 120) = 1.000 unidades. Cada unidade vendida acima do ponto de equilíbrio nos dá um lucro cor­ respondente à margem de contribuição unitária (MCU). MCU = PVU - CVU = 200 -1 2 0 = 80. Como a empresa planeja obter um lucro de 20.000, deverão ser vendidas mais 250 unidades (20.000/80 = 250) acima do ponto de equilíbrio (1.000) Resposta: A Questão 7 MS = Lucro/MC • MC - 2.500 x 100 = 250.000 Lucro = 100 X 500 = 50.000 MS = 50.000/250.000 = 20% Observação: O lucro, na capacidade instalada, é de 50.000, como calcu­ lado acima. Resposta: C Questão 8 Alternativa a: MCU = (60 - 20) = 40. Alternativa errada. Alternativa b: Q.eq. - 120.000/40 - 3.000. Alternativa errada. Alternativa c: Receita = PVU x Q.eq. = 6 0 x 3.000 - 180.000. Alterna­ tiva errada. Alternativa d: 20.000/40 = 500 unidades acima do ponto de equilíbrio.

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Capítulo 9

Contabilidade de Custos

Logo, devem ser vendidas 3.500 unidades. Alternativa correta. Resposta: D Questão 9 Deve-se privilegiar o produto com maior margem de contribuição por hora/máquina, ou seja: Io - Produto W, com $170 de margem por hora. 2o - Produto Y, com $112 de margem por hora. 3o - Produto K, com $98 de margem por hora. Para se chegar ao número de barracas produzidas, devemos calcular o número de horas de produção de cada barraca: Total de horas na produção de W = 1500 x 2 = 3.000 Total de horas na produção de y: 1.600 x 4 = 6.400 Total de horas gastas para a produção das barracas: 6.400 + 3.000 = 9.000 12.900 - 9.400 = 3.500 (número de horas que sobraram para a produção de K). Logo, pode-se fabricar no máximo 1.400 barracas de K (3.500/2,5). Resposta: A Questão 10 Vamos calcular o lucro para uma venda de 300 unidades (3% x 10.000) V = 300 x 520 = 156.000 (preço de venda de 300 u) T = 156.000 x 13% = 20.280 (Tributos sobre a receita) VL = 156.000 - 20.280 = 135.720 (Vendas Líquidas) Despesas fixas + Custos Fixos = 14.300 CV = 150 x 300 = 45.000 (custo variável de 300 u) CT = 14.300 + 45.000 = 59.300 (Custo total de 300 u) L = 135.720 - 59.300 = 76.420 (lucro antes do tributo sobre o lucro) L = 76.420 - (24% x 76.420) = 58.079,20 Afirmativa Correta Questão 11 MCU = PVU -C V U PVU = 520 - (13% x 520). Logo, PVU = 452,4 (Preço de venda unitário líquido). Bernardo Cherman

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Logo, MCU = 452,4 - 150 = 302,4. (MCU antes do tributo sobre o lucro). MCU=302,4 - (24% x 302,4) = 230 (margem de contribuição unitária líquida). O ponto de equilíbrio é dado pela fórmula Q = CF/ MCU. Q = 14.300/230 = 62 Obs.: A questão apresenta impropriedade, pois aplicar o tributo sobre o iucro na MCU é procedimento condenável já que a MCU não representa o lucro. Afirmativa Errada. Questão 12 O tributo a ser aplicado sobre a MCU é agora de 19% (24% - 5%) MCU = 302,4 - (19% x 302,4) = 245 Q = 14.300/245 = 58. A redução foi de aproximadamente de 6,5% (4/62). Afirmativa errada Outra maneira de calcular é usando a fórmula: Qf = Qi x MCUi/MCUf Qf = 62 x 230/245 = 58. Questão 13 CVU = 150 + (12% x 150) = 168 MCU = 452,4 - 168 = 284,4 284,4 - (24% x 284,4) = 216 Q = 14.300/216 = 66 Logo, o acréscimo é, aproximadamente, 6% (4/62). Afirmativa errada Outra maneira de calcular é usar a fórmula dada acima. Qf = 62 x 230/216 = 66 Questão 14 No método do custeio variável, os custos e despesas fixos são apropriados ao resultado independente da venda, contrariando, especialmente, o princípio da competência. O método em que os custos e despesas fixos são apropriados ao resul­ tado na proporção das vendas das mercadorias é o método do custeio por absorção. Afirmativa errada

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Capítulo 9

Contabilidade de Custos

Questão 15 A quantidade de equilíbrio é dada pela fórmula Q = CF/ MCU MCU = PVU - CVU. Assim, aumentado-se PVU a MCU aumenta e a quantidade de equilíbrio diminui. Afirmativa correta Questão 16 Afirmativa errada. Um aumento no preço de venda acarreta uma dimi­ nuição no ponto de equilíbrio contábil. Questão 17 Afirmativa correta. Estabelecido o ponto de equilíbrio, através do estudo da relação custo-volume-lucro, podemos simular situações de modificação de qualquer uma destas variáveis. Questão 18 Afirmativa incorreta. Um decréscimo de 20% nos custos indiretos (custos fi­ xos) acarretará uma diminuição de 20% no ponto de equilíbrio (e não um aumento). Questão 19 Afirmativa correta. Se a empresa opera acima do ponto de equilíbrio contábil, significa que ela está operando com lucro contábil. Nesse ponto, a empresa consegue cobrir seus custos e despesas fixas (custos indiretos) e ainda há uma “sobra” (lucro). Se este ponto estiver abaixo do ponto de equilíbrio fi­ nanceiro, significa que a aplicação no mercado financeiro rende juros maiores que os lucros obtidos com a operação da empresa. Neste caso, não cobre o custo de oportunidade. Questão 20 Afirmativa errada. Intervalo de significância, no caso, seria o alcance do ponto de equilíbrio econômico ao ponto de equilíbrio financeiro (o ponto de equilíbrio contábil estaria entre os dois). Caso a empresa utilize o intervalo de significância, o estudo abrange esta área. Os três pontos estariam dentro desse intervalo. Se a empresa não utiliza este método, os pontos de equilíbrio são sempre diferentes.

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Custeio variável

Questão 21 Markup indica quanto do preço do produto está acima do seu custo de pro­ dução. Representa a quantia efetivamente cobrada para obter o preço de venda. Também conhecido como margem de lucro. A afirmativa está errada porque no markup há outros fatores, como os impostos. Questão 22 Afirmativa correta. No custeio variável temos o estudo da relação custo, volume e lucro, estudando o resultado de oscilação em qualquer uma destas variáveis. Questão 23 Não é possível calcular ponto de equilíbrio global, já que os custos e despesas variáveis são diferenciados para cada produto. Outra limitação é em relação aos custos e despesas fixos comuns aos produtos. Afirmativa errada Questão 24 Afirmativa errada. A relação entre custo e volume pode ser estudada no custeio variável No custeio por absorção esta relação é distorcida em função da produção e do estoque final de produtos. Questão 25 A fórmula para o cálculo do ponto de equilíbrio financeiro, no caso, é: Q.eq. = CF - Depreciação/(PVU ~ CVU) Nesta questão trabalhosa, devemos testar os valores dados nas opções até chegarmos na alternativa em que a quantidade de equilíbrio seja igual a 2.000: Alternativa a: Q = (4.000.000 - 800.000)/(1.200 - 700) Q = 3.199. Alternativa errada. Alternativa b: Q = (2.500.000 - 950.000)/(1.500 - 725) Q - 2.000. Alternativa correta. Com o mesmo raciocíniopode-se verificar que as outras alternativas estão erradas. Resposta: B

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Capítulo 9

Contabilidade de Custos

Questão 26 Uma empresa se encontra no ponto de equilíbrio contábil quando apresenta lucro contábil igual a zero. O examinador quer que o concursando pense da se­ guinte forma: o ponto de equilíbrio é de 88.000 (80.000 + 8.000). Para se chegar a um lucro de 4.000, a empresa gastou 20.000 de propaganda. Desta forma, o volume de vendas deve ser tal que ultrapasse 24.000 (20.000 + 4.000). Assim, o volume de vendas deve ser: 88.000 + 24.000 = 112.000. O raciocínio está errado. Na variação das vendas, há uma variação nos custos variáveis também. De acordo com os dados, se as despesas fixas somam 40.000, para termos um prejuízo de 8.000, as despesas variáveis devem somar 48.000. A D.R.E. atual é: Vendas (-) Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição (-) Despesas Fixas (=) Prejuízo

80.000 (48.000) 32.000 (40.000) (8.000)

Considerando a despesa fixa com propaganda (20.000), a D.R.E. ficaria: Vendas (-) Despesas Variáveis (=) Margem de Contribuição (MC) (-) Despesas Fixas (=) Prejuízo

80.000 (48.000) 32.000 (60.000) (28.000)

A margem de segurança (MS) informa quão próximo do ponto de equi­ líbrio a empresa está operando, isto é, quanto as vendas podem cair para que a empresa não opere com prejuízo ou quanto as vendas devem subir para se chegar ao ponto de equilíbrio (ou algum outro ponto de lucro ou prejuízo). No nosso problema, para que a empresa opere com lucro de 4.000, o valor do Prejuízo deve passar de (28.000) para um lucro de 4.000, isto é, o valor do prejuízo percorre 32.000. Assim, MS = Resultado/MC = 32.000/32.000 = 100%. Desta forma, as vendas devem aumentar 100%. Como as vendas são de 80.000, passam a ser de 160.000. Resposta: E

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Custeio variável

Questão 27 Observe que apesar da questão nos dar a notação do custeio variável, as questões utilizam o sistema de custeio por absorção. CV = 2,35 x 500.000 = 1.175.000 V = 4 x 500.000 = 2.000.000 D.R.E.: Vendas (-) c v (-) CF (=) LB

2.000.000 (1.175.000) (300.000) 525.000

Afirmativa correta Questão 28 Situação Inicial (venda de 300.000 unidades). CV = 2,35 x 300.000 = 705.000 CF = 300.000 CT = 1.005.000 V = 4 x 300.000 = 1.2000.000 Lucro = 195.000 Situação Final (venda de 300.000 unidades mais 200.000 unidades). Na venda das 300.000 unidades, teríamos (o custo fixo unitário alterou): CV = 2,35 x 300.000 = 705.000 CFu = 300.000/500.000 = 0,6 CF = 0,6 x 300.000 = 180.000 CT = 180.000 + 705.000 = 885.000 V = 4 x 300.000 = 1.200.000 Lucro = 1.200.000 - 885.000 = 315.000 Na venda das 200.000 unidades restantes: CV = 200.000 x 2,35 = 470.000 CF = 0,6 x 200.000 = 120.000 CT = 120.000 + 470.000 = 590.000 Vendas = 200.000 x 2,50 = 500.000 Prejuízo = 500.000 - 590.000 = (90.000) Pela venda das 500.000 unidades temos um lucro de 315.000 - 90.000 = 225.000.

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Capítulo 9

Contabilidade de Custos

Observe que mesmo vendendo as 200.000 unidades com prejuízo, o lucro total aumenta devido à diluição dos custos fixos. Afirmativa errada Questão 29 Para que o lucro bruto seja zero (utilizando a capacidade total de vendas da empresa, isto é, 500.000 unidades), as vendas devem cair para: 2.000.000 - 525.000 = 1.475.000 1.475.000/500.000 = 2,95 Alternativa, correta Questão 30 Fazendo a D.R.E. para a nova situação: Vendas (-)c v (-) CF (-) Lucro

4Q (2,35Q) (300.000) Zero

Logo, 4Q - 2,35Q - 300.000 = 0 Q = 181.818 Afirmativa errada Questão 31 Vamos aplicar a fórmula Peqf ~ Peqi x (MCUf/MCUi) Peqi =12 MCUi = 3.000 - 1.500 = 1.500. MCUf = 2.400 - 1.500 = 900. Peqf = 12 x (1.500/900) = 20. Assim, o aumento foi de 8 unidades (20 - 12). Resposta: B Questão 32 Para maximizar o resultado, devemos a margem de contribuição unitária (MCU) pelo fator limitante, que no caso é a matéria-prima. Calculando as MCU:

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Custeio variável

MCU A = 10 - 6 = 4 MCU B - 15 - 8 - 7 MCU C = 20 - 15 = 5 Calculando a MCU pelo fator limitante: A: 4/2 = 2 B: 7/3 = 2,33 C: 5/5 = 1 Assim, para maximizar o lucro deve ser priorizada a produção do produto B, seguido do A e, finalmente, do C. Como não há em estoque o produto B e a demanda mensal deste produto é de 100 unidades, a empresa deve produzir 100 unidades de B. 100 unidades de B consomem 300 kg da matéria-prima X. Sobram 400 kg em estoque. Com relação ao produto A, a demanda é de 220 unidades. Como há 45 unidades em estoque, ela poderá produzir 175 unidades de A (220 - 45). Para esta produção é consumido 350 kg (175 x 2). Sobram 50 kg (400 - 350) da matériaprima. Finalmente, como há 78 unidades do produto C em estoque e como a de­ manda é de 150, a produção máxima é de 72 unidades (150 - 78). Entretanto só podem ser produzidas no máximo 10 unidades de C (50/5), devido à limitação da matéria-prima X. Com relação à matéria-prima Y, a empresa poderia produzir até 15 unidades (60/4). Resposta: B Questão 33 O markup é quanto se deve aplicar ao CMV para se chegar ao preço de venda. Matematicamente: CMV x markup - Venda Supondo o preço de venda igual a R$100,00, teríamos: Vendas (-).ICMS (-) PIS e Cofins (-) CMV (-) Comissões (-) Despesas (=0 LAIR

100 (18) (4,65) CMV (2,5) (6,00) 20

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Capítulo 9

Contabilidade de Custos

Assim, teríamos: 68,65 - CMV = 20 CMV = 48,65 Aplicando na fórmula: 48,85 x markup - 20 markup = 2,0470829. Resposta: C Questão 34 Afirmativa errada. Qeq = CF/MCU CF = 13.250 MCU = PV U - CVU CVU = custos variáveis + despesas variáveis - 2,10 + 1,70 - 3,80 MCU = 12 - 3,8 = 8,2 Qeq = 13.250/8,2 = 1.615 unidades. Questão 35 Afirmativa errada. O ponto de equilíbrio financeiro é dado pela fórmula acima (Qeq = CF/ MCU) com a diferença que devemos retirar dos custos fixos as parcelas não financeiras. No caso, somente a depreciação. Assim: Qeq = (13.250 - 6.200)/8,2 = 860 unidades. Questão 36 Afirmativa errada, apesar de o gabarito apontar como correta. CV = 2,10x8.200 = 17.220 DV - 1,70 x 8.200 = 13.940 CF = 13.250 Vendas = 12 x 8.200 - 98.400 Impostos sobre vendas = 98.400 x 10% - 9.840.

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Custeio variável

O lucro é calculado como se segue: Vendas (-) Impostos sobre vendas (=) Vendas líquidas (-) c v (-) DV (=) MC (-) CF (~) Despesas fixas (=) Lucro antes do imposto (-) Imposto (20% x 22.710) (=) Lucro

98.400 (9.840) 88.560 (17.220) (13.940) 57.400 (13.250) (21.440) 22.710 (4.542) 18.168

Questão 37 Afirmativa errada. No caso trata-se de uma situação hipotética, já que a empresa não pode produzir acima do limite máximo. O grau de alavancagem operacional é dado pela fórmula: (V - CDV)/(V - CDV) - CDF, onde: V - Vendas CDV = Custos e despesas variáveis CDF ~ Custos e despesas fixos Calculando os dados para uma produção de 10.000 unidades: CV = 2,10 x 10.000 = 21.000 DV = 1,70 x 10.000 = 17.000 CDV = CV + DV = 38.000 CF = 13.250 DF = 21.440 CDF = CF + DF - 34.690 V = 12 x 10.000 = 120.000 Aplicando na fórmula: (120.000 - 38.000)/(120.000 - 38.000) - 34.690 = 1,73. Significa que a cada 1% de aumento de vendas há uma elevação no resultado operacional de 1,73%.

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Capítulo 9

Questão 38 Afirmativa correta. O custo marginal, de maneira simplificada, corresponde ao valor do aumento do custo quando uma unidade a mais está sendo produzida. Como vimos, ura aumento no custo ou despesas fixos ou variáveis acarreta um aumento no ponto de equilíbrio.

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Capítulo 10

ABC: custeio baseado em atividades Como comentado anteriormente, o ABC (Activity Based Costing) procura reduzir a arbitrariedade do rateio dos custos indiretos. Para aplicação do ABC, seguimos os seguintes passos: 10.1. Identificar as atividades relevantes Um conjunto de tarefas é uma atividade. Assim, em cada departamento (vide departamentalização) são identificadas as atividades relevantes realizadas. Uma atividade pode começar em ura departamento e terminar em outro (o que não é a regra). O importante é a atividade, não o departamento. Exemplos: Departamento Atividade Controle de Qualidade Inspecionar a produção Calibrar equipamentos de inspeção Pintura Pintar Envernizar Acabamento Acabar Embalar Almoxarifado Receber materiais Contabilizar (controle de estoque) Movimentar materiais

10.2. Atribuição de custos às atividades Cada atividade deve ser custeada com todos os gastos necessários para desempenhá-la. Inclui, por exemplo, salários, aluguéis, viagens etc. Ê possível obter o custo da atividade na razão geral da empresa ou através de estudos de engenharia. O custo é atribuído à atividade através de: Alocação Direta: quando há uma clara identificação entre o custo e a ati­ vidade (ex: viagens, depreciação etc.).

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Contabilidade de Custos

Rastreamento: procura identificar, da melhor forma possível, a relação entre o custo e a atividade (Ex: aluguel cujo custo é alocado proporcionalmente à área; ou energia elétrica, com rastreamento com base nas horas-máquina). Rateio: utilizado quando não há possibilidade de usar a alocação direta ou rastreamento. O rateio, como já visto, leva uma alta carga de arbitrariedade. 10.3. Identificar e selecionar os direcionadores de custo De acordo com Eliseu Martins, direcionador é o fator que determina a ocorrência de uma atividade. Como atividades exigem recursos para serem reali­ zados, deduz-se que o direcionador é a verdadeira causa dos custos. Portanto, o direcionador de custos deve refletir a causa básica da atividade e, consequente­ mente, da existência de seus custos. Exemplos: Direcionador Atividade Departamento Controle de Qualidade Inspecionar a Produção Tempo de Inspeção Calibrar Equipamentos N°de Equip. calibrados Tempo de pintura Pintar Pintura Envernizar Tempo p/envernizar N° de recebimentos Almoxarifado Receber Materiais Tempo de contabilização Contabilizar N° de requisições Movimentar Materiais Exemplo Prático: A Cia Flu dedica-se à fabricação de dois produtos com os seguintes custos diretos (totais): Produto A |Produto B Material Direto $200.000,00 $100.000,00 Mão de Obra Direta $60.000,00 |$40.000,00 A produção de A é de 10.000 unidades e de B> 30.000. A é vendido ao preço de $700.000,00 e B, $400.000,00. Suponhamos que toda a produção é vendida. Os custos indiretos totalizam $500.000,00. Estes custos referem-se às se­ guintes atividades: Inspecionar a Produção Calibrar Equipamentos Receber Materiais Movimentar Materiais

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$200.000,00 $50.000,00 $150.000,00 $100.000,00

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ABC: custeio baseado em atividades

O levantamento de dados refere-se às atividades (direcionadores) e são os seguintes: N° de horas de inspeção N° de Equipamentos Calibrados N°de Recebimentos N° de Requisições

A 70 horas 30 300 40

B 30 horas 20 200 10

a) Calcular o custo e a margem bruta (Lucro Bruto/Vendas) utilizando o sistema tradicional (absorção) usando a mão de obra direta como critério de rateio b) Calcular o custo e a margem bruta pelo ABC. Pelo Sistema Tradicional Custo Direto de A: $260.000 Custo Direto de B: $140.000 Rateio dos custos indiretos: 60.000 = 0,6 x 500.000 = 300.000 (A): 100.000

40.000 = 0,4 x 500.000 = 200.000 (B) 100.000

Assim, temos: Custo total de A = 260.000 + 300.000 = 560.000. Custo total de B = 140.000 + 200.000 - 340.000. D.R.E.: Vendas (-) CPV (=)LB

A 700.000 (560.000) 140.000

B 400.000 (340.000) 60.000

MB (A) = 140.000 = 20% MB(B) = 60.000 400.000 700.000 Observe que pelo sistema tradicional o produto A tem uma lucratividade maior que o produto B. Pelo Sistema ABC Inicialmente vamos alocar os custos proporcionalmente aos direcionadores.

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Capítulo 10

Contabilidade de Custos

N° de horas de inspeção: A

70 = 0,7 x 200.000 = 140.000 100

B

30 = 0,3x200.000 = 60.000

100 Com o mesmo raciocínio acima, apresentamos o quadro abaixo: Inspecionar Produção Cahbrar Equipamentos Receber Materiais Movimentação de Materiais Total

A 140.000 30.000 90.000 80.000 340.000

B 60.000 20.000 60.000 20.000 160.000

Assim teremos: Custo Total de A = 260.000 + 340.000 = 600.000 Custo Total de B = 140.000 + 160.000 = 300.000 D.R.E. Vendas (-) CPV H LB

A 700.000 <600.000) 100.000

B 400.000 (300.000) 100.000

MB(A) = 100.000 = 143% 700.000

MBÇ 400.000

Observe que o produto A (que se pensava ser mais lucrativo que o produto B pelo sistema tradicional) apresenta, neste exemplo, lucratividade menor que o produto B. Isto ocorre, geralmente, quando há um grande número de custos indiretos, complexidade dos produtos e diferentes volumes de produção.

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ABC: custeio baseado em atividades

A Cia Patética dedica-se à fabricação de três produtos com os seguintes custos unitários (em $): Material Direto Mão de Obra Direta

A 10,00 9,00

B 15,00 8,00

C 15,00 5,00

Volume de vendas: 10.000 para o produto A 8.000 para o produto B 3.000 para o produto C Preço de venda unitário (em $): 40,00 (A) 50.00 (B) 90.00 (C) Custos Indiretos de fabricação: $500.000,00 Foram constatadas as seguintes atividades: Inspecionar Materiais Armazenar Materiais Engenharia Desenvolver Fornecedores

$90.000,00 $70.000,00 $160.000,00 $180.000,00

Direcionadores:

N° de lotes inspecionados e armazenados Dedicação do tempo dos engenheiros N° de fornecedores

A B C 15 10 5 25% 35% 40% 50 80 20

Considerando-se o sistema tradicional de custeio (absorção), responda às questões 1 a 5, sendo os custos indiretos rateados em função do material direto. 01) O custo total do produto A é de (em $) a) 315.000 b) 371.500 c) 247.500 d) 370.000 e) 375.000

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Capítulo 10

ontabiiidade de Custos

2) O custo total do produto B é de (em $) a) 315.000 b) 371.500 c) 247.500 d) 370.000 e) 375.000 3) O custo total do produto C é de (em $) a) 315.000,00 b) 371.500,00 c) 247.500,00 d) 370.000,00 e) 375.000,00 4) O lucro bruto de C é de (em $) a) 85.000,00 b) 75.000,00 c) 30.000,00 d) 25.500,00 e) 22.500,00 )5) O lucro bruto de A é de (em $) a) 85.000,00 b) 75.000,00 c) 30.000,00 d) 25.500,00 e) 22.500,00 Pelo sistema ABC, responda às questões de 6 a )6) O custo total do produto A é de (em $) a) 315.000,00 b) 371.000,00 c) 247.000,00 d) 370.000,00 e) 375.000,00 07)

O custo total do produto B é de (em $) a) 391.000,00 b) 371.333,00 c) 447.333,00

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ABC: custeio baseado em atividades

d) 689333,00 e) 889.333,00 08) O custo total do produto C é de (em $) a) 174.667,00 b) 371.333,00 c) 447.667,00 d) 689.333,00 e) 889.333,00 09) O lucro bruto de C é de (em $) a) 95.333,00 b) 10.666,00 c) 30.000,00 d) 85.000,00 e) 28.500,00 10) O lucro bruto de A é de (em $) a) 100.000,00 b) 220.000,00 c) 330.000,00 d) 185.000,00 e) 128.500,00 11) (MPOG/Esaf/2005) A forma de custeio na qual os custos são, inicialmente, atribuídos a direcionadores e posteriormente aos produtos é denominada de custeio a) por atividades. b) variável. c) direto. d) pleno. e) por encomenda. 12) (MPU/RO/Esaf/2005) O custeio ABC está baseado nas atividades que a empresa realiza no processo de fabricação de seus produtos. A seqüência correta de apro­ priação dos custos neste sistema é: a) produtos /departamentos /atividades. b) departamentos /produtos /atividades. c) departamentos /atividades /produtos. d) atividades /departamentos /produtos. e) atividades l produtos /departamentos.

203

Capítulo 10

Contabilidade de Custos

13) (Auditor/MT/Bsaf/2005) Para se aplicar o Custeio Baseado em Atividades (ABC), é necessário: (A) definir as atividades relevantes dentro dos departamentos; (B) atribuir custo-padrão com base no volume de produção; (C) atribuir custo-padrão com base nas horas trabalhadas; (D) atribuir custo-padrão com base na depreciação acumulada; (E) preocupar-se em ratear as despesas com vendas entre os produtos. 14) (MPOG/Esaf/2005) Uma das grandes vantagens proporcionadas pela utilização do custeio ABC em relação às demais formas de atribuir custos aos produtos e serviços consiste em: a) eliminar totalmente a arbitrariedade de alocação de custos às atividades ad­ ministrativas com a não-utilização de nenhuma forma de rateio dos custos incrementais das atividades. b) descartar, da avaliação dos direcionadores de custos relativos, a produção de um bem ou serviço, e os custos comuns às atividades na apuração do custo unitário. c) reduzir as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. d) permitir o gerenciamento com eficiência e eficácia tanto dos custos diretos quanto dos indiretos. e) tornar-se uma importante ferramenta a ser utilizada no processo de planeja­ mento, gestão e controle efetivo dos custos diretos. 15) (AFC/Esaf/2002) O sistema ABC é um sistema de custeio baseado nas atividades que a empresa realiza no processo de fabricação, caracterizando uma forma analítica de ratear custos indiretos aos produtos. 16) (TCU/Esaf/2007) No custeio baseado por atividades, por meio dos direcionadores de custos, os custos indiretos são atribuídos às atividades, para posteriormente serem atribuídos aos objetos de custos. 17) (TCUíEsaf/2007) Apesar das diferenças existentes entre o custeio por absorção e o custeio baseado por atividades, o resultado operacional da empresa deverá apresentar o mesmo valor em ambos os métodos, havendo ou não estoque final 18) (CFO/2004) Com relação ao Custeio ABC, pode-se afirmar que: a) É um sistema de custeio baseado na análise das atividades significativas de­ senvolvidas na empresa. O centro de interesse do sistema concentra-se nos gastos diretos. b) É uma técnica de custeamento em que os custos e as despesas indiretos são apropriados a várias unidades por meio de algumas bases que estão relacionadas com o volume dos fatores de produção. Bernardo Cherman

204

ABC: custeio baseado em atividades

c) A finalidade é apropriar os custos às atividades executadas pela empresa e, então, apropriar, de forma adequada aos produtos, as atividades, segundo o uso que cada produto faz dessas atividades. d) Na operacionalização do sistema, procura-se estabelecer a relação entre ativi­ dades e produtos, utilizando-se de direcionadores de produtos. e) Nesse método, assume-se que os recursos de uma empresa são consumidos pelos produtos, visando o custeamento das atividades. 19) (FGV TC PA 2008). Determinada empresa industrial fabricou e vendeu, no último mês, 2.000 impressoras a jato de tinta colorida e 5.000 impressoras a jato de tinta preto-e-branco. Analise as informações apuradas para fins do custeio baseado em atividade, conforme tabela a seguir: Capacidade Custo (R$/ Instalada (h/ mês) mês) Armazenagem 6.000,00 1200 Montagem 10.000,00 10000 Testes e 9000 18.000,00 Ajustes Atividades

Colorida (horas/ unidade) 0,3 2

Preto e branco (horas/ unidade)

1,8

1

0,1 1,2

Determine o custo da ociosidade incorrido nesse período: (Desconsidere qualquer tributo e qualquer informação não apresentada neste enunciado.) a) Mais de $ 6.000,00. b) Entre $ 4.000,01 e $ 6.000,00. c) Entre $ 2.000,01 e $ 4.000,00. d) Zero. e) Entre $ 0,01 e $ 2.000,00.

Antes de resolvermos as questões 1 a 10 vamos inicialmente calcular os custos indiretos pelo ABC e os valores dos custos diretos. Os cálculos abaixo seguem o mesmo roteiro do exemplo dado na parte teórica. Por regra de três simples chegamos ao seguinte quadro:

205

Capítulo 10

Contabilidade de Custos

Inspecionar e Armazenar Tempo de Engenharia N° de Fornecedores Total

A 80.000 40.000 60.000 180.000

B 53.333,3 56.000 96.000 205.333,3

C 26.666,7 64.000 24.000 114.666,7

Calculando o custo direto de cada produto: C B A 10 x 10.000 = 100.000 15x8.000= 120.000 15x3.000 = 45.000 MD 5 x 3.000 = 15.000 MOD 9 x 10.000 = 90.000 8 x 8.000 = 64.000 60.000 Total 190.000 184.000 Questão 1 Rateando os custos indiretos: 500.000 x 10/40 - 125.000 Custo Total de A = 190.000 + 125.000 = 315.000. Questão 2 Rateando os custos indiretos: 500.000 x 15/40 = 187.500 Custo Total de B = 184.000 + 187.500 = 371.500. Resposta: B Questão 3 Rateando os custos indiretos: 500.000 x 15/40 = 187.500 Custo Total de C - 60.000 + 187.500 = 247.500. Resposta: C Questão 4 O valor das vendas é: 3.000 x 90 = 270.000 LB = V - CMV = 270.000 - 247.500 = 22.500. Resposta: E

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2 06

ABC: custeio baseado em atividades

Questão 5 Vendas = 10.000 x 40 = 400.000 LB = 400.000 - 315.000 = 85.000. Resposta: A Questão 6 Custo Total = 190.000 + 180.000 = 370.000. Resposta: E Questão 7 Custo Total = 184.000 + 205.333,33 = 689.333. Resposta: D Questão 8 Custo Total = 60.000 + 114.666,7 = 174.666,7. Resposta: A Questão 9 LB = 270.000 -174.666,7 = 95.333,33. Resposta: A Questão 10 LB = 400.000 - 180.000 = 220.000. Resposta: B Questão 11 O método de custeio por atividade (ABC) é o que utiliza os direcionadores para alocação de custos aos produtos. Resposta: A

207

Capítulo 10

Contabilidade de Custos

Questão 12 Quando a empresa não utiliza a departamentalização a seqüência é: custos da fábrica/produtos. Quando utiliza a departamentalização, os custos da fábrica são repassados aos departamentos, e destes aos produtos. E quando a empresa utiliza o custeio ABC, os custos da fábrica são repassados aos departamentos, dos departamentos para as atividades e das atividades para os produtos. Resposta: C Questão 31 No sistema baseado em atividades, o foco recai .nas atividades relevantes, pois através dessas atividades serão direcionados os custos. Resposta: A Questão 14 O custeio ABC, através de seus direcionadores, diminui as distorções do rateio dos custos indiretos. Neste sistema, os custos são atribuídos aos produtos de três formas: direta, rastreamento e, quando não for possível utilizar uma das formas anteriores, o rateio. Resposta: C Questão 15 Correta. O rateio dos custos indiretos no sistema ABC é feito por atividade (neste sistema também é possível fazer o rateio de despesas por atividade). Questão 16 Afirmativa correta. No sistema ABC, os custos indiretos são atribuídos às atividades, através dos direcionadores de custos, para depois serem atribuídos aos produtos. Questão 17 Afirmativa errada. No custeio por absorção, os custos indiretos são apro­ priados aos produtos por critério de rateio, às vezes arbitrário. No custeio por atividade, são apropriados aos produtos, regra geral, os custos e despesas indiretas. Os critérios são totalmente diferentes, consequentemente, o resultado também.

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208

ABC: custeio baseado em atividades

Questão 18 Alternativa a: Errada. O centro de interesse é nos custos indiretos, e não nos diretos como afirma a questão. Alternativa b: Errada. Os custos e despesas são apropriados aos produtos por meio das atividades desenvolvidas. Alternativa c: Correta. A principal finalidade do custeio ABC é apropriar custos aos produtos por meio das atividades, de acordo com o uso que cada pro­ duto faz destas atividades. A medição do uso é feita por meio dos direcionadores. Alternativa d: Errada. Procura-se estabelecer a relação entre atividades e produtos utilizando-se de direcionadores de custos (não de produtos). Alternativa e: Errada. O ponto de partida não são os recursos consumidos pela empresa, e sim as atividades executadas para a obtenção do produto. Resposta: C Questão 19 Comentários O custo de ociosidade é calculado pela diferença entre o custo da capacidade instalada e o custo efetivamente ocorrido. Calculando os custos: Armazenagem: 0,3H x 2.000 = 600H (horas gastas para de armazenagem para 2.000 im­ pressoras coloridas). 0,1H x 5.000 = 500H (horas gastas para armazenagem de 5.000 impressoras preto e branco). Total de horas gastas com armazenagem = I.100H. Ociosidade em horas = 1.200 - 1.100 = 100H. Custo da hora de armazenagem = 6.000/1.100 = 5,45 (arredondando). Custo de Ociosidade na armazenagem - 100 x 5,45 = 545. Seguindo o mesmo raciocínio para montagem e Testes e Ajustes: Montagem: 2H x 2.000 =4.000H 1,2 x 5.000 = 6.000H Total de horas gastas montagem = 10.000 horas. Ociosidade em horas = 0 (zero). Custo de Ociosidade = 0 (zero)

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Capítuío 10

Contabilidade de Custos

Testes e Ajustes: 1,8H x 2.000 = 3.600H 1H x 5.000 = 5.000H Total de horas gastas em testes e ajustes = 8.600horas Ociosidade em horas = 9.000 - 8.600 - 400 horas. Custo da hora de testes e ajustes = 18.000/8.600 = 2,09. Custo de Ociosidade = 400 x 2,09 - 837 (arredondando): Custo de Ociosidade Total = 545 + 0 + 837 = 1.382 Resposta: E

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210

Capítulo 11

RKW 11.1. Geral O RKW (.Reichskuretoriumfur Wirtschaftlichtkeit) é um sistema do início do século, originalmente da Alemanha. O sistema aloca aos produtos todos os custos e despesas através de rateio (da mesma forma que vimos nos capítulos anteriores). Com o rateio de todos os gastos, para se obter o preço de venda bas­ taria adicionar o lucro desejado. Observe a semelhança entre o RKW e o ABC: nos dois sistemas são alocados ao produto custos e despesas (é a regra do ABC). Assim, para a obtenção do preço de venda, tanto no RKW quanto no ABC, bastaríamos fixar o lucro desejado. Este raciocínio se aplica só para efeitos contábeis, já que na prática a determinação do preço de venda é feita pelo mercado através da lei da oferta e procura. O sistema de adicionar um lucro ao custo, para a determinação do preço de venda, só se aplica a produtos monopolísticos. Exemplo: A Cia Patética, que se dedica à fabricação de dois produtos (A e B), incorreu nos seguintes custos (em $): Matéria-Prima Mão de Obra Direta Depreciação Comissão sobre Vendas Despesas Administrativas Despesas Financeiras Energia Aluguel Seguros

40.000,00 50.000,00 15.000,00 5.000,00 7.000,00 3.000,00 10.000,00 10.000,00 10.000,00

Sabendo-se que a produção do produto A é de 200 peças e de B, 100 peças, calcular o custo dos produtos A e B pelo RKW considerando a produção como critério de rateio

211

i i ! i

Contabilidade de Custos

Resolução Custos + Despesas = 150.000,00 100 = 0,333 x 150.000 = 50.000 (custo de B) 300 200 = 0,666 x 150.000 = 100.000 (custo de A) 300 Observe que pelo RKW não há distinção entre custo e despesa. Todas as despesas (assim como os custos) foram alocadas aos produtos.

Julgue os itens a seguir: 01)

(ÍNSS/Cespe-UnB/1998) RKW é o método de alocação de custos aos produtos, o qual considera todos os custos, diretos e indiretos, e as despesas, exceto as de vendas e as financeiras.

02)

(PF/Cespe-UnB/2002) No sistema de custeio RKW, os custos de depreciação de equipamentos e outros bens de produção devem ser apropriados aos produtos. São dadas as seguintes informações da Cia Paf (em $), fabricante do produto X: Custos fixos (indiretos)............. 1.000 Custos Variáveis...................... 1.500 Despesas Fixas.........................2.000 Despesas Variáveis...................1.500 Vendas..................................... 5.000 Produção: 1.000 unidades

03) Considerando o custeio por absorção, o custo unitário do produto X é (em $): a) 1,00 b) 2,50 c) 2,00 d) 3,00 e) 1,50 04) Considerando o custeio direto, o custo unitário do produto X é de: a) 1,00 Bernardo Cherman

212

RKW

b) c) d) e)

2,50 2,00 3,00 1,50

05) Considerando o sistema RKW, o custo unitário do produto X é (em $): a) b) c) d) e)

1,00 2,50 4,50 5,00 6,00

06) (Simulado 2008) O método de custeio que consiste na apropriação de todos os custos de produção e todas as despesas aos produtos elaborados é denominado custeio: a) RKW b) Reposição c) Direto d) Absorção e) Padrão

Questão 1 Afirmativa errada. No sistema RKW todos os custos e despesas são alocados aos produtos, inclusive as de vendas e financeiras. Questão 2 Afirmativa correta. No sistema RKW todos os custos e despesas são apro­ priados aos custos dos produtos. Questão 3 2,500/1.000 = 2,50 Resposta: B Questão 4 1.500/1.000 = 1,5 Resposta: E 213

Capítulo 11

Contabilidade de Custos

Questão 5 6 . 000 / 1.000

=

6

Resposta: E Questão 6 O método que apropria todos os custos e despesas é o RKW.

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214

Capítulo 12

Custo padrão Nesse sistema de custeio os custos são predeterminados antes da produ­ ção. É uma meta que a empresa deseja atingir em um determinado período de tempo. Todos os custos são tomados por estimativa. Pode ser utilizado quer a empresa adote o custeio por absorção, quer por custeio variável. Geralmente não é contabilizado. Há três tipos de custo padrão: ♦ Ideal ♦ Estimado ♦ Corrente 12.1. Custo padrão ideal É aquele determinado dentro das condições ideais de qualidade e eficiência de mão de obra. Expressa o objetivo da empresa a longo prazo (planejamento estratégico). Supõe a utilização máxima de todos os recursos disponíveis com um mínimo de desperdícios e são desprezados os imprevistos, como quebras de equipamentos, perdas etc. Na prática é muito difícil de ser alcançado. O uso deste custo padrão é muito restrito e teórico. 12.2. Custo padrão estimado É aquele determinado através da observação da produção passada (cus­ to histórico). Parte da hipótese que a média do passado é um número válido e somente introduz algumas modificações esperadas. Não aponta defeitos ou ineficiências. É uma estimativa de custo a curto prazo, e geralmente os valores encontrados são bem próximos da realidade. Leva em conta apenas os aspectos práticos da produção. 12.3. Custo padrão corrente Leva em consideração que certas deficiências não podem ser solucionadas, pelo menos a curto e médio prazo. Ê o custo que a empresa deveria ter alcançando certos níveis de desempenho. São possíveis de ser alcançados. Faz a união entre aspectos teóricos e práticos da produção. Situa-se entre o ideal e o estimado.

215

Contabilidade de Custos

12.4. Custo real O custo real é aquele que ocorreu efetivamente na empresa. Quando o custo real é maior que o custo padrão» a diferença é desfavorável, já que os custos foram maiores que o previsto, Quando o custo padrão for maior que o real, a diferença é favorável. Custo Padrão > Custo Real -> Situação Favorável Custo Padrão < Custo Real ->• Situação Desfavorável

Exemplo 1: Dados os custos de produção de uma empresa, em um determinado período, estudar as variações: ITENS Mat. Direito MOD CIF TOTAL

CUSTO REAL 150.000 350.000 200.000 700.00

CUSTO PADRÃO 120.000 360.000 180.000 660.000

VARIAÇÃO 30.000 desfavorável 10.000 favorável 20.000 desfavorável 40.000 desfavorável

Exemplo 2: A Cia. Periculosa gastou 100 kg na fabricação de seus produtos a um custo de R$150,00. A previsão foi que a quantidade foi 20% menor que o real, a um custo de R$10,00 menor. Estudar as variações. Resolução Nesse problema temos um padrão de preço e outro de quantidade. O estudo das variações é de melhor visualização através de gráfico.

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216

Custo padrão

Neste caso temos: Real: Quantidade: 100 kg Custo: R$150,00 Previsão (padrão): Quantidade: 80 kg Custo: R$140,00 A variação total é calculada a seguir: 150 x 100 = 15.000 (real) 140 x 80 = 11.200 (padrão) .Variação - 15.000 - 11.200 = 3.800 (desfavorável) Podemos calcular esta variação por quantidade e preço: Variação da Quantidade = Diferença de Quantidade x Preço Padrão = (100 - 80) x 140 = 2.800 (d) Variação do Preço = Diferença de Preço x Quantidade Padrão = (150 - 140) x 80 = 800 (d) Se somarmos a variação da quantidade com o preço, obteremos 3.600 desfa­ vorável (2.800 + 800). Observe que há uma diferença de 200 em relação ao cálculo inicial (3.800). Esta diferença pode ser explicada através do gráfico a seguir:

Variação Mista

Variação Preço

------► Real

Variação Quantidade -----►Padrão 80

100

Q

As variações de preço e quantidade estão demonstradas no gráfico acima. Observe que está faltando a área representada pela variação mista. 217

Capítulo 12

Contabilidade de Custos

Para calcularmos a variação mista, basta calcularmos a área acima repre­ sentada: (150 - 140) - (100 - 80) = 10 x 20 = 200 desfavorável.

Exemplo: Eficiência da mão de obra (horas trabalhadas previstas) com custo de mão de obra; quantidade de horas para produzir uma peça (hora/peça) com custo horário da mão de obra, metros com preço por metro, etc. Exemplo 3: Padrão: Quantidade = 50 m Preço = R$100/m Real: Quantidade = 40 m Preço = R$130/m Cálculo da Variação Total: 50 x 100 = 5.000 (padrão) 40 x 130 = 5.200 (real) Variação Total = 5.200 - 5.000 = 200 desfavorável. Variação da Quantidade = (50 - 40) x 100 = 1.000 (f) Variação do Preço = (130 - 100) x 50 = 1.500 (d) A variação total é de 500 desfavorável (1.500 - 1.000). Há uma diferença de 200 em relação ao cálculo inicial. Graficamente teríamos: P 130 100

------ ► Real Variação Preço

Variação Mista Variação -----► Padrão Quantidade

40

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50 2 18

Q

Custo padrão

Calculando a variação mista: (130 - 100) x (50 - 40) = 30 x 10 = 300 favo­ rável. Exemplo 4: A Cia. Suicida apresenta os seguintes dados padrões mensais: Produção Total: L000 unidades Custos Variáveis: $20,00 por unidade Custos Fixos: $26.000,00 Para uma produção real de 500 unidades, calcular a variação do custo unitário. Resolução Para resolvermos o problema, devemos calcular o custo unitário para uma produção de 1.000 unidades e para uma produção de 500 unidades. 20 x 1.000 + 26.000 - 46.000 = $46/u (Padrão) 1.000 20 x 500 + 26.000 = 36.000 = $72/u (Real) 500 Variação: $26,00 desfavorável (real > padrão)

01) (Simulado 2008) A Cia. Presuntos e Pastéis apresentou os seguintes padrões men­ sais: Produção Total:

1.500 unidades

Custos Variáveis: $30,00 por unidade Custos Fixos:

$15.000,00

Para uma produção de 1.000 unidades, teríamos uma variação no custo unitário de: a) b) c) d) e)

5 desfavorável 5 favorável 25 desfavorável 25 favorável 15 favorável

219

Capítulo 12

Contabilidade de Custos

02) (Simulado/2008) A Cia. Fecalona apresenta a seguinte estrutura: Material Direto Mão de Obra Direta Custo Indireto de Fabricação (CIF) Variável CIF fixo

$5,00/u. $15,00/u $20/u $200.000,00

Com uma estimativa de produção de 10.000 unidades, o custo padrão unitário é de ($): a) 20,00 b) 30,00 c) 40,00 d) 50,00 e) 60,00 A Cia. Furúnculo apresentou os seguintes custos padrões: Matéria-Prima Mão de Obra Direta Custos Indiretos de Fabricação

P $20,00 $3,00/h $15.000,00

Q 1,5 Kg lOh

Os custos reais foram: Matéria-Prima

P $22,00

Mão de Obra Direta $3,25/h Custos Indiretos de Fabricação $18.000,00

Q 1,4 Kg 10,2h

Com os dados acima, responda às questões 3 a 7. 03) A variação da quantidade de matéria-prima foi de ($/u): a) 2,00 (f) b) 2,00 (d) c) 2,20 (f) d) 2,20 (d) e) 2,50 (d) 04) A variação do preço da matéria-prima ($/u): a) 3,00 (f) b) 3,00 (d) c) 2,8 (d) d) 2,8 (f) e) 2,9 (d) Bernardo Cherman

220

Custo padrão

05) A variação da eficiência da mão de obra é (tempo): a) 0,67 (f) b) 0,67 (d) c) 0,65 (f) d) 0,65 (d) e) 0,60 (d) 06) A variação do preço da mão de obra é de: a) 2,5 (f) b) 2,5 (d) c) 2,55 (f) d) 2,55 (d) e) 2,60 (f) 07) A variação mista é de: a) 0,08 (d) b) 0,08 (f) c) 0,05 (f) d) 0,05 (d) e) 0,07 (f) 08) (ÁFRF/Esaf) Numa empresa fabril que trabalha com custo padrão, a variação do tempo da mão de obra direta, em certo período, foi de 100 (cem) horas acima do número previsto, que foi de 1.000 (mii) horas. No mesmo período, a variação do custo da mão de obra direta por unidade de tempo foi de $0,10 (dez centavos) abaixo do valor orçado, que foi de $ 1,00 por hora. O valor da variação total entre a custo padrão (CR) e do custo real (CR) foi de: a) b) c) d) e)

CP> CP< CP> CR< CR>

$110,00 $110,00 $10,00 $10,00 $100,00

09) (AFRF/Esaf) Uma empresa que trabalha com custos padrão previu que gastaria 5 kg de matéria-prima, a um custo de $ 15.000,00/kg, para produzir uma unida­ de do determinado produto. Ao final do período, constatou que, embora tivesse economizado 20% no preço do material, havia gasto 20% a mais de material que o previsto. O resultado final foi: a) Igual ao previsto. b) Favorável em $3.000,00. c) Favorável em $15.000,00. d) Desfavorável em $3.000,00. e) Desfavorável em $15.000,00. 221

Capítulo 12

Contabilidade de Custos

Questões 10 a 13 - Cespe-JJnB 10) (Câmara/DF/2006) A variação favorável da aplicação de mão de obra, sem acréscimo de funcionários, demonstra a possibilidade de aprimoramento do uso de tecnologia. Ao estimar o tempo ocioso dos funcionários, o contador deverá registrar, no livro diário, o valor obtido na estimativa. 11) (Câmara/DF/2006) Ao se elaborar o orçamento de uma empresa, deve-se obser­ var a possibilidade de adequação do orçamento ao longo do período projetado. Assim, a empresa ajustará os valores estimados e poderá atribuir padrões para os próximos orçamentos. 12) (Câmara/DF/2006) Caso uma empresa obtenha variação desfavorável de gastos com manutenção e conservação fornecidos por terceiros, ocorrerá um decréscimo maior no disponível quando a empresa pagar os serviços prestados por terceiros. 13) (Câmara/DF/2006) A variação favorável de aplicação de matéria-prima no processo produtivo proporcionará economia no ativo circulante. Assim, o valor estimado pelo orçamento para a conta estoque de matéria-prima estará subestimado ao final do período. As questões 14 e 15 referem-se aos dados abaixo: A Empresa ALFA fixou o custo padrão da matéria-prima de seu novo produto alimentício conforme detalhado abaixo: - Matéria-prima 55kg/caixa x R$8,00/kg = R$440,00. O produto foi lançado no mercado e no final do mês apurou-se, quanto ao gasto real de matéria-prima, o seguinte: - Matéria-prima 60kg/caixa x R$7,80/kg = R$468,00. 14) (CFOf2004) Com base nos dados acima, pode-se afirmar que a variação do custo, tendo em vista a quantidade de matéria-prima, foi de: a) R$0,00 (zero). b) favorável de R$40,00. c) favorável de R$39,00. d) desfavorável de R$39,00. e) desfavorável de R$40,00. 15) (CFO/2004) Com base nos dados acima, pode-se afirmar que a variação mista foi de: a) R$0,00 (zero). b) favorável de R$1,00. Bernardo Cherman

222

Custo padrão

c) favorável de R$ 2,00. d) desfavorável de R$ 2,00. e) desfavorável de R$ 3,00. (Amazônia/Cespe-UnB/2007) Orçamento Consumo de insumos por produto Matéria-Prima 5kg Custo por R$1,50 por Kg Mão de Obra 0,5 horas Custo; R$20,00 por hora Custos Indiretos unitários Custos Indiretos fixos totais Preço de Venda Unitário Produção Venda Despesas totais

R$3,25 R$9.870 R$28 8.000 unidades 6.000 unidades R$15.200

Considere as informações do orçamento de produção apresentado acima e desconsidere qualquer incidência tributária. Com relação a essas informações, julgue os itens subsequentes. 16)

(Àmazônia/2007) Considerando as informações apresentadas no orçamento, o valor do lucro líquido obtido será de R$43.500.

17)

(Amazônia/2007) Caso a mão de obra sofra variação de custo favorável em R$ 5,00, mantendo-se as demais variáveis, o resultado líquido obtido será de R$33.430.

18) (Amazônia/2007) Caso a matéria-prima sofra variação de volume desfavorável em 0,2, mantendo-se as demais variáveis, a margem bruta será de R$19.500. 19) (Amazônia/2007) Caso os custos indiretos unitários sejam de R$2,50, mantendose as demais variáveis, o resultado líquido será de R$22.930. 20)

(Amazônia/2007) Caso a empresa consiga uma variação favorável de despesas da ordem de 30%, mantendo-se as demais variáveis, o lucro líquido será de R$22.990.

21) (Amazônia/2007) Caso a quantidade produzida aumente em 20% e a quantidade vendida seja de 7.000 unidades, mantendo-se os valores de custos e despesas, o lucro líquido obtido será superior ao previsto em, pelo menos, 39%.

223

Capítulo 12

Contabilidade de Custos

22) (Amazônia/2007) Caso a empresa necessite de uma margem líquida de lucro su­ perior a 30%, o preço de venda a ser praticado, mantendo-se as demais variáveis, deverá ser superior a R$36. 23) (Amazônia/2007) O acréscimo ao valor do custo unitário da matéria-prima propor­ cionará um decréscimo no lucro líquido obtido. Dessa maneira, ao aumentar o custo da matéria-prima em 10%, a empresa reduzirá o valor do lucro obtido em 10%. 24) (Amazônia/2007) Caso ocorra inflação no período da ordem de 1% e a empresa resolva ajustar seus componentes de custo e despesas em 1% e o preço de venda em 1,5%, então o valor do lucro será 8,56% superior ao orçado. 25) - (Amazônia/2007) A contratação de empregados que recebam R$15 por hora e que consumam 0,65 hora para a produção de cada produto proporcionará uma variação orçamentária conjunta desfavorável de R$2,25 por unidade.

0,6 Kg Matéria-Prima Mão de obra direta 0,5 h Custo Unitário Direto do Produto

Custo Unitário R$7,50 R$8,00

Custo Total R$4,50 R$4,00 R$8,50

Capacidade máxima da fábrica: 10.000 unidades ao mês. Custos indiretos de fabricação: R$12.500,00. Despesas administrativas: R$6.200,00. Acerca da relação custo/volume/lucro, julgue os itens subsequentes com base nas in­ formações apresentadas. 26) (SGA/Cespe-UnB/2008) Com uma variação desfavorável, da ordem de 20%, de quantidade de matéria-prima aplicada, o custo unitário direto sofrerá acréscimo inferior a 11% em relação aos dados fornecidos. 27) (SGA/Cespe-UnB/2008) Uma variação desfavorável, da ordem de 20%, do custo da mão de obra, provocará um acréscimo no custo unitário superior a 10% em relação aos dados fornecidos. 28) (SGA/Cespe-UnB/2008) Uma variação desfavorável, da ordem de 10%, do custo da mão de obra, aliada a uma variação favorável, da ordem de 40%, na aplicação da mão de obra, proporcionará uma variação favorável no custo variável final do produto da ordem de 16% em relação aos dados apresentados. 29) (SGA/Cespe-UnB/2008) O ponto de equilíbrio contábil será maior quando a empresa obtiver uma variação desfavorável nos custos de mão de obra aplicados na produção.

Bernardo Cherman

224

Custo padrão

30) (SGA/Cespe-UnB/2008) Caso a empresa consiga uma variação favorável de aplicação da mão de obra de 10%, aliada a uma variação favorável do custo de matéria-prima da ordem de 20%, o custo variável unitário será de R$6,80. 31) (SGA/Cespe-UnB/2008) Considerando as informações apresentadas, se o preço de venda praticado for de R$18,50 a unidade, o ponto de equilíbrio contábil será 1.870 unidades. 32) (SGA/Cespe-UnB/2008) Considerando o preço unitário de R$10,50, o ponto de equilíbrio contábil será 12.000 unidades. 33) (SGA/Cespe-UnB/2008) Para a obtenção de um lucro esperado mínimo de R$ 6.500, com a prática do preço- de venda de R$16,50 a unidade, á empresa terá de produzir e vender 3.150 unidades.

Questão 1 Custo Unitário Padrão: 1,500 x 30 + 15.000 = 60.000/1.500 = 40 Custo Unitário Real: 1.000 x 30 + 15.000 = 45.000/1.000 = 45 Resposta: A Questão 2 Custo Unitário Padrão = 5 + 15 + 20 + (200.000/10.000) = 60 Resposta: E Para responder às questões 3 e 4, observe o gráfico abaixo:

225

Capítulo 12

Contabilidade de Custos

Questão 3 Variação da Quantidade = Variação Quantidade x Preço Padrão = (1,5 - 1,4) x 20 = 0,1 x 20 = 2 (f) Resposta: A Questão 4 Variação Preço = Diferença Preço x Quantidade Padrão = (22 - 20) x 1,5 = 3 (d) Resposta: B Questão 5 Variação da eficiência: 3 x (10,2 - 10) = 0,6 Resposta: E Questão 6 Variação do preço da mão de obra: 10 x (3,25 - 3) = 2,5 Resposta: B Questão 7 (3,25 - 3) x (10,2 - 10) = 0,05 Resposta: D Questão 8

--------- ►Padrão

------- ►Real

1.000

Bernardo Cherman

1.100

Q (t)

226

Custo padrão

0,9 x 1.100 = 990 (real) 1 x 1.000 = 1.000 (padrão) 1.000 - 990 = 10 Logo, CP >10 que o CR ou CR < 10 CP. A questão tem duas respostas (C e D). Questão 9 P/Kg 15.000 -------------

12.000

------------------------5

6

MP

12.000 x 6 = 72.000 desfavorável. 15.000 x 5 = 73.000 favorável. Diferença- 3.000 favorável Resposta: B Questão 10 Afirmativa incorreta. A variação favorável da aplicação de mão de obra sem acréscimo de funcionários pode ser resultado de uma série de fatores como, por exemplo, treinamento de pessoal, uso melhor da tecnologia existente, melhoramento das atividades devido ao resultado de estudo de tempos e movimentos, alteração do layout, e outros. Estas estimativas não são registradas no livro diário. Questão 11 Afirmativa correta. Refere-se ao custo padrão corrente que, através da ob­ servação da produção passada e considerando que certas deficiências podem ser sanadas, obteremos valores estimados, próximos da realidade para a produção futura. Questão 12 Afirmativa correta. Se a empresa obteve uma variação desfavorável de gastos com manutenção de terceiros, significa que gastou mais que o previsto,

227

Capítulo 12

Contabilidade de Custos

logo, pagará mais pelo serviço que o previsto, ocasionando um decréscimo no disponível maior que o esperado. Questão 13 Afirmativa correta. A variação favorável de aplicação de matéria-prima no processo produtivo significa que a empresa gastou menos matéria-prima que o previsto para uma determinada produção. Isso acarretará uma economia no ativo circulante. Assim, o valor estimando pelo orçamento para a conta estoque de matéria-prima estará subestimado: ao final do período haverá mais matéria-prima que o estimado no orçamento (o valor do orçamento estará'subestimado). Questão 14 Elaborando o gráfico: P

Padrão 7,8 Real

55

60

Q

Calculando as variações: Variação da Quantidade: Variação da Quantidade x Preço Padrão Variação da Quantidade = (60 - 55) x 8 = 40 desfavorável (Quantidade Padrão < Quantidade Real) Resposta: E Questão 15 Pelo gráfico da questão anterior, podemos calcular a variação mista: Variação Mista = (60 - 55) x (8 - 7,8) = 5 x 0,2 = 1 (favorável) Neste caso, a variação mista deve ter situação contrária à variação da quantidade. Como a variação da quantidade foi desfavorável, a variação mista deve ser favorável. Resposta: B

Bernardo Cherman

228

Custo padrão

Questão 16 Para facilitar a resolução das questões, vamos considerar a matéria-prima (MP), a mão de obra (MOD) e os custos indiretos (CIV) como custos variáveis (CV). Apesar da notação, a resolução será pelo custeio por absorção. Desta forma, os custos variáveis unitários (CVU): MP = 5 x 1,5 = 7,5 MOD = 0,5 x 20 = 10 CIV = 3,25 CVU = 7,5+ 10+ 3,25 CVU = 20,75 . Como foram vendidas 6.000 unidades, CV = 20,75 x 6.000 = 124.500 Elaborando a D.R.E.: 168.000 (124.500) (9.870) 33.630 (15.200) 18.430

Vendas (28 x 6.000) (-)C V (-) CIF (Custo Indireto Fixo) (=) Lucro Bruto (-) Despesas Totais (=) Lucro Líquido Afirmativa errada. Questão 17

MOD - (20 - 5) x 0,5 = 7,5 Novo CVU = 7,5 + 7,5 + 3,25 - 18,25 CV = 18,25 x 6.000 = 109.500 D.R.E.: Vendas

(-) cv

(-) CIF (-) Despesas Totais (=) Lucro

168.000 (109.500) (9.870) (15.200) 33.430

Afirmativa correta.

229

Capítulo 12

Contabilidade de Custos

Questão 18 MP = (1,5 + 0,2) x 5 = 8,5 Novo CVU = 8,5 + 10 + 3,25 = 21,75 CV = 21,75 x 6.000 = 130.500 D.R.E.: Vendas (-)C V (-) CIF (=) Lucro Bruto

168.000 (130.500) (9.870) 27.630

Afirmativa errada. Questão 19 Novo CVU = 7,5 + 10 + 2,5 = 20 CV = 20 x 6.000 = 120.000 D.R.E.: Vendas

(-) cv (-) CIF (-) Despesas Totais (-) Lucro Líquido

168.000 (120.000) (9.870) (15.200) 22.930

Afirmativa correta. Questão 20 D.R.E.: Vendas (-)C V (-) CIF (-) Despesas (15.200 - 30%) (=) Lucro Líquido

168.000 (124.500) (9.870) (10.640) 22.990

Afirmativa correta, Questão 21 Vendas = 7.000 x 28 = 196.000 CV = 7.000 x 20,75 = 145.250 Bernardo Cherman

2 30

Custo padrão

D.R.E.: Vendas (-)C V (-) CIF (-) Despesas (=) Lucro

196.000 (145.250) (9.870) (15.200) 25.680

Variação = 25.680/18.430 = 39,33% Afirmativa correta. Questão 22 Lucro Líquido (LL) - 0,3V. Logo, LL = V - CV - CIF - Despesas 0,3V - V - 124.500 ~ 9.870 - 15.200 0,7V - 149.570 V = 213.671,42 213.671,42/6.000 = 35,61 Afirmativa errada. Questão 23 Custo da MP = 7,5 + 10% = 8,25 CVU = 8,25 + 10 + 3,25 = 21,5 CV = 21,5 x 6.000 = 129.000 D.R.E.: Vendas (-) CV (-) CIF (-) Despesas (=) Lucro

168.000 (129.000) (9.870) (15.200) 13.930

13.930/18.430 = 0,7558 0,7558 - 1 = 24,42% Afirmativa Errada.

231

Capítulo 12

Contabilidade de Custos

Questão 24 D.R.E.: Vendas (168.000 + 1,5%) (-) CV (124.500 + 1%) (-) CIF (9.870 + 1%) (-) Despesas (15.200 + 1%) (=) Lucro

170.520 (125.745) (9.969) (15.352) 19.454

19.454/18.430 = 5,55% Afirmativa errada. Questão 25 MOD (1) = 10 MOD (2) = 15x0,65 = 9,75 Variação Orçamentária Favorável = 0,25 Afirmativa errada. Questão 26 Calculando as variações: Matéria-prima: 0,6kg + 20% = 0,72. 0,72 x 7,5 = 5,4 MOD: 0,5 x R$8,00 = R$4,00. Custo unitário direto do produto = 5,4 + 4 = R$9,40. CUP(l) = R$8,5 (4,5 + 4,0) CUP(2) = R$9,4 Variação = 9,4/8,5 = 10,6% Afirmativa correta. Questão 27 Matéria-prima: R$4,5 (dado) MOD: 0,5h + 20% = 0,6h 0,6 x 8 = 4,8 Custo unitário direto do produto: 4,5 + 4,8 = R$9,3.

Bernardo Cherman

232

Custo padrão

CUP(l) = R$8,5 CUP(2) = R$9,3 Variação = 9,3/8,5 = 9,4% Afirmativa incorreta. Questão 28 Matéria-prima: R$4,50 (dado) MOD: 0,5h - 40% = 0,3h R$8,00/h + 10% = R$8,80 0,3 x R$8,80 - 2,64 Custo unitário direto do Produto: 4,5 + 2,64 = R$7,14 CUP(l) = R$ 8,5 CUP(2) = R$ 7,14 Variação = O custo unitário diminuiu, logo, houve uma variação favorável de 16% (7,14/8,5 = 0,84.1 - 0,84 = 16%). Afirmativa correta. Questão 29 Afirmativa correta. A variação trará um aumento nos custos e consequentemente necessitará de um volume maior de receita de vendas para cobrir estes novos custos. Questão 30 Afirmativa errada. Matéria-prima: 0,6 x 7,5 = 4,5 4,5 - 20% = 3,6 MOD: 0,5h - 10% = 0,45h 0,45 x 8 = 3,6 Custo unitário direto do produto: 3,6 + 3,6 = R$7,2 Questão 31 Afirmativa correta. Aplicando na fórmula: Peq = CF/MCU Onde MCU = PVu - Cvu

233

Capítulo 12

Contabilidade de Custos

Peq = Ponto de Equilíbrio CF = Custos + Despesas fixos = 12.500 + 6.200 = 18.700 MCU = Margem de Contribuição Unitária PVU - Preço de Venda Unitária = 18,50 CVU = Custos Variáveis Unitários - 8 , 5 MCU = 18,50 - 8,50 = 10. Peq = 18.700/10 = 1.870. Questão 32 Afirmativa errada. Aplicando a fórmula dada na questão anterior: MCU = Pvu - Cvu = 10,5 - 8,5 = 2 Peq = 18.700/2 = 9.350 Questão 33 Afirmativa correta. A forma mais fácil de resolver a questão é através da D.R.E., sendo Q quantidade procurada: Vendas (-) CF

(-) cv (=) Lucro

16,5 xQ 18.700 8,5 xQ 6.500

Montando a equação: 16,5 x Q ~ 18.700 - 8,5 x Q = 6.500 8 x Q = 25.200 Q = 25.200/8 Q = 3.150

Bernardo Cherman

2 34

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas* FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade de Custos. 4. ed. Rio de Janeiro: Ferreira. LEONE,George S. Curso de Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Atlas. CHERMAN, Bernardo. Contabilidade Geral 1. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos. BATISTA, Antônio Celso. Contabilidade Geral. 6. ed. São Paulo: Atlas. GELBCKE, Ernesto Rubens; IUDICIBUS, Sérgio de e MARTINS, Eliseu. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações - FIPECAFI. 6. ed. São Paulo: Atlas. HENDRIKSEN, Eldon S. E BREDA, Michael F. Van. Teoria da Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas. CFC - Conselho Federal de Contabilidade - Resolução 750/93.

235

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