Tangled Tangled #01 Emma Chase Sinopse: Drew Evans é um vencedor. Belo e arrogante, ele faz negócios multimilionários e seduz as mulheres mais bonitas de Nova York com apenas um sorriso. Ele tem amigos leais e uma família indulgente. Então, por que ele ficou trancado em seu apartamento, durante sete dias, se sentindo miserável e deprimido? Ele vai dizer que está com gripe. Mas todos nós sabemos que não é verdade. Katherine Brooks é brilhante, bonita e ambiciosa. Ela se recusa a deixar que nada - nem ninguém - atrapalhe seu caminho para o sucesso. Quando Kate é contratada como a nova associada do banco de investimento do pai de Drew, cada aspecto da vida do arrojado playboy é revirada no ar. Ela é irritante na competição profissional, sua atração por ela é perturbadora e seu fracasso em seduzi-la até a sua cama é exasperante. Então, quando Drew está à beira de ter tudo o que quer, sua confiança exagerada ameaça arruinar tudo. Será que ele vai ser capaz desvendar seus sentimentos de desejo e paixão, frustração e realização? Será que ele vai enfrentar o desafio mais importante da sua vida? Drew Evans pode ser um vencedor no amor? Tangled não é o livro de romance para sua mãe. É uma escandalosa, apaixonada e espirituosa narrativa sobre um homem que sabe muito sobre as mulheres... Apenas não tanto quanto ele acha que sabe.er sem...

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Junho/2013

Para Joe, Por me mostrar o que o amor verdadeiro é e por me dar vislumbres a cada dia sobre o funcionamento complicado do processo masculino.

de

pensamento

Capítulo Um VOCÊ VÊ ESSE CARA SEM BANHO, aquele com barba por fazer, jogado no sofá? Aquele cara de camiseta suja cinza e calça de moletom rasgada? Esse sou eu, Drew Evans. Eu não sou normalmente assim. Quer dizer, isso realmente não sou eu. Na vida real, eu estou bem arrumado, meu rosto é bem barbeado, e meu cabelo é preto penteado para trás nas laterais de uma forma que eu sempre falo, me faz parecer perigoso, mas profissional. Meus ternos são feitos à mão. Eu uso sapatos que custam mais do que o seu aluguel. Meu apartamento? Sim, este que eu estou agora. As cortinas estão fechadas e os móveis brilham com uma tonalidade azulada, reflexo da televisão. As mesas e o chão estão cobertos de garrafas de cerveja, caixas de pizza, e potes vazios de sorvete. Isso daqui não é o meu verdadeiro apartamento. Onde eu vivo normalmente é impecável, já que tem uma moça que vem fazer a faxina duas vezes por semana. E eu tenho todas as conveniências modernas, todos os brinquedos de garotos grandes que você possa pensar: som surround, com caixas de som espalhadas, e uma TV plasma de tela grande que faria qualquer homem cair de joelhos e implorar por mais.

A decoração é moderna, muito preto e aço inoxidável — e quem entra sabe que um homem vive lá. Então, como eu disse - o que você está vendo agora não é o meu verdadeiro eu. Eu estou com gripe. Influenza. Você já notou que algumas das piores doenças da história têm um som lírico? Palavras como malária, diarreia, cólera. Você acha que eles fazem isso de propósito? Por ser uma boa maneira de dizer que você está sentindo como algo que saiu da bunda do seu cão? Influenza. Soa bonito, quando você fala o seu nome. Pelo menos eu tenho certeza que é o que eu tenho. É por isso que estou enfiado escondido em meu apartamento nesses últimos sete dias. É por isso que eu deixei meu telefone desligado, para que eu me levante do sofá apenas para usar o banheiro, ou para pegar a comida que eu pedi com o entregador. De qualquer maneira, quanto tempo pode durar uma gripe? Dez dias? Um mês? A minha começou há uma semana. Meu despertador tocou às cinco horas, como sempre. Mas, em vez de me levantar da cama para ir ao escritório, onde eu sou uma estrela, eu joguei o relógio do outro lado da sala, quebrandoo e o enviando ao reino dos céus dos relógios. Ele era chato de qualquer maneira. Relógio estúpido. Estúpido bip-bipbip. Rolei e voltei a dormir. Quando finalmente consegui arrastar a minha bunda para fora da cama, eu me senti fraco e enjoado. Meu peito doía, minha cabeça doía. Veja - era a gripe, certo? Eu não conseguia dormir mais, então eu

me plantei aqui, no meu fiel sofá. Ele era tão confortável, que eu decidi ficar aqui. Durante toda a semana. Assistindo aos maiores sucessos de Will Ferrell na minha TV de plasma. 'Âncora: A Lenda de Ron Burgundy', está passando agora. Eu já assisti três vezes hoje, mas eu ainda não ri. Nem uma vez. Talvez a quarta vez seja o momento que dê o click, certo? Agora há uma pessoa batendo na minha porta. Maldito porteiro. O que diabos ele está fazendo aqui? Ele vai se arrepender quando eu for dar a gratificação de Natal neste ano, você pode apostar sua bunda. Ignoro a batida, embora ela ocorra de novo. E mais uma vez. — Drew! Drew, eu sei que você está aí! Abra a porta! Oh, não. É “A cadela”. Também conhecida como a minha irmã, Alexandra. Quando eu digo a palavra cadela, eu quero dizer isso da maneira mais carinhosa possível, eu juro. Mas é o que ela é. Exigente, teimosa, implacável. Eu vou matar o meu porteiro. — Se você não abrir essa porta, Drew, eu vou chamar a polícia para arrombar isso, eu juro por Deus! Viu o que eu quero dizer?

Eu agarro o travesseiro que está apoiado no meu colo desde que a gripe começou. Eu empurro meu rosto para ele e inalo profundamente. Tem cheiro de baunilha e lavanda. Fresco, limpo e viciante. — Drew! Você está me ouvindo? Eu puxo o travesseiro sobre minha cabeça. Não porque cheira a... ela... mas para bloquear o que continua batendo na minha porta. — Eu estou pegando o meu telefone! Estou ligando! — A voz de Alexandra é uma advertência chorosa, e eu sei que ela não está brincando. Eu suspiro profundamente e me forço a levantar do sofá. A caminhada até a porta leva tempo, cada passo nas minhas pernas doloridas e duras é um esforço. Gripe maldita. Abro a porta e me preparo para a ira da 'Vadia'. Ela está segurando o mais novo modelo de iPhone em sua orelha com uma mão muito bem cuidada. Seu cabelo loiro está puxado para trás em um nó simples, mas elegante, e uma bolsa verde escuro pendurada no ombro, do mesmo tom que a saia dela – tudo de Lexi tem que combinar. Atrás dela, parecendo apropriadamente contrito em um terno azul marinho enrugado, está o meu melhor amigo e colega de trabalho, Matthew Fisher. Eu te perdoo, Porteiro. É Matthew quem deve morrer. — Jesus Cristo! — Alexandra grita, horrorizada. — Que diabos aconteceu com você? Eu disse que esse não era o meu verdadeiro eu.

Eu não dou nenhuma resposta a ela. Eu não tenho energia. Eu simplesmente deixo a porta aberta e caio de cara no meu sofá. É macio e quente, mas firme. Eu te amo, sofá - Eu já te disse isso? Bem, eu estou dizendo a você agora. Embora meus olhos estejam enterrados no travesseiro, sinto Alexandra e Matthew caminhando lentamente para dentro do apartamento. Imagino o choque em seus rostos à condição do local. Eu espreito para fora de meu casulo e vejo que meu pensamento estava certo. — Drew? — Eu a ouço perguntar, mas desta vez há uma preocupação estampada em cada sílaba. Então, ela fica brava novamente. — Pelo amor de Deus, Matthew, por que você não me chamou mais cedo? Como você pôde deixar isso acontecer? — Eu não o tinha visto ainda, Lex! — Matthew diz rapidamente. Veja ele tem medo da cadela também. — Eu vim todos os dias. Ele não quis abrir a porta para mim. Sinto o sofá afundar, enquanto ela se senta ao meu lado. — Drew? — Ela diz em voz baixa. Eu sinto sua mão correr suavemente pela parte de trás do meu cabelo. — Amor? Sua voz é tão dolorosamente preocupada, que me faz lembrar da minha mãe. Quando eu era garoto e ficava doente em casa, mamãe vinha no meu quarto com chocolate quente e sopa em uma bandeja. Ela beijava a minha testa para ver se ainda ardia em febre. Ela sempre me fazia sentir melhor. A memória e ações similares de Alexandra trouxeram umidade aos meus olhos fechados.

Eu estou uma merda ou o quê? — Eu estou bem, Alexandra. — Eu digo a ela, embora não tenha certeza se ela consegue me ouvir. Minha voz está enterrada no travesseiro com um doce cheiro. — Eu estou gripado. Eu ouço o barulho de uma caixa de pizza se abrindo, e um gemido quando o cheiro de queijo podre e calabresa sai do recipiente. — Não é exatamente uma dieta de alguém com gripe, Irmãozinho. Ouço o barulho das garrafas de cerveja e do lixo, e eu sei que ela está começando a arrumar a bagunça. Eu não sou a única aberração da minha família. — Oh, isso é simplesmente tão errado! — Ela suspira fortemente, e, a julgar pelo fedor que se junta ao aroma de pizza podre, eu imagino que ela acabou de abrir um pote de sorvete que estava lá há três dias, e não estava tão vazio quanto eu pensava. — Drew. — Ela sacode meus ombros levemente. Eu desisto e me sento, esfregando o esgotamento nos meus olhos, semelhante ao meu corpo. — Fale comigo. — ela pede. — O que está acontecendo? O que aconteceu? Ao olhar para a expressão preocupada de vadia da minha irmã, eu sou lançado de volta no tempo, mais de 22 anos atrás. Tenho seis anos, e meu hamster, Sr.. Wuzzles, acabou de morrer. E, assim como naquele dia, a dolorosa verdade é arrancada de meus pulmões. — Finalmente aconteceu. — O que aconteceu?

— O que você desejou para mim todos esses anos. — eu sussurro. — Eu me apaixonei. Eu olho para cima para ver seu sorriso se formando. É o que ela sempre quis para mim. Ela está casada com Steven desde sempre, e foi apaixonada por ele por mais tempo ainda. Então, ela nunca concordou com a maneira como eu vivo a minha vida e mal pode esperar para me acalmar. Para encontrar alguém para cuidar de mim, do jeito que ela cuida de Steven. Do jeito que a nossa mãe ainda toma conta de nosso pai. Mas eu disse a ela que isso nunca iria acontecer - não era o que eu queria. Por que levar um livro para a biblioteca? Por que trazer areia para a praia? Por que comprar a vaca se você recebe o leite de graça? Você está começando a ver o quadro inteiro aqui? Então, quando a vejo começar a sorrir, em uma voz baixa que eu nem sequer reconheço, eu digo: — Ela vai se casar com outra pessoa. Ela não... ela não me quer, Lex. Simpatia se espalha pelo rosto da minha irmã, como geleia no pão. E então, determinação. Porque Alexandra resolve problemas. Ela pode desentupir ralos, remendar amassado de paredes, e remover manchas de qualquer tapete. Eu já sei o que está acontecendo em sua cabeça neste momento: se seu irmãozinho caçula está apaixonado, ela simplesmente vai uni-los novamente. Eu gostaria que fosse assim tão fácil. Mas eu acho que nem todo os super bonder do mundo irá remendar meu coração em um único pedaço novamente. Eu mencionei que sou um pouco poeta também?

— Ok. Podemos corrigir isso, Drew. Eu conheço a minha irmã ou o quê? — Você vai tomar um longo banho quente. Eu vou limpar este desastre. Então, nós vamos sair. Nós três. — Eu não posso sair. — Será que ela não estava ouvindo? — Eu estou gripado. Ela sorri com compaixão. — Você precisa de uma boa refeição quente. Você precisa de um banho. Você vai se sentir melhor depois. Talvez ela esteja certa. Deus sabe que tudo que tenho feito nesses últimos sete dias, não me fez sentir melhor. Eu dou de ombros e me levanto para fazer o que ela diz. Como uma criança de quatro anos de idade, que precisa do seu brinquedo preferido para lhe passar segurança emocional, eu levo o travesseiro premiado comigo. No meu caminho até o banheiro, eu não posso deixar de pensar em como tudo aconteceu. Uma vez eu tive uma boa vida. Uma vida perfeita. E então tudo foi lançado à merda. Oh - você quer saber como? Você quer ouvir a minha história triste? Ok, então vamos lá. Tudo começou alguns meses atrás, em uma noite normal de sábado. Bem, normal para mim de qualquer maneira.

Quatro meses antes... — Foda-se, sim. Isso é bom. Sim, eu gosto disso. Está vendo aquele cara – de terno preto e diabolicamente bonito? Sim, o cara recebendo o sexo oral da ruiva exuberante na cabine do banheiro? Esse sou eu. O meu verdadeiro eu. EAG: Eu Antes da Gripe. — Jesus, baby, eu vou gozar. Vamos pausar aqui por um segundo. Para as mulheres que estão ai fora escutando, me deixe lhe dar um conselho grátis: sabe aquele cara que você acabou de conhecer em um clube, e que te chama de amor, querida, anjo, ou qualquer outro termo carinhoso genérico? Não cometa o erro de pensar que ele está afim de você, ele está pensando em nomes que pode dar ao seu animal de estimação. É porque ele não pode ou não se importa em se lembrar do seu verdadeiro nome. E nenhuma garota quer ser chamada pelo nome errado, quando está de joelhos, trabalhando em um boquete no banheiro masculino. Então, só para me manter seguro, eu vou sempre com baby. Seu verdadeiro nome? Será que isso importa? — Foda-se, baby, eu vou gozar. Ela remove a boca com um pop e captura a porra na sua boca, como uma jogadora da liga principal. Depois disso, eu me movo até a pia para me limpar e fechar minha calça. A ruiva olha para mim com um sorriso,

enquanto faz um bochecho com uma pequena garrafa de água que estava em sua bolsa. Encantador. — Que tal um drink? — Ela pergunta, no que eu tenho certeza que ela acha que é uma voz sensual. Mas aqui está um fato para você - uma vez que eu estou farto, estou farto. Eu não sou o tipo de cara que sobe na mesma montanha-russa duas vezes. Uma vez é suficiente, e, em seguida, a emoção desaparece, e portanto o interesse. Mas, minha mãe me ensinou a me comportar como um cavalheiro. — Claro, querida. Você encontra uma mesa, que eu vou pegar alguma coisa no bar. — Depois de tudo, a ruiva fez um belo trabalho me chupando. Ela merece uma bebida. Depois de sair do banheiro, ela se dirige para a mesa, e eu vou para o bar, oh... tão lotado. Eu mencionei que era sábado à noite, certo? E aqui é o REM. Não, não R.E.M.1 - rem, como o sono REM, como quando você sonha. Entendeu? É o clube mais quente em Nova York. Bem, pelo menos esta noite ele é. Na próxima semana, será algum outro clube. Mas a localização não importa. O roteiro é sempre o mesmo. Todo fim de semana eu e meus amigos saímos juntos para um lugar assim, mas vamos embora separados - e nunca sozinhos. Não olhe assim para mim. Eu não sou um cara mau. Eu não minto, eu não engano as mulheres com palavras floridas sobre um futuro juntos e amor 1

Banda de Rock americana

à primeira vista. Eu sou um jogador em linha reta. Estou à procura de um pouco de diversão - para uma noite - e eu lhes digo exatamente isso. E isso é melhor do que noventa por cento dos outros caras agem, acredite. E a maioria das garotas nesse lugar estão procurando a mesma coisa que eu. Ok, talvez isso não seja exatamente verdade. Mas eu não posso fazer nada se elas me veem, trepam comigo, e de repente, querem ter meus filhos. Isso não é problema meu. Como eu disse, eu lhes digo como é, dou uma boa diversão e, em seguida, pago o taxi até a sua casa. Obrigado, boa noite. Não me ligue, porque eu te garanto como o inferno que não vou ligar para você. Finalmente no meio da multidão do bar, eu peço duas bebidas. Eu levo um momento assistindo aos corpos se contorcendo e se misturando na pista de dança, enquanto a música vibra ao redor. E então eu a vejo de pé, 4,5 metros de onde estou, esperando pacientemente, mas parecendo um pouco desconfortável com o rebanho de braços erguidos, acenando com o dinheiro para pedir uma bebida, tentando chamar a atenção do garçom. Eu disse que sou poético, certo? A verdade é que eu não sou sempre. Não até este momento. Ela é magnífica - angelical - linda. Escolha uma palavra, qualquer maldita palavra. No final das contas, o resultado daquela visão é que, por um momento, eu me esqueci de como respirar. Seu cabelo é longo e escuro, e brilha mesmo sob a luz fraca do clube. Ela está usando um vestido frente única vermelho - sexy, mas elegante - que acentua cada curva perfeitamente definida do seu corpo. Sua boca é cheia e exuberante, com os lábios implorando para ser tomados.

E seus olhos. Puta que pariu. Seus olhos são grandes, redondos e infinitamente escuro. Imagino esses olhos olhando para mim, enquanto ela toma meu pau em sua boquinha quente. Apenas em pensar nisso, ele imediatamente acorda para a vida. Eu tenho que tê-la. Eu rapidamente faço meu caminho em sua direção, já tendo decidido que ela é a mulher de sorte que terá o prazer de minha companhia pelo resto da noite. E que prazer ela terá. Cheguei na hora que ela estava abrindo a boca para pedir uma bebida, eu intervenho com — A senhorita vai querer... — Eu olho para ela, imaginando o que ela estaria bebendo. Este é um talento que eu tenho. Algumas pessoas gostam de cerveja, algumas de uísque com refrigerante, algumas um vinho envelhecido, outras são brandy ou o doce champanhe. E eu sempre acerto o que é - sempre. — ...um Veramonte Merlot, 2003. Ela se vira para mim com uma sobrancelha levantada, e seus olhos me avaliam da cabeça aos pés. Decidindo seu eu não sou um perdedor, então ela diz: — Você é bom. Eu sorrio. — Eu vejo que a minha reputação me precede. Sim, eu sou. E você é linda. Ela cora. Na verdade, ela fica fodidamente rosa nas bochechas e olha para longe. Que mulher ainda cora? Isso é malditamente adorável. — Então, o que você acha de encontrarmos um lugar mais confortável... e privado? Assim, podemos nos conhecer melhor. Sem perder o ritmo, ela diz: — Eu estou aqui com alguns amigos. Estamos comemorando. Eu não costumo vir a lugares como este.

— O que estamos comemorando? — Eu acabei de terminar o meu MBA e inicio um novo trabalho na segunda-feira. — Sério? Que coincidência. Eu também sou um cara do mercado financeiro. Talvez você já tenha ouvido falar de minha empresa? Evans, Reinhart e Fisher? — Nós somos o banco de investimento mais quente da cidade, então, eu tenho certeza que ela está devidamente impressionada. Vamos apenas fazer uma pausa aqui de novo, não é? Você imaginou o arredondamento de boca dessa linda mulher, quando eu disse a ela onde eu trabalho? Você viu o alargamento dos seus olhos? Isso deveria ter me dito alguma coisa. Mas eu não percebi na hora - eu estava muito ocupado verificando seus seios. Eles são perfeitos, por sinal. Menor do que o que eu costumo pegar, mas não muito. Mas, isso não me preocupa nem um pouco, aquele tamanho é tudo que você precisa. Meu ponto é, lembre-se daquele olhar de surpresa - que vai fazer todo o sentido mais tarde. Agora, de volta para a conversa. — Nós temos muito em comum. — eu digo. — Nós dois estamos no mesmo negócio, nós dois gostamos de um bom tinto... Eu acho que nós devemos dar isso a nós dois, ver onde isto pode chegar, hoje à noite. Ela ri. É um som mágico. Agora eu devo explicar uma coisa aqui. Com qualquer outra mulher, em qualquer outra noite, eu estaria em um táxi nesse momento, com a minha mão sob o seu vestido e minha boca fazendo-a gemer. Nenhuma pergunta. Para

mim, era chocante ainda estar trabalhando para isso. E por incrível que pareça, era um pouco excitante. — Á propósito, eu sou Drew. — Eu estendo minha mão. — E você? Ela segura minha mão. — Noiva. Implacável, eu pego a mão dela e beijo seus dedos, varrendo um pouco com a minha língua. Eu vejo a sua beleza relutantemente tentando suprimir um arrepio, e eu sei que, apesar de suas palavras, eu estou mexendo com ela. Veja, eu não sou aquele tipo que ouve o que as pessoas dizem. Eu observo como elas dizem isso. E você pode saber muito sobre uma pessoa, se você levar um tempo para observar a forma como se move, a mudança na expressão dos olhos, a ascensão e queda em sua voz. Os seus olhos podem estar me dizendo não... mas seu corpo? Seu corpo está gritando, sim, sim, me foda no bar. No espaço de três minutos, ela me disse por que está aqui, o que ela faz para ganhar a vida, e me permitiu acariciar sua mão. Essas não são as ações de uma mulher que não está interessada essas são as ações de uma mulher que não quer estar interessada. E eu definitivamente posso trabalhar com isso. Estou prestes a comentar sobre seu anel de noivado, o diamante é tão pequeno que até mesmo em uma inspeção rigorosa, quase não podia ser localizado. Mas eu não quero ofendê-la. Ela disse que acabou de se formar. Tenho amigos que tiveram que pedir empréstimos para conseguir formar, e os empréstimos podem ser esmagadores. Então eu tento uma tática diferente - a honestidade. — Melhor ainda. Você não vai a lugares como este? Eu não mantenho relacionamentos. Nós

somos uma combinação perfeita. Devemos explorar ainda mais essa conexão, você não acha? Ela ri novamente, e nossas bebidas chegam. Ela alcança a dela. — Obrigada pela bebida. Eu tenho que voltar para os meus amigos agora. Foi um prazer. Dou-lhe um sorriso perverso, incapaz de me ajudar. — Baby, se você me deixar levá-la para fora daqui, eu vou dar à palavra prazer um significado totalmente novo. Ela balança a cabeça com um sorriso, como se estivesse falando com uma criança petulante. Em seguida, ela fala por cima do ombro enquanto se afasta. — Tenha uma boa noite, Sr. Evans. Como eu disse, eu sou normalmente um homem observador. Sherlock Holmes e eu, nós poderíamos sair juntos e arrebentar. Mas eu estou tão extasiado com a visão daquela doce bunda, que inicialmente não presto atenção as suas palavras. Você notou? Você pegou o pequeno detalhe que deixei passar? Esse mesmo. Ela me chamou de “Sr. Evans” - mas eu nunca disse a ela o meu sobrenome. Lembre-se disso também. No momento, eu permito a mulher misteriosa de cabelos escuros se retirar. Tenho a intenção de lhe dar alguma folga, então jogo o anzol nela e... pronto, bastar puxar. Eu pretendo persegui-la o resto da noite, se for preciso. Ela é apenas malditamente quente. Mas, então, a ruiva - sim a do banheiro masculino - me encontra. — Aí está você! Eu pensei que eu tinha te perdido. — Ela empurra seu corpo contra

o meu lado e esfrega o braço intimamente. — Que tal a gente ir para a minha casa? É aqui mesmo, apenas virando a esquina. Ah, obrigado - mas não, obrigado. A ruiva rapidamente se tornou uma memória distante. Minha vista já definida agora, com perspectivas mais intrigantes. Estou prestes a lhe dizer isso, quando outra ruiva aparece ao lado dela. — Esta é minha irmã, Mandy. Eu disse a ela tudo sobre você. Ela pensou que nós três poderíamos... você sabe... nos divertir um pouco. Eu viro meu olhar para a irmã da ruiva - sua irmã gêmea, na verdade. E assim, meus planos mudam. Eu sei, eu sei... Eu disse que eu não ando na mesma montanha russa duas vezes. Mas montanhas russas gêmeas? Deixe-me dizer, nenhum homem iria recusar esse passeio.

Capítulo Dois Eu mencionei que adoro o meu trabalho? Se eu fosse comparar minha empresa como um dos grandes times do NBA , eu seria o melhor jogador da temporada. Eu sou sócio de um dos bancos de investimento em Nova York, especializado em mídia e tecnologia. Sim, sim, meu pai e seus dois amigos mais próximos começaram a empresa. Mas isso não significa que eu não tive que ralar pelo meu espaço, para chegar onde estou - porque eu ralei. Também não significa que eu não como, respiro, durmo e trabalho para ganhar essa reputação que eu tenho, porque eu faço exatamente isso. O que eu faço como banqueiro, você pergunta? Bem, você lembra, em Uma Linda Mulher, quando Richard Gere fala para Julia Roberts que sua empresa compra tudo e vende peça por peça? Eu sou o cara que ajuda a fazer isso. Eu negocio os acordos, elaboro os contratos, faço a análise e investigação sobre a empresa que será vendida, os projetos de contratos de crédito, e muitas outras coisas sobre as quais eu tenho certeza que você não tem interesse de ouvir. Agora você provavelmente está se perguntando por que um cara como eu está citando um filme mulherzinha, como 'Uma Linda Mulher'?

A resposta é simples: Crescendo com a minha mãe forçando a ter “um filme da família à noite” a cada semana. A cadela da minha irmã tinha que escolher qual era o filme a cada duas semanas. Ela passou por toda essa obsessão com Julia Roberts e forçou esse filme pela minha garganta por, tipo, um ano. Eu poderia recitar a maldita coisa verbo por verbo. Embora eu tenha que admitir - Richard Gere. Ele é muito legal. Agora, de volta para o meu trabalho. A melhor parte sem dúvida, é o sentimento quando eu fecho um negócio, realmente um bom negócio. É como limpar a mesa em um cassino de Vegas. É como ser pego por Jenna Jameson2 para estrelar em seu próximo filme pornô. Não há nada - e eu quero dizer nada - melhor. Eu faço a prospecção de meus clientes, recomendando que movimentos eles devem fazer. Eu sei quais as empresas estão morrendo de vontade de ser compradas e quais precisam de uma aquisição hostil. Eu sou o único com a informação privilegiada sobre qual magnata da mídia está pronto para saltar da ponte de Brooklin, porque ele gastou os lucros da empresa em prostitutas de alto nível. A competição por clientes é feroz. Você tem que seduzi-los, fazê-los querer você, fazê-los acreditar que ninguém mais pode fazer por eles o que você pode. O segredo é como conseguir isso. É similar a ser uma prostituta, mas em vez de levar um chute na bunda ao final do dia, eu recebo um cheque grande, gordo. Eu ganho muito dinheiro para mim e para meus clientes muito.

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Atriz de filmes pornográficos.

Os filhos de sócios do meu pai também trabalham aqui, Matthew Fisher e Steven Reinhart. Sim, esse Steven - O marido da cadela. Como os nossos pais, nós três crescemos juntos, fomos para a escola juntos, e agora trabalhamos juntos na empresa. Os velhos deixaram o trabalho de verdade nas nossas mãos. Eles checam de vez em quando, para sentir como estão indo suas coisas, e então saem direto para o clube de campo para ter uma tarde jogando golfe. Matthew e Steven também são bons no trabalho - não me interpretem mal. Mas eu sou a estrela. Eu sou o tubarão. Eu sou o único que os clientes pedem e que assustam as empresas. Eles sabem disso e eu também Segunda-feira eu estou no meu escritório às nove horas da manhã, como sempre. Minha secretária - uma loirinha com um corpo agradável - já está lá, pronta com a minha agenda para o dia, minhas mensagens do fim de semana, e a melhor maldita xicara de café da área em três estados. Não, eu não dormi com ela. Não que eu não fosse gostar. Confie em mim, se ela não trabalhasse para mim, eu a golpearia mais do que Mohammed Ali. Mas eu tenho regras - normas, pode-se dizer. Uma delas é não brincar no escritório. Eu não faço coisas assim, eu não trepo no trabalho. Esqueça as questões de assédio sexual que trariam à tona, simplesmente não é um bom negócio. Não é profissional. Então, por isso Erin é a única mulher, além das minhas parentes de sangue, com a qual eu tenho interações platônicas, ela também é o único membro do sexo oposto que eu considero uma amiga. Nós temos uma ótima relação de trabalho. Erin é simplesmente... incrível.

Essa é outra razão pela qual eu não iria transar com ela, mesmo se ela ficasse de pernas abertas na mesa pedindo por isso. Acredite ou não, uma boa secretária - uma muito boa - é difícil de encontrar. Tive garotas que trabalhavam para mim, que eram tão jumentas que deviam trepar só anal. Já tive outras que eu percebia, apenas um leve toque em suas costas, ela já estava pronta para ser levada, se você sabe o que quero dizer. Essas são as garotas que quero encontrar em um bar em uma noite de sábado - não o tipo que eu quero que atenda as minhas ligações na segunda de manhã. Portanto, agora você já entendeu um pouco as coisas? Vamos voltar para a minha descida ao inferno. — Eu alterei seu almoço das 13hs com Mecha, para uma reunião às 16hs. — Erin me disse, com uma pilha de mensagens. Merda. Mecha Communications é um conglomerado de mídia multibilionário. Eu tenho trabalhado em sua aquisição por uma rede espanhola durante meses, e o CEO, Radolpho Scucini, é sempre mais receptivo com o estômago cheio. —Por quê? Ela me entregou uma pasta. — Hoje nesse horário, haverá um almoço na sala de conferência. Seu pai está apresentando um novo associado. Você sabe como ele é sobre essas coisas. Você já ouviu aquela canção de Natal? Claro que já - uma versão que sempre está em algum canal, a qualquer hora, todos os dias antes do Natal. Bem, você sabe, quando o Fantasma do Natal leva aquele personagem mesquinho ao passado, de volta ao tempo em que ele era jovem e feliz? E ele

tinha aquele patrão, Fezziwig, o gordo que dava as grandes festas? Sim, aquele cara. Esse é o meu pai. Meu pai ama esta empresa e vê todos os seus funcionários como sua família. Ele encontra qualquer desculpa para dar uma festa no escritório. Festas de aniversário, chás de bebê, almoços de Ação de Graças, buffets do Dia do Presidente, jantares de Dia de Colombo... preciso dizer mais? É um milagre qualquer trabalho realmente ser feito. E o Natal? Esqueça. As Festas de Natal do meu pai são lendárias. Todo mundo vai para casa com cara de merda. Algumas pessoas nem vão para casa. No ano passado, pegamos dez funcionários de um banco rival tentando esgueirar-se, só porque a festa é malditamente fantástica. E tudo é feito para alcançar a atmosfera - o clima exato - que meu pai quer nesta empresa. Ele ama seus funcionários, e eles o adoram de volta. Devoção, lealdade nós temos de sobra. Isso é parte do que nos torna a melhor empresa. Porque as pessoas que trabalham aqui entregariam facilmente o seu primogênito para o meu velho. Ainda assim, há dias - dias como hoje, quando eu preciso de um tempo para conquistar um cliente - que suas celebrações podem ser realmente um pé no saco. Mas já era. Minha segunda-feira está lotada, então eu vou para minha mesa e começo a trabalhar. E antes que eu possa piscar, é uma da tarde, e eu estou a caminho da sala de conferência. Eu vejo um cabelo ruivo brilhante familiar, ligado a um corpo atarracado e baixo. Esse é Jack O'Shay. Jack começou na empresa há seis anos, no mesmo ano que eu. Ele é um cara legal, e companheiro frequente do fim de semana. Próximo a ele está Matthew,

conversando, animadamente, enquanto passa uma grande mão pelo cabelo cor de areia. Eu pego a minha comida do buffet e me junto a eles, enquanto Matthew está contando sua noite de sábado. — Então, ela irrompe com algemas e um chicote. Uma porra de um chicote! Eu pensei que fosse broxar ali mesmo, eu juro por Cristo. Quero dizer... ela foi para um convento... realmente estudou para ser freira, cara, porra! — Eu disse a você, as mais sossegadas, são sempre as mais pervertidas, — Jack acrescentou com uma gargalhada. Matthew vira seus olhos castanhos para Steven e lhe diz: — Sério, cara. Você tem que sair com a gente. Apenas uma vez, eu estou te implorando. Eu sorrio com isso, porque eu sei exatamente o que está por vir. — Sinto muito, você já conheceu minha esposa? — Steven pergunta, a testa enrugada em confusão. — Não seja uma bichinha. — Jack lança. — Diga a ela que vai jogar cartas ou algo assim. Viva um pouco. Steven tira os óculos e limpa as lentes com um guardanapo, enquanto parece considerar a ideia. — Ceeeerto. E quando ela descobrir - e Alexandra vai definitivamente descobrir, eu lhe garanto - ela vai servir as minhas bolas em uma bandeja de prata. Com uma boa manteiga de alho e molho ao lado, acompanhado de um bom Chianti. Ele fez um som sugando, igual à Hannibal Lecter que me rir pra caramba.

— Além disso — ele se alegra, colocando os óculos de volta, e estendendo suas mãos sobre a sua cabeça — Eu tenho filé mignon em casa, garotos. Eu não estou interessada em carne de terceira. — Covarde. — Matthew tosse, enquanto Jack sacode a cabeça para o meu cunhado e diz: — Mesmo um bom filé enjoa, se você comê-lo todos os dias. — Não — Steven se defende sugestivamente — se você cozinhá-lo de maneira diferente a cada vez. Minha garota sabe como manter as minhas refeições picantes. Eu coloquei minha mão para cima e implorei: — Por favor. Por favor, pare aí. — Há apenas algumas imagens que eu não quero na minha cabeça. Nunca. — E quanto a você, Drew? Eu vi você sair com as gêmeas. Eram ruivas de verdade? — Jack me pergunta. Sinto o sorriso satisfeito crescer sobre meus lábios. — Oh, yeah. Elas eram de verdade. — E então eu descrevi a minha selvagem noite de sábado em cores vivas e deliciosos detalhes. Ok, vamos parar agora, porque eu posso ver esse olhar crítico sobre o seu rosto. E eu posso ouvir sua desaprovação estridente: Que cara idiota. Ele teve relações sexuais com uma garota - bem, neste caso, duas garotas - e agora está contando a seus amigos sobre isso. Isso é muuuito desrespeitoso. Primeiro de tudo, se uma garota quer que eu a respeite, ela precisa agir como alguém que vale a pena respeitar. Em segundo lugar, eu não estou tentando ser um idiota, eu só estou sendo um cara. E todos os caras conversam com seus amigos sobre sexo.

Deixe-me repetir isso, no caso de você não ter entendido: TODOS OS CARAS CONVERSAM COM SEUS AMIGOS SOBRE SEXO. Um cara te disse que ele não faz isso? Dê o fora nele, porque ele está mentindo para você. E outra coisa - eu ouvi minha irmã e suas amiguinhas tendo seus batepapos também. Algumas das coisas que saíram de sua boca poderiam ter feito Larry Flynt corar. Portanto, não aja como se as mulheres não falassem tanto quanto nós homens ... porque eu sei que é fato que elas fazem isso. Depois de expor os melhores pontos do meu fim de semana, a conversa na mesa vira para o futebol e a eficácia da ofensa de Manning. No fundo, eu ouço a voz do meu pai, quando ele fica na frente da sala, detalhando as grandes realizações do mais novo associado, cujo arquivo eu não me incomodei em abrir esta manhã. Wharton School3, da Universidade da Pensilvânia, a primeira em sua classe, estagiária do Credit Suisse, blá... blá... blá. Eu ouço seu tom subindo e descendo, enquanto joga conversa fora, e meus pensamentos se voltam para a parte do meu sábado à noite que eu não me incomodei em dizer aos meus amigos: uma conversa rápida com uma deusa morena, para ser exato. Eu ainda posso ver aqueles olhos redondos escuros de forma tão clara na minha cabeça. Aquela boca deliciosa, o cabelo brilhante que deveria ser tão suave como parecia.

3

É considerada uma das melhores escolas de negócio do mundo.

Não é a primeira vez, neste último dia e meio, que a imagem dela apareceu em minha cabeça, espontaneamente. Na verdade, parece que a cada hora uma imagem de uma parte dela aparece na minha cabeça, e eu me pego imaginando o que aconteceu com ela. Ou, mais precisamente, o que poderia ter acontecido se eu tivesse ficado lá, e procurado por ela. É estranho. Eu não sou de relembrar encontros aleatórios durante minhas aventuras de fim de semana. Normalmente, elas desaparecem dos meus pensamentos no momento em que levanto da cama. Mas havia algo sobre ela. Talvez seja porque ela me rejeitou. Talvez seja porque eu não descobri o seu nome. Ou talvez fosse aquela bunda docemente tonificada, que me fez querer agarrá-la e nunca a deixar ir. Enquanto as imagens em minha mente retornam, focando essa característica particular, uma agitação familiar começa na região sul, se você me entende. Eu mentalmente tentei afastá-la. Eu não tinha uma ereção espontânea, desde que eu tinha doze anos. Qual é o meu problema? Parece que eu vou ter que ligar para essa gostosa que me deu o número no café esta manhã. Normalmente eu reservo esses tipos de atividades para os fins de semana, mas aparentemente meu pau precisa de uma exceção. A esta altura, eu estava na frente da sala, na fila para o aperto de mão habitual de boas-vindas a todos os novos funcionários. Como eu estava quase no inicio da fila, meu pai me viu e veio me cumprimentar com um tapa carinhoso nas costas. — Fico feliz que você esteja aqui, Drew. Esta nova garota tem realmente potencial. Eu quero que você cuide dela pessoalmente, mantenha-a sob sua

asa, ajude-a a nos seus passos. Você faz isso, filho, e eu garanto que ela vai decolar e deixar a todos nós orgulhosos. — Claro, pai. Sem problema. Perfeito. Como se eu não tivesse o meu próprio trabalho para cuidar. Agora eu tenho que segurar a mão de alguma novata, enquanto ela navega no mundo escuro e assustador da América corporativa. Isso é simplesmente perfeito. Obrigado, pai. Finalmente, chega a minha vez. Ela está de costas para mim, enquanto caminho ao seu encontro. Eu reparo em seu cabelo escuro elegantemente preso em um coque baixo, seu pequeno tamanho. Meus olhos descem mais para baixo em suas costas enquanto ela fala com alguém na frente dela. Por instinto cai na sua bunda e... espere ai. Me dê um maldito minuto. Eu já vi essa bunda antes. Nem fodendo. Ela se vira. Porra Santa Merda. O sorriso no seu rosto amplia, enquanto seus olhos encontram o meu. Aqueles olhos brilhantes que eu me lembro de estar sonhando há pouco. Ela levanta a sobrancelha com o reconhecimento, e estende a mão. — Sr. Evans. Eu sinto a minha boca abrir e fechar, mas as palavras não saem. O choque em vê-la novamente - Aqui. De todos os lugares - deve ter

momentaneamente congelado a parte do meu cérebro que controla a fala. Quando as sinapses começam a funcionar mais uma vez, eu ouço o meu pai dizendo: — ...Brooks. Katherine Brooks. Ela tem potencial para chegar em qualquer lugar filho, e com a sua ajuda, ela vai nos levar com ela. Katherine Brooks. A garota do bar. A garota que eu deixei escapar. A garota cuja boca ainda estou desesperado para sentir em volta do meu pau. E ela trabalha aqui. No meu escritório, onde jurei nunca mais... nunca... minha cabeça está dando voltas. Enquanto ela estende sua mão macia e morna na minha, e dois pensamentos entram na minha cabeça ao mesmo tempo. A primeira é: Deus me odeia. A segunda é: Eu tenho sido um garoto diabólico e impertinente na maior parte da minha vida, e esta é a minha vingança. E você sabe o que eles dizem sobre a lei do retorno, certo? Yep. Essa lei é uma buceta peluda.

Capítulo Três EU SOU POR INTEIRO AUTO-DETERMINAÇÃO. Controle. Eu determino o caminho na minha vida. Eu decido meus fracassos e sucessos. Foda-se o destino. O destino pode beijar minha bunda. Se eu quero muito alguma coisa, eu posso tê-lo. Se eu me concentro, eu consigo, não há nada que eu não possa fazer. Qual é o ponto dessa minha postura, você pergunta? Por que eu estou soando como um orador no palco, em uma convenção de autoajuda? O que exatamente eu estou tentando dizer? Em poucas palavras: eu controlo o meu pau. Meu pau não me controla. Pelo menos, isso é o que eu venho dizendo a mim mesmo nessa última hora e meia. Me veja ali, na minha mesa, murmurando como um maldito esquizofrênico que não tomou os seus remédios? Eu estou recordando os meus dogmas, as crenças sagradas que têm me levado tão longe na vida. Aquilo que me fez ser um sucesso incontestável no quarto e na empresa. Que nunca falhou comigo antes. E que eu estou morrendo de vontade de jogar esse caralho pela janela. Tudo por causa da mulher no escritório no final do corredor. Katherine Brooks Todos-Me-Chamam-de-Kate. Fale sobre a merda de uma bola desviada.

Pela maneira que vejo, eu ainda poderia tentar o ouro. Tecnicamente falando, eu não conheci Kate no trabalho, eu a conheci em um bar. Isso significa que ela pode renunciar ao rótulo de “colega de trabalho” e manter o status de “amasso aleatório” com o qual ela foi originalmente designada. O quê? Eu sou um homem de negócios, é o meu trabalho encontrar brechas. Assim, pelo menos em teoria, eu definitivamente poderia pegá-la e não prejudicar minhas próprias leis pessoais. O problema com esta estratégia, naturalmente, é o que acontece em seguida. Os olhares com saudade, os olhos esperançosos, as tentativas patéticas em me fazer ciúmes. As reuniões supostamente “acidentais”, as perguntas sobre os meus planos, os passeios aparentemente casuais pela porta do meu escritório. Tudo o que inevitavelmente se transforma em comportamento semi-perseguidor, é extremamente perturbador. Algumas mulheres podem lidar com um caso de uma noite. Outras não podem. E eu definitivamente já estive no lado errado de quem não pode. Não é bonito. Então, você vê, não importa o quanto eu queira, não importa quão duro minha cabeça de baixo está tentando me levar por esse caminho, não é o tipo de coisa que eu quero pôr em meu local de trabalho. Meu santuário - a minha segunda casa. Isso não vai acontecer. Ponto final. É isso aí. Fim da discussão. Caso encerrado.

Kate Brooks está oficialmente riscada da minha lista de casos potenciais. Ela é proibida, intocável, de-jeito-nenhum-nunca. Ao lado de ex-namoradas dos meus amigos, a filha do patrão, e melhores amigas da minha irmã. Bem, essa última categoria talvez seja uma área um pouco cinzenta. Quando eu tinha dezoito anos, a melhor amiga de Alexandra, Cheryl Phillips, passou o verão em nossa casa. Deus a abençoe - a garota tinha uma boca como um aspirador Hoover. Para minha sorte, A Vadia nunca soube das visitas de sua amiga ao meu quarto às duas da manhã. Teria sido um inferno - e eu estou falando de fogo e enxofre-de-apocalípticas-proporções-infernais - se ela tivesse. De qualquer forma, onde eu estava? Ah, certo. Eu estava explicando porque eu tomei uma decisão definitiva de que a bunda de Kate Brooks é uma que eu, infelizmente, nunca vou tocar. E eu estou bem com isso. Realmente. E eu quase acredito em mim mesmo. Até ela aparecer na minha porta. Cristo. Ela está usando óculos. Um tipo de armação escura. A versão feminina de Clark Kent. Eles seriam bonitos e atraentes na maioria das mulheres, em um estilo nerd. Mas nela não. Na ponta desse minúsculo nariz, enquadrando naqueles belos longos cílios, com seu cabelo levemente preso, eles são nada menos do que totalmente sexy. Quando ela começa a falar, a minha mente é subitamente preenchida por todas as fantasias de professoras sexy, que eu já tive. Estão jogando em

minha mente ao lado das aparentemente bibliotecárias sexualmente reprimidas, que são realmente ninfomaníacas, vestida de couro, com algema e chicotes. Enquanto tudo isso está acontecendo na minha cabeça, ela ainda está falando. Que porra é essa que ela está dizendo? Eu fecho meus olhos para me impedir de olhar para os seus lábios brilhantes. Então, eu posso realmente processar as palavras que saem de sua boca: — ... Pai disse que você poderia me ajudar com isso. — Ela para e olha para mim com expectativa. —Eu sinto muito, eu estava distraído. Você quer sentar e falar novamente o que precisa de mim? — Eu pergunto, minha voz nunca traindo o tesão dentro de mim. Mais uma vez, para as mulheres ai fora - aqui está um fato para vocês: Homens podem muito bem ter sexo no cérebro 24hs/7 dias por semana. O número exato é algo como a cada 5,2 segundo ou alguma merda assim. O ponto é, quando você pergunta: — O que você quer para o jantar? — Estamos pensando em te foder sobre o balcão da cozinha. Quando você está nos dizendo sobre o filme sentimental que você assistiu com suas amigas, na semana passada, estamos pensando no pornô que vimos na TV a cabo na noite passada. Quando você nos mostra os sapatos de grife que você comprou na liquidação, estamos pensando o quão bom eles iriam ficar sobre os nossos ombros.

Eu apenas pensei que você gostaria de saber. Não mate o mensageiro. É uma maldição, realmente. Pessoalmente, eu culpo Adão. Agora, era um cara que tinha o mundo nas suas bolas. Andando nu, uma garota quente para satisfazer todos os seus caprichos. Eu espero que a maçã tenha sido saborosa, porque ele realmente estragou tudo para o resto de nós. Agora temos que trabalhar para isso. Ou, no meu caso, tentar desesperadamente não querer trabalhar. Ela se senta na cadeira em frente à minha mesa e cruza as pernas. Não olhe para as pernas. Não olhe para as pernas. Tarde demais. Elas são tonificadas, bronzeadas, e aparentam ser suaves como seda. Eu lambo meus lábios e forço meus olhos nela. — Então — ela começa de novo — Eu estou trabalhando na carteira de uma empresa de programação, Genesis. Você já ouviu falar deles? — Vagamente — eu respondo, olhando para os papéis sobre minha mesa para conter o fluxo de imagens indecentes que o som de sua voz clama diante de minha mente sem foco. Eu sou um mau, mau rapaz. Penso se Kate vai me punir, se eu lhe disser o quão ruim eu sou? Eu sei. Eu sei. Eu só não posso evitar. — Eles ganharam três milhões em lucros operacionais no último trimestre. — diz ela. — Sério?

— Yeah. Eu sei que não é de tremer a terra, mas mostra que eles têm uma base sólida. Eles ainda são pequenos, mas é fato que são bons. Seus programadores são jovens e famintos. Há rumores de que eles têm ideias, que farão o Wii se parecer mais com um Atari. E eles têm o cérebro para fazê-las acontecer. O que eles não têm é o capital. Ela se levanta e se inclina sobre a minha mesa para me passar uma pasta. Sou assaltado com um perfume doce, mas florido. É delicioso, sedutor - e não como sua avó, cujo perfume quase sufoca até a morte quando ela passa por você para ir até os correios. Eu tenho o desejo de afundar o rosto em seu cabelo e inspirar profundamente. Mas eu resisti e abri a pasta no lugar disso. — Mostrei isso ao Sr. Evans... uh, seu pai, e ele me disse para falar com você. Ele acha que um dos seus clientes... — AlphaCom. — Eu aceno. — Certo. Ele pensou que AlphaCom estaria interessado. Eu olho para o trabalho que ela fez até agora. É muito bom. Detalhado e informativo, mas focado. Lentamente, a minha cabeça- a que está acima dos meus ombros, de qualquer maneira - começa a mudar de marcha. Se há um tema que tem alguma esperança de me descarrilar de pensamentos sobre sexo, é trabalho. Um bom negócio. E eu definitivamente posso sentir o cheiro de potencial aqui. Ele não tem cheiro tão delicioso quanto Kate Brooks, mas está perto.

— Isso está bom, Kate. Muito bom. Eu definitivamente poderia vender isso para Seanson. Ele é o CEO da AlphaCom. Seus olhos diminuem um pouco. — Mas, você vai me manter a bordo, certo? Eu sorrio — Claro. Pareço do tipo que precisa roubar propostas de outras pessoas? Ela revira os olhos e sorri. Desta vez, eu simplesmente não consigo desviar o olhar. — Não, claro que não, Sr. Evans. Eu não quis dizer... é só... você sabe... primeiro dia. Eu aceno para ela se sentar, e ela se abaixa. — Bem, eu diria que pelo visto, você está tendo um inferno de um primeiro dia. E, por favor, é Drew. Ela acena com a cabeça. Eu me inclino para trás em minha cadeira avaliando-a. Meus olhos passam sobre ela da cabeça aos pés de uma maneira completamente antiprofissional. Eu sei disso. Mas eu simplesmente não consigo me obrigar a me importar. — Então... celebrando um novo emprego, hein? — Eu pergunto, me referindo ao seu comentário no REM no sábado. Ela morde o lábio, e minha calça aperta, acordando e endurecendo-se novo. Se continuar assim, eu vou ter um baita problema de bolas azuis, quando finalmente chegar em casa. —Sim. Novo emprego. — Ela encolhe os ombros e diz — Eu imaginei que era você, quando me disse o seu nome e o nome da sua empresa. — Você já ouviu falar de mim? — Eu pergunto, realmente curioso.

— Claro. Eu não acho que há muita gente nesta área que não leu sobre Evans Reinhart, o garoto de ouro da Fisher na revista Business Weekly... ou no Page Six, sobre esse assunto. Suas últimas palavras referem-se á conhecida colunas de fofocas do jornal NY Times, na pagina seis, em que apareço com frequência. — Se a única razão pela qual você me dispensou é porque eu trabalho aqui — eu disse — Eu posso deixar o meu pedido de demissão na mesa do meu pai dentro de uma hora. Ela ri e então, com um leve rubor colorindo suas bochechas, responde: — Não, essa não foi a única razão. — Ela levanta a mão para me lembrar do anel de noivado quase invisível. — Mas você não está feliz agora que eu te dispensei? Quero dizer, teria sido muito estranho se algo tivesse acontecido entre nós. Você não acha? Meu rosto está completamente sério quando eu digo a ela: — Teria valido a pena. Ela levanta as sobrancelhas em dúvida. — Mesmo que eu esteja trabalhando diretamente sob você, agora? Agora, vamos lá - ela caminhou para um golpe direto, e ela sabe disso. Trabalhando sob mim? Como diabos eu vou ignorar isso? No entanto, eu meramente levanto uma sobrancelha, e ela balança a cabeça e ri novamente. Com um sorriso letal, eu lhe pergunto: — Eu não estou fazendo você se sentir desconfortável, estou?

— Não. Nem um pouco. Mas você trata todos os seus funcionários dessa forma? Porque eu tenho que lhe dizer, você está deixando caminho aberto para uma ação judicial. Eu não posso evitar o sorriso que vem aos meus lábios. Ela é uma surpresa. Afiada. Rápida. Eu tenho que pensar antes de falar com ela. Eu gosto. Eu gosto dela. — Não, eu não trato todos os meus funcionários dessa maneira. Nunca. Apenas uma, que eu não parei de pensar desde sábado à noite. Ok, então talvez eu não estivesse pensando nela quando as gêmeas estavam trabalhando em equipe comigo. Mas é, pelo menos parcialmente verdadeiro. — Você é incorrigível. — ela diz de uma forma que soa como se me achasse engraçadinho. Eu sou um monte de coisas, baby. Engraçadinho não é uma delas. — Eu vejo algo que eu quero, e vou atrás. Eu estou acostumado a conseguir o que eu quero. Você nunca ouvirá uma indicação mais verdadeira sobre mim do que isso. Mas vamos colocar as coisas em espera por um minuto aqui, ok? Para que eu possa lhes dar a imagem completa. Veja, minha mãe, Anne, ela sempre quis uma família grande - cinco, talvez seis filhos. Mas Alexandra é seis anos mais velha do que eu. Seis anos pode não parecer muito para você, mas para minha mãe era uma vida. O lance é que, depois de Alexandra, minha mãe não conseguia ficar grávida novamente - e não foi por falta de tentativa. — Era uma infertilidade

secundária — como eles chamavam. Quando minha irmã tinha cinco anos, minha mãe tinha praticamente desistido de ter mais filhos. E então adivinhem? Eu cheguei. Surpresa. Eu era o seu bebê milagre. Seu anjo precioso de Deus. Seu desejo concedido. Era a resposta de suas orações. E ela não era a única que pensava assim. Meu pai estava emocionado, assim como grato por ter outra criança - e um filho por aí. E Alexandra - este eram os anos pré-cadela - estava em êxtase por finalmente ter um irmãozinho. Eu era o que a minha família queria, e esperou cinco anos para ter. Eu era o pequeno príncipe. Eu não fazia nada errado. Não havia nada que eu quisesse que eu não poderia ter. Eu era o mais bonito, o mais brilhante. Não havia ninguém mais gentil, nada mais doce do que eu. Eu era amado além das palavras - adorado e mimado. Então, você acha que eu sou arrogante? Egoísta? Mimado? Você provavelmente está certo. Mas não jogue isso em cima de mim. Não é minha culpa. Eu sou um produto da minha criação. Agora que isso está fora do caminho - vamos voltar ao meu escritório. Esta próxima parte é muito boa. — Eu acho que você deve saber, eu quero você, Kate. Está vendo o rubor em suas bochechas, a ligeira surpresa em seu rosto? Veja como seu rosto fica sério, e ela olha meus olhos e, em seguida, olha para o chão?

Estou com ela nas mãos. Ela me quer também. E está lutando contra isso. Mas isso está lá. Eu poderia tê-la. Eu poderia levá-la exatamente para onde está morrendo de vontade de ir. O conhecimento fez com que engolisse um gemido, quando o cara lá embaixo reagiu violentamente. Eu quero andar até ela e beijá-la até que ela não aguentasse mais. Quero deslizar minha língua entre os lábios cheios, entrar sob seus joelhos. Quero pegá-la, envolver suas pernas em volta da minha cintura, inclina-la contra a parede e... — Ei, Drew. Há um congestionamento de tráfego na 54. Se você quiser chegar a tempo na sua reunião das 16hs, deve sair agora. Obrigado, Erin. Bela maneira de matar o momento. Secretária Incrível momento horrível. Kate se levanta de sua cadeira, com os ombros rígidos, suas costas retas. Ela caminha em direção à porta e se recusa a me olhar nos olhos. — Então, obrigada pelo seu tempo, Sr. Evans. Você... ah... deixe-me saber quando você me quiser. Eu levanto minhas sobrancelhas sugestivamente com suas palavras. Eu amo que ela esteja perturbada - e eu que fiz isso com ela. Ainda evitando contato com os olhos, ela faz uma ligeira careta. — Sobre AlphaCom e Genesis. Deixe-me saber o que devo fazer... o que você quer que eu faça... o que... oh, você sabe o que quero dizer. Antes que ela esteja fora da porta, minha voz a detém. — Kate? Ela se vira para mim, os olhos questionadores. Eu aponto para mim. — É Drew.

Ela sorri. Se recuperando. Sua confiança natural encontra o caminho de volta até seus olhos. Então ela me encara diretamente. — Certo. Vejo você mais tarde, Drew. Uma vez que ela está fora da porta, eu digo apenas para mim mesmo: — Oh, sim. Sim, definitivamente você vai. Enquanto verifico minha pasta, para minha reunião, eu percebo que esta atração - não, isso não é uma palavra forte o suficiente - essa necessidade que eu tenho de Kate Brooks não está caminhando simplesmente para ir embora. Eu posso tentar e lutar contra isso, mas eu sou apenas um homem, pelo amor de Deus. Resolvido! O meu desejo por ela poderia transformar meu escritório, o lugar que eu amo, em uma câmara de tortura de frustração sexual. Eu não posso deixar isso acontecer. Então, eu tenho três opções: Eu posso desistir. Eu posso demiti-la. Ou posso seduzi-la para compartilhar uma noite profundamente agradável comigo. Tirar isso dos nossos sistemas - e as consequências que se fodam. Adivinhe qual eu vou escolher?

Capítulo Quatro Acontece que eu não fiquei com as bolas azuis depois de tudo. Eu encontrei com a garota do café naquela noite. Ela é professora de yoga. Demais. O quê? Vamos lá, não fique assim. Eu quero Kate, sem dúvida. Mas não espere que eu aja como um monge até que isso aconteça. Uma coisa que as mulheres não entendem é que um cara pode querer uma mulher e ainda foder outra. Inferno, um cara poderia amar uma mulher e ainda foder outras dez. É apenas a maneira como as coisas são. O sexo é apenas alivio. Puramente físico. Isto é tudo. Pelo menos para os homens. Ok, ok - acalme-se - não comece a jogar sapatos em mim ou algo assim. Pelo menos para este homem é assim. Melhor? Talvez você entenda o meu ponto de vista, se eu colocar desta forma. Você escova os dentes, certo? Bem, suponhamos que sua pasta dental favorita seja Aquafresh. Mas a loja está em falta. Todas elas têm apenas Colgate. O que você vai fazer? Você vai usar a Colgate, certo?

Você pode querer escovar com Aquafresh, mas quando você usa Colgate e seus dentes estão limpos, brancos e brilhantes, pelo menos funcionou, certo? Entendeu a minha maneira de pensar? Bom. Agora, de volta a minha historia de sofrimento e dor. Eu nunca seduzi uma mulher antes. Chocante, eu sei. Deixe-me esclarecer. Eu nunca tive que seduzir uma mulher antes, não no sentido usual. Normalmente, isso se tratava apenas de um olhar, uma piscada, um sorriso. Uma saudação, talvez uma ou duas bebidas. Depois disso, a única troca verbal envolvia frases com palavras curtas como: mais, mais, mais baixo... você entendeu o ponto. Então, todo o conceito conversar com uma mulher para leva-la para a cama é muito novo para mim, eu vou admitir. Mas eu não estou preocupado. Por que não, você pergunta? Porque eu jogo xadrez. O xadrez é um jogo de estratégia, planejamento. De pensar dois passos à frente de seu próximo movimento. De orientar o seu adversário exatamente onde você precisa que ele esteja. Nas duas semanas seguintes após o primeiro dia, lidar com Kate para mim, é exatamente como jogar xadrez. Algumas palavras sugestivas, algumas carícias inocentes, mas sedutoras. Eu não vou te aborrecer com detalhes de todas as conversas. Eu só vou dizer que as coisas estão progredindo bem, tudo está indo de acordo com o plano.

Eu acho que vai demorar mais uma semana - duas jogadas - até que eu seja capaz de agarrar o tesouro de ouro entre suas coxas cremosas. Eu já sei exatamente como vou fazer isso. Passei horas na verdade, imaginando, fantasiando sobre isso. Quer ouvir? Isso vai acontecer no meu escritório, uma noite, quando nós dois estivermos trabalhando até tarde - os únicos que ainda estão no escritório. Ela vai estar cansada, o corpo dolorido. Eu vou oferecer para massagear seu pescoço, e ela vai deixar. Então eu vou me inclinar e beijá-la, começando com seu ombro, e arrastando meus lábios até o pescoço, saboreando sua pele com a minha língua. Finalmente, nossos lábios se encontram. E vai ser quente fodidamente escaldante. E ela vai esquecer tudo sobre as razões pelas quais não devemos ficar juntos: o fato de trabalharmos no mesmo lugar, seu noivo estúpido. A única coisa que ela vai pensar é em mim e nas coisas que as minhas mãos profissionais vão fazer com ela. Eu tenho um sofá no meu escritório. É camurça - não é couro. Camurça mancha? Espero que não. Porque é aí que vai terminar - naquele sofá, atualmente tristemente subutilizado. Agora, me deixe perguntar isto: Você já viu aqueles comerciais que dizem como a vida pode mudar em um instante? Sim, sim, eu estou querendo chegar em algum lugar com isso - basta me acompanhar. Você sabe do que eu estou falando, não é? Onde a família feliz está dirigindo pela rua principal em um dia ensolarado e depois... BAM. Colisão

frontal com outro carro. E o papai vai voar para fora da janela, porque ele estava com o cinto de segurança afivelado. Eles são projetados para nos assustar espetacularmente. E eles fazem isso. Mas permanece o fato de que eles também estão repletos de verdade. Nossos objetivos, nossas prioridades podem mudar instantaneamente - geralmente quando menos esperamos. Então, depois de duas semanas de estratégias e fantasias, tinha certeza que Kate Brooks será minha na próxima noite. Não me lembro de querer alguém tanto quanto eu a queria. Eu definitivamente nunca esperei por uma mulher, como eu esperei por ela. Mas o ponto é, para mim, era um negócio fechado, não havia se, a questão era simplesmente quando - o que se mostrou uma conclusão precipitada. E então, na segunda-feira à tarde, meu pai me chamou em seu escritório. — Sente-se, filho. Há alguns assuntos que eu gostaria de discutir. Meu pai sempre me chama aqui para falar sobre coisas que ele ainda não está pronto para compartilhar com o resto do pessoal. — Acabei de falar com Saul Anderson. Ele está procurando diversificar. Ele está vindo para a cidade no próximo mês para trabalhar uma ideia em torno de algumas compras. Saul Anderson é um magnata da mídia. Dinheiro graúdo - o tipo de cara que faz Rupert Murdoch parecer um peão. Tenho um guardanapo? Porque eu acho que estou babando. — No mês que vem? Ok, eu posso trabalhar com isso. Não tem problema. — Eu sinto a emoção bombeando em minhas veias. Isto é como o

tubarão deve se sentir depois que alguém derruba um grande balde de atum sangrando na água. É uma corrida. — Drew... — Meu pai interrompe, mas minha mente estava muito ocupada com as ideias girando para ouvi-lo. — Qualquer ideia do que ele esteja procurando para entrar? Quero dizer, as possibilidades são infinitas. — Filho... — Meu pai tenta novamente. Você pode vê-lo chegando, você não pode? No entanto, eu divago — Estações de cabo são rios de dinheiro. A mídia social está em baixa agora, então talvez pudéssemos pegar algumas verdadeiras pechinchas. Produção de filmes é sempre uma aposta segura, e isso reduz a sobrecarga quando reproduz em sua própria rede. — — Drew, eu vou dar a conta para Kate Brooks. Pare toda a merda agora. Você pode repetir isso? — O quê? — Ela é boa, Drew. Eu estou lhe dizendo, ela é muito boa. — Ela está aqui há duas semanas! Os cães são territoriais. Você sabe disso, não é? É por isso que no parque eles parecem ter uma fonte interminável de xixi, que eles insistem em parar a cada quatro segundos para espalhar. É porque eles acreditam que o parque é seu. E eles querem que os outros cães saibam disso, saibam que eles estão ali pela primeira e última vez. É a forma não-verbal de praticamente dizer — Foda-se - Encontre o seu próprio parque.

Os homens são da mesma forma. Não que eu vá mijar ao redor de minha mesa, nem nada parecido, mas esta empresa é minha. Eu venho alimentando esses clientes, desde que eram pequenas corporações. Eu assisti, como um papai orgulhoso, quando eles cresceram a conglomerados resistentes. Eu tomei vinho com eles, eu jantei com eles. Eu fiquei a disposição hora após hora, anos de noites sem dormir. Meu trabalho não é apenas o que eu faço - é quem eu sou. E eu vou ser amaldiçoado se Kate Brooks está caminhando para enfiar o pé na minha bunda e tirar isso de mim. Não importa o quão, bem, estúpido isso poderia soar. — Sim. — o meu pai diz — E você já viu algumas das coisas que ela vem fazendo nessas duas semanas? Ela é a primeira a chegar e a última a sair - todos os dias. Ela é jovem, ainda fresca e pensa longe. Ela trouxe alguns dos investimentos mais inovadores que eu já vi. Meus instintos me dizem para passar essa bola, e ver o que ela vai fazer com isso. Quais são exatamente os sinais de alerta de demência precoce? — Ela vai se atrapalhar - é o que ela vai fazer! — Eu grito. Mas eu sei por experiência própria que esse tipo de show não vai adiantar nada com o meu pai, então eu aperto meu nariz para tentar me acalmar. — Tudo bem, papai, eu entendo o que você está dizendo. Mas Saul Anderson não é um cliente que passa para alguém de fora, só para ver se eles podem resolver. Ele é alguém que você dá para quem seja o melhor e o mais brilhante. Alguém que você sabe que pode levá-lo por todo o caminho até a zona final. E isso é comigo. Não é? Eu me pergunto com nuvens de incerteza.

Quando meu pai estende o silêncio, meu estômago torce na minha barriga. Não é que eu tenha um complexo de filhinho de papai ou algo assim, mas eu estaria mentindo se dissesse que não gostava do meu pai ter orgulho no meu desempenho no escritório. Eu sou seu braço direito. Seu homem de confiança. Quando estamos no final do jogo, o relógio pronto para apitar, você pode apostar que eu sou o único que John Evans vai passar a bola. Ou pelo menos costumava ser. Eu estou acostumado a ter sua confiança total. O fato dessa confiança parecer estar oscilando é... bem... essa porra dói. — Vamos fazer assim. — Ele suspira. — Temos um mês. Prepare a sua apresentação. Kate fará o mesmo. Quem fizer o melhor, recebe a conta de Anderson. Eu deveria ficar insultado, realmente. O que ele está fazendo é o equivalente a falar a um vencedor do Oscar, que ele tem que fazer um maldito teste para um papel de figurante. Mas eu não discuto. Estou muito ocupado planejando meu próximo passo. Então, você vê o que eu estava dizendo sobre a vida? Apenas assim, Kate Brooks mudou de uma mulher que eu mal podia esperar para uma fodida agradável, para alguém que eu mal posso esperar para esmagar sob minha bota. Minha adversária. Minha competidora. Minha inimiga. Não é culpa dela. Eu sei. Agora me perguntem se eu me importo. Nope - nem sequer um pouco.

Em modo de combate completo, eu volto para o forte – também conhecido como meu escritório. Eu dou a Erin algumas ordens, e trabalho o resto da tarde. Cerca de 18hs horas, eu peço a Erin chamar Kate em meu escritório. Mantenha sempre a vantagem de jogar em casa. Jogue no seu próprio território. Lembre-se disso. Ela entra e senta-se, sua expressão ilegível. — O que foi, Drew? O cabelo dela está solto, emoldurando seu rosto em uma cortina brilhante. Por um segundo, eu imagino qual seria a sensação dele fazendo cócegas no meu peito, baixando até minhas coxas. Eu balanço minha cabeça. Concentre-se, Evans, foco. Ela está usando um terno escuro vinho, com saltos combinando. Kate é a mulher dos saltos altos. Acho que é porque ela é naturalmente delicada, a vantagem da altura a faz se sentir mais confiante no escritório. Os caras adoram saltos. Nós associamos com todos os tipos de posições sexuais fantásticas. Se você quer que um homem a observe, você deve usar sapatos de salto alto brilhante, pelo menos 10cm, não tem erro, eu juro. Enquanto meus olhos continuam a vagar sobre ela da cabeça aos pés, um problema, digamos, surge. Embora minha mente reconheça que Kate Brooks agora é minha rival, aparentemente meu pau não recebeu o memorando. E, a julgar pela sua reação, ainda quer ser seu amigo. Então, eu imagino a Senhorita Gurgle, minha professora de ciências da quinta série, em minha mente. Ela era uma besta de uma mulher. Uma

lutadora aposentada - não do tipo de biquíni. Ela tinha uma pinta na bochecha direita que era tão grande, que nós tínhamos certeza de que era a cabeça de um gêmeo separada no útero. Era nojento, mas estranhamente hipnótico, ao mesmo tempo - você não podia deixar de olhar para ele. A pinta balançava um pouco quando ela falava, como uma tigela de gelatina. Eu tremo um pouco, mas isso funciona. Tudo está bem lá embaixo. — Saul Anderson está vindo para a cidade no próximo mês — digo finalmente. Suas sobrancelhas sobem. — Saul Anderson? Sério? — Realmente. — eu digo a ela, todo profissional. Não há mais prazer para ela. — Meu pai gostaria que você montasse uma apresentação simulada. Um prospecto, como se você realmente estivesse apresentando ao cliente. Ele acha que seria uma boa prática para você. Eu sei, eu sei... Você acha que eu sou um babaca. Eu não estou nem lhe dando uma chance. Bem, supere isso. Isto é um negócio. E no mundo dos negócios - como na guerra - tudo é justo. Eu espero que ela fique animada. Eu espero que ela fique grata. Ela não fica nada disso. Seus lábios pressionam juntos, em uma linha apertada, e sua expressão fica séria. — Uma prática, não é? — Exatamente. Não é um grande lance, na verdade é bem simples. Basta jogar alguma coisa simples para ele. Algo hipotético. Ela cruza os braços na frente do peito e inclina a cabeça para o lado. — Isso é interessante, Drew. Considerando que o seu pai me disse que ainda não

decidiu quem vai pegar Anderson ainda. Que iria julgar entre você e eu, quem montar a estratégia mais impressionante. Pela maneira como ele explicou, isso soa como um grande lance. Uh oh. Quando eu tinha doze anos, Matthew e eu roubamos uma revista Hustler em uma loja de conveniência. Meu pai me pegou com ela no meu quarto, antes que eu tivesse a chance de escondê-lo debaixo do meu colchão. O olhar no meu rosto neste momento é muito semelhante ao que eu usava então. Flagrado. — Jogando um pouco sujo, não é? — Ela pergunta, seus olhos estreitos com desconfiança. Eu dou de ombros. — Não fique se achando tanto, querida. Anderson está vindo para mim. Meu pai apenas te lançou um osso. — Um osso? — Yeah. Você está puxando o seu saco, desde que você começou. Estou surpreso que ele ainda consiga ficar em pé. Ele acha que isso vai tirá-lo de suas costas por um tempo. Sempre atacar primeiro - lembre-se disso também. O que acontece com a equipe que marca primeiro? Eles quase sempre ganham. Procure se informar, se você não acredita em mim. Sim, eu estou tentando abalar sua confiança. Sim, eu estou tentando lançá-la para escanteio. Me bata.

Eu já contei para você a minha história. Eu lhe disse como eu cresci. Eu nunca tive que compartilhar meus brinquedos, eu não pretendo partilhar os meus clientes. Pergunte a qualquer garoto de quatro anos de idade - é uma porcaria para compartilhar. Quando ela fala, sua voz é letal, aguda como a porra de um facão. — Se vamos trabalhar juntos, Drew, eu acho que devemos esclarecer alguns pontos. Eu não sou sua querida. Meu nome é Kate - Katherine. Use. E eu não sou puxa-saco. Eu não tenho que ser. O meu trabalho fala por si. Minha inteligência, a minha determinação - é o que fez o seu pai me notar. E, obviamente, ele acha que você é um pouco carente nesse departamento, já que ele está me considerando para Anderson. Ouch. Certamente ela vai direto para a jugular, não é mesmo? — E eu sei que todas as mulheres provavelmente caem sobre você, para chamar a sua atenção e ganhar um de seus sorrisos encantadores. — ela continua — Mas isso não vai acontecer comigo. Eu não pretendo ser uma das suas piriguetes ou um entalhe no pé da sua cama, portanto pode guardar o seu charme, o seu sorriso, e suas merdas para outra pessoa. Ela se levanta e descansa as mãos na borda da minha mesa, debruçando sobre ela. Hey, você sabe que se eu me inclinar um pouco mais, eu poderia ver embaixo da blusa. Eu amo esse lugar em uma mulher. Esse vale entre os seios... Pare com isso! Mentalmente, eu me esbofeteio. E ela continua.

— Você está acostumado a ser o número um por aqui. Você está acostumado a ser o homenzinho especial do papai. Bem, há um novo jogador na cidade. Lide com isso. Eu trabalhei muito duro para conseguir esse emprego, e fazer o meu nome nessa empresa. Você não gosta de dividir os holofotes? Muito ruim. Você deve abrir espaço para eu passar, ou eu vou pisar em você se ficar no meu caminho. De qualquer forma, você pode apostar que eu vou chegar lá. Ela se vira para sair, mas, em seguida, olha para mim, seus lábios se curvando em um sorriso diabólico. — Oh, e eu até diria boa sorte com Anderson, mas não vou me incomodar. Toda a sorte da Irlanda não vai ajudálo. Saul Anderson é meu... querido. E com isso, ela se vira e sai do meu escritório, passando por Matthew e Jack, que estão na minha porta com a boca aberta. — Bem... porra. — diz Matthew. — Ok, tem alguém excitado? — Jack pergunta. — Sério, eu estou uma rocha aqui, porque... — ele aponta na direção que Kate passou — ... Aquela ali é gostosa. Ela é quente. Kate Brooks é uma mulher bonita. Mas quando está chateada, ela é espetacular. Steven entra com uma xícara de café na mão. Vendo os olhares em nossos rostos, ele pergunta: — O quê? O que eu perdi? Matthew muito feliz lhe diz: — Drew está perdendo seu toque. Ele levou, verbalmente, uma puta tapa. De uma garota.

Steven acena com a cabeça tristemente e diz: — Bem-vindo ao meu mundo, homem. Eu ignoro os Três Patetas. Minha atenção ainda está centrada no desafio que Kate lançou. A testosterona bombeando pelo meu corpo gritando pela vitória. Não apenas uma vitória, mas um nocaute - nada menos do que um completo, e incontestável nocaute serviria.

Capítulo Cinco E assim começaram - os Jogos Olímpicos da banca de investimento. Eu gostaria de dizer que foi um concurso maduro entre dois colegas de profissão altamente inteligentes. Eu gostaria de dizer que foi amigável. Eu gostaria de... mas eu não vou. Porque eu estaria mentindo. Lembra-se do comentário de meu pai? Aquele sobre Kate ser a primeira a chegar no escritório e a última a sair? Isso ficou na minha mente a noite toda. Veja só, conseguir Anderson não era apenas sobre fazer a melhor apresentação, chegar com as melhores ideias. Isso é o que Kate pensava - mas eu sabia melhor. O homem é o meu pai, afinal de contas, nós compartilhamos o mesmo DNA. Era também sobre recompensa. Quem era o mais dedicado. Quem iria ganhar esse prêmio. E eu estava determinado a mostrar ao meu pai que eu era o “vencedor”. Então, no dia seguinte eu cheguei uma hora mais cedo. Mais tarde, naquela manhã, quando Kate chegou, eu não olho para cima da minha mesa, mas eu sinto quando ela passa por minha porta. Está vendo o olhar em seu rosto? A pequena pausa nos seus passos quando ela me vê? A carranca que surge, quando ela percebe que é a segunda a chegar? Consulte o aço em seus olhos? Obviamente, eu não sou o único a jogar para valer.

Então na quarta-feira, chego na mesma hora,

para encontrar Kate

teclando em sua mesa. Ela olha para cima quando me vê. Ela sorri alegremente. E acena. Não demonstre nada. Continue. Vamos lá. No dia seguinte, eu chego meia hora mais cedo... e assim por diante. Você está acompanhando o padrão aqui? Até que chega a sexta-feira, e eu me vejo caminhando até a frente do prédio às quatro e meia da manhã. Quatro e meia da manhã, Caralho de Santo Cristo! Ainda está escuro. E quando eu chego na porta do prédio, quem eu vejo na minha frente, chegando exatamente na mesma hora? Kate. Você pode ouvir o silvo da minha voz? Eu espero que você possa. Ficamos ali olhando um para o outro nos olhos, apertando nossos cappuccinos duplos extragrandes lotado de cafeína em nossas mãos. Meio que me lembra um desses westerns antigos, lembra? Você sabe o que eu estou falando - onde os dois rapazes andam pela rua vazia ao meio-dia para um tiroteio. Se você ouvir com atenção, você provavelmente pode ouvir o grito solitário de um abutre ao fundo. No mesmo momento, Kate e eu largamos as nossas bebidas e fazemos uma corrida louca para a porta. No hall de entrada, ela empurra o botão do elevador furiosamente enquanto eu dirijo para as escadas. Gênio que eu sou, eu acho que eu posso vencê-la saltando de três em três degraus. Tenho 1.82m - pernas longas. O único problema com isso, é claro, é que o meu escritório fica no quadragésimo andar.

Idiota. Quando eu finalmente chego ao nosso andar, ofegante e suando, eu vejo Kate casualmente encostada a porta do escritório, já sem o casaco, e um copo de água na mão. Ela me oferece, junto com aquele sorriso de tirar o fôlego dela. Faz-me querer beijá-la e estrangulá-la ao mesmo tempo. Eu nunca estive nesse lance Sadomasoquista. Mas eu estou começando a ver os seus benefícios. — Aqui está. Você parece precisar disso, Drew. — Ela me entrega o copo, e se afasta. — Tenha um bom dia. Certo. Claro, eu vou fazer isso. Porque já esta começando muito bem até agora. Eu tenho certeza que eu já mencionei isso antes, mas eu vou passar por isso novamente apenas para que fique claro. Para mim, trabalho não combina com sexo. Cada vez mais vejo isso. Jamais. Exceto nas noites de sábado. Sábado é noite do clube. Noite dos caras. Amasso-com-lindas-garotas-e-foder-seus-cérebros-para-fora a noite. Apesar do meu empenho renovado no trabalho, com minha guerra contra Kate por Anderson, minha noite de sábado não muda. É sagrado. O quê? Vocês querem me enlouquecer, maldição? Todo o trabalho sem diversão faz Drew virar um garoto mal-humorado.

Então, naquela noite de sábado, eu me encontro com uma mulher morena e divorciada, em um bar chamado Rendez-vous. Eu me encontrei gravitando em torno das morenas nessas duas últimas semanas. Você não precisa ser Sigmund Freud para descobrir o motivo. Enfim, é uma grande noite. Mulheres divorciadas têm muita raiva reprimida - um monte de frustração enterrada - o que não deixa de traduzir em uma boa e longa foda brutal. É exatamente o que eu estou procurando e apenas o que eu preciso. Mas, por algum motivo, no dia seguinte eu ainda estou tenso. Irritado. É como se eu tivesse pedido a garçonete uma cerveja, e ela me trouxesse um refrigerante. Como se comesse um sanduíche, quando o que eu realmente queria era um bom bife suculento. Estou cheio. Mas, longe de satisfeito. Na época, eu não sabia porque me sentia assim. Mas eu aposto que você sabe, não é mesmo? Para fazer o meu trabalho corretamente, eu preciso de livros – muitos deles. As leis, códigos e regulamentos envolvidos no que eu faço são detalhados e mudam com frequência. Felizmente para mim, minha empresa tem a mais extensa coleção de leis e referencias pertinentes da cidade. Bem, exceto talvez a biblioteca da cidade. Mas você já viu aquele lugar? É como um maldito castelo. Demora uma eternidade para descobrir onde algo deve estar, e quando encontra, o mais provável é que já esteja na hora de fechar. A Biblioteca particular da minha empresa é muito mais conveniente.

Então, ontem à tarde, eu estou na minha mesa de trabalho com uma das referências acima mencionadas, quando quem aparece para me deliciar com a sua presença? Yep - a bela Kate Brooks. Ela está parecendo particularmente deliciosa hoje. Sua voz é hesitante. — Ei, Drew? Eu estava procurando pela análise técnica deste ano nos mercados financeiros, e não está na biblioteca. Você tem isso, por acaso? — Ela morde o lábio da forma adorável, coisa que ela sempre faz quando está nervosa. Eu, por um acaso, sei exatamente onde está esse livro está, na verdade está sobre a minha mesa. E eu quase acabei. Eu poderia ser um homem melhor - uma pessoa mais evoluída - e dar para ela. Mas você realmente não acha que eu vou fazer isso, não é? Você não aprendeu nada de nossas conversas passadas? — Sim, eu estou com ele, na verdade. — eu digo a ela. Ela sorri. — Oh, ótimo. Quando você acha que vai terminar? Eu olho para o teto, aparentemente perdido em pensamentos. — Não tenho certeza. Quatro... talvez cinco... semanas. — Semanas? — ela pergunta, olhando para mim. Você acha que ela ficou aborrecida? Eu sei o que você está pensando. Se eu quiser, eventualmente, - depois de toda essa coisa de Anderson passar- fazer o tango horizontal com Kate, por que não tentar ser um pouco mais agradável para ela? E você está certo. Isso não faz sentido.

Mas a coisa Anderson ainda não acabou. E, como eu disse antes - isto, meus amigos, é guerra. Estou falando em estar sempre alerta, luvas na mão, até que o primeiro caia por nocaute, e eu vou te bater mesmo que você seja uma garota. Isso é guerra! Você não iria dar uma bala a um atirador, que está com a arma apontada para sua testa, não é? Além disso, Kate é muito sexy quando fica com raiva, e eu não perco a chance de vê-la em ação novamente, apenas para meu próprio prazer. Eu olho para ela, olho seu corpo apreciativamente quando termino de falar, e então lhe dou o meu sorriso patenteado de garoto, e que quase todas as mulheres se tornam impotentes. Kate, é claro, não é uma dessas mulheres. Pena. — Bem, acho que se você pedir com jeitinho... e massagear meu ombro enquanto tenta me convencer... Eu poderia ser persuadido a dar para você agora. A verdade é que eu nunca iria exigir nada que se assemelhasse a um favor sexual em troca de algo relacionado ao trabalho. Eu sou um monte de coisas. Mas eu não sou esse tipo de babaca. Mas esse último comentário definitivamente poderia ser interpretado como um assédio sexual direto pela velha guarda. E se Kate contar ao meu pai que eu falei isso para ela? Jesus Cristo, ele iria me demitir mais rápido do que você poderia dizer “você pisou na merda.” Então, ele provavelmente iria ainda bater na minha bunda, para ensinar uma lição. Eu estou andando forte na corda bamba aqui. No entanto, embora a possibilidade exista, eu tenho 99,9 por cento de certeza de que Kate não vai

me delatar. Ela é muito parecida comigo. Ela quer ganhar. Ela quer me derrubar. E ela quer fazer tudo por conta própria. Ela põe as mãos nos quadris e abre a boca para me ofenderprovavelmente para descrever exatamente onde eu posso enfiar meu livro, eu acho. Eu me inclino para trás com um sorriso divertido, aguardando ansiosamente a explosão... que nunca chega. Ela inclina a cabeça para o lado, fecha a boca, e diz: — Quer saber? Não se preocupe. E com isso, ela sai pela porta. Huh. Espécie de anticlímax, você não acha? Eu também pensava assim. Aguarde mais um pouco. Algumas horas mais tarde, eu estou novamente na biblioteca, à procura de um enorme livro intitulado Banca Comercial e Investimento de Crédito Internacional e Mercado de Capitais. Todos os Harry Potter caberiam em um capítulo deste livro. Eu examino as pilhas para onde ele deveria estar - mas ele não está lá. Alguém deve ter pego. Eu então procuro um muito menor, mas tão importante quando, um volume chamado Regulamento de Gestão de Investimento, Sétima Edição. Apenas para descobrir que ele, também, está em falta. Mas que diabos?

Eu não acredito em coincidências. Eu pego o elevador de volta até o quadragésimo andar, e marcho propositadamente pela porta aberta de Kate. Eu não a vejo imediatamente. Isso porque empilhados e em torno de sua mesa, em colunas que pareciam arranha-céus, estavam livros. Cerca de três dúzias deles. Por um momento, eu congelo, minha boca aberta e os olhos arregalados com o choque. Então, respiro forte, e me pergunto como diabos ela trouxe todos eles aqui. Kate pesa um tiquinho de nada. Deve ter várias centenas de quilos de páginas nesta sala. É então que sua cabeça escura e brilhante surge no horizonte. E, mais uma vez, ela sorri. Como um gato com a boca cheia de pássaros. Eu odeio gatos. Eles são um pouco mal-encarado, você não acha? Como se eles estivessem apenas esperando você dormir, para que possam sufocar você com sua pele ou fazer xixi em seu ouvido. — Oi, Drew. Você precisa de algo? — Ela me pergunta com uma falsa gentileza. Seus dedos tocam ritmicamente em duas capa dura gigantescas. — Você sabe... ajuda? Conselho? Indicações para a biblioteca pública? Eu engulo a minha resposta. E enrugo a testa para ela. — Não. Eu estou bem. — Oh. Ok, ótimo. Tchau, tchau, então. — E com isso, ela desaparece atrás da montanha literária. Brooks - dois.

Evans - zero. Depois disso, as coisas ficam desagradáveis. Eu tenho vergonha de dizer que tanto Kate quando eu, afundamos em novos níveis mínimos de sabotagem profissional. Isso nunca realmente chegou no reino do ilegal. Mas chegou definitivamente perto. Um dia eu entrei na minha sala, para encontrar faltando todos os cabos no meu computador. Isso não causou nenhum dano permanente, mas eu tive que esperar uma hora e meia para o técnico aparecer e reconectá-lo. No dia seguinte, Kate descobriu que “alguém” tinha mudado todas as etiquetas em seus discos e arquivos. Nada foi apagado, você pensaria. Mas ela praticamente teve que olhar um por um, se ela quisesse encontrar os documentos que precisava. Poucos dias depois, em uma reunião de equipe, eu “acidentalmente” derramei um copo de água em algumas informações que Kate compilou para o meu pai. Algo que ela provavelmente levou cinco horas ou mais para montar. — Oops. Desculpe — eu disse, deixando o sorriso no meu rosto dizer a ela como eu não estava nem um pouco arrependido. — Está tudo bem, Sr. Evans — ela garantiu ao meu pai, enquanto limpava a bagunça. — Eu tenho outra cópia no meu escritório. Ela daria um grande escoteiro, você não acha? Mais tarde - aproximadamente na metade dessa mesma reunião – você sabe o que ela fez? Ela me chutou, porra! Na canela, debaixo da mesa.

— Hmmm — eu solto um gemido, e minhas mãos cerram em punhos reflexivamente. — Está tudo bem, Drew? — Meu pai pergunta. Eu apenas posso assentir e resmungar: — Algo em minha garganta. — Eu começo a tossir de forma dramática. Veja, eu não estou prestes a ir chorar para o papai também. Mas doce Cristo doeu. Você já foi chutado na perna por um salto pontudo de 10cm? Para um homem, apenas havia uma área que é mais dolorosa ser chutado. E esse é um lugar que não ouso nem dizer o nome. Após o latejar na minha perna diminuir um pouco, eu escondo minha mão por trás de alguns documentos levantados, enquanto meu pai falava. Então eu mostro o dedo médio para Kate. Imaturo, eu sei, mas, aparentemente, agora estamos ambos funcionando no nível pré-escolar, por isso acho que tudo bem. Kate zomba de mim. Então ela abre a boca, bem que você queria. Bem - ela me pegou, agora não é? Estamos na reta final. Um mês de combate mortal já passou, e amanhã é o prazo final do meu pai. Agora são aproximadamente 23hs, e Kate e eu ainda estamos no prédio. Eu tive essa fantasia uma centena de vezes. Embora, eu tenha que dizer, isso nunca incluiu cada uma na sua sala, olhando para o outro lado pelo corredor - acompanhado de algum gesto obsceno ocasional.

Olho para vê-la rever seus gráficos. O que ela está pensando? Estamos na Idade da Pedra? Quem diabos ainda usa gráfico? Anderson é definitivamente meu. Estou apenas dando os últimos retoques na minha própria e impressionante apresentação PowerPoint, quando Matthew entra no meu escritório. Ele está indo para algum bar. Não importa que seja quarta-feira, isso é apenas Matthew. A poucas semanas atrás, eu fui também. Ele olha para mim por um longo tempo, sem dizer nada. Então, ele se senta na borda da minha mesa e diz: — Cara, apenas pare agora com essa merda. — Do que você está falando? — Eu pergunto, meus dedos nunca parando sobre o teclado. — Você já olhou para si mesmo ultimamente? Você precisa apenas ir até lá e terminar isso. E agora ele está me irritando. — Matthew, o que diabos você está tentando dizer? Mas tudo o que recebo de volta é: — Você já viu Guerra dos Roses? É assim que você quer acabar? — Eu tenho trabalho a fazer. Eu não tenho tempo para isso agora. Ele joga as mãos para cima.

—Tudo bem. Eu tentei. Quando

encontrarmos vocês dois no átrio, sob o lustre caído, eu vou dizer a sua mãe que eu realmente tentei. Eu paro de escrever. — Que diabos você quer dizer? — Quero dizer você e Kate. É óbvio que você sente uma coisa por ela.

Olho para seu escritório quando ele diz seu nome. Ela não olhou para cima. — Sim, eu sinto 'uma coisa' por ela. Uma aversão extrema. Nós não nos suportamos. Ela é muito mal-humorada. Eu não transaria com ela nem com um vibrador de 3 metros. Ok, isso não é verdade. Eu iria fode-la. Mas eu não iria gostar. Sim - você está certo. Isso não é verdade também. Matthew se senta na cadeira em frente à minha mesa. Eu posso senti-lo olhando para mim novamente. Em seguida, ele suspira. E fala, como se supostamente fosse uma revelação inspiradora. — Sally Jansen. Eu olho para ele fixamente. Quem? — Sally Jansen. — diz ele de novo, então esclarece — Primeiro anoensino fundamental. A imagem de uma pequena garota com tranças castanho-claras, e óculos de lentes grossas me vem à mente. Concordo com a cabeça. — O que tem ela? — Ela foi a primeira garota que eu amei. Espere. O quê? — Você não costumava chamá-la de Sally Fedida? — Sim. — Ele balança a cabeça solenemente. — Sim, eu chamava. E eu a amava. Ainda continuava confuso.

— Como assim? Você passou o ano inteiro a chamando de Sally Fedida? Ele balança a cabeça novamente e, tentando parecer sábio, diz: — O amor faz você fazer coisas estúpida. Acho que sim, porque... — Ela não teve que sair mais cedo, duas vezes por semana para ir a um terapeuta, porque você a provocava desse jeito? Ele pondera isto por um momento. — Sim, isso é verdade. Você sabe, há uma linha tênue entre o amor e o ódio, Drew. — E ainda Sally Jansen não teve que sair da escola naquele mesmo ano, mais tarde, porque... — Olha, o ponto aqui, cara, é que eu gostava da garota. Eu a amava. Eu achava que ela era incrível. Mas eu não podia lidar com esses sentimentos. Eu não sabia como expressá-los da maneira certa. Matthew geralmente não entra em contato com seu lado feminino. — Então, você a provocou no lugar? — Eu pergunto. — Infelizmente, sim. — E isso tem a ver comigo e Kate porque...? Ele faz uma pausa de uma batida e, em seguida, me dá... aquele olhar. O ligeiro aceno de cabeça, a careta de triste decepção. Aquele olhar ali é pior do que a culpa de uma mãe, eu juro. Ele está de pé, me bate nos braços, e diz: — Você é um cara inteligente, Andrew. Você vai descobrir isso. — E com isso, ele sai.

Sim, sim, eu sei o que Matthew estava tentando dizer. Eu entendo, tudo bem. E eu estou dizendo a você - diretamente - ele é louco. Eu não provoco Kate porque eu gosto dela. Eu faço isso porque a sua existência está enroscando a trajetória da minha carreira. Ela é um incômodo. Uma mosca na minha sopa. Uma dor na minha bunda. Tão dolorida como a picada de uma abelha que levei na minha bochecha esquerda, no acampamento de verão quando eu tinha onze anos. Claro, ela seria uma grande trepada. Eu montaria no expresso Kate Brooks a qualquer momento. Mas isso nunca seria nada mais do que uma boa fodida. Isso é tudo, pessoal. O quê? Por que você está me olhando assim? Você não acredita em mim? Então você é tão louco como Matthew.

Capítulo 6 PRESSÃO é uma coisa engraçada. Faz algumas pessoas estalarem. Como o aluno do MIT que decide atirar na metade do corpo discente com um rifle de longo alcance, porque ele levou um B+ em uma prova final. Ela faz algumas pessoas sufocarem. Duas palavras: Jorge Posada. Já disse o suficiente. Pressão faz com que algumas pessoas caiam. Desmoronem. Congelem. Eu não sou uma dessas pessoas. Eu cresço com a pressão. Ela me impulsiona, me leva a ter sucesso. Ela é o meu elemento. Como um peixe na água. Eu começo a trabalhar no dia seguinte bem cedo. Vestido para matar com a minha cara de jogador. É hora do show. Kate e eu chegamos na porta do escritório de meu pai às nove horas em ponto. Eu não posso evitar em verificar como ela estava. Ela parecia bem. Confiante. Animada. Aparentemente, ela reage ao estresse da mesma forma que eu. Meu pai explica que Saul Anderson ligou para dizer que estaria vindo para a cidade antes do previsto. Na verdade, amanhã à noite.

Vários empresários fazem isso. Marcam reuniões no último minuto. É um teste. Para ver se você está preparado. Para ver se você pode lidar com o inesperado. Sorte minha - eu posso. E então começamos. Eu insisto nas senhoras primeiro. Eu assisto a apresentação de Kate como uma criança olha um presente debaixo da árvore na véspera de Natal. Ela não sabe disso, claro. Meu rosto é a própria definição de indiferença entediada. No interior, porém, eu mal posso esperar para ver o que ela tem. E eu não fico desapontado. Não diga a ninguém que eu disse isso – eu vou negar até a morte - mas Kate Brooks é fodidamente incrível. Quase tão boa quanto eu. Quase. Ela é direta, clara e convincente como o inferno. Os planos de investimento que ela estabelece são únicos e criativos. E destinados a fazer uma porrada de dinheiro. Sua única fraqueza é que ela é nova. Ela não tem as conexões necessárias para conseguir fazer o que está propondo. Como eu já disse antes, parte deste negócio - uma grande parte - está nas informações por baixo do pano. Aquela informação oculta e segredos sujos que os novatos não sabem. Assim, embora as ideias de Kate sejam fortes, não são totalmente viáveis. Não é bola na cesta. Então, é a minha vez. As minhas propostas, por outro lado, são pedras sólidas do caralho. As empresas e os investimentos que delineio são bem conhecidos e seguro. Com certeza, meus lucros projetados não são tão elevados quanto de Kate, mas eles são certos. Confiáveis. Seguros.

Depois que eu termino, eu me sento ao lado de Kate no sofá. Está vendo como estamos lá? As mãos de Kate dobradas corretamente em seu colo, suas costas retas, uma certeza, o sorriso satisfeito nos lábios. Eu me inclino para trás no sofá, minha postura relaxada, o meu próprio sorriso confiante uma imagem no espelho do dela. Para aqueles de vocês ai fora, que acha que eu estou com uma falsa confiança de merda. Observe com cuidado. Você vai adorar esta parte. Meu pai limpa a garganta, e eu posso ler o brilho animado em seus olhos. Ele esfrega as mãos e sorri. — Eu sabia que meus instintos estavam certos com esse presente que foi essa apresentação. Eu tinha certeza que ficaria impressionado com o que seria mostrado hoje. E acho que é óbvio quem deve continuar a frente desse projeto com Anderson. Ao mesmo tempo, Kate e eu sorrimos um para o outro, o triunfo estampado em nossos rostos. Espere por isso... — Os dois. A ironia é realmente uma bela merda, não é mesmo? Nossos olhos se voltam para o meu pai, e os sorrisos desaparecem de nossos rostos mais rápido do que o Papa-Léguas no desenho infantil. Nossas vozes chocadas falam ao mesmo tempo. — O quê? — Me desculpe? — Com seu talento artístico para investir, Kate, e seu conhecimento concreto dos bastidores, Drew, vocês dois serão perfeitos juntos. Uma equipe

imbatível. Ambos irão trabalhar na conta. Quando ele assinar conosco, vocês irão dividir tudo: a carga de trabalho e os bônus. Cinquenta-cinquenta. Compartilhá-lo? Compartilhá-lo? Será que o velho homem perdeu a cabeça maldita? Eu iria lhe pedir para compartilhar algo que ele trabalhou pra caramba para fazer? Será que ele deixaria alguém dirigir seu Mustang 1962, conversível cereja? Será que ele iria abrir a porta do seu quarto e deixar outro cara trepar com a sua esposa? Ok, isso foi longe demais. Eu puxo de volta - considerando que sua esposa é minha mãe. Esqueça que algum dia me referi a minha mãe e trepar na mesma frase. Isso é apenas... errado. Em vários níveis. Mas pelo amor de Deus, me diga que você vê o meu ponto. Meu pai deve ter finalmente visto meu rosto, porque ele pergunta: — Isso não é um problema, certo? Eu abro minha boca para lhe dizer que lógico que é um maldito grande problema. Mas Kate me dá uma cotovelada. — Não, Sr. Evans, claro que não. Não há qualquer problema. — Maravilhoso! — Ele bate as mãos e acena. — Eu tenho um jogo de golfe em uma hora, então eu vou deixar vocês dois resolverem isso. Vocês tem até amanhã à noite para coordenar suas propostas. Anderson estará no La Fontana às sete. E então ele me olha com a expressão grave. — Eu sei que você não vai me decepcionar, Andrew.

Merda. Não importa se você tem sessenta anos, quando seu pai usa o seu nome completo, ela suga qualquer argumento bonito que você tenha. — Não, senhor, eu não vou. E com isso, ele está fora da porta. Deixando Kate e eu sentados no sofá, nossas expressões atordoadas, como sobreviventes de uma explosão nuclear. — “Não, Sr. Evans, claro que não” — eu lamento. — Você poderia ser mais puxa-saco? Ela sussurra: — Cale a boca, Andrew. — Em seguida, ela suspira. — Que diabos vamos fazer agora? — Bem, você poderia fazer o que é nobre nesse caso, e desistir. — Sim. Como se isso fosse acontecer. — Em seus sonhos. Eu sorrio. — Na verdade, meus sonhos envolvem você inclinada sobre alguma coisa... A cabeça dobrada. Ela faz um som de desgosto. — Você poderia ser mais porco? — Eu estava brincando. Por que você tem que ser tão fodidamente séria o tempo todo? Você deveria aprender a aceitar uma piada. — Eu posso aceitar uma piada. — ela me diz, parecendo ofendida. — Yeah? Quando? — Quando ele não está sendo falado por um idiota infantil, que pensa que é um presente de Deus para as mulheres.

— Eu não sou infantil. Por outro lado, presente de Deus? Meu recorde fala por si só. — Oh, morda minha bunda. Adoraria. — Boa resposta, Kate. Muito madura. — Você é um idiota. — Você é uma... uma Alexandra4. Ela faz uma pausa de um segundo e me olha fixamente. — O que diabos isso quer dizer? Pense sobre isso. Você vai entender. Eu esfrego minha mão pelo meu rosto. — Olha, isto não vai nos levar a lugar nenhum e não vai acabar tão rápido. Nós estamos ferrados. Nós dois ainda queremos Anderson, e a única maneira em fazer com que ele venha, é de alguma maneira fazer essa merda juntos. Temos... 30 horas para fazer isso. Você está dentro ou não? Seus lábios se unem com determinação. — Você está certo. Estou dentro. — Me encontre em meu escritório em 20 minutos, e vamos começar a trabalhar. Eu esperava que ela fosse discutir comigo. Eu esperava que ela fosse perguntar por que nós tínhamos que nos encontrar em meu escritório - por 4

Irmã de Drew

que não podíamos trabalhar em seu escritório - como uma dona de casa irritante. Mas ela não fez isso. Ela apenas diz: — Tudo bem. — E caminha pela sala para pegar o resto de suas coisas. Eu estou surpreso. Talvez isso não seja tão ruim quanto eu pensava. — Essa é a ideia mais malditamente estúpida que eu já ouvi! Não, é muito pior. — Eu pesquisei Anderson. Ele é o tipo da velha guarda. Ele não vai querer ficar cego olhando para o seu laptop durante toda a noite. Ele vai querer algo concreto e tangível. Algo que ele possa levar para casa. Isso é o que eu vou lhe dar! —Esta é uma reunião de negócios de bilhões de dólares - e não uma lição de ciências da quinta série. Eu não vou andar até lá com um maldito cartaz! Já passou da meia-noite. Nós estamos no meu escritório há mais de doze horas. Exceto por esses detalhes, todos os aspectos da nossa apresentação foi batido o martelo, negociado, comprometido. Eu me sinto como se eu tivesse fazendo um maldito tratado de paz. Até agora, Kate soltou seu cabelo e arrancou seus sapatos. Minha gravata está fora, os dois primeiros botões da minha camisa aberto. Nossa aparência poderia parecer que as coisas estavam amigáveis - íntimas - como uma sessão de estudos durante toda a noite na faculdade.

Se não estivéssemos tentando rasgar a garganta um do outro, é claro. — Eu não dou a mínima se você concorda ou não. Eu vou fazer isso. Eu estou levando os gráficos. Eu desisto, eu estou muito cansado para brigar por papel. — Tudo bem. Apenas reduza o tamanho deles. Nós pedimos comida há algumas horas atrás e trabalhamos durante o jantar. Eu pedi macarrão com frango, enquanto Kate preferiu um sanduiche de peru com batata frita. Tanto quanto eu odeio admitir isso, estou impressionado. Obviamente, ela não se inscreveu no curso para — Eu só posso comer saladas na frente do sexo oposto — regra de ouro para um monte de garotas. Quem deu essa ideia para as mulheres? Como se um cara fosse dizer ao seu amigo: — Cara, ela era uma garota muito feia, mas uma vez que eu a vi mastigando alface, eu apenas cai de quatro por ela. Nenhum homem quer transar com um esqueleto - e mordiscar biscoitos e água, como um prisioneiro de guerra no jantar não é atraente. Isso só nos faz pensar como você vai estar uma puta mal-humorada mais tarde, de fome. Um cara quer você? Um cheeseburger gigante não vai assustá-lo. E se ele não quiser? Ingerir todos os verdes que houver na fazenda de Peter Rabbit não vai mudar isso, confie em mim. Agora, de volta para a batalha real. — Eu que vou fazer a apresentação. — eu digo a ela com firmeza. — Não, de jeito nenhum! — Kate... — Estas são as minhas ideias, e eu vou apresentá-las!

Ela está propositadamente tentando me deixar louco. Ela está deliberadamente tentando me levar ao fundo do poço. Ela provavelmente está esperando que eu vá me jogar pela janela, só para ficar longe do aborrecimento que é ela. Em seguida, ela vai ter Anderson só para ela. Bem, seu esquema do mal não vai funcionar comigo. Vou manter a calma. Vou contar até dez. Eu não vou deixar Kate me atingir. — Saul Anderson, — eu digo — é um empresário à moda antiga. Você mesma acabou de dizer isso. Ele vai querer falar com outro homem de negócios, não alguém que ele enxerga como uma secretária que foi promovida. — Esse é o comentário mais machista que eu já ouvi. Você é nojento! A minha calma sai direto pela janela, e despenca cerca de quarenta andares. —Eu não disse que eu pensava dessa forma. Eu disse que ele pensa dessa maneira! Porra do Cristo Todo-Poderoso! E é verdade. Eu não me importo com o que as pessoas estão carregando entre as pernas, ou a maneira como usam isso. Um pau, uma vagina, ou os dois - é tudo a mesma coisa para mim. Contanto que faça o trabalho bem feito, isso é tudo que importa. Mas Kate parece determinada a pensar o pior de mim. Eu empurro minhas mãos pelo meu cabelo, em um esforço para desabafar um pouco da frustração que me faz querer sacudi-la, até arrancar essas merdas dela para fora.

— Olha, as coisas simplesmente são assim. Tentar fingir que certos preconceitos não existem, não irá fazê-los ir embora. Nós temos uma melhor chance de assinar com Anderson, se eu falar. — Eu disse que não! Eu não me importo com o que você pensa. Absolutamente não. — Deus, você é tão fodidamente teimosa. Você é como uma louca puta na menopausa! — Eu sou teimosa? Eu sou teimosa? Bem, talvez eu não tivesse que ser, se você não fosse o rei dos malucos por controle! Ela está certa sobre essa coisa de controle. Mas o que eu posso dizer? Eu gosto de fazer as coisas da maneira certa - que é a minha maneira. Eu não vou pedir desculpas por isso. Especialmente para a Sra. Tem-Uma-Vara-NaMinha-Bunda. — Pelo menos eu sei quando recuar - ao contrário de você. Você anda por aí como uma perfeccionista tensa cheia de metanfetamina! Á esta altura, estávamos os dois em pé, menos de um pé de distância em frente um ao outro. Sem seus saltos, eu tinha uma grande vantagem na altura, mas Kate não parece intimidada. Ela me cutuca no peito enquanto argumenta: — Você não me conhece mesmo. Eu não estou nervosa. — Oh, por favor. Eu nunca vi alguém que precisa tanto transar quanto você. Eu não sei o que diabos seu noivo está fazendo com você. Mas seja o que for? Ele não está fazendo a coisa certa.

Sua boca se abre, formando um “O” grande diante da minha alfinetada contra seu noivo. Com o canto do meu olho, eu vejo a mão dela chegar, pronta para me bater no rosto. Esta não é a primeira vez que uma mulher tentou me bater. Você não está surpresa, não é mesmo? Como um profissional, eu pego seu pulso antes que ela faça contato com meu rosto e seguro seu braço para baixo do seu lado. — Caramba, Kate, para uma mulher que afirma que não quer me ferrar, você certamente parece ansiosa em partir para agressão física. A outra mão veio para tentar me bater do outro lado, mas eu a bloqueei novamente, e agora estou segurando firmemente as duas mãos em seus quadris. Eu sorrio. — Tem que fazer melhor do que isso, baby, se você quer pegar um pedaço de mim. — Eu te odeio! — ela grita na minha cara. — Eu te odeio muito mais! — Eu grito. Evidentemente, não foi a resposta mais inteligente - mas foi o melhor que eu consegui fazer nas circunstâncias. — Bom! É a última palavra que ela fala. Antes da minha boca descer sobre a dela. E os nossos lábios baterem juntos.

Capítulo Sete Beijei centenas de garotas. Não - mais perto de milhares de garotas. Eu apenas me lembro de alguns deles. Mas esse beijo? Este é um que eu não vou esquecer tão cedo. Ela tem um gosto... Jesus, eu nunca usei drogas, mas eu imagino que se parece com o que se sente com a primeira cheirada na cocaína, o primeiro tiro de heroína. Malditamente viciante. Nossos lábios se chocam e se movem sobre o outro, molhado e com raiva. Eu não consigo parar de tocá-la. Minhas mãos estão por toda parte: seu rosto, seu cabelo, suas costas, segurando os seus quadris. Puxando-a mais perto, desesperado para sentir mais dela - querendo que ela sinta exatamente o que está fazendo comigo. Precisando de ar, eu arranco minha boca da dela e ataco seu pescoço. Eu faço a festa com ela, como um homem faminto. E isso é exatamente o que eu sou por ela - voraz. Aspiro seu cheiro, enquanto estou lambendo, chupando e mordiscando meu caminho de sua mandíbula para sua orelha. Ela está chorando incoerentemente, mas eu pego a ideia. O som de sua voz, selvagem e sexy, me faz gemer. E o cheiro dela. Doce Cristo, ela cheira a... flores e açúcar. Como um daquelas rosas confeitadas que decoram a parte superior de um bolo. Fodidamente deliciosa.

E suas mãos não estão paradas também. Ela agarra meus bíceps, e o calor de suas mãos se infiltra através de minha camisa. Ela raspa as unhas em minhas costas e mergulha seus dedos abaixo da cintura de minha calça, primeiro levemente, em seguida, segura firma na minha bunda. Eu estou morrendo. Eu estou queimando. Meu sangue liquido malditamente virou fogo, e eu sinto que vamos virar fumaça, antes de conseguirmos chegar ao sofá. Kate suspira quando eu agarro o lóbulo da sua orelha em minha boca, e contorce todo o corpo com a minha língua. — Drew? Drew, o que estamos fazendo? — Eu não sei — eu lamento em voz áspera. — Só... não pare de me tocar. Ela não para. E eu estou de volta em sua boca. Mergulhando minha língua dentro dela, deslizando contra sua boca, da mesma forma que eu estou morrendo de vontade de deslizar meu pau em seu corpo acolhedor molhado. Eu sinto seus quadris esfregarem contra o meu. E todo o sangue desce no meu corpo, me deixando mais duro do que eu já estive em minha vida. Semanas de desejo e frustração estão correndo pelo meu corpo. Eu escovei meus dentes com Colgate por muito tempo - e ele tem um gosto de merda. — Você sabe o quanto eu queria isso? O quanto eu te quero? Deus, Kate... Eu tenho sonhado com isso, porra... implorado por isso. Você me deixa... Deus, eu não consigo... o suficiente de você.

Suas mãos estão no meu peito agora, esfregando, coçando, descendo pelo meu abdômen, até acariciar contra a parte da frente da minha calça e eu assobio de puro prazer agonizante. Antes que eu possa respirar, ela acaricia meu pau pela minha calça, e eu empurro para frente. Qualquer aparência de controle ou finesse desapareceu. Minhas mãos vão até seus seios, e ela arqueia as costas para aproximálos de mim. Eu aperto e ela geme novamente. Eu aperto onde eu sei que seus mamilos estão, frustrado com sua blusa e sutiã. Quero puxar e prender essas belezas na minha boca, até que eles estejam dois picos afiados. Sua boca está no meu pescoço, beijando, e eu levanto meu queixo. Nunca foi assim. Eu nunca fui assim. Eu nunca senti tanto desejo por qualquer mulher, não importa que seja uma mistura de raiva e luxúria. — Drew... Drew, eu não posso fazer isso. Eu amo Billy. — ela ofega. Sua confissão não me afeta, como você acha que faria. Principalmente porque ela ainda está com sua mão no meu pau, quando diz isso. Suas ações falam o oposto completo de sua voz. Suas mãos e os quadris estão me puxando para mais perto, me acariciando, implorando por mais. — Isso é bom, Kate. É lindo. Amar Billy. Casar com Billy. Só por favor... Deus... por favor, fode comigo. Eu nem sei o que estou dizendo. Nem sei se estou fazendo qualquer sentido. Apenas um pensamento fica martelando na minha cabeça como uma melodia primitiva: Mais!

Eu abaixo meu queixo, querendo provar sua boca novamente. Mas, em vez de seus lábios... Faço contato com a palma da sua mão. Abro os olhos para encontrar sua mão cobrindo a boca, me impedindo. Seu peito é ofegante, subindo e descendo ferozmente, sua respiração acelerada. E então eu olho em seus olhos. E eu sinto como se tivesse uma bola de demolição batendo no meu peito. Porque seus olhos estão arregalados de pânico... e confusão. Eu tento dizer o nome dela, mas é abafado pela sua mão contra a minha boca. Ouço um soluço em sua voz, quando ela diz — Eu não posso fazer isso, Drew. Sinto muito. Billy... este trabalho... Isto é a minha vida. Minha vida inteira. Eu... Eu não posso. Ela está tremendo. E de repente, a minha necessidade, o meu desejo, e a minha ainda furiosa ereção são todos empurrados para segundo plano, por trás do enorme desejo de confortá-la. Dizer a ela que está tudo bem. Tudo vai ficar bem. Tudo. Eu digo qualquer coisa para tirar esse olhar de seu rosto. Mas ela não me dá a chance. No momento em que ela afasta sua mão da minha boca, ela corre para a porta. E ela se foi, antes que eu possa respirar. Eu deveria ir atrás dela. Devia lhe dizer que está tudo bem, que ela conseguiu parar antes. Que isto não tem - e não vai - mudar nada. Apesar de que é uma grande mentira, e nós dois sabemos disso, não é? Mas eu não sigo Kate. E a razão é simples: Alguma vez você já tentou correr com seu pau duro? Não?

Bem, é quase impossível. Eu simplesmente despenco no sofá, e descanso minha cabeça para trás. Olhando para o teto, eu belisco a ponta do meu nariz com os dedos. Como é que algo tão simples como sexo, se tornou tão malditamente complicado? Eu não sei. Cristo, eu estou tão duro. Eu quero chorar - eu admito. Eu não tenho vergonha. Eu quero chorar da dor latejante na minha virilha que não terá alívio. A ideia de sair e encontrar uma substituta para Kate nem entra na minha cabeça. Porque meu pau sabe o que meu cérebro está apenas começando a admitir. Não há substituta para Kate Brooks. Não para mim. Agora não. Eu olho para a tenda no meu colo. Que não mostra nenhum indício de descer, pelo menos brevemente. Vai ser uma longa, longa noite.

Capítulo Oito No dia seguinte, Kate não vem para o escritório até ás onze horas. Eu não preciso dizer como isso é incomum para ela. Ela está me evitando. Eu sei, porque eu mesmo já fiz isso, em mais de uma ocasião. Discretamente se esgueirando para o outro lado da sala, exatamente como eu fazia, quando reconhecia vagamente uma dos meus casos anteriores. Mas estar na outra ponta, recebendo isso? Realmente é uma merda. Eu não tenho o privilégio de falar com ela até ás 14hs, quando ela vem a passos largos para o meu escritório - linda de morrer. Seu cabelo está preso no que Alexandra chamaria de coque francês. Ela está usando um vestido preto, fluindo até um pouco acima do joelho, combinando com sapatos, de salto alto e um blazer preto. Ela coloca uma pequena pilha de cartazes na minha mesa, seus quadros e gráficos do tamanho de um notebook, como nós combinamos. — Ok. Você está certo. Você deve liderar com Anderson. Eu vou ser a segunda voz. Ela fala como se nada tivesse acontecido. Como se ela não tivesse tremido em meus braços e me deixado em chamas neste mesmo escritório apenas poucas horas atrás. Ela é toda profissional. Completamente indiferente. E isso me irrita. Muito. Indiferença não é exatamente uma reação que eu estou acostumado a receber das mulheres. Francamente, é um pouco difícil aceitar isso.

Eu sinto minha mandíbula apertar, enquanto digo a ela: — Ótimo. Essa é a melhor forma de levar isso. Agora, se você ainda não adivinhou, eu não sou o tipo meloso. Eu não sou de falar meus sentimentos como esses caras New Age, meditando aberração sobre a natureza. Mas eu esperava algo dela. Algum reconhecimento do que aconteceu ontem à noite - da atração que ainda está rolando entre nós dois. Eu pensei que ela iria puxar esse assunto. Afinal de contas, ela é uma mulher. Quando tudo que eu recebo é o silêncio, eu não posso evitar, e começo. — Kate, sobre a noite passada... Ela me corta. — A noite passada foi um erro. Isso não vai acontecer novamente. Você sabe alguma coisa sobre psicologia infantil? Não? Bem, aqui vai uma lição para você. Se você disser a uma criança que não pode fazer algo, qual vai ser a primeira coisa que ela vai fazer, no minuto que você virar o rosto? Exatamente. Os homens são iguais. É por isso que vai acontecer novamente. Mas neste momento ela não precisa saber disso. — Ok. — Bom. — Ótimo. Ela sussurra: — Tudo bem.

'Bem' é uma palavra engraçada, você não acha? Eu não acho que há outra como ela no idioma Inglês que diz tanto, quando na verdade quer dizer tão pouco. Quantas esposas falam aos seus maridos — Eu estou bem — quando elas realmente querem dizer: — Eu quero cortar suas bolas fora com uma faca de açougueiro? Quantos homens disseram a suas namoradas — Você está bem, quando eles realmente querem dizer: — Você precisa voltar para a academia e malhar - muito. — É a forma universal de dizer tudo quando não podemos realmente dizer nada. — Tudo bem. — repito, olhando para os papéis sobre minha mesa. E então ela está fora da porta, e eu passo os próximos dez minutos olhando para fora, repetindo a noite passada mais e mais uma vez na minha mente. Hey, você sabe que outra palavra que pode significar o oposto daquilo que se supõe? Fodido. Que é exatamente como vou estar, se eu não arrancar minha cabeça da minha bunda e voltar para o jogo das 19hs hoje à noite. Nosso jantar está indo muito bem. Embora eu tenha falado bastante, é por Kate que Saul Anderson está completamente encantado. Se eu não estivesse tão irritado, eu admitiria que ela está levando esta reunião como uma profissional gabaritada. Mas eu estou, então eu não vou dizer isso a ninguém, apenas a vocês. Ela ri de alguma história que Anderson acabou de dizer, e depois ele pede licença para ir ao banheiro. Eu tomo um gole de meu vinho, desejando que fosse uísque.

Kate se vira para mim, a emoção dançando em seus olhos. — E então? As coisas estão indo muito bem, não é mesmo? Quer dizer, eu definitivamente acho que ele está interessado, você não acha? Eu dou de ombros. — Depende do que você está tentando vender. — O que você está falando? Estou nos vendendo - a nossa proposta, a nossa empresa de investimento. Estou sendo um idiota - sim, eu sei. — Sério? Porque parece que você está lhe oferecendo algo completamente diferente. — O que você está tentando dizer? — Vamos lá, Kate. Você graduou em Wharton. Acho que você pode descobrir exatamente o que estou dizendo. — Eu tenho sido completamente profissional... — Você seria mais sutil, se apenas rasgasse sua blusa e colocasse seus peitos na cara dele. Ok, isso foi desnecessário. E eu realmente considerei me desculpar. Mas antes que eu pudesse formar as palavras, líquido gelado escorre pelas minhas calças e na minha virilha. Do copo de água que Kate simplesmente virou em meu colo. — Você está doida? — Eu sussurro duramente, tentando não fazer uma cena, enquanto pulo para cima, e tento limpar a mancha com um guardanapo. — Tudo bem por aqui?

É Anderson. Ele está de volta e olhando de mim para Kate. Eu dou de ombros desajeitadamente, enquanto Kate sorri e lhe diz: — Está tudo bem. Olha essa palavra de novo. Entenderam o que eu quero dizer? — Drew só teve um pequeno acidente com seu copo de água. Você conhece os meninos - não se pode levá-los a lugar nenhum. Anderson ri e se senta novamente, enquanto eu penso sobre minhas chances de absolvição. Que eu realmente vou precisar, depois que eu estrangular Kate Brooks. Uma hora depois, nós estamos esperando para tomar um café e comer a sobremesa. Kate deixou a mesa. Estou pensando que sua bexiga devia estar a segundos de ruptura total, para que ela realmente me deixasse sozinha com Anderson. Ele me observa por um momento e, em seguida, diz: — Eu gostei do que vi aqui hoje à noite, Drew. Muito impressionante. — Obrigado, Saul. Nos negócios, sempre use o primeiro nome. Não é desrespeitoso. Isso mostra que você é um igual - da mesma liga. Isso é importantíssimo. — E com base no que você me mostrou, eu estou pronto para dar a Evans, Reinhart e Fisher meu negócio. Yes! Quebre o champanhe, baby. — Estou satisfeito em ouvir isso. Eu acho que esse negócio vai ser muito rentável para ambos, isto é, para todos nós. — Não é possível esquecer Kate, certo? Como se ela me deixasse. — Você pode confiar em mim e Kate. Nós não vamos decepcioná-lo.

Ele faz um brinde com o copo de cristal. — Certo. Sobre isso. Antes de assinar, eu tenho apenas uma exigência. Esse tipo de coisa acontece o tempo todo. Não é um grande negócio. — Vá em frente, Saul. Tenho certeza de que podemos fornecer o que você precisa. — Fico feliz em ouvir isso. Então, por que você não manda essa linda e querida garota - Kate - trazer os contratos até a minha casa hoje à noite, por volta da meia-noite — Ele me entrega um cartão de visita, e eu sinto que há uma pedra no meu estômago. Você pode sentir isso também? — Aqui é onde eu vou ficar. Ela deve trazer os papéis... sozinha. Você sabe na TV quando há uma daquelas cenas difíceis, com aqueles momentos chocantes e tudo que você ouve são os grilos no fundo? Bem o grilo está fodidamente piando agora. Este é um desses momentos. — Eu não tenho certeza se eu... — Ah, com certeza você tem, Drew. Você sabe como é. Quando um homem trabalha até tarde, ele precisa de um pouco... de conforto. Uma distração. Que tal o meu pé na sua bunda, Saul? Como uma forma de distração? — E essa garota de vocês é uma parte essencial. Meu negócio vai trazer a sua empresa milhões de dólares em receita. E isso não inclui os clientes adicionais que vocês irão conseguir, uma vez que comece a ser conhecido que

estou com vocês. Eu diria que um pouco de serviço depois do horário é um pequeno preço a pagar, você não acha? Eu acho na verdade que você é um cara doente, pervertido, um criminoso-sexual-procurado. Mas você acha que eu pensar isso faria alguma diferença? Claro que não. Eu me levanto. Tenho medo do que eu vou fazer, se eu tiver que olhar para aquele seu sorriso presunçoso de merda por mais um minuto. Eu lanço uma dúzia de notas sobre a mesa e lhe digo — Esse não é o tipo de negócio que fazemos em nossa empresa. Se é esse o tipo de negócio que você está procurando, a rua 42 tem cerca de dez quarteirões com esse serviço. Eu não sou cafetão, e Katherine Brooks certamente não é uma prostituta. Esta reunião está encerrada. Você não ficou orgulhoso de mim? Eu fiquei. Embora o que eu falei não foi satisfatório o bastante, foi profissional - digno. Eu me comportei bem. Eu nem sequer o chamei de escroto de merda, não o mandei chupar meu pau, e muito menos o chamei de grande filho de uma puta, que eu realmente acho que ele é. Parabéns para mim. Eu ando em direção a área do bar, na sala ao lado, e eu estou furioso. Você pode ver o vapor saindo dos meus ouvidos? Não? Bem, obviamente você não está olhando direito. Esse cara é um babaca. Ousar sugerir isso de Kate... Kate que é mais do que apenas um rostinho bonito. Ela é brilhante. E engraçado. E - ok, talvez ela não seja muito, mas eu tenho certeza que ela poderia ser, se ela não me odiasse. Em qualquer caso, ela merece coisa melhor - mais respeito - do que o que esse filho da puta lhe ofereceu. Muito mais.

Foi quando eu a vi, retornando do banheiro e passando pelo bar do restaurante. Ela me vê e se aproxima, um sorriso espalhando em seu rosto. — Então? Como foi? Ele está conosco, não é? Eu sabia disso, Drew! Eu sabia que no minuto em que mostrasse a ele o nosso projeto, ele estava dentro. E eu sei que trabalharmos juntos não será a coisa mais fácil, mas eu acho que seu pai estava certo. Nós formamos um bom time, não é mesmo? Eu engulo em seco. Eu olho para a mão dela no meu braço e, em seguida, volto para aqueles olhos inocentes, doces, e... Eu apenas não posso fazer isso. Eu não posso lhe dizer. — Eu estraguei tudo, Kate. Anderson não está interessado. — O quê? O que quer dizer? O que aconteceu? Eu fico olhando para os meus sapatos de novecentos dólares. — Eu estraguei tudo. Podemos sair daqui? Quando eu olho para cima, o seu rosto é uma máscara de simpatia e confusa. Olha isso, eu simplesmente disse a ela que estraguei a conta - a nossa conta - e não há um traço de raiva em sua expressão. Deus, eu sou um idiota. — Bem, deixe-me falar com ele. Talvez eu possa corrigir isso. Eu balanço minha cabeça: — Não, você não pode. — Deixe-me pelo menos tentar. — Kate, espere... — Mas ela já está saindo, em direção à mesa onde Anderson ainda está sentado. Você já esteve na rua, preso atrás de um para-choque que não sai do lugar no transito? E quando você finalmente chega lá na frente, percebe que o

transito é por causa de um acidente? Talvez não seja um daqueles ruim talvez seja apenas uma leve colisão que já foi até deslocado para o lado da estrada. E todo aquele tráfego - todo esse tempo desperdiçado - é porque cada motorista que passa na cena tem que desacelerar e dar uma olhada. É ridículo, não é? E você jura que quando você passar, você não vai olhar - apenas por uma questão de princípio. Mas quando chega lá, e você está dirigindo ao lado das portas e para-choques amassados, o que você faz? Você desacelera e olha. Você não olhar, mas você não pode evitar. É mórbido. Absurdo. Mas essa é a natureza humana. Assistir Kate caminhar até Anderson, me faz sentir como se estivesse olhando para o resultado de um acidente. E não importa o quanto eu quero - eu simplesmente não consigo desviar o olhar. Ela senta em sua cadeira, um sorriso perfeito e profissional em seus lábios. Se você olhar de perto, você vai ver o momento em que o que ele está pedindo é registrado em sua mente. Veja como seu sorriso congela? Sua testa enruga um pouco, porque ela não pode realmente acreditar que ele está sugerindo aquilo. E então ela fica rígida e insegura. Será que ela deve mandar ele se foder? Ou deve rir e educadamente recusar? Enquanto as rodas estão girando na cabeça de Kate, Anderson leva o seu dedo - você pode ver a baba escorrendo? - E trilha lentamente seu braço nu. E é isso. Eu saio do meu estupor. E eu vejo vermelho. Brilhante, néon, Technicolor vermelho. Você já viu Uma História de Natal? Você sabe no final, quando Ralphie bate a merda para fora daquele valentão amoroso? Eu juro por Deus que

espero que você tenha visto. Porque, então, você saberá exatamente o que quero dizer quando digo que estou prestes a fazer igual Ralphie e dar realmente uma porrada nesse filho da puta. Eu ando mais e me coloco na frente de Kate. — Toque-a de novo e eu vou jogá-lo através dessa janela. E eles ainda vão encontrar pedaços de você pela rua 54, por dias. Ele ri. Soa malvado, não é mesmo? — Acalme-se, filho. Filho? Ele realmente falou essa merda? — Sabe de uma coisa, Drew. Eu gosto de você. Agora, isso é uma ideia que me assusta pra caralho. — Eu preciso de um homem como você por perto. — continua ele. — Alguém que não tem medo de dizer o que pensa. Que possa me dizer o que realmente pensa. Parece que a minha... exigência não vai ser cumprida. Mas eu vou assinar com você e sua empresa de qualquer maneira. O que você acha disso? — Ele se recosta na cadeira e toma um gole de seu vinho. Completamente confiante no fato de que eu vou ignorar tudo o que ele disse ou fez para ter a chance de colocar minhas mãos em seu dinheiro. — Eu vou dizer um grande não a isso, Saul. Veja, nós temos essa política da empresa: não lidamos com homens covardes, dependente de viagra, filhos da puta que tentam usar sua posição para coagir as mulheres - jovens o suficiente para ser suas filhas - para a cama. Vá vender suas coisas em outro lugar. Nós não estamos comprando.

Nossos olhares estão presos um no outro como dois lobos no Discovery Channel, quando ele diz — Pense bem, filho. Você está cometendo um erro. — Acho que o único erro que eu fiz foi desperdiçar o nosso tempo aqui com você. Isso é algo que não penso em fazer nem um segundo a mais. Estamos saindo agora. E então eu olho para Kate e lhe digo baixinho: — Vamos embora. Com a mão na parte inferior das suas costas, caminhamos para a chapelaria. Eu pego seu casaco e a ajudo a vesti-lo. Com minhas mãos em seus ombros, eu pergunto: — Você está bem? Ela não olha para mim — Eu estou bem. Certo. E todos nós sabemos o que isso significa, não é? Para muitos homens, o carro é equivalente à mulher perfeita. Podemos deixá-la exatamente com a aparência que queremos, podemos montá-la duro e ela não vai reclamar, e podemos facilmente trocá-la por um modelo mais novo, mais jovem. É realmente o relacionamento ideal. Eu dirijo um Aston Martin V12. Não há muitas coisas neste mundo que eu amo, mas meu carro é um deles. Eu comprei depois que eu fechei o meu primeiro negócio. Ela é uma beleza. Ela é meu bebê. Não que você imaginaria isso pela maneira que estou dirigindo no momento. É o modo de cara tipicamente puto na direção. Um aperto de morte no volante, curvas difíceis, paradas rápidas, um tapa na buzina à menor provocação. Eu nem penso como minha atitude pode ser interpretada pelas pessoas. Kate fala com uma voz baixinha do banco do passageiro. — Eu sinto muito.

Olho rapidamente para ela: — Você sente pelo quê? — Eu nunca quis enviar esses tipos de sinais, Drew. Eu nunca iria levar um cliente assim. Eu não percebi isso... Cristo. Por que as mulheres sempre fazem isso? Por que elas estão tão ansiosas em culpar a si mesmas quando alguém as trata como merda? Um cara levaria um ralador de queijo na sua língua, antes de admitir que errou. Quando tinha dezesseis anos, Matthew estava namorando Melissa Sayber. Um dia, enquanto ele estava no banho, Melissa passou por sua gaveta de meias e encontrou os bilhetes de duas outras garotas que ele estava pegando ao mesmo tempo. Ela ficou possessa. Mas você sabe o quê? No momento em que Matthew terminou de falar com ela - depois de rasgar a prova - ele não apenas a convenceu de que ela tinha entendido tudo errado, e ela ainda estava se desculpando por ter mexido em suas coisas. Inacreditável, não é? Eu paro na lateral da estrada e viro o rosto para ela. — Me ouça Kate você não fez nada errado. — Mas você disse, sobre a minha blusa... e seu rosto... Ótimo. Ela acha que estava pedindo por isso, porque foi isso que eu disse a ela. Perfeito. — Não, eu estava sendo um idiota. Eu não quis dizer isso. Eu estava apenas tentando te provocar. Olha, neste negócio alguns caras apenas acham que seu poder é suficiente para qualquer merda. Eles estão acostumados a ter tudo o que querem, incluindo as mulheres.

Eu não quero ver as semelhanças entre Saul Anderson e eu. Mas elas são um pouco difícil de esquecer. Ouvi-lo hoje à noite me fez sentir... um merda... sobre como eu tratei Kate nas últimas semanas. Meu pai queria que eu a ajudasse, que eu fosse seu mentor. Em vez disso eu deixei meu pau e meu senso hiperativo da concorrência liderar o caminho. — E você é uma mulher linda. Esta não será a última vez que algo assim vai acontecer. Você tem que ter a casca grossa. Você não pode deixar qualquer um chacoalhar sua confiança. Você foi perfeita nessa reunião. Realmente. Deveria ter sido um home run. Ela me dá um pequeno sorriso. — Obrigada. Eu retorno para a estrada, e nós dirigimos em silêncio. Até que ela diz: — Deus, eu poderia beber alguma coisa agora. Seu comentário me choca. Parece uma coisa tão não-Kate. Ela é uma seta reta. Sem bobagens. O tipo de garota que quase não bebe, não come gordura trans, e aspira atrás do sofá, três vezes por semana. É então que eu percebo que, embora a mulher ao meu lado ocupe um espaço permanente em meus pensamentos, eu realmente não sei muito sobre ela. Não mais do que eu sabia quando me aproximei dela há tanto tempo atrás no REM. É um choque ainda maior quando eu admito para mim mesmo que eu quero conhecer. Neste momento da minha vida, a minha ideia de conhecer uma mulher consiste em descobrir se ela gosta lento e doce ou duro e sujo - por cima, por baixo, ou por trás. Mas as interações que tive com Kate são diferentes de qualquer outra mulher. Ela é diferente.

Ela é como um Cubo de Rubik. Às vezes tão frustrante que quero lançar para fora da maldita janela. Mas você não faz isso. Você não pode. Você é obrigado a continuar jogando com ele até descobrir isso. — Sério? — Eu pergunto. Ela encolhe os ombros. — Bem, sim. Foi uma noite difícil - algumas semanas difíceis, na verdade. Eu sorrio e coloco a quinta marcha no meu bebê. — Eu conheço o lugar perfeito. Não se preocupe. Eu não planejo dobra-la com álcool, até que ela queira liberar alguns presentinhos para mim. Mas... se ela passar do ponto, e rasgar a roupa no beco atrás do bar, não espere que eu também a afaste com uma vassoura. Brincadeiras à parte, este é um novo começo para Kate e eu. Um novo começo. Eu vou ser um perfeito cavalheiro. Palavra de escoteiro. Então, novamente, eu não fui um escoteiro.

Capítulo Nove — Primeira vez que você ficou bêbado? — Treze. Pouco antes de um baile na escola. Meus pais estavam fora da cidade, e meu encontro, Jennifer Brewster, pensou que seria maduro tomar vodka e suco de laranja. Mas tudo que eu poderia encontrar era rum. Então, tomamos rum e suco de laranja. Nós acabamos vomitando nossas entranhas atrás do ginásio. Desde este dia, eu não posso sentir o cheiro de rum sem querer vomitar. Primeiro beijo? — Tommy Wilkens. Sexta série, no cinema. Ele colocou o braço em minha cintura, e enfiou a língua na minha garganta. Eu não tinha ideia do que estava acontecendo. Estamos jogando Primeiro e dez. Para aqueles de vocês que não estão familiarizados com este jogo com bebidas, eu vou explicar. Uma pessoa pergunta sobre a primeira - a sua primeira viagem para a Disney, a primeira vez que foi despedido, não importa. E a outra pessoa tem que falar sobre essa primeira vez. Se não fizer isso, seja porque não teve essa primeira vez ainda ou não responder - têm que virar seu copo. Então têm que dizer uma coisa que eles fizeram pelo menos dez vezes. Qual de nós sugeriu este jogo? Eu já perdi as cinco primeiras vezes. Eu estou completamente perplexo. — Primeira vez que você se apaixonou? Confirmando são seis. Eu pego minha vodka e viro.

Nós estamos em um canto escuro, de um pequeno bar local chamado Howie. É um lugar discreto, perfeito para tomar uma bebida. Os clientes são descontraído, informais. Não os caras frescos, que usam a última moda de Manhattan, com quem eu normalmente passo as noites de fim de semana. No entanto, adorando estar aqui. Exceto pelo karaokê. Quem inventou o karaokê é do mal. E deve levar uma bala entre os olhos. Kate ergue a cabeça para o lado, me avaliando. — Você nunca se apaixonou? Eu balanço minha cabeça. — O amor é para otários, querida. Ela sorri. — Muito cínico não? Então, você não acredita realmente no amor? — Não falei isso. Meus pais estão muito bem casados há 36 anos. Minha irmã ama seu marido, e ele a ama. — Mas você nunca amou? Eu dou de ombros — Eu simplesmente não vejo o ponto. É um monte de trabalho e pouco retorno. Suas chances de fazer isso dar certo, mesmo que por apenas alguns anos são apenas cinquenta por cento, na melhor das hipóteses. Complicado demais para o meu gosto. Eu prefiro simples e direto. Eu trabalho, eu transo, eu como, durmo, aos domingos almoço com a minha mãe e jogo basquete com os caras. Sem esforço. Fácil. Kate se encosta em sua cadeira. — Minha mãe costumava dizer: Se não é difícil, não vale a pena. Além disso, você não se sente... solitário?

Com a sugestão, uma garota peituda chega a nossa mesa e se inclina com a mão no meu ombro, seu decote na minha cara. — Você precisa de mais alguma coisa, gracinha? Isso praticamente responde a questão de Kate, certo? — Claro, querida. Você poderia nos trazer mais uma rodada? Quando a garçonete se afasta, os olhos de Kate encontram os meus antes de rolar para o teto. — Que seja. Me dê seu dez. — Eu tive relações sexuais com mais de dez mulheres em uma semana. Cancun. Ferias de primavera, 2004. O México é incrível. — Eca. Isso deveria me impressionar? Eu sorrio com orgulho. — Não impressiona a maioria das mulheres. — Eu me inclino para frente e abaixo minha voz, enquanto esfrego meu polegar lentamente contra o dela. — Então, novamente, você não é como a maioria das mulheres, não é? Ela lambe os lábios, seus olhos nos meus. — Você está flertando comigo? — Definitivamente. A garçonete chega com nossas bebidas. Eu tiro meus dedos. Eu vou para cima. Hora de começar a ficar mais... íntimo. — Primeira chupada? Eu tentei. Eu segurei enquanto pude. Eu não pude resistir por mais tempo.

O sorriso cai do rosto de Kate. — Você tem sérios problemas. Você sabe disso, né? Tomando emprestado um pouco da pressão dos meus pares no filme o Clube dos Cinco, eu pressiono — Vamos lá, Claire - apenas responda a uma pergunta simples. Kate pega sua bebida e vira de forma impressionante. Estou tanto chocado quando horrorizado. — Você nunca recebeu um boquete? Por favor, Deus, não deixe que Kate seja uma dessas mulheres. Você sabe o que quero dizer - frias, rotineiras, aquelas que simplesmente não fazem isso. As que insistem em fazer amor, o que significa apenas a merda da posição de missionária. Elas são a razão que homens, como Elliot Spitzer e Bill Clinton, quase destruiram as suas carreiras políticas, porque elas estão apenas tão desesperadas para ter seu final feliz. Ela se encolhe como se a vodka ainda queimasse a sua garganta. — Billy não gosta... de sexo oral. Ele não gosta de dar, quero dizer. Ela tem que estar bêbada. Não há nenhuma maneira no santo inferno que Kate estaria me dizendo isso, se não estivesse completamente chapada. Ela disfarça bem, você não acha? Mas ela ainda não respondeu minha pergunta. Quanto ao seu noivo - ele é um maricas. Sem trocadilhos. Minha mãe sempre me disse: — Quando você fizer alguma coisa, você deve fazer bem. — Ok, ela não chegou a dizer essas palavras exatas, mas você entendeu o ponto. Se eu não estou ansioso para ir para baixo em uma garota, então eu não vou trepar com ela. Desculpe se isso soa bruto, mas é assim que é.

E é de Kate que estamos falando. Eu comeria ela no café da manhã todos os dias da semana e duas vezes no domingo. E eu não consigo pensar em um único homem que eu conheço que discordaria de mim. Billy é um idiota de merda. — Então, já que ele nunca... você sabe. Ele não acha que seja justo que eu faça isso com ele. Então, não... Eu nunca... Ela não pode sequer dizer isso. Eu tenho que ajudá-la. — Bateu a cabeça? Chupar? Dar um boquete? Soprar as bolas? Ela cobre o rosto e ri. Tenho certeza de que é a coisa mais adorável que eu já vi. Ela afasta as mãos do rosto e dá um suspiro. — Continuando. Meu dez. Eu estou com Billy há mais de dez anos. Eu engasgo com minha cerveja. — Há dez anos? Ela acena com a cabeça. — Quase onze anos. — Então, você começou a namora-lo quando você tinha... — Quinze. Sim. Então, se eu sou ouvi corretamente, o que ela está provavelmente dizendo é que nenhum homem nunca foi para baixo nela? Não quero bater em cavalo morto, mas eu apenas não posso envolver minha mente em torno disso. É isso é o que ela está dizendo, certo? Eu poderia chorar. Que maldito pecado. Poupe o cara do karaokê guarde a bala para o noivo de Kate. — Há quanto tempo vocês estão noivos?

— Há sete anos. Ele me pediu uma semana antes que eu fosse para a faculdade. Essas duas frases me dizem exatamente que tipo de homem babaca esse Billy é. Inseguro, ciumento, pegajoso. Ele sabia que sua garota iria ficar fora do seu controle, que ela iria a novos lugares e provavelmente o deixaria comendo poeira. Então o que ele faz? Ele pede para ela se casar com ele, praticamente prendendo-a antes que ela soubesse o que queria. — É por isso que o anel é tão... você sabe... pequeno. Mas isso não importa para mim. Billy trabalhou por seis meses para conseguir me dar este anel. Servindo mesas, cortando grama, se matando. Esta pedra minúscula significa mais para mim do que a maior pedra na Tiffany. E essas poucas frases me dizem exatamente que tipo de mulher Kate Brooks é. Um monte de mulheres de Manhattan é tudo sobre etiquetas – a marca do carro, o nome da bolsa, o tamanho do anel. Superficiais. Vazias. Eu deveria saber, eu dormi com a maioria deles. Mas Kate é material real. Genuíno. Ela é tudo sobre a qualidade, não quantidade. Ela me lembra da minha irmã, na verdade. Mesmo com todo o dinheiro que temos, Alexandra realmente não dá mínima para etiquetas ou o que os outros pensam. Foi assim que ela acabou com um cara como Steven. Ele e Alexandra começaram a namorar na escola, quando ele era calouro, ainda estudante de segundo ano e ela uma estudante sênior, no último ano. Essa manobra fez dele uma lenda na Escola Preparatória de Santa Maria. A partir desse dia, o seu nome é invocado em seus salões com reverência. O que é? Sim, eu fui para uma escola católica. Você está surpreso? Você não deveria estar. Meu palavrões tem um certo sabor religioso que só pode ser

aprendido através de uma vida de educação católica. Porra Jesus Cristo... Jesus, Maria e José... caralho de Cristo Todo-Poderoso... Puta Santa Merda. - e isso é só o que ouvimos dos sacerdotes. Nem me fale sobre as freiras. De qualquer forma - onde eu estava? É isso mesmo, Steven e Alexandra. Steven não era o cara mais bonito, nem o mais refinado. Ele não é um galinha, ele nunca foi. Então como ele conseguiu ensacar um prêmio como a minha irmã, você pergunta? Confiança. Steven nunca duvidou de si mesmo. Nunca pensou por um segundo que ele não era bom o suficiente para a cadela. Ele se recusou a ser intimidado. Ele sempre transpirava aquela tranquila autoconfiança que as mulheres ficam atraídas. Porque ele sabia que ninguém poderia amar a minha irmã do jeito que ele amava. Então, quando Alexandra foi para a faculdade antes de Steven poder se juntar a ela, ele se preocupou? Claro que não. Ele não tinha medo de deixá-la ir. Porque ele sabia com certeza absoluta que um dia ela voltaria. Para ele. Obviamente, Billy fodido Warren não tinha tanta certeza. Duas horas mais tarde, Kate e eu estamos comprovadamente bêbados. Está nos vendo ali? Olhando para o palco, tomando nossas cervejas com aqueles olhares vidrados em nossos rostos. Você pode aprender muito sobre uma pessoa quando está bêbado, e eu aprendi uma porrada sobre Kate. Quando ela bebe - ela fala bastante. Será que ela grita também? Não importa, essa parte vem depois.

A cidade natal de Kate é Greenville, Ohio. Sua mãe ainda mora lá, servindo o jantar do restaurante Country da sua família. Aquele lugar soa meio como a verdadeira América. Aquele tipo, onde os moradores se reúnem para tomar o café da manhã antes de ir trabalhar, e adolescentes se juntam depois para um jogo de futebol. Kate trabalhou como garçonete lá durante os anos do ensino médio. Ela não mencionou um pai, e eu não perguntei. E apesar de ter sido a oradora da sua turma, Kate costumava ser uma criança bem selvagem. Isso explica porque ela não demonstra seu estado etílico, apesar da quantidade de álcool que viramos. Aparentemente, ela e o babaca passaram sua juventude patinando nas pistas por horas, furtando besteirinhas, e cantando em uma banda juntos. Ah, sim, isso é o que aquele bundão de merda ainda faz para ganhar a vida. Ele é um músico. Você sabe o que isso significa, né? Yep - desempregado. Por que Kate ainda está com esse perdedor? Essa é a pergunta que vale milhões de dólares, crianças. Eu não sou esnobe. Eu não me importo se você é frentista em um posto ou trabalha na porra do Mcdonald. Se você é um homem, você trabalha - você não é sanguessuga da sua namorada. — Karaokê é uma porcaria. — eu solto um grunhido, enquanto o travesti loiro no microfone termina a música I Will Survive. Kate inclina a cabeça para o lado. — Ela é... ele é... não é tão ruim. — Eu acho que meus ouvidos estão sangrando. — Eu movimento meu rosto para as pessoas em coma ao redor do bar. — E todas as pessoas estão morrendo lentamente.

Kate bebe sua cerveja. — É apenas a música errada para este tipo de lugar. A certa iria acordá-las. — Você é louca. Ela fica um pouco insultada — Quer apostar que eu poderia fazer isso? — De jeito nenhum. Não, a menos que você esteja pensando em fazer um strip-tease enquanto canta. E isso, garotos e garotas, é um show que eu daria o meu testículo esquerdo para ver. Ela pega meu celular em cima da mesa e abana um dedo para mim. — Nenhuma foto. Não pode haver qualquer prova. — Então, ela se levanta e caminha para o palco. Eu ouço os gemidos de dor dos meus companheiros no bar, tipo, outra música? Mas então ela começa a cantar: Não tem chance Quando você olha para mim desse jeito Eu faço qualquer coisa que você quiser Qualquer coisa para você E eu vou gritar para o mundo inteiro saber Oh, querido, isso é o que você faz comigo E eu não me importo com nada Puta Santa Merda.

Sua voz é profunda, e perfeita, e excitante. Como essas mulheres que trabalham fazendo sexo por telefone, nesses números 0900 não sei mais o que. Sua voz flutua ao redor da sala e me atravessa como... como uma preliminar verbal. Meu corpo reage instantaneamente ao som. Eu estou tão duro como a porra de uma pedra. Você sabe que eu não sou uma garota que se preocupa em ver Ou dá a mínima para o que os outros pensam de mim Sou dura, defendo a minha terra Mas sempre que você chega perto Estou indefesa Baby, eu não a menor chance Toda vez que você olha para mim desse jeito Você me deixa de joelhos

Ela começa balançando os quadris ao ritmo da música, e eu imagino o quão perfeita ela ficaria de joelhos. Eu não consigo tirar os olhos dela. Ela é fascinante... hipnótica.

E eu estou mudando, nunca pensei que seria assim Mas você me mostrou um caminho melhor Eu vou fazer de tudo pelo seu beijo Em todos os meus dias, eu nunca vi

Um homem que é tudo para mim Eu posso deixar tudo na poeira Mas é você que eu não posso desistir

Ela tem toda a atenção de todos os homens do lugar. Mas seus olhos... aqueles deslumbrantes olhos ônix... estão olhando diretamente para mim.

E isso me faz sentir como um deusa. Eu nunca deixei ninguém chegar tão perto de mim antes Distância me mantém segura e me mantém sã Mas agora você tem o meu coração, a minha torcida Mais do que jamais foi, há muito a perder Mas mesmo assim muito mais a ganhar Oh, baby...

Ela joga o cabelo para trás, e eu a imagino fazendo exatamente isso, enquanto me cavalga com movimentos longos e duros. Jesus. As melhores dançarinas de strippers da cidade já dançaram em meu colo, e eu nunca gozei nas minhas calças- nem uma vez. Mas isso é exatamente o que eu vou fazer, se esta porra de musica não terminar logo.

Sinto-me tão impotente Quando você olha para mim desse jeito Eu vou fazer de tudo para você Só por você

O bar irrompe em vaias e assobios e bate palmas quando Kate sai do palco. Soa como um maldito rodeio. Ela sorri vertiginosamente enquanto caminha na minha direção. Eu me levanto, quando ela está a poucos centímetros de distância. Ela olha para mim e levanta uma sobrancelha. — Eu disse que poderia despertá-los. Eu disse suavemente — Isso foi... você... tão surpreendente. Eu quero beijá-la. Mais do que eu quero respirar. Imagens da última noite piscam rapidamente na minha mente. De quão malditamente perfeita ela estava em meus braços. Eu preciso beijá-la. O sorriso desliza lentamente de seu rosto, e eu sei que ela também precisa muito. Eu afasto um fio de seu cabelo para trás da orelha e me inclino. E o grito estridente de seu celular chega entre nós. Kate pisca como se estivesse acordando de um transe e pega o telefone. — O... Olá — Ela recua e afasta um pouco o telefone da sua orelha, para ganhar alguma distância da voz gritando do outro lado. — Não... Billy, eu não esqueci. Eu só tive uma noite difícil. Não... sim... Eu estou em um bar chamado Howie. É na... — Ela olha para seu telefone por um momento, e eu estou

supondo que o bundão de merda apenas bateu o telefone na cara dela. Seus olhos estão completamente sóbrios agora. — Eu tenho que ficar lá fora. Billy está vindo me pegar. Isto não é uma delicia? Conhecer um bundão que anda e fala. Vai ser como a porra de uma noite de carnaval. Enquanto esperamos do lado de fora na calçada, Kate se vira para mim. — O que vamos dizer para o seu pai? E essa é a pergunta que eu tenho evitado me perguntar a noite toda. O velho é um cara retilíneo - cavalheiro. Tradicional. Eu penso que ele ficaria orgulhoso com a minha defesa a honra de Kate. Mas ele também é um homem de negócios. E a verdade é que eu poderia ter defendido Kate e ainda assinado com Anderson. É o que eu deveria ter feito. É o que eu teria feito se fosse qualquer outro, exceto ela na mesa de negociação. — Eu vou lidar com o meu pai. — O quê? Não. Não, nós somos uma equipe, lembra? Nós dois perdemos este cliente. — Fui eu que perdi as estribeiras com o cara. — E fui eu que não te impedi. Agora, eu aprecio o que você fez por mim, Drew, realmente. Na verdade, você foi magnífico. Talvez seja apenas a vodka, mas suas palavras me fizeram sentir completamente aquecido e acariciado por dentro. — Mas eu não preciso de um cavaleiro branco. — ela continua. — Eu sou uma menina crescida, e eu certamente posso lidar com o que o seu pai for

falar. Vamos conversar com ele juntos na segunda-feira de manhã. De acordo? O fato é: Kate Brooks é uma mulher incrível. — Concordo. É então que um Thunderbird negro ruge na rua e para em frente de nós. Sim - eu disse Thunderbird. Você podia achar algo mais anos 80? Um cara com uma estatura média e cabelo castanho claro salta do carro. É só para mim, ou ele parece com um babaca para você também? Daquele tipo cafona. Um tipo de idiota criado pela vovó com talquinho na bunda. Com o cenho franzido, ele encara Kate, antes de me olhar por cima. E então ele parece ainda mais irritado. Talvez aquele idiota não seja tão estúpido como eu pensava, ele reconhece a concorrência quando vê. Ele chega perto e abre a porta do passageiro para Kate. Ela suspira e me dá um sorriso contrito. Então, ela dá dois passos em direção ao carro e tropeça em uma rachadura na calçada. Eu me movo para pegá-la, mas o imbecil de pau pequeno está mais próximo e me atropela . Ele a segura pelo braço, a raiva estampada em seu rosto. — Você está bêbada, porra? Eu realmente não aprecio o seu tom de voz. Alguém precisa ensinar a ele a merda de boas maneiras. — Não comece, Billy. Eu tive uma noite ruim. — Kate diz a ele.

— Uma noite ruim? Sério? Tipo eu tenho a melhor performance em um show na minha vida e minha namorada não aparece? Foi tão ruim assim, Kate? Performance? Será que ele realmente disse performance? Ela realmente dorme com esse idiota? Você tem que estar brincando comigo. Ela se afasta dele. — Você sabe o que... — Ela começa forte - e depois esvazia. — Apenas... vamos para casa. — Ela entra no carro e o filho da puta bate a porta atrás dela. Ele me olha enquanto anda até o lado do motorista. Kate abaixa a janela. — Boa noite, Drew. E obrigada... por tudo. Eu lhe dou um sorriso, apesar do meu crescente desejo em esmagar o rosto de seu noivo — a qualquer hora. E o Thunderbird ruge se distanciando. Me deixando pela segunda noite consecutiva, ansiando por Kate Brooks. Eu esfrego minha mão pelo meu rosto, quando como uma voz fala atrás de mim. — Ei, gracinha. Já acabei. Quer sair comigo? É a garota que servia as bebidas. Ela é decente - nada para destacar- mas ela está lá. E depois de ver Kate fugir com a doninha covarde, que ela vai se casar, eu me recuso a passar o resto da noite sozinho. — Claro, querida. Vou chamar um táxi. É uma decisão ruim. Um conselho: Se o cara continuar quieto e silencioso como um cadáver, quando for de foder, você nunca será lembrada como uma grande trepada.

A outra razão é uma merda, simplesmente eu não consigo tirar Kate da minha cabeça. Eu continuo comparando a garota dos drinks com ela, e é claro, foi uma trepada lamentavelmente curta. Você acha que eu não sou de confiança por fazer isso? Vamos lá - você vai me dizer que nunca imaginou que era Brad Pitt te espetando, em vez de seu marido com barriga gorda de cerveja? Isso é o que eu pensava. Ainda acha que eu sou um babaca? Então você está com sorte. Eu vou receber apenas o que você acha que eu mereço, muito em breve.

Capítulo 10 Meu pai não ficou satisfeito com a forma como lidei com a situação Anderson. Eu tinha sido impetuoso, agressivo, bla, bla, bla. E por causa do meu tempo maior na empresa, ele me responsabilizou mais do que Kate por perder o cliente. Mas o fato de entrar na lista de quem fez merda no escritório por um tempo não me bateu tão duro quando você pensa. Principalmente porque eu não me arrependi da forma como reagi. Se eu tivesse que fazer tudo de novo, eu não mudaria nada. Então, talvez o meu pai estivesse desapontado comigo, mas para dizer a verdade, no momento em que ele achou que eu tinha que ter agido diferente, eu também estava fodidamente decepcionado com ele. Além disso, nas quatro semanas depois daquela reunião desastrosa, as coisas entre Kate e eu continuaram a evoluir. Continuamos a trocar socos no trabalho, mas eles eram mais golpes no peito, destinado a dar uma pequena ardida, do que ganchos de direita no queixo, projetado para derrubar o outro com a bunda no chão. Nós compartilhamos ideias, nos ajudamos. Pelo menos sobre isso meu pai estava certo. Kate e eu nos complementamos perfeitamente, equilibrando os pontos fortes e fracos de cada um. Em algum lugar ao longo do caminho, ela se tornou mais para mim do que apenas um par de pernas que eu queria rastejar no meio. Mais do que um par de pernas que eu queria desesperadamente enfiar minha cabeça.

Agora ela é Kate - uma amiga. Uma amiga que faz o meu pau entrar em alerta total toda vez que ela entra na sala, mas essa é a minha cruz, eu acho. Porque tanto quanto eu ainda a quero, e estou certo que uma parte dela também me quer, Kate não é exatamente o tipo que trapaceia. Pelo menos não do tipo que poderia viver com isso depois. Agora, eu sei que você está pensando: Mas o que aconteceu? Como é que um rapaz bonitão e charmoso, que exalava autoconfiança, acabou daquele jeito que o conhecemos, depois que a gripe o atingiu, enfiado em um casulo?. Estamos chegando lá - confie em mim. Para mostrar o quadro completo, existem mais alguns jogadores que você precisa conhecer nessa novela de merda, que está agora a minha vida. Você já conheceu o babaca do Warren. Ele estará de volta mais tarde, infelizmente. E agora você vai conhecer Dee-Dee Warren. Ela é a prima do merdinha. Mas você não deve usar isso contra ela. Ela também é a melhor amiga de Kate. Eu vou mostrar isso para vocês. — E aquela morena gostosa que você estava conversando. Você foram para a casa dela? — Matthew me pergunta. Ele, Jack e eu estamos almoçando em um restaurante a poucos quarteirões do escritório. Estamos discutindo a nossa mais recente noite de sábado. — Nós não fomos tão longe. — O que você quer dizer?

Eu sorrio, lembrando como exibicionista era aquela garota. — Quero dizer que o táxi nunca mais será o mesmo novamente. E eu acho que o motorista está marcado para o resto da vida. Jack ri. — Você é um cão fodido, cara. — Nah, eu mudei apenas para o estilo cachorrinho, quando estávamos realmente dentro de seu apartamento. Não me venha com aquele olhar de novo. Nós já passamos por isso. Homens. Sexo. Conversa Além disso, apesar da ânsia selvagem da garota no Taxi, o sexo foi meia boca. Ela não era nem mesmo uma Colgate. Ela era mais como aquelas marca genérica de pasta de dente que tem em quartos de hotel de beira de estrada, cujo nome nem me lembro depois de escovar com ela. — Hey, Kate. — diz Matthew, olhando atrás de mim. Eu não a vi se aproximar de nós. Vamos parar aqui por um momento. Isto é importante. Veja o olhar em seu rosto? A linha fina de seus lábios? A ligeira ruga de sua testa? Ela ouviu o que eu disse. E ela não parece muito feliz com isso, não é? Eu não peguei isso agora, mas você deve fazer uma nota sobre isso. Este momento vai voltar para me morder a bunda mais tarde. Eu me viro para olhar para ela. Sua expressão agora está tranquila e inexpressiva. — Você quer se juntar a nós? — Eu pergunto. — Não, obrigada. Na verdade, acabei de almoçar com uma amiga.

E lá está a amiga. Ela está usando botas pretas com salto alto, meias pretas, rasgadas em lugares estratégicos por toda suas pernas, uma saia minúscula, um top rosa choque, e um sueter curto de malha cinza. Seu cabelo é longo, loiro-avermelhado, e ondulado, com os lábios vermelho brilhante, e seus olhos cor de âmbar nos observa sob uma espessa cortina de cílios escuros. Ela é... interessante. Eu não diria bonita, mas impressionante em um estilo moderno e sexy. — Matthew Fisher, Jack O'Shay, Drew Evans, esta é Dee-Dee Warren. Ao ouvir meu nome, os olhos de Dee-Dee viram bruscamente na minha direção. Parece que ela está me analisando - com aquele olhar típico de um cara para um motor de carro, pouco depois dele quebrar. — Então, você é Drew? Já ouvi falar de você. Kate falou sobre mim a sua amiga? Interessante. — Ah, é? O que você ouviu? Ela encolhe os ombros. — Eu poderia lhe dizer, mas então eu teria que matá-lo. — Ela aponta o dedo para mim. — Você apenas continue sendo agradável com a minha pequena Katie aqui. Você sabe, se você quiser manter suas bolas agarradas ao seu pau, é isso. Apesar de seu tom é leve, tenho a nítida impressão de Dee-Dee não é brincadeira. Eu sorrio. — Eu tenho tentado mostrar a ela quão bom eu posso ser. Mas ela me mantém longe. Ela ri. Então Matthew interrompe suavemente: — Então, Dee-Dee... é apelido para alguma coisa? Donna, Deborah?

Kate sorri maliciosamente. — Delores. É um nome de família - da sua avó. Ela o odeia. Delores dá a Kate um olhar puto. Mudando para seu tom garanhão, Matthew responde: — Delores é um nome lindo, para uma garota linda. Além disso, ele rima com clitóris... e eu realmente sei fazer meu caminho por eles. Sou um grande fã. Delores sorri lentamente para Matthew e corre um dedo sobre o lábio inferior. Então, ela se vira para o resto de nós e diz: — De qualquer jeito, estou atrasada, tenho que voltar para o trabalho. Prazer em conhecer vocês, garotos. — Ela abraça Kate e Matthew dá uma piscadinha quando ela se afasta. — Ela tem que trabalhar? — Eu pergunto. — Eu pensei que os clubes de strip não abrissem até quatro. Kate apenas sorri. — Dee não é uma stripper. Ela apenas se veste assim para despistar as pessoas. Então, elas ficam chocadas quando descobrem o que ela realmente faz. — O que ela faz? — Matthew pergunta. — Ela é uma cientista especializada em foguetes. — Você está brincando com a gente. — Jack vocaliza o que nós três estamos pensando. — Não fiquem tão assustados. Delores é química. Um de seus clientes é a NASA. Seu laboratório trabalha para melhorar a eficiência do combustível que eles usam nos ônibus espaciais. — Ela estremece. — Dee-Dee Warren, com acesso a substâncias altamente explosivas... é algo que eu tento não pensar todos os dias.

Após uma respiração, Matthew fala. — Brooks, você tem que me dar seu telefone. Eu sou um cara legal. Deixe-me levar sua amiga para sair. Ela não vai se arrepender. Kate pensa um momento. — Ok. Claro. Você parece ser o tipo do Dee. — Ela lhe entrega um cartão de visita. — Mas eu tenho que avisá-lo. Ela é do tipo ame e deixe, sem essas confusões de amor que as garotas normalmente gostam. Se você está procurando uma diversão por uma noite ou duas, então definitivamente ligue. Se você está à procura de qualquer coisa mais profunda do que isso, eu ficaria longe. Estamos sem palavras. E, em seguida, Matthew se levanta da mesa, caminha até Kate e a beija na bochecha. De repente eu tenho o desejo de colocar a minha mão em sua garganta e rasgar suas amígdalas. Isso é errado? — Você... é minha nova melhor amiga — diz ela. Kate interpreta mal a carranca no rosto. — Não comece, Drew. Não é minha culpa que seus amigos gostam mais de mim do que você. Ela está falando também de Steven. Há poucos dias, ele estava tentando freneticamente encontrar o lugar perfeito para levar a cadela para o seu aniversário de casamento. Aparentemente, o vizinho de Kate é o maître do Chez, o restaurante mais exclusivo da cidade. Ela foi capaz de conseguir uma mesa para aquela noite. Alexandra deve ter feito coisas com Steven naquela noite, que eu não quero nem imaginar. Porque desde então, Steven Reinhart ficaria feliz em levar um tiro no peito por Kate Brooks.

— São os peitos — eu digo a ela. —Se eu tivesse um conjunto como o seu, eu também gostaria mais de mim. Há algumas semanas, o comentário a teria irritado. Agora ela só balança a cabeça e ri. A noite anterior ao dia Ação de Graças é oficialmente a maior noite dos bares do ano. Todo mundo sai. Todo mundo está procurando uma boa diversão. Normalmente, Matthew, Jack, e eu começamos a noite anterior a festa de Ação de Graças no evento que meu pai faz todo ano no escritório, e depois fazemos nosso caminho para os clubes. É tradição. Então você pode imaginar a minha surpresa quando entro na grande sala de conferências e vejo o braço de Matthew em torno de uma mulher, que eu só posso supor ser a sua acompanhante dessa noite - Delores Warren. Desde que ele a encontrou há duas semanas e meia atrás, Matthew faltou aos nossos encontros nos fins de semana, e eu estou começando a suspeitar o motivo. Eu vou ter que falar com ele amanhã. Ao lado deles estão meu pai e Kate. E pela segunda vez na minha vida, Kate Brooks me deixa sem fôlego. Ela está usando um vestido cor de vinho, que a abraça em todos os lugares certos e sapatos de salto alto com tiras que enviam a minha imaginação girando em território x-rated. Seu cabelo cai sobre seus ombros em ondas brilhantes e macias. Minha mão se contorce para tocá-la, enquanto caminho em sua direção. Então, alguém no meio da sala se move - e vejo que ela não está sozinha. Caralho.

Nesse tipo de evento, cada um traz o seu acompanhante. Eu não deveria ficar surpreso que o bundão está aqui. Ele puxa a gravata do seu terno como um maldito garoto de dez anos de idade, obviamente desconfortável com ela. Covarde. Eu aperto o botão da jaqueta do meu Armani perfeitamente adaptado, e continuo firme. — Drew! — Meu pai me cumprimenta. Embora as coisas entre nós dois tenham ficado tensas por alguns dias, elas rapidamente voltaram ao normal. Ele nunca pode ficar com raiva de mim por muito tempo. Olhe para esse rosto. Quem poderia? — Eu acabei de dizer ao Sr. Warren — ele diz — aquele cliente que Kate fechou na semana passada. Como somos sortudos em tê-la aqui. Tê-la? Nós não temos essa maldita sorte. — É tudo cena. — Delores brinca. — Por baixo de sua roupa corporativa e imagem de boa garota bate o coração de uma verdadeira rebelde. Eu poderia lhe contar histórias sobre Katie que iria deixar seus cabelos em pé. Kate olha severamente para sua amiga. — Obrigada, Dee. Por favor, não. O merdinha babaca coloca o braço em volta da cintura de Kate, e descansa os lábios no topo da sua cabeça. Eu preciso de uma bebida. Ou um saco de pancadas. Agora. As palavras voam para fora da minha boca como balas bem dirigidas: — É isso mesmo. Você era há pouco tempo atrás uma delinquente durante o dia,

não é mesmo, Kate? Pai, você sabia que ela costumava cantar em uma banda? É assim que pagou sua faculdade, certo? Acho que algo no estilo pole dancing. Ela engasga com a bebida. Cavalheiro que eu sou, lhe entrego um guardanapo. — E Billy aqui, continua nessa. Você é músico, certo? Ele olha para mim como se eu fosse um monte de merda de cão que ele apenas queria pisar em cima — É verdade. — Então, nos diga, Billy, você é um roqueiro no estilo de Bret Michaels? Ou mais como Vanilla Ice? — Veja como ele cerra sua mandíbula? Como seus olhos ficam apertados? Vamos lá, venha aqui garotinho fodido. Por favor. — Nenhum dos dois. — Por que você não pega o seu acordeão, ou seja lá o que você toque, e sobe ali no palco? Existe uma grande quantidade de dinheiro circulando nesta sala. Talvez você possa ser chamado para tocar em um casamento. Ou um bar mitzvah. Quase lá. — Eu não toco nesses tipos de locais. Isso deve fazê-lo vir. — Uau. Nesta economia, eu não acho que os pobres e desempregados poderiam ser tão exigentes. — Escute, seu pedaço de...

— Billy, querido, você poderia me pegar outra bebida no bar? Estou quase terminando esta. — Kate segura seu braço, cortando o que eu tenho certeza que teria sido uma resposta brilhante. Você está sentindo o sarcasmo? E então ela se vira para mim, e não soa tão amigável. — Drew, acabei de me lembrar que eu tenho alguns documentos para lhe dar com o relato de Gênesis. Eles estão no meu escritório. Vamos. Eu não me movo. Eu não respondo. Meus olhos ainda estão trancados nos seus, em um concurso de merda de encarar até o cérebro explodir. — É uma festa, Kate. — meu pai diz, totalmente sem noção. — Você deve deixar o trabalho para segunda-feira. —Só vai demorar um minuto — ela diz com um sorriso - antes de pegar o meu braço e me arrastar para longe. Uma vez que estamos em seu escritório, Kate bate a porta atrás de nós dois. Eu arregaço minhas mangas, então sorrio benevolamente. — Se você precisava tanto ficar sozinha comigo, tudo o que tinha que fazer era pedir. Ela não aprecia o meu humor. — O que você está fazendo, Drew? — Fazendo? — Por que você está insultando Billy? Você sabe o quão difícil foi convencê-lo a vir aqui hoje à noite? Pobre Billy. Preso em uma sala com grandes banqueiros de sucesso. — Então por que você malditamente o trouxe? — Ele é meu noivo.

— Ele é um idiota. Ela olha para cima bruscamente. — Billy e eu passamos por muita coisa juntos. Você não o conhece. — Eu sei que ele não é bom o suficiente para você. Nem de longe. — Por favor, pare de tentar constrangê-lo. — Eu estava apenas apontando os fatos. Se a verdade envergonha o seu namorado, então isso é problema dele, não meu. — Isso é uma coisa de ciúmes? Apenas a titulo de registro. Eu nunca fui ciumento, nem um dia na minha vida. Apenas eu não consigo vê-los juntos Eu não posso decidir se eu quero vomitar ou se quero arrebentar aquele filho da puta inteiro - é isso que ela chama de ciúme? — Não se iluda. — Eu sei que você tem essa coisa por mim, mas... Aguarde um maldito minuto. Vamos voltar um pouco com essa merda ai, certo? — Eu tenho uma coisa por você? Sinto muito, era a minha mão agarrando sua virilha no meu escritório há dois meses atrás? Porque eu lembro do contrário. E agora ela está brava. — Você ás vezes é um filho da puta. — Bem, então nós somos um par perfeito, porque você é uma vadia de primeira classe na maior parte do tempo.

Fogo arde em seus olhos, quando ela levanta o copo meio cheio. — Não me desafie. Se você jogar essa bebida em mim, eu não sou responsável pelos meus atos. Vou te dar um minuto para adivinhar o que ela faz... Yep. Ela jogou a bebida em mim. — Merda! — Eu pego alguns lenços de papel em sua mesa, e limpo meu rosto pingando. — Eu não sou uma das suas putas! Você nunca mais fale comigo desse jeito de novo. Meu rosto está seco, mas a minha camisa e jaqueta ainda está encharcada. Eu jogo os lenços de papel longe. — Não importa. Eu estou saindo daqui de qualquer maneira. Eu tenho um encontro me esperando. Ela zomba: — Um encontro? Seria um encontro envolvendo uma conversa? Não quer dizer que você tem uma fodida rápida te esperando? Eu fecho minhas mãos em sua cintura e a puxo contra mim. Em voz baixa eu digo a ela: — Minhas fodidas nunca são rápidas - eles são longas e minuciosas. E você deve ter cuidado, Kate. Agora você é a única que parece estar com ciúmes. As palmas das suas mãos estão abertas contra o meu peito, e meu rosto está apenas a alguns centímetros do dela. — Eu não suporto você. — O sentimento é mútuo. — eu digo a ela rapidamente.

E então nós estamos fazendo a mesma coisa novamente - minha boca em seus lábios - se unindo quente e duro. Minhas mãos estão enterradas em seu cabelo, segurando a cabeça dela. Suas mãos na frente da minha camisa, me segurando perto. Eu sei o que você está pensando. E, sim, aparentemente discutir com Kate é semelhante as preliminares. Deixa nós dois um tanto quando excitados. Eu só espero que nós possamos transar antes de matar um ao outro. Apenas quando as coisas estão começando a ficar boas, há uma batida na porta. Kate ou não está ouvindo, ou como eu, está pouco se fodendo. — Kate? Kate, você está aí? A voz do filho da puta atravessa a luxúria que nos tem grudados como cola. Kate se afasta. Ela olha para mim um minuto, seus olhos culpados, os dedos descansando nos lábios que eu acabei de provar. Você sabe o que? Foda-se tudo. Eu sou como um maldito ioiô para você? Eu não jogo com as pessoas - eu não gosto de ser um peão. Se Kate não pode decidir o que ela quer, eu vou decidir por ela. Enfie um garfo em mim, eu estou pouco me fodendo com essa merda inteira. Eu caminho até a porta e escancaro, dando bastante espaço para aquele pedaço de merda entrar na sala, e ele explode para dentro. Então eu sorrio. — Você pode tê-la agora. Eu já terminei aqui. E eu nem sequer penso em olhar para trás, quando eu saio.

Capítulo Onze O dia que é realmente o de Ação de Graças, é comemorado todo ano na casa de campo dos meus pais, no norte do Estado. É sempre uma pequena festa familiar. Há os meus pais, é claro. Você conheceu meu pai. Minha mãe é uma versão mais velha e mais baixa de Alexandra. Com todas as suas crenças feministas fortes - ela tinha sido uma advogada de alto nível antes que a maternidade a afastasse do trabalho- ela adora brincar de dona de casa feliz. Depois que ela e meu pai alcançaram um patamar financeiro confortável, ela também se dedicou a várias organizações de caridade. É o que ela ainda faz com a maior parte de seu tempo livre, desde que Alexandra e eu voamos do ninho. Depois, há o pai de Steven, George Reinhart. Ele é Steven 30 anos mais velho, careca e um caso sério de pés de galinha. Sra. Reinhart faleceu quando éramos adolescentes. Pelo que sei, George não marcou nenhum encontro com qualquer mulher desde então. Ele passa muito tempo no trabalho, calmamente analisando os números em seu escritório. Ele é um grande cara. E isso nos leva à Fishers, os pais de Matthew. Mal posso esperar para que você possa conhecê-los. Eles são como a porra de uma comédia. Frank e Estelle Fisher são as pessoas mais relaxadas que eu já conheci. Eles são quase catatônicos.

Imaginem Ward e June Cleaver5 depois de terem fumado um baseado gigante. Isso é Frank e Estelle. Você imaginaria que os pais de Matthew seriam um pouco mais tensos, não é? Eu tenho uma teoria. Eles tiveram Matthew mais tarde na vida, e eu acho que ele sugou toda a energia que eles tinham - como um parasita. Além deles, estão aqui Matthew, Steven, Alexandra, e eu. Oh - e, claro, a outra mulher na minha vida. Eu não posso acreditar que eu não a mencionei antes. Ela é a única mulher que realmente mantém o meu coração na palma da sua mão. Eu sou seu escravo. Ela pede, e eu faço. De bom grado. O nome dela é Mackenzie. Ela tem cabelos longos loiros e os maiores olhos azuis que você já viu. Ela tem quase quatro anos. Consegue vê-la ali? Na outra ponta da gangorra que atualmente estou montando. — Então, Mackenzie, você já decidiu o que quer ser quando crescer? — Yep. Eu quero ser uma princesa. E eu quero casar com um príncipe e morar em um castelo. Eu preciso falar com a minha irmã. A Disney é perigosa. A porra de uma lavagem cerebral corrosiva com um monte de merda, se você quer saber. — Ou, você poderia partir para o mercado imobiliário. Então, você poderia comprar o castelo sozinha, e não vai precisar do príncipe. Ela pensa que eu sou engraçado. Ela ri.

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Personagens da comédia de TV americana Leave it to Beaver. Eles são frequentemente invocados como os pais suburbanos típicos da década de 50.

— Tio Drew. Como é que eu vou ter bebês sem um príncipe? Oh, rapaz. — Você tem tempo de sobra para bebês. Depois de conseguir o seu mestrado em administração ou seu diploma de médica. Oh, ou você pode ser uma CEO e começar uma creche em seu escritório. Então você poderá trazer vários bebês para trabalhar com você todos os dias. — Mamãe não vai para o escritório. — Mamãe se vendeu barato, querida. Minha irmã era uma advogada brilhante. Ela poderia ter feito todo o caminho até a Suprema Corte. Sério. Ela era muito boa. Alexandra trabalhou durante toda a sua gravidez e tinha uma babá já contratada. Então ela segurou Mackenzie em seus braços pela primeira vez. Ela dispensou a babá no mesmo dia, que seus serviços não seriam mais necessários. Não que eu a culpe. Eu não poderia imaginar um trabalho mais importante do que ter certeza que a minha sobrinha perfeita cresça feliz e saudável. — Tio Drew? — Sim? — Será que você vai morrer sozinho? Eu sorrio. — Eu não pretendo morrer por muito tempo, querida. — Mamãe disse que você vai morrer sozinho. Ela disse ao papai que você vai morrer e vai demorar uns dias até a faxineira encontrar seu cadáver apodrecido.

Adorável. Obrigado, Alexandra. — O quê é um cadáver, tio Drew? Uau. Eu sou salvo em ter que responder, quando vejo Matthew descendo a escada de volta para o quintal. — Ei, querida, olha quem está aqui! — Ela pula fora da gangorra e se atira nos braços abertos de Matthew. Antes que você pergunte, a resposta é não - quando ela for mais velha, meu amorzinho nunca ficará com um cara como eu. Ela vai ser inteligente demais para isso. Vou me certificar disso. Acho que me torna um hipócrita, hein? Tudo bem. Eu posso viver com isso. Matthew abaixa Mackenzie e caminha em minha direção. — Ei, cara. — E ai? — Você saiu mais cedo da festa na noite passada? — Ele me pergunta. — Você nem voltou para a festa. Eu dou de ombros. — Minha cabeça não estava ali. Eu malhei na academia e fui para a cama. A verdade é que eu passei três horas batendo naquela merda de saco de pancadas, imaginando o tempo todo que era o rosto de Billy Warren. — Você saiu com aquela garota Delores? Ele acena com a cabeça. — Ela, Kate, e Billy. Eu balancei minha cabeça. — Esse cara lambe bunda.

Mackenzie caminha para nós e estende uma jarra de vidro meio-cheio com moedas de dólar. Eu deslizo um dólar nele. — Ele não é tão ruim. — Idiotas me irritam. Mackenzie estende a jarra de novo, e lá vai outro dólar. A jarra? Foi inventada por minha irmã, que, aparentemente, acha que a minha linguagem é muito pesada para a sua prole... Toda vez que alguém geralmente eu - amaldiçoa, têm que pagar um dólar. Neste ritmo, aquela coisa vai manter Mackenzie até a faculdade. — Então qual é o problema com você e Delores? Ele sorri. — Nós estamos saindo. Ela é legal. Normalmente Matthew é mais cheio de detalhes. Não é como se eu fosse sair espalhando suas histórias, mas você tem que entender, Matthew e eu somos amigos desde o nascimento. Isso significa que cada beijo, trepada, boquete, era compartilhado e discutido. E agora ele está me afastando. Qual é seu problema? — Eu estou supondo que você tenha fodido ela? Ele franze a testa. — Não é bem assim, Drew. Estou confuso. — Então o que é, Matthew? Você não sai conosco há mais de duas semanas. Eu suponho que você esteja levando uma surra de buceta para ter se afastado. Mas se não é isso, qual é o problema?

Ele sorri, aquele sorriso nostálgico, do tipo lembrando-de-ummomento-feliz. — Ela é apenas... diferente. É difícil explicar. Nós conversamos muito, sabe? E eu estou sempre pensando nela. É como se mal a deixasse, e já estivesse desesperado para vê-la novamente. Ela só... me espanta. Eu queria que você entendesse o que eu quero dizer. E o mais assustador é - Eu sei exatamente o que ele quer dizer. — Você está em território perigoso, cara. Você vê o que Steven passa. Este caminho leva ao Lado Negro. Nós sempre dissemos que não iríamos lá. Você tem certeza disso? Matthew sorri, e em sua melhor voz de Darth Vader me diz: — Você não sabe o poder do lado negro. É hora do jantar. Minha mãe faz um grande show ao trazer o peru e todos fazem oohs e ahhs antes de meu pai cortá-lo. É isso mesmo - toda aquela merda Norman Rockwell6 poderia ser minha família . Quando as travessas foram passadas e os pratos preenchidos, minha mãe diz: — Drew querido, eu vou embalar para você uma grande sacola com as sobras. Eu não quero nem pensar no que você está comendo naquele apartamento, sem ninguém para cozinhar uma refeição decente. E eu vou colocar datas nas embalagens, para que você saiba quando jogá-lo fora. A última vez que eu olhei na sua geladeira, era como uma espécie de experimento cientifico crescendo lá dentro. Sim - minha mãe me ama. Eu avisei. — Obrigado, mãe. 6

Um artista que fez mais de 300 capas para a revista Saturday Night Post, entre 1916 e 1963. Suas fotos mostravam pessoas em pequenas cidades e em todo o país envolvidos em atividades comuns em casa e no trabalho.

Matthew e Steven fazem sons altos de beijos para mim. Eu estendo meu dedo médio para eles. Ao meu lado eu vejo Mackenzie olhando para meus dedos tentando copiar o movimento. Eu rapidamente coloco minha mão sobre a dela e balanço a cabeça. Então eu lhe mostro como fazer a saudação de Spock, do filme Jornada nas Estrelas. Depois da oração, eu anuncio: — Eu acho que Mackenzie deve vir morar comigo. Ninguém reage. Ninguém olha para cima. Ninguém faz uma pausa. Eu já fiz esta sugestão várias vezes, desde que a minha sobrinha nasceu. Alexandra diz — Delicioso peru, mãe. Muito suculento. — Obrigada, querida. — Olá? Estou falando sério aqui. Ela precisa de um modelo positivo no papel feminino. Isso chama a atenção da cadela. — E o que diabos eu sou? Mackenzie desliza o frasco para sua mãe, e lá vai um dólar. Todos nós trazemos pequenas moedas para a mesa, durante os eventos de família agora. — Você é uma dona-de-casa. O que é muito louvável, não me interprete mal. Mas ela deve ser exposta a mulheres de carreira também. E pelo amor de Deus, não deixe que ela assista Cinderela. Que tipo de exemplo é esse? Uma garota estúpida que não consegue se lembrar onde deixou seu maldito sapato, então ela tem que esperar por algum babaca meia-boca trazer para ela? Porra, dá um tempo. Eu não tenho certeza quanto devo depois daquele pequeno discurso. Eu passo a Mackenzie dez moedas. Eu já comentei que esse jarro vai pagar a sua

faculdade? Eu quis dizer a faculdade inteira. Eu vou precisar passar brevemente em um caixa eletrônico. Steven se mete — Eu acho que Alexandra é o modelo perfeito para a nossa filha. Não há ninguém melhor. Steven é um homem vencido. E Matthew quer se juntar a seu clube. Irreal. Alexandra sorri para ele. — Obrigada, querido. — É sempre um prazer, amor. Matthew e eu começamos a tossir — Covarde... pau-mandado. Mackenzie nos olha com desconfiança, sem saber se é preciso pagar ou não. Alexandra faz uma carranca. Eu continuo: — Eu deveria leva-la para o escritório comigo. Ela deve conhecer Kate, você não acha, pai? Minha mãe pergunta rapidamente: — Quem é Kate? Meu pai responde entre mordidas — Katherine Brooks, uma nova funcionária. Garota brilhante. E muita corajosa. Ela já deu trabalho para Drew conquistar seu dinheiro, assim que começou. Minha mãe me olha com brilhantes, olhos esperançosos. A forma como Paula Deen 7olha para um frasco com banha, imaginando uma nova receita

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Famosa apresentadora de culinária na TV

apenas esperando ser feita. — Bem, essa Kate parece ser uma bela moça, Drew. Talvez você devesse convidá-la para um jantar em nossa casa. Eu reviro os olhos. — Nós trabalhamos juntos, mãe. Ela está noiva. Com um imbecil, mas isso é outra história. Outra dólar voa da minha carteira. Minha irmã exclama: — Eu acho que, na verdade, mamãe está apenas surpresa ao ouvi-lo se referir a uma mulher pelo nome. Geralmente é 'a garçonete com um belo bumbum' ou 'a loira dos seios grandes’. Embora sua observação seja exata, eu a ignoro. — O ponto é, ela é um exemplo fantástico para Mackenzie, do quanto uma mulher pode se realizar profissionalmente. — Apesar de seu péssimo gosto em homens. — Eu acredito... Na verdade tenho certeza que todos ficaríamos muito orgulhosos, se ela crescesse para ser metade da profissional que Kate é. Alexandra parece surpresa com a minha declaração. Então ela sorri calorosamente. — Mackenzie e eu vamos fazer uma viagem para a cidade na próxima semana. Nós vamos almoçar com você e conhecer a ilustre Kate Brooks. Comemos em silêncio por alguns minutos, em seguida, Alexandra diz: — Isso me lembra. Matthew, você poderia me acompanhar a um jantar de caridade no segundo sábado de dezembro? Steven vai estar fora da cidade. — Ela olha para mim. — Gostaria de pedir ao meu querido irmão para fazer isso, mas todos nós sabemos que ele passa suas noites de sábado em companhias — ela olha para sua filha — Indesejáveis

Antes que Matthew pudesse responder, Mackenzie coloca duas moedas dentro. — Eu não acho que o tio Matthew possa ir, mamãe. Ele está muito ocupado levando surra de buceta. O que é levar surra de buceta, papai? Assim que as palavras deixam os seus pequenos lábios angelicais, uma horrenda reação em cadeia é detonada: Matthew engasga com a azeitona preta na boca, que voa para fora e bate direto no olho direito de Steven. Steven se dobra, segurando o olho e gritando: — Eu fui atingido! Fui atingido! — E, em seguida, começa a gritar que o sal do suco de azeitona está corroendo sua córnea. Meu pai começa a tossir. George se levanta e começa a bater em suas costas enquanto pergunta a ninguém em particular se deve realizar o Heimlich. Estelle derruba o copo de vinho tinto, que penetra rapidamente na toalha de renda da minha mãe. Ela não faz nenhum movimento para limpar a bagunça, mas em vez disso canta: — Oh, meu Deus. Oh, meu Deus. Minha mãe corre ao redor da sala de jantar como uma galinha com a cabeça cortada, em busca de guardanapos de pano, para limpar a mancha e ao mesmo tempo assegurando a Estelle que está tudo bem. E Frank... bem... Frank só continua comendo. Enquanto o caos continua em torno de nós, o brilho mortal nos olhos de Alexandra nunca vacila entre Matthew e eu. Depois de se contorcer sob ele por cerca de trinta segundos, Matthew exclama. — Não fui eu, Alexandra. Juro por Deus que não fui eu.

Merda de galinha. Obrigado, Matthew. Bela maneira de deixar minha bunda nua no vento. Me lembre de nunca ir a guerra com ele como meu parceiro. Mas com o olhar furioso da cadela ligado com força total apenas em mim, eu o perdôo. Eu sinto que a qualquer momento eu vou ser reduzido a uma pilha de cinzas na cadeira. Eu respiro fundo e lhe dou o meu doce sorriso do irmão caçula... eu posso controlar isso. Dê uma olhada. Está funcionando? Eu estou fodido. Veja, há uma coisa que você deve saber sobre a forma como a cadela faz Justiça. É rápida e impiedosa. Você não vai saber quando estiver chegando, tudo que você pode ter certeza é que ela virá. E quando isso acontecer, vai ser doloroso. Muito, muito doloroso.

Capítulo Doze Na segunda de manhã, estou na sala de conferências à espera da reunião de equipe para começar. Todo mundo está aqui. Todos, exceto Kate. Meu pai olha para o relógio. Ele tem um jogo de golfe esta manhã, e eu sei que ele está ansioso para chegar lá. Eu arranho atrás da minha orelha. Onde ela está? Finalmente, Kate entra de rompante, ainda com o casaco e um monte de pastas caindo de suas mãos. Ela parece... terrível. Eu quero dizer, ela é linda, ela é sempre linda. Mas se alguém a observar de perto - Kate está tendo um dia ruim. Veja como ela está pálida? E que diabos são aquelas olheiras rastejando debaixo de seus olhos? Seu cabelo está jogado para cima em um coque bagunçado, que seria sexy como o inferno, se ela não parecesse tão... doente. Ela sorri nervosamente para meu pai. — Desculpe, Sr. Evans. Foi uma longa manhã. — Não tem problema, Kate. Nós estamos apenas começando. Enquanto meu pai faz sua apresentação, eu não tiro os olhos dela. Ela não olha para mim nenhuma vez. — Kate, você tem as projeções para Pharmatab? É o negócio que meu pai falou ao merdinha na festa do escritório. O negócio que Kate fechou na semana passada. Ela olha para cima, seus grandes

olhos castanhos, fazendo-a parecer ainda mais como um cervo travado contra os faróis. Ela não os tem. — Ahh... eles estão... hum... Eu me inclino para frente e anuncio: — Estão comigo. Kate me deu na semana passada para dar uma olhada por cima. Mas eu deixei na minha mesa em casa. Eu trago para você o mais rápido possível, pai. — Meu pai balança a cabeça, e ela fecha os olhos de alívio. Após o encerramento da reunião, todos lentamente saindo da sala, e eu caminho ao lado de Kate. — Hey. Ela olha para as pastas em suas mãos e ajusta o casaco no braço. — Obrigada pelo que você fez aqui, Drew. Foi realmente digno. Eu sei o que eu disse no outro dia - que eu já tinha acabado com ela. Eu não quis dizer isso. Eu estava falando pela bunda, desabafando a merda da frustração sexual. Você sabe disso. Será que Kate sabe? Será que ela se importa? — Eu tenho que fazer alguma coisa decente de vez em quando. Apenas para mantê-la sempre alerta. — Dou-lhe um pequeno sorriso que ela não retorna. E ela ainda não deu nem uma maldita olhada para mim. O que há de errado com ela? Meu coração começa a bater em meu peito enquanto eu corro por todas as possibilidades. Ela está doente? Aconteceu alguma coisa com a mãe dela? Ela foi assaltada no metrô? Jesus.

Kate entra em seu escritório e fecha a porta, me deixando em pé do lado de fora. Isso é o que os homens ganham por tentar bancar a bom samaritano. Porra, Deus não deu a Eva aquela costela extra? Ele deveria ter nos dado algo a mais também. Como telepatia mental. Uma vez eu ouvi minha mãe dizer ao meu pai que ela não deveria ter que explicar por que estava chateada. Porque se ele já não soubesse o que tinha feito de errado, então é porque ele não estava arrependido pelo que fez. Que diabos isso significa? Novidade, senhoras: Não posso ler seus pensamentos. E, francamente, eu não estou totalmente certo que eu iria querer. A mente feminina é um lugar assustador para entrar. Homens? Nós não deixamos espaço para dúvida: Você é um idiota. Você fodeu a minha namorada. Você matou meu cachorro. Eu te odeio. Dirigir. Limpar. Tudo claro. Vocês deveriam tentar isso algum dia. Isso seria um grande passo para a paz mundial. Eu me afasto da porta de Kate. Parece que não vou descobrir qual é o seu problema, pelo menos não por agora. Mais tarde naquele dia, eu me sento em um café em frente a Matthew, o sanduíche intocado na minha frente. — Então, Alexandra já te pegou? Ele está se referindo ao Massacre do Dia de Ação de Graças - no caso de você ter esquecido. Concordo com a cabeça. — Eu recebi o telefonema ontem. Aparentemente, eu me comprometi a oferecer meus serviços no próximo mês na Sociedade Geriátrica de Manhattan. — Poderia ter sido pior.

— Não é verdade. Você se lembra da tia Bernadette de Steven? Mulheres mais velhas têm uma coisa comigo. E eu não quero dizer um aperto na bochecha, um carinho na cabeça, esse tipo de coisa. Quero dizer, um limpe-minha-bunda, carregue-meu-lixo, por que-não-você-pega-minhacadeira-de-rodas-no-armário, esse tipo de coisa nojenta. É fodidamente perturbador. Matthew agora está rindo pra caramba. Obrigado pela simpatia, cara. O som acima da porta do café toca, anunciando que alguém entrou. Eu olho para cima e decido que talvez Deus no final das contas, não me odeie tanto. Porque Billy merdinha Warren acabou de entrou. Olhar para sua cara em qualquer outro momento, com certeza abalaria meu bom humor. Mas, neste momento? Ele é apenas o que eu preciso. Eu vou ser legal. Eu me aproximo dele. — Ei, cara. Ele revira os olhos. — O quê foi? — Ouça, Billy, eu estava pensando, está tudo bem com a Kate? Ele rosna — Kate não é da tua conta. Que conste nos autos, estou tentando. E ele está sendo um canalha. Por que não estou surpreso? — Eu sei disso. Mas esta manhã ela realmente não parecia bem. Você sabe por quê? — Kate é uma garota crescida. Ela pode muito bem cuidar de si mesma. Ela sempre cuidou. — O que você está falando?

E então me bate. Como um balde de Gatorade gelado depois de um jogo de futebol. — Você fez alguma coisa com ela? Ele não responde. Ele olha para baixo. Essa é toda a resposta que eu preciso. Eu o agarro pela frente de sua camisa e o puxo rápido. Um segundo depois, Matthew está lá me dizendo para me acalmar. Eu o balanço mais forte. — Eu lhe fiz uma pergunta, filho da puta. Você fez algo para Kate? Ele me diz para tirar minhas mãos de cima dele, e eu o balanço com mais força. — Me responda! — Nós terminamos! Nós quebramos o pau, certo? Isso significa que ele terminou com ela. Ele afasta minhas mãos e me empurra. Eu deixo. Ele ajeita a camisa, me olhando. Mas eu apenas fico lá. Atordoado. Seu dedo apunhala meu peito. — Eu estou saindo daqui. Se você colocar suas mãos em mim novamente, eu vou acertar você, idiota. E com isso, ele sai. Matthew o observa saindo, em seguida, pergunta: — Drew, o que diabos foi isso? Dez anos - quase onze anos. Ela o amava. Isso é o que ela disse. Dez malditos anos malditos. E ele terminou com ela. Porra. — Eu tenho que ir.

— Mas você não terminou o seu sanduíche. — Comida é muito importante para Matthew. — Você acaba com ele. Eu tenho que voltar para o escritório. Eu saio disparado pela porta para... Bem, você sabe para onde estou indo. Sua porta do escritório ainda está fechada. Mas eu não bato. Silenciosamente, eu entro. Ela está sentada na sua mesa. Chorando. Você já levou um chute no estômago de um cavalo? Eu também não. Mas agora eu sei como você se sente. Ela parece tão pequena atrás daquela mesa. Jovem e vulnerável e... perdida. Minha voz é suave e cuidadosa. — Hey. Kate olha para mim, surpresa, e então ela limpa a garganta e enxuga o rosto, tentando ficar firme. — O que você precisa, Drew? Eu não quero embaraçá-la, então eu finjo não notar a umidade que ainda marca suas bochechas. — Eu estava procurando por esse arquivo... — Lentamente, eu me aproximo mais. —Você... uh... têm algo em seu olho? Ela desempenha bem seu papel, e passa um lenço em seus olhos novamente. — Sim, é um cílio ou algo assim. — Você quer que eu dê uma olhada? Essas coisas podem ser perigosas, se não tratadas.

Pela primeira vez hoje, seus olhos encontram os meus. São como duas piscinas escuras brilhantes. — Ok. — Kate se levanta, e eu a levo na direção da janela. Eu coloco minhas mãos em seu rosto, segurando gentilmente. Seu belo rosto coberto de lágrimas. Eu nunca quis fazer qualquer dano físico a alguém com tanta vontade, como quero fazer com Billy Warren neste momento. E eu tenho certeza que eu posso conseguir que Matthew me ajude a enterrar os restos dele no quintal. Eu enxugo suas lágrimas com os polegares. — Pronto. Ela sorri, mesmo quando mais lágrimas começam a brotar. — Obrigada. Eu não estou mais fingindo agora. Eu a puxo contra o meu peito. Ela me permite. Eu coloco meus braços em volta dela, e aliso a parte de trás de seu cabelo com a minha mão. — Você quer que eu fale com ele? Foi... foi por minha... minha causa? Eu não posso imaginar o babaca muito feliz ao nos encontrar no escritório de Kate, como aconteceu na semana passada - com a aparência que estava, e não perceber nada. E não, eu não enlouqueci. A última coisa que eu quero fazer é ajudá-la a voltar com o merdinha. Mas caramba, ela está me matando aqui. E me rasgando ao mesmo tempo. Ela ri no meu peito. Soava amargo. — Não adianta mais. — Kate olha para mim e sorri tristemente. — Eu não sou a mesma garota que ele se apaixonou. Deve ter sido difícil para ela ouvir essas palavras. É o truque mais velho dos caras. O jogo da culpa: — Não sou eu, querida. É você.

Ela balança a cabeça. — Ele arrumou todas as suas coisas e saiu no sábado. Ele disse que uma despedida rápida e sem traumas seria melhor. Ele vai ficar com Dee-Dee até que possa encontrar seu próprio canto. Ela olha para as janelas, por um momento, depois suspira tristemente. — Isso já estava vindo há um tempo, eu acho. Realmente não foi um choque. Por muito tempo, meu foco era a escola... e depois o trabalho. Todo o resto ficou em segundo lugar. Eu parei... Eu não podia... lhe dar o que ele precisava. É só que... Billy segurou minha mão no dia em que enterrei meu pai. Ele me ensinou a mudar de marcha e dirigir um carro, e me convenceu de que eu era boa o suficiente para cantar na frente das pessoas. Billy me ajudou a completar o meu pedido na faculdade e abriu minha carta de aceitação, porque eu estava muito nervosa para olhar. Quando eu estava no MBA, ele trabalhou em três empregos, para ficar aqui comigo, e eu não ficar sozinha. Billy estava lá no dia que me formei, e ele veio comigo quando eu queria me mudar para Nova York. Ele sempre foi uma grande parte da minha vida. Eu não sei o que vou fazer sem ele. Mulheres. Sem ofensa. Mas ela nem percebe o que acabou de dizer. Trata-se de suas realizações. Desafios que ela viveu. Aquele idiota estava apenas curtindo o passeio. Sem papel de destaque. Como um papel de parede. Você pode mudar a cor das paredes a qualquer hora, e pode até parecer diferente, mas o quarto ainda é o mesmo. — Eu sei que você vai ser: Kate Brooks, Banqueira de Investimentos Extraordinária. Você é inteligente e engraçada, e você é teimosa e linda e é... perfeita. E você vai continuar perfeita sem ele.

Nossos olhos se prendem por um minuto, e então eu a seguro contra mim novamente até que as lágrimas diminuem. Sua voz é abafada quando ela sussurra: — Obrigada, Drew. — A qualquer hora. Não é até tarde da noite, enquanto rastejo entre os lençóis frescos da minha cama, que os desdobramentos dos acontecimentos de hoje realmente me batem. Á propósito, eu durmo nu. Você deve experimentar. Se você não dormiu nu, você não viveu. Mas isso não vem ao caso. O fato que não tinha me ocorrido até agora que - Kate Brooks está solteira. Livre. Disponível. O único obstáculo real que se interpunha entre ela, eu e o sofá do meu escritório, apenas deu um tiro no próprio pé. Puta merda. Isto é como o Superman deve ter se sentido quando ele voltou no tempo e puxou Lois para fora do carro. É um recomeço. Um segundo tiro. Uma nova chance. Cruzo as mãos atrás da minha cabeça e deito de volta no meu travesseiro com o maior e mais brilhante sorriso mal-posso-esperar-para-amanhã que você já viu. Já se passaram quatro dias desde que eu descobri que o merdinha terminou com Kate. No dia seguinte, ela chegou ao trabalho parecendo ela mesma novamente. Para todos os efeitos, ela parecia ter esquecido completamente o idiota. Mas Mackenzie pegou um resfriado, então Alexandra teve que remarcar o nosso almoço para a próxima semana. Com o fim de semana que Kate teria, provavelmente era o melhor.

Oh yeah. Só mais um pequeno detalhe que você deve saber: eu não trepei com ninguém nesses últimos 12 dias. Doze dias. Duzentos e 88 horas sem sexo. Eu não posso calcular os minutos – é muito deprimente. Lembra-se que todo trabalho sem diversão faz surgir um Drew mal-humorado? Bem, a essa altura, Drew é praticamente uma maldito psicopata, ok? Doze dias pode não parecer muito tempo para você, amadores, mas para um cara como eu? É um tempo filha da puta. Eu não tive uma seca como esta desde o inverno de 1999. Era janeiro, uma tempestade de neve enorme cobriu a área de três estados com vinte e oito centímetros de neve. Apenas os veículos oficiais estavam autorizados nas ruas, então eu estava preso na cobertura com meus pais. E eu tinha dezessete anos. Um ano na vida de um homem, quando uma leve brisa é capaz de lhe dar tesão. Passei tanto tempo no banheiro, que minha mãe achou que eu tinha pego um vírus. Finalmente, após o sétimo dia, eu não podia aguentar mais. Eu enfrentei a tempestade e caminhei até o apartamento de Rebecca, um condomínio na parte alta da cidade. Nós trepamos como coelhos no armário do zelador, no prédio de seu pai. Ela era uma boa garota. De qualquer forma, mais uma vez, eu estava reduzido a me masturbar no chuveiro. Era humilhante. Eu me sinto tão sujo. Não que haja algo de errado com uma boa massagem e uma esfregada na parte da manhã, para começar o dia com o pé direito. Especialmente se, como já aconteceu comigo na semana passada, tive que me ausentar de um sábado habitual de trepada,

por causa de obrigações relacionadas com eventos da família. Mas se essa é não é a única ação para você fazer isso? Bem, isso é apenas... triste. A razão por trás da minha recente temporada de fome sexual? Eu culpo Kate. É tudo por culpa dela. Aparentemente, eu comecei a ter consciência. Eu não sei quando isso aconteceu, eu não sei como isso aconteceu, mas eu não estou feliz com isso. Se eu pudesse, eu faria squash com essa merda de grilo falante, que resolveu morar na minha cabeça, como o maldito inseto que ele é. Algumas pessoas não tem radar para gays? Bem, eu tenho radar para mulheres abandonadas. Isso significa que eu posso achar uma fêmea recentemente despejada a quilômetros de distância. Elas são presas fáceis. Tudo que você tem que lhes dizer, é que seu ex é um idiota por deixá-las soltas, e elas estarão implorando para você pegá-las. Kate agora cai na categoria abandonada, acima mencionada. Devia ser uma coisa boa, certo? Errado. Aqui é onde o grilo eleva sua cabeça feia de inseto. Eu não posso me obrigar a partir para cima dela. A ideia me faz sentir como um maldito predador. É difícil dizer se ela ainda está sofrendo. Ela não parece estar, mas nunca se sabe. Ela só poderia estar disfarçando e tentando ficar firme. E se ela ainda estiver - ferida e vulnerável - não é como eu quero que ela venha para mim. Quando isso acontecer comigo e Kate, eu quero ela rasgando as minhas roupas, e ela tomando a frente nesse assunto, porque ela não pode esperar mais um segundo em me ter fodendo ela. Eu quero vê-la gemendo meu nome, arranhando minhas costas e gritando por causa do grande magnificência do meu pau.

Droga, lá vou eu de novo. Eu fico com tesão só de pensar nisso. Que merda! Eu não consigo transar com Kate, e eu não quero foder ninguém. É a minha própria tempestade de neve. Eu falei que ia ter o que merecia. Você está feliz agora? Eu apago as luzes no meu escritório, e caminho até a sala de Kate. Ela não me vê imediatamente, assim eu cruzo meus braços, e encosto contra o batente da porta, apenas olhando para ela. Seu cabelo está solto, e ela está em pé, inclinada sobre a mesa, olhando para seu computador. E ela está cantando:

Não há mais bebidas com os caras Não mais transa com garotas Eu jogaria tudo para o alto E ainda valeria a pena no final Se você fosse minha dama Gostaria de compreender Como se sente ao ter algo real Eu gostaria de ser um homem bom...

Ela realmente tem uma grande voz. E a maneira como ela está debruçada sobre a mesa assim... Eu só quero andar atrás dela e... Cristo. Não importa. Eu estou apenas me torturando.

— Rihanna ficaria com inveja. — Ela vira com o som da minha voz, e seu rosto se divide em um amplo e envergonhado sorriso. Eu falo — Não pare por minha causa. Eu estava curtindo o show. — Muito engraçado. O show acabou. Eu aceno meu dedo para ela. — Vamos lá. Nós vamos para um lugar. Já passou das onze anos de uma sexta à noite, e você não comeu ainda. Eu conheço o lugar perfeito. Será para o meu prazer. Eles fazem um grande sanduíche de peru. Kate desliga seu computador, e agarra sua bolsa. — Oohh, eles são o meu favorito. — Sim, eu sei. Pegamos uma mesa na área do bar e fizemos nosso pedido a garçonete. Ela traz nossas bebidas, e Kate toma um gole da margarita que eu pedi para ela. — Mmm. Isto é exatamente o que eu queria agora. Eu disse que era bom nessas coisas de adivinhar drinks - lembra-se? Falamos confortavelmente por alguns minutos, e então... Vejam isso. Os olhos de Kate se arregalam, e ela mergulha debaixo da mesa. Olho em volta. Mas que diabos? Eu abaixo a minha cabeça e dou uma olhada nela. — O que você está fazendo? Ela está em pânico. — Billy está aqui. Lá em cima, sobre a pista de dança. E ele não está sozinho. — Eu começo a levantar a cabeça quando ela grita: — Não olhe! Jesus Cristo - isso é ridículo. Tanta confusão por causa desse merdinha? — É só que... Eu não posso deixá-lo me ver assim.

Agora estou confuso. — O que você está falando? Você está ótima. — Ela sempre está ótima. — Não, não com essas roupas. Ele disse que eu não era mais atraente, que eu estava sempre com essas roupas. Foi uma das razões que ele quis se separar. Que eu... ele disse que eu estava muito... masculina. Você tem que estar brincando comigo. Eu sou masculino. Hillary Clinton é masculina. Kate Brooks não tem uma maldita célula masculina em seu corpo. Ela é toda mulher, acredite. Mas eu sei o que esse filho da puta estava tentando fazer. Kate é inteligente, franca, ambiciosa. Muitos homens - como o idiota de merda, por exemplo - não podem lidar com uma mulher assim. Então eles torcem as coisas. Fazendo essas qualidades soarem desagradável. Algo para se envergonhar. Para acabar com sua alto-estima. Eu pego a mão de Kate e a arrasto do seu esconderijo. Ela olha em volta rapidamente, enquanto eu a levo para a pista de dança. — O que você está fazendo? — Estou lhe devolvendo a sua dignidade. Eu bato em várias pessoas no caminho, fazendo um caminho tortuoso, garantindo que o idiota nos note. — Até o momento que terminar aqui, Billy Warren estará beijando seus pés, sua bunda, e qualquer outra parte do corpo que você diga a ele para beijar, no desespero de pega-la de volta. Ela tenta sair do meu alcance. — Não, Drew isso não é realmente... Eu me viro para encará-la e coloco meus braços ao redor da cintura dela. — Confie em mim, Kate. — Encosto o seu corpo contra o meu, seu rosto

tão perto, que eu possa ver as manchas verdes nos seus olhos. Por que diabos eu estou fazendo isso de novo? — Eu sou homem. Eu sei como pensamos. Nenhum cara quer ver uma garota que costumava ser sua, com outra pessoa. Apenas me acompanhe. Ela não responde. Ela apenas levanta os braços em volta do meu pescoço, e nós nos abraçamos - peito com peito, estômago contra estômago, coxa coladas. É uma agonia. Requintada e deliciosa agonia. Como se tivesse vontade própria, meu polegar desenha círculos lentos na parte inferior das suas costas. A musica girando em torno de nós, e eu me sinto tonto - não das bebidas, mas da sensação dela. Eu quero ignorar a maneira perfeita que seu corpo se encaixa contra o meu. Tento lembrar minhas nobres intenções. Eu deveria olhar para cima, para ver se o merdinha está nos observando. Eu deveria, mas eu não faço. Eu estou muito preso na forma como ela está olhando para mim. Talvez eu esteja me iludindo, mas eu juro que é desejo que eu vejo nadando nessas belezas escuras. Nua, desinibidamente me querendo. Eu me inclino e escovo meu nariz contra o dela, testando as águas. Eu não estou fazendo isso por mim. Realmente. Eu não estou fazendo isso porque ficar tão perto dela, é o mais próximo do céu que um dia vou conseguir chegar. Isto é para ela. Parte do plano. Para ganhar de volta o babaca que não a merece.

Eu pressiono meus lábios contra os dela suavemente. É inicialmente quase uma caricia, e então ela se derrete contra mim. É quando eu começo a me perder. Ela abre a boca, e eu deslizo minha língua lentamente. Em seguida, mais forte, mais firme, mais intenso, como a descida em looping de uma montanha-russa. Eu esqueci o quão bom é o seu gosto. Mais inebriante do que o mais rico chocolate. Pecaminoso. É diferente das outras vezes que a beijei. Melhor. Não há raiva por trás disso, não há frustração, culpa ou algo a provar. É sem pressa, lânguido, e fodidamente sublime. Nossos lábios se separam, e eu me forço a olhar para cima, pegando o brilho devastado de Warren, antes que ele desapareça na multidão. Eu volto para Kate e toco minha testa na dela. Nossas respirações se misturam – a minha respiração ofegante com a respiração ofegante dela. — Funcionou. — eu digo a ela. — O quê? Eu sinto seus dedos brincando com o cabelo na minha nuca. E quando ela fala, sua voz é entrecortada. Selvagem. — Drew... você pode? Drew... você quer...? — Qualquer coisa, Kate. Me peça qualquer coisa, e eu faço. Seu lábios abrem, e ela olha para mim por um momento. — Será que você... me beijaria de novo? Obrigado. Deus. E quanto a você, Grilo? Caia fora.

Capítulo Treze A viagem até o meu apartamento é um exercício de acrobacias na direção. Tentando desesperadamente manter a minha boca sobre Kate e não nos matar. Ela se senta no meu colo, montando minha cintura, beijando meu pescoço, lambendo minha orelha - me expulsando da minha maldita mente. Eu tenho uma mão no volante e outra enfiada entre nós, deslizando sobre sua barriga, o pescoço e os seios perfeitos que me provocam através de sua camisa entreaberta. Não tente fazer isso em casa, crianças. Sua saia amontoada até o alto de suas coxas enquanto ela se esfrega com dureza contra meu pau. Ela é tão quente contra mim, eu tenho que usar cada milímetro de força de vontade para não deixar meus olhos revirarem. Eu a beijo duro, e olho a estrada por cima do ombro. Ela desliza para cima e para baixo, me masturbando lentamente com a pressão. Porra Cristo, transar a seco nunca foi tão bom. Controle? Moderação? Eles deram tchauzinho há muito tempo. Finalmente, eu entro na garagem do meu prédio. Eu pego o primeiro lugar que eu vejo e a arrasto para fora do carro. Minhas mãos na bunda dela, suas pernas fechadas ao redor da minha cintura, eu levo Kate para o elevador, os nossos lábios e línguas dançando furiosamente. Eu não tranco o meu carro. Eu acho que nem fechei a porta. Foda-se.

Eles podem roubá-lo. Tenho assuntos mais importantes em mãos. Eu tropeço no elevador e aperto o botão para meu andar, antes de empurrar Kate contra a parede, me esfregando nela como se eu já estivesse transando. Ela geme longa e profundamente em minha boca. É como aquela cena de Atração Fatal, sem a bizarrice. Chego até à minha porta, e tateio com uma mão na fechadura, ainda segurando Kate contra mim. Ela mordisca minha orelha e sussurra: — Depressa, Drew. Eu teria chutado a porra aberta neste ponto, se a chave já não tivesse funcionado. Explodimos em meu apartamento, e eu chuto a porta com o pé. Eu tiro suas pernas de mim, e a deslizo até o chão, criando uma deliciosa fricção ao longo do caminho. Preciso das minhas mãos livres. Com nossas bocas ainda unidas, eu começo a desabotoar o resto da blusa. Kate não é tão hábil - ou está impaciente. Ela enfia os dedos na frente da minha camisa e puxa. Os botões espalham no chão. Ela simplesmente rasgou minha camisa. Você tem ideia de como isso é quente? Eu alcanço o fecho de seu sutiã e o abro. Eu sou um especialista nessas coisas. Quem inventou o sutiã com fecho na frente? Deus o abençoe. Kate afasta seus lábios e coloca as mãos sobre meu peito e abdômen. Seus olhos estão maravilhados, enquanto segue o caminho que suas mãos estão trilhando. Eu olho os meus dedos roçando em sua clavícula, abaixo do centro daqueles seios impecável, e o vale que eu adoro, antes de descansar em sua cintura.

— Deus, Drew. Você é tão... — Lindo. — Eu termino por ela. Eu a puxo contra mim novamente, passando os braços em torno do seu corpo, e a levantando em meu colo, enquanto caminho para o sofá. Eu achei que dançar com ela fosse o céu? Não. Seu peito nu contra o meu - é assim que o céu parece. A porra do paraíso. Eu beijo seu queixo até embaixo, e sugo a carne macia de seu pescoço. Eu amo o pescoço de Kate - e pelos sons de vibração na garganta dela, ela ama o que estou fazendo. Eu me sento no sofá, a levando comigo, seu peito descansando contra o meu, suas pernas fechadas entre os meus joelhos. Ela leva seus lábios até os meus para mais um beijo, antes de se levantar e se afastar. Nós dois estamos parecendo fora do ar, praticamente nos atacando com nossos olhos. Ela morde o lábio, e suas mãos desaparecem atrás das costas. Eu ouço o som de um zíper, e depois a saia lentamente desliza até o chão. É a coisa mais sexy que eu já vi. Kate está na minha frente, com uma calcinha de renda preta estilo short, uma blusa branca aberta, e saltos altos. Seus lábios estão inchados, as bochechas estão ruborizadas, e seu cabelo desgrenhado pelas minhas mãos. Ela é uma deusa... porra, ela é divina. E do jeito que ela está olhando para mim, quase me faz gozar aqui e agora. Pego minha carteira e puxo o preservativo, colocando na almofada ao meu lado. Kate caminha em minha direção... Ainda com os saltos enquanto anda. Jesus Cristo.

Ela se ajoelha entre minhas pernas e desabotoa minhas calças, mantendo os olhos ardentes presos nos meus. Eu ergo meu corpo, e ela abaixa minha calça e cueca até embaixo. Meu pau brota, orgulhoso, forte e pronto pra caralho. Seus olhos vão para baixo, e ela olha para ele. Eu a deixo observá-lo, eu realmente não sou do tipo tímido. Mas quando um sorriso diabólico surge em seus lábios e ela se inclina em direção ao meu pau, eu a agarro e puxo de volta para minha boca. Eu não sei o que ela estava pensando - bem, eu tenho uma ideia - mas se eu não estiver dentro dela logo, eu acho que realmente vou morrer. Eu a levanto pela cintura, e seus joelhos descansam um em cada lado do meu corpo. Eu a firmo com uma mão, enquanto a outra empurra a renda entre as pernas para o lado. Eu mergulho dois dedos dentro dela. Jesus. Ela está pronta também. Eu deslizo os dedos em todo o caminho, e nós dois gememos alto. Ela está molhada... e quente. Ela adapta perfeitamente ao redor dos meus dedos, e meus olhos estreitam, sabendo o quão incrível ela vai ficar em volta do meu pau. Eu bombeio meus dedos dentro e fora, e ela começa a montar a minha mão. Ela está chorando... gemendo... suspirando meu nome. Isso é música para os meus malditos ouvidos. Eu não aguento mais. Eu agarro o preservativo e rasgo a embalagem com os meus dentes. Kate ergue o corpo, quando eu começo a cobrir meu pau. Em seguida, ela afasta minhas mãos. E depois abaixa lentamente. Doce porra do Cristo Todo-Poderoso. Eu afasto a calcinha de renda. Eu quero ela nua, nada no caminho. Em um piscar de olhos, eu rasgo para fora. Seus lábios escuros e brilhantes me

atraem, e eu juro por Deus que vou lhe dar toda a atenção que merecem mais tarde. Mas eu não posso esperar. Meus olhos estão sobre os dela... aqueles olhos de chocolate escuro que me conquistaram no momento em que eu vi pela primeira vez. Lindo. Lentamente, ela afunda mais. Por um momento, nenhum de nós se move. Ou respira. Ela é tão apertada... porra... mesmo através do preservativo, eu sinto suas paredes estendendo para mim. Eu sussurro seu nome, como uma oração. — Kate. Eu levo minha mão em seu rosto e a puxo contra mim. Não posso deixar de beijá-la. Ela se levanta, saindo quase completamente, antes de deslizar suavemente para baixo, me levando até o fundo. Santo Deus. Nada jamais me fez sentir tão bem - nada. Minhas mãos agarram seus quadris, a ajudando montar em meu pau com movimentos firmes. Nossas bocas estão abertas encostadas uma contra a outra, beijando e ofegante. Eu me sento reto, sabendo que a pressão adicional contra seu clitóris vai tornar isso ainda melhor para ela. E eu não estou errado. Ela vem em cima de mim mais forte, mais rápido, minhas mãos firmando os seus quadris. Eu beijo seu pescoço e inclino minha cabeça, lambendo todo o caminho até um mamilo endurecido. Eu o coloco em minha boca, sugando com minha língua e rolando ali, fazendo sua mão apertar em punho no meu cabelo, enquanto ela geme. Eu não vou durar muito. Não há nenhuma maneira de conseguir isso. Eu esperei por muito tempo, eu a queria tanto. Eu firmo meus pés no chão, e

começo a empurrar para cima, golpeando dentro dela, empurrando seus quadris com força, assim como meu corpo. É maravilhoso. Duro, profundo, é um êxtase molhado, e eu não quero que isso acabe nunca. Ela joga a cabeça para trás e geme alto. — Sim... sim... Drew. Eu estou xingando e chamando o seu nome, nós dois quase sem sentido. Fora de controle. Porque isso é bom pra caralho. Ela grita o meu nome, e eu sei que ela está chegando. Deus, eu amo a voz dela. E então ela se contrai em torno de mim - sua buceta ao redor do meu pau, suas pernas contra as minhas coxas, e as mãos sobre os meus ombros tudo apertando tenso e duro. E eu estou ali com ela. — Kate, Kate... porra... Kate. Eu empurro de novo e de novo. Então eu venho, duro e longamente. O prazer explode pelo meu corpo, diferente de qualquer coisa que eu já senti antes. Minha cabeça cai contra o encosto do sofá. Após os espasmos finalmente cessarem, levo meus braços em torno de Kate, deixando nossos peitos juntos, e sua cabeça contra o meu pescoço. Eu sinto o seu batimento cardíaco começar a voltar ao normal. E então ela está rindo, baixo e satisfeito. — Deus... Isso foi tão... tão... Agora eu estou sorrindo também. — Eu sei. A Terra se abriu. Explodiu a escala Richter. Poderoso o suficiente para destruir um pequeno país.

Eu acaricio seus cabelos... Aqueles malditos fios macios. Eu me inclino e a beijo novamente. É tão perfeita. Que grande noite. Eu acho que isso poderia muito bem ser a melhor noite da minha vida. E está apenas começando. Kate grita quando eu me levanto, e a seguro contra mim, a levando para o meu quarto. Eu nunca trouxe uma mulher para o meu quarto antes. É uma regra. Até amassos aleatórios no meu apartamento, eu nunca sequer considerei. E se uma dessas garotas realmente soubesse onde eu morava? Como saber se alguém é uma Perseguidora Psicótica? Mas eu não penso duas vezes em colocar Kate no meio da minha cama. Ela me olha de joelhos, enquanto eu tiro minha camisa sem botões, e me livro da camisinha usada. Mordendo os lábios com um sorriso, ela arranca a própria blusa, que ainda estava pendurado em seus braços. Oh yeah - e ela ainda está com os saltos. Bom. Muito, muito bom. Eu rastejo até ela, e descanso com meus joelhos no centro da cama. Eu seguro seu rosto em minhas mãos, enquanto a beijo ardentemente. Estou pronto novamente. Meu pau a cutuca no estômago, onde ele permanece firme e pronto. Mas nesta rodada, eu quero demorar mais. Eu admirei seu corpo durante meses - e agora eu pretendo explorar cada maldito centímetro dela, de perto e pessoalmente. Eu me inclino para frente e a deito de volta. Os seus cabelos espalham no meu travesseiro. Ela se parece com alguma imagem mítica, uma divindade pagã do sexo, em uma fábula de uma lenda romana.

Ou uma atriz sensacional de filme pornô. Seus joelhos abrem naturalmente, e eu me encaixo entre eles. Cristo... ela já está molhada. Eu posso sentir o quão molhada ela está contra o meu estômago, quando ela ergue seu corpo e esfrega contra mim. Silenciosamente implorando por ele - mais uma vez. Eu beijo todo o caminho até seu pescoço e clavícula, ficando cara a cara com seus seios. As mãos de Kate amassam meus ombros quando eu dou uma lambida em círculo no seu centro rosa escuro. A sua respiração rápida e urgente. Eu cubro seu mamilo rapidamente com a minha língua até ela gemer meu nome. O minuto que a palavra deixa seus lábios, eu fecho a minha boca sobre ela e chupo duro. Por alguns minutos, eu alterno lambendo, sugando e raspando seu pico duro. A reação dela é tão malditamente primitiva, que não posso evitar em mudar para o outro seio, e dou a essa beleza a mesma atenção. E enquanto eu trabalho nos seus seios, Kate está se contorcendo debaixo de mim, se oferecendo, e se esfregando em qualquer parte do meu corpo que ela pode alcançar. É tão sem vergonha. Linda. E tanto quanto eu quero ela agora, e tão malditamente bem que me sinto com ela se esfregando contra mim - eu estou no controle completo do que eu estou fazendo. Eu sou responsável. E há uma coisa que eu mal posso esperar para fazer. Algo que eu tenho sonhado em fazer, desde aquela noite em Howie. Eu vou lambendo toda a trilha até o centro de seu estômago, então rastejo mais para baixo. Eu deslizo o meu corpo e começo a lamber um outro caminho, em

sua coxa, arrancando seus saltos, e subo até que esteja no nível do meu alvo: aquela delicia de cachos escuros. Kate mantém seus pelos bem depilados, e a pele nas suas dobras é tão suave como a seda. Eu sei porque eu estou mordendo e contornando esse triângulo com pouco pelo. Os caras adoram uma buceta quase sem pelo. E não, não tem nada a ver com fantasias pervertidas com adolescentes. A ideia de uma mulher quase totalmente depilada é apenas... Atrevida. E excita pra caralho. Eu esfrego meu nariz em seu minúsculo botão já duro e inalo. Kate suspira e geme em cima de mim - os olhos fechados, a boca aberta. Só para você saber, os homens não esperam que uma mulher cheire a Pinheiro do Inverno ou Cataratas do Niágara, ou qualquer outra merda que esses produtos femininos dizem. É uma vagina - e ela deve cheirar como uma. Essa é a porra que dá a liga no cara. O perfume de Kate em particular, me tem salivando como um maldito animal faminto. Eu esfrego novamente, beijando os lábios exteriores gordos. Mãe de Deus. As mãos apertam o cobertor. — Deus, você cheira tão bem, eu quero te comer a noite toda. E eu realmente poderia. Eu lambo sua fenda molhada, e ela arqueia para fora da cama com um gemido. Eu empurro seus quadris para baixo com as mãos, segurando-a imóvel, quando eu faço isso de novo, e ela grita mais alto. — É isso aí, Kate - deixe-me ouvi-la.

Estou bem ciente de que - eu - sou o primeiro homem a fazer isso com ela. E sim, como um cara, esse fato faz com que seja ainda melhor. Você sabe aquele lance de Neil Armstrong, não é? Agora me diga quem foi o segundo homem? Inferno, me diga qualquer outro cara que você sabe que pisou na lua logo atrás dele. Você não pode, não é? É por isso que tal coisa é um feito. Eu nunca vou esquecer isso. E ela sempre vai se lembrar... de mim. Talvez essa seja machista e egoísta, mas é a verdade. Eu lambo de cima a baixo, repetidas vezes, eu chupo de ponta a ponta. Seu creme é doce e grosso. Malditamente delicioso. Eu abro suas coxas, espalhando suas pernas mais ampla, e empurro dentro e fora dela - fodendo completamente com a minha língua. Sua cabeça rola para os lados, como gemidos agudo de sua garganta. Ela é incoerente, e os dedos dos pés apertam os meus ombros, mas não desisto. Sem pressa. Em um movimento, eu chupo seu clitóris, e deslizo dois dedos dentro dela. Então, eu que começo a gemer. Seus sucos quentes derramam em minha boca, quase queimando. Eu não consigo parar de girar meus quadris, me esfregando contra a cama. Porra. Ainda bombeando dentro e fora com a minha mão, eu aperto a minha língua e esfrego círculos rígidos constantes em seu clitóris. — Drew! Drew! Ouvindo Kate gritar meu nome, me cobra ainda mais. Eu movo meus dedos mais rápido, ao mesmo tempo que a minha língua, e olho para cima... a

necessidade de vê-la se perder. Eu vou gozar apenas olhando para ela. O olhar em seu rosto é êxtase completo, e eu não sei qual de nós está mais excitado. — Oh Deus, oh Deus, oh Deus... Deus! Em seguida, ela fica rígida - dura como uma tábua de merda. Suas mãos puxam meu cabelo, apertando suas coxas ao redor da minha cabeça, e eu sei que ela está lá. Depois de vários momentos, ela solta o aperto, e eu desacelero minha língua para lamber em um ritmo mais lento. Quando Kate relaxa suas pernas ainda mais, eu me sento, limpo meu rosto com a mão, e deslizo um novo preservativo. Ah, sim - eu estou apenas começando. Eu me inclino sobre ela, e ela me puxa contra ela, e me beija duro. Ela suspira contra os meus lábios — Foi... incrível. Eu fico presunçoso, a satisfação atravessando as minhas veias, mas eu não posso nem sorrir. Eu preciso foder muito ainda. Eu deslizo facilmente. Ela está lisa, mas apertada - como um punho molhado. Eu a sinto apertar em torno de mim, quando eu empurro lentamente para frente e para trás dentro dela. Eu começo a bater mais rápido. Mais duro. Meus braços estão esticados nas laterais da sua cabeça, para que eu possa ver o prazer que cintila em seu rosto. Os seios dela saltam cada vez que eu bato para a frente, e eu quase desço para chupar um. Mas então ela abre os olhos e olha para mim. E eu não consigo desviar o olhar. Eu me sinto como um rei - como a porra de um imortal. E qualquer

autocontrole que eu tinha, simplesmente desaparece. Eu empurro para dentro dela, rápida e impiedosamente. Puro prazer desliza aquecendo o meu estômago e as minhas coxas. Doce Jesus. Nossos corpos batem juntos, mais e mais duro e rápido. Eu levo um braço sob seus joelhos e levanto a sua perna por cima do meu ombro. Eu a sinto ainda mais apertada, e eu não posso evitar, apenas começo a lamentar seu nome — Kate... — Sim, assim. Deus, sim! Drew... — E então me aperta de novo, fechando os olhos como um gemido estrangulado vazando de seus lábios. Foi quando eu deixei ir. Eu bato uma última vez, antes do orgasmo mais intenso da minha vida me atravessar. Eu solto um gemido alto, inundando o preservativo até a maldita borda. Meu braço entra em colapso, e meu peso cai sobre ela. Ela não parece se importar. No momento em que caio, ela está me beijando - meus olhos, meu rosto, minha boca. Eu me esforço para recuperar o fôlego, e então eu estou beijando ela de volta. Fodidamente-incrivel.

Capítulo Catorze Eu li uma vez um artigo, que dizia que manter relações sexuais aumenta o tempo de vida. Neste ritmo, Kate e eu vamos viver para sempre. Perdi a conta do número de vezes que fizemos isso. É como uma picada de mosquito quanto mais você coça, mais coça. Estou feliz que eu comprei a caixa de preservativos extragrande no Costco8. E no caso de você não ter percebido pelas minhas reações, eu vou te dizer: Kate Brooks é uma amante fantástica. Ela é simplesmente espetacular. Se eu já não soubesse que Billy Warren era um completo idiota antes - desde que provei o que ele jogou fora, eu tenho certeza absoluta disso. Ela é aventureira, assumidamente exigente, espontânea e confiante. Um pouco como eu. Nós somos um ajuste perfeito, de mais maneiras do que imaginava. Quando finalmente relaxamos na cama, o céu do lado de fora da minha janela está virando cinza. Kate está deitada em silêncio, com a cabeça em meu peito, os dedos traçando seus contornos e, ocasionalmente, acariciando uma camada de cabelo lá. Espero que depois de tudo o que eu já lhe disse, isto não seja um choque, mas eu não “abraço”. Normalmente, após uma mulher e eu terminamos o que 8

Mercado varejista exclusivo para associados.

tínhamos que fazer, não há mais nada, sem carícias, nem malditas Conversas de Travesseiro . Eu poderia, na ocasião, tirar um cochilo antes de sair correndo pela porta. Mas eu não aguento quando uma moça se trança em torno de mim como um polvo mutante. É chato e desconfortável. Com Kate, no entanto, as regras antigas simplesmente não parecem se aplicar. Nossa pele quente está colada, juntas, nossos corpos alinhados, seu tornozelo na minha panturrilha, sua coxa sobre o meu joelho dobrado. Isso me deixa... pacífico. É calmante de uma forma que eu não consigo descrever completamente. Eu não tenho absolutamente nenhum desejo de me mover desta posição. A menos que seja para rolar e transar com ela novamente. Ela quebra o silêncio pela primeira vez. — Quando você perdeu a virgindade? Eu dou uma risada. — Estamos jogando primeiro e dez novamente? Ou você está querendo saber sobre a minha história sexual? Porque se é isso, eu acho que você está atrasada demais, Kate. Ela sorri. — Não. Não é isso. Eu só quero saber mais de você. Eu suspiro, enquanto penso. — Ok. Minha primeira vez foi... Janice Lewis. Meu aniversário de quinze anos. Ela me convidou para sua casa para me dar o meu presente. Que era ela. Sinto o seu sorriso no meu peito. — Ela era virgem também? — Não. Ela era uma mulher de dezoito anos, “uma idosa”. — Ah. A mulher mais velha. Então ela lhe ensinou tudo o que sabe?

Eu sorrio e dou de ombros. — Eu consegui aprender alguns truques ao longo dos anos. Caímos em silêncio novamente por alguns minutos, e então ela pergunta: — Você não quer saber sobre o meu? Nem sequer tenho que pensar sobre isso. — Não. Não quero estragar o momento, mas vamos fazer uma pausa aqui um segundo. Quando se trata de passado de uma mulher, nenhum homem quer ouvir sobre isso. Eu não me importo se você já fodeu um cara ou uma centena apenas mantenha isso para si mesmo. Deixe-me colocar desta forma: Quando você está em um restaurante e o garçom traz a sua refeição, você quer que ele fale sobre cada pessoa que tocou os alimentos, antes de colocá-lo em sua boca? Exatamente. Eu também acho que é bastante seguro supor que sua primeira vez foi com Warren - que ele foi seu primeiro e único. E ele é a última pessoa que eu quero discutir neste momento e lugar em particular. Agora, de volta ao meu quarto. Eu me deito de lado, e encaro Kate de frente. Nossos rostos estão próximos, nossas cabeças compartilhando um travesseiro. Sua mão está debaixo do seu rosto de um jeito inocente. — No entanto, há algo que eu quero saber. — eu digo.

— Pode falar. — Por que você escolheu entrar no mercado financeiro? Eu venho de uma longa linhagem de profissionais de colarinho branco. Não era esperado que Alexandra e eu seguíssemos os passos dos nossos pais mas simplesmente aconteceu dessa forma. As pessoas sempre gravitam em torno do que sabem, do que é familiar. Como atletas profissionais. Você já reparou quantos Juniors existem na Liga profissional do Beisebol? É para distingui-los dos seus pais no Hall da Fama. Os Zaqueiros - a mesma coisa. Mas eu me pergunto o que atraiu Kate à um banco de investimento, considerando seus anos de adolescência de pequena criminalidade. — O dinheiro. Eu queria uma carreira onde eu sabia que iria ganhar bastante dinheiro. Eu levanto minhas sobrancelhas. — Sério? Ela olha para mim com conhecimento. — Você estava esperando algo mais nobre? — Sim, eu acho que estava. Seu sorriso escurece. — A verdade é que meus pais se casaram jovens me tiveram muito jovens. Eles compraram o restaurante em Greenville. Hipotecaram até os rins. Nós morávamos em cima do restaurante. Era... pequeno... mas agradável. Seu sorriso se desvanece um pouco mais. — Meu pai morreu quando eu tinha treze anos. Acidente de carro - motorista bêbado. Depois disso, minha

mãe estava sempre ocupada. Tentando manter o restaurante, tentando se manter em pé, sem cair em pedaços. Quando ela para de novo, eu a puxo nos meus braços, sua testa encostada em meu peito. E então ela continua: — Ela quase não conseguiu nos manter acima da linha d'agua. Eu não passei fome, ou qualquer coisa assim, mas... não foi fácil. Tudo era uma luta. Assim, quando me disseram que eu ia ser a oradora da turma, e eu ganhei uma bolsa integral de estudos para Wharton, eu percebi - ok - vai ser área financeira. Eu nunca quis ser impotente ou dependente. Mesmo que eu tivesse Billy, que era importante para mim, eu tinha que ser capaz de me sustentar, sozinha. Agora que eu posso, tudo o que eu realmente quero fazer é cuidar da minha mãe. Eu já perguntei a ela se viria para Nova York, mas até agora ela disse não. Ela trabalhou toda a sua vida... Eu só quero que ela descanse. Eu não sei o que dizer. Apesar de todos os meus comentários sarcásticos sobre a minha família, eu tenho certeza que eu ficaria malditamente louco, se algo acontecesse com qualquer um deles. Eu levanto o queixo para que eu possa olhar em seus olhos. Então eu a beijo. Depois de alguns minutos, Kate se vira. Eu envolvo meus braços ao redor da sua cintura, e a puxo sobre mim. Eu pressiono meus lábios em seu ombro e encosto meu rosto em seu cabelo. E mesmo que seja tecnicamente de manhã, é assim que nós ficamos, até que ambos caímos no sono. Todo homem saudável no mundo inteiro acorda com uma ereção. Uma grande. Pela manhã é uma rocha. Tenho certeza de que há alguma explicação médica para o fenômeno, mas eu gosto de pensar nisso como um pequeno presente de Deus.

A chance de começar o dia com seu pau em sua melhor e mais avançada forma. Não me lembro qual foi a última vez que dormi ao lado de uma mulher. Acordar ao lado de uma, no entanto, definitivamente tem seus benefícios. E eu estou preparado para tirar o máximo proveito deles. Com os olhos ainda fechados, eu rolo e procuro Kate. Estou pensando em provocá-la para que acorde, lhe dando um “bom dia” por trás. É uma forma aceitável de despertar, pelo meu manual. Mas, quando minha mão desliza sobre os lençóis, ele encontra apenas o espaço vazio onde ela deveria estar. Abro os olhos, me sento e olho ao redor. Não há nenhum sinal dela. Huh. Eu escuto se há algum movimento no banheiro ou o som de água corrente do chuveiro. Mas só há silêncio. Ensurdecedor, não é? Para onde ela foi? Minha frequência cardíaca começa a disparar com o pensamento de que ela escapou enquanto estava dormindo. É um movimento que eu mesmo já fiz - em várias ocasiões - mas eu nunca esperaria isso de Kate. Estou prestes a sair da cama quando ela aparece na porta. Seu cabelo está amarrado em um coque frouxo para cima, daquele jeito que as mulheres sempre parecem saber fazer sem usar qualquer elástico. Ela está usando uma camiseta cinza de Columbia - a minha camiseta cinza de Columbia - e eu estou momentaneamente fascinado pela maneira como seus seios balançam sob a malha, enquanto ela anda.

Kate coloca a bandeja que está carregando em cima da mesa de cabeceira. — Bom dia. Eu faço beicinho. — Poderia ter sido. Por que você se levantou? Ela ri. — Eu estava morrendo de fome. Meu estômago estava roncando como um ogro enjaulado. Eu estava querendo preparar um café da manhã para nós dois, mas a única coisa que eu consegui encontrar em sua cozinha foi cereal. Cereal é o alimento perfeito. Eu poderia comer isso a cada refeição. E não aquele farelo saudável de aveia-e-merda que seus pais empurram por sua garganta abaixo. Eu apenas tenho aqueles bons: Lucky Charms, Fruity Pebbles9, e Biscoito Crocante. Meu armário é uma verdadeira miscelânea de trigo altamente inchado com açúcar. Eu dou de ombros. — Eu gosto bastante. Ela me dá uma tigela. Era Apple Jacks - boa escolha. Entre mordidas, Kate diz: — Eu peguei uma camiseta sua. Espero que você não se importe. Eu aprecio o café da manhã dos campeões e balanço a cabeça. —Nem um pouco. Mas eu realmente gosto mais de você sem ela. Veja como ela olha para baixo? Como seus lábios se curvam em um sorriso suave? Veja a cor que nasce no seu rosto? Meu Deus - ela está corando novamente. Depois da noite passada? Após aquela loucura de gritos e entrega? Agora ela cora? Adorável, certo? Eu também penso assim.

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Marcas de cereais comuns nos EUA, coloridos e com muito açúcar.

— Eu não acho que cozinhar nu seja muito higiênico. Eu coloco minha taça agora vazia de volta na bandeja. — Você gosta de cozinhar? — Nos meses que trabalhamos juntos, eu aprendi muito sobre Kate, mas ainda há mais que eu quero saber. Ela acena com a cabeça e termina seu cereal. — Você crescendo dentro de uma lanchonete, meio que isso recai sobre você. Culinária é uma espécie de hobby para mim. Eu faço grandes cookies. Se conseguirmos os ingredientes mais tarde, eu faço. Eu sorrio diabolicamente. — Eu adoraria comer o seu biscoito, Kate. Ela balança a cabeça para mim. — Por que eu tenho a sensação de que não estamos falando sobre a variedade de chocolate? Lembre-se daquele presente matinal de Deus? Eu não posso deixá-lo ir para o lixo. Isso seria um pecado - e eu realmente não posso ter mais nenhum. Eu a arrasto para a cama e tiro a camiseta sobre sua cabeça. — Porque eu não estou. Agora, sobre esse biscoito... — Rainha de B-sete. — Bispo G-cinco. Jogos são divertidos. — Cavaleiro de C- seis. — Check. Jogos sem roupas? Eles são muito mais divertidos.

A testa de Kate sulca, enquanto ela olha para o tabuleiro de xadrez. Este é o nosso terceiro jogo. Quem ganhou os outros dois? Por favor, você precisa mesmo perguntar? Ficamos trocando histórias, enquanto nós jogamos. Eu contei a ela sobre a vez que quebrei meu braço andando de skate, quando eu tinha doze anos. Ela me contou sobre o dia em que ela e Delores tingiram a pele do seu hamster de rosa. Contei a ela sobre o apelido que Matthew e eu demos para Alexandra. (Kate beliscou meu mamilo após aquele comentário. Duro. Ela se lembrou daquele dia no escritório, em que a chamei de “uma Alexandra”.) É confortável, fácil, agradável. Não tão agradável quando estamos nos enroscando - mas bem próximo. Estamos deitados na cama, cada um do seu lado, as nossas cabeças descansando em nossas mãos, o tabuleiro no meio. Oh - e caso você tenha se esquecido, estamos nus. Agora, eu sei que algumas mulheres têm problemas com seus corpos. Talvez você ache que seu porta-malas um tenha um pouco de lixo extra? Supere isso. Não importa. Se sua bunda está nua, mande a modéstia embora. Homens são visuais. Nós nunca iriamos te foder, se não aguentássemos olhar para você. Você pode escrever isso, se quiser. Kate não tem qualquer problema em ficar nua. Ela está definitivamente confortável em sua própria pele. E isso é sexy - muito sexy. — Você vai se mover, ou simplesmente queimar um buraco no tabuleiro olhando para ele? — Não me apresse.

Eu suspiro. — Tudo bem. Leve o tempo que você precisar. De qualquer maneira, não há lugar para você ir. Eu deixei você encurralada. — Eu acho que você está roubando. Meus olhos arregalam. — Isso dói, Kate. Estou ferido. Eu não roubo. Eu não preciso. Ela levanta uma sobrancelha para mim. — Você tem que ser tão pau no cu? — Eu certamente espero um dia que sim. E falar sujo não vai te levar a lugar nenhum. Pare de enrolar. Ela suspira e aceita a derrota. Eu faço a minha jogada final. — Chequemate. Quer jogar de novo? Ela rola em seu estômago e dobra os joelhos, seus pés quase tocando a cabeça. Meu pau tem espasmos com a visão. —Vamos brincar de outra coisa. Twister10? Esconder o salame? Charadas Kama Sutra? — Você tem Guitar Hero? Se tenho Guitar Hero? A justa do nosso milênio? O mais legal videogame de todos os tempos? Claro que sim. — Talvez você devesse escolher outra coisa. — eu lhe digo. — Se eu continuar a te bater assim, pode danificar o seu frágil ego feminino. Kate olha para mim. — Traga-o. 10

Jogo de tabuleiro, cujo desafio é você se entortar para colocar os pés e mãos nos locais indicados. Ele se tornou conhecido como um jogo sexual, já que os peões são as pessoas.

Sua ânsia deveria ter sido uma bandeira vermelha. Foi um massacre. Absolutamente brutal. Ela chutou a minha bunda - a partir de uma extremidade do apartamento até o outro. Em minha defesa, Kate sabe tocar uma guitarra na vida real. E... ela nos fez colocar roupas. Como posso me concentrar assim? Eu ficava tentando pegar um vislumbre daquela bundinha suculenta que espreitava debaixo da minha camiseta. Isso me distraiu. Eu nunca tive uma chance. Então, agora você deve estar se perguntando o que diabos estou fazendo, certo? O que significa isso que estou fazendo. Apenas um passeio por montanha russa - sem retorno, sem repetição. Então por que estou perdendo a minha tarde de sábado brincando de Adão e Eva com Kate? Aqui está o negócio: Eu tenho trabalhado durante meses para conseguir colocá-la onde está agora. Passei noite após noite sem fim querendo, sonhando, fantasiando sobre isso. Vamos dizer que você ficar preso em uma ilha deserta e não pode comer por uma semana. E então, o navio de resgate finalmente aparece com um grande prato de comida. Você daria uma garfada e jogaria o resto fora? Claro que não. Você iria devorar cada mordida. Devorar cada migalha. Deixar o prato limpo. Isso é o que eu estou fazendo. Ficar com Kate até que eu me sinta... satisfeito. Não suponha nada mais do que isso. Eu mencionei que Kate tem uma tatuagem? Oh yeah. Uma marca impura. Selo vagabundo. Chame isso do que quiser. É pouco acima da curva

de seu traseiro, na parte inferior das suas costas. É uma pequena borboleta azul-turquesa. É saboroso. Estou rastreando com a minha língua agora. — Deus, Drew... Depois da desgraça no Guitar Hero, Kate decidiu que queria tomar um banho. E conseguiu isso - ela perguntou se eu queria ir primeiro. Boba, garota boba. Como se tomar banho sozinha fosse uma possibilidade. Eu me levanto e a provoco por trás. Ela é mais quente do que a porra da água que bate de todos os lados. Eu afasto seu cabelo para o lado, enquanto faço a festa em seu pescoço delicioso. Minha voz é rouca quando digo a ela: — Abra suas pernas para mim, Kate. Ela faz. — Mais. Ela faz de novo. Dobro os joelhos e deslizo meu pau em casa. Jesus. Faz duas horas que eu estava dentro dela assim. Um tempo fodidamente longo - uma vida. Nós gememos juntos. Seus seios estão lisos com o sabonete, enquanto deslizo meus dedos em seus mamilos, e brinco com eles da maneira que eu sei que a faz ronronar. Ela deixa cair a cabeça no meu ombro, e coça as unhas até minhas coxas. Eu assobio com a sensação e aumento mais o ritmo. Em seguida, ela se inclina para frente, dobrando a cintura e apoiando as mãos contra os azulejos. Eu cubro com a minha, entrelaçando os dedos juntos.

Eu bombeio dentro e fora sem pressa. Eu beijo suas costas, seus ombros, sua orelha. — Você é boa pra caralho, Kate. Sua cabeça revira, e ela geme: — Deus, você é tão... duro... tão grande. Essa frase? Ouvir essa frase é o sonho de todo homem que já viveu. Eu não me importo se você é um monge maldito, você quer ouvir. Sim, eu já ouvi isso antes. Mas vindo de Kate - com aquela voz doce - é como se eu estivesse ouvindo pela primeira vez. E então ela está implorando. — Mais duro, Drew... por favor. Eu faço o que ela pede com um gemido. Deixo uma mão na parede e levo a outra até o clitóris, de modo que cada vez que eu avanço, ela resiste contra meus dedos. Ela geme com o contato. Então, ela é exigente — Mais duro, Drew. Me fode forte. Seu comando atinge meus ouvidos, eu a agarro, como se o telhado desabasse em um incêndio furioso. Eu a empurro mais, até que ela está presa contra a parede, seu rosto descansando sobre o azulejo frio. Eu bato duro e rápido. Os gritos de Kate ecoam nas paredes, e chegamos em uma sincronia perfeita. É longo, intenso e absolutamente glorioso. À medida que o prazer diminui, ela se vira e envolve seus braços em volta do meu pescoço, me beijando lentamente. Em seguida, sua cabeça está no meu peito, e estamos juntos sob o jato. Eu não posso manter a admiração longe da minha voz quando digo: — Deus, cada vez fica melhor. Ela ri. — Você também acha? Eu pensei que só eu estava sentindo. — Ela olha para mim, morde o lábio, e afasta o meu cabelo molhado para trás dos

meus olhos. É um gesto simples. Mas há tanta emoção por trás dele. Seu toque é suave, o olhar em seus olhos, tão carinhosos, como se eu fosse a coisa mais maravilhosa que ela já viu. Como se eu fosse algum tipo de... tesouro. Normalmente, um olhar como esse teria me feito abaixar e correr até a saída mais próxima. Mas, quando eu olho para o rosto de Kate, uma mão segurando sua cintura, a outra acariciando o seu cabelo, eu não quero correr. Eu não quero nem desviar meu olhar. E eu não quero nunca deixá-la ir. — Não... Eu sinto isso também.

Capítulo Quinze Eu não estou chateando você com esses detalhes sórdidos, estou? Eu poderia encurtar essa coisa toda, simplesmente dizendo: Kate e eu transamos por todo fim de semana explodindo nossos cérebros para fora. Mas isso não é realmente divertido. E não iria lhe dar a imagem completa. Ao pegar o caminho mais longo, você tem todos os fatos. E uma visão panorâmica de todos os nossos pequenos momentos. Momentos que pareciam bobos e insignificantes na época. Mas agora que estou gripado, elas são as únicas coisas que eu consigo pensar. A cada minuto de cada dia. Você já ficou com uma musica presa na sua cabeça? Claro que você ficou, todo mundo já passou por isso. E talvez seja uma bela canção, talvez seja até mesmo a sua favorita. Mas ainda é chato, não é? É meia boca. Porque você não quer apenas ouvi-la em seu cérebro - você quer ouvir no rádio, ou ao vivo em um show. Repetindo em sua mente é apenas uma imitação barata. Um maldito lembrete irônico que você não é capaz de ouvir a coisa real. Você vê para onde estou indo com isso? Não se preocupe, você vai ver. Agora, onde eu estava? Isso, na noite de sábado. — Este é o travesseiro perfeito.

Nós acabamos de pedir comida - Italiana - e nós estamos esperando chegar. Kate está sentada no meu sofá, em meio a um oásis de travesseiros e cobertores. E ela está segurando um travesseiro no colo. — O travesseiro perfeito? — Sim. — ela diz. — Eu sou muito exigente, quando se trata de travesseiros. E este é perfeito. Não é muito baixo, não é muito inchado. Não é muito duro, nem muito mole. Eu sorrio. — É bom saber, Cachinhos Dourados. Nós decidimos assistir a um filme. Essa invenção de alugar filmes direto na tv a cabo é a segunda maior invenção do nosso tempo. A primeira, é claro, é a TV de plasma de tela grande. Eu me levanto para pegar o controle remoto, enquanto Kate pesca algo da sua bolsa no chão. Já mencionei que ainda estamos nus? Nós estamos. Completamente. É libertador. Diversão garantida. Todas as partes boas são fáceis de alcançar. E a vista é fantástica. Quando eu retorno para o sofá, um perfume agora familiar assalta minhas narinas. Doce e florido. Açúcar e primavera. Olho para Kate e a encontro esfregando a loção em seus braços. Eu agarro a embalagem da mão dela, como um cachorro mordendo um osso. — O que é isso? Eu levo a garrafa até o meu nariz e inspiro profundamente, em seguida, caio para trás contra os travesseiros com um gemido satisfeito. Kate ri. — Não é perfume. É hidratante. Eu não sabia que vencer uma disputa, deixasse a pele tão seca.

Eu olho para a embalagem. Baunilha e lavanda. Eu puxo outra profunda fungada. — Cheira como você. Toda vez que você está perto de mim, você cheira a... como um buquê de merda brilhante, com açúcar mascavo por cima. Ela ri novamente. — Ah, Drew, eu não sabia que você era um poeta. William Shakespeare ficaria tão ciumento. — É comestível? Ela faz uma careta. — Não. Isso é ruim. Eu teria derramado sobre a minha comida como um rico molho holandês. Acho que vou ter que saboreá-lo em Kate. Agora que pensei nisso - está é a melhor opção. — Eles fazem para banho de espuma também. Já que você gosta tanto, eu vou conseguir um. É a primeira referência que ela fez sobre uma próxima vez. Um gancho para alguma data posterior. Um futuro. Ao contrário do meu passado trepar/fugir, a sugestão de um segundo round com Kate não me enche com indiferença ou irritação. Ao invés disso, estou ansioso - animado - com essa perspectiva. Eu fico olhando para ela por um momento, absorvendo o prazer estranho que é apenas ficar olhando para ela. Eu poderia fazer disso uma profissão integral, apenas olhar Kate Brooks. — Então — ela pergunta: — que filme decidimos assistir? Ela se instala contra mim, e meu braço vai naturalmente ao seu redor. — Eu estava pensando em 'Coração Valente'.

— Ugh. O que há com esse filme? Por que todos os homens são viciados nele? — Ah, pela mesma razão que as mulheres estão obcecadas com o 'O diário de uma paixão'. Isso é o que você estava querendo sugerir, certo? Ela sorri maliciosamente, e eu sei que acertei. — O Diário de Uma Paixão é romântico. — É muito gay. Ela me bate no rosto com o travesseiro 'perfeito'. — É doce. — É repugnante. Eu tenho amigos que são homossexuais daqueles exagerados - e até eles acham esse filme muito gay. Ela suspira sonhadora. — É uma história de amor, uma linda história de amor. A maneira como todos tentavam mantê-los separados. Mas então, anos mais tarde, eles se encontraram novamente. Foi o destino. Eu reviro os olhos. — O destino? Por favor. O maldito destino de um conto de fadas, querida. E o resto da história é uma fogueira de besteira também. Na vida real não é assim que funciona. — Mas isso é... — É por isso que a taxa de divórcios é tão alta. Porque filmes como esse não dão às mulheres expectativas razoáveis. E o mesmo vale para romances. Alexandra praticamente arrancou a cabeça de Steven para fora uma vez, porque ele pegou emprestado uma das minhas Playboys. No entanto, a cada verão, lá está a cadela deitada na praia

com aqueles livrinhos com caras musculosos e desnudos na capa, cobertos de pornô suave. Sim, eu disse, “pornô”. Isso é o que é aquilo. E não é nem mesmo um bom pornô: — Ele virou seu peito, enquanto sua masculinidade abria as pétalas em prantos de seu centro. Quem fode falando isso? — Gente de verdade não pensa como Nolan ou Niles ou qualquer que seja o inferno do nome do babaca. — Noah. — E que homem iria construir um quarto em sua casa para uma garota que fodeu sua vida? Que homem vai esperar anos para que a mesma garota apareça em sua porta, sabendo que ela estava com outra pessoa? Ele não é homem. — O que ele é? — Uma vagina grande e peluda, que nunca foi depilada. Isso foi muito bruto? Fiquei com medo de que fosse. Até Kate cobrir a boca com as mãos e cair no sofá, convulsionando seu corpo, o riso explodindo para fora. — Oh... meu... Deus. Você é tão... porco. Onde... Onde você mesmo arruma essas coisas? Eu dou de ombros. — Eu chamo as coisas pelo que eu vejo. Eu não vou pedir desculpas por isso.

Sua risada morre, mas o sorriso ainda está lá. — Ok, sem Diário de uma Paixão. —Obrigado. — Então seu rosto inteiro se ilumina. — Oohh, que tal assistirmos 'Âncora: A Lenda de Ron Burgundy'? — Você gosta de Will Ferrell? — Você está brincando? Você já viu 'Escorregando para a Glória'? É um dos meus favoritos. — E aquela parte que eles estão patinando? Clássico. Ela mexe as sobrancelhas para mim e cita fielmente: — Você tem um pouco de sorvete para acalmar essa queimadura desagradável? Eu rir. — Deus, eu te am... E então eu me sufoco. E começo a tossir. E limpo a minha garganta. — Eu te amo... esse filme. — Eu mexo com o controle remoto, e me deito no sofá enquanto começa os traillers. Ok - não fiquem enlouquecidos comigo agora. Vamos apenas nos acalmar por um segundo, não é? Foi um simples erro. Um deslize da língua. Nada mais. Minha língua estava ficando muito destreinada ultimamente, então eu acho que estou perdoado.

Depois de comer, continuamos assistindo Ron Burgundy, encostados um contra o outro no sofá, ela de costas contra meu peito. Meu rosto está em seu cabelo novamente, inalando o perfume que eu me tornei viciado. Eu entro e saio do cochilo. A risada de Kate vibra contra o meu peito enquanto ela pergunta baixinho: — É isso que você pensou de mim? — Mmmm? — Quando eu comecei na empresa. Você pensou que eu era uma — mulher de escorpião? Ela está se referindo a uma fala de Will Ferrell que acabou de soar no filme. Eu sorrio sonolento. — Eu... quando eu a vi pela primeira vez naquele dia na sala de conferência, isso bateu bem na minha bunda. Depois disso, eu apenas sabia que nada voltaria a ser igual. Ela deve ter gostado da minha resposta. Porque um minuto depois, ela esfregou seus quadris para trás contra mim. E meu pau meio-ereto deslizou entre as bochechas da bunda dela. Não importa o quão exausto um cara esteja - ele poderia ter apenas voltado de um trabalho com um turno de trinta e cinco horas transportando sacos de areia pelas fronteiras estaduais - que esse movimento sempre, sempre vai acordá-lo. Meus lábios encontram o caminho até o seu pescoço enquanto minha mão desliza pelo seu estômago. — Deus, Kate. Eu não consigo parar... de querer você. Está ficando meio ridículo, não é?

Eu sinto sua respiração travar. Ela se vira para me encarar, e nossos lábios se encontram. Mas, antes de ir mais longe, a minha curiosidade leva a melhor, e eu me afasto. — O que você pensou de mim quando nos conhecemos? Seus olhos sobem até o teto enquanto pensa na resposta. Então ela sorri. — Bem... naquela primeira noite no REM, eu pensei que você fosse... letal. Você apenas irradiava sexo e charme. — Seus dedos traçam meus lábios e sobrancelhas. — Aquele sorriso, seus olhos, eles realmente deviam ser proibidos. Foi a única vez em todos os meus anos com Billy, que eu queria ser solteira. Uau. — E, em seguida, no escritório eu ouvi as secretárias falando sobre você. Como você tinha uma garota diferente a cada semana. Mas depois de um tempo... Vi que havia muito mais em você. Você é brilhante e engraçado. Você é protetor e carinhoso. Você brilha tanto, Drew. Tudo que você faz - como você pensa, as coisas que você diz, a maneira como você se move - me... cega. Eu me sinto sortuda..., só de estar perto de você. Estou sem palavras. Se qualquer outra mulher me dissesse isso, eu concordaria com ela. Eu diria que ela realmente tinha sorte em estar comigo - porque eu sou o melhor do melhor. Não há ninguém melhor. Mas vindo de Kate? De alguém cuja mente eu invejo, cuja opinião eu realmente admiro? Eu apenas... não tenho palavras. Então, mais uma vez, eu deixei minhas ações falar. Minha boca pressiona contra a dela, e a minha língua implora para entrar. Mas quando eu tento rolar nos dois sobre o sofá, Kate tem outras ideias.

Ela me empurra sobre os ombros até que eu esteja deitado. Em seguida, ela move a boca sobre meu queixo e o meu pescoço, queimando uma trilha no meu peito e estômago. Eu engulo em seco. Ela segura o meu pau na mão e bombeia lentamente, e eu já estou duro como aço. Eu já estava duro no minuto que ela começou a falar. — Jesus, Kate... — Eu mantenho meus olhos abertos, e a observo, enquanto ela molha os lábios, abre a boca, e me desliza para dentro. — Porra... — Ela tem todo o meu comprimento até o fundo e suga com força, enquanto se afasta lentamente. Então, ela faz isso de novo. Eu sou uma espécie de conhecedor de boquetes. Para um cara, esse é o tipo mais conveniente de sexo. Sem barulho, pouca bagunça. Se alguma de vocês ai fora nunca fez um, eu vou contar um pequeno segredo. Uma vez que o pau de um cara está realmente em sua boca, ele vai estar muito feliz, realmente não importa o que você faz com ele depois. Dito isto, há certos movimentos que tornam isso melhor. Kate me bombeia com a mão, enquanto aumenta a sucção na ponta com a sua pequena boca quente. Isso, por exemplo. Ela gira a língua ao redor da cabeça como se estivesse lambendo um pirulito. Onde diabos ela aprendeu isso? Eu lamento impotente, e aperto as almofadas no sofá. Ela me leva por todo o caminho até sua garganta uma vez, depois outra vez. Em seguida, ela muda para bombear curta e rapidamente, com a boca e a mão. É magnífico. Fui chupado pela melhor delas. E eu juro por Deus, Kate Brooks tem a técnica de uma estrela pornô.

Eu tento me segurar, consciente de que esta é realmente a primeira vez, mas é difícil. E, em seguida, suas mãos estão sob mim - na minha bunda - me levantando. Ela orienta os meus quadris para trás e para frente, me empurrando para dentro e para fora de sua boca. Santo Deus. Ela remove as mãos, mas meus quadris continuam a se mover em golpes rasos e curtos. Estou perto de me perder - mas eu sempre aviso antes. E se um cara não avisá-la? Dispense ele rapidamente. Ele é um maldito idiota. — Kate... baby, eu vou... se você não se mover agora... Deus, eu vou... — As palavras são incoerentes, aparentemente além da minha capacidade no momento. Ainda assim, eu acho que ela tem a ideia. Mas ela não se afastou. Ela não para. Eu olho para baixo no momento em que Kate abre os olhos e olha para mim. E isso é tudo o que preciso. É o momento que eu fantasiava, desde que a vi pela primeira vez. Aqueles grandes olhos castanhos de corça olhando para mim, enquanto meu pau desliza entre seus lábios perfeitos. Com um gemido com seu nome, eu encho sua boca com um fluxo pulsante. Kate geme e leva tudo, engolindo avidamente. Depois do que parece uma eternidade, eu começo a retornar. Você sabe quando você sai de uma Jacuzzi? Como seus membros estão igual a uma gelatina? Sim - esse sou eu. Agora. Eu estou respirando com dificuldade e sorrindo como o idiota do vilarejo, enquanto a levanto pelos ombros, e a beijo profundamente. Alguns homens tem nojo em beijar uma mulher, cuja boca eles acabaram de gozar dentro. Eu não sou um deles. — Como diabos você aprendeu a dar um boquete desse?

Kate ri com minha voz maravilhada, enquanto se escancara em cima de mim. — Delores namorou esse cara na faculdade. Ele curtia realmente uma pornografia. Ele costumava deixar filmes em nosso dormitório o tempo todo. E, de vez em quando... Eu assistia. A próxima vez que eu ver Delores Warren? Me lembre de cair de joelhos e beijar a bunda dela. Depois que o filme acabou, Kate e eu decidimos ter a maratona completa Will Ferrell. Estamos a meio caminho do filme 'Escorregando para a Gloria', quando meu telefone toca. Nós ainda estamos no sofá, deitados confortavelmente lado a lado, e eu realmente não sinto vontade de me levantar. Ou falar com alguém que não esteja atualmente nesse quarto, a titulo de esclarecimento. Deixei a secretária eletrônica atender. A voz de Jack enche a sala, gritando sobre o som de batidas de música em segundo plano: — Drew! Cara, atenda! Onde diabos você está? — Ele faz uma pausa por um momento, e eu estou supondo que ele percebeu que eu não vou atender. — Você tem que sair hoje à noite, cara! Eu estou no Club sessenta e nove, e há alguém aqui que quer te ver. Isso não parece promissor. Eu começo a me sentar, meus instintos cromossomo Y me dizendo para desligar a máquina. Agora. Mas eu não sou rápido o suficiente. E uma voz feminina sensual sai da Caixa de Pandora. — Dreeewwww... é Staaaacey. Eu senti sua falta, baby. Eu quero ter outro momento no táxi. Lembra daquela noite em que eu chupava seu pau tão for... Minha mão bate forte no botão de desligar.

Então eu olho de soslaio para Kate. Seu rosto está congelado na TV, com uma expressão indecifrável. Eu provavelmente deveria dizer alguma coisa. Que porra que devo dizer? — Desculpe, uma das garotas que abandonei me ligou? — Nah, por alguma razão, eu não acho que ela iria levar isso muito bem. Ela senta-se rigidamente. — Eu provavelmente deveria ir. Merda. Jack filho da puta. Kate se levanta, segurando meu travesseiro fechado contra ela, se cobrindo. Bem, isso não é um bom sinal. Uma hora atrás, ela estava empurrando a sua bunda contra mim. Agora ela não quer nem mesmo que eu olhe. Porra. Ela passa por mim em direção ao quarto. Mesmo com o meu estômago revirando, não posso deixar de admirar a beleza de seu traseiro apertado quando ela passa. Previsivelmente, meu pau brota como Drácula subindo do seu caixão. Quando eu tinha dez anos, tivemos um cão. Ele trepava com tudo e qualquer coisa - da perna das visitas, até a cama de dossel dos meus pais. Ele era insaciável. Meus pais estavam sempre mortificados com sua companhia. Mas agora eu percebo que ele realmente não era um cão ruim. Não era culpa dele. Eu sinto sua dor, Fido.

Eu suspiro. E me levanto para acompanhar Kate. Até o momento que eu entro no quarto, a saia está em seu corpo e sua blusa abotoada. Ela não olha para mim quando eu caminho para dentro — Kate... — Você sabe onde está meu outro sapato? — Seus olhos olham para o chão, a cama - em qualquer lugar, menos para mim. — Kate... — Talvez esteja debaixo da cama. — Ela se ajoelha. — Você não vai embora. Ela não olha para cima. — Eu não quero atrapalhar os seus planos. Quem tem planos? O único plano que eu tinha era devorar o buffet suculento entre suas coxas. Novamente. — Eu não... — Está tudo bem, Drew. Você sabe, isso foi muito bom... Bom? Ela chama o que fizemos ontem à noite e durante todo o dia - no quarto, na cozinha, no chuveiro, contra a parede do corredor... “bom”? Ela está brincando porra? Ela deve ter visto o olhar no meu rosto, porque ela para no meio da frase e levanta uma sobrancelha. — Eu sinto muito, foi o adjetivo errado? Eu insultei o seu frágil ego masculino? Eu gaguejo, indignado: — Bem... sim. — Que palavra você prefere?

A título de informação - eu ainda estou nu, e se a postura do meu pau serve para indicar alguma coisa, não é preciso ser Einstein para descobrir o que eu realmente prefiro fazer no momento. — Estupendo? Transcendente? Incomparável? — Eu pontuo cada palavra com um passo predatório em sua direção. Ela combina o meu impulso para frente com passos nervosos para trás, até que sua bunda bate contra a minha cômoda. Eu sorrio para ela. — Você tem uma pós-graduação na faculdade de negócios de maior prestígio no país, Kate. Minha honra exige que você venha com alguma coisa, qualquer coisa, melhor do que “bom”. Ela olha para o meu peito um minuto. Então ela olha nos meus olhos. Ela parece séria. — Eu deveria ir. Ela tenta passar por mim, mas eu agarro seu braço e a puxo de volta. — Eu não quero que você vá. Não - não me pergunte o porquê. Eu não vou responder. Agora não. Eu só estou focado aqui - e ela. O resto não importa. Ela olha para a minha mão em seu braço e depois para mim. — Drew... — Não me deixe, Kate. — Eu me aproximo, e a sento sobre a cômoda, me encaixando entre suas pernas. — Fique. — Eu beijo seu pescoço e mordo sua orelha. Ela treme. Eu sussurro — Fica comigo, Kate. — Eu olho nos olhos dela. — Por favor. Ela morde o lábio. Então sorri lentamente. — Ok.

E u sorrio de volta. E, em seguida, minha boca está na dela. O beijo é longo, lento e profundo. Eu empurro a saia para cima, roçando a pele de suas coxas com os meus dedos. Ela ainda não está usando calcinha. Você tem que amar um acesso fácil. Eu me ajoelho na frente dela. — Drew...? — É metade pergunta, metade gemido. — Shhh. Se eu vou tentar um melhor que 'bom' eu preciso me concentrar. E não há uma única palavra coerente entre nós pelo resto da noite.

Capítulo Dezesseis CADA super-herói tem um esconderijo - um santuário. Pelo menos, todos os bons tem. Eu tenho um também. Minha própria Bat Caverna pessoal. É onde a mágica acontece. Onde eu construí a lenda que é a minha carreira. Meu escritório em casa. É um paraíso masculino. Uma zona livre de buceta - no bom sentido. Cada indivíduo deve ter um. Eu mesmo decorei o meu - cada peça, cada detalhe. Se o meu carro é o meu bebê, este quarto é o meu primogênito. Meu orgulho e alegria. Piso de mogno, tapetes orientais artesanais, sofás inglês de couro. Uma lareira de pedra e estantes com prateleiras em fileiras na parede. Atrás da minha mesa há uma janela enorme, que oferece uma vista impagável da cidade. E no canto uma mesa de jogos, onde encontro os rapazes, e bebemos uísque envelhecido, fumamos charutos cubanos, e jogamos poker, uma vez por mês. É a única vez que Steven tem permissão para sair e jogar. Eu estou na minha mesa, com minha cueca boxer, trabalhando no meu laptop. É o que eu faço todas as tardes de domingo. Kate? Não - ela ainda está aqui. Mas depois da nossa foda bombástica na última noite, eu percebi que deveria deixá-la dormir um pouco e recarregar as baterias. Cancelei o almoço com a minha mãe e desmarquei o jogo de

basquete com os garotos. E agora eu estou olhando para a versão final do contrato, quando uma voz sonolenta me chama da porta. — Hey. Eu olho para cima e sorrio. — Oi. Ela está usando mais uma das minhas camisetas - a preta do Metallica. Ela vai além de seus joelhos. Isso e o cabelo despenteado de sono a fazem parecer doce, mas sexy. Sedutora. Comparado com Kate, o trabalho não é mais tão apetitoso. Ela passa a mão pelos seus cabelos, enquanto seus olhos varrem a sala. — Este é um belo escritório, Drew. De tirar o fôlego. Kate é o tipo de mulher que valoriza a importância de um espaço de trabalho inspirador. Se você quer ser um vencedor, você precisa de um escritório que diz que você já é um. — Obrigado. É o meu lugar favorito no apartamento. — Eu posso ver o porquê. Ela pega um porta-retrato de uma das prateleiras e mostra para mim. — Quem é esta? É uma foto minha e de Mackenzie na praia no verão passado. Ela me enterrou até o pescoço na areia. — Minha sobrinha, Mackenzie. Ela olha para a foto e sorri. — Ela é adorável. Eu aposto que ela te adora. — Sim, ela adora. E eu realmente corto minha mão para ela, se ela me pediu, por que ela merece. Eu adoraria que você a conhecesse um dia. Kate não hesita. — Eu realmente gostaria disso.

Ela caminha até a minha cadeira e se empoleira no meu joelho. Eu me inclino até encontrar seus lábios - minha língua dirigindo profundamente na sua boca, que agora eu conheço tão bem. Ela se aconchega de volta contra o meu peito nu. — Você é tão quente. — Ela repousa a cabeça no meu ombro e olha para o meu computador. — No que você está trabalhando? Eu suspiro. — Este acordo com Jarvis Technologies. Jarvis é uma empresa de comunicação. Eles estão querendo adquirir uma subsidiária banda larga via satélite. Eu esfrego os olhos. — Problemas? Eu geralmente sou um lobo solitário quando se trata de negócios. Eu não confio - Eu não compartilho. Minha opinião é a única que conta. Mas conversar com Kate sobre o negócio é como falar comigo. Eu estou realmente interessado em ouvir o que ela tem a dizer. — Yeah. O CEO é só cérebro e nada de bolas. Eu tenho o negócio perfeito alinhado, mas ele não vai puxar o gatilho. Ele está nervoso sobre o risco. Seu dedo traça o meu queixo. — Toda aquisição tem riscos. Você tem que mostrar a ele que a recompensa vale a pena. — Isso é o que eu estou tentando fazer. Ela dispara então. — Você sabe, eu tenho algo que poderia ajudá-lo. Um dos meus antigos colegas de estudo da Wharton, elaborou uma apresentação para um novo modelo de avaliação. Se você fizer isso, e os números forem sólidos, isso deve ser o suficiente para convencer Jarvis a dar o salto.

Estou começando a pensar que o cérebro de Kate me excita quase tanto quanto sua bunda. Quase. — Está no pen drive na minha bolsa. Eu vou buscar para você. Quando ela impulsiona para sair, eu a seguro pela camisa, e puxo de volta para baixo no meu colo - então não há nenhuma maneira que ela possa perder aquele tesão perpétuo. Estou sempre de prontidão agora. Meus braços envolvem a sua cintura, prendendo-a. Minha boca contra sua orelha. — Antes de chegarmos lá, há algo que eu quero fazer primeiro. Há diversão em sua voz quando ela pergunta: — O que você quer fazer, Drew? Eu me levanto, varrendo tudo da minha mesa, e a deito. — Você. Passamos o resto do dia trabalhando. E falando. E rindo. Eu digo a Kate sobre Mackenzie e sobre os palavrões que tenho que colocar dinheiro na Jarra, e que está secando todas as minhas economias. Ela me falou mais sobre crescer em Greenville e a lanchonete dos seus pais. Almoçamos na varanda. Está frio, então Kate senta no meu colo para se aquecer e me alimenta com os dedos. Não me lembro de nenhuma vez que me diverti tanto. E não estamos nem mesmo trepando agora. Vai entender. Já passou das dez. Estamos nos preparando para deitar. Kate está no chuveiro.

Sozinha. Ela pegou minha navalha e me expulsou. Ao contrário das mulheres, os caras não precisam de privacidade. Não há nenhuma função corporal que um homem não faça na frente de uma plateia. Nós não temos nenhuma vergonha. Mas seja como for, se Kate precisa do seu espaço, ela vai tê-lo. Eu me mantenho ocupado enquanto espero por ela. Eu troco os lençóis. Tiro a caixa de preservativos da minha gaveta - para ter um acesso mais fácil. Então, meu coração afunda. E se pudesse, meu pau ia chorar. A caixa está vazia. — Foda. — Exatamente os meus pensamentos. Grandes mentes pensam da mesma forma. Eu me viro com a voz de Kate. Ela está na porta, com uma mão no quadril, a outra apoiada no batente da porta. Ela está espetacular, maravilhosamente nua. Sua virilha ainda mais curta do que antes - apenas um sussurro de cachos escuros. Doce Cristo. Eu continuo esperando o momento em que o corpo de Kate não vai me interessar mais. Quando eu sentir que ali já deu. Até agora, é exatamente o oposto. É como... comer lagosta. Se você nunca comeu, você pensa: — Eh, talvez. — Mas uma vez que você provou? Apenas a chance de comê-la novamente já deixa você com água na boca, como um maldito rio Mississippi. Porque agora você sabe como fodidamente deliciosa que aquilo realmente é. Mesmo apenas

o pensamento dela... Deus. Eu posso acabar sendo o primeiro homem na história capaz de me masturbar sem me tocar. Olha, mamãe - sem as mãos. Ela caminha em minha direção, envolve seus braços em volta do meu pescoço e me beija lentamente, sua língua saindo para traçar meu lábio inferior , fazendo aquele caminho absolutamente sexy. Eu me forço a recuar. — Kate, espere... nós não podemos. Sua mão desliza na minha cueca boxer, em volta do meu pau já duro. Ela dá algumas bombeadas. — Acho que alguém discorda de você. Eu pressiono minha testa na dela. Minha voz soa estrangulada. — Não... Quero dizer, estamos sem. Preservativos. Eu... hum... — Eu coloco minha mão sobre a dela, parando seus movimentos, então eu vou ser capaz de amarrar algumas palavras juntas que realmente faça sentido. — Eu tenho que ir até a loja na esquina e pegar mais... e então... Deus, então eu vou te foder a noite toda. Kate olha para baixo e engole em seco. Sua voz é baixa. — Ou nós poderíamos... não... utilizá-los. — O quê? Eu nunca fui sem camisinha. Nunca. Nem mesmo durante os meus anos como quase um adolescente. Eu sempre amei muito meu pau...muito, muito para vê-lo murchar e cair. — Estou tomando pílula, Drew. E Billy... ele é um monte de coisas, mas ele nunca me traiu. Você já fez o... teste?

Claro que eu fiz. Uma vez por mês, desde o tempo que me lembro. É uma obrigação com o meu estilo de vida. Um risco ocupacional, você poderia dizer. Minha voz praticamente guincha. — Yeah. eu... Eu fiz. Eu estou bem. Mas... você tem certeza? Já me ofereceram um monte de coisas na cama. Todo tipo de engenhoca bizarra e brinquedinho que você possa imaginar. Não. Alguns você provavelmente não pode. Foder sem proteção nunca foi um deles. Não é inteligente ou seguro. A mulher pode dizer que ela está tomando pílula, mas como você vai realmente saber? As pessoas podem dizer que estão limpas, mas eu não acredito nelas. Isso exigiria confiança. E a confiança nunca foi um fator que existiu na minha vida sexual. Não se trata de compartilhar - de conhecer alguém e deixá-las me conhecer. Trata-se de sair e comer uma garota nesse processo. E adeus. — Eu quero sentir você, Drew. Eu quero que você me faça sentir. Eu não quero... nada entre nós. Eu olho em seus olhos. O jeito que ela está olhando para mim... é exatamente como ela fez depois do nosso banho ontem. Como se ela estivesse me dando alguma coisa - um presente. Isso é apenas para mim. Apenas para mim. E é ela. Porque ela confia em mim, tem fé em mim, acredita em mim. E você sabe o quê? Eu não quero jamais que Kate me olhe de outra maneira. — Kate, estes últimos dois dias com você têm sido incríveis. Eu nunca... Eu apenas nunca... — Eu nem sei como descrever o que estou sentindo. Eu não tenho nenhuma ideia de como falar isso para ela. Eu sempre tive na minha

vida uma grande capacidade em me comunicar. Ser capaz de verbalizar uma ideia. Descrever um plano. Mas, neste momento, as palavras são lamentavelmente inadequadas. Então eu a agarro pelos braços e a arrasto contra mim. Ela geme de surpresa ou emoção - Eu não tenho certeza qual. Sua língua afiada contra a minha, e suas mãos puxam o meu cabelo. De alguma forma, acabamos na cama, lado a lado, boca coladas, a minha boxer no chão. Minha mão desliza sobre seus seios, até seu estômago, e entre as suas pernas. Eu gemo — Porra, Kate, você já está tão molhada. E ela está. Eu mal a toquei e ela está gotejando por mim. Jesus. Eu nunca quis alguém ou alguma coisa, tanto quanto eu quero ela neste momento. Ela morde meu pescoço enquanto eu deslizo meus dedos dentro. Sua vagina se fecha em torno deles como uma maldita luva, e ambos gememos alto. Então as mãos de Kate estão em mim, em cima de mim. Segurando minhas bolas, acariciando meu pau, arranhando meu peito e minhas costas. Eu rolo ela debaixo de mim. Eu preciso dela - agora. Eu provoco sua entrada com o meu pau, revestindo a ponta com seu doce creme. Calor rola para fora dela, com ela. Ela é como um fogo - me chamando, me puxando para dentro, e eu empurro para dentro lentamente, mas é como um punho, e meus olhos caem fechados na porra de um êxtase perfeito. Ela está nua, desprotegida, tudo ao meu redor. Ela me faz sentir... mais. Molhado, mais quente, mais apertado. Mais em todos os sentidos. É inacreditável.

Kate agarra minha bunda, amassando e massageando e me pedindo mais profundo. Mas eu puxo todo o caminho para fora, apenas para que eu possa deslizar para trás novamente. Cristo Todo-Poderoso. Eu defino o ritmo. Não é lento ou doce ou suave. É brutal e quente, e fodidamente incrível. Gemidos agudos escapam dos seus lábios entreabertos. Então, minha boca está na dela novamente, cortando. E nós estamos segurando um no outro, desesperado e rude. Como se fosse a primeira vez. Como se fosse a última vez. Ela está enrolada em volta de mim em todos os sentidos. Sua vagina envolve o meu pau, suas pernas cercam minha cintura, e seus braços cercam meu pescoço - tudo embrulhado apertado, como um vício requintado. E eu estou enterrando nela, querendo estar mais perto, precisando estar mais profundo. Deus, eu poderia rastejar para dentro dela, se eu pudesse e nunca mais querer sair. As mãos de Kate encontram a minha. Nossos dedos se juntam, e eu seguro firme, unindo nossas mãos sobre a sua cabeça. Nossas testas se tocam a cada suspiro, cada respiração misturando e confundindo. Seus quadris se movem com o meu, como o fluxo do oceano. Frente e para trás. Em uma unidade frenética. Juntos. Nossos olhos bloqueiam um no outro. — Deus, Drew... não pare... por favor, não pare nunca.

Eu estou me afogando nela. Eu mal posso respirar. Mas de alguma forma eu consigo responder rouco — Eu não vou. Eu nunca vou parar. Eu sinto quando ela vem. Cada centímetro molhado escaldante com seu aperto glorioso ao meu redor. E é tão bom... tão selvagemente intenso, que quero chorar de prazer. Eu enterro meu rosto em seu pescoço, inalando-a, devorando-a. E então eu vou com ela - em seu interior. Banhando suas entranhas com cada impulso carnal. Corridas doces de energia elétrica fluem através de mim, enquanto uma palavra jorra dos meus lábios uma, e outra e outra vez: — Kate... Kate... Kate... Kate. É milagroso. Após alguns momentos, nossos corpos ainda estão trêmulos. Os únicos sons no quarto são as nossas respirações rápidas e nossos batimentos cardíacos. Então Kate sussurra: — Drew? Você está bem? — Eu levanto a cabeça e encontro seus belos olhos olhando para mim com preocupação. Sua mão segura meu rosto gentilmente. — Você está tremendo. Alguma vez você já tentou tirar uma foto de algo muito longe? E você olha através da lente e toda a cena é uma bolha embaçada? Então, você mexe com o foco, você dá zoom para mais perto e mais longe. E então gira a câmera e segundos depois - Boom - clareza instantânea. Tudo se encaixa no lugar. A imagem é tão clara como cristal.

Isso é o que é para mim - agora - olhando para Kate. De repente, é tudo tão óbvio. Tão malditamente claro. Eu estou apaixonado por ela. Totalmente. Impotente. Pateticamente. Amando. Kate me possui. Corpo e alma. Ela é tudo que eu penso. Ela é tudo o que eu nunca pensei que eu queria. Ela não é perfeita - ela é perfeita para mim. Eu faria qualquer coisa por ela. Tudo. Eu quero ela perto de mim, comigo. Durante todo o tempo. Para sempre. Não é apenas sexo. Não é apenas seu lindo corpo e sua mente brilhante. Não é apenas que ela me faz pensar ou como ela está ansiosa em me desafiar. É mais do que qualquer uma dessas coisas. É tudo isso. É ela. Eu quebrei todas as regras malditas que já estabeleci para mim mesmo, para ficar com ela. E não era apenas para transar com ela. Foi para tê-la. Para mantê-la. Como eu não vi isso antes? Como é que eu não soube disso? — Hey. — ela me beija suavemente nos lábios. — Onde você estava? Eu perdi você por um minuto. Você está bem?

— Eu... — Eu engoli duramente. — Kate, eu... — Eu tomo uma respiração profunda. — Eu... Eu estou bem. — Eu sorrio e a beijo de volta. — Eu acho que você apenas me lançou em outra dimensão. Ela ri. — Uau. Nunca pensei que isso iria acontecer. Sim. - me fale sobre isso.

Capítulo Dezessete Sei o que você está pensando: Que porra é essa? Se eu já descobri que estou apaixonado por Kate, e ela está obviamente apaixonada por mim - como é que ela termina voltando com Billy falecido Warren? Excelente pergunta. Estamos quase lá. Mas em primeiro lugar: uma aula de ciências. O que você sabe sobre sapos? Sim. Eu disse sapos. Você sabia que se você colocar um sapo na água fervente, ele vai pular fora? Mas, se você colocá-lo em água fria e aquecê-la lentamente, ele vai ficar lá dentro e ferver até a morte. Ele não vai nem tentar sair. Ele nem sabe que ele está morrendo. Até que seja tarde demais. Os homens são muito semelhantes aos sapos. Eu estava assustado com a minha pequena epifania? Claro que eu estava. Era enorme. Uma mudança de vida. Da forma mais louca. Não há mais histórias para contar para os caras. Não há mais noites de sábado. Mas nada disso importava mais. Honestamente. Como era tarde demais. Eu já estava fervendo - por Kate. Durante toda essa noite eu a observei dormir. E fiz planos... para nós. As coisas que faríamos juntos, os lugares que iríamos - amanhã e no próximo fim

de semana e no próximo ano. Eu pratiquei o que eu diria, como eu confessaria a ela meus sentimentos. Eu imaginava a reação dela e como ela iria confessar que sentia da mesma maneira. Foi como um filme, alguns desses filmes de mulherzinha horríveis que eu nunca iria ver. O Playboy arrojado encontra a garota que-o-torna-prisioneiro-do-amor, e ela simplesmente tem seu coração para sempre. Eu deveria saber, então, que isso era bom demais para ser verdade. As melhores coisas geralmente são: Papai Noel, o ponto G masculino, o céu - a lista é interminável. Você vai ver. Estamos andando pela Quinta Avenida. Em vez de desperdiçar tempo precioso atravessando toda a cidade até o apartamento de Kate, paramos na Saks no caminho para o trabalho, onde eu comprei para Kate um novo terno azul Chanel. Não posso permitir que ela faça a Caminhada da Vergonha11 no escritório hoje, certo? Enquanto ela estava experimentando as roupas para mim, eu juro, me senti como a porra de Richard Gere em 'Uma Linda Mulher'. Kate ainda me comprou uma gravata. Viu? Então ela insistiu em passar pelo departamento de lingerie para substituir a calcinha que eu tão eroticamente destruí. Eu puxei uma boa briga por isso, mas eu perdi. As mulheres devem saber - não usar calcinha? Isso é mais sexy do que renda, couro, chicotes e correntes juntos. Paramos no Starbucks e pegamos um pouco de cafeína extremamente necessária. À medida que caminhamos para fora do café, eu puxo Kate contra 11

Quando a mulher chega ao escritório de um jeito que prova que ela não dormiu em casa.

mim. Eu toco seu rosto e a beijo Ela tem gosto de café - leve e doce. Ela afasta o meu cabelo para trás dos meus olhos e sorri. Eu nunca me canso de olhar para ela. Ou beijá-la. Homem capacho? Seu nome é Drew. Sim, eu sei. Está tudo bem. Não me importo. Mas este não é o lado negro da força? Me inscreva. Sério. Não se surpreenda se eu começar a pular pelos cantos da rua, aquela musica fodida “Zip-a-Dee-Doo-Dah.”12 Eu estou tão feliz. Kate e eu viramos a esquina. De mãos dadas e sorrindo um para o outro, como dois idiotas que tomaram um excesso de antidepressivos. Nauseante, não é? Precisamos parar aqui por apenas um minuto. Você deve olhar para nós dois. Exatamente como estamos aqui, bem agora - de mãos dadas. Você deve se lembrar deste momento. Eu me lembro. Nós estávamos... perfeitos. Então chegamos ao prédio do escritório. Eu abro a porta para Kate, e entro atrás dela. E a primeira coisa que vejo são margaridas. Grandes margaridas brancas com centros amarelos alegres. Algumas em vasos sobre a mesa do lobby, outros

em

cachos

amarrado

com

fita.

Algumas

estão

espalhadas

individualmente por todo o chão, pétalas aleatórias aqui e ali. No meio do lobby tem um círculo com mais margaridas ainda. No centro desse círculo, está Billy Warren. E ele segura sua guitarra. Me. Foda. 12

Musica tema da Disney

Não, isso não chega a explicar. Me foda com uma motosserra. Sim - isso é mais certo. Você já ouviu uma musica bem idiota? Aqui está sua chance: Eu estava tão cego Eu não sabia Quanto faria mal seria deixar você ir Quero nos curar, quero consertar Volte, volte para mim de novo Se eu não o odiasse tanto - aquela cobra que fez a musica - Eu teria que admitir que não é de todo ruim. Eu olho Kate de perto. Toda a emoção que atravessa seu rosto, cada sentimento que dança em seus olhos. Sabe quando você tem um vírus no estômago? E você fica o dia todo com um balde ao seu lado, porque você sente como se estivesse pronto para vomitar a qualquer momento? Mas depois há aquele momento - quando você sabe que agora vem. Você sente esse frio, um suor gelado pelo corpo inteiro. Centenas de quilos na cabeça, e você sente a garganta se expandir para dar espaço a bile que está subindo pelo seu estômago. Esse sou eu. Agora. Na verdade, eu estou com o meu café na boca. E olho ao redor até o lixo mais próximo possível, apenas para ter certeza que eu vou fazer isso a tempo.

E eu preciso dizer que sinto muito Apesar de toda a dor que eu causei Por favor, dê o seu coração de volta para mim Eu vou mantê-lo seguro para a eternidade Nós pertencemos um ao outro Nós sempre soubemos que é verdade Nunca haverá outro Minha alma grita por você. Qualquer outro momento, qualquer outra garota, eu não perderia um segundo com Warren. Nem sequer tentaria. Ele não pode vale a bosta que eu piso. Eu sou um maldito Porsche, e ele é a porra de uma picape que nem passou na inspeção. Mas essa é Kate. Eles têm uma história, uma década. E isso, crianças, faz dele uma competidor sério do NBA.

Na escuridão da noite, é seu nome que eu chamo Eu não posso acreditar que eu quase perdi tudo Mais uma chance, uma respiração, uma tentativa Não há mais razões para dizer adeus Eu quero pegar Kate, estilo homem das cavernas, e carregá-la para fora daqui. Eu quero prendê-la no meu apartamento onde ele não possa vê-la. Não

pode tocá-la. Não pode nos tocar. O tempo todo eu olho para ela, mas ela não se virou para olhar para mim. Nem uma maldita vez.

E eu preciso dizer que sinto muito Apesar de toda a dor que eu causei Por favor, dê o seu coração de volta para mim Eu vou mantê-lo seguro para a eternidade Nós pertencemos um ao outro Nós sempre soubemos que é verdade Nunca haverá outro Minha alma grita por você. Por que eu não aprendi a tocar um instrumento? Quando eu tinha nove anos, minha mãe queria que eu tocasse trompete. Depois de duas aulas, o professor se demitiu, porque eu deixei o cachorro mijar no seu instrumento. Por que diabos eu não escutei a minha mãe? Você é meu início, você vai ser o meu fim Mais do que amigos, minha amante Eu quero você, eu quero você Ele não pode tê-la. Vá em frente e cante o dia todo, seu imbecil, seu merda. Cante aos quatro ventos filho da puta. Toque até os dedos cair. É muito

pouco e tarde demais. Ela já é minha. Kate não é do tipo que tem relações sexuais com qualquer um. E ela fodeu comigo todo fim de semana, como se o mundo estivesse acabando. Isso tem que valer alguma coisa. Não é? E eu preciso dizer que sinto muito Apesar de toda a dor que eu causei Por favor, dê o seu coração de volta para mim Eu vou mantê-lo seguro para a eternidade Nós pertencemos um ao outro Para a eternidade Você e eu

A pequena multidão que está reunida no lobby aplaude. O idiota coloca sua guitarra no chão e caminha em direção a Kate. Se ele tocá-la, eu vou quebrar a porra da sua mão. Eu juro por Deus. Ele me ignora completamente. Ele está focado apenas em Kate. — Eu estou te ligando desde sexta-feira à noite... e passei no apartamento algumas vezes neste fim de semana, mas você estava fora. Isso é certo. Ela não estava em casa. Ela estava ocupada. Agora pergunte a ela o que ela estava fazendo. O que será que ela estava fazendo?

— Eu sei que aqui é seu trabalho... mas você acha que poderíamos ir a algum lugar? Para conversar? Talvez seu escritório? Diga não. Diga não. Diga não, diga não, diga não, diga não, diga não, diga não, diga não, diga não... — Ok. Merda. Quando ela começa a se afastar, eu pego o braço de Kate. — Eu preciso falar com você. Seus olhos me questionam. — Eu vou apenas conversar por um... — Há algo que eu tenho que te dizer. Agora. É importante. — Eu sei que soa desesperado, mas eu realmente não dou a mínima. Ela coloca sua mão sobre a minha, a ele ainda está segurando o braço dela. Ela está calma - condescendente, como se estivesse falando com uma criança. — Tudo bem, Drew. Me deixe falar com Billy primeiro, e eu vou encontrá-lo em seu escritório, tudo bem? Eu quero fazer pirraça batendo os pés no chão, como um menino de dois anos de idade. Não. Não está tudo fodidamente bem. Ela precisa saber o que eu sinto. Eu tenho que reivindicá-la. Jogar as cartas na mesa. Acelerar meu carro nessa maldita corrida. Mas eu solto a minha mão de qualquer maneira. — Tudo bem. Vocês dois tenham um bom bate-papo.

E eu saio na frente deles. Eu caminho a passos largos em direção ao meu escritório. Mas eu não posso deixar de parar na mesa de Erin quando eles passam. Enquanto Kate se vira para fechar a porta de seu escritório, nossos olhos se encontram. E ela sorri para mim. E, pela primeira vez na minha vida, eu não sei o que significa. Será que ela está me tranquilizando que nada mudou? Que nada que ele falar adiantará? Ou ela está dizendo obrigada, por trazer esse merdinha filho da puta rastejando de volta para ela? Eu simplesmente não sei. E isso está me deixando louco. Eu aperto minha mandíbula e piso duro em direção a minha própria mesa, batendo a porta atrás de mim. E então eu começo a andar. Como um futuro pai, do lado de fora da sala de parto, esperando para ver se vai ficar tudo bem, que a coisa mais importante da sua vida sairá ileso. Eu deveria ter dito a ela. Na noite passada. Quando eu tive a chance. Eu deveria ter explicado o quanto ela significa para mim. O que eu sinto por ela. Eu pensei que tinha tempo. Eu percebi que facilitei para ele, para fazer seu caminho até ela. Estúpido. Por que eu apenas não falei para ela? Porra. Talvez ela já saiba. Quer dizer, eu a trouxe para meu apartamento, eu fiquei abraçado com ela. Eu a adorei. Eu transei com ela sem camisinha - três vezes. Ela tem que saber.

Erin calmamente entra na sala. Devo parecer um desastre, porque o rosto dela é suave, exalando simpatia. — Então, Kate e Billy estão conversando, né? Eu ronco. — Eu sou tão óbvio? Ela abre a boca, provavelmente para me dizer sim, mas fecha e começa novamente. — Não. Eu apenas te conheço Drew. Concordo com a cabeça. — Você quer que eu dê um passeio? Ver o que eu posso ver... ou ouvir? — Você acha que isso vai funcionar? Ela sorri. — A CIA teria sorte em me ter. Concordo com a cabeça novamente. — Ok. Sim. Vá fazer isso, Erin. Veja o que está acontecendo. Ela sai. E eu volto a fazer um buraco no tapete. E empurrando a mão pelo meu cabelo até que ele está para cima, como se tivesse sido atingido por um raio. Poucos minutos depois, Erin volta. — A porta está fechada, por isso eu não consegui ouvir nada, mas eu espiei através do vidro. Eles estão sentados na frente de sua mesa, um de frente para o outro. Ele está segurando a cabeça dela com suas mãos, e ela está ouvindo-o falar. A mão dela está no joelho dele. Ok. Ele está derramando seu coração. E ela está sendo simpática. Eu posso viver com isso. Porque então ela vai esmagá-lo, não é? Ela vai lhe dizer para seguir seu caminho. Que ela seguiu em frente - encontrando alguém melhor. Certo?

Certo? Cristo, por favor concorde comigo. — Então... o que devo fazer? Erin encolhe os ombros. — Tudo o que você pode fazer é esperar. E ver o que ela decidiu quando terminar. Eu nunca fui bom em esperar. Não importa o quanto meus pais tentaram, eu nunca pude esperar até a manhã de Natal para descobrir o que eu ganhei. Eu era como um mini Indiana Jones - pesquisando e cavando até encontrar cada presente. A paciência pode ser uma virtude, mas não é uma das minhas. Erin para na porta. — Eu espero que dê certo, Drew. — Obrigado, Erin. E então ela sai. E eu espero. E penso. Eu penso no olhar no rosto de Kate, quando ela estava chorando em sua mesa. Eu penso sobre como ela entrou em pânico quando viu Warren no bar. Isso foi tudo o que fui para Kate? Uma distração? Um meio para o seu próprio objetivo? Eu começo a andar novamente. E rezo. Eu não falo com Deus, desde que eu tinha dez anos de idade. Mas eu falo com ele agora. Eu prometo e juro. Eu faço promessas e imploro - fervorosamente. Para Kate me escolher. Mais tarde dos 90 minutos mais longos da minha vida, a voz de Erin sibila no interfone na minha mesa.

— Atenção! atenção! Na porta! Kate, se aproximando. Eu mergulho na minha mesa, batendo canetas e clipes de papel no chão. Eu empurro minha cadeira para cima, aliso meu cabelo para baixo, e embaralho alguns papéis na mesa, para parecer que estava trabalhando. Então eu respiro fundo. Me acalmo. É hora do jogo. Kate abre a porta e entra. Ela parece... normal. Completamente ela mesma. Sem culpa. Sem ansiedade. Sem uma preocupação no mundo. Ela está na frente da minha mesa. — Oi. — Olá. — Eu me forço a sorrir casualmente. Mesmo que meu coração esteja explodindo no meu peito. Tipo como um cachorro faria - pouco antes de se jogar em cima de você. Eu deveria ficar na minha, não parecer muito ansioso - muito interessado. Mas eu simplesmente não posso me controlar. — Então... Como foram as coisas com Billy? Ela sorri suavemente. — Nós conversamos. Nós falamos algumas coisas que eu acho que os dois precisavam falar. E agora estamos bem. Muito bem, na verdade. Deus. Você pode ver a faca saindo do meu peito? Sim - e ela apenas torceu no meu peito. Eles conversaram - eles estão bem - muito bem. Ela o aceitou de volta. Porra.

— Isso é ótimo, Kate. Missão cumprida, então, né? — Eu deveria ter sido um ator. Eu mereço um prêmio da maldita Academia depois disso. Suas rugas da testa. — Missão? Meu celular toca, me poupando do pesadelo dessa conversa. — Olá? — É Steven. Mas Kate não sabe disso. Eu forço minha voz a soar forte. Energizado. — Olá, Stacey. Sim, querida, eu estou feliz que você ligou. Sempre marcar primeiro. Lembra-se? — Desculpe, eu senti sua falta no sábado. O que eu estava fazendo? Nada de importante - um pequeno projeto. Algo que eu venho tentando fazer há algum tempo. Sim, eu terminei com ele agora. Acabou que não era tão bom quanto eu pensei que seria. Sim, são calculadas as minhas palavras. Sim, eu espero que elas a machuquem. O que você espera que eu diga? É de mim que estamos falando aqui. Você realmente acha que eu iria ficar parado como um idiota, enquanto Kate me dispensava? De jeito nenhum. Eu ignoro a confusão de Steven na outra linha e obrigo meus pulmões a rir. — Hoje à noite? Claro que eu adoraria vê-la. Certo, eu vou levar um táxi. Por que você está me olhando como se eu fosse o filho da puta? Eu dei a Kate tudo o que tenho, tudo o que eu sou capaz. E ela me chutou nos dentes, fodendo comigo. Eu abri minha alma para ela - e eu sei que isso soa viadinho isso. Mas é verdade. Então, não olhe para mim como se eu fosse o cara mau, porque - pela primeira vez - eu não sou.

Eu a amava. Deus, eu a amo pra caralho. E agora, isso está me matando. Eu me sinto como um desses pacientes da Emergência , que tem seu peito aberto por um maldito aparelho de espalhar costela. Com o telefone ainda no meu ouvido, eu finalmente olho para Kate. E por um segundo, eu mal posso respirar. Eu pensei que ela ficaria chateada, talvez desapontada que eu a dispensei primeiro. Mas não é isso que parece. Você já viu alguém levar um tapa? Eu já. Matthew, em nossos anos mais jovens. E Jack, de vez em quando, quando não se move rápido o suficiente, depois de chegar junto forte demais na mulher errada. Quando eles apanham - é exatamente esta expressão. Durava apenas alguns segundos. Seus rostos apenas ficam branco... e branco. Eu acho que é de choque, como se eles não pudessem acreditar no que realmente estava acontecendo com eles. Isso é como Kate parece. Como eu se eu tivesse dado um tapa no seu rosto. Você acha que eu deveria me sentir culpado por isso? Você quer que eu esteja arrasado por isso? Bem, isso é mau. Eu não posso. Eu não vou. Ela tomou sua decisão. Ela fez sua escolha. Agora, ela pode se engasgar com isso. Eu cubro o bocal do telefone. — Desculpe, Kate, eu tenho que resolver isso. Vejo você na hora do almoço, ok? Ela pisca duas vezes. Então se vira e sai do meu escritório sem dizer uma palavra.

Capítulo Dezoito Depois que Kate sai, as coisas ficam... nebulosas. Não é assim que eles sempre descrevem? As vítimas de algum acidente de trem catastrófico? Que naqueles momentos depois tudo parece incerto. Irreal. Digo a Erin que estou doente. Seu sorriso é triste e compassivo. Antes de entrar no elevador, eu olho para o escritório de Kate, com a esperança de vê-la novamente. Apenas para me atormentar. Mas a porta está fechada. Está chovendo lá fora. Uma chuva de inverno. O tipo que encharca suas roupas e dá calafrios de dentro para fora. Isso não me incomoda. Volto para o meu apartamento, entorpecido e confuso. Como um zumbi de algum filme de terror de baixo orçamento que não reage, mesmo quando ele corta seu próprio pé com uma motosserra. Mas quando eu atravesso a porta - quando os meus sentidos relaxam, é quando eu começo a sentir novamente. E sinto Kate. Em todos os lugares. Eu ainda posso ver seus olhos, as pálpebras pesadas com o calor. Eu estou ouvindo seu sussurro no meu ouvido, quando eu caio na cama. Seu aroma cobre meu travesseiro. E eu simplesmente não consigo esquecer o fato

de que ela estava aqui há algumas horas. E eu podia tocá-la , olhá-la e beijála. E agora eu... não posso. É como quando alguém morre. E você não pode acreditar que ele realmente se foi, porque você apenas estava com ele ontem. Ele estava ali com você, ao vivo e era real. E essa é a memória que você segura - o momento em que chora mais. Porque foi o último. Quando isso aconteceu? Isso é o que eu não consigo descobrir. Quando Kate se tornou tão importante para mim, que eu não posso funcionar sem ela? Foi quando eu a vi chorando em seu escritório? Ou a primeira vez que beijei a sua boca? Talvez tenha acontecido quando Anderson a insultou, e eu queria chutar a bunda dele. Foi naquela primeira noite no bar? A primeira vez que eu olhei para aqueles olhos castanhos intermináveis e sabia que tinha que tê-la? Ou foi aqui? No meu apartamento? Em qualquer uma das centenas de vezes que eu a toquei... Deus, por que eu não vi isso mais cedo. Todas essas semanas - todos esses meses - desperdiçados. Todas essas mulheres que eu fodi, cujos rostos eu nem me lembro. Todas as vezes que a irritei, quando eu poderia tê-la feito sorrir. Todos os dias eu poderia apenas tê-la amado. E fazê-la me amar. E agora é tarde.

As mulheres se apaixonam mais rapidamente que os homens. Mais fácil e com mais frequência. Mas quando os caras se apaixonam? Nós ficamos pior do que elas. E quando as coisas vão mal? Quando não somos nós que terminamos? Nós não saímos. Nós rastejamos. Eu não deveria ter dito aquelas coisas. No meu escritório. Kate não merecia isso. Não é culpa dela que ela não me queira como eu a quero. Que ela não sinta, o que eu sinto. Cristo, isso é horrível. Apenas me mate. Onde está uma bala perdida em um tiroteio, quando você precisa de uma? Alguma vez você já se sentiu assim? Alguma vez você não conseguiu algo que significava... tudo para você? Talvez você já tenha pego uma bola de home run quando ela voou por cima da cerca? Ou olhou para uma foto sua de algum doce momento, inesquecível? Talvez a sua mãe lhe deu um anel que pertenceu a avó da sua avó? Seja o que for - você olha para ele e jura que vai mantê-lo para sempre. Porque é especial. Precioso. Insubstituível. E então um dia - você não sabe como ou quando isso aconteceu - você percebe que se foi. Perdido. E você procura por isso. Você daria qualquer coisa para encontrá-lo novamente. Para tê-lo de volta com você, onde deveria sempre estar.

Eu me enrolo no travesseiro. Eu não sei quanto tempo fico assim, mas na próxima vez que abro os olhos e olho para fora da janela, está escuro. O que você acha que eles estão fazendo agora? Celebrando provavelmente. Saindo para jantar. Ou talvez fiquem comemorando dentro de casa. Eu fico olhando para o teto. Sim, isso são lágrimas. É um peso líquido. Vá em frente - me chame de viadinho. Podem me chamar de filho da puta. Eu mereço. E eu não me importo. Não mais. Você acha que ele tem alguma ideia de como ele é sortudo? Como é abençoado? Claro que ele não tem. Ele foi o idiota que a deixou ir. E eu fui o idiota que não pude mantê-la. Talvez eles não durem juntos. Talvez eles vão terminar novamente. Quando Kate descobrir que ela merece melhor. Mas eu acho que não vai fazer diferença para mim, hein? Não depois do que eu disse. Não depois que eu coloquei aquele olhar em seu rosto. Jesus. Eu rolo para fora da cama e saio em direção à lata de lixo. Eu mal chego lá, antes de me dobrar e vomitar, me sentindo miserável. E qualquer coisa que estava no meu estômago já foi. E esse é o momento - de joelhos. Quando eu digo a mim mesmo que estou gripado. Porque isso... este navio quebrado, não pode realmente ser eu. Não para sempre.

Se eu estou doente, então eu posso tomar uma aspirina, dormir um pouco, e eu vou me sentir melhor. Eu vou voltar a ser eu. Eventualmente. Mas se eu admitir que estou esmagado, se eu reconheço que o meu coração foi quebrado em mil cacos, porra... então eu não sei quando vou conseguir me reerguer novamente. Talvez nunca. Assim eu volto para a cama. Para esperar. Até que eu esteja curado da gripe.

Capítulo Dezenove Então é isso. Essa é a minha história. A ascensão. A queda. O fim. E agora - aqui estou eu - neste péssimo restaurante que Alexandra e Matthew me arrastaram, e onde eu acabei de lhes dizer praticamente a mesma história que eu contei para vocês. Quando eu tinha seis anos, eu aprendi a andar de bicicleta. Como todos os filhos, quando tiram as rodinhas, eu caí. Muitas vezes. Toda vez que isso acontecia, Alexandra era a única que estava lá. Ela limpava a poeira, beijava meus arranhões, e me convencia a subir novamente. Então é natural esperar que a minha irmã seja solidária com a minha dor. Gentil. Simpática. O que eu recebo é: — Você é um idiota de merda, você sabe disso, Drew? Aposto que você estava começando a me perguntar por que eu a chamava de cadela, certo? Bem, aqui está. — Desculpe? — Sim, desculpas é exatamente a questão aqui. Você tem alguma ideia da bagunça que você fez? Eu sempre soube que você era mimado e egocêntrico. Inferno, eu fui uma das pessoas que fez você assim. Mas eu nunca pensei que você fosse burro. Huh? — E eu podia jurar que você nasceu com suas bolas.

Eu engasgo com a minha bebida. E Matthew ri. — Estou falando sério. Eu me lembro de mudar sua fralda, e ver esses meninos bonitinhos pendurados lá. O que aconteceu com eles? Será que eles encolheram? Desapareceram? Porque essa é a única razão que eu posso pensar, para explicar por que você iria se comportar como um patético covarde sem bolas. — Jesus Cristo, Alexandra! — Não, eu não acho que nem ele mesmo conseguiria resolver isso. Raiva defensiva se infiltra em meu peito. — Eu realmente não preciso disso agora. Não de você. Eu já estou caído - por que diabos você está me chutando? Ela zomba: — Porque um chute na bunda é exatamente o que você precisa para se levantar. Alguma vez você sequer considerou que quando Kate disse que eles estavam “muito bem”, talvez para ela significasse que eles ficaram

amigos?

Que

tinham

decidido

ser

amigos?

No

sentido

amigavelmente? Se você soubesse metade sobre as mulheres, como você acha que sabe, você iria entender que nenhuma mulher gostaria de terminar um relacionamento de dez anos em uma situação ruim. Isso não faz muito sentido. Por que alguém iria querer ser amigo de alguém que costumava trepar e não pode mais? Qual seria o maldito ponto? — Não. Você está totalmente equivocada. Ela balança a cabeça. — Independentemente disso, se você agisse como um homem, em vez de um garoto ferido, você teria dito a ela como estava se sentido.

Agora ela está me irritando. — Eu pareço um babaca para você? Porque eu não sou. E não há nenhuma maneira que eu saia correndo atrás de alguém, que quer ficar com outra pessoa. Um olhar atravessa o rosto de Alexandra que eu nunca vi antes. Pelo menos, não dirigido a mim. É decepção. — Claro que não, Drew. Por que você deveria perseguir alguém, quando você está tão contente em deixar todo mundo atrás de você? — Que diabos isso quer dizer? — Isso significa que tudo sempre foi fácil para você. Você é bonito, inteligente, você tem uma família que te ama, e mulheres que se enfileiram para você como cordeiros prontas para o sacrifico. E no momento que você tem que lutar por algo que você quer - o momento que você tem que arriscar seu coração por alguém que, finalmente, vale a pena - o que você faz? Você desiste. Você atira primeiro e pergunta depois. Você se enrola em uma bola e chafurda na auto piedade. Ela balança a cabeça levemente, e sua voz suaviza. — Você nem sequer tentou, Drew. Depois de tudo isso. Você apenas... atirou-a para longe. Eu olho para a minha bebida. Minha voz é calma. Com remorso. — Eu sei. Não pense que eu não pensei nisso. Não pense que eu não me arrependi das minhas palavras ou da falta delas. Porque eu me arrependi. Amargamente. — Eu queria... mas agora é tarde demais.

Matthew finalmente fala. — Nunca é tarde demais, cara. O jogo ainda não acabou, ele apenas foi prorrogado. Eu olho para ele. — Delores disse alguma coisa para você? Sobre Kate e Billy? Ele balança a cabeça. — Não sobre eles... mas ela tinha muito a dizer sobre você. — O que você quer dizer? — Quero dizer que Dee te odeia. Ela acha que você é um babaca. Sério, cara, se você estivesse pegando fogo na rua? Eu acho que ela nem cuspiria em você, para não te dar uma gota de liquido. Eu processo essa informação por um minuto. — Talvez ela me odeie, porque eu transei com a noiva de seu primo? — Talvez ela te odeie porque você quebrou o coração de sua melhor amiga? Sim. É um lance dúbio. Nem os juízes chegam a uma conclusão. — Você está apaixonado por Kate, Drew? Meus olhos encontram o de Alexandra. — Sim. — Existe uma chance de que ela se sinta da mesma maneira? — Eu acho que sim. — Quanto mais eu pensava sobre as palavras e ações de Kate naquele fim de semana, mais certo eu ficava de que Kate sentia algo por mim. Algo real e profundo. Pelo menos ela sentia, antes que eu mandasse tudo para o inferno.

— Você quer ficar com ela? — Deus, sim. — Então, se ela voltou com seu ex ou não é irrelevante. A pergunta que você tem que fazer a si mesmo é o que você está disposto a fazer - disposto a arriscar - para conseguir isso? Para recuperá-la. E a minha resposta é simples: tudo. Tudo. Minha garganta está apertada, quando eu confesso: — Eu daria tudo para ter Kate de volta. — Então, pelo amor de Deus, lute por ela! Diga a ela. Quando suas palavras afundam no meu cérebro, Matthew aperta meu ombro. — Em momentos como este, eu sempre me pergunto: 'O que William Wallace13 faria?' — Seus olhos são graves. Agitados. Então, sua voz soa com um sotaque escocês que ele não tem. — Sim... fuja, e você não será rejeitado...mas daqui a alguns anos, você estaria disposto a trocar todos os dias a partir de agora, por uma chance - apenas uma chance - em voltar e dizer a Kate que ela pode arrancar suas bolas e pendurá-las no espelho retrovisor de seu carro, mas ela nunca poderá tomar a... sua liberdade! Alexandra revira os olhos com o discurso de '‘Coração Valente’', e eu realmente dou uma risada. A nuvem negra que estava apoiada sobre os meus ombros durante toda a semana, finalmente, começou a desaparecer. Em seu lugar eu sinto... Esperança. Confiança. Determinação. Todas as coisas que me fazem... ser eu. Todas as coisas que perdi, desde a manhã que assisti Billy Warren cantar.

13

William Wallace é um rebelde escocês, que lidera uma revolta contra o governador inglês Eward Longsharks, que pretende herdar a coroa da escócia para si. O filme Coração Valente conta essa historia, com Mel Gibson no papel de William

Matthew me bate nas costas. — Vá pegá-la, homem. Quero dizer, olhe para você - o que você tem a perder? Ele está certo. Quem precisa de dignidade? Orgulho? Eles são superestimados de qualquer maneira. Quando você não tem nada, você não tem nada a perder. — Eu tenho que ver Kate. Agora. E se ela me acertar com seus punhos? Pelo menos eu vou cair balançando. Se eu for destruído, queimado, e depois ela moer minhas cinzas no chão com seus pés? Que seja. Mas eu tenho que tentar. Porque... Bem, porque ela vale a pena. Quando Alexandra tinha dezesseis anos, meus pais alugaram o Six Flags Great Adventure14 o dia inteiro. Excessivo? Sim. Mas essa é uma das vantagens de uma família privilegiada. Foi incrível. Sem filas, sem multidões. Apenas a nossa família, alguns colegas de trabalho, e cento e cinquenta dos nossos amigos mais próximos. De qualquer forma, havia essa montanha-russa - ' The Mind Bender'. Malditamente insana. Lembra que eu disse que nunca andei na mesma montanha-russa duas vezes? Esta foi a exceção. Matthew, Steven, e eu fomos tantas vezes, até que eu vomitei. Em seguida, subimos novamente e lá estava eu de novo. A primeira subida era desagradável. Uma longa e tortuosa inclinação, que terminava em uma queda vertical de quatrocentos metros - em linha reta de pânico total para baixo. Não importa quantas vezes nós subimos nessa garota malvada - toda vez que 14

Parque temático em New Jersey

subimos a primeira montanha - eu sentia o mesmo. Minhas mãos suavam, meu estômago revirava. Era a combinação perfeita de excitação e medo. E isso é exatamente como me sinto agora. Estão me vendo ali? O cara correndo pela Times Square. Isso apenas com o pensamento em ver Kate novamente... Eu estou animado com isso, eu não vou mentir. Mas eu estou muito nervoso. Porque eu não tenho nenhuma ideia do que está do outro lado da montanha, o que a descida na montanha russa reserva para mim. Nenhuma simpatia por mim, né? Pessoal difícil. Você acha que tive o que mereci? Talvez eu ainda merecesse coisa pior? É um argumento convincente. Eu estraguei tudo. Não há dúvidas sobre isso. Foi uma queda - todos os grandes têm. Mas esses dias acabaram agora. Eu estou fora do banco de reservas, e de volta no jogo. Eu só espero que Kate me dê outra chance com o bastão. Ofegante depois de correr sete quarteirões, eu cumprimento com a cabeça o segurança, e caminho pelo saguão vazio. Eu uso a breve viagem de elevador para recuperar o fôlego e praticar o que eu vou dizer. Então eu chego no quadragésimo andar. São 22:30hs, e há apenas uma luz acesa nessa noite de segunda-feira, e é exatamente na sala de Kate Brooks. E é bem aqui, onde tudo começou. As outras salas estão escuras. É tranquilo, com exceção da música que vem do seu escritório. Eu ando pelo corredor e paro em frente a porta fechada. Então eu a vejo. Através do vidro. Cristo Todo-Poderoso.

Ela está sentada à sua mesa, olhando para a tela do computador. Ela está mordendo o lábio dessa forma que me deixa simplesmente de joelhos. Seu cabelo está puxado para trás, expondo todo seu rosto perfeito. Eu senti saudades de olhar para ela. Você não tem ideia. Parece que... como se eu estive debaixo d'água, prendendo a respiração. E agora eu posso finalmente respirar de novo. Ela olha para cima. E seus olhos encontram os meus. Está vendo como ela olha para mim por alguns segundos a mais do que o necessário? Como a cabeça pende para o lado, e seus olhos estreitam? Como se ela não acreditasse no que está vendo. Ela está surpresa. Em seguida, a expressão de surpresa se transforma em desgosto. Como se acabasse de comer algo podre. E é aí que eu sei. Quando tenho certeza de algo, que você provavelmente já sabia. Que eu sou um completo idiota do caralho. Ela não voltou para Warren. De jeito nenhum. Mas e se ela tivesse? Se o nosso fim de semana não significasse nada para ela? Se eu não significasse nada? Então ela não estaria olhando para mim como se eu fosse um maldito demônio. Ela não estaria afetada. É lógica simples: Se uma mulher está com raiva? Isso significa que ela se importa. Se você está em um relacionamento e a garota sequer ser incomoda em gritar com você? Você está ferrado. A indiferença é beijo da morte de uma mulher. É o equivalente a um homem não estar interessado em sexo. Em ambos os casos - acabou. Você está fodido. Então, se Kate está chateada, é porque eu a machuquei. E a única razão que eu seria capaz de fazer isso, é porque ela queria ficar comigo.

Isso pode parecer um pensamento ilógico, mas é como as coisas funcionam. Confie em mim, eu sei. Eu passei a minha vida agarrando mulheres que eu não sentia nada. Ela fodeu outra cara bem atrás de mim? Bom para ela. Se elas me dissessem que nunca mais queriam me ver de novo? Melhor ainda. Você não pode tirar sangue de pedra. Você não pode conseguir uma reação de alguém que não dá a mínima. Kate, por outro lado, está transbordando de emoção. A raiva, desconfiança, traição - ferve nos seus olhos e brilha em seu rosto. O fato de que ela ainda sente algo por mim - mesmo que ódio - me dá esperança. Porque com isso eu posso trabalhar. Abro a porta de seu escritório e caminho para dentro. Kate olha para seu laptop e bate em algumas teclas. — O que você quer, Drew? — Eu preciso falar com você. Ela não olha para cima. — Eu estou trabalhando. Eu não tenho tempo para você. Eu dou um passo à frente e fecho seu laptop. — Consiga um tempo. Ela atira os olhos em mim. Eles estão duros. Glaciais, como gelo. — Vá para o inferno. Eu sorrio, mesmo que não haja nada remotamente engraçado sobre disso. — Já estive lá. Durante toda a semana. Ela se inclina em sua cadeira, me olhando de cima a baixo. — Isso é certo. Erin nos contou sobre sua doença misteriosa.

— Eu fiquei em casa porque... — A corrida no táxi te cansou? Precisou de alguns dias para se recuperar? Eu balanço minha cabeça. — O que eu disse naquele dia foi um erro. Ela se levanta. — Não O único erro aqui foi o meu. Que pensei que havia algo mais dentro de você. Que realmente permiti acreditar que havia algo... belo, debaixo de todo o seu charme e atitude arrogante. Eu estava errada. Você é oco por dentro. Vazio. Lembra quando eu disse que Kate e eu somos muito parecidos? Nós somos. E não me refiro apenas na cama ou no trabalho. Nós dois temos a incrível capacidade de dizer apenas as coisas certas - para ferir. Para encontrar aquele ponto fraco dentro de cada um de nós, e pregá-lo com uma maldita granada verbal. — Kate, eu... Ela me corta. E a voz dela é dura. Ofegante. — Você sabe, Drew, eu não sou estúpida. Eu não estava esperando uma proposta de casamento. Eu sabia como você era. Mas, você parecia tão... E naquela noite no bar? O jeito que você me olhou. Eu pensei... As pausas nas suas palavras, e eu quero me matar. — ... Eu pensei que significava alguma coisa para você. Eu me aproximo mais, querendo tocá-la. Consolá-la. Pegar todas as minhas palavras de volta. Fazer tudo melhor.

— Você significava. Você significa. Ela balança a cabeça com firmeza. — Certo. É por isso que... — Eu não fiz nada! Não.Houve.Porra.Nenhuma.De.Amasso. Nenhum maldito táxi. Era tudo mentira, Kate. Era Steven no telefone naquele dia, não Stacey. Eu só disse aquelas coisas para que você pensasse que era ela. Ela fica pálida, e eu sei que ela acredita em mim. — Por que... por que você faria isso? Eu travo minha respiração. Minha voz é suave e tensa. Pedindo para ela entender. — Porque... Eu estou apaixonado por você. Eu te amo há muito tempo. Eu não sabia, até a noite de domingo. E então, quando Billy apareceu aqui... Achei que você tinha aceitado ele de volta. E essa porra me esmagou. Doía tanto que eu queria fazer você... se sentir tão mal quando eu estava. Não foi o meu melhor momento, hein? Sim, eu sei - eu sou um idiota. Acredite em mim, eu sei. — Então eu disse aquelas coisas de propósito, para você pensar que não era nada para mim. Que você era apenas outra garota. Mas você não é, Kate. Você não é como ninguém que eu já conheci. Eu quero estar com você... realmente estar com você. Só você. Eu nunca me senti assim com ninguém. E eu sei que soa como um cartão fodido de dia dos namorados, mas é verdade. Eu nunca quis todas essas coisas que eu quero ter, quando estou com você. Ela não fala nada. Ela apenas olha para mim. E eu não aguento mais. Eu coloco minhas mãos em seus ombros, em seus braços. Só para sentir o seu corpo.

Ela endurece, mas não se afasta. Eu levo as minhas mãos para o rosto dela. Meu polegar acaricia suas bochechas e seus lábios. Jesus. Seus olhos fecham com o contato, e o caroço na minha garganta parece que está me estrangulando. — Por favor, Kate, podemos apenas... voltar? Tudo era tão bom antes. Era perfeito. Quero que seja assim novamente. Eu quero muito isso. Eu nunca acreditei em arrependimento. Em culpa. Eu costumava pensar que isso era apenas coisa que as pessoas enfiavam na cabeça. Como medo de altura. Nada que você não possa passar, se tiver determinação. Força. Mas eu nunca tive alguém - machuquei alguém - que significava mais para mim do que... eu. E saber que eu errei por causa do meu medo, da porra da minha estupidez, é apenas... insuportável. Ela bate nas minhas mãos. E dá alguns passos para trás. — Não. Kate pega sua bolsa do chão. — Por quê? — Eu limpo minha garganta. — Por que não? — Você se lembra quando eu comecei a trabalhar aqui? E você me disse que seu pai queria que eu apenas fizesse uma apresentação para “praticar”? Concordo com a cabeça. — Você disse isso porque não queria que eu ficasse com o cliente. Certo? — Isso é verdade.

— E então, naquela noite que nos encontramos com Anderson, você me disse que eu estava empurrando meus seios na cara dele seu rosto, porque... como é que você colocou? Você queria “apenas me provocar”. Sim ou não? Onde ela está indo com isso? — Sim. — E então, na semana passada - depois de tudo - você me fez acreditar que estava conversando com essa mulher, porque você quis me machucar? — Eu fiz isso, mas... — E agora, agora você está me dizendo que está apaixonado por mim? — Eu estou. Ela balança a cabeça suavemente. — E por que diabos eu deveria acreditar em você, Drew? Eu fico lá. Silencioso. Porque eu não tenho nada. Nenhuma defesa. Não há explicações que fariam qualquer diferença real. Não para ela. Ela se vira para ir embora. E eu entro em pânico. — Kate, por favor espere... Eu passo na frente dela. Ela para, mas não olha para mim. Como se eu não estivesse aqui. — Eu sei que fiz merda. Muita. A garota do taxi foi estúpido e cruel. E eu sinto muito. Muito mais, do que você jamais iria imaginar. Mas... você não pode deixar isso arruinar o que poderíamos ter. Ela ri na minha cara. — O que poderíamos ter? O que temos, Drew? Tudo que nós já tivemos foram brigas, concorrência e luxúria...

— Não É mais do que isso. Eu senti isso naquele fim de semana, e eu sei que você sentiu também. O que temos poderia ser... espetacular. Se você apenas me der uma chance. Nos dê, me dê - mais uma chance. Por favor. Você sabe aquela música — não seja orgulhoso demais para implorar — dos Rolling Stones? É o meu novo tema. Seus lábios se apertam. Em seguida, ela se move em torno de mim. Mas eu agarro seu braço. — Me deixe ir, Drew. — Eu não posso. — E eu não me refiro apenas ao braço dela. Ela me empurra longe. — Tente com mais força. Você já fez isso uma vez. Tenho certeza que você pode conseguir novamente. Então ela sai pela porta. E eu não a sigo.

Capítulo Vinte Tudo bem. O que como sabemos, significa que não está nada bem. Você está certo - foi um maldito desastre. Você acha que eu deveria ter ido atrás dela? Bem, você está errado. Você já leu A Arte da Guerra de Sun Tzu? Eu li. É um livro sobre estratégia militar. Um bom general sabe quando atacar. Um grande general sabe quando recuar. Para reagrupar. Eu disse a Kate o que eu precisava. Agora eu tenho que mostrar a ela. Ações ganham guerras. Ações curam feridas. Não palavras. As palavras são baratas. As minhas, em particular, no momento têm o valor de um trocado no bolso. Então... Eu tenho um plano. E o fracasso não é uma opção. Porque isto não é apenas sobre mim, sobre o que eu quero. Não mais. É também sobre o que Kate quer. E ela me quer. Claro, ela está lutando - mas isso está lá. Como sempre esteve. Ninguém nunca vai ser para Kate o que eu posso ser. E - antes de querer arrancar a minha cabeça - eu não estou dizendo isso por causa do meu senso super desenvolvido de confiança. Eu estou dizendo isso porque por trás da raiva, sob a dor... Kate é tão apaixonada por mim, como eu sou por ela. Olhar para ela era como me ver em um maldito espelho.

Então eu não vou desistir. Eu não vou jogar a toalha. Não até nós dois termos o que queremos. Um ao outro. Ei - você sabe o que mais um grande general sabe fazer? Chamar os reservas. Aqui está um fato para você: A maioria dos homens não é multitarefa. É verdade. É por isso que você não vai conseguir muitos caras que fazem um jantar completo para o dia de Ação de Graças. Essa é a razão pela qual as mães de todo o mundo voltam para casa, e se deparam com uma área de desastre, quando deixam seus filhos com o marido por algumas horas. A maioria de nós apenas pode realmente se concentrar em uma coisa de cada vez. A maioria de nós - mas não eu. Antes que eu saia pela da porta do escritório, eu estou com Erin na linha. Não, eu não sou um feitor de escravos. Se você é assistente de um dos mais bem sucedido banqueiros de Nova York, as ligações noturnas fazem parte da descrição do trabalho. Agora que minha cabeça foi removida da minha bunda, depois de uma semana de férias, eu preciso saber se ainda tenho clientes com quem posso trabalhar. Sorte para mim, eu tenho. — Eu espero que você possa conseguir um terceiro rim, Drew. — Erin disse. — Porque, se Matthew, Jack e Steven precisarem de um ao mesmo tempo, você vai ter que entregá-los.

Aparentemente, eles foram os únicos que me cobriram, enquanto eu estava fazendo um buraco permanente no meu sofá. — Consiga uma mesa no Scores para Jack neste fim de semana. Por minha conta. Nada diz tanto obrigado, como uma stripper pré-paga. Quanto a Matthew e Steven - Eu vou precisar pensar sobre isso. Tenho a sensação que bares de strippers são proibidas no lado escuro da força. Após Erin me atualizar sobre meu trabalho, eu digo a ela para limpar a minha agenda e lhe dou uma lista das coisas que preciso para amanhã. Eu tenho um inferno de um dia planejado - mas não tem nada a ver com banco de investimento. No momento em que desligo, eu estou entrando pela porta do meu apartamento. Jesus Cristo. Eu cubro meu nariz com a minha mão. Como diabos eu vivi com esse cheiro por sete dias? Oh, é verdade - eu era um vegetal. Eu dou uma boa olhada em volta. Sacos de lixo alinhados em uma parede. Garrafas vazias estão empilhadas em cima da mesa. Os pratos sujos enchem a pia e o ar cheira com aquele cheiro rançoso, que se infiltra através da abertura do ar condicionado do carro, quando você está preso no trânsito atrás de um caminhão de lixo. Alexandra fez o seu melhor para limpar, mas ainda está um desastre. Mais ou menos como a minha vida no momento, não é? A merda do simbolismo.

Eu caminho até o quarto, onde eu possa realmente respirar pelo nariz. Eu me sento na beirada da cama e olho para o telefone. Lembra-se dos reservas que eu mencionei? Hora de chamá-los. Eu pego o telefone e disco. Uma voz suave me cumprimenta após o segundo toque. A combinação perfeita de força e conforto, e eu respondo de volta. — Oi, mãe. Você pensou que eu estava chamando outra pessoa, não é? No fundo - Eu sou um garoto da mamãe. Eu sou homem o suficiente para admitir isso. E confiem em mim, eu não sou o único. Explica muito, não é mesmo? Essa é a razão pela qual o seu namorado não consegue manter as meias ou roupas íntimas realmente no cesto - porque ele cresceu com a mamãe fazendo isso por ele. É por isso que o seu molho de macarrão é bom, mas não ótimo - porque suas papilas gustativas foram afinadas com o molho da mamãe no domingo. Além disso, você sabe aquela máxima: “Mãe sabe tudo”? Sim, é chato. Mas será que eu preciso dela? Com absoluta e completa certeza. Eu nunca vi minha mãe errando. Sobre qualquer coisa. Então, neste momento, a sua opinião é o meu recurso mais valioso. Eu sei o que você acha que devo fazer para consertar as coisas com Kate, mas eu quero a confirmação de que é realmente a coisa certa a fazer. Este é um território novo para mim. E eu não posso me dar ao luxo de estragar tudo. Novamente. Minha mãe começa a falar sobre a sopa de galinha e compressas frias. Mas eu a corto.

— Mãe - eu não estive doente. Não como você pensa, de qualquer maneira. Com um suspiro, eu mergulho em toda a história sórdida. Uma versão abreviada e sem os detalhes picantes. Eu me senti em um confessionário. Depois que eu descrevi a manhã no meu escritório, onde eu estraguei as coisas com Kate, como um maldito cão - bem, você está certo, onde eu praticamente fodi todo o canil - Minha mãe solta um triste e decepcionado, — Oh, Drew. Meu estômago vira com pesar e decepção. O que eu não daria por uma máquina do tempo. Eu termino a história da minha queda e explico os meus planos para não me foder amanhã. Depois que eu termino, ela fica em silêncio por alguns segundos. E então ela faz a última coisa que eu esperaria que a minha educada e reservada mãe fizesse. Ela ri. — Você é tão parecido com seu pai. Às vezes me pergunto se você tem alguma coisa do meu DNA . Eu realmente nunca vi nenhuma semelhança entre meu pai e eu. Exceto o nosso amor pelo trabalho - a nossa veia para o sucesso. Nós sempre fomos parecidos nesse aspecto. Por outro lado, meu pai é tão certinho como você imagina. Um homem de família fiel e completamente dedicado. Praticamente o oposto de mim em todos os sentidos. — Eu sou?

Ela ainda está rindo. — Um dia eu vou te dizer como o seu pai e eu acabamos realmente juntos na Universidade de Columbia. E vou incluir todos os detalhes sujos que ele nunca quis que você soubesse. Se essa história envolve qualquer coisa de sexo, eu não quero ouvir. Nunca. Eu quero pensar que meus pais tiveram relações sexuais duas vezes em suas vidas inteiras. Uma vez para Alexandra e outra vez para mim. É isso aí. Em algum nível, eu sei que estou me iludindo, mas este é um assunto que eu prefiro viver em negação. — Quanto a você e Kate, imagino que ela vai ficar muito... impressionada com o que você planejou. Eventualmente. Inicialmente, eu acredito que ela vai ficar furiosa. Você deve estar preparado para isso, Drew. Eu estou meio que contando com isso. Lembra-se da linha tênue que Matthew falou? — Eu tenho que te perguntar, porém, querido - você tem certeza? Tem certeza absoluta de que Kate Brooks é a jovem para você? Não apenas como amante, mas como uma amiga, uma companheira, uma parceira? Você precisa estar certo disso, Drew. É errado brincar com os sentimentos de alguém, você precisa me dizer isso. Não há censura em sua voz agora - é o mesmo tom que usava quando eu tinha oito anos, e fui pego lendo o diário de Alexandra. — Eu estou cem por cento de certeza. É Kate ou... nada. Eu ainda estou chocado em como isso é verdade. E, francamente, me cagando de medo.

Quero dizer, mesmo antes de ficar com Kate, meu interesse nas outras mulheres tinha começado a se desvanecer. Drasticamente. E realmente não era porque elas não tinham um bom comportamento. Era porque elas não eram Kate. Se, por alguma catástrofe, Kate não me aceitar de volta, eu simplesmente posso raspar minha cabeça, e passar a viver no Tibet. Eu já vejo os monges me contratando. — Bem, então aqui vai meu conselho: Seja implacável. Inflexível. Absolutamente persistente em sua perseguição. Se a sua confiança oscilar, nem que seja um pouco, Kate vai levar isso como um sinal de que sua afeição também pode vacilar. Você já deu várias razões para ela não acreditar em você, não deixe que suas inseguranças lhe deem mais. Seja doce, Drew. Seja honesto. Aja como o homem que te criei para ser. O homem que eu sei que você é. Eu sorrio. E assim, eu sei - sem dúvida - que de alguma forma, de algum jeito, eu vou fazer isso direito. — Obrigado, mãe. Quando eu estou prestes a dizer adeus, ela acrescenta: — E pelo amor de Deus, assim que esclarecer esta situação, eu quero os dois em casa para o jantar. Eu quero encontrar a mulher que tem o meu filho enrolado em seu dedo. Ela deve ser extraordinária. Uma centena de fotos de Kate saltam de uma vez na minha cabeça... Kate em sua mesa, de óculos. Apenas brilho e determinação. Uma força a ser reconhecida.

Kate rindo com um dos meus comentários inapropriados. Apresentando Matthew a Dee-Dee. Ajudando Steven a sair de uma enrascada. Kate em meus braços - apaixonada e se doando pra caralho. Confiante e aberta. Ela abaixo de mim, acima de mim, à minha volta, combinando nos meus movimentos, gemido com gemido. Eu sorrio mais amplo. — Ela é, mãe. Ela realmente é. Tempo para uma aula de história, crianças. Lá atrás, nos dias antigos, quando dois clãs estavam em guerra, eles enviavam seus nobres para o campo antes de uma batalha,

para tentar

negociar uma resolução pacífica. Se os senhores poderiam acertar um compromisso, então não haveria guerra. Mas se eles não podiam chegar a um acordo - ela vinha. E eu estou falando eixos de batalha da velha escola, flechas, balas de canhão-que-vai-ter-sua-pernas-arrancada-do-seu-corpo, esse tipo. Sim, esta é uma cena em '‘Coração Valente’'. Mas ainda é historicamente preciso. Meu ponto é que, para cada meta, há duas maneiras de se chegar: a maneira mais difícil e a maneira fácil. Os homens naquela época entenderam isso. E eu também É por isso que eu estou do lado de fora do meu prédio, esperando pegar Kate antes que ela entre pela porta. Para estender o ramo de oliveira. Para encontrar uma solução pacífica. Vamos chamar este meu “caminho mais fácil”.

E lá vem ela. Estão vendo? Ali, no final do quarteirão? Aparentemente, eu não sou o único que veio trabalhar hoje pronto para a guerra. Kate definitivamente está com sua armadura. Ela está usando um terninho preto e saltos tão altos, que ela quase alcança o mesmo nível dos meus olhos. Seu cabelo está torcido em um coque apertado, com apenas algumas mechas acariciando seu rosto. Seu queixo está levantado, os olhos são duros, e ela está andando com passos feroz, com um propósito. Malditamente magnífica. Meu batimento cardíaco acelera, e meu pau sobe a meio mastro, mas eu o ignoro. Na verdade, ele está sendo ignorado a alguns maldito milênios, desde que eu não fiz mais nada, mas eu vou entrar nisso mais tarde. Neste momento, o meu foco é totalmente em Kate e meu próximo passo. Eu saio do prédio e a encontro na metade de caminho. — Oi, Kate. Você está especialmente comestível esta manhã. Eu sorrio, e lhe ofereço uma flor lilás. Ela não pega. Ao contrário, ela esbarra em mim, sem uma palavra. Eu recuo, e depois estou na frente dela. — Bom dia, Kate. Ela tenta me contornar, mas eu a bloqueio E sorrio. Não posso evitar. — O quê? Você não está falando comigo? Você realmente acha que isso é viável, considerando que trabalhamos juntos?

Sua voz é reta e ensaiada, como um robô. — Claro que não, Sr. Evans. Se você tem algum trabalho para discutir comigo, eu ficaria feliz em conversar com você. Mas se não for em relação ao trabalho, então, eu realmente prefiro... — Sr. Evans? — Eu não penso assim. — Isso é como uma brincadeirinha bizarra para apimentar? Eu sou o chefe malvado e você é a secretária sexy? Sua mandíbula cerra, e ela aperta a mão em sua pasta. — Ou você pode ser a chefe, se você quiser. E eu poderia ser o assistente submisso que precisa ser punido. Eu definitivamente poderia entrar nessa coisa dominatrix. Ela faz um som de desgosto. E vai embora. Eu facilmente a alcanço. — Não, espere, Kate. Estou brincando. Era uma piada. Por favor, aguarde. Eu realmente preciso falar com você. Sua voz é nitidamente irritada. — O que você quer? Eu sorrio e estendo a flor novamente. — Quer jantar comigo no sábado? Sua testa enruga. — Você está tomando algum tipo de medicamento que eu não estou ciente? — Por que você pergunta? — Eu não fui suficientemente clara ontem à noite? Por que você acha que eu sequer consideraria sair com você de novo?

Eu dou de ombros. — Eu estava esperando que estivesse com um humor melhor esta manhã. Que talvez depois de uma boa noite de sono, você percebesse que ainda... gosta de mim. Ela bufa. — Não segure a respiração por isso. Ela dá um passo. Em seguida, para e olha em minha direção. — Não, pensando bem, fale. Eu mantenho o ritmo ao lado dela enquanto ela continua em direção ao prédio. Eu tenho dois minutos aqui, talvez menos. Eu falo rápido. — Sério, Kate, eu estive pensando... — Será que as maravilhas nunca cessam. — Ela sempre foi tão espertalhona? — Eu quero começar de novo. Fazer as coisas direito dessa vez. Eu quero levá-la em um encontro. Para lhe dizer todas as coisas que eu deveria ter dito antes. Sobre o quão incrível eu acho que você é. Como você é importante para mim. Oh, e eu nunca vou mentir para você novamente. Nunca. Eu realmente quero dizer isso. Daqui a dez anos, se Kate me perguntar se um determinado jeans deixa sua bunda gorda - e ele deixar? Vou segurar a minha vida em minhas mãos e dizer sim. Eu juro.

Ela olha para a frente, enquanto responde: — Obrigada pela oferta, mas não, obrigada. Sair com você para me sentir estúpida e usada realmente não está no topo da minha lista de coisas a fazer esta semana. Estive lá, fiz isso. Não estou a procura de uma repetição. Eu seguro seu cotovelo delicadamente e a viro em minha direção. Eu tento enfrentar seus olhos, mas ela se recusa a olhar para os meus. Minha voz é baixa. E sincera. — Kate... Eu entrei em pânico. Eu fiquei com medo, e eu estraguei tudo. Isso nunca vai acontecer de novo. Eu aprendo com os meus erros. — Que coincidência. — Ela me olha de cima a baixo de forma significativa. — Assim como eu. Em seguida, ela vai embora. E eu solto um grande suspiro. Ok. Caminho difícil. Por que não estou surpreso?

Capítulo Vinte e Um Quando Kate abre a porta para entrar no prédio, estou bem atrás dela. Assim que ela cruza o limiar, a música começa. E ela detém imediatamente os passos acelerados, chocada. Eles se chamam de Banda de Três homens. Eles são músicos trovadores. Literalmente. O vocalista tem um violão pendurado em uma alça sobre seus ombros e um microfone ligado ao seu peito. O baterista tem um conjunto de seis peças dispostas na sua frente - como uma criança em uma banda, mas muito mais maneiro. O último cara tem uma guitarra combinada com um teclado, e está pendurado na sua cintura. Não é realmente tão brega quanto parece. Eles são bons. Como uma daquelas bandas cover que tocam na costa de Jersey, no verão. E eles estão tocando “Preso á Você”, do .38 Special. Kate sussurra para mim através de seus dentes — Que diabos é isso? Eu dou de ombros. — Bem, eu não sei tocar guitarra. E eu não posso cantar. Então... Eu sei o que você está pensando. Música, Drew? Esse é o grande plano? Billy já não tentou isso? Sim, Warren tentou esta estratégia e falhou. Mas isso será diferente. Melhor.

Mais longo. A Banda de Três Homem é móvel. O que significa que pode - e vai seguir Kate durante todo o dia. A Serenata que preparei não será de apenas uma musica, mas dezenas de músicas cuidadosamente escolhidas. E não - isso não é todo o plano. Este é apenas o primeiro passo. Há mais. — Eu te odeio. Não, ela não odeia. Eu deslizo minha flor recusada atrás da sua orelha. — Preste atenção nas palavras, Kate. O cantor canta sobre um homem de joelhos, que está tão apaixonado que ele quer mudar, ser melhor - muito melhor. Por ela, para ela. Kate rasga a flor de seu cabelo e ela cai no chão. Então, ela me empurra, atravessando em direção ao elevador e entra. E a 'Banda de três homens — em volta dela. Ainda tocando. Ela parece horrorizada, não é? À medida que as portas se fecham, eu quase me sinto mal. Quase. Eu pego o próximo elevador até o quadragésimo andar. Até então, os sons de “Angel” do Aerosmith enchem o ar. Aparentemente, Kate barrou a Banda de Três homens do seu escritório. Então, eles estão do lado de fora da sua porta fechada. Eu paro na mesa de Erin. Ela me dá o meu café. — Boa música.

— Obrigado. Tudo pronto? — Trancado e carregado, chefe. — Então ela estala os dedos. —Oh, e eu trouxe isso para você. — Ela me dá uma caixa de tamanho médio cheio de DVDs. Dentro estão 'E o Vento Levou', ‘Digam o Que Quiserem' 'A Bela e a Fera', 'Casablanca', 'Titanic', e... O Diário de uma Paixão. — O que é isso? — Pesquisa. Para você. Eu achei que você poderia precisar disso. Eu sorrio. — O que eu faria sem você, Erin? — Passar o resto de sua vida miserável e sozinho? Ela não está longe da verdade. — Pode tirar uma semana de férias, ok? Eu levo minha caixa de guloseimas ao meu escritório, e me preparo para a fase dois. Flores. Muitas mulheres dizem que não querem. Mas toda mulher fica feliz quando ganha. É por isso que eu marquei as entregas ao escritório de Kate, de hora em hora. Sete dúzias de cada vez. Isso é uma dúzia para cada dia que estávamos separados. Romântico, não é? Eu também pensava assim. E embora eu saiba que as flores favoritas de Kate são as margaridas brancas, eu disse especificamente a floricultura para evitá-las. Em vez disso, optei por espécies exóticas - bouquets com pétalas coloridas e formas

estranhas. Os tipos de flores que Kate provavelmente nunca viu em sua vida, de lugares que ela nunca foi. Lugares que eu quero levá-la. No começo eu mantive bilhetes simples e casuais. Dê uma olhada: Kate, Sinto muito. Drew

Kate, Deixe-me fazer isso por você. Drew

Kate, Estou com saudades. Por favor, me perdoe. Drew. Mas depois de algumas horas, eu optei em intensificar as palavras. Ser mais criativo. O que você acha? Kate, Você está me transformando em um perseguidor. Drew

Kate, Saia comigo no sábado e eu vou te dar todos os meus clientes. Cada. Um. Deles. Drew

Kate, Se eu me jogar na frente de um ônibus, você vem me visitar no hospital? Drew PS - Tente não se sentir muito culpada, se eu não sobreviver. Realmente. Esse último lote foi entregue há 45 minutos atrás. Agora eu estou sentado na minha mesa, esperando. Esperando o quê, você pergunta? Você vai ver. Kate pode ser teimosa, mas ela não é feita de pedra. A porta do meu escritório abre com força, deixando um buraco no drywall. Aqui vamos nós. — Você está me deixando louca! Suas bochechas estão ruborizadas, a sua respiração rápida, e ela tem um olhar assassino em seu rosto. Linda.

Eu levanto minhas sobrancelhas, esperançoso. — Louca? Como querendo rasgar a minha camisa de novo? — Não. Louca como se tivesse uma coceira por infecção por fungos que simplesmente não vai embora. Eu recuo. Não posso evitar. Quero dizer - Cristo. Kate caminha em direção a minha mesa. — Estou tentando trabalhar. Preciso me concentrar. E você trouxe Manny, Moe e Jack para cantar cada música cafona já escrita nos anos oitenta, do lado de fora do meu escritório! — Cafona? Sério? Huh. Eu tinha ligado você a uma garota típica dos anos 80. Bem, vivendo e aprendendo. — Estou falando sério, Drew. Este é um lugar de trabalho, eu não posso ser a única que esse barulho está incomodando. Bom. Estamos de volta a Drew. Isso é um progresso. E, quanto a perturbar o resto do pessoal? Eu pensei nisso. Falei com a maioria das pessoas neste andar e lhes dei uma ideia geral sobre o entretenimento durante o dia. Eles não se importaram. — Estou falando muito sério, Kate. Você não deveria estar trabalhando. Você deveria estar ouvindo. Eu escolhi esta lista sozinho. É o meu grande gesto. Para te mostrar como eu me sinto. — Eu não dou a mínima para o que você sente! — Bem, isso é duro.

Ela cruza os braços, e bate os pés no chão. — Você sabe, eu não queria fazer isso, mas você não me deixou escolha. Você é obviamente muito imaturo para lidar com isso como um adulto. Então... Eu vou falar com o seu pai. Certo. Ela é a única que vai correr para contar ao papai sobre mim, e eu que estou sendo imaturo. Claro. E eu já tinha calculado isso também. — Meu pai está na Califórnia pelas próximas duas semanas. Eu não estou muito preocupado com o que ele poderia fazer comigo via telefone. — Ela abre a boca para tentar de novo, mas eu continuo. — Você poderia tentar falar com Frank. Mas ele está nos Hamptons, naquele campo de golfe que o Trump abriu no último ano. George está em seu escritório. — Ela se vira, mas as minhas próximas palavras a fazem parar. — Eu devo avisá-la antes, infelizmente... ele tem um ponto fraco com os gestos românticos. Eu não ficaria esperançosa se eu fosse você. E ele ainda é o meu padrinho. Ela olha para mim um minuto. Ela está tentando pensar em uma resposta. Estou tranquilo. Já limpei todos os objetos pesados da minha mesa. Você sabe, aqueles que ela provavelmente quer lançar na minha cabeça agora mesmo. — Você não pode fazer isso. Isso é assédio sexual. Eu me levanto e inclino sobre a minha mesa. — Me processe.

Sua boca se abre para vomitar o que eu tenho certeza que vai ser um discurso de proporções vulcânicas. Mas eu a corto. E minha voz é calma. Racional. — Ou, você pode evitar todo esse problema, e apenas sair comigo no sábado. Um encontro. Uma noite, e tudo isso vai parar. Depois disso, se você ainda não quiser nada comigo, eu vou deixá-la sozinho. Palavra de escoteiro. Tecnicamente, isso não é uma mentira. Nós já estabelecemos que eu nunca fui escoteiro. Brechas na lei, lembra? Seu rosto se contorce em uma máscara de desgosto. — Absolutamente não. Eu não vou ser chantageada para sair com você. Eu me sento de volta na minha cadeira. — Essa é uma escolha forte. Uma decisão feminista, uma que a mulher dentro de você está rugindo no meu ouvido. Eu estou orgulhoso de você, Kate. Seus olhos se estreitam, desconfiada. Garota inteligente. — Além disso, eu mal posso esperar para você ver o que planejei para amanhã. No entanto, eu não marcaria nenhuma reunião. Pode ficar muito alto. Sua voz se eleva com cada palavra. Como o trovão de uma tempestade que está se aproximando. — Você é um manipulador vingativo, infantil, idiota! — Eu estou tentando não ser. Ela contorna a minha mesa, e eu me levanto para enfrenta-la. — Um egoísta egocêntrico, um egoísta filho da puta!

— Eu sei. Ela me bate no peito com os dois punhos. Doi. — Eu queria nunca ter conhecido você naquele clube estúpido! Doi. — Eu queria nunca ter conseguido este trabalho! Doi. — Eu queria nunca ter te conhecido! Eu lhe agarro os pulsos e a puxo para perto. Agora, aqui é quando geralmente começaríamos a nos beijar. Estava ansioso para essa parte? Desculpe. Não vai acontecer. Porque isto não é apenas sobre mim e minha fúria. Não mais. E eu tenho que provar isso a Kate. Então eu a seguro. Mas não pense que é fácil, porque não é. Não há nada que eu queira mais do que moldar a minha boca na dela e lembrá-la de como era bom entre nós. Como pode ser ainda tão bom. Eu me inclino e descanso minha testa contra a dela. Ela fecha os olhos. Eu escovo meu nariz contra o dela e inalo, necessitando sentir seu aroma. Ela cheira ainda melhor do que eu me lembro. Como biscoitos quentes na porra do Jardim do Éden. E então eu sussurro — Me desculpe, eu te machuquei. Eu não quis dizer nada daquilo. Nem uma só maldita palavra. Por favor, acredite nisso.

Kate abre os olhos. Há surpresa naquela beleza marrom. E medo, como um cervo que acabou de sentir o cheiro de um caçador. Porque ela quer acreditar em mim. E ela sabe que eu sei disso. Então ela pisca. E seus olhos ficam duros. É difícil dizer se ela está mais chateada com ela ou comigo. Provavelmente comigo. Ela empurra meu peito, e eu caio de volta na minha cadeira. — Foda-se! Ela contorna a minha mesa, e caminha em direção a porta. — Aqui? Agora? — Eu olho para o teto, enquanto eu pareço debater essa perspectiva. — Bem... tudo bem. Mas seja gentil. Meu sofá é virgem. Eu solto a minha gravata e começo a desabotoar minha camisa. Ela gagueja. Em seguida, ela aponta o dedo para mim e praticamente rosna. Sim - ela está muito gostosa. — Ugh! — Então ela sai do meu escritório. Ela para em frente a Banda de Três homens, que já estava esperando do lado de fora. — E não me sigam! Quando ela desaparece no corredor, o vocalista olha para mim. Aceno com a cabeça. E eles seguem os passos de Kate, cantando “Heat of the Moment”, de Ásia. Hey - qual é o problema? Você parece preocupado. Não fique. Eu sei o que estou fazendo. É tudo parte do plano.

Capítulo Vinte e Dois Eu aposto que você não sabia disso, mas muitos caras têm uma coisa com Ariel. Você sabe, A Pequena Sereia? No meu caso, eu nunca tive isso, mas eu posso entender a atração: ela preenche muito bem suas conchas, ela é ruiva, e passa a maior parte do filme incapaz de falar. Com esse esclarecimento necessário, eu não estou muito perturbado com minha semi-ereção, enquanto assisto A Bela e a Fera - parte da lição de casa que Erin me deu. Eu gosto de Bela. Ela é quente. Bem... para um desenho animado, de qualquer maneira. Ela me lembra Kate. Ela é cheia de ideias. Inteligente. E ela não aceita nenhuma merda daquele babaca com os braços assustadoramente grandes. Eu fico olhando para a televisão quando Bela se inclina para alimentar um pássaro. Então, eu me inclino para a frente, na esperança de olhar o seu decote... Eu vou para o inferno, não é? Eu não posso evitar. Estou desesperada. Frustrado. Com tesão. Eu disse que ia falar sobre isso mais tarde, lembra? Bem, agora é mais tarde. Eu me sinto como uma lata de refrigerante sacudida que está prestes a explodir. Eu sei que o meu recorde anterior é de 12 dias - mas isso é diferente. Pior.

Eu tenho ignorado meu pau. Completamente. Eu nem sequer me masturbei. Nem uma vez. Em nove malditos dias. Eu acho que o acúmulo de sêmen está começando a afetar meu cérebro. Como o açúcar para um diabético. Por que eu não usei a mão que Deus me deu, você pergunta? É uma nova regra. Minha própria penitência auto imposta por minha estupidez. Eu me recuso a gozar até Kate estar comigo. Parecia uma boa ideia ontem. Mas depois de vê-la hoje, eu tenho certeza que essa espera vai me matar. Não revire os olhos. Você não entende. A menos que você seja um cara, você não pode. Você não tem ideia do quão importante é a regular gratificação sexual para nós. É crucial. Vital. Vou explicar. Em 2004, UCLA realizou uma pesquisa para determinar a porcentagem das mulheres que valorizam a relação sexual em comparação com as outras atividades diárias. Você sabe o que eles descobriram? Oito em cada dez - que é oitenta por cento - disse que se for dada uma escolha entre sexo ou dormir, eles escolheriam o sono. Nesse mesmo ano, NYU realizou seu próprio estudo. Com ratos. Eles implantaram eletrodos nos cérebros de ratos machos e colocaram dois botões nas suas gaiolas. Quando os bastardos sortudos apertavam o botão azul, os eletrodos provocavam um orgasmo. Quando apertavam um botão vermelho, eles recebiam alimentos.

Tentem adivinhar o que aconteceu com todos os ratos? Eles morreram. Os filhos da puta morreram de fome. Eles nunca apertavam o botão vermelho. Preciso dizer mais? Enfim, aqui estou eu. Preso em minha própria pequena gaiola, com nenhum maldito botão azul. Mas... Talvez eu possa conseguir a próxima coisa melhor. Faço uma pausa no filme. Então eu pego o telefone e ligo. — Alô? — Sua voz está sonolenta. Rouca. — Oi, Kate. — Drew? Como... como você conseguiu o número da minha casa? — Eu olhei no seu arquivo pessoal. Sim, essas coisas devem ser confidenciais, mas eu pedi um favor. Eu jogo para ganhar. Nunca disse que jogaria limpo. Eu encosto no sofá, enquanto imagens de Kate na cama dançam na minha cabeça. — Então... o que você está vestindo? Clique. Isso é bom. Eu ligo novamente.

— Olá. — Você estava pensando em mim antes que eu ligasse, não estava? Clique. Eu sorrio. E ligo novamente. — O quê foi? — Apenas no caso de você estar se perguntando, eu ainda tenho. — Você ainda tem o quê? — Sua peça íntima. Aquela de renda preta. Ela está na minha gaveta. Às vezes eu durmo com ela debaixo do meu travesseiro. Doente? Possivelmente. — Você precisa guardar os troféus de todas as suas vítimas? Isso é muito serial killer para você. — Não, não de todas. Só a sua. — Eu deveria estar lisonjeada? Enjoada definiria melhor. —E u estava esperando que pudéssemos acrescentar uma outra para a coleção. Clique. Agora, isso está começando a ficar ridículo. Eu ligo novamente. — O que. Você. Quer? Você.

E eu. Encalhados em um resort de luxo em alguma ilha deserta, por cerca de uma semana. — Não desligue. Vou continuar ligando de volta. — Então eu vou tirar o telefone do gancho. O desafio em sua voz acelera minha excitação ao comprimento máximo. Eu disse uma semana? Eu quis dizer um mês. Pelo menos. — Então eu vou até ai. Vou me plantar na sua porta e começar a gritar. Isso não vai tornar você muito popular com os vizinhos. Por alguns segundos, ela não fala. Já passou da meia-noite. Ela provavelmente está se perguntando se eu estou falando sério. Eu estou. Em seguida, ela bufa — Tudo bem. Eu vou ficar no telefone. Você realmente tem algum motivo para me ligar, ou você só quer me irritar – mais. Eu lhe digo a mais pura verdade, nua e crua. — Eu apenas queria ouvir sua voz. Até pouco tempo atrás, eu poderia parar no escritório de Kate, sempre que eu quisesse. Eu poderia falar com ela. Olhar para ela. Escutá-la. Eu sinto falta disso. Muito. — O que você está fazendo? — Eu pergunto. — Trabalhando.

— Eu também. Mais ou menos. O que você está trabalhando? — A proposta para um novo cliente. Jeffrey Davies. — O milionário? Ele não é... louco? — Sim, ele é muito excêntrico. Ouvi dizer que ele é um maldito maluco. Como um daqueles fãs fanáticos de Jornada nas Estrelas, que conhecem a língua Klingon15 ou alteram cirurgicamente suas orelhas para parecer o Sr. Spock. — No que ele está interessado? — Tecnologia. Prolongamento da vida com a pesquisa científica, para ser exato. Sua voz é confortável agora. Normal. Quase amigável. — Eu tenho alguns contatos em criogenia. Eu poderia conseguir isso para você. Devemos discutir o assunto durante o jantar no sábado. — Você está tentando me subornar? — Você prefere café da manhã? O almoço funciona para mim também. Neste ponto, eu me contentaria com um lanche leve ao meio-dia. Ela bufa. Não é uma risada, mas é perto. — Esqueça esse assunto, Drew. Eu sorrio, mesmo que ela não possa ver. — Isso não vai acontecer. Eu posso continuar assim para sempre. Eu tenho uma resistência incrível - mas você já sabe disso. — Eu tenho que desligar de novo? 15

“Raça” alienígena, criada na serie de ficção Jornada nas Estrelas

Eu lamento: — Não. Eu vou ser bonzinho. Eu deito de lado. Meu apartamento ainda está com as luzes apagadas. Isso soa... íntimo. Como uma dessas conversas de fim de noite, que você teve na época da escola debaixo das cobertas, porque você não deveria ainda estar no telefone. — Então, quais são os seus planos para o Natal? Há um sorriso em sua voz quando ela responde. — Minha mãe vem me visitar. Dee-Dee estará aqui também, por isso vamos nos reunir para o jantar de Natal. E o contrato do meu apartamento é até o próximo mês, então eu planejo procurar outro apartamento enquanto mamãe está aqui. Eu estou esperando que Nova York a impressione. Talvez eu encontre um lugar que a seduza a ficar aqui comigo. — E Warren? Ele ainda está na casa de Delores? Não quero ataques furtivos agora, não é mesmo? A raiva está de volta em sua voz quando ela me diz: — Não que isso seja da sua conta, mas Billy se mudou para Los Angeles há três dias. Bem, isso apenas me faz querer levantar e fazer uma dança feliz na mesa da sala de jantar? — Vocês ainda... se falam? — Ele vai me enviar um e-mail assim que estiver se estabelecido lá. Me avisar como as coisas estão indo. — Kate... o que aconteceu entre vocês dois, naquele dia em seu escritório?

Eu deveria ter tido a coragem de ouvi-la naquele dia. Eu deveria ter perguntado isso na hora. Na época, eu pensei que seria mais fácil fingir que eu não me importava, do que ouvi-la dizer que ela o tinha aceitado de volta . Eu estava errado. Ela parece triste quando responde. E cansada. — Nós conversamos, Drew. Eu disse a ele que o amava, que uma parte de mim sempre o faria. Eu disse que sabia que ele me amava também. Mas que não estávamos mais... apaixonados. Não do jeito que seria certo estar... e isso vinha acontecendo há muito tempo. Demorou um pouco, mas finalmente Billy concordou comigo. E — ela sopra um suspiro irritado — eu nem sei porque estou lhe dizendo essas coisas. — Nós dois ficamos em silêncio por um momento. E então eu não posso evitar. — Eu estou apaixonado por você, Kate. Ela fica em silencio. Ela não responde. E o meu peito aperta, porque eu sei porquê. — Você não acredita em mim, não é? — Eu acho que você é um excelente mentiroso, quando você quer ser, Drew. Ouch. Então, isso é o que se sente ao colher o que se planta, hein? É uma merda. Mas minha voz é firme. Determinada e sem um maldito vacilo. — Eu não estou mentindo para você agora, Kate. Mas está tudo bem. Faça o que você precisa fazer. Me amaldiçoe, grite comigo - coloque tudo para fora de seu

sistema. Eu posso aguentar. Porque quanto mais você tentar me afastar para longe, mais duro eu vou lutar para provar a você que isso é real. Que eu não vou a lugar nenhum e que o que eu sinto por você não vai mudar. E então um dia - talvez não tão cedo, mas um dia – eu vou dizer a você, Kate Brooks, que você é o amor da minha vida, e você não vai ter qualquer dúvida de que é verdade. Depois de um minuto, Kate limpa a garganta. — Eu devo ir. É tarde. E eu tenho um monte de trabalho para terminar. — Sim. Tudo bem. Eu também. — Boa noite, Drew. Eu sorrio. — Poderia ser. Mas você não está aqui do meu lado. Ela ri em seguida. É rápido e abafado, mas é genuíno. E eu tenho certeza que é o melhor som que eu já ouvi. — Bons sonhos, Kate. Você sabe, os especiais, com nós dois juntos neles. Nus. Clique.

Capítulo Vinte e Três O jogo mais importante na carreira de um lançador no beisebol não é sua estreia. É a sua segunda lançada. A segunda exibição. Ele tem que provar que é consistente. Confiável. Hoje é o meu jogo é a segunda lançada. O dia em que mostrarei a Kate que ela não irá se livrar de mim, e que eu sou um baita de um lançador. Eu comecei com algo simples. Elegante. Algo menos jogado-na-sua-cara do que a Banda de Três Homens. Afinal, nem sempre você precisa soltar uma bomba nuclear para vencer a guerra. Eu enchi o escritório de Kate de balões. Mil deles espalhados pela sala. Cada um impresso com 'Sinto muito'. Demais? Eu não penso assim. Então eu mandei algo ser entregue na sua sala. Da Tiffany. Uma pequena caixa azul com um bilhete: Você já tem o meu. Drew Dentro da caixa, há uma corrente de platina, com um pingente de coração de diamante de dois quilates, sem mais entalhe.

Romântico? Claro que é. Mas as mulheres adoram essas merdas sentimentais assim. Pelo menos de acordo com os filmes que eu fiquei acordado até as três horas da manhã assistindo, para ver a porcaria que eles fazem. Eu estou esperando que isso tire Kate do chão. Acerte direto na sua bunda - e eu tenho certeza que eu não tenho que lhe dizer o quanto eu gosto dela nessa posição. Brincadeirinha. Mais ou menos. Além disso, tenho a sensação de Kate não está acostumada a receber muitos presentes, pelo menos não desse calibre. E ela deveria estar. Ela merece ser mimada. Ter coisas boas. Coisas bonitas. Coisas que a merda do seu exnamorado não podia pagar e provavelmente não teria pensado em dar a ela. Coisas que eu posso. E quero. Eu queria estar lá quando ela abrisse. Para ver a expressão em seu rosto. Mas eu tenho uma reunião. — Andrew Evans. Ainda tão bonito como o próprio diabo. Como você está, meu garoto? Veja aquela mulher me abraçando no meu escritório? Sim, a ruiva de olhos azuis, uma senhora que ainda é um nocaute, mesmo na casa dos cinquenta anos? Ela era minha professora da sexta série. Naquela época, sua pele era tão suave e cremosa como seu sotaque irlandês. E ela tinha um corpo que implorava para o pecado. Montes e montes de pecado.

Ela foi minha primeira paixão. A primeira mulher que me masturbei pensando em sua imagem. Minha primeira Sra. Robinson, a fantasia perfeita da mulher mais velha. Irmã Mary Beatrice Dugan. Sim, você ouviu direito - ela é uma freira. Mas não qualquer freira, crianças. Irmã Beatrice era uma NPPF16. Eu não preciso soletrar isso para você, preciso? Naqueles dias, era a freira mais jovem que qualquer um de nós já havia posto os olhos - ao contrário das amargas bruxas velhas vestidas de preto, que pareciam ter idade suficiente para realmente estar ao lado de Jesus quando ele estava vivo. O fato de que ela era uma mulher de Deus - proibida - e em uma posição de poder sobre nós garotos católicos impertinentes, apenas tornou tudo muito mais erótico. Ela poderia ter me batido com a régua a qualquer hora. E eu não era o único que pensava assim. Basta perguntar a Matthew. Quando tinha treze anos, Estelle notou que Matthew estava trêmulo quando entrou na sala. Ela o arrastou reclamando e gemendo ao médico, onde foi diagnosticado com SIP. Apenas a merda de uma Síndrome de Irritação no Pênis. O médico disse a Estelle que isso foi causado por ficar com a sunga molhada por muito tempo. E ela acreditou nele. Mesmo que fosse novembro. E o pau de Matthew estava bem ferido, tudo bem, mas não foi por causa da porra de uma sunga. 16

Nerd Perfeita para Foder

Foi por causa da irmã Beatrice. — Você está tão deslumbrante como sempre, Irmã B. Você não decidiu ainda deixar a ordem? Eu não vou à igreja. Não mais. Eu sou um monte de coisas, mas hipócrita realmente não é uma delas. Se você não está pretendendo jogar respeitando as regras, você não tem motivo para aparecer nas reuniões da equipe. Ao longo dos anos, no entanto, tenho mantido contato com a irmã Beatrice. Ela atualmente é a diretora em Santa Maria, e minha família sempre doou generosamente. Ela toca meu rosto. — Garoto insolente. Eu pisco. — Vamos, irmã, sejamos justo. Deus já te teve por quanto tempo? Trinta anos? Você não acha que é hora de dar ao resto de nós uma chance? Ela balança a cabeça e sorri. — Ah, Andrew, seus encantos tentariam a virtude de um santo. Eu lhe entrego uma xícara de chá, e nós nos sentamos no meu sofá puro. — Fiquei surpresa com o telefonema. E mais do que um pouco curiosa. Que buraco você cavou para si, meu filho? Liguei para ela ontem. E disse que precisava de sua ajuda. — Eu tenho uma amiga, e eu gostaria de falar com você sobre ela. Seus olhos brilham. — É assim que falam hoje, uma amiga? Eu sorrio. — Sim. Katherine Brooks.

— Você sempre foi o único a beijar as moças e fazê-las chorar. E sobre o que você gostaria de me falar sobre a Srta. Katherine? Você ainda não formou uma família, não é? — Cristo, não. Ela levanta a sobrancelha para mim. — Desculpe. Ela acena com a cabeça, e eu sigo em frente. — Eu estava esperando que você pudesse conversar com ela... perdão. Segundas chances. Redenção. Ela toma um gole de chá e parece pensativa. — Errar é humano, perdoar é divino. Exatamente. Eu pensei em mandar Matthew ou Steven para conversar com Kate sobre mim. Mas eles são muito tendenciosos. Kate nunca iria comprá-los. E antes que você pergunte - não - eu nunca iria enviar a cadela. Muito arriscado. Quando se trata de persuasão, o estilo da minha irmã é como um leão de estimação. Doce e brincalhão em um minuto, mas se você fizer o movimento errado? Ela vai rasgar seu maldito rosto. Irmã Beatriz é uma mulher religiosa. Séria. Honesta. Se alguém pode convencer Kate de que os homens - que eu - sou capaz de mudar, é ela. O fato de que ela me adora, quase tanto quando a mulher que me deu à luz não atrapalha. — E quem esta moça precisa perdoar? Eu levanto minha mão. — Na verdade seria eu. — Jogando a última carta da manga, não é?

Eu dou de ombros de forma afirmativa. — E eu tenho pensado em tudo o que eu posso fazer para compensar isso - até tatuar o nome dela na minha bunda e estender seu nome pelo Estádio Yankee. Eu estava guardando isso para a próxima semana. — Os homens geralmente querem o que não podem ter, Andrew. Eu gosto de pensar que você não é esse tipo de homem. Então, se eu falar com a jovem e convencê-la a confiar em você do fundo do seu coração novamente, o que você pretende fazer com isso? Eu olho em seus olhos azul-celeste. E falo sem a menor sombra de dúvida: — Eu vou amá-la. Eu farei qualquer coisa que puder, para fazê-la feliz. Por quanto tempo ela me permitir. Um lento sorriso se espalha pelo rosto de Irmã Beatriz. — E dizem que milagres não acontecem mais. — Ela coloca seu copo na mesa e se levanta. — Parece que eu tenho uma obra divina para fazer. Onde você está escondendo essa querida garota? Será que ela está me esperando? — Eu tomei a liberdade de falar com a secretária de Kate. Ela está esperando alguém. Ela só não sabe que é você. Ela ri. — Você não acha que isso vai irrita-la um pouco? — Provavelmente. Mas ela não vai lançar isso em você. Ela vai guardar toda a irritação para mim. Nós caminhamos até a porta. — Você já tentou orar, Andrew? A oração é uma coisa poderosa.

— Eu acho que suas orações são um pouco mais poderosas do que as minhas nesses dias. Ela sorri e toca meu rosto, como uma mãe faria. — Nós somos todos pecadores, meu rapaz. Alguns de nós apenas se divertem mais do que outros. Eu estava rindo, quando abri a porta. E então o meu sorriso desliza do meu rosto, quando eu olho para trás de Erin. Ela está em pé na frente do meu escritório com os braços esticados. Bloqueando alguém. Uma mulher na frente dela. Que apenas vem a ser Delores Warren. Depois de Erin escoltar Irmã B até o escritório de Kate, eu chamo Delores. Ela está usando um bustiê preto, calças de couro apertadas e saltos altos vermelhos. Se isto é o que ela usa para trabalhar, eu não posso imaginar que porra ela usa no quarto. Deve ser interessante. Steven chega até nós, seus olhos sobre a pessoa andando pelo corredor. — Essa era a irmã Beatrice? — Sim. Ele balança a cabeça em agradecimento. — Legal. Veja? NPPF. Eu te disse. Ele sorri maldosamente para Delores. — Hey, Dee, Matthew já lhe contou sobre a irmã B?

— Mais ou menos. Ele me apresentou a ela na igreja, na semana passada. Ao contrário de mim, Matthew ainda frequenta a igreja regularmente. Ele gosta de manter suas bases cobertas, apenas em caso de necessidade. Steven sorri mais amplo. Como uma criança que está prestes a tagarelar sobre um irmão. — Ele lhe contou sobre SIP? Sua testa enruga. — O que é SIP? — Pergunte a Matthew. Ele lhe dirá. Ele é uma espécie de especialista sobre o assunto. — Ele me cutuca com o cotovelo. —Alexandra e Mackenzie estão vindo mais tarde. Você quer se juntar a nós para o almoço? Eu arranho atrás da minha orelha. — Não é possível. Eu tenho uma reunião... com um cara... sobre uma coisa. Ele é um skywriter17. Ele deve voar sobre o prédio as 16hs. Eu só preciso descobrir o que ele vai escrever. Mas eu não quero que Delores saiba. Não para ela avisar a Kate antes da hora. Steven concorda. — Tudo bem. Até mais tarde. Eu olho Delores nos olhos. E lanço um dos meus sorrisos clássicos. Ela só me olha brava. Devo estar perdendo meu toque. — Nós precisamos conversar. 17

Piloto especialista em escrever contra o céu com fumaça artificial lançado a partir de um avião de manobras

Existem apenas algumas razões pelas quais Delores Warren iria querer falar comigo neste momento na minha vida. Nenhum deles é agradável. Eu aceno em direção ao meu escritório. — Vamos lá dentro. É assim que deve ser o sentimento ao convidar um vampiro em sua casa. Eu me sento atrás de minha mesa. Ela fica em pé. Você já assistiu Planeta Animal? As mulheres são como uma espécie de líder na manada de elefantes. Eles se unem para proteger a manada. E se alguma pressente um perigo? Todos eles debandam. Eu preciso jogar isso com cuidado. — O que posso fazer por você, Delores? — Uma auto-castração seria ótima. Mas eu vou me contentar com um salto de uma ponte. Eu ouvi que Brooklin é agradável nesta época do ano. Ah, sim - isso vai ser divertido. — Além disso. Ela bate suas mãos na minha mesa e se inclina, como uma cobra se preparando para atacar. — Você pode parar de foder com a cabeça da minha melhor amiga. Isso não é um problema. A cabeça de Kate não é a parte do corpo que eu estou querendo foder no momento. Acho que eu deveria dizer isso a ela? Provavelmente não. — Eu não sei do que você está falando.

— Eu estou falando sobre a semana passada, quando a tratou como um preservativo usado. E agora, de repente, você é todo flores e música, e bilhetes amorosos. Ela falou sobre tudo que eu fiz? Isso é um bom sinal. — Então, eu estou pensando se você é um caso de personalidade dupla causada pela sífilis que percorre sua corrente sanguínea - ou você tem uma coceira por um bom desafio. Em ambos os casos, se mova, punheteiro. Kate não está interessada. Eu não estou atrás de desafio. Quando Kate me dispensou naquela primeira noite no REM, eu a persegui? Não, eu escolhi a coisa garantida. A saída mais fácil. Ou, nesse caso específico - a dupla garantida. — Não vamos começar a falar besteira um para o outro aqui. Nós dois sabemos que Kate está muito interessada. Você não estaria tão ansiosa em me rasgar minha garganta,

se ela não estivesse. Quanto ao resto das suas

preocupações, eu não entro nesses joguinhos de desafio. E há uma fila de mulheres ao redor do quarteirão dispostas a arranhar qualquer coceira que eu possa pensar. Não se trata de ter. Eu me inclino para frente na minha mesa. E o meu tom é simples e convincente, como se ela fosse um cliente em cima do muro. Que eu preciso influenciar para o meu lado. — Eu admito, meus sentimentos por Kate me pegaram desprevenido e inicialmente, eu lidei mal com as coisas. É por isso que eu estou fazendo tudo isso - para mostrar a ela que eu me preocupo com ela. — Você se preocupa com o seu pau.

Realmente não posso argumentar com isso. Ela se senta na minha frente. — Kate e eu somos como irmãs. Mais próximas ainda. Ela não é a espécie de garota para esquentar a cama por uma noite - ela nunca foi. Ela é uma garota de relacionamentos. É muito importante para mim que ela esteja com alguém que a trate bem. Um homem. Não poderia concordar mais. A maioria dos caras sacrificariam um membro por alguma ação suculenta com duas garotas. É um interruptor grande momento. Mas quando se trata de Kate? Eu não pretendo partilhar. Com nenhum dos sexos. — Da última vez que verifiquei, era exatamente o que eu era. — Não. Você é um cachorro. Ela precisa de um bom homem. Um homem legal. Mocinhos são chatos. Você precisa ser um pouco mau para manter as coisas divertidas. E caras legais? Caras legais têm algo a esconder. Os vizinhos de Jeffrey Dahmer achavam que ele era um cara legal. Até que encontraram aquelas cabeças em seu freezer. Ela cruza os braços, e sua voz fica triunfante. Regozijando. — E eu conheço alguém que é perfeito para ela. Ele trabalha em meu laboratório. Ele é esperto. Ele é engraçado. Seu nome é Bert. Bert? Ela está brincando comigo? Que tipo de filho da puta doente nomeia seu filho Bert, nesta época e com essa idade? Isso é apenas cruel. — Ele vai se divertir muito com Kate. Estou pensando em reuni-los neste fim de semana.

E eu estou pensando em me algemar no tornozelo de Kate e comer a chave. Vamos ver que tipo diversão Bert pode ter com Kate, enquanto ela estiver me arrastando atrás dela como um gêmeo siamês. — Eu tenho uma ideia melhor. Que tal uma dobradinha. Você e Matthew, eu e Kate. Nós saímos. Isso vai me dar a chance de mostrar a você o quão perfeito Kate e eu somos um para o outro. — Ok, agora você soou como um perseguidor. Você teve sua chance, seu fudido, supere isso. Escolha algum outro número em seu pequeno livro preto e deixe Kate sozinha. Eu me levanto. — Ao contrário do que você pensa que sabe, eu não sou um canalha em série. Eu não corro atrás das mulheres - eu não preciso. Você quer que eu peça desculpas a Kate? Eu pedi. Você quer uma garantia de que eu nunca vou machucá-la de novo? Eu posso escrever uma, e eu assino em sangue, se isso te fizer feliz. Mas não me peça para deixá-la sozinha, porque eu não vou. Eu não posso. Ela não se move. Seu rosto está tão quieto e duro como uma maldita estátua. E o meu argumento parece soar para ela como se tentasse fazer um café mossa com apenas um maldito palito. — Será que Matthew lhe disse o que eu falei? Eu pareço o tipo de cara que vai ficar catatônico sobre qualquer mulher? Deus, Delores, eu simplesmente a adoro. Ela bufa. — Hoje. Você a adora hoje. Mas o que acontece se ela aceitar você de volta? Quando a novidade cansar e o sexo fica velho? E uma nova cadela no cio cruzar seu caminho, e pedir que você cheire sua bunda? Sexo não envelhece. Não se você estiver fazendo certo.

— Eu não quero mais ninguém. E eu não vejo isso mudando agora...ou nunca. — Eu acho que você é cheio de merda. — Tenho certeza que você acha. Se você agisse com Matthew da maneira que eu agi com Kate, eu acharia isso de você também. Mas o que você pensa não muda o que Kate quer. E no fundo, mesmo que ela não admita isso, esse cara sou eu, querida. — Você poderia ser mais cheio de si mesmo? Você pode ter dinheiro, mas não pode comprar classe. Ou integridade. Você não está nem perto de ser bom o suficiente para Kate. — Mas você acha que seu primo é? — Não, eu não acho. Billy é um imbecil imaturo, e aquele relacionamento estava rapidamente indo a lugar nenhum já há um bom tempo. Ao longo dos anos eu tentei dizer a ela. Fazê-la ver que a sua relação se tornou mais uma amizade do que realmente amor. Mas então nossas vidas, nossas famílias, eram tão entrelaçadas, eu acho que os dois estavam com medo de balançar o barco e perder mais do que apenas um ao outro. Mas ele tentou - amá-la. Eu tenho certeza disso. Ele apenas amava mais a sua guitarra. Ela começa a andar na frente em minha mesa. Como uma professora em sala de aula. — Veja, Drew, há três tipos de homens no mundo: meninos, rapazes e homens. Meninos - como Billy - que nunca crescem, nunca levam nada a sério. Eles apenas se preocupam com eles mesmos, sua música, seus carros. Rapazes - como você - é tudo sobre quantidade e variedade. Como uma linha de montagem, é apenas um caso por noite, uma após a outra. Depois, há os

homens - como Matthew. Eles não são perfeitos, mas eles apreciam mais das mulheres, do que a sua flexibilidade e sucção na boca. Ela não está errada. Você deve ouvi-la. A única parte que não vale, no entanto, é que às vezes um cara pode se tornar um homem, quando ele conhece a mulher certa. — Você não pode fazer essa ligação. Você mal me conhece. — Oh, eu conheço você. Acredite em mim. Eu fui concebida por um cara como você. Merda. Problemas com o pai. Essas são as piores. — Kate e eu sempre cuidamos uma da outra. — ela continua. — Nós sempre fizemos isso. E eu não vou deixá-la ser mais uma anotação no seu caderninho. Você nunca bateu a cabeça contra uma parede? Não? É isso. Exatamente o que sinto aqui. — Ela não é um ponto para meu caderninho. Isso é o que eu venho tentando lhe dizer! Em que merda de língua que você gostaria de ouvir isso agora? — Eu não sei. Você fala qualquer coisa além da língua dos idiotas? Eu belisco a ponta do meu nariz. Eu sinto um aneurisma chegando.

— Ok, olha – você não confia em mim? Beleza. Fale com Matthew. Você confia nele, certo? Ele não iria querer me ver trepando com a melhor amiga de sua namorada, se eu não estivesse jogando para valer. Ela acena com a mão no ar. — Isso não prova nada. Pênis ficam juntos. Jesus, Maria e José. Eu esfrego minha mão pelo meu rosto. Então eu puxo uma respiração profunda, calma. Tempo para lançar a linha. Colocar as cartas na mesa. Jogar a Passagem de Ave Maria18. Eu ando até a janela, reunindo os meus pensamentos, enquanto eu olho o tráfego lá embaixo. Eu ainda estou olhando para fora, quando eu digo a ela: — Você sabe o que eu vi ontem, quando eu estava vindo para o trabalho? Eu vi uma mulher grávida, em um táxi... Eu costumava pensar que mulheres grávidas eram uma espécie de espetáculo grotesco. Deformado. Você devia ter visto Alexandra. Quando ela estava grávida de Mackenzie, ela parecia que tinha comido Humpty Dumpty19 no café da manhã. E do jeito que estava quando estava perto do parto, ela totalmente poderia ter comido. — ...e tudo que eu conseguia pensar era como Kate ficaria adorável grávida. E sobre como eu queria fazer as coisas para ela. Como... se ela ficasse enjoada, eu queria ser o cara que lhe traria o chá e também iria pendurar as cortinas. Eu quero saber como ela conseguiu aquela pequena cicatriz no queixo, e se ela tem medo de aranhas... e o que ela sonha à noite. Tudo. É uma 18

A passagem da Ave Maria no futebol americano é qualquer distância muito longa para passar a bola, feita pelo desespero, com apenas uma pequena chance de sucesso, especialmente perto do final do tempo. 19

Humpty Dumpty também aparece no filme “O gato de botas, como o irmão de criação do personagem principal, que está atrás da gansa dos ovos de ouro

loucura - não pense que eu não sei disso. Isso nunca aconteceu comigo antes. E eu não quero que isso nunca mais volte a acontecer - com mais ninguém. Apenas Kate. Afasto meu rosto da janela, e olho nos olhos dela. Se você estiver na floresta e ficar cara a cara com uma mamãe ursa chateada, é sempre melhor olhá-la nos olhos. Fugir? Ela vai usar você como alimento para seus filhotes. Um braço de cada vez. Mas se você mantiver firme, talvez você consiga sair dessa vivo. — Você quer ouvir porque estou aceitando essas porradas que Kate tem me dado? Porque ela pode. Ela me deixou de joelhos e sob seu polegar, e eu não quero sair. Nós dois estamos tranquilo depois disso. Delores apenas olha para mim. Por um tempo. Procurando no meu rosto por... alguma coisa. Eu não sei exatamente o que é, mas sei o momento em que ela encontra. Porque algo muda em seus olhos. Eles se tornam mais suave. Apenas um pouquinho. E os ombros relaxam. E então ela concorda. — Ok, então. Algumas batalhas não tem um vencedor. Às vezes, o melhor que um bom general pode esperar é um cessar-fogo. — Kate faz suas próprias escolhas. — ela diz. — E mesmo que essas escolhas sejam podres, eu vou ajudá-la a limpar a bagunça. Porque é isso que melhores amigas fazem - ajudam a enterrar o corpo. Ela se levanta. Caminha alguns passos até a porta. Então ela para, e gira, seu dedo apontando em minha direção.

— Você apenas deve se lembrar de uma coisa, amigo. Eu não me importo se tem 10 dias na estrada ou 10 anos, eu vou estar te observando. E se eu descobrir que você sacaneou ela de novo? Eu vou fazer você pagar. E eu trabalho em um laboratório, Drew. Com produtos químicos. Inodoros, insípidos, produtos químicos que podem encolher permanentemente seu pau, e ele vai ficar tão pequeno, que você vai começar a se chamar Drewnuco. Estamos entendidos? Matthew está fodidamente louco. Delores Warren é assustadora. Definitivamente uma psico-vadia em potencial. Ela e Alexandra devem ter feito o mesmo curso. E ela mandou seu plano direto na minha cabeça, um que tem a forma mais assustadora possível para mim. Eu engulo em seco. — Cristalinamente. Ela acena com a cabeça novamente. — Fico feliz que nos entendemos. E com isso, ela sai do meu escritório. E eu despenco de volta na minha cadeira e olho para o teto. Cristo. Esta conversa de merda foi desgastante. Eu sinto como se apenas tivesse corrido uma maratona. Com obstáculos. Mas você sabe o quê? Tenho certeza de que a linha de chegada está à vista.

Capítulo Vinte e Quatro Após Delores sair, eu pego minha pasta e saio pela porta. Para o meu encontro com o piloto. Eu ainda tenho que descobrir como levar Kate até o telhado. Falando em Kate... Que tal passar pelo seu escritório na saída? Ver como ela e a boa irmã estão se dando bem? A porta está aberta. Eu levo minhas mãos sobre o vidro e me inclino para dentro Você pode vê-la através dos balões? Sentada em sua mesa, com as mãos cruzadas sobre a mesa - um sorriso preso em seu rosto enquanto ela acena com a cabeça, obediente a tudo o que a irmã Beatrice está dizendo. — Senhoras. Como é que estamos esta tarde? Kate se vira para mim. E sua voz é tensa. — Drew. Aí está você. Eu estava pensando em você. — do jeito que ela está apertando as mãos, parece que ela estava pensando em me estrangular — Enquanto a irmã Beatrice aqui, estava me contando historia fascinantes sobre casas de vidro. E como aqueles de nós que vivemos nelas não devemos atirar pedras. Ela ainda está sorrindo. Mas seus olhos dizem outra coisa. É um pouco assustador. Você sabe naquele filme 'O Massacre da Serra Elétrica', quando o velho sorri pouco antes de furar a garganta da garota? Sim - é exatamente como aquele sorriso.

Irmã Beatriz olha para o teto. — Somos todos imperfeitos aos olhos do Senhor. Katherine, eu posso usar suas instalações, querida? A natureza está chamando. — Claro, irmã. — Elas se levantam, e Kate abre a porta de banheiro da sua sala. E tão logo a porta se fecha, a sorridente Kate vai embora. E a raivosa Kate toma seu lugar. Ela caminha em minha direção. E os balões correm por suas vidas. — Eu vou te perguntar isso uma vez, e se você mentir para mim, eu juro por Deus que vou deixar Delores envenená-lo. — Ok. — Ela é uma freira de verdade? Ou alguma atriz que você contratou? Eu rio. Eu nem sequer pensei nisso. — Não, ela é de verdade. Kate não fica satisfeita. — Deus, Drew! Uma freira? Uma porra de uma freira? Isto é baixo. Até mesmo para você. — Eu acho que ela é tecnicamente uma madre superiora agora. Eu me inclino mais perto de Kate porque... bem, só porque eu posso... e o cheiro de sua loção me atinge. Duro. Eu resisto à vontade de colocar meu nariz contra sua pele e cheirar como um viciado em cocaína. — Existe algum nível que você não vá afundar para conseguir o seu objetivo? Não. Desculpe. Nenhum. Eu não me importo em ficar por baixo e sujo.

Na verdade, eu prefiro assim. — Tempos de desespero... Eu tive que acionar as grandes armas. — Você quer ver armas? Assim que a Noviça Voadora20 deixar meu escritório, eu vou te mostrar armas! Eu não posso acreditar nisso - — Deus, ela é linda. Quero dizer, olhe para ela. Ela é como um vulcão em erupção - feroz, impetuosa, e de tirar o fôlego. Se ela não encontrar uma maneira de ficar feia quando estiver irritada, eu vou passar um bocado de tempo a irritando. Que pode não ser uma coisa tão ruim no final. Sexo selvagem é incrível. Cortei o discurso de Kate. — Por mais excitante que está sendo esta conversa - e acredite em mim, é muito - eu tenho uma reunião para ir. Antes de sair, eu olho em direção a seu pescoço nu. — Ei, porque você não está usando o seu colar? Ela cruza os braços e sorri com orgulho. — Eu doei à irmã Beatrice. Para os menos afortunados. Jogada perfeita, não é? Eu posso jogar também. — Isso é muito generoso. É claro que eu vou ter que substituí-lo para você. Com algo... maior. Você deve esperar outra entrega amanhã. Seu sorriso desaparece. E ela parece um balão furado. Em seguida, ela bate a porta na minha cara. 20

Seriado de TV produzido pela NBC de 1967 a 1970

Eu espero dois segundos, antes de falar — Okay. Vejo você mais tarde, Kate. Boa conversa. De dentro, eu ouço a voz da irmã Beatrice: — Oh, o Andrew já saiu? Esse garoto é um doce. E dedicado também, quando ele coloca o seu coração em uma tarefa. Me deixe lhe contar de uma época em que ele cuidou do jardim do convento. É uma longa história, mas nós temos toda a tarde. Houve uma briga na sala, durante o almoço, você vai ver... O tráfego era uma cadela. Nos dois sentidos. Mas eu segui as indicações do piloto. Ele já estava se vestindo no momento em que saí. Agora eu tinha apenas tempo suficiente para chegar ao escritório de Kate e levá-la até o telhado. Se ela não vir de bom grado, eu apenas vou pegá-la e a carregar pelo caminho. Embora eu me sentiria muito melhor sobre a ideia, se eu tivesse uma proteção no corpo. Kate é definitivamente boa nos chutes. Eu acelero pelo lobby e aperto o botão para o elevador. Mas o que eu vejo quando as portas se abrem me gela. É a cadela, com Mackenzie ao seu lado. E nas pequenas mãos perfeitas da minha sobrinha estão cordas. Uma dúzia delas. Cordas ligados a balões. Balões de Kate. — Porra. — Bem, essa é uma boa maneira de saudar sua irmã e sua sobrinha querida. Será que eu disse isso em voz alta? Não importa.

Porra fodida de merda. Isso é ruim - muito ruim. Como um tipo de tornado 5 na escala de ruim, exceto que minha irmã é capaz de deixar mais danos para trás. — Oi, tio Drew! Eu sorrio. — Oi, meu amor. — Então eu faço uma carranca. — Que diabos você fez, Alexandra? Seus olhos se arregalam inocentemente. Como se ela estivesse surpresa. — Eu? Eu vim para encontrar o meu marido para almoçar. Isso é um crime? Quando eu estava no colegial, um garoto chamado Babaca Chris Whittle me deu um soco, quando eu estava saindo da aula de trigonometria. Eu tinha agarrado a sua namorada. Ela tinha mãos muito talentosas. De qualquer forma, no dia seguinte, Alexandra fez uma pequena visita a Chris - e ele fez xixi nas calças. Literalmente. Veja isso, de acordo com o Código da cadela, ela pode me foder o quanto quiser, mas ninguém mais pode fazer isso. Agora você vê porque eu estou preocupado? — Você foi ver Kate, não é? Mackenzie responde por ela — Nós fomos, tio Drew! Ela é ótima. Kate me deu um montão de balões e uma calculadora! Veja? — Ela ergue sobre sua cabeça, como se fosse a Copa Stanley, e eu não posso deixar de sorrir. — Isso é fantástico, Mackenzie. Então eu encaro Alexandra novamente.

Ela não está preocupada. — Você disse que queria apresentar Mackenzie a Kate. Se você colocar duas hamsters grávidas na mesma gaiola, você sabe o que elas vão fazer? Uma vai comer a outra. Hormônios femininos são como ogivas não-detonadas. Simplesmente não há maneira de saber quando elas estão caminhando para te foder. — Sim, eu queria apresentar Mackenzie a Kate. Eu não quero que você encontre Kate antes que eu resolva a porra da situação. Mackenzie tira o jarro da sua mochila, o meu amigo para palavras feias, e estende. Eu coloco dois dólares dentro Ela põe a cara na boca do frasco e olha para mim com uma careta. — Um... Tio Drew? Palavras feias agora custam mais. Elas custam dez dolares. — Dez? Desde quando? Ela está animada. — Foi ideia de Kate. Ela disse que a maconomia21 está ruim. Que diabos é maconomia? — Ela chamou de... de... — Inflação —. Alexandra termina com um sorriso. — Sim, isso. Inflação. Grande. 21

Macroeconomia

Obrigado, Kate. Eu levanto minhas sobrancelhas para Mackenzie. — Você aceita American Express? — Ela ri. Eu pago minha multa em dinheiro. — Que tal você somar o resto da conversa na sua calculadora, querida? Ela vai precisar. Tenho a sensação de esta pequena discussão vai me colocar em três dígitos. — O que você disse a Kate? — Eu pergunto a Alexandra. Ela encolhe os ombros. — Nós conversamos, de uma mulher para outra. Apelei para seu senso de negócios. Foi tudo bem. Você realmente não precisa saber todos os detalhes. — Por que você não me deixa decidir o que eu preciso saber. Considerando que você não deveria ter falado porra nenhuma do que eu falei para você, para começar. Tap-tap-tap na calculadora. — Muito ingrato não? Eu estava apenas tentando te ajudar. Dr. Kevorkian estava apenas tentando ajudar seus pacientes também. E todos nós sabemos como isso acabou. — Eu não preciso de sua ajuda. Eu tenho um plano. As mãos de Alexandra vão até os quadris. — Certo. Seu plano de mestre, que envolve o quê, exatamente? Kate irritada até que concorde em sair com você? Você vai lhe dar apelidos no parquinho também? Puxar suas tranças? Eu tenho que admitir, a irmã Beatrice foi um toque interessante. Eu não posso acreditar que Kate não está caindo de joelhos, implorando para voltar depois disso. Muito romântico, Drew.

Meu queixo aperta. — Está. Funcionando. Ela levanta uma sobrancelha. — Não foi isso que Kate disse. E lá está ela. Dê uma boa olhada. A cadela em toda a sua glória. E você pensou que eu estava exagerando. — Ela disse algo para você? Sobre mim? O que ela disse? Ela acena com a mão no ar. — Oh, isso e aquilo. Você sabe como algumas crianças gostam de provocar os seus cães, mostrando-lhes um osso e, em seguida, puxando antes que eles possam mordê-lo? Minha irmã era uma daquelas crianças. — Caralho, Lex. Tap-tap-tap. — Eu gosto dela, por sinal. — ela diz. — Ela realmente não leva merda de desaforo de ninguém, não é? Tap-tap-tap. — Como você sabe que ela não leva merda de desaforo? Tap-tap-tap. — Você tentou suas merdas, Lex? Tap-tap-tap. — Que tipo de merda você fez com ela, Alexandra? Tap-tap-tap.

Ela ri. — Meu Deus, você deve relaxar um pouco . Eu não vejo você assim desde... bem, na verdade eu nunca vi. Agora olhe você tão patético e triste, é realmente divertido. Meu status com Kate no momento é como um castelo de cartas. Consegui construir alguns andares, mas um pequeno tremor, e toda a maldita coisa se desfaz. — Se você fodeu isso para mim, eu vou... Tap-tap-tap. — Você sabe que o estresse faz com que o cabelo fique prematuramente branco. Se você continuar assim, você vai parecer com o papai antes de fazer trinta anos. — Eu estou contente que ache isso tão divertido. Eu não acho. Estamos falando da minha maldita vida aqui. Isso a detém. Sua cabeça pende para o lado. Me avaliando. E então sua voz não está brincando mais. É terna, sincera. — Eu estou orgulhosa de você, você sabe. Você está atravessando isso. Vê-lo passar por isso. Você... cresceu. — Ela sorri suavemente. — Nunca pensei que veria esse dia. — E então ela me abraça. — Vai ficar tudo bem, Drew. Eu prometo. Quando eu tinha oito anos, meu avô teve um ataque cardíaco. Depois que meus pais deixaram o hospital, Alexandra me prometeu que tudo ficaria bem. Não ficou.

— Kate que lhe disse isso? Ela balança a cabeça. — Não com tantas palavras. — Então, como você sabe? Ela encolhe os ombros novamente. — É o estrogênio. Isso nos dá intuição. Se você tivesse uma vagina, você saberia também. Mackenzie levanta a mão com orgulho. — Eu tenho um bagina. Eu sorrio. — Sim, você tem querida. E um dia, vai ajudá-la a governar o mundo. — Johnny Fitzgerald tem um pênis. Ele disse que seu pênis é melhor do que a minha bagina. — Johnny Fitzgerald é um idiota. Vaginas batem pênis de longe. Elas são como criptonita. Pênis são indefesos contra elas. Minha irmã põe fim à nossa discussão. — O.K. Isso é o suficiente para essa adorável conversa. Embora eu tenha certeza que a professora da escolinha de Mackenzie vai amar ouvir sobre tudo isso. Logo depois que chamar para o Serviço de Proteção à Criança. Eu ergo minhas mãos. — Eu só estou tentando dizer a ela como as coisas funcionam. Quanto mais cedo ela perceber o poder que tem, melhor será para ela. Eu verifico o meu relógio. Preciso chegar lá em cima. Eu olho para Mackenzie. — Quando é o prejuízo, querida? — Oitenta dólares. Ouch.

Preciso começar a cobrar mais dos meus clientes. Ou fazer algum tipo de plano de pagamento com ela. Quanto as notas caem na jarra, Alexandra pega a mão dela. — Vamos Mackenzie, vamos até a loja American Girl22, gastar algum do dinheiro do tio Drew. — Ok! Eles atravessam todo o lobby, mas param diante das portas duplas. Mackenzie sussurra algo para Alexandra e solta os balões na mão da sua mãe. Então ela corre de volta para mim. Eu a pego no colo e abraço apertado, enquanto seus pequenos braços rodeiam meus ombros e apertam. — Eu te amo, tio Drew. Você já tomou conhaque? Geralmente eu sou um homem de whisky. Mas um bom copo de conhaque te aquece completamente por dentro. E isso é exatamente o que acontece comigo - agora. — Eu também te amo, Mackenzie. Ela se afasta. — Adivinha? — O quê? — Kate me perguntou o que eu quero ser quando crescer. Concordo com a cabeça. — E você disse a ela que quer ser uma princesa? 22

Loja de bonecas

Sua testa sobe adoravelmente, e ela balança a cabeça. — Eu não quero ser uma princesa, não mais. — Bem, isso é um alívio. O que você quer ser? Ela sorri. — Uma banqueira. — Escolha fantástica. O que te fez mudar de ideia? Seus dedos brincam com a gola da minha camisa, quando ela me diz: — Bem, Kate é uma banqueira impesionante, e você diz que se orgulharia de mim, se eu fosse igual a ela. Então também quero ser banqueira. Após suas palavras afundar na minha mente, eu lhe pergunto sério — Mackenzie? Você contou a Kate que eu lhe disse que queria que você quando crescesse fosse como ela? Você vê aquele sorriso? Esse não é o sorriso de uma criança de quatro anos de idade. Isso, senhoras e senhores, é o sorriso de um gênio. — Sim. Eu fecho meus olhos. E dou uma risada. Eu não posso acreditar que eu mesmo não pensei nisso. Mackenzie é a arma perfeita. O meu próprio bebê Cyborg. Resistir é inútil. — Querida. — eu lhe digo — Você fez a tio Drew um enorme favor. Tudo o que você quiser para o Natal - basta me dar o nome, e é seu. E eu quero dizer qualquer coisa. Seus olhos se arregalam com as possibilidades. Ela olha para a minha irmã e depois sussurra conspiratória — Posso ter um pônei? Oh, rapaz.

Eu penso sobre isso por exatamente um segundo. — É seu. Ela aperta me aperta e guincha. — Só... não diga a mamãe, até depois dele ser entregue, ok? Talvez eu tenha que entrar no programa de proteção a testemunhas depois disso. Mackenzie beija minha bochecha, e eu a coloco em pé. Ela pula de volta para Alexandra, e eu aceno quando saem pela porta.

Capítulo Vinte e Cinco Eu entro no escritório de Kate como um soldado em assalto na praia de Normandia. Ela está em sua mesa escrevendo rapidamente em um bloco amarelo. — Estou de volta. Saudades de mim? Ela não olha para cima. — Desesperadamente. O sarcasmo é a defesa mais antiga no manual. Eu entro no jogo. — Eu sabia que ia conseguir convencê-la. O que me fez vencer? Irmã B? Kate afasta a cadeira para trás de sua mesa, e cruza as pernas. Ela está usando sapatos novos. Eu não percebi antes. Sapato estilo boneca, com um salto alto malvado e uma tira em volta do tornozelo. Bom Deus. Eles são a combinação perfeita de atrevimento e beleza. Doçura e sexo. E o meu pobre e negligenciado pau convulsiona quando eu imagino as coisas legais - e semilegais - que eu poderia fazer com ela nesses sapatos. Eu nunca tive esse fetiche, mas eu estou pensando em começar. A voz de Kate me arrasta para longe dos meus pensamentos impuros. — Não. Foi a visita de sua irmã, na verdade. Sutileza não funciona em sua família, não é? Uh oh. Eu estava com medo disso.

— Alexandra tem problemas psicológicos profundos. Ela é instável. Você não deve ouvir qualquer coisa que ela diz. Ninguém na minha família ouve. — Ela parecia completamente lúcida quando estava aqui. Eu dou de ombros. — A doença mental é uma coisa complicada. Seus olhos apertam em dúvida. — Você não está falando sério, está ? Porcaria. Sem mentira. — Tecnicamente, ela nunca foi diagnosticada. Mas suas ideias sobre justiça e vingança são absolutamente insanas. Imagine Delores... com mais de uma década de experiência para aperfeiçoar sua técnica. O rosto de Kate suaviza com o entendimento. — Oh. Yep - bem-vindo ao meu mundo, meu amor. — Ela me trouxe café. — diz Kate. — Devo beber? Nós dois olhamos o copo Starbucks em sua mesa, desconfiados. Quando eu tinha treze anos, eu leiloei uma calcinha de Alexandra no vestiário dos meninos. Usada. Quando ela descobriu através da vidência de irmã mais velha, ela não me falou - nunca deixou transparecer que sabia. E então ela enfiou laxantes nos meus Pebbles Coco com gosto de chocolate. Eu não sai do banheiro por três dias. Agora, eu percebo que ela não está carregando esse tipo de rancor contra Kate, mas ainda... — Eu não faria isso.

Ela acena com a cabeça dura, e desliza o copo para longe dela. — O que você achou de Mackenzie? Eu realmente queria estar aqui quando você a conhecesse. Seu sorriso é caloroso e genuíno. — Eu achei ela incrível. — Eu tenho certeza que você ficará feliz ao saber que ela usou a calculadora que deu de presente, quando me encontrei com elas lá embaixo. Seu sorriso se alarga. — Isso é bom. Eu balanço minha cabeça, e Kate diz: — Eu vejo agora por Alexandra inventou a jarra para palavras sujas, uma vez que parecem ficar muito tempo com Mackenzie. — O que você quer dizer? Ela encolhe os ombros. — Ela fala como você. Não é todo dia que você escuta uma criança de quatro anos, falar que o Príncipe Encantado é um babaca, que só está controlando a Cinderela com rédeas curtas. Essa é minha garota. — Amaldiçoar é bom para a alma. Kate sufoca uma risada. E ela está tão tentadora que eu não posso evitar em me inclinar sobre a cadeira, prendendo-a com os braços. Acabou a conversa fiada. Hora de voltar ao trabalho. — Venha comigo em um passeio. Minha voz é baixa. Persuasiva. — De jeito nenhum.

E totalmente ineficaz. — Vamos lá, Kate, isso só vai levar um minuto. Eu quero lhe mostrar uma coisa. Ela bufa. — O que você fez agora? Contratou Ringling Brothers23 para fazer um show no lobby? Organizou um desfile ticker-tape24 em minha honra? Eu dou uma risada. — Não seja ridícula. Eu não faria isso. Kate levanta uma sobrancelha cética. — Ok, você está certa - eu faria isso. Mas não hoje. Ela me empurra para trás e se levanta. Eu a deixo ir. — Você não está com medo, está? — Eu pergunto. — Com medo de que você não seja capaz de se controlar, se estiver sozinha comigo? Para pessoas como Kate e eu, um desafio é como uma prostituta em uma convenção de viciados em sexo. Não há quase nenhuma chance de recusa. — Se você quer insinuar que estou com medo de te matar, se não houver testemunhas para depor contra mim, então a resposta é sim. Embora eu deva admitir, vinte anos presa é um pequeno preço a pagar no momento. Você acha que ela gosta dessas preliminares verbais, tanto quanto eu? Ela ama. Ela é muito boa. Ela circula por aí, colocando a mesa entre nós. 23 24

Circo muito antigo e tradicional, com palhaços, acrobacias e show com animais.

Desfile para homenagear pessoa ou pessoas. Acontece em Nova York e as pessoas no alto dos edifícios em Manhattan lançam papel, confete, fitas de papel e coisas semelhantes para o(s) homenageado(s)

— Olha, Drew, eu tenho um novo cliente. Eu já lhe disse isso. Você sabe como é. Eu não posso ter essas... distrações agora. Eu levo isso como um elogio. — Eu a distraio? Ela bufa. — Não foi isso que eu quis dizer. — Então, seu rosto muda. E ela está implorando: — Você tem que parar com isso... — as mãos acenam no ar — ... esta missão que você está fazendo. Deixe ir. Por favor. Quando Steven tinha onze anos, ele bateu a cabeça em uma árvore durante um jogo de futebol em seu quintal - e a testa abriu. Enquanto eu viver, nunca vou me esquecer do tom da sua voz pedindo, implorando para sua mãe não levá-lo ao hospital. Porque ele sabia que precisava de pontos. E pontos apenas - doem. Em qualquer idade. Mas Janey Reinhart não desistiu. Ela o levou de qualquer maneira. Porque mesmo que Steven estivesse apavorado - mesmo que não fosse o que ele queria - ela sabia que era o que ele precisava. Você vê para onde estou indo com isso? — A bola está do seu lado, Kate. Eu lhe disse isso desde o início. Você quer que eu vá embora, tudo que você tem que fazer é sair comigo no sábado. Ela morde o lábio. E olha para sua mesa. — Ok. Apenas ir? Claro, eu adoraria ir25. Mas com Kate. Ok - acabou a brincadeira. 25

Sentido sexual - gozar

— Eu sinto muito? Você poderia repetir isso, por favor? Seus olhos encontram os meus. Eles parecem hesitantes, mas firmes ao mesmo tempo. Como alguém esperando na fila de uma montanha-russa. Determinado a enfrenta-la, mas não sabendo exatamente o que diabos aconteceria durante o passeio. — Eu disse que sim. Eu vou jantar com você no sábado. É oficial. Preparem-se. A porra do inferno realmente congelou. — Depois de falar com a sua irmã, percebi algumas coisas... Você me ama? Você precisa de mim? Você não pode viver sem mim? — ... Acho que você precisa de um encerramento, Drew. Oh, não. Sem encerramento. Qualquer coisa, menos a merda de um encerramento do caralho. Encerramento é uma palavra inventada pelas mulheres, para que elas possam analisar a exaustão alguma coisa, e falar sobre isso - até a morte. E então, depois de ter sido abençoado e enterrado, o encerramento lhes dá a desculpa perfeita para cavar o pobre desgraçado e falar sobre isso - um pouco mais. Caras não fazem isso. Nunca. É o fim. Morreu. Sem mais. Esse é todo o maldito encerramento que precisamos. — Encerramento? Ela caminha em minha direção. — Eu acho que as coisas com a gente começou e acabou tão rápido, que você não teve tempo para se acostumar.

Talvez se a gente passar algum tempo juntos... Conversarmos fora do escritório... você vai entender que, depois de tudo o que aconteceu, o melhor que podemos esperar é ser amigos. Tenho certeza que ela quer dizer, sem benefícios. E isso simplesmente não funciona para mim. Um cara não pode ser amigo de uma mulher que está positivamente atraído. É sério! Porque em algum momento o pau vai assumir. Ele vai andar como ela, falar com ela, mas - como um desses pobres babacas infectados por essas coisas esquisitas sugadoras dos Alien - não vai ser ele mesmo. E a partir desse ponto em diante, cada movimento, cada gesto será voltado para realizar o objetivo do seu pau. Que com certeza, não quer ter nada a ver com porra de amizade. Além disso, tenho amigos - Matthew, Steven, Jack. Eu não quero transar com qualquer um deles. — Amigos? Ela não percebe o meu desagrado com a ideia. Ou ela simplesmente não dá a mínima. — Sim. Devemos nos encontrar como colegas de trabalho. Como iguais. Não é um encontro. Meio que mais como uma reunião de negócios entre colegas. A negação é uma coisa poderosa. Mas neste momento eu vou levar isso para começar. — Então, o que você está me dizendo é que vai sair comigo no sábado? Essa é a conclusão de tudo isso, certo? Ela hesita. E, em seguida, concorda. — Sim.

— Perfeito. Não diga mais nada. Vou buscá-la às sete. — Não. — Não? — Não. Eu vou encontrá-lo. Interessante. Eu falo devagar — Agora, Kate, eu sei que você não tem saído em muitos encontros, considerando-se o idiota que você chamava de namorado, que já tinha você sob suas rédeas, antes que você tivesse idade para usar um sutiã. Mas em casos como este, o rapaz - que sou eu - deve buscá-la - no caso a garota. É uma lei não escrita. Veja como seus lábios se apertam? Como seus ombros erguem? Ah, sim, ela está pronta para a luta. — Eu já disse que isso não é um encontro! Eu dou de ombros. — Semântica. — Vamos dizer que, hipoteticamente, é um encontro. Seria um primeiro encontro. E eu nunca permitiria a um homem que eu não conheço, vir ao meu apartamento para me pegar para um primeiro encontro. Eu empurro a mão pelo meu cabelo. — Isso não faz nenhum sentido. Você me conhece. Fizemos sessenta e nove. Eu diria que você me conhece muito, muito bem. — Olha, estes são os meus termos. Se você não pode aceitá-los, podemos simplesmente esquecer tudo.

— Espere, espere. Não vamos ser precipitados. Eu aceito. Você pode me encontrar no meu apartamento. Às sete. Em ponto. — Ok. — Mas eu também tenho alguns termos. Ela pula na minha garganta. — Eu não vou fazer sexo com você! Eu me forço um olhar surpreso. — Estou ferido. Realmente. Quem disse alguma coisa sobre sexo? Eu nunca iria exigir o sexo como parte de nosso acordo. E então eu sorrio. — É opcional. As roupas em excesso também. Ela revira os olhos. — É isso? — Não. — O que mais você quer? Oh, baby. Se você soubesse. Embora provavelmente seja melhor que ela não saiba. Não quero assustá-la. — Eu quero quatro horas. Pelo menos. Ininterrupta. Eu quero conversar, jantar - aperitivos, prato principal, sobremesa - o vinho, dança... Ela aperta suas mãos. — Nenhuma dança. — Uma dança. Isso é inegociável. Ela olha para o teto, pesando suas opções. — Tudo bem. Uma dança. — Ela aponta o dedo para mim. — Mas, se as suas mãos forem a qualquer lugar perto da minha bunda, eu estou fora de lá.

Agora é a minha vez de pensar sobre isso. — Bem... tudo bem. Mas se você descumprir algumas das minhas regras, me reservo o direito de fazer algo em contrapartida. Ela espera um momento. Seus olhos se estreitam com desconfiança. — E você vai me deixar em paz - completamente - até sábado? Sem freiras aparecendo para dizer olá? Sem esculturas de gelo derretendo na minha porta? Eu sorrio. — Vai ser como se nunca tivesse me conhecido. Como se eu nem sequer trabalhasse aqui. As chances são de que eu nem esteja aqui. Eu vou ser um garoto muito ocupado. Kate acena com a cabeça. — Ok. Eu estendo minha mão. Ela balança e diz: — É um acordo. Eu pego as suas mãos, e beijo seus dedos - como eu fiz na primeira noite que nos conhecemos. — É um encontro. Alguma vez você já entrou em uma sala para conseguir alguma coisa, mas quando você está lá, você não tem ideia do que você estava procurando? Bom. Então você vai entender por que eu virei e comecei a caminhar para fora da sala. Até a voz de Kate me parar. — Drew? Eu olho para ela. — Sim? Seu rosto está abatido. — Eu não... Eu não gosto de magoar as pessoas. Então... não tenha muitas esperanças sobre o sábado.

Antes que eu pudesse abrir a boca, um movimento fora da janela me chama a atenção. E eu não posso acreditar que eu quase esqueci. Sem dizer nada, eu ando para a frente e pego a mão de Kate. Eu a levo até a janela e fico atrás dela, apoiando minhas mãos em seus ombros. Eu levo minha boca até sua orelha. Minha respiração lhe dá arrepios. Do tipo bom. — Tarde demais. Eu queria que fosse algo simples. Algo que eu teria esculpido em uma árvore ou pintado com spray, em uma parede, se fôssemos crianças. Mas eu precisava que fosse claro. Uma declaração. Dizendo a Kate e todas as outras mulheres por aí que eu, Drew Evans, estou fora de campo. Kate suspira quando ela vê. Lá em cima no céu, em letras brancas enormes, por toda a cidade para ver: Eu sempre venço. Eu não te contei isso ainda? Não? Bem, eu estou dizendo a você agora. Eu não me importo se você é um empresário, um cantor, ou apresentador de um programa de televisão de sucesso - sempre deixe querendo mais. Nunca exagere na mão. Você sempre pode voltar mais tarde para um bis, mas uma vez que estão cansado de você, não há como mudar isso. Eu beijo o topo de sua cabeça. — Vejo você no sábado, Kate. E ela ainda está olhando para fora da janela quando eu saio.

Não se preocupe - o show ainda não acabou. Eu ainda tenho alguns truques na manga, e eu sempre guardo o melhor para o final. Você realmente não vai querer perder isso. Eu vou direto para a mesa de Erin. — Eu preciso que você consiga o telefone do florista. E o fornecedor. E marque um encontro para mim - hoje com a designer de interiores que falamos ontem. Ela pega o telefone e disca. — Já está na mão. Sim, eu disse designer de interiores. Você não sabe o que isso é, não é? É o grand finale. Minha jogada vencedora. Você vai ver. Na noite de sábado.

Capítulo Vinte e Seis Está vendo aquele cara bonito, com calça cinza e camisa preta com as mangas arregaçadas pela metade? O único que está organizando os pratos de porcelana na mesa? Esse sou eu. Drew Evans. Bem, não realmente eu. Não aquele velho eu. Esse é meu novo eu melhorado. Metade das mulheres nesta cidade iriam dar o seu seio esquerdo para me ter onde estou agora. Bundão dominado. Obcecado. Apaixonado. Mas há no mundo apenas uma mulher que foi capaz de me colocar aqui. Agora eu só precisa mostrar a ela que estou aqui para ficar. Eu não a vejo há dois dias. Dois dias longos e dolorosos. Não foi tão ruim quanto os sete, mas passou perto. De qualquer forma, dê uma olhada ao redor. O que você acha? Está faltando alguma coisa? As flores frescas cobrem todas as superfícies disponíveis. Margaridas brancas. Antes, eu pensava que se ela visse essas flores, a fariam se lembrar de Warren, mas eu não estou preocupado com isso agora. São as favoritas de Kate, por isso é o único tipo aqui. Bocelli toca suavemente nos alto-falantes. Velas iluminam o ambiente. Centenas delas em copos.

Você não pode errar com velas. Elas fazem todo mundo se sentir melhor. Elas fazem tudo cheirar melhor. Toc-toc. É Kate. Na hora certa. Eu examino a sala mais uma vez. É isso. Meu Super Bowl. Jogo Sete. E tudo está pronto. Estou pronto. Como eu nunca vou estar. Eu suspiro profundamente. E abro a porta. E então eu não posso me mover. Eu não posso pensar. Respirar? Isso não é uma maldita opção. O cabelo escuro de Kate está empilhado no alto da cabeça. Algumas mechas elegantes beijam seu pescoço, acariciando o mesmo lugar que eu passava horas mordiscando há não muito tempo atrás. Seu vestido é vermelho escuro - brilhante - talvez cetim. Ele está seguro com duas alças finas e delicadas em seus ombros e um decote baixo nas costas. A barra do vestido acaba acima do joelho, expondo suas pernas deliciosamente lisas centímetro por centímetro. E os sapatos... Mãe de Cristo... os sapatos é apenas salto, fechado por um laço preto intrincado amarrado na parte de trás de seu tornozelo. Quando eu sou realmente capaz de formar palavras, minha voz é áspera. — Existe alguma maneira de podermos renegociar a cláusula de nãoagarramento-de-bunda? Porque eu tenho que lhe dizer, com esse vestido? Vai ser difícil. E não é a única coisa, se você me entende. Ela sorri e balança a cabeça. — Todas as estipulações anteriores continuam de pé.

Eu dou alguns passos para trás quando ela entra, me olhando por cima com o canto do olho. Olhe seu rosto de perto. Veja como seus olhos escurecem? Como ela lambe os lábios sem perceber? Como uma leoa que apenas viu uma gazela no meio do mato alto. Ela gosta do que vê. Ela quer me elogiar. Ela quer, mas ela não vai. É de Kate que estamos falando aqui. Kate pós minha-merda-colossal. E, apesar do meu progresso recente, ela ainda está na defensiva. Desconfiada. Em guarda. E isso é bom. Eu não estou chateado. Seus olhos me dizem tudo o que ela não vai se permitir dizer. Eu a levo até a sala, e ela morde o lábio quando pergunta: — Então, para onde estamos indo? E então ela se vira e vê as velas. E as flores. E a mesa perfeitamente arrumada para dois. Eu lhe digo baixinho: — Nós já estamos aqui. Ela olha ao redor da sala. — Uau. É... é lindo, Drew. Eu dou de ombros. — O ambiente é bom. Você é linda. Ela cora. E é incrível. Eu quero beijá-la. Muito. Você já sentiu sede? Muita sede? Como em um dia de verão de 36°C, e você não tem saliva suficiente em sua boca nem mesmo para engolir? Agora imagine alguém coloca um copo gelado de água na sua frente. E você pode olhar para ele, e você pode imaginar o quão perfeito seria provar - mas você não pode tocá-lo. E você definitivamente não pode beber.

Isso explica exatamente o que diabos eu sinto no momento. Eu tiro os olhos do rosto de Kate e lhe entrego um copo de vinho tinto. Então eu tomo um gole da minha taça. — O que aconteceu com os dedos? — Ela está se referindo ao BandAids, que cobrem quatro dos meus dez dedos. — Cogumelos. Bastardos esponjosos que não gostam de ser cortados. Ela me olha surpresa. — Você cozinhou? Eu ia levar Kate a um restaurante. O melhor da cidade. Mas ela é sobre qualidade, lembra-se? E eu acho que ela vai apreciar o meu esforço muito mais, do que qualquer coisa que um chef gourmet poderia trazer até a mesa. Eu sorrio. — Eu tenho muitos talentos. Você só viu alguns. E isso pode ser considerado verdadeiro. Eu nunca cozinhei antes. O que me lembra - Martha Stewart. Ela é o meu mais novo ídolo. Sério. Eu costumava pensar que todo o seu negócio era uma piada. Quem se torna um bilionário, mostrando às pessoas como dobrar corretamente alguns malditos guardanapos para o jantar? Mas isso foi antes. Antes que eu realmente tentasse usar meu forno ou arrumar uma mesa. Agora Martha é uma deusa do caralho. Como Buda. E se a sua receita me ajudar a ganhar isso? Eu vou adorar a seus pés com sandálias rechonchudas todos os dias para o resto da minha vida. Kate e eu sentamos no sofá. — Então... como estão as coisas no escritório? — Eu pergunto.

Ela bebe seu vinho e afasta rugas inexistentes de seu vestido. — Bem. As coisas estão boas. Você sabe... calmas. — Em outras palavras, você está entediada pra caralho sem mim. — Não. Tem sido... produtivo. Eu terminei muita coisa. Eu sorrio. — Você sentiu minha falta. Ela bufa. — Eu não quis dizer isso. Ela não precisava. — Vamos lá, Kate, eu fiz um voto de honestidade aqui. É justo que você faça o mesmo. — Eu me inclino para frente. — Me olhe nos olhos e me diga que você não pensou em mim -nem uma vez- nos últimos dias. —Eu... Buzzzzz... buzzzzz... buzzzzz. O jantar está pronto. Kate serve outra dose em seu copo. — Vá lá ver o jantar, Drew. Não quero que queime. E ela está salva pela campainha. Por enquanto. O frango Marsala que eu fiz parece... diferente, quando ele realmente sai do forno e vai para nossos pratos. Ok, é fodidamente assustador. Eu admito. A testa de Kate enruga, enquanto ela empurra as protuberâncias marrom como se estivesse dissecando um sapo em biologia. — Será que você misturou a farinha com água, antes de colocá-lo no forno?

Água? Martha não disse nada sobre a água. Aquela vadia. — Você sabe, Drew, alguns dos melhores pratos da culinária da história pareciam nojentos. Apresentação não conta muito. É tudo sobre o sabor. — Sério? Ela pega o garfo e respira fundo. — Não Eu estava apenas tentando fazer você se sentir melhor. Eu fico olhando para o meu prato. — Obrigado por tentar. Antes que ela dê uma mordida, eu chego ao outro lado da mesa e coloco minha mão sobre a dela. — Espere. Eu experimento primeiro. Dessa forma, se a comida me fizer cair como um baiacu estragado, pelo menos um de nós estará consciente para chamar o 911. Além disso, se eu estiver internado, eu acho que há uma chance excelente de Kate me aceitar de volta na hora, com pena de mim. E não pense por um segundo que eu não iria aceitar desse jeito. Levaria em um piscar de olhos. Eu tento não respirar pelo nariz quando dou uma mordida. Kate olha para mim. Eu mastigo. E então sorrio lentamente. — Não está ruim. Ela parece aliviada. Talvez até um pouco orgulhosa. Ela desliza o garfo através de seus lábios. Em seguida, acena com a cabeça. — Está muito bom. Estou impressionada. — Yeah — eu falo entre bocados.

E por toda a refeição, a conversa flui facilmente. Confortavelmente. Eu mantenho temas seguros. Falamos sobre seu novo cliente, sobre Matthew e crescente relação com Delores, e as travessuras políticas intermináveis acontecendo em DC. Para a sobremesa, sirvo morangos e chantilly. Morangos são os preferidos de Kate. Eu sei disso do nosso último fim de semana. Originalmente, eu ia fazer algumas tortinhas de morango. Mas você não quer saber como isso acabou. Eu não acho que mesmo Matthew teria comido. Quando Martha disse mexa constantemente, ela não estava brincando. Enquanto nós desfrutamos do nosso último prato, menciono o iminente presente de Natal de Mackenzie. Kate ri. Incrédula. — Você não vai realmente lhe comprar um pônei, não é? — Claro que eu vou. Ela é uma garota. Toda garota deveria ter um pônei. Ela bebe o vinho. Estamos no meio da nossa segunda garrafa. — E eu vou contratar um desses caras que andam com cavalos e carruagens no Central Park. Dessa forma, eles podem treiná-lo para levá-la para a escola. — Aqui é a cidade de Nova York, Drew. Onde eles vão mantê-lo? — Eles têm um apartamento de cinco quartos. Dois dos quartos estão cheios de merda inútil de Alexandra. Eu acho que eles podem limpar um e torná-lo o quarto do pônei. Ela me olha impassível. — O quarto do pônei?

— Yeah. Por que não? — E como eles vão leva-lo do chão até o seu andar? — Elevador de carga. Todos os edifícios mais antigos têm um. Ela se senta na cadeira. — Bem, você já pensou em tudo não é? Eu tomo um drink. — Eu sempre penso. — Você já pensou sobre o método que sua irmã irá usar para matá-lo? — Tenho certeza que ela vai me surpreender. Você vai me defender quando ela tentar? Ela bate os dedos na sua taça de vinho e olha para mim através daqueles cílios incrivelmente longos. — De jeito nenhum, Menino Poney. Ela é maior que eu. Você está por sua própria conta. Eu coloco minha mão sobre meu coração. — Estou arrasado. Ela não compra. — Você vai superar isso. Nosso riso se desvanece em sorrisos relaxados. E eu estou contente em vê-la assim, nem que seja apenas por um momento. Ela está olhando para mim também. Então ela limpa a garganta e olha para longe. — Este é um bom CD. Ela está falando sobre a música que vem tocando ao fundo nas últimas horas. — Eu não posso levar todo o crédito. Os caras me ajudaram a escolher. Com a sugestão, “I Touch Myself”, de Divinyls derrama pelos altofalantes.

— Jack escolheu esse. Kate ri, e eu me levanto e pressiono o botão no leitor de CD, mudando a música. — E desde que provavelmente apenas tenho algumas semanas de vida — Eu seguro estendo a minha mão para Kate — Posso ter esta dança? Uma nova música enche a sala: “So”, de Brad Paisley. Eu não sou realmente fã de música country, mas Brad é muito legal. Para um cantor, ele parece ser um homem de verdade. Ela pega a minha mão e se levanta. Seus braços dão a volta no meu pescoço. E minhas mãos envolvem sua cintura - tentando não apertar. Delicadamente, começamos a balançar. Eu engulo em seco enquanto seus olhos escuros redondos olham para mim, sem frustração, raiva ou mágoa. Estão apenas aquecidos, como chocolate líquido. E os meus malditos joelhos fraquejam. Eu levo a minha mão até sua coluna, na parte de trás de sua cabeça. Ela vira o rosto e deita a cabeça no meu peito. E eu a puxo contra mim ainda mais perto - mais apertado. Eu gostaria de lhe dizer como me sinto. Em segurá-la novamente. Ter os meus braços em volta dela, e seu corpo pressionado contra o meu. Eu gostaria, mas não posso. Porque não há palavras - em Inglês ou qualquer outra língua - que poderia até mesmo chegar perto de descrever isso. Eu inalo o doce perfume floral do seu cabelo. Se o veneno na câmara de gás cheirasse como Kate?

Cada preso na fila do corredor da morte, morreria com um sorriso no rosto. Ela não levanta a cabeça quando sussurra — Drew? — Mmmm? — Eu quero que você saiba... Eu te perdôo... pelo que você disse naquele dia em seu escritório. Eu acredito em você, que você não quis dizer isso. — Obrigado. — E, pensando bem, eu percebo que eu não ajudei a situação. Eu poderia ter dito alguma coisa, você não tinha... confiança sobre como eu me sentia... antes que eu fosse falar com Billy. Lamento que eu não fiz isso. — Eu aprecio isso. E então ela muda de voz - torna-se mais baixa. Triste. — Mas isso não muda nada. Meu polegar varre para frente e para trás na pele nua de seu pescoço. — É claro que isso faz. Isso muda tudo. Ela levanta a cabeça. — Eu não posso fazer isso, Drew. — Sim, você pode. Ela olha para o meu peito enquanto tenta explicar. — Eu tenho objetivos. Sonhos. Que eu tenho trabalhado duro para... sacrificar agora. — E eu quero ver você conseguir todos esses objetivos, Kate. Eu quero ajudar a tornar seus sonhos realidade. Cada um deles.

Ela olha para cima. E seus olhos estão implorando agora - pela minha compreensão. Por misericórdia. — Quando Billy terminou comigo, eu fiquei triste. Doeu. Mas eu fui capaz de continuar. Eu não perdi a batida. Essa coisa com você... é diferente. É... mais. E eu não sou orgulhosa demais para admitir que se não der certo, eu não vou ser capaz de simplesmente me levantar e seguir em frente. Você pode... Você poderia me quebrar, Drew. — Mas eu não vou. Minha mão se move para seu rosto. E ela se inclina para ele. — Eu sei o sentimento que tive ao pensar que perdi você, Kate. E eu não quero nunca mais me sentir assim novamente. Eu sou um homem que sabe o que quer, se lembra? E eu quero você. Ela balança a cabeça lentamente. — Você me quer esta noite. Mas o que dizer... — Eu quero você esta noite, e eu quero você amanhã e no dia seguinte. E dez mil dias depois. Será que você não recebeu o memorando no céu? — Você pode mudar de ideia. — Eu poderia ser atingido por um raio. Ou comido por um tubarão. E as duas coisas são um inferno de muito mais provável de um dia acontecer do que não querer mais você. Confie em mim. E eu acho que esse é o problema, não é? Ela olha para mim por alguns instantes, em seguida, seu olhar cai no chão. A canção termina. E ela começa a se afastar. — Desculpe-me, Drew. Eu só... não posso.

Eu tento segurar. Como um homem se afogando segurando um colete salva-vidas. — Kate... — Eu deveria ir. Não, não, não, não. Eu a estou perdendo. — Não faça isso. Seus olhos endurecem como lava derretida quando esfria em rocha negra. — Seu tempo está quase acabando. Isso foi lindo. Mas... Isso não está fodidamente acontecendo. É como assistir ao seu jogador ser derrubado, quando já ultrapassou três adversários, e restam vinte segundos no relógio. Ela se vira em direção à porta. Mas eu lhe agarro o braço e a forço a olhar para mim. Minha voz soa desesperado. Porque eu estou. — Apenas espere. Você não pode ir ainda. Há mais uma coisa que eu tenho que te mostrar. Me dê mais dez minutos. Por favor, Kate. Olhe para o rosto dela. Agora. Ela quer ficar. Não - ela quer que eu a convença a ficar. Que eu lhe dê uma razão para acreditar em mim novamente. E se isto não fizer, nada nessa terra verde de Deus fará. — Ok, Drew. Mais dez minutos. A respiração sai correndo de mim. — Obrigado. Eu solto o seu braço, pego um lenço de seda preto da cadeira e seguro. — Você não pode tirar isso até que eu diga, ok?

Suspeita atravessa seu rosto. — Isto é algum tipo de coisa sexual bizarra? Eu dou uma risada. — Não. Mas eu gosto da maneira como você pensa. Ela revira os olhos para o teto antes que eu a cubra com o lenço, e o mundo para ela se desvanece em preto.

Capítulo vinte e Sete Cada novo associado da Evans, Reinhart e Fisher pode redecorar a sua sala. Nós não somos a única empresa com esse tipo de política. É um bom negócio. Faz os funcionários se sentirem confortáveis, como se um pedaço da empresa lhes pertencesse. As opções de cores de pintura e os padrões dos móveis não são ilimitados, mas em uma empresa como a nossa, as opções são muito vastas. Foi nisso que me inspirei. Como eu fui capaz de descobrir o que Kate prefere. Ela não é do estilo florais, e agradeço a Cristo por isso. Ela gosta de listras, estampados e tons de terra. Por que estou dizendo isso, você pergunta? O que isso tem a ver com alguma coisa? Você se lembra da Bat Caverna, não é? Meu escritório em casa. Meu primogênito. Minha área peniana, permitida apenas para os homens? Bem, agora houve uma mudança de sexo. Não, isso não é realmente preciso. É mais como uma hermafrodita agora. Vejam. Eu acendo as luzes, e então levo Kate até o meio da sala. Então eu desamarro o lenço. Seus olhos se arregalam. — Oh, meu... As paredes antes cor de vinho, agora estão em um majestoso azul. Os sofás de couro inglês viraram história. Em seu lugar há dois sofás, listrado em

um bronze quente e o mesmo azul profundo das paredes. Minha mesa foi deslocada para a esquerda - para dar espaço para mais uma mesa mais leve cereja, que está sentada uma ao lado da outra, como uma noiva e o noivo no dia do casamento. A janela por trás delas está enquadrada com cortinas do mesmo material que os sofás. E a mesa de poker ainda está no canto. Mas agora está com uma capa marrom sobre ela - para apoiar a grande planta, frondosa que fica no topo. Eu não costumo manter plantas vivas. Meu polegar é quase tão verde como Morticia Adams. Mas o decorador de interiores disse que as mulheres amavam. Alguma merda sobre instinto de carinho. Incrível o que você pode fazer em um curto espaço de tempo, quando você tem um decorador de interiores com uma equipe de trabalhadores à sua disposição e dinheiro não é um problema, certo? Mas as cortinas foram uma verdadeira puta para pendurar. Eu mesmo quis fazer essa parte sozinho - eu queria acrescentar pessoalmente alguns toques. E eu quase joguei a vara pela maldita janela uma dúzia de vezes, antes que eu conseguisse mantê-las em linha reta. Eu olho o rosto de Kate de perto. Mas eu não posso dizer o que ela está pensando. Seu rosto está em choque. Atordoado. Como uma testemunha ocular de um duplo homicídio. Eu engulo em seco. E inicio o passo mais importante da minha vida: — Eu assisti 'O Diários de uma Paixão ' de novo. É ainda fodidamente gay. No entanto... — Eu entendo agora. Por que Noah fez aquele quarto especial para Allie. Não era porque ele era uma bichinha, era porque ele não tinha escolha.

Ela era tudo para ele. Não importa o que ele fizesse, nunca haveria mais ninguém para ele além dela. Então, tudo o que ele podia fazer era arrumar o quarto e rezar a Deus que um dia ela aparecesse para usá-lo. E isso resume exatamente como me sinto sobre você. Então eu fiz isso. — Eu aceno ao redor da sala — porque eu quero você na minha vida, Kate. Permanentemente. Seus olhos me encaram intensamente. E eles estão brilhando com lágrimas. — Eu quero que você se mude para cá comigo. Eu quero dormir com seu cabelo no meu rosto todas as noites. E eu quero acordar com você enrolada em mim todas as manhãs. Quero que passe fins de semana inteiros sem roupa alguma. Quero ter brigas limpas e sexo sujo. Ela ri com aquilo. E uma única lágrima desliza silenciosamente pelo seu rosto. — Eu quero falar com você até o sol nascer, e eu quero comer cereal na cama todos os domingos. Eu quero trabalhar longas horas intermináveis neste escritório, mas somente se você estiver aqui ao meu lado. Sua voz é apenas um sussurro. — Como uma parceria? Uma divisão Cinquenta-cinquenta? Eu balanço minha cabeça. — Não. Sem cinquenta-cinquenta. Você não ganha apenas metade de mim. Você tem tudo de mim. Cem por cento. Ela respira fundo. E morde o lábio. E olha para sua mesa. Em seguida, seu rosto suaviza. — Onde você conseguiu isso? É a foto de casamento de seus pais.

— Eu roubei de seu escritório e fiz uma copia enquanto você estava na hora do almoço. Ela balança a cabeça lentamente. E olha de volta para mim. Em reverência. — Eu não posso acreditar que você fez tudo isso. Dou um passo para a frente. — Eu sei que você acabou de sair de um relacionamento e eu nunca estive em um. E eu sei que eu tenho que lhe dizer que se você não estiver pronta, que está tudo bem. Que eu vou ser paciente e esperar. Mas... se eu disser essas coisas... Eu vou mentir. Porque... Eu não sou esse tipo de homem que espera. Eu sou mais um cara pega-o-touro-peloschifres, ou daquele tipo insano que seus-problemas-são-meus, do que um cara de dar um tempo. Ela ri novamente. — Então, se isso não for o suficiente, se você precisar de algo mais - me diga. Não importa o que seja, eu vou fazer. Por você. Quando eu termino, ela fica lá parada. Olhando para mim. Ela lambe os lábios e enxuga os olhos. — Eu tenho algumas condições. Eu aceno com cautela. — Sem mentiras. Quero dizer exatamente isso, Drew. Quando você me falar uma coisa, eu tenho que saber que é a verdade. Que você não tem nenhum outro motivo. — Ok. — E sem outras mulheres. Eu acho que eu sou muito aventureira na cama, quando se trata de você, mas eu sou monogâmica. Eu não mudo isso. Eu não faço sexo a três.

Isso não é um problema. Meu pau só tem olhos para Kate. — Eu também não. Bem, você sabe, não mais. Quero dizer... concordo. E então ela sorri. E me cega. É um sorriso luminoso. Espetacularmente incandescente. E ela caminha em minha direção. — Bem, Sr. Evans... parece que você tem uma fusão. E isso é tudo que eu preciso ouvir. Eu me movo como uma mola que estava armada bem apertada por muito tempo. E antes que Kate possa tomar um fôlego, eu tenho ela esmagada contra mim - segurando-a firme e a levantando com seus pés para fora do chão. Nossas bocas se encaixam como dois ímãs. Ela agarra minha camisa. E minha língua desliza em sua boca acolhedora. Jesus. O gosto dela - minha memória foi imperdoavelmente inadequada. Eu me sinto como um viciado em crack em recuperação que apenas caiu fora do vagão e nunca quer subir novamente. Nossas mãos apalpam um ao outro. É explosivo. Combustível. Queima, baby, queima. Eu arrasto meus lábios em sua mandíbula. Ela inclina a cabeça para me dar mais espaço, e eu ataco seu pescoço. Ela está ofegante. Nós dois estamos. Minhas mãos estão em seu cabelo, mantendo-a refém. E suas mãos estão no meu peito roçando minhas costelas e cintura. Eu não tenho nenhuma porra de ideia de como ela abriu a minha camisa. Mas estou feliz que ela tenha feito.

Meus dedos acariciam suas costas até a barra de seu vestido. Então eu deslizo minha mão por baixo, segurando sua bunda lisa e firme. Ela deve estar usando fio dental. Eu massageio e aperto, pressionando nossos quadris juntos. A boca de Kate substitui as mãos, movendo-se em meu peito e mais para baixo. E eu começo realmente a me perder. Eu seguro a parte de trás de seu vestido com as duas mãos e puxo - rasgando quase em dois. Mais ou menos como o Incrível Hulk. — Eu vou te comprar um novo, eu juro. Ele cai até a cintura. E os nossos peitos nus batem juntos. Caralho. Eu senti saudade disso. Como em Cristo, eu pude ficar uma hora - que se diga tantos dias - sem senti-la contra mim desse jeito? Maldito tempo fodidamente longo. — Deus, Drew. Suas mãos estão nas minhas costas agora. Arranhando e amassando. Minha boca está em sua orelha, exigente — Qual calcinha que você estiver usando? Eu vou rasgar. — Eu caio de joelhos, queimando um caminho entre seus seios e para baixo até seu estômago. Kate suspira. — Isso pode ser um problema. — Por quê? Eu arrasto o vestido até o chão. E então eu olho - hipnotizado - Kate espetacularmente nua. — Porque eu não estou usando.

Meu pau geme em agonia. E então eu olho para ela. — Você sempre vai sem lingerie, para as reuniões de negócios com seus amigos? Ela sorri timidamente. — Eu acho que estava esperando que você me fizesse mudar de ideia sobre isso. Por um segundo, eu estou atordoado. Ela queria isso. Tanto quanto eu. E eu perdi todo esse tempo comendo frango Marsala - quando eu poderia ter comido ela. Deus. Droga. Sem mais uma palavra, eu mergulho dentro como uma criança recebendo seu primeiro pedaço delicioso de bolo de aniversário. Eu afundo meu rosto - a minha língua - em sua vagina. Ela tem um gosto quente e sedoso, como o açúcar líquido em cima de um bolo de canela, mas doce. Os joelhos de Kate fraquejam, mas eu levo minhas mãos na parte inferior das suas costas, e a deito, deslizando suas pernas por cima do meu ombro. E então eu estava de volta para baixo e ela montada em meu rosto. Como eu sonhei com isso a cada maldita noite. Ela se contorce e suspira acima de mim. Sem vergonha nenhuma. E eu a devoro em um frenesi de fome. Seus gemidos se tornam mais exigentes. Mais altos. Sua mão desce. E ela acaricia meu pau sobre minhas calças. Você já ouviu falar daqueles idiotas, que com duas bombadas já goza? Bem, se ela não parar de me tocar realmente rápido, você está caminhando para ter uma visão panorâmica de um desses.

Eu pego a mão dela e bloqueio seus dedos juntos. Kate aproveita para girar os quadris, esfregando sua linda boceta contra a minha boca. Ela se move uma vez, duas vezes... e então ela está vindo. Gritando meu nome entrecortado. Ela suspira fundo, quando retorna. Em seguida, ela desliza sinuosamente sobre o meu corpo, até que as nossa bocas estejam no mesmo nível. E estamos nos beijando. É selvagem e áspero - tudo língua e dentes. Minhas mãos passam através dos seus cabelos, deixando-o solto. Seus quadris moem contra meu pau, e sua umidade ultrapassa a minha calça. — Caralho, Kate. Eu vou chegar tão duro. Eu só espero que esteja realmente dentro dela quando fizer isso. Ela gira a língua em volta do meu mamilo antes que me diga: — Drew. Calça.Fora. Meus quadris levantam do chão quando eu rasgo o botão da minha calça. Eu me viro para empurrá-la com minha cueca até os joelhos, mas eu estou muito fora da minha mente para tirá-los completamente. Eu agarro seus quadris e desço mais para baixos. E meu pau desliza facilmente dentro dela. Cristo Todo-Poderoso. Nós congelamos - nossos rostos a poucos milímetros de distância - a respiração dura e entrelaçada. Meus olhos seguram os dela. E então ela se move. Devagar. Me tirando quase completamente para fora - antes de voltar para baixo. Minha cabeça cai para trás, e minhas pálpebras fecham. Isso é perfeito. Divino.

Minhas mãos estão abertas sobre seus quadris. Ajudando. Agarrando com força suficiente para machucar. E então ela se senta, arqueando as costas até que seu cabelo bate nos meus joelhos. Eu forço meus olhos abertos, a necessidade de vê-la. Sa cabeça inclinada para trás, os seios estão altos, e seus lábios estão abertos como gemidos eufóricos e palavras sem sentido. Você sabe quando às vezes você lê sobre fotos nuas da esposa de algum idiota que vazou na Internet? Eu nunca entendi isso. Mas agora eu entendo. Porque se eu tivesse uma câmera? Eu estaria tirando fotos dela como um fotografo maluco. Para capturar este momento. Para lembrar como Kate está agora. Porque ela está exatamente magnífica. Mais impressionante do que qualquer obra de arte no Louvre - mais deslumbrante do que todas as Sete Maravilhas do mundo juntas. Ela se move mais rápido, mais forte. E eu sinto a construção de um climax atravessando meu corpo. — Sim, Kate. Me monte... exatamente desse jeito. Os seios dela saltam com cada impulso. Hipnoticamente. E eu simplesmente não consigo resistir a sentir o gosto. Eu me sento e cubro um mamilo com a minha boca, lambendo e sacudindo seu pico duro com a minha língua. Ela grita, enquanto suas pernas envolvem as minhas costas - me puxando mais apertado - esfregando seu clitóris ao longo do meu caminho feliz. Ela está perto. Estamos fodidamente perto. Mas eu não quero que termine. Ainda não. Então eu rolo ela debaixo de mim, segurando a parte de trás de sua cabeça em minhas mãos, protegendo-a do chão de madeira, enquanto fico em

cima dela. As coxas abertas de Kate me dão as boas-vindas, e eu empurro ainda mais fundo dentro dela. — Oh Deus... oh Deus... O som de nossos corpos batendo e sua voz sussurrada enche a sala como uma sinfonia erótica. Não tem nada da Filarmônica de Nova York entre nós. — Deus! Oh Deus! Eu sorrio quando pego o ritmo — Deus não tem nenhum foda do caralho a ver com isso que está sentindo, baby. Claro, eu estou apaixonado, mas esse aqui ainda sou eu. — Drew... Drew... sim... Drew! Muito melhor. Você não acha que eu ia começar a vomitar palavras doces, frases melosas, agora não é? Desculpe desapontar. Além disso, eu gosto da palavra foda. Isso implica um certo nível de calor. Paixão. E é específico. Se o Congresso perguntasse se Bill Clinton fodeu Monica Lewinski, não teria havido qualquer pergunta sobre o que diabos eles estavam falando, haveria? De qualquer maneira, não importa muito o que você diz quando está trepando. Ou como está fazendo. Lento e suave ou rápido e violento - é o sentimento por trás disso que vai significar alguma coisa. Que como você faz já diz tudo. Cristo, eu estou iluminado, ou o quê? Você não tem orgulho de mim? Você deve ter.

Eu dobro meus braços e cubro a sua boca em um beijo devorador, duro. Então eu lambo o caminho até seu ombro e, pego firme, mordendo. Não duro o suficiente para furar a pele, mas com pressão suficiente para enviar Kate voando sobre a borda do caralho novamente. Eu endireito meus braços para que eu possa vê-la. Ela endurece mais uma vez, antes que venha duro e apertado debaixo de mim. Seus dedos perfeitamente pintados enrolam no ar quando ela goza. Seus músculos me apertam com força da base à ponta, como se fossem mãos desesperadas ordenhando um tubo de pasta de dente de baixo para cima, torcendo até a última gota. Minha cabeça rola para trás e meus olhos se fecham, enquanto eu solto um grunhido e amaldiçôo. E eu estou impotente - como um grão de areia nas mãos de um tsunami. Jatos de prazer correr em todos os poros do meu corpo, quando eu venho com a força de um maldito gêiser. Incrível. Nós enfrentamos a onda de êxtase juntos, até que nós dois estamos engolindo em busca do ar. E então eu caio em cima dela. Meu rosto fica no vale entre seus seios, meu estômago entre suas coxas. E alguns segundos depois, as mãos de Kate vão até as minhas costas, correndo pela minha espinha em um maldito caminho mais suave. Eu toco seu rosto com as mãos e a beijo. Lentamente agora. Languidamente. Seus olhos de corça sobre o meu. Mas não falamos nada. Nós não precisamos. E então eu sinto.

Você já viu um cavalo de corrida depois de estar afastado por um tempo? Eu já. Quando voltam para a pista, é como se o fogo fosse baleado em suas veias. Eles podem apenas correr e correr - inúmeras voltas - quilômetros de cada vez. Você vê para onde estou indo com isso? Eu viro nós dois mais uma vez, para que Kate mais uma vez esteja por cima, com os joelhos montando meus quadris, a cabeça dela contra o meu peito. Nós realmente deveríamos fazer isso na cama - o chão é muito duro. Mas novamente, isso não pode esperar. Kate levanta a cabeça e seus olhos se arregalam. — Já? Eu levanto minhas sobrancelhas. — Nós perdemos muito tempo recentemente. Aparentemente meu pau gostaria de compensar cada segundo. Você topa? Eu rodo meus quadris, e ela geme um pouco. Vou levar isso como um sim.

Capítulo Vinte e Oito Nós fizemos na cama. Eventualmente. Poucas horas e três orgasmos mais tarde, estamos deitados lado a lado, de frente um para o outro. Compartilhando um travesseiro. O travesseiro. — Diga isso de novo. É a décima vez que ela me pede. Mas eu não me importo. Eu vou dizer isso até que minha cara fique roxa, se é isso que ela quer que eu faça. — Eu amo você, Kate. Ela suspira. Parece preocupada. — Eu vou estar muito pegajosa e carente nas próximas semanas. Você deve estar preparado. — Eu vou estar inseguro e ciumento. Vai funcionar bem. Há um sorriso em sua voz. — Você me disse que não tinha ciúmes. Eu dou de ombros. — Eu também te disse que não ia mentir para você nunca mais. Suas mãos penteiam a parte de trás do meu cabelo suavemente. — Quando você soube? Eu sorrio. — A primeira vez que você me deixou entrar em você sem camisinha. Ela puxa meu cabelo. Duro.

— Ow! Jesus! Sua voz é exasperada, como uma mãe que acabou de pegar seu filho roubando um cookie que já comeu além do permitido, pela décima vez. — Drew. Isso não soa muito romântico. — Você não acha? Encontro força para levantar a cabeça, e então eu baixo sobre o mamilo já endurecido. Eu chupo duro, provocando com os dentes, antes de lentamente deixá-lo solto com um pop. — Porque eu acho que ficar dentro de você é muito, muito romântico. Quando eu começo a dar ao outro o mesmo tratamento, ela engasga. — Esse é um bom ponto. Eu rio. — Eles realmente são, querida. Deito minha cabeça de volta, e arrasto o meu dedo em seu braço, fascinado pelos arrepios que se levantam na minha trilha. — Você não vai me perguntar quando eu soube? — ela pergunta. — Quando você soube o que? Kate rola sobre seu estômago. E seus cabelos balançam sobre o ombro, atingindo a pele em minhas costelas. Cócegas é como uma pluma. É excitante. Sensual. E assim, eu estou pronto para ir novamente. Edward Cullen pode pegar sua heroína estúpida e ter uma overdose dela. Kate é a minha própria marca pessoal de Viagra. — Quando eu soube que estava apaixonada por você.

Você já reparou que Kate não retornou nenhum dos meus “Eu te amo”? Eu certamente reparei. Mas como eu disse - eu tento não colocar muita fé em palavras. Ações dizem mais. E cada movimento que Kate faz, me diz que estamos na mesma página. Ainda assim, eu estou curioso. — Quando? Ela se inclina e beija os meus olhos... minhas bochechas... e, em seguida, a ponta do meu nariz antes de plantar um doce em meus lábios. Em seguida, ela se inclina para trás. — Você se lembra daquele dia no meu escritório? Depois que Billy e eu terminamos, e eu estava chorando? Concordo com a cabeça. — Eu deveria estar devastada - E eu estava - por algum tempo. Mas então você veio, e colocou seus braços em volta de mim. E eu não queria nunca te deixar ir. Era como se tudo o que eu sempre necessitei, qualquer coisa que eu sempre quis, estava bem ali na minha frente. E foi aí que eu soube. Que, de alguma forma, você me prendeu, e eu estava totalmente apaixonada por você. — Ela ri baixinho. —Eu estava com tanto medo... Eu aposto. — ... porque eu nunca, nem um milhão de anos pensei que você se sentiria da mesma maneira. Eu acaricio o meu polegar em seu belo lábio inferior. — Eu já te amava, Kate. Eu apenas não sabia disso. Ela sorri e coloca a cabeça no travesseiro. Sua voz é suave e sincera. — Yeah. Você pode ser um verdadeiro idiota às vezes.

Era isso o que você pensou que ela ia dizer? Eu também não. — Me desculpe? Ela levanta a sobrancelha presunçosamente. — Eu só estou dizendo que, se você olhar para a nossa história... Antes que ela possa terminar, eu tenho-a presa debaixo de mim, suas costas contra o meu peito. — Essas são palavras para uma briga Kate. — Meus dedos percorrem as costelas lentamente. Tortuosamente. Ela começa a se contorcer e esfrega sua bunda contra meu pau. É bom. — Leve essas palavras de volta. — Não. Meus dedos se movem leve e rápido sobre ela. Cócegas sem piedade. — Diga', Drew Evans é um deus. Um brilhante deus, um gênio. Ela ri e grita — Drew! Pare! Pare! Eu não desisto. — Me peça direito e talvez eu pare. Me implore isso. Ela ri, mesmo quando está gritando. — Nunca! Você sabe o que dizem sobre nunca, não é? Ah, sim - isso vai ser divertido. Ela implorou. Você tinha alguma dúvida? Então, ela ficou em cima de mim, e eu fui o único a pedir misericórdia.

Agora eu estou deitado com a cabeça nos pés de Kate, massageando-os. Sua cabeça está na minha coxa. Quer saber como acabamos nessa posição? Nah - Vou deixar que você use a sua imaginação. — Então, o que Alexandra disse para você? — Eu lhe pergunto. — Mmm? Eu dobro o cotovelo e descanso minha cabeça em minha mão, para que eu possa ver o rosto de Kate. Ela parece completamente esgotada. Desgastada. De quem foi usada com força. É realmente uma boa aparência para ela. — No outro dia, em seu escritório, antes que concordasse em sair comigo. Você parecia diferente. Mais... receptiva. Será que ela te ameaçou? Ela ri, sonolenta e aperta os olhos abertos. — Não, sem ameaças. Ela me disse para pensar nisso como uma mulher profissional que era. Olhar para você como um empreendimento. Que cada investimento tem riscos, mas eu tenho que pesá-los contra o pagamento. Ela disse que com base na sua mais recente performance, você é um risco que vale a pena. Boa estratégia. Eu devia ter pensado nisso. — Eu devo lhe enviar flores. Sua mão esfrega minha coxa. — Mas não foi isso que me convenceu a lhe dar outra chance. Minha testa enruga. — Não? — Não. — Então o que fez?

Ela mexe o seu corpo, até que a cabeça esteja no meu peito, e não há um sopro de espaço entre nós. — Mackenzie. — Como ela a convenceu? — Ela me contou uma história, sobre como você a levou para Central Park no verão passado. E um garoto jogou areia nela. Eu me lembro daquele dia. Eu estava prestes a oferecer $50 dólares para um pestinha de seis anos, para dar um lição naquele pequeno babaca filho da puta. — E então ele veio até ela e disse que estava arrependido. Mas ela não tinha certeza se queria brincar com ele novamente. E ela me falou que você disse a ela que às vezes os garotos são estúpidos. E muitas vezes eles fazem coisas estúpidas. Então, de vez em quando, ela deve ter pena deles. E se eles dizem que estão arrependidos, ela deve lhes dar uma segunda chance. Não uma terceira ou um quarta... mas você disse a ela que todo mundo merece uma segunda chance. — Ela faz uma pausa. E ri. — E então você disse que se ele fizesse isso de novo, ela deveria chutá-lo nas bolas. Todas as garotas devem saber como se defender. Um chute certeiro vai fazer isso sempre. Isso é incrível, você não acha? Se não fosse a minha sobrinha perfeita, talvez eu não estivesse aqui agora. — Talvez eu deva comprar dois pôneis para ela. Kate sorri. E seus olhos me olham com desejo intenso. E eu fazer tudo com ela novamente.

— Você não tem senso de auto-preservação, não é? Eu balanço minha cabeça. — Não, não neste momento. Estou muito focado em... fornicação. Ela leva o seu joelho em volta do meu quadril. — Eu vou fazer você muito feliz, Drew Evans. Meus braços apertam em torno dela. —Você já fez. Após isso? O céu vai ser uma grande decepção. Eu mergulho minha cabeça e a beijo. Este é molhado, lento e maravilhoso. E ela está me beijando de volta. Como se ela nunca quisesse parar. E sabe de uma coisa? Isso funciona muito bem para mim. Então lá vai. Obrigado por ter vindo comigo nesse passeio. Mas você realmente deve sair agora. Você não deve acompanhar toda a minha vida sexual. Porque, se lembra quando eu disse que todos os caras falam com seus amigos sobre o sexo? Bem, nós fazemos. Mas nenhum homem fala com seus amigos sobre sexo com sua namorada. Nunca. Você realmente acha que eu quero que alguém se masturbe com o que Kate me deixa fazer com ela? Ou o que ela faz comigo? De jeito nenhum. Portanto, esta é a lugar onde você sai. Mesmo que o que estou prestes a fazer seja fantástico, é claro, portanto, sinto muito por você perder isso.

Ainda assim... depois de todas as dicas que lhe dei, eu sinto que eu devo lhe dar algumas palavras finais de sabedoria. Uma lição. Algo significativo. Então, vamos lá: Não assuma nada como fato. Mesmo se você acha que sabe tudo. Mesmo que você tenha certeza de que você esteja certo. Consiga a confirmação. Todas essas “merdas” clichês sobre certezas? Tenha a garantia disso. E se você não tiver cuidado, pode acabar lhe custando a melhor coisa que poderia acontecer com você. E outra coisa - não fique muito confortável. Se arrisque. Não tenha medo de colocar na linha. Mesmo se você esteja feliz. Mesmo se você acha que a vida é malditamente perfeita. Porque eu tinha uma vida uma vez. A vida que eu amava. Era consistente. Divertida. Era garantida. Segura. E então, uma noite, uma bela garota de cabelos escuros veio e estragou tudo no meu reino. Agora minha vida está uma bagunça. De um jeito bom. Uma rede gigante imprevisível de sexo e brigas. Frustração e ternura. Aborrecimento e carinho. Luxúria e amor. Mas isso é bom. Porque, enquanto Kate Brooks estiver enroscada nessa rede comigo? Bem, eu não posso imaginar nada melhor do que isso, porra.

Fim Surpresinha... logo depois dos agradecimentos

Agradecimentos

Minha gratidão ao Publishing Omnific - Elizabeth, CJ, Lisa e Enn em particular - por me dar uma chance e a oportunidade de transformar um sonho em realidade. Graças a minha editora, Colleen, por amar esses personagens, tanto quanto eu amo, e ver as coisas que eu não podia, me ajudando a fazer essa história melhor do que nunca teria sido sem ela. Meus agradecimentos e carinho aos meus muitos amigos on-line, cujo apoio e incentivo ajudou a fazer tudo isso acontecer. Agradeço a minha família, que me ensinou através do exemplo que o humor pode ser encontrado em qualquer lugar, mesmo nas situações mais inesperadas - especialmente nessas. E por último, mas não menos importante, agradeço aos meus filhos, as duas melhores coisas que eu já fiz - obrigada por me inspirar para tentar coisas novas, por me fazer rir e me deixar louca... e, finalmente, dormir durante a noite, então eu teria tempo e energia para escrever este livro!

Sobre a autora

Durante o dia, Emma Chase é uma esposa dedicada e mãe de dois filhos que mora em uma pequena cidade rural, em Nova Jersey. À noite, ela entra em uma cruzada nos teclados, trabalhando horas para levar seus personagens coloridos e suas palhaçadas infinitas para a vida. Ela tem uma relação de amor/ódio de longa data com cafeína.

Emma é uma leitora ávida. Antes que seus filhos nascessem, ela era conhecida por consumir livros inteiros em um único dia. Escrita também sempre foi uma paixão consistente, e com a publicação de seu romance de estreia, a capacidade de agora se chamar uma autora é nada mais nada menos do que um sonho realizado.

A Vadia Contra-Ataca (Ponto de Vista - Kate)

Os homens amam 'Guerra nas Estrelas'. Não da mesma forma que as mulheres amam Titanic ou Diário de Uma Paixão - Eu choro toda vez que eu assisto esses filmes. Mas 'Guerra nas Estrelas' é diferente para os homens. Não é apenas entretenimento. Eles acreditam nele. É o seu manual, sua Bíblia. Aparentemente, todos os segredos da vida podem ser encontrados nos filmes de George Lucas. Pelo menos nos três primeiros. De acordo com Drew, os três últimos são apenas “uma merda.” Estamos assistindo agora ' O Império Contra-Ataca'. Drew e eu estamos vivendo juntos há pouco mais de um mês. Mas parece que já faz tempo. Sabe quando você faz luzes no seu cabelo? E depois de apenas um ou dois dias você não consegue lembrar como se parecia antes? Não consegue imaginar um momento em que seu cabelo não era desta vibrante cor? É muito parecido.

Aqui estamos - no chão, aconchegados sob uma pilha de travesseiros e cobertores, comendo pipoca - enquanto Han Solo está prestes a ser congelado em carbonite. Ah, e Mackenzie também está aqui. Alexandra e Steven nos pediram para cuidar dela esta tarde. — Eu não entendo. Os olhos de Drew não se desviam da TV. — O que você não entende? Eu me sento, enquanto explico. — O homem está muito provavelmente prestes a morrer, e a mulher que ele queria todo esse tempo, finalmente, lhe diz que o ama - e o que é que ele disse? Eu sei? Que tipo de fala é essa? Drew parece genuinamente chocado. — Uh... A melhor na história do cinema? — Por que ele apenas não diz que a ama também? Ele se senta, me dando toda a sua atenção. Me preparo para receber um tutorial dos pontos mais delicados da lógica masculina. — Porque ele é o Han maldito Solo. Ele é o cara mais legal da galáxia. Ele não tem que dizer que a ama - olhe para tudo que ele fez por ela. Ela já deveria saber. Típico. Eu balanço minha cabeça e olho para Mackenzie, que está sentada entre nós. — Quando você se apaixonar? Procure um cara como Luke. Drew está altamente ofendido. — Não. De jeito nenhum... — Ele é doce. Corajoso, mas sensível. — Lucas é uma putinha chorona até Retorno do Jedi.

Mackenzie alcança sua calculadora e soma dez à conta. Você esqueceu a Jarra das Palavra Feias que está na mesa de café? Sim - está quase cheia. Eu digo que Drew deve apenas lhe comprar logo uma Ferrari agora. No momento em que ela tiver idade o suficiente para dirigir, eles devem estar perto disso. — Mackenzie, se você decidir que quer se casar- um dia -, deve ser com um cara como Han. Mackenzie vira a cabeça de Drew para mim, como se estivesse assistindo a uma partida em Wimbledon. — Ele é egoísta e egocêntrico. Sempre correndo para sua nave espacial... — Ela se chama Falcão Milenar. — Drew interrompe. Ignoro sua correção. — E ele é, obviamente, um playboy! Um mulherengo. Por que você quer Mackenzie com alguém assim? — Correção: ele era um mulherengo. Até que conheceu Leia. Ela o mudou. E Mackenzie - como Leia - vai ser inteligente, forte e poderosa. Ela vai comer um fracote como Lucas no café da manhã. Han, por outro lado, vai deixa-la feliz. Mantê-la satisfeita. Ele sorri - dessa forma que faz com que meu estômago aperte enquanto ele acrescenta — Como nós. Eu sorrio provocando. — Mas eu nunca estou satisfeita. Eu sempre quero mais. A voz de Drew cai sugestivamente. — Eu acho que vou ter que trabalhar mais, então. E assim, estamos na Terra da Luxúria. Acostume-se a isso - isso acontece frequentemente. Nossos olhares ficam presos um no outro, e nossas bocas

gravitam uma para a outra. Não se preocupe com Mackenzie; não é nada que ela não tenha visto antes. Drew ama as Demonstrações Publicas de Afeto. Porque quando se trata de carinho - e tudo mais, ele não está nem ai - ele é impaciente e mimado. Então, se ele quer me tocar, me beijar? Ele faz. E ele realmente não dá a mínima para quem está ao redor no momento. Isso pode ser um verdadeiro tesão - ou incrivelmente frustrante, dependendo das circunstâncias. Antes de nossos lábios se tocarem, o telefone toca. E a cabeça loira de Mackenzie aparece entre nós. — Eu vou atender! Alexandra disse que ela está realmente adorando atender ao telefone recentemente. — Residência Evans-Brooks? Ela deu um belo toque, não é mesmo? Ela escuta um pouco, então se vira para Drew. — Tio Drew, é o porteiro. Ele diz que há um pacote para você. — Diga-lhe para assinar para mim, e eu vou buscar mais tarde. Ela faz. Em seguida, ela ouve de novo e diz: — Ele diz que não deixam ele assinar. A testa de Drew sulca, se perguntando o que poderia ser. — Okay. Digalhe para manda-lo para cá.

Drew pausa o filme. Antes que ele se levante, ele pega a minha mão e beija suavemente. E seus olhos prometem que mais virá. Este é o nosso primeiro fim de semana com roupas. E apesar de adorar Mackenzie, eu estaria mentindo se dissesse que eu não estava olhando para a frente a alguma atividade não tão familiar mais tarde. Sim - meu nome é Kate, e eu sou uma viciada em sexo recém doutrinada. Mas vamos lá, olhe para o homem. Você pode me culpar? Drew abre a porta, e um homem uniformizado lhe entrega uma prancheta, antes de deslizar uma caixa de papelão grande - com furos na parte superior - através da porta. Drew assina, olha para a caixa, e chuta a porta com o pé. — O que é... Antes que ele possa terminar, um coro de sons emerge da caixa. Miados. A mandíbula de Mackenzie cai quando ela corre para frente. — Soa como gatinhos! — Ela levanta a tampa da caixa. — É! É uma caixa cheia de gatinhos! É verdade. Eu me levanto e olho para dentro. Oito gatinhos, para ser exata. Drew olha acusadoramente para o entregador. — Que porra é essa? — Estes são os seus filhotes adotivos. — Meus o quê? O Homem dos Gatinho verifica a prancheta. — Drew Evans, certo? Ele acena com a cabeça.

— Você se inscreveu para ser um pai adotivo de animais. Estes são seus pelas próximas quatro a seis semanas. Drew já está balançando a cabeça. — Eu não me inscrevi para essa merda. Eu odeio gatos - eles são animais de estimação de Satanás. O Homem dos Gatinhos entrega a Drew a prancheta. — Isso não é o que diz aqui. A esta altura, Mackenzie está arrulhando e acariciando os gatinhos. E eu cubro minha boca para não rir. Você já descobriu? — Eu vou matá-la. Eu juro por Deus! Eu vou ser filho único no momento em que esse dia terminar! Isso é quando eu começo a rir. Em voz alta. Quando eu lhe pergunto: — O que você esperava? Ela teve um animal de fazenda entregue em seu apartamento na manhã de Natal. — Aquilo foi um presente! Isso é apenas maldade. Drew entrega a prancheta de volta para o Homem dos Gatinhos. —Leveos de volta. Houve uma confusão. Eles não podem ficar. O Homem dos Gatinho parece desapontado. — Isso é muito ruim. Sem você, esses carinhas sofrerão eutanásia até o final do dia. Grandes e redondos olhos azuis fitam Drew diretamente. — O que é eufanasia, tio Drew? Drew olha pra sua carinha triste por cerca de cinco segundos. Então, ele abaixa a cabeça em derrota. — Maldição.

Sorrio para Mackenzie. — Isso significa que os gatinhos estão ficando, querida. — Yippee! — Ela começa a tira-los para fora da caixa, um por um. O Homem dos Gatinhos vira para ir embora. — Boas festas. Deus os abençoe. Drew faz uma carranca. — Sim, sim. Feliz Ano Novo do caralho. Então, ele chuta a porta fechada. — Eu vou chamar você de Nala, e Simba, e você fofinho e esse carinhoso... e esse aqui vou chamá-lo de Drew Júnior! Ele parece com o tio Drew, não parece, tia Kate? Oh, sim - eu já sou a tia Kate. Quão legal é isso? — Ele parece. Ele é muito bonito e parece inteligente demais. Você não acha, Drew? Ele ainda está fazendo beicinho. — Yeah. Fantástico. Ei, tenho uma ideia - vamos levar Drew Junior e seus companheiros até o rio Hudson e ver se eles podem nadar? Eu passeio em direção ao meu namorado. — Você não quer fazer isso. — Com o foco de Mackenzie ainda sobre os gatinhos, eu deslizo minha mão sob a camiseta de Drew e raspo minhas unhas sobre seu abdômen. Isso recebe sua atenção. — Eu não quero? Eu mantenho a minha voz baixa. — Não... Porque resgatar pobres animais indefesos me faz ficar muito... quente.

Drew levanta as sobrancelhas. — Quão quente? Eu lambo meus lábios. Ele observa. — Muito. Eu provavelmente vou precisar de você para me refrescar com... cubos de gelo... ou chantilly... Ele coloca as mãos nos meus quadris e me puxa para frente. — Mmmm. Talvez... gatinhos tenham seus pontos positivos, afinal. Eu sorrio e aceno de cabeça. E, em seguida, nossas bocas se unem. Eu envolvo meus braços ao redor do pescoço dele, e os meus pés deixam o chão quando Drew me levanta. Assim que sua língua sai para brincar com a minha, Mackenzie chama, — Tio Drew! Simba fez xixi no tapete! Ele suspira. E pressiona a testa contra a minha. — Estou enviando à conta a cadela, quando eu mandar lavar esses tapetes. Não... melhor... Eu vou mandar substitui-los. Isso vai ser uma mordida na sua bunda. Eu não o quero muito focado em uma guerra com a sua irmã. Não quando há tantas outras - mais agradáveis - coisas nas quais ele pode se concentrar. — Deixe para lá, Drew. E depois que Mackenzie for embora, você pode morder a minha bunda em seu lugar. Ele ri. E morde minha orelha. — Você está certa. Isso vai ser muito mais divertido.

O Fim da Lua de Mel Endorfinas: substâncias químicas no cérebro que instilam sentimentos de bem-estar ou euforia. Elas são a razão pela qual continuamos voltando para a academia para nos punir com os treinos. Elas são a razão pela qual até mesmo o homem mais tenso na terra pode cair no sono depois de uma boa transa. Elas também são responsáveis por um fenômeno conhecido como o período de lua de mel. Você sabe do que estou falando. É o início de um relacionamento quando tudo é doçura e amor. Todo mundo está em seu melhor comportamento. Caras não soltam gases; mulheres não comem. Ou, se eles não conseguem evitar, até mesmo os piores hábitos parecem a coisa mais adorável desde os mais punks e nojentos. O bonitinho ronco dele, o delicioso roer de unhas dela. Os seres humanos não são os únicos a passar por um período de lua de mel. É uma experiência entre várias espécies. Na verdade, sem ele, os tubarões deixariam de existir. Veja, os tubarões são predadores naturais. Eles vão comer qualquer coisa - incluindo seus próprios filhotes.

Logo após o parto, no entanto, o cérebro da mamãe tubarão é inundado com endorfinas, colocando-a em uma espécie de coma em êxtase. Isso dá ao bebê tubarão cerca de dez minutos para nadar para longe. Porque, se ele ainda estiver por perto quando mamãe acordar? Ele é o almoço. O que nos leva a outra característica universal do período de lua de mel: Eventualmente, ele termina. *** — Hey, Kate? É sábado à tarde. Matthew e Steven vieram em casa. Estamos na sala assistindo ao jogo. — Kate! E nós precisamos de cerveja. Claro, ela está no escritório trabalhando, mas os Yankees estão jogando. E eu sou um menino de Nova York - nascido e criado. O que significa que existem apenas duas equipes que eu gosto: o Yankees e quem está jogando no Boston porra Red Sox. — KAAATE! Ela aparece na entrada da sala, os braços cruzados, quadril engatilhado. Ela está usando um vestido - curto, com um padrão floral sexy e botões na frente para facilitar a remoção. Eu adoro o criador do vestido. Sua voz está irritada. — O que é, Drew?

Eu lhe lanço um sorriso. — Hey, baby... você poderia nos pegar algumas cervejas da geladeira? Os animais são não verbais. Um cão macho não pode dizer a um cão fêmea, me foda agora, eu quero ter o seus filhotes. Então, ao invés disso, ela enfia o rabo no ar. Agora, se acontecer de o cão macho ler seus sinais de forma errada? Se ele pula na bunda dela antes dela estar levantada? Ele apenas pode ter suas bolas mordidas. As mulheres são muito parecidas com as femêas caninas - ou cadelas, se você quiser a terminologia correta - e Deus ajude o homem que interpreta-las errado. Voltaremos a isso mais tarde. Por enquanto, quando Kate levanta uma sobrancelha para mim, eu sei que ela está procurando uma explicação. Faço um gesto em direção à televisão. — Jeter está prestes a bater o recorde de todos os tempos. Ela suspira. Pacificada. — Ok. — Então ela se dirige para a cozinha. Poucos minutos depois, ela volta com os braços cheios de garrafas de cerveja. Ela entrega uma para Matthew. — Obrigado, Kate. E um para Steven. — Obrigado. E uma para mim. Tomo um gole. E recuo. — Ah, isso é mijo quente. — Eu entrego-a de volta para ela. — Eu peguei da geladeira.

Com os olhos ainda sobre o jogo, eu balanço meu pulso, espantando-a de volta para a cozinha. — Você tem que pegá-las na parte de trás da geladeira. É aí que as geladas estão... Vamos lá, A-Rod! Tire sua cabeça fora de sua bunda e ponha-a dentro do jogo! E devemos fazer uma pausa aqui por um momento. Lembra-se daqueles cães que eu estava falando? As pistas? Enquanto eu estava assistindo TV, eu perdi algumas. Dê uma olhada: Steven está sorrindo, quase rindo. Depois de toda a punição que ele recebeu da minha irmã ao longo dos anos, ele desenvolveu um senso extremamente sádico, quando se trata de olhar outras pessoas entregar a sua bunda de bandeja. Então, há Matthew. Só Deus sabe o tipo de penalidades doentes e depravadas que Delores tem infligido ao pobre coitado, porque ele apenas parece assustado. Kate, por outro lado, está olhando para a minha mão como se fosse uma barata. Que ela quer esmagar. E então ela tem uma ideia - uma maravilhosa e terrível ideia. Se você olhar forte o suficiente, você pode ver a lâmpada em cima de sua cabeça. Ela sorri e sai da sala. Eu perdi tudo isso na primeira vez. Poucos minutos depois, Kate volta carregando um balde de gelo cheio de cerveja. Não, não são garrafas de cerveja. Apenas a cerveja, o liquido. Ela fica ao lado do sofá, e eu - os olhos ainda sobre o jogo - levo a minha mão para a bebida. E ela levanta o balde e despeja sobre a porra da minha cabeça. Splash.

Eu salto para cima, pingando e asfixiado. — Jesus Cristo! Ela me pergunta docemente: — Está suficiente gelado para você, querido? Eu limpo o meu rosto com a mão e olho para ela. — Você está doida? Ela encara de volta. — Não, e eu não sou uma garçonete também! Embora eu espere que você mostre um pouco mais de cortesia com elas. Matthew se levanta. — Eu vou ao Bar McCarthy, e assistirei ao jogo de lá. Steven pega o seu casaco. — Eu vou com você. Eu torço a barra de minha camisa. — Segure o táxi para mim, pessoal. Eu já estarei lá embaixo. Matthew ri. E me dá um tapinha nas costas. — Claro que você vai, amigo. Tchau, Kate. — Até mais tarde, Kate. Ela não responde para eles. Ela está muito ocupada tentando me matar com os olhos. E com isso, Matthew e Steven fazem sua fuga. Enquanto Kate e eu olhamos furiosos para o outro. Ding-ding. Yep - é o sino. Começou o primeiro round. ***

Eu começo com calma. Quando verbalmente brigar com um adversário, é sempre melhor ficar equilibrado. Escolha suas palavras com cuidado. Seja esperto. E letal. — O que é isso? Aparentemente, Kate não compartilha a minha filosofia. — Você me diz, Drew! Diga-me por que diabos Matthew e Steven podem dizer por favor e obrigado e tudo que eu faço, e de você recebo uma... — ela agita sua mão com desdém, imitando a minha ação mais cedo. E mais uma vez eu fico composto. Ainda pingando - mas composto. — Então você está me dizendo que você desperdiçou boa cerveja e arruinou a minha tarde de sábado porque eu esqueci minhas boas maneiras? — Por que você não pode apenas dizer isto? — E por que você não pode apenas dizer: 'Ei, Drew, um agradecimento seria bom?' Era preciso ser como a porra de uma rainha do drama sobre isso? Ela cruza os braços e zomba: — Eu não sou uma rainha do drama. Eu ergo os dedos. — Duas palavras, Kate: terno Chanel. Você se lembra, não é? O que eu comprei para ela na Saks, depois da nossa primeira festa de sexo? Seus olhos se estreitam. — O que tem? Minhas sobrancelhas subiram. — O que tem? Você ateou fogo.

Sim - ela e Delores fizeram como as pessoas desabrigadas e incineraram a maldita coisa no lixo do lado de fora do antigo edifício de Kate. Ela encolhe os ombros. — Então? Você não era nada para mim, e eu queria ter certeza de tudo que você já tinha me dado era nada também. E isso, meninos e meninas, é chamado provar o meu ponto. Eu sorrio. — Eu realmente não preciso dizer mais nada. Ela revira os olhos. — Qualquer que seja. Eu não joguei cerveja em você só porque você se esqueceu de dizer obrigado. Eu não sou uma puta histérica e psicopata. Certo. E se anda como um pato e fala como um pato... é um cavalo. Ela continua. — Há um monte de coisas que estão me incomodando ultimamente. — Como o quê? Na verdade, estou curioso. Tanto quanto eu sei, Kate e eu temos o relacionamento perfeito. E eu - claro - sou o namorado perfeito. — Tipo como você nunca me ajuda a limpar na cozinha. Toda vez que cozinhamos, você desaparece, enquanto eu estou presa em lavar, secar e arrumar! Minha voz se torna um pouco mais alta. Defensiva. — Você é a que mais cozinha. Eu imagino que você queira organizar a cozinha! Eu não quero estragar seu sistema. E isso é parcialmente verdade. Mas se eu estou for totalmente honesto, eu nunca vi o meu pai lavar um prato em sua vida. Nem mesmo uma maldita colher. E Steven - a única vez que tentou ajudar a cadela com a roupa? Ela se

chateou e gemeu durante uma semana sobre como ele arruinou seus delicados e suaves tecidos, ou qualquer merda que eles eram. — E você nunca reclamou antes. Se você quer minha ajuda, por que apenas não me pede? Seu volume chega a decibéis máximos. — Por que eu tenho que te perguntar? Você é um homem adulto! Você deve apenas saber! E lá está ela, crianças. A Famosa Mente do Caralho Feminina. Essa é a abreviação de: Se você não pode ler suas mentes? Você está fodido. E quanto aquela compostura que eu estava tão orgulhoso? Sim - ela acabou de escapar. — Bem, eu não fiz isso! Pelo amor de Deus, não me dê corda suficiente para me enforcar e depois corte minhas bolas fora quando eu realmente fizer isso! Você deveria ter me dito! Kate empurra meus ombros, e minha camisa faz um barulho molhado. — Tudo bem. Você quer saber? Eu vou te dizer agora. Apesar do que eu disse, não, eu não quero saber. Nenhum homem gosta de ser criticado. Ninguém quer ser saber que eles são mimados. Então, como qualquer homem sob ataque, eu fui para a ofensiva. — Você não é exatamente uma alegria para viver o tempo também. Isso interrompe o discurso de Kate na hora. Sua testa sulca ligeiramente. — O que é que isso quer dizer? Honestamente? Eu não tenho nenhuma ideia. Eu tenho duas reações a algo que Kate faz: ela me faz sorrir ou ela me deixa duro. Sorriso, duro, sorriso,

duro, sorriso... duro. Normalmente os dois ao mesmo tempo. Você conhece a canção “Every Little Thing She Does Is Magic”? É muito parecido. Nada que ela faz me brocha. Mas eu não vou deixá-la saber disso. Este é a nossa primeira briga, desde que estamos morando juntos. Ganhar é crucial. Eu tenho que criar um precedente. Assim, o gênio que eu sou, eu vomito a primeira coisa que vem à minha cabeça. — Você mastiga suas canetas. — O quê? Agora é tarde demais - tenho que me manter nisso. — Quando estamos trabalhando no escritório. Você mastiga sua caneta. É uma distração. Parece que alguma marmota enlouquecida está tentando comer o seu caminho através da parede. Chck, chck, chck, chck. Ela pensa sobre isso por um momento. E encolhe os ombros. — Tudo bem. Eu não vou mastigar minha caneta mais. Mas não estamos falando de mim agora. Estamos falando de você... e... e como você me desrespeita. Espere um pouco. Volte um pouco. Eu sou uma pessoa extremamente respeitosa. Sempre. Mesmo o meu velho eu, foda-me-uma-vez-e-não-falecomigo-de-novo. Era de um maldito cavalheirismo. — Do que diabos você está falando? Como posso desrespeitar você? Seu tom é cortante. Acusador. — Você nunca, nem uma vez trocou o rolo de papel higiênico. Ela está brincando, certo? Sério. Diga-me que ela está brincando comigo. — E como é que eu não trocar o rolo de papel higiênico desrespeita você?

Seu rosto fica branco, como se estivesse chocada que eu não entendo imediatamente a loucura que é isso. — Bem, quem você acha que vai trocá-lo? — Uhh... Se eu não fizer? Ela estende os braços para fora, como se eu dissesse as palavras mágicas. — Exatamente. Eu belisco meu nariz. Talvez se eu contiver o fluxo de sangue para o meu cérebro, eu possa desmaiar. Ela continua: — Você não pensa sobre isso! Você acabou de assumir, 'Oh, Kate irá troca-lo. Ela não tem nada melhor para fazer…’ Eu coloco minha mão para cima, cortando-a. —Não, não - eu não acho isso! Se eu precisar de papel higiênico e ele estiver lá, eu uso. Se não estiver, eu improviso. Seu rosto enruga. — Bem, isso é nojento. Então, isso é o que se sente ao ficar preso em areia movediça. Você chuta e luta... mas você continua afundando. — Você sabe o quê? Ok, tudo bem. Você está certa. Eu vou trocar o rolo de papel higiênico a partir de agora. Problema resolvido. Mas, aparentemente, não está. Ela cruza os braços. — Eu não quero estar certa, Drew. Eu não quero que você troque o rolo de papel higiênico porque eu estou gritando com você. Eu quero que você queira trocar o rolo de papel higiênico.

Ok - agora eu começo a rir. Eu não posso evitar. — Por que diabos alguém iria querer trocar o rolo de papel higiênico! Ela parece ofendida. Muito. — Por mim. Por mim, Drew! Você sabe, acontece que eu gosto de fazer as coisas para você porque eu te amo. Para te agradar. Quando isso se torna... Obrigação... então, eu me sinto degradada. E isso me faz não querer fazer as coisas por você! Seus lábios estão se movendo. Eu sei que ela está tentando me dizer algo. O que é? Nenhuma pista. — Eu nem sei o que isso significa! Ela aponta o dedo para mim. E ergue ele para cima e para baixo. — Sim, você sabe! Você só está propositadamente não vendo meu ponto para me deixar louca. Não, eu realmente não estou. Porque a julgar por essa conversa? Ela já está lá. E então um pensamento me ocorre. — Você está de TPM? Sua boca se escancara. E você pode querer dar um passo para trás porque eu acho que sua cabeça pode realmente explodir. Ela pega a coisa mais próxima que pode alcançar - um porta retrato com uma foto de nós dois nas férias, há dois meses - e arremessa-o em minha cabeça. Estilo Frisbee. Sorte minha que ela tem má pontaria. A prateleira atrás de mim? Não teve tanta sorte. Quebrada.

— Por que é que sempre que uma mulher está chateada por um justo motivo, o cara sempre culpa a TPM? Por favor. Eu estive naquela ponta, recepcionando a psicose prémenstrual induzida de Alexandra muitas vezes o suficiente para reconhecer os sinais. — Oh, eu não sei... poderia ser, pois geralmente é a razão? É quando Kate começa a me socar. Com ambos os punhos. Como um garoto do jardim de infância batendo no tapete de cor pastel. — Você... é... tão... idiota! Em algum lugar entre o segundo e o quinto soco, meu pau espreita para fora de onde está se escondendo desde o banho de cerveja para reavaliar a situação. Para ver se há alguma maneira de transformar este triste estado de coisas em algo... um pouco mais do seu agrado. Ele acha que existe. E assim que eu pego os pulsos de Kate e apoio-a contra a parede, segurando suas mãos sobre a cabeça. Deus – ela está linda. Seu queixo está alto, e seus olhos estão brilhando. — Eu não gosto de você agora! Eu sorrio. — Eu estou sentindo isso. Ela torce e puxa, mas não consegue se libertar. Como alguns peixes bonitos e exóticos presos numa rede.

— Você é um idiota insensível. Eu me inclino, pressionando a parte inferior de nossos corpos juntos. — Eu me ressinto disso. Meu pau na verdade está extremamente sensível. Quer ver? Kate entende o que está vindo e abre a boca para protestar. O que funciona bem para mim. Eu deslizo para baixo e cubro seus lábios com os meus. Ela tenta virar a cabeça longe, mas eu lhe agarro o queixo e mantenho apertado. O que lhe permite ter uma mão recém-liberada e ela enterra no meu cabelo. Antes de arrancar com toda a porra de sua força. Eu levanto a minha boca da dela. — Mal humorada. Eu aprecio que você esteja tentando tornar as coisas mais interessantes, mas não é realmente necessário. E então eu estou em seu pescoço, mordendo e chupando, trabalhando o meu caminho até seu decote. Kate dá um tapa no meu ombro, mas não há esforço real por trás disso. O que significa que eu estou conseguindo convencê-la. — Eu ainda estou brava com você. — Tenho certeza de que você está. Eu descanso meu nariz contra sua pele, inalando profundamente. Então eu tomo um mamilo na boca - por cima do vestido - e sugo com força. Veja, os seios de Kate são uma espécie de botões para começar. Não importa o quão cansada ou mal-humorada ela possa estar, um pouco de atenção a essas meninas malvadas, muda as coisas bem rápido.

Sua cabeça bate contra a parede. E ela geme, segurando a minha cabeça no lugar. Motor ligado. Eu seguro seu joelho e levanto, envolvendo a minha cintura, no alinhando, e me esfrego contra ela. E apesar das minhas roupas encharcadas, eu posso sentir o quão quente ela está. Ligada. — Você é um filho da puta. Eu rio. — Então, você já disse. Eu a beijo novamente, nossas línguas se embaraçando em sua própria batalha sensual. Então, eu deslizo minha mão entre nós, até sua calcinha. Ela é lisa e suave. Veludo úmido. Quando eu empurro dois dedos dentro dela, sua voz muda. É apenas gemido ofegante e - sem mais um traço de irritação na voz. — Deus... Drew... E então ela me puxa contra ela e me beija de volta com tudo o que ela tem. Me dizendo sem palavras o que eu sempre soube: tesão e raiva são uma combinação fabulosa. Eu tiro meus shorts e arrasto suas pernas em volta de mim novamente. Pressionando-a contra a parede. Mas, assim que eu estou prestes a deslizar para dentro de casa, Kate coloca a palma da mão contra a minha testa e me empurra de volta. — Espera... não... Espere...

O quê? Esperar? Eu odeio esperar. — O quê? Mesmo que ela esteja ofegante, os olhos estão redondos e escuros com... preocupação. — Nós temos que conversar sobre isso. Nós não podemos cobrir todos os nossos problemas com o sexo. Tenho algumas questões importantes aqui, e se queremos que isso funcione, precisamos resolver isso. Eu pressiono minha testa na dela. Pensando. Ou tentando, de qualquer maneira. Com o meu pau tão perto de Meca, é difícil lembrar do meu próprio maldito nome no momento. E então tudo se torna claro. E eu olho para o rosto de Kate. — Então, em poucas palavras... Você quer que eu pare de ser um idiota? Ela pondera sobre isso. E então ela concorda. — Yeah. Basicamente isso. Concordo com a cabeça também. — Entendi. Isso é realmente tudo o que precisava dizer, baby. E, em seguida, aqueles lábios que eu amo se abrem em um grande e feliz sorriso matador. — Ok, então. — Ela raspa meu lábio inferior entre os dentes antes de passar pela minha mandíbula e mordiscar o meu pescoço. Então, ela sussurra: — Você vai perder o jogo. Eu rasgo sua calcinha e tiro o que sobrou de seu vestido fora do meu caminho.

— Foda-se o jogo. — É por isso que Deus inventou o gravador, certo? Ela ri maliciosamente. E me olha diretamente nos olhos. — Eu prefiro que você me foda. Já mencionei o quanto eu absolutamente adoro essa mulher? Eu me inclino para trás apenas o suficiente para rasgar a minha camisa encharcada sobre a minha cabeça. — Deus, eu te amo. Kate ri novamente. E na melhor imitação Han Solo, me diz: — Eu sei.

***

Ok, senhoras - o que aprendemos com esse exemplo? Mantenha as coisas simples. Seja ampla, mas não nos atole com detalhes. Isso só vai nos confundir. Você é um idiota. Você é um pateta. Pare de ser desse jeito. Alguma das situações acima devem funcionar muito bem. Quanto a Kate e eu? Tivemos a nossa primeira briga vivendo juntos em pecado. E foi um marco. No geral, eu acho que fui muito bem. De fato, se todas as nossas brigas acabarem assim? Eu não vou reclamar. Não. Espere. Eu retiro o que disse.

Se todos as nossas brigas acabarem assim? Estou pensando em brigar pra caralho.

Fim

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