PRÓLOGO

Grant

Por que eu estava aqui? Qual era a porra do propósito? Eu tinha começado tão mal? Sério? No passado, eu teria sido capaz de fazê-la esquecer de tudo e ir embora. Nannette tinha sido a minha foda durante anos, mas, depois de um tempo, ela começou a ficar carente. E eu gostava dela. De alguma forma, ela conseguiu ficar sob minha pele. Eu queria ser desejado. Eu era assim: patético. Meu pai raramente me ligava, minha mãe decidiu que preferia modelos franceses ao invés de mim, há muitos anos atrás. Eu estava ferrado e no inferno. Era hora de deixar isso pra lá. Nan precisou de mim por um tempo quando sentiu que começava perder Rush, seu irmão e seu porto seguro, para sua nova vida com sua esposa e filho. Não que Rush não fosse recebê-la de braços abertos – mas o problema é que Nan era uma vadia. Tudo o que ela tinha que fazer era aceitar a esposa de Rush, Blaire. Era só isso. Mas a mulher era teimosa e não faria isso. Eu tinha sido os braços para os quais ela sempre correu e como um tolo estava sempre disponível para ela. Agora, tudo o que eu tinha era um monte maldito de drama e um coração ligeiramente partido. Ela não tinha reivindicado isso. Não totalmente. Mas ela tinha tocado um lugar em mim que ninguém nunca tocou. Ela precisava de mim. Ninguém nunca precisou de mim. Isso me enfraqueceu.

Para provar meu ponto, aqui estou eu, na casa do pai de Nan, procurando por ela, esperando por ela. Ela está solitária novamente e Rush não virá em seu resgate. Ele tirou a capa do Superman e decidiu que seus dias de vir ficar ao lado de Nan acabaram. Eu queria isso. Por mais doente que isso fosse, eu queria ser seu herói. Porra, eu era um viadinho. “Bebe garoto. Cacete, sei que você precisa disso”, Kiro, o pai de Nan, disse enquanto empurrava uma garrafa meio vazia de tequila em minhas mãos. Kiro era o vocalista da banda de rock mais lendária no mundo. Slacker Demon esteve na ativa por 20 anos e suas músicas ainda chegavam ao número um nas paradas sempre que lançavam um novo álbum. Comecei a argumentar, mas mudei de ideia. Ele estava certo. Eu precisava de uma bebida. Não pensei sobre onde a boca do cara tinha estado quando eu toquei meus lábios na borda da garrafa e inclinei-a de volta. “Você é um garoto inteligente, Grant. O que não consigo entender é por que diabos você está se metendo nas merdas de Nan,” Kiro disse conforme afundava no sofá de couro branco na minha frente. Ele está usando um par de jeans pretos apertados e uma camisa prata, desabotoada e aberta. Tatuagens cobrem seu peito e braços. As mulheres ainda ficam loucas por ele. Não pela sua aparência. Ele é magro pra cacete. Uma dieta de álcool e drogas também faria isso com você. Mas ele era Kiro. Isso era tudo o que importava para elas. “Você vai me ignorar? Inferno, ela é minha filha e eu não posso me meter com ela. Maldita vadia louca, assim como sua mãe.” ele falou pausadamente antes de enrolar um baseado.

“Isso é o suficiente, papai.” A voz musical que estava encontrando seu caminho para as minhas recentes fantasias, veio da porta. “Aí está a minha menininha. Ela saiu de seu quarto para nos visitar,” disse Kiro, sorrindo para a filha que ele realmente amava. A única que ele não tinha abandonado. Harlow Manning estava de tirar o fôlego. Ela não se parecia com a filha de um astro do rock. Ela parecia uma inocente e doce garota do interior, com cabelos longos escuros e olhos que faziam você esquecer seu maldito nome. “Eu estava indo ver se você planeja jantar em casa hoje à noite ou se vai sair”, disse ela. Observei quando ela entrou na sala e propositadamente me ignorou. Isso só me fez sorrir. Ela não gostava de mim. Eu a conheci na festa de noivado de Rush e Blaire. Em seguida, falei com ela na recepção do casamento deles. Ambas às vezes não tinham terminado bem. “Estava pensando em sair. Preciso festejar um pouco. Fiquei dentro desta casa por um maldito longo tempo.” “Oh. Tudo bem”, ela disse com aquela voz suave que eu juro que era inebriante. Kiro franziu o cenho. “Você vai ficar sozinha? Se trancar naquele quarto, com seus livros te fazendo companhia, bebezinha?” Eu não conseguia tirar os olhos de Harlow. Ela raramente aparecia quando eu estava aqui. Nan não era exatamente legal com ela. Entendi por que ela não gostava de Harlow. Ela era devorada pelo ciúme quando Harlow estava presente, mesmo que não fosse culpa de Harlow que Kiro a amava e que parecia não dar a mínima para Nan. Harlow iluminava uma sala inteira quando entrava. Havia uma tranquilidade nela que era difícil de explicar. Isso fazia você querer chegar perto dela e ver se podia mergulhar dentro. E esse seu

jeito fez com que fosse mais fácil pessoas tão egoístas como Kiro amá-la. Nan tornou difícil para as pessoas normais amá-la - muito menos alguém como Kiro Manning. “Não, estou bem. Eu iria esperar para comer com você, se planejasse comer aqui. Se não, vou comer um sanduíche no meu quarto.” Kiro começou a sacudir a cabeça. “Não gosto disso. Você fica muito lá dentro. Quero que você pare de ler por hoje. Grant está aqui e ele precisa de um pouco de companhia. Ele é um cara bom. Fale com ele. Vocês podem jantar juntos enquanto ele espera a Nan voltar.” Harlow enrijeceu e finalmente olhou na minha direção, mas apenas por um momento. “Eu acho que não.” “Vamos lá, não seja esnobe. Grant é um amigo da família. Ele é irmão do Rush. Jante com ele.” A espinha de Harlow enrijeceu e ficou ainda mais ereta. Ela se virou para não fazer contato visual comigo. “Ele não é irmão de Rush. Se ele fosse, seria ainda mais nojento, por ele estar dormindo com a Nan.” Kiro sorriu como se Harlow fosse a pessoa mais engraçada do mundo e ele estava orgulhoso de sua coragem. “Minha gatinha tem garras, e aparentemente, só você as tira para fora. Dormir com a irmã má tem colocado você na lista de merda da minha bebezinha. Agora isso é engraçado pra diabos.” Ele parecia extremamente divertido enquanto dava outra tragada no baseado. Não estava me divertindo. Não gosto do fato de Harlow me odiar. Eu não tinha certeza de como, no inferno, eu iria corrigir isso. Virar as costas para Nan não seria possível. Ela não seria capaz de lidar com mais alguém a chutando. Mesmo que sua bunda sacana

mereça. Não iria me deixar imaginar sobre o cara da banda com quem ela estava dormindo atualmente. Acho que eu estava errado sobre esses caras. Eu tinha certeza de que eles estavam dormindo um com o outro. Em vez disso, eles estavam todos dormindo com a Nan. “Tenha uma boa noite papai”, disse Harlow, em seguida virouse e saiu da sala antes que Kiro pudesse exigir que ela ficasse comigo. Kiro deitou a cabeça para trás e fechou os olhos. “Que pena que ela te odeia. Ela é especial. Até hoje só conheci outra pessoa como ela e era sua mãe. A mulher roubou meu coração. Eu a adorava. Adorava a porra do chão que ela pisava. Eu teria jogado toda essa merda fora por ela. Tinha planejado isso. Só queria acordar todas as manhãs e vê-la ali ao meu lado. Eu queria vê-la com a nossa menina e saber que elas eram minhas. Mas Deus a queria mais. Levou-a para longe de mim, cacete. Nunca vou superar isso. Nunca.” Essa não foi a primeira vez que eu o ouvi divagar sobre a mãe de Harlow. Ele fazia isso sempre que estava alto. Ela era a primeira coisa que vinha à sua mente. Eu não conhecia esse tipo de amor. Me assustava muito, no entanto. Não tinha certeza se alguma vez quis conhecer. Kiro nunca se recuperou. Eu o havia conhecido desde quando ainda era criança e meu pai havia se casado com a mãe do Rush. Rush pedira a seu pai Dean Finlay, o baterista do Slacker Demon, para me levar com eles em uma de suas visitas de fim de semana. Eu estava temeroso. Tinha sido o primeiro de muitos fins de semana. E o Kiro sempre falaria sobre “ela” e amaldiçoaria a Deus por levá-la. Isso tinha me fascinado, mesmo quando criança. Eu nunca tinha testemunhado esse tipo de devoção.

Mesmo depois do curto casamento do meu pai com a mãe de Rush, Georgianna, eu continuei muito próximo de Rush. Seu pai ainda vinha me buscar às vezes, quando ele pegava Rush. Eu tinha crescido conhecendo pessoalmente a banda de rock mais lendária do mundo. “Nan a odeia. Quem pode odiar Harlow? Ela é muito doce para se odiar, maldição. A garota não fez nada para Nan, mas Nan é ruim como uma serpente maldita. Pobre Harlow, espero que fique longe dela. Odeio ver a minha menina assim, indefesa. Ela precisa ser mais dura. Ela precisa de um amigo.” Kiro colocou seu baseado em um cinzeiro e virou a cabeça para olhar para mim. “Seja amigo dela garoto. Ela precisa de um.” Eu queria ser muito mais do que um amigo para Harlow Manning. Mas ela nem sequer olhava para mim. Eu já havia tentado mais de uma vez lhe dirigir um daqueles meus sorrisos de abalar a terra, mas ela mal olhou para mim. Me prove que sou louco. “Não tenho certeza se posso ser amigo de Harlow e de Nan ao mesmo tempo.” Kiro franziu a testa. Em seguida, sentou-se e inclinou-se para frente. “Há três tipos de mulheres neste mundo. O tipo que te suga até ficar seco e deixa você sem nada. O tipo que só quer se divertir. E o tipo que fazem a vida valer a pena. Esse último tipo... A mulher certa é a única que dá tanto quanto ela tem e você nunca pode ter o suficiente. Ela é o tipo que... Se você perdê-la, você se perde.” Seus olhos bem vermelhos me diziam que ele não tinha fumado apenas um baseado hoje. Mas, mesmo alto, o que ele disse fazia sentido. Se alguém sabia sobre as mulheres, esse era Kiro Manning. “Eu tive os três tipos. Desejaria como o inferno que eu tivesse ficado longe do primeiro tipo. O segundo é o que eu gosto mais. Mas

esse terceiro... Eu nunca vou ser o mesmo. E eu não teria de volta um minuto sequer dos que tive com a mãe de Harlow”. Ele passou a mão pelo cabelo pegajoso. “Nannette é o primeiro tipo. Tenha cuidado com o primeiro tipo. Elas vão foder você e ir embora rindo.”

Harlow Três meses mais tarde

Apenas nove meses. Eu poderia com isto por nove meses. Ficaria escondida em meu quarto e só sairia quando ela não estivesse aqui. As aulas começariam em breve e eu teria meus cursos para me distrair. Então, papai estaria em casa e eu deixaria esse lugar para trás. Poderia fazer isso. Tinha que fazer. Papai não havia me dado qualquer outra opção. A casa estava em silêncio. Os sons altos de Nan tendo relações sexuais com algum idiota tinha me acordado em torno das duas da manhã. Coloquei meus fones e acionei minha playlist favorita. Em algum momento, dormi de novo, porque a música estava bombeando nos meus ouvidos quando acordei esta manhã. Não tinha certeza se estava sozinha em casa ou não. Era depois das dez e a casa estava tão quieta que tinha certeza que ninguém estava aqui. Além disso, Nan não parece ser o tipo de fazer festa do pijama até tarde. Ela fode os caras, em seguida, joga-os fora. Eu joguei as cobertas e corri minhas mãos pelo meu cabelo para domar os emaranhados antes de entrar no corredor. O silêncio era tudo que meus ouvidos reconheciam. Eu estava segura e poderia comer. Nan não estava aqui quando eu cheguei ontem à noite, mas eu sabia que ela devia ter notado o meu carro lá fora. Papai tinha um Audi esperando por mim quando desembarquei no aeroporto. Depois de encontrar a casa, eu tinha saído para comprar alguns mantimentos, então descarreguei a minha comida e bagagem. Papai tinha comprado esta casa para Nan com o entendimento de que eu

ficaria com ela durante nove meses, enquanto ele estava em turnê com Slacker Demônio. Ela queria uma casa em Rosemary Beach, Flórida. Ele tinha comprado uma casa grande. Papai gosta de tudo grande. O que era bom para mim, pois poderia me esconder mais facilmente. Infelizmente, havia apenas uma cozinha. Andei pelo corredor e desci pela escada em caracol, passando pelos dois últimos andares antes de chegar ao piso inferior. Meus pés descalços faziam pouco ruído enquanto eu atravessava o assoalho de madeira. Eu tinha acabado de abrir a geladeira para pegar meu leite orgânico quando uma porta se abriu e fechou em algum lugar da casa. Congelei, considerei empurrar o leite de volta na geladeira e me esconder. Eu ainda não estava pronta para enfrentar Nan. Precisava antes de um café para lidar com ela. Os passos pesados na escada não eram de Nan. O que me fez ainda mais nervosa. Estar diante de um homem estranho também não era atraente. Não estava vestida devidamente, ainda estava com o meu pijama - shorts de cetim rosa com bolinhas e um top combinando. Olhei em volta procurando por um esconderijo, mas antes que eu pudesse descobrir o que fazer, os passos estavam no piso inferior. Estava presa, a não ser que me escondesse atrás da bancada enquanto ele se fosse, talvez ele não me visse dessa maneira. A porta da frente era após a cozinha, mas a porta dos fundos estava perto da escada. Deixei a minha caixa de leite na bancada de mármore e esperei. Os passos não eram mais pesados, eu mal podia ouvi-los. Forçando meus ouvidos, tentei descobrir onde eles estavam indo. Até que fosse tarde demais para perceber que ele estava descalço e se dirigiu no meu caminho.

Meus olhos se encontraram com Grant enquanto ele parou na cozinha, vestindo nada além de uma cueca boxer preta. Ele parou quando seus olhos encontraram os meus. Ficamos ali em silêncio, olhando fixamente um para o outro. A percepção de que ele era aquele que tinha me acordado a noite passada fez um nó em meu estômago. Não queria pensar nele na cama com Nan. Mas a realidade me encharcava como um balde de água fria. Grant ainda estava dormindo com Nan. Todas as coisas que ele havia me dito eram mentiras. Ele tinha me feito uma promessa, uma que ele nunca teve a intenção de manter. "Harlow", ele disse, com a voz grossa de sono. Eles tinham estado ocupados a maior parte da noite, eles deviam estar esgotados. Não respondi. Não conseguia pensar em nada para dizer. Eu não esperava que ele estivesse em Rosemary Beach. Mas ele estava aqui e estava dormindo na cama de Nan. Eu era uma idiota.

Três meses atrás

Uma batida na porta do meu quarto interrompeu minha cena favorita em um livro que eu tinha lido pelo menos umas dez vezes. Irritada, larguei meu Kindle. "Sim?” A porta se abriu lentamente e Grant Carter enfiou a cabeça, ridiculamente bela, em meu quarto. Seu cabelo longo, enrolado nas extremidades e dobrado ordenadamente atrás das orelhas, fazia uma menina querer se sentar e apenas jogar com ele por horas. Muitas vezes me perguntei se ele era tão suave como parecia. Seus olhos brilhavam como se soubesse exatamente o que eu estava pensando. Então, forcei uma carranca em meu rosto. Eu nunca fiz uma carranca, era uma coisa nova que eu reservava só

para ele. Não era realmente justo. Não gostava dele no princípio, ele não tinha me feito nada, mas o fato de que estava num relacionamento com Nan foi o suficiente para eu não gostar dele. Se um cara pode gostar de Nan, então algo estava errado com ele. "Pedi comida chinesa. Quer me ajudar a comer isso? Eu pedi muito." Seus olhos azuis eram tão difíceis de olhar. Eles tinham sido minha queda desde a primeira vez que coloquei os meus olhos nele, isso foi antes de saber de Grant e Nan. "Não estou com fome", respondi, esperando que meu estômago não roncasse me entregando. Tinha pensado em pedir alguma coisa para comer, mas o livro havia me prendido. Ver Grant sempre me fazia querer fugir para uma das minhas histórias onde os caras que se parecem com ele sempre se apaixonam por garotas como eu, não meninas como Nan. "Eu não acredito em você", ele disse empurrando a minha porta e entrando no quarto com uma bandeja coberta de pequenas caixas do Chinatown, o lugar que meu pai amava. "Ajude-me a comer. Só porque eu namorei Nan, não significa que estou contaminado. Você age como se eu tivesse uma maldita doença, e pra ser honesto, machuca meus sentimentos." Será mesmo? Eu estava ferindo seus sentimentos? Eu não pretendia. Não achava que ele realmente se importava. Além disso, ele foi o único que fugiu amaldiçoando a noite em que nos conhecemos quando ele descobriu quem eu era, depois que ele fez um movimento em mim. "Namorou?” Perguntei surpresa comigo mesma. "Você está aqui esperando por ela, não acho que isso é passado". Eu soava como uma professora. Grant riu e sentou-se ao meu lado da cama e colocou a bandeja sobre o criado-mudo.

"Ela é minha amiga, estou cuidando dela, não a namorando. Além disso, eu soube que ela está de volta à Rosemary." Amigos, apenas isso, ele era seu amigo. Que pessoa normal era amiga de Nan? Nenhuma que eu conhecia. "Ela está dormindo com os membros Naked Marathon, certamente você já a viu nas revistas de fofocas nos braços de Sellers. Na semana passada, ela foi notícia e havia todos os tipos de conversa sobre ela terminando a banda. O que não vai acontecer." Grant abriu uma caixa de frango agridoce e enfiou um par de pauzinhos na mesma, em seguida, entregou-a para mim. "Agridoce ou frango com mel? Você escolhe". Peguei o agridoce. "Este está bom, obrigada." respondi. Seu sorriso cresceu, ele não esperava que eu aceitasse. "Bem, eu queria o de mel." respondeu com uma piscadela. Eu odiava a vibração em meu estômago, não preciso disso começando a acontecer. Grant estava do outro lado de uma linha que eu não ia atravessar. "Não é da minha conta com quem Nan está transando, ou seja, não existe mais nada entre nós. Só estou cuidando, me certificando de que ela não está prestes a sair fora outra vez. Ela está em casa agora, isso é bom". Por que ele faria isso? O que ela tinha feito para ganhar esse tipo de protecionismo de alguém como Grant? "Isso é legal de sua parte", eu disse por que não sabia mais o que dizer. Dei uma mordida no meu frango. "Você vai usar isso contra mim, não vai"? Ele perguntou, estudando-me de uma forma que só me fez querer contorcer. "Você pode proteger quem quiser Grant. Nós apenas estamos compartilhando um pouco de comida chinesa. Não importa o que eu

penso." Respondi antes de colocar mais frango na minha boca. Grant franziu a testa e, em seguida, um pequeno sorriso tocou seus lábios. "Sinto que nós estamos fazendo esta dança maluca, toda vez que chego perto de você. Eu não curto jogos que não são meus. Então, me deixe ser franco". Ele disse, colocando a comida de volta em cima do criado-mudo, virando o seu corpo de modo que ele me encarou completamente. Tentei acalmar o meu coração acelerado. O que ele estava fazendo? O que eu ia fazer se ele ficasse mais perto? Caras não flertam comigo. Eles não vêm ao meu quarto. Eu era estranha, a estranha filha de Kiro. Como Grant conseguiu isso? "Não quero que você me odeie", ele disse simplesmente. Eu não o odiava. Balancei minha cabeça. "Eu não o odeio." "Sim, você odeia e eu não estou acostumado com pessoas me odiando. Especialmente meninas lindas", disse e me deu um sorriso perverso. Ele me chamou de linda. Será que ele realmente acha isso? Ou ele estava sentindo pena de mim porque eu estava tão socialmente inepta? "Harlow, você percebe que é de tirar o fôlego? Basta olhar para você, pode se tornar viciante." Uau. "Esse olhar confuso, perturbado em seu rosto é toda a resposta que preciso. Você não sabe o quão incrível é. Isso é uma vergonha." Ele disse, avançando mais perto e tendo uma mecha do meu cabelo envolvida em torno de seu dedo. "É uma verdadeira vergonha." Não tinha certeza de que eu estava respirando. Todo o meu corpo tinha desligado. Eu não podia me mover. Grant estava me tocando. E mesmo que fosse o meu cabelo, era tão bom. Deixei cair meu olhar para sua mão e vi como seu polegar correu suavemente sobre o cabelo que estava segurando.

"É como seda", ele disse em voz baixa, como se não quisesse que ninguém ouvisse. Só fiquei olhando, o que eu deveria dizer para ele? "Harlow", disse, inclinando-se mais perto de mim. Podia sentir seu hálito quente na minha pele. "Sim", eu falei, observando-o de perto quando ele se moveu em minha direção. "Penso em você. Eu sonho com você." Ele falou num sussurro rouco em meu ouvido. Estremeci e senti o meu domínio sobre o frango afrouxar. Deus, por favor, não deixe que derrame minha comida sobre mim mesma. "Você é muito doce para mim, mas dane-se, não me importo", disse e em seguida deu um beijo em meu pescoço. "Não quero que você me odeie. Quero que você me perdoe por estar com Nan. É o fim." O lembrete de Nan foi suficiente para me tirar do meu transe. Pulei da cama e atravessei o quarto longe o suficiente para me sentir segura. Não olhei para trás, para Grant. Mantive-me de costas para ele e olhei para fora da janela, talvez ele apenas saísse. Senti meu rosto ficar quente. Eu o tinha deixado chegar tão perto. Eu o tinha deixado beijar meu pescoço. O que eu estava pensando? "Não deveria ter dito o nome dela." disse num tom derrotado. Ele era perspicaz. "Você pode me dizer o que posso fazer para provar que eu não quero Nan? Que ela foi um momento de insanidade e fraqueza? Eu era um cara e ela estava lá. Cometi um erro." Ele queria que eu o perdoasse tanto quanto eu queria ser capaz de esquecer Nan. Eu gostava de Grant. Não... Eu fantasiava sobre Grant. Desde que ele me encurralou no casamento de Rush e Blaire, que ele tinha virado

minha fantasia noturna. Mesmo sendo ele alguém em quem eu estava com medo de confiar. Gostava de olhar para ele. Gostava de ouvir sua voz. Gostava da maneira como ele cheirava e o som da sua risada, a forma como sua boca curvava em um dos lados, quando ele achava graça. Também gostava das tatuagens que vi espreitando para fora do colarinho de sua camisa. Eu queria saber o que era. "Posso ter uma chance? Uma só para provar que não gosto de Nan. Sou apenas um bom amigo. Só preciso de você para me dar uma pausa." Eu era o tipo de pessoa que normalmente perdoa, minha avó me ensinou a perdoar, me ensinou a ser uma pessoa gentil e lembrou-me que todo mundo merecia uma segunda chance, que um dia eu mesma poderia precisar de uma segunda chance. Eu me virei e olhei para Grant, ele ainda estava sentado na minha cama. A camiseta azul escura que ele estava usando encaixava perfeitamente nos braços e delineava os músculos do peito, também destacava a cor de seus olhos. Como poderia alguém não confiar nele? "Gostaria de ser sua amiga", disse. Eu não tinha certeza do que mais dizer. Aquele sorriso torto apareceu. "Você faria? Você vai me perdoar?" Balancei a cabeça e dei um passo de volta para a cama. "Sim. Mas não... Não faça isso de novo", eu disse, alcançando a pele que ainda formigava de seus lábios. Grant soltou um suspiro derrotado e acenou com a cabeça. "Isso vai ser difícil, mas eu não vou até você me pedir." Ele parou e deu um tapinha no local onde eu estava sentada. Fui até lá e sentei novamente. Grant se inclinou para frente.

"Mas Harlow", ele falou, seu perfume masculino e sexy me fez querer inalar profundamente. "Sim?" Perguntei, esperando que ele não estivesse prestes a me tocar novamente. Eu parecia ter me esquecido de mim mesma quando ele fez. "Você vai me pedir", respondeu. Eu abri minha boca para argumentar, mas antes que eu pudesse fazer, ele colocou um pedaço de frango com mel na minha boca. "Não diga nada. Só vou começar a dizer que eu avisei quando você me pedir. E eu, realmente, odeio tripudiar. Especialmente uma menina que eu quero fazer sorrir e não me bater." Consegui mastigar o frango antes do riso borbulhar e escapar em meus lábios. Ele realmente era adorável. O que ele não sabia era que eu nunca poderia pedir a ele. Não era justo com ele. Ele não sabia a verdade e eu não queria que ele soubesse. Ele mudou a forma como as pessoas olhavam para mim. Não podia suportar a ideia de Grant olhar para mim da forma como os outros olhavam.

Grant Atualmente

Não a tinha visto desde a noite que recebi o telefonema sobre Jace. A noite que eu tinha... A noite que eu tinha tomado sua virgindade. Ela era uma virgem. Não esperava isso. Tinha sido a primeira vez para mim também. Nunca tinha dormido com uma virgem antes. Algo sobre isso me afetou profundamente, mais do que eu esperava. Mesmo sabendo que não estava pronto para o compromisso, de qualquer forma, eu queria marcar uma posição. Costumo me perguntar se isso teria me feito correr no dia seguinte, mesmo se eu não tivesse recebido o chamado de Tripp. E, finalmente, aqui estava ela. Não mais escondida de mim, mantida afastada de mim por seu pai ou quem mais estava convencido de que eu não devia chegar perto dela. "Na noite passada. Foi você", ela disse simplesmente. Estava de cueca e me vi amaldiçoando, batendo o punho através da parede. Eu não era um cara violento. Nunca perdi a calma, mas agora eu estava perto dela. Harlow estava aqui. Ela me ouviu com Nan. Santo inferno! "Você não ligou. Eu não compreendi." Ela parou de falar e balançou a cabeça. Não conseguia encontrar as palavras certas. Não havia nenhuma. Eu não tinha uma explicação que ela entenderia. Vi quando ela colocou o leite de volta na geladeira e fechou a porta. Ela manteve a cabeça baixa e não olhou para cima novamente antes de caminhar ao redor do balcão, em direção à porta. Eu tinha que dizer alguma coisa. Precisava me explicar. Tinha ligado porra. Eles nunca me deixaram falar com ela quando eu liguei. Ela nunca respondeu à

minha maldita chamada quando liguei para seu telefone. Mas porra, ela não merecia isso. Não quando ela havia confiado a mim algo tão precioso como a sua inocência. "Acho que desta vez, sou eu quem vai dizer que eu te disse", ela falou em voz baixa antes de passar por mim. O peso no meu peito me fazia sentir como se tivesse mil tijolos sobre mim. Cerrei os punhos e fechei meus olhos. O que eu tinha feito? E por quê? Por que eu estava deixando Nan foder a minha vida? Por que diabos eu tinha bebido tanto uísque na noite passada? Nunca teria vindo aqui se eu estivesse sóbrio. E Harlow... Harlow... Por que Harlow está aqui? Virei-me e olhei para trás em direção à escada. Uma porta estalou se fechando. Não havia batida ou gritos com Harlow. Ela não era assim, qualquer outra mulher teria me xingado, possivelmente me dado um tapa, em seguida subiria as escadas esbravejando e bateria a porta. Mas não Harlow. Isso fez com eu me sentisse ainda pior. Se isso fosse possível.

Dois meses e três semanas e meio atrás

Harlow saiu da casa, olhando insegura, eu tinha levado vinte minutos para convencê-la a nadar comigo. Ela tinha dado todos os tipos de desculpas, mas eu era muito persuasivo quando queria. A camisa enorme da banda Slacker Demônio que ela estava usando cobria todo o maiô que ela finalmente colocou. Fiquei esperando por ela durante meia hora. Estava quase pronto para ir até o quarto dela e puxá-la para fora. Eu tinha acabado de voltar de L. A. algumas horas atrás. Estar em Rosemary era difícil quando tudo que eu

conseguia pensar era em Harlow e seu doce sorriso. Estava ansioso para estar perto dela. "Que demora, achei que você ia me fazer nadar sozinho", eu disse, levantando-me da espreguiçadeira que eu estava deitado enquanto esperava. Harlow corou. "Sinto muito por ter demorado tanto." Como se ela precisasse se desculpar. Não haveria nenhuma maneira de um homem poder ficar remotamente irritado com ela, era impossível. Ela estava malditamente doce, sexy e inocente, fodendo com a minha cabeça. Não havia nenhuma maneira dela ser tão inocente. Ela estava na faculdade. Ela tinha que ter namorado antes, os caras tinham que cair sobre ela. "Você está aqui, vamos nadar, hoje está quente." Harlow estendeu a mão para a bainha de sua camisa e eu considerei mergulhar e não a assistir tirá-la. Seria a coisa educada a fazer, mas inferno, se eu pudesse convencer meus olhos que olhar para longe era a melhor ideia. Eles estavam conferindo cada movimento seu, nós estávamos indo... Não tinha certeza do que estávamos fazendo. Este foi o mais estranho relacionamento, se é que você poderia chamá-lo assim, eu já estava dentro. Harlow estava me deixando chegar mais perto a cada dia, mas ela ainda mantinha suas barreiras. Não consegui chegar meus lábios perto de sua pele novamente. Meus olhos fixaram em suas pernas longas quando ela, lentamente, levantou a camiseta, revelando seu pescoço longo e uma simples peça de roupa de banho branca. Eu não conseguia me lembrar da última vez que tinha visto uma menina da minha idade num maiô, mas era branco. Puta merda. Senti-me endurecer, meus olhos viajaram de suas pernas para os mamilos, eu podia ver claramente endurecer abaixo do tecido. Me virei e mergulhei na água antes que eu assustasse o inferno fora dela. Nadei o comprimento da piscina,

antes de vir à tona para respirar e voltar para olhá-la. Ela estava andando na piscina por meio da entrada inclinada. Porra, ela era perfeita. Ela levantou os olhos e sorriu para mim. Foi uma coisa boa que minha reação a ela estava escondida sob a água. Uma vez que ela foi longe o suficiente e que a água tocou em seus ombros, ela pareceu relaxar. Ter seu corpo à mostra a deixava nervosa, transparecia em seu rosto. Não conseguia entender por quê. Foi como me jogar num desafio. Eu queria seu corpo completamente em exposição para mim. E queria que ela gostasse, quisesse isto. "Vamos lá, menina linda, venha nadar com o menino grande", provoquei. Sua boca franziu numa carranca. Ela não gostava de ser chamada de menina linda. Sua reação só me fez querer fazer mais isso. "Não confio nos meninos grandes", respondeu. Com a cabeça inclinada para o lado, ela levantou uma sobrancelha. Ri para mim mesmo. Não conseguia me lembrar de uma vez na minha vida que uma mulher tivesse me entretido tanto. "Você está com medo?” Suas sobrancelhas ergueram juntas desta vez, e eu ri mais. Se você quisesse ver Harlow fazer alguma coisa, insultando-a era o caminho a percorrer. Ela não recusava um desafio ou uma ameaça. Havia uma determinação silenciosa nela, que você não sabia que existia até passar um tempo com ela. "Minha menina linda está ficando irritada. Venha me pegar." Harlow soltou um pequeno grunhido de frustração. "Pare de me chamar assim." "Não", foi a minha única resposta. "Você me deixa louca." Fechei um pouco do espaço entre nós.

"Eu deixo a maioria das meninas loucas, baby. É o que eu faço. E elas gostam." Um sorriso puxou de seus lábios, mas ela estava tentando manter sua carranca. "Não posso imaginar porque elas iriam gostar." Parei quando cheguei um par de centímetros de seu corpo. "Pela mesma razão que você gosta. Sou tão sexy, que você não pode ficar fora do meu caminho." Harlow soltou uma risada desta vez. "É isto mesmo? Se bem me lembro, é você que continua a mostrar-se em minha casa. Não sou a única incapaz de permanecer longe." Ponto pra ela. Eu tinha acabado de voar todo o caminho de volta da Flórida até aqui só para vê-la. Estendi a mão e descansei em seu quadril. Seu corpo inteiro ficou rígido sob o meu toque. "Ok, então talvez eu não consiga ficar longe, mas você continua me deixando bastante em sua casa, garota", Harlow suspirou. "Acho que você me pegou." "Então, veja, sou sexy e irresistível." Harlow começou a dizer algo, em seguida, parou. "Você decidiu não discutir comigo?" Perguntei, dando um passo para ela o suficiente para que nossos corpos ficassem quase se tocando. Um movimento e seus seios iriam encostar-se ao meu peito. "O que você está fazendo?” Ela perguntou. Sua respiração era rápida e seu olhar nervoso me fez lembrar um cervo assustado. "Só me aproximando. Você me faz querer chegar mais perto." Harlow respirou fundo e olhou para baixo, para nossos corpos, antes de olhar de volta para mim.

"Não acho que os amigos fazem isso", ela disse. Puxei-a contra meu corpo, segurando seus quadris firmemente em ambas as minhas mãos. "Eles não fazem, mas eu não penso em qualquer um de meus amigos da maneira que penso em você. Diga-me que você não está atraída por mim. Diga-me que não pensa em me tocar ou se aproximar de mim." Se ela dissesse que não, eu iria recuar, seria difícil, mas recuaria. Eu faria, daria o espaço que ela precisava. Eu só queria ouvi-la dizer que ela não me queria, porque eu a queria muito. "Eu não tenho certeza... Não acho que... Q que eu quero é irrelevante. Você e Nan..." "Eu e Nan não existe. Não há eu e Nan. Mas, existe eu e você. Mesmo que você não queira admitir." "Não sou nada como Nan." "Você acha que não sei disso? Caramba, menina, se você fosse como Nan eu não estaria aqui. Terminei as coisas com Nan porque ela é um veneno. Você é tudo o que ela não é." O corpo de Harlow começou a relaxar lentamente sob meu toque. Movimentei meus polegares contra sua cintura em pequenos círculos, suavemente. "A maioria dos caras gosta de mim por causa do meu pai, mantenho a minha distância, porque não quero ser um símbolo de status." Uma dor aguda atravessou meu peito com suas palavras vulneráveis. Maldição. Rush havia vivido com este mesmo problema, mas ele não era uma garota. Ele tinha sido um cara que não se importava, ele não tinha estado à procura de alguém olhando para ele. Não até Blaire. O pensando sobre um cara usando a doce Harlow apenas para conseguir estar perto de seu pai me irritou. Se eu pudesse bater em cada bastardo que a tinha machucado eu faria. Levantei minha mão e inclinei seu queixo para que ela estivesse me

olhando diretamente nos olhos. Queria que ela visse que eu estava falando sério. Queria que ela acreditasse em mim. "Nunca iria usá-la para chegar perto de seu pai. Eu conheço Kiro a minha vida toda. Rush é meu melhor amigo. Não estou impressionado pelos membros ou estilo de vida dos Slacker Demon. Isto é tudo sobre você. Quero você. Só você, Harlow. Só você.” Lágrimas picaram seus grandes olhos castanhos e ela piscou rapidamente. Ninguém nunca tinha dito isso a ela? "Você vai me beijar agora", ela sussurrou. Maldição. Eu senti como se estivesse no colegial de novo com a minha primeira paixão. Cinco palavras simples e ela fizeram minhas mãos tremerem. Não esperava que ela me pedisse isso. Não estava dando-lhe tempo para mudar de ideia, também. Cobrindo seus lábios macios com os meus foi como nirvana. Ela tinha um gosto tão malditamente doce. Esta foi uma das razões que eu tinha começado a chamá-la de menina doce. Eu lambia seu lábio inferior, porque não podia ter o suficiente dela, antes de explorar a sua boca. Atraindo-me em seu calor. Sentindo-a pressionar seu corpo contra o meu e suas mãos emaranhando meu cabelo. Eu estava mantendo ela. Eu faria tudo o que pudesse para mantê-la. Inferno, me mudaria para L.A. se eu tivesse que fazer. Não estava deixando-a ir. Pela primeira vez na minha vida me senti em casa. "Eu avisei", sussurrei contra seus lábios antes de reivindicar sua boca novamente.

Harlow Atualmente

Ele só tinha chamado uma vez depois que seu amigo tinha se afogado. Ele havia bebido e não tinha feito muito sentido. Eu esperava que ele fosse ligar novamente no dia seguinte, mas ele não ligou. Eu sabia que ele estava de luto e decidi que era um sinal de Deus que ele estava arrumando as coisas. Eu tinha estragado tudo permitindo Grant chegar perto de mim e não tinha contado a ele. Tive sorte que ele nunca cuidou de mim. Pensei que ele tivesse feito, e por um momento me deixei viver nessa fantasia. Eu sabia melhor agora. As palavras doces que ele disse, tudo foi uma manobra para chegar a mim. Levei tudo: anzol, linha e chumbada. Se eu pudesse voltar naquela noite, eu voltaria. Não estou romantizando mais. Havia lhe dado uma parte de mim que não poderia ter de volta. Ele tinha tomado a minha virgindade e correu. Pela primeira vez eu tinha me deixado tentar. Sentei-me na cama e olhei para fora da janela no abismo exterior. Estes nove meses seriam ainda mais difíceis do que imaginei. Não só tenho que lidar com Nan, mas eu tenho que lidar com Grant e Nan. Não o deixaria me machucar. Era mais forte que isto. Grant tinha tomado a minha virgindade, mas minha inocência já tinha sido roubada. O amoroso Jeremias Duke tinha feito isso comigo. Eu pensava que ele me amava, imaginava que ele era o meu ‘para sempre’. Ele foi tão atencioso e doce. Ele levava meus livros na escola e me tratava com tanto cuidado. Eu tinha dito a ele a verdade e ele fingiu que não tinha importância. Então, eu o encontrei por trás das arquibancadas, depois de seu treino de futebol, com a líder de torcida Nikki Sharpcheer, a saia puxada para cima e seus shorts para

baixo quando ele transava com ela contra a parede de cimento. Isso foi o bastante para mim. Percebi então que eu era apenas a filha de Kiro e eu estava quebrada. Era apenas uma posição social. Nada sobre mim era especial. Isso era tudo o que eles viam quando olhavam para mim. Exceto Grant. Ele tinha sido diferente. Eu não era a filha de Kiro para ele. Fui apenas um desafio. Uma vez que ele obteve estava feito. Minha avó sempre me alertou sobre caras como ele. Ela estaria tão desapontada se ela pudesse me ver agora. Balancei minha cabeça. Eu não podia pensar nisso. Isto só me fazia sentir pior. Eu era uma sobrevivente e não cairia sobre as coisas, sentindo pena de mim mesma. Nunca, em nenhum lugar. Não era algo que eu fazia. Onde quer que eu estivesse, em qualquer situação que eu fosse colocada, eu sobrevivi. Eu era boa nisso. Vovó sempre dizia: "Garota, é melhor você manter a cabeça erguida e não deixálos ver você cair. Você mostra a eles o aço nessa coluna. Você não é uma princesa mimada. Você é uma mulher que batalhou arduamente para ser autossuficiente, não precisa de nenhum homem para tornála melhor. Está me ouvindo?" Ela sempre agiu como se não houvesse nada de errado comigo. Ela acreditava que eu era completa, que eu estava bem. Às vezes eu acreditava nisso também. Levantei e fui tomar um banho. Queria me arrumar e ir para o clube jogar tênis. Eles tinham um profissional de tênis lá com quem eu poderia trabalhar. Depois eu poderia jogar uma partida de golfe. Iria encher meus dias com coisas que poderia fazer sem amigos. Talvez até mesmo tomar sol na piscina do clube. Eu estava indo por esse caminho.

Dois meses e três semanas atrás...

Na manhã seguinte depois que Grant tinha me beijado na piscina, ele se foi. A forma como ele agiu depois de me beijar foi estranha. Não estava certa do que estava errado ou se ele tinha acabado de se arrepender e não sabia como fugir de mim. Acordar na manhã seguinte sem Grant não tinha respondido a essa pergunta. Papai também não estava. Ele não tinha voltado para casa depois de partir para sua última farra, mas eu não estava surpresa com isso. Grant estava correndo para me machucar. Odiava sentir qualquer coisa por ele. Beijá-lo tinha sido um erro. Eu não era seu tipo. Eu nunca quis ser o tipo dele. Nan não era alguém que uma pessoa, em sã consciência, desejaria estar. Trancar-me em meu quarto para ler não parecia tão atraente como antes de Grant. Em vez disso, joguei tênis e nadei. Empurrei todos os pensamentos do rosto de Grant fora da minha mente o melhor que eu podia. Alguém deveria ter colocado uma etiqueta de aviso em seus lábios: Cuidado, não toque, eles são difíceis de esquecer. Três dias depois de Grant ter desaparecido, eu estava nadando. Estava tendo sucesso em conseguir empurrar todos os pensamentos de Grant na parte de trás da minha mente. Então, ergui minha cabeça fora da água para encontrar Grant Carter em pé lá, olhando para mim. Não tinha certeza se eu estava imaginando coisas ou se ele estava realmente lá. Coloquei meu cabelo molhado para trás e enxuguei a água dos meus olhos. Então eu os abri, novamente e lá estava ele. Ainda lá. "Olá", ele disse com seu sorriso sexy. Eu queria arremessar algo nele para fazer aquele sorriso desaparecer. Ele precisava de um rótulo de advertência, também. Não estava com vontade de falar com ele.

"Nan não está aqui", respondi. Ela não voltou desde que ela tinha deixado Rosemary da última vez. Tinha certeza de que era o lugar para onde Grant tinha fugido. Ele tinha ido encontrá-la. Como ele sempre fazia. "Sim, eu sei." respondeu. Realmente deveria ter voltado a nadar e ignorado ele. Seria a coisa mais inteligente a fazer. Mas, então, ele poderia tomar isso como um convite para se juntar a mim. "O que você precisa?" Perguntei, no tom mais irritado que pude demonstrar. "Eu vim para te ver. Parece que uma vez que um cara te beija, fica difícil te esquecer." respondeu. Não era o que eu estava esperando, engoli o nó nervoso na minha garganta. Eu o perdoaria facilmente se continuasse dizendo coisas assim. Onde estava a minha espinha dorsal? Costumava ser mais forte do que isso. "Você está chateada porque fui embora," ele disse. Pensei em responder e mudei de ideia. Isso só lhe daria mais poder. Ele não precisava saber que ele tinha me afetado. "Foi uma coisa idiota de fazer, mas você me assustou. Gosto de flertar com meninas bonitas, mas eu não lido bem com isso, quando um simples beijo faz minha cabeça girar pra caralho. Você me faz querer coisas e me sentir de uma maneira, que eu não estou pronto para isso." Eu estava esperando desculpas esfarrapadas, não isso. "Oh", era a única coisa que consegui dizer. O que isso significa, exatamente? O nosso beijo fez sua cabeça girar? Isso foi uma coisa boa? Parecia... Talvez. Grant passou a mão pelo seu longo, indisciplinado cabelo e soltou um suspiro de frustração. "Não deveria ter deixado você sem uma explicação, foi injusto e só pensei em mim mesmo. Sou bom nisso. Eu só... O que eu posso fazer para você me perdoar?" Ele ainda não estava pedindo perdão,

ele estava perguntando como obter o meu perdão. Alguém já havia me perguntado como ser perdoado antes? Os sinos de advertência foram saindo da minha cabeça em voz alta, mas de alguma forma eu ignorei, porque meu coração queria perdoá-lo. Não queria afastá-lo. Ninguém nunca teve tempo para me conhecer, ter crescido sozinha era algo que eu estava acostumada. Ter alguém aqui que queria me conhecer o suficiente para admitir que estava errado, alguém que se importava em me perguntar como poderia consertar as coisas, significava mais do que ele percebeu. "Não faça isso de novo." respondi. Grant arregalou seus olhos ligeiramente e, em seguida, um lento sorriso deslizou em seu rosto bonito. "Eu não farei". Dei um passo para trás quando ele começou a puxar sua camisa sobre a cabeça. Ele a jogou de lado e tirou os sapatos e, então, seus olhos se levantaram para encontrar os meus. "Não vou sair desta vez. Quando você se cansar de mim, você vai ter que me empurrar para fora." Não conseguia tirar o sorriso bobo do meu rosto.

Dois meses e duas semanas atrás...

Quando a porta do meu quarto fechou atrás de nós, eu sabia que era isso. Durante uma semana, tivemos nos beijando e se tocando. Foi difícil para nós mantermos nossas mãos longes um do outro. Grant me fazia sentir coisas que eu não sabia que era possível. Ele me mostrou o que era um orgasmo real, ele também me ensinou que gritar de prazer era certo. Ele gostava quando eu gritava, ele ficava mais frenético, sua respiração acelerava e seus olhos brilhavam de emoção. Mas esta noite, eu queria mais. Eu não ia parar

as coisas quando elas chegassem longe demais. Não estava indo para fazê-lo manter a minha camisa. Estava indo para deixar-nos fazer o que nós dois queríamos. Estava com vinte anos de idade, era hora de me tornar uma mulher de verdade e ter relações sexuais. Estava segurando minha virgindade como um grande prêmio e eu queria experimentar uma conexão total com outro ser humano. Eu queria saber qual era a sensação de ter Grant dentro de mim, para chegar o mais próximo possível um do outro, tanto quanto possível. Queria esta experiência. Os braços de Grant em volta de mim quando sua boca tocou meu pescoço e começou a tomar pequenos petiscos. Isso sempre fazia meus joelhos um pouco fraco. "Você tem um gosto muito, muito bom." ele sussurrou em meu ouvido, me fazendo tremer. "Quero sua camisa fora. Estive pensando em puxar um de seus mamilos em minha boca durante toda a semana." Suas mãos encontraram minha bainha e puxaram minha camisa por cima da minha cabeça, então ele desabotoou meu sutiã. Ele puxou isso do meu corpo e congelou. Eu sabia que ele iria vê-lo. Estava preparada para isto. Ele estendeu sua mão e correu ao longo da linha em meu peito que era tão fraca agora, nem sequer era muito perceptível. "O que é isso"? Questionou. "Eu fui um bebê prematuro. Nasci dez semanas mais cedo e tive algumas cirurgias antes de acordar". Não queria explicar mais. Ele não precisa saber a verdade. Isso era o suficiente. Ele abaixou a boca para o meu peito e em vez de beijar os seios beijou a cicatriz. Fechei os olhos, porque ele me fez sentir culpada por não ser completamente honesta. Em seguida, ambas as mãos grandes e bronzeadas cobriram meus seios e suspirei de prazer.

"Isso é bom, menina linda?" Consegui um aceno de cabeça quando ele começou a beijar o meu pescoço e apertar meus mamilos suavemente. "É isso aí, baby, venha de volta para mim." Nem tinha percebido que eu estava fazendo isso, mas eu estava. Não podia chegar perto o suficiente para seu toque. A maneira como ele me fazia sentir era inebriante. Eu ansiava por ele. Grant tinha aberto este mundo para mim, com tanto prazer e emoção, que eu não tinha percebido que existia. "Deite-se de costas, quero beijar estes pequenos mamilos carentes." Não discuti. Queria isso também. Subi na cama e deiteime a tempo de ver Grant puxar a camisa sobre a cabeça e ver a tatuagem em seu ombro que descia sobre seu lado direito. Eu não tinha certeza do que era, mas era sexy. Parecia algum tipo de impressão tribal. Seguido de alguns símbolos chineses que estavam em seu peito logo acima de seus peitorais. Eu queria perguntar sobre elas, mas não agora. Ele estendeu a mão para seus jeans e desabotoo-os. Fiquei fascinada com seu abdômen. Todas aquelas ondulações apertadas em seu estômago, o modo de seus quadris e o pequeno pedaço de cabelo que começou abaixo, logo acima da cueca. Eu queria ver exatamente o que estava lá, mas até hoje eu não tinha conseguido uma chance. Grant sempre tirava a minha calcinha, mas ele disse que precisava manter suas calças, para manter a cabeça no lugar. Eu não empurrei. Mas eu queria ver. Eu estava lá quando ele se arrastou por cima de mim e me olhou com um olhar sexy, com fome em seus olhos. Ele não quebrou seu olhar quando ele baixou a boca para meu peito e puxou um mamilo em sua boca. Eu o assisti. Ele fazia meu estômago tremer e eu tinha que apertar as pernas juntas para aliviar a dor entre elas. Ele deixou sair meu mamilo de sua boca, em seguida, atirou-me um sorriso antes de mover-se sobre o outro para dar a mesma atenção. Agarrei as cobertas abaixo de

mim para não gritar. Sentia-me tão bem. O calor de sua boca em qualquer lugar do meu corpo era incrível, mas quando ele encontrou as áreas sensíveis tornou ainda melhor. Quando meu mamilo ficou livre de sua boca, ele começou a beijar a minha barriga e eu sabia que seu próximo passo seria puxar meus shorts fora. Ele iria usar a boca para me enviar em êxtase. Queria mais do que isso esta noite. "Tire suas calças." disse a ele. Ele congelou e seus olhos se levantaram de volta para mim quando ele deu um beijo logo abaixo do meu umbigo. "Você conhece as regras. Não posso fazer isso. Não confio em mim mesmo." Engoli o nó nervoso na minha garganta. "Eu quero... Quero que você tire suas calças. Não estou preocupada em impedi-lo de fazer qualquer coisa..." Eu não tinha certeza de como você dizia a um rapaz que você estava pronta. Eu nunca tinha estado nessa posição antes. Grant franziu a testa por um momento, então seus olhos brilharam animados, do mesmo jeito que eles ficavam quando eu voltava do êxtase que ele me enviou. "Você está me dizendo que eu posso finalmente sentir o quão malditamente incrível você é?" Eu estava preparada para ele me dizer que ia me foder... Mas isto era melhor. Ele era real. Chamá-lo de qualquer coisa ou romântico não faria jus de alguma forma. Isto era sobre uma atração mútua, e eu tinha isso. Não precisava de palavras bonitas que ele não quis dizer. Eu precisava de honestidade e ele parecia conseguir isso. Grant se moveu em cima de mim e colocou uma mão em cada lado da minha cabeça enquanto olhava para baixo nos meus olhos. "Nós não temos que fazer isso. Não estou pedindo por isso. Se você não estiver pronta, tudo bem. Vou esperar." Por esse motivo, eu

estava pronta. Ele quis dizer o que ele estava dizendo. Ele não queria me empurrar. "Eu quero isso... Quero você." "Foda-se", Grant rosnou e empurrou-se fora da cama. Ele enfiou a mão no bolso e tirou um preservativo. Não tinha certeza do que eu pensava sobre isso, mas eu estava feliz que ele estava preparado, mesmo que isso me incomodasse um pouco. Ele se jogou na cama, então, finalmente, pude vê-lo tirar seus jeans. Ele deixou cair no chão junto com a cueca boxer branca que ele estava vestindo. Engoli em seco. Eu o senti através de sua calça jeans muitas vezes, uma vez que eu tinha me esfregado contra ele. Mas nunca imaginei que era assim... Grande. Não tinha certeza se ia caber. Ele não me deu tempo para ficar preocupada sobre isso. Ele estendeu a mão e tirou o meu short e calcinha com um puxão firme, então ele estava de volta na cama. Suas mãos seguraram meus joelhos e abriu minhas pernas. Não estava preparada apenas para ele ir. Eu precisava facilitar isso... Grant começou a beijar o interior da minha perna e lentamente fez seu caminho para onde eu mais queria sua boca. Uma vez que o seu beijo pressionou o topo do meu monte e eu senti sua língua tomar uma trilha longa e lenta para o meu núcleo, eu estava pronta. Minhas mãos apertaram as cobertas, quando gritei de alívio quando ele puxou meu clitóris em sua boca. A primeira vez que ele fez isso, eu tinha ficado envergonhada até que ele fez de novo, me fazendo gritar e ofegar no mais alto nível de prazer. Quando ele me deixou naquela noite eu estava esgotada e incapaz de me mover. Não tinha ninguém para compará-lo, mas eu tinha certeza que Grant era um especialista nisso. Não queria me debruçar sobre isso, também. Mas o fato era que ele sabia o que

estava fazendo. Ele poderia me fazer perder o controle e eu nunca perdia o controle. Senti o aperto familiar dentro de mim e meu corpo ficou animado. Ele sabia quão bom era chegar a este nível que Grant me levava tão facilmente. Então ele parou e eu queria gritar em protesto. Estava quase lá. Mudou-se para cima do meu corpo, pressionando beijos em minha pele quente, sensível onde ele trabalhou seu caminho até meu pescoço. "Vou colocar essa camisinha agora." sussurrou enquanto se movia para pegar o pequeno pacote que eu tinha esquecido. Ele rasgou, abriu e eu tinha a visão dele rolando a cobertura protetora sobre seu grande comprimento. "Você está com medo." Ele disse, sem se mover de volta para mim. Ergui os olhos para olhar para ele. "Será que cabe?” Perguntei. Um sorriso torto surgiu em seus lábios. "Sim, menina doce. Ele cabe." Não tinha tanta certeza. Ele parecia otimista. Grant voltou a beijar meu pescoço e mordiscar minha orelha enquanto seu corpo abaixava entre minhas pernas abertas. Eu ia fazer isso. Eu queria. "Você parece tensa. Você já teve uma experiência ruim?" Grant me perguntou com uma careta, franzindo sua testa. Ele parecia chateado. Balancei minha cabeça. Não, eu não tinha tido uma experiência ruim. Eu não tinha experiência. Será que ele não sabe disso? Quero dizer, nós não tínhamos conversado sobre isso, mas com certeza ele tinha percebido isso agora. "É, eu sei o que esperar, eu acho... Pelo que eu já ouvi." Seu corpo inteiro ficou rígido enquanto ele se segurava sobre mim. Sua carranca se transformou em um olhar de surpresa.

"O que você está dizendo? Claro que você tem...” Ele não sabia. Acho que ele não tinha percebido isso depois de tudo. "Essa é a minha primeira vez." Grant fechou seus olhos e murmurou uma maldição. Será que ele não gosta de virgem? Isso foi uma coisa ruim? Eu queria colocar alguma distância entre nós. Pela primeira vez, me senti vulnerável. Ele abriu os olhos e olhou para mim. A ternura neles derrubou minha guarda. Ele enfiou a cabeça na curva de meu pescoço e ombro e deu uma profunda respiração. Eu esperei em silêncio. "Você me escolheu" Foi tudo o que disse. Sua respiração quente na minha pele me fez tremer e seu corpo imitou o meu. Ele se afastou e olhou para mim. "Eu vou fazer isso bom para você. Eu juro." Nunca duvidei que ele fizesse. Sabia que ia me machucar no início, eu não era uma idiota sobre como isso funcionava. Eu também sabia que provavelmente não chegaria a um orgasmo, mas não era do que se tratava. Eu queria Grant dentro de mim. Queria me sentir mais perto dele do que jamais tinha estado de ninguém. Isso era tudo o que eu queria. Grant pressionou seus lábios nos meus suavemente. Em seguida, abaixou seu corpo até que eu senti a cabeça de seu pênis pressionando contra mim. Isso me excitou tanto quanto me assustou. Levantei meus quadris para tranquilizá-lo e ele deslizou dentro de mim, quando ele alcançou a barreira com os olhos presos nos meus, enquanto balançava seus quadris em um impulso rápido. Não chorei de dor, era apenas uma queimadura. Ele tinha deslizado completamente dentro de mim e ainda estava. "Você é tão apertada", disse, num rouco gemido. "Maldição. Isto é como se sente." ele estava ofegante e abaixou a cabeça respirando profundamente.

"Uma luva de cetim quente apenas me apertando. Deus, baby." Não tinha certeza do que ele queria dizer, mas o jeito que ele estava ofegante em cima de mim soou como se estivesse se sentindo bem com isto. Era mais do que eu tinha esperado. Eu estava cheia. Grant estava dentro de mim e eu me sentia completa. Eu o queria aqui. "Eu tenho que me mover, mas porra, tenho medo." Ele disse enquanto tirava lentamente para fora de mim, em seguida, afundou de volta para dentro de mim. Um som baixo veio de seu peito, me percorrendo de prazer só de vê-lo neste grande prazer de estar dentro de mim. Abri os meus joelhos e ele afundou mais profundo em mim e soltando uma maldição que parecia ter sido arrancada de seu peito. Meu clitóris pulsava apenas de ouvir sua voz. Eu estava subindo em direção a esse lançamento reconhecido e isso me fez querer implorar a mover-se mais, mais difícil. Cada vez que ele afundava e esfregava contra o meu clitóris, massageava algo dentro de mim que eu não tinha certeza do que era, mas me senti tão bem. "Incrível." ele gemeu antes de cobrir minha boca com um beijo voraz. Ele nunca tinha me beijado assim antes. Ele estava perdendo o controle da mesma forma que eu fiz quando ele beijou entre minhas pernas. Eu estava chegando neste ponto com ele. Ao vê-lo reagir desta maneira estava fazendo o meu corpo responder de maneira que eu não sabia que podia. "Estou pronta." assegurei a ele. Ele ficou tenso, e em seguida abaixou a cabeça para o meu pescoço e ombro. “A dor desapareceu completamente?" Ele perguntou com um gemido baixo estrangulado. "Sim" respondi. A pequena picada que ainda estava lá foi sufocada pelo prazer. Ele se levantou e fixou seu olhar com o meu. Os músculos do seu pescoço flexionados, bem como sua mandíbula

estavam rígidos, como se ele fosse segurar algo tão duro quanto ele podia. "Esta é... Isso é mais do que...” Ele fechou seus olhos e uma expressão de dor tomou conta do seu rosto. "Não posso aguentar muito mais tempo. Estou muito perto." Suas palavras eram tudo que eu precisava para me enviar fora em espiral para aquele lugar que eu sabia que apenas ele podia me enviar. Eu o ouvi gritar meu nome enquanto eu gritava o seu e levantei meus quadris para atender seu último impulso. Envolvi minhas pernas em volta de sua cintura para mantê-lo lá. Queria sentir cada espasmo de êxtase com ele dentro de mim. Eu não queria que ele se movesse. Deixei cada grito livre quando me agarrei a ele. "Nunca foi tão malditamente incrível. Você me arruinou. Porra me arruinou. Não posso ter isso", ele disse no meu ouvido enquanto ele respirava pesadamente e seu corpo estremeceu contra mim. Concordei. Eu queria isso. Nunca imaginei que isto era o que estava faltando. Não estava prestes a deixar isso pra lá. Eu precisava de mais. Meu medo da verdade foi posto de lado. Não conseguia parar. Agora não.

Grant Atualmente

Se eu subisse atrás dela, havia uma chance de Nan sair da cama e me pegar ou ouvir-nos. Não estava com medo de Nan, mas estava com medo do que ela faria para Harlow. Eu tinha certeza que Harlow não estava aqui por escolha. Nan sabia que ela estava aqui ontem à noite quando ela me trouxe de volta. Ela estava em um jogo aqui. Não havia um motivo para isto, mas com Nan sempre tinha. E eu caminhei para a porra dela. Literalmente. Kiro não era um fã de Nan e ele adorava Harlow. Não podia imaginar porque ele enviou Harlow aqui para viver com Nan. Ele era o dono desta casa, então eu tinha certeza de que era a única razão que Nan tinha deixado Harlow viver aqui. Suponho que Kiro não tinha lhe dado uma opção. "Você ainda está aqui? Por quê?" Nan perguntou quando passou por mim com uma calcinha que não cobria nada de sua bunda e um top minúsculo. Uma vez, aquilo tinha aquecido meu sangue. Seu corpo poderia aquecer o sangue de qualquer homem. Mas, não mais o meu. Sobre isso, sexo com ela era vazio. Tão incrivelmente vazio. "Eu ia tomar um café antes de sair, mas posso ir sem ele", eu disse, virando-me para as escadas. "Você pode ter um pouco do maldito café se quiser. Em seguida, saia. Tenho coisas para fazer hoje", ela gritou atrás de mim. Não estava hospedado aqui. Eu tinha que ficar sozinho com Harlow, mas não aqui. "Não, obrigado. Você está acordada agora. É hora de sair." respondi.

Essa foi à última vez. Ela pensou que eu era um brinquedo do sexo que ela pudesse pegar e brincar. O fato é que eu tinha sido. Mas eu tinha que fechar meus olhos e fingir que ela era outra pessoa, isto nunca me fazia sentir bem, mas me ajudou a lidar. A culpa estava me comendo vivo. Deixar Harlow apenas algumas horas depois de eu ter estado com ela, correr para o jato privado dos Slacker Demon, e enfrentar a perda de um amigo tinha me quebrado. A vida era curta. Ela nunca tinha sido real para mim antes, mas vendo Jace, embaixo do chão frio e duro tinha sido um chamado para acordar. Quanto tempo nós temos? Vendo Bethy dobrada, soluçando sobre sua perda, me fez perceber que este tipo de dor seria insuportável. Ela teria que viver o resto de sua vida sem ele. Foi assustador como o inferno. Eu nunca tinha amado ninguém do jeito que ela havia amado Jace. Mas eu estava perto... Vinha caindo, mas então, dei um passo atrás. Eu não poderia fazer isto. E se eu me deixar ser totalmente possuído por Harlow? Agora eu sabia como seria fácil. Ela era a pessoa certa para mim. Se eu deixasse, ela seria a única a possuir minha alma. Eu não poderia fazê-lo. Cada soluço de cortar o coração que tinha rasgado de Bethy tinha sido como um balde de água gelada derramado sobre mim. Eu tinha visto Rush, como ele segurou sua esposa Blaire, em seus braços e ela chorou silenciosamente contra ele. E eu tinha visto lá em seu rosto, ele havia dado sua alma, ele estava pensando a mesma coisa, mas era muito tarde para ele. Ele era vulnerável. Se ele a perdesse ele não seria capaz de sobreviver. Ela levaria cada gota de vida dele com ela. Ele não conseguia respirar sem ela. Eu tinha saído naquele dia e bebido até a lembrança de Harlow ficar entorpecida. O doce sabor de sua boca era um borrão e a forma como ela se sentiu, quando eu tinha estado dentro dela, era uma

memória. Harlow me assustou. O que eu sentia por ela me assustou. Eu tinha lutado para voltar pra ela. Eu estava atormentado com as lembranças de como seu sorriso fez o meu peito inchar e o jeito que ela fez aqueles pequenos suspiros inocentes de prazer. Então, naquela noite... Aquela incrível e alucinante noite. Eu estava com medo. Nunca seria capaz de seguir em frente. Isso foi um poder que eu nunca tinha permitido a ninguém ter sobre mim. Quando Harlow não respondeu aos meus telefonemas e seu pai me avisou para ficar longe, eu finalmente me forcei a empurrar essas memórias para a parte de trás da minha mente. Uísque ajudou. Quando eu não tinha uísque era difícil de esquecer, mesmo com uísque, lembrei-me dela, com ele só machucava menos. Minha necessidade de vê-la tinha começado a me controlar e eu chamei Dean Finlay para me dar alguma ajuda. Ele havia me dito que Kiro teria mandado me prender se eu colocasse o pé em sua propriedade. Ele não estava feliz com a forma que eu havia tratado Harlow. Kiro acreditava que eu tinha dormido com Harlow enquanto ainda estava dormindo com Nan. Eu tentei explicar e me defender, mas Dean desligou na minha cara. Então, eu tinha bebido ainda mais, porque quando eu estava sóbrio a necessidade dela voltava. Antes, eu tinha feito isso para lidar com a merda de Nan, mas agora eu precisava de mais, eu precisava esquecer o que tinha feito para alguém tão inocente que não merecia. Eu tinha feito isso por dois meses. Ajudou-me a lidar com a perda de Jace e o gosto de algo que eu tive, mas destruí. Depois de tudo isso... Kiro havia enviado Harlow aqui. Para sentar-se bem debaixo do meu nariz sem a sua segurança e proteção. Foi confuso como o inferno. Alcancei o quarto de Nan e a sensação de mal estar no meu estômago voltou. Sentia-me sujo, sexo para me divertir nunca tinha

sido sujo, mas isto... Sentia-me nojento. Eu me odiava, agarrei meus jeans e empurrei-os de volta, deslizei minha camiseta sobre a minha cabeça antes de pegar as minhas botas e empurrar meus pés nelas. Não disse tchau à Nan. Ela não se importou e eu não queria. Só queria o inferno longe de lá. Precisava ficar limpo. Queria lavar ela de mim. Então eu ia chamar Harlow. Tinha que encontrar uma maneira de explicar. Eu só esperava que ela me deixasse explicar. O Audi esportivo preto estacionado na garagem ao lado da minha camionete tinha sido um chute no estômago. Por que eu não tinha notado isso durante a noite? Eu deveria saber que alguém estava aqui. Maldito uísque. É por isso que eu não percebi. Puxando as chaves do meu bolso, bati a porta do carro, furioso comigo mesmo e ligando o motor. Não estaria bebendo hoje. Ou qualquer maldito dia a partir de agora. Não poderia fazer isso. Eu tinha que encontrar uma maneira de lidar com Harlow e levá-la a entender porque eu havia mantido distância. Só esperava que ela entendesse. Não queria que ela se machucasse. Mas tanto quanto eu a queria, o medo de ser tão vulnerável para uma pessoa era mais forte. Ela havia confiado em mim e eu a tinha traído. Não me perdoaria por isso. Eu precisava falar com Rush. Ele era o único com quem eu podia conversar. Nós não poderíamos ter sido irmãos de sangue, mas ele era meu irmão. Ele tinha sido desde que eu era criança. Ele era a única pessoa na minha vida que eu já tinha deixado chegar tão perto. Nem mesmo meu pai realmente me conhecia. Na realidade ele nunca tinha tentado. E a minha mãe... Ela era outra história. Liguei para o número do Rush antes de sair da entrada da casa de Nan. "Sim", disse ele. O som do riso de um bebê veio pelo outro lado da linha.

"Preciso conversar. Você está cuidando de Nate hoje?" Perguntei. Rush passa mais tempo com seu filho Nate, do que qualquer pai que eu conheço. Eu diria que foi porque ele estava se certificando que deu a seu filho algo que nem ele e nem eu tínhamos. Mas eu sabia melhor, ele adorava aquele garoto. Ele adorava a esposa. Estar longe deles não era fácil. "Blaire está aqui. Estávamos indo para a praia, mas se isso é importante você sabe que ela não vai se importar de me deixar por uma hora." Ele tinha percebido a urgência na minha voz. "Se ela não se importa. Eu realmente preciso conversar." "Deixe-me terminar de colocar protetor solar no homenzinho e ajudá-la a arrumar-se lá fora. Então vou de cabeça para sua casa." "Estou indo para o clube. Encontre-me lá e obrigado." Eu disse. "Só para você", ele respondeu e eu entendi. Ele não dava seu tempo para qualquer um fora Nate e Blaire, exceto para mim. Era nosso vínculo. "Diga a Blaire obrigado por mim também." "Tudo bem. Vejo você em instantes." Desliguei o telefone e joguei para o banco do passageiro, dirigindo para o clube.

Harlow

Encontrar o clube foi fácil. Rosemary Beach era uma pequena cidade costeira, não poderia mesmo ser chamada de cidade. Era onde a elite vivia e passava férias. Depois de passar por isso e ver as casas de cima à baixo, eu entendi por que Nan queria viver aqui. Chegando até o portão da frente do clube, atirei para o porteiro, o passe de membro que papai tinha dado para mim. Ele abriu os grandes portões de ferro para eu entrar e segui as indicações para estacionamento com manobrista. Não queria descobrir onde o estacionamento era e eu podia pedir ao manobrista como chegar à quadra de tênis. Um rapaz de polo branca e calção branco caminhava em direção ao meu carro quando puxei até o manobrista. Eu alcancei e peguei a raquete antes de abrir minha porta. "Bom dia senhorita." ele disse com um sorriso amigável. Seu longo cabelo loiro caiu sobre um olho e ele colocou de volta atrás da orelha. Eu imaginava que ele era um surfista. Ele parecia um. "Bom dia." respondi, puxando minha bolsa sobre meu ombro. "Sou nova aqui. Você pode me dizer onde posso encontrar as quadras de tênis?” Ele acenou com a cabeça. "Vá para a entrada principal aqui. Pegue a primeira à esquerda e siga para as portas duplas que levam até a varanda dos fundos. Desça as escadas. Em seguida, vire à direita. Você verá as quadras em frente.” Isso soou bastante fácil. "Obrigada" eu respondi, entregando ao jovem minhas chaves.

"Posso ver seu cartão, senhorita? Preciso registrar o seu carro no sistema.” Cheguei dentro do carro e peguei o cartão do painel e entreguei a ele. Ele rapidamente leu-o, em seguida, ele correu através de um leitor de cartão antes de entregá-lo de volta para mim. "Só precisaremos saber quando estiver pronta para ir embora Srta Manning", respondeu ele. "Obrigada." Pensei em dizer-lhe que ele poderia me chamar de Harlow, mas não havia nenhum ponto. Ele, provavelmente, iria ficar em apuros com a gerência se ele fosse pego chamando-me pelo meu primeiro nome. Fui lá dentro. O fato de que eu sabia que Nan não viria aqui, foi o maior alívio que eu tive toda a manhã. Um homem vestido como o cara do lado de fora abriu a porta para mim e eu segui as instruções do manobrista às quadras de tênis. Passei por um restaurante no meu caminho e decidi que iria voltar para o almoço. Parecia agradável e a comida cheirava incrível aqui de fora. Uma menina de short branco e uma polo branca parou em frente a mim. Um lento sorriso tocou-lhe o rosto. Seu cabelo castanho estava puxado para o alto em um rabo de cavalo e era óbvio que ela era uma empregada, sua roupa era a mesma que as dos homens que me ajudaram, só que mais equipada. Mas ela parecia familiar. "Harlow?", ela perguntou. Eu a reconheci. Eu a conheci no casamento de Rush e Blaire. "Sim", eu respondi, frustrada porque eu não conseguia lembrar o nome dela. Grant tinha mexido com a minha cabeça naquele dia e eu

não conseguia me lembrar muito mais do que a minha conversa com ele. "Sou Bethy. Amiga de Blaire. Nós nos conhecemos no casamento." disse ela. Senti meu rosto esquentar. Eu odiava não me lembrar das pessoas. Era parte da minha coisa socialmente inapta. "Eu me lembro." eu respondi com um sorriso. "É bom ver você de novo." Esperava que fosse a coisa certa a dizer e que eu não soasse como uma idiota, porque eu com certeza me senti como uma. A expressão de Bethy foi amigável, mas havia uma tristeza em seus olhos. "Entendo. Você encontrou um monte de gente nesse dia. Não sabia que você estava na cidade.” Gostei dessa garota. Ela estava fazendo me sentir confortável. Isso era raro. "Estou aqui, enquanto meu pai está em turnê. Ele enviou-me para viver com Nan." Os olhos de Bethy se arregalaram e ela soltou um assobio. "Droga. Pensei que você era a filha que ele gostava.” Ela, obviamente, era muito próxima a Blaire e sabia exatamente da nossa situação familiar. "Ele comprou a casa aqui para Nan, mas em troca, eu começo a viver nela também, quando ele está em turnê. Ele não gosta de me deixar sozinha em Los Angeles.” expliquei, tentando não parecer muito defensiva sobre o papai. Bethy soltou um longo suspiro. "Pessoalmente, eu enfrentaria L.A., se eu fosse você." Senti-me com vontade de rir, mas eu não fiz. Mordi o lábio para mantê-lo para dentro.

"Você sabe que estou certa. A cadela te odeia,” disse Bethy. "Ela odeia Blaire também, assim vocês duas deveriam se juntar e unir forças." "Realmente gosto de Blaire. Estou tão feliz que o Rush a encontrou.” Bethy me estudou por um momento. "Eu acho que você e Rush têm muito em comum. Vocês dois foram, praticamente, criados por Slacker Demon." Houve também o meu irmão Mase. Ninguém nunca falou dele. Ele morava com a mãe num rancho no Texas. Papai tinha ido vê-lo várias vezes que eu sabia, mas ele raramente vinha a LA. Gostava de sua vida no Texas. Ele também foi muito próximo de seu padrasto. "Sim. Temos nos visto um monte” eu respondi, decidindo não falar sobre Mase. Isso só levaria a perguntas que eu não tinha certeza de como responder. Papai não tinha visto Mase em mais de um ano, mas Mase me ligou pelo menos uma vez por mês para verificar como eu estava. Ele me deu a chance de perguntar a ele sobre sua vida. Minha avó assegurava que eu visse Mase várias vezes por ano. Eu não o tinha visto desde que ela faleceu. Nunca disse ao meu pai sobre isso, porque eu me preocupei que ele estaria mal por Mase não se lembrar dele dessa forma. "Bem, estou feliz por você estar em Rosemary, embora eu gostaria de ter melhores acomodações. Você precisa de ajuda para encontrar alguma coisa por aqui?" Ela perguntou, em seguida, olhou para minha saia de tênis e raquete por cima do meu braço e sorriu. "Você está indo para as quadras de tênis. Siga-me. Preciso ter a certeza que não seja molestada por Nelton, o nosso desprezível profissional de tênis. Nós temos um profissional muito melhor, Adam. Isso é de quem você precisa.”

Bom saber. Fique longe de Nelton. Ela virou-se e dirigiu-se para as portas. Seu rabo de cavalo ficou balançando, mas não houve rejeição a seu passo. Mesmo não a conhecendo muito bem, isso pareceu estranho. Fomos para fora da porta e ela acenou para várias pessoas. A maioria deles membros. Foi interessante que ela era amigável com membros e ainda trabalhava aqui. Não estava acostumada a esse tipo de clube de campo. Gostei. Muito. "Então você joga muito tênis?" perguntou Bethy, olhando de volta para mim. "Na casa do meu pai tem uma quadra. Uso-a para o exercício e apenas para ter algo para fazer. Me dá tempo para pensar.” "E aqui você vai usá-lo para ficar longe de Nan. Boa ideia.” Bethy respondeu. Desta vez eu dei um sorriso. Um homem alto, loiro, com olhos verdes e bronzeado nos viu andando em seu caminho e seus olhos começaram a viajar pelo meu corpo. Não gosto nada disso. A viseira que estava usando foi virada para trás e ele estava vestido uma roupa de tênis toda branca. "Não é para você, Nelton. Recolha as suas garras. Estou à procura de Adam." Bethy disse ao homem e encontrei-me se aproximando dela à medida que passamos por ele. "Por que não a deixa decidir quem ela quer? Tenho uma hora livre." respondeu ele. "Eca, vá embora." Bethy estalou e continuou andando. Fiquei muito grata por Bethy logo em seguida. "Desculpe. Nelton acha que ele é um presente de Deus para as mulheres. Se ele não fosse tão assustador ele seria atraente, mas ele

é só... Ugh. As mulheres mais velhas, no entanto o amam. Adam é novo. Woods, o dono do Kerrington Club, contratou Adam há duas semanas, ou talvez eu devesse dizer Della, a noiva de Woods, contratou Adam há duas semanas. Ela não era uma fã de Nelton e queria uma outra opção por aqui." Eu não conhecia Della, mas eu gostava dela só por isso. "Adam." Bethy chamou e eu olhei para fora na quadra para ver um homem alto e musculoso virar. Seu cabelo era vermelho. Talvez mais de um louro morango por tanto ser exposto ao sol. Ele tinha uma bandana branca ao redor de sua cabeça e também estava usando a roupa de tênis branca que Nelton estava usando. Notei as palavras "Kerrington Clube" costurados em sua camisa e escrita em letras pequenas "Professor de Tênis". Adam veio correndo em nossa direção com um sorriso no rosto. Ao se aproximar, seus olhos azuis claros entraram em foco. Eles eram surpreendentes e muito pálidos. Ele não era tão bronzeado como Nelton, ele estava mais para o outro lado. Ele até tinha sardas em seus braços musculosos. Ele seria o que minha avó chamava de gengibre. "Ei, Bethy, que está acontecendo?" Ele perguntou, sorrindo para Bethy e olhando para mim com um sorriso, depois de volta para Bethy. "Tenho um membro novo. Ela é amiga de Rush e, infelizmente, meia-irmã de Nan. Não vamos usar isso contra ela. Como Rush, ela não é nada como Nan. Enfim, ela quer brincar. Defina-a em sua agenda, ela vai precisar de algum lugar para escapar, enquanto ela está vivendo com a bruxa má. De qualquer forma, Harlow, este é Adam. Adam conheça Harlow." Bethy realmente odiava Nan.

"Prazer em conhecê-la, Harlow." ele disse, estendendo a mão. Enfiei a minha na dele e apertou-a. Foi breve. Nada estranho ou desconfortável. Não gostava de apertar as mãos ou tocar as pessoas que acabara de conhecer. "Tenho um par de horários vagos na minha agenda que preciso preencher. Nelton fica muito reservado e fica com a maior parte dos frequentadores." Adam nos informa. Seus dentes eram perfeitamente retos e muito brancos. Eu tinha uma coisa por dentes bonitos. "Ok, então. Meu trabalho está feito," disse Bethy, em seguida, virou-se para mim. "Você está segura com Adam. Ele não é uma trepadeira. Aproveite o seu dia.” "Obrigada por sua ajuda." respondi. Bethy deu um sorriso, mas novamente a tristeza em seus olhos estava lá. "Não tem problema. Blaire tem feito elogios. Queria ter certeza que cuidaria de você para ela.” Concordei e Bethy acenou de volta para Adam antes de voltar de onde viemos. "Por que não vamos olhar para a minha agenda aqui no Mac e marcar suas sessões diárias? Isto é, se você vier todos os dias." "Sim. Vou precisar de algo para fazer," assegurei a ele. Adam era fácil de estar ao redor, da ideia de ter algo para olhar para frente e de alguém para conversar, mesmo que fosse sobre o tênis, soou atraente. Além disso, ele era atraente e seu sorriso faziam os olhos brilharem. Eu gostei disso. Gostei muito.

Grant

Harlow não atendia meus telefonemas, caramba. Assim como antes. Ela estava se fechando. O olhar em seu rosto esta manhã tinha sido tão doloroso. Ela não respondeu meus telefonemas e ela acreditava tanto que eu estava fodendo Nan. Foi por isso que ela estava se fechando... Certo? Eu tinha cedido e comecei a dormir com Nan novamente, quando eu percebi que Harlow não estava me deixando entrar em sua fortaleza de pedra. Já havia tentado limpá-la da minha mente. Não tinha funcionado. Mas eu estava tentando porra. A mágoa, o olhar traído em seus olhos estava me comendo vivo. O que ela estava pensando? Se eu tivesse errado e conseguido tudo isso? Eu precisava falar com ela. Andei no clube e quase atropelei Bethy. Eu não tinha a visto muito ao longo dos últimos meses. Ela tinha se fechado e manteve-se ocupada com o trabalho. "Hey." eu disse enquanto ela parou e olhou para mim com um sorriso forçado. "Oi" foi sua única resposta. "O que está acontecendo?" Foi uma questão vazia, mas não sei mais o que dizer. Fora de todos nós, ela sofreu a perda de Jace a mais. Ela encolheu os ombros. "Dirigindo-me ao trabalhar. Acabei de inscrever Harlow com Adam, o novo profissional de tênis, então agora a minha boa ação do dia está feita.”

Harlow. "Harlow está nas quadras de tênis?" perguntei, tentando não sair correndo naquela direção. Bethy assentiu. "Sim. Escondendo-se de Nan. Sinto pena da pobre menina. Mas, então, você não entenderia a antipatia de alguém por Nan." ela respondeu e revirou os olhos antes de sair pela porta. Queria me defender, mas eu estava muito focado em conseguir encontrar a Harlow. Quando pisei na calçada de tijolos para as quadras, notei Nelton com a mãe de Thad. Tinha certeza que a mãe de Thad não era uma das tietes de Nelton. Ela era uma senhora simpática. Não poderia imaginá-la dormindo em torno de seu marido. Além disso, ela não faria nada para deixar Thad para baixo. O menino era mimado e sortudo como o inferno. Passei por eles e meu olhar imediatamente apontou Harlow. Ela tinha uma comprimida e determinada carranca em seu rosto enquanto batia todas as bolas que Adam enviou em seu caminho. Ela também parecia um maldito sonho em sua saia. "É isso aí menina." Adam gritou em apreço. Não gostava de seu tom de voz. Ele parecia muito feliz por ela. Muito... Interessado. "Nós vamos levá-la até um novo nível. Pense que você pode lidar com isso." questionou. "Vá em frente". Ela parou quando seus olhos e me encontrou. Podia ver a série de emoções antes de fechá-los e abri-los de volta para Adam. "Dê-me um minuto." Adam tinha virado e estava olhando na minha direção. Podia sentir seu olhar sobre mim, mas eu não estava tirando meus olhos dela caso ela fugisse.

Ela pegou a toalha e enxugou o suor do rosto e pescoço, em seguida, agarrou a garrafa de água e tomou um longo gole. Esperei, pacientemente, apreciando a forma como ela se movia. Eu nunca tinha visto alguém tão equilibrada como Harlow. Ela tinha um jeito gracioso, polida de fazer as coisas. Mesmo quando ela estava aqui fora suando, ela me lembrou uma espécie de realeza. Seus ombros levantaram e caíram enquanto ela respirou fundo, então ela se virou para ir em direção a mim. Havia um brilho determinado em seus olhos. Não fez nada para me deter. De todas as coisas, eu queria agarrá-la e beijá-la até que ambos esquecessem os últimos dois meses. "O que você precisa?" Ela perguntou, mantendo um bom pé de distância entre nós. O tenso, frio, tom sexy-como-inferno da voz dela era o que eu estava familiarizado. Esta tinha sido a Harlow de antes quando eu a trouxe comida chinesa e convenci-a a confiar em mim. "Nós precisamos conversar. Há muito que preciso explicar.” eu disse. Harlow levantou uma sobrancelha. "Não sou surda ou cega. Não há necessidade de explicar. Entendo completamente.” Droga. "Harlow, ontem à noite não é o que você pensa. Você não vai falar comigo. Liguei e você desligou. O que eu deveria fazer? Estava... Inferno, venho tentando te esquecer. Esquecer-nos. Porque é isso que você estava me forçando a fazer. E ontem à noite eu estava tão malditamente na lixeira que não sabia o meu nome.” Harlow endireitou os ombros e olhou para mim com uma raiva que lentamente iluminou seus olhos grandes. Foi de partir o coração. Não parecia promissor. "Não sou uma idiota. Sei que você nunca me ligou, exceto uma vez, em que você estava bêbado demais para saber o seu próprio nome. Não me ampare para que se sinta melhor.

Sou uma menina grande e graças a você não sou tão ingênua como eu era antes. Aprendi algumas lições duras." Ela engoliu em seco e balançou a cabeça. "Não. Não temos nada para falar, Grant. É perdido falar do tempo. Por favor, vá para Nan. Aproveite, dê a ela tudo que você quer. Não sou a sua preocupação, nem nunca serei." Ela virou-se e começou a caminhar de volta para a quadra. Estendi a mão e agarrei seu braço para detê-la. Eu tinha que dizer alguma coisa. Tinha que fazê-la me ouvir. Esse tempo todo eu pensei que Kiro tivesse dito a ela que eu estava dormindo com Nan. Não tinha certeza de onde Kiro teve essa informação ou se somente estava supondo, mas pelo que Dean havia me dito, era por isso que Harlow estava ignorando as minhas chamadas. "Se você não sabia sobre mim e Nan antes, então por que você vem ignorando minhas ligações?" Harlow parou e não tentou empurrar o braço livre do meu alcance. Ela estava ali, tão calma. As fêmeas que eu conhecia não lidam com suas emoções como esta. Elas eram barulhentas. Elas gritam, gritam e jogam merda. Harlow estava tão sem emoção. "Você ligou uma vez. Você estava bêbado. Você nunca ligou de novo. Agora, por favor, solte o meu braço. Eu tenho 40 minutos autorizados com Adam e eu gostaria de usar o meu tempo de forma adequada.” "Merda, eu liguei. Um milhão de vezes! Você não respondia. Liguei para a casa e fui ameaçado por seu pai. Mesmo Dean me alertou para desligar. Eu pensei que era o que queria. Preciso explicar." Ela virou-se e o fogo atrás de seus olhos me assustou. "Não Grant, você não ligou. Sou uma garota muito inteligente e eu saberia

se perdesse uma chamada. Você não ligou." Ela puxou seu braço e se dirigiu para o outro lado da quadra. Esta não era a maneira que eu tinha imaginado até então. E eu não tinha a menor ideia como fazer com que ela me escutasse. Ela era tão cuidadosa para se proteger. Paredes tinham sido erguidas entre nós e senti como se fossem feitas de aço. "Se isso é tudo, Sr. Carter, precisamos continuar com a nossa sessão." disse Adam em um tom profissional. Não quero fazer isso mesmo aqui. Não com uma plateia. Em vez de responder, fui embora. Eu não sabia mais o que fazer. Eu precisava me reagrupar e planejar o que fazer a seguir. Também precisava de conselhos. Esqueça o Rush. Eu ia ver a Blaire.

Harlow

Adam agiu como se nada tivesse acontecido. Mesmo depois que eu comecei a perder todas as bolas que ele enviava na minha direção. Não conseguia me concentrar. As palavras de Grant estavam se repetindo, mais e mais, na minha cabeça. Ele estava tão determinado a me fazer acreditar que ele havia ligado. No entanto, ele não pensou sobre o fato de que seu comentário sobre dormir com Nan era como enfiar uma lâmina através de meu peito. Só parei de tentar. Adam parou de bater e ficamos ali, olhando um para o outro. "Sinto muito. Não acho que eu vou ser capaz de terminar hoje." eu disse a ele. Ele não precisava de mais explicação, eu sabia que ele tinha nos escutado. Nós não estávamos exatamente sussurrando. "Estou livre por mais uma hora e vinte minutos. Quer pegar uma xícara de café?" perguntou, me surpreendendo. Não tinha certeza se era isso que eu queria. Realmente não tenho um monte de amigos. Meus livros eram meus amigos. "Não vou perguntar sobre o que aconteceu, se você não quiser. Apenas pensei que o café soava bem e eu gostaria de alguma companhia." ele disse quando eu não respondi. Precisava fazer isso. Era o momento que eu tinha uma vida. Meu pai me enviou aqui e tornou impossível me esconder no meu quarto. Ficar em casa significa estar perto de Nan. "Gostaria disso." respondi. Adam parecia aliviado quando me lançou um sorriso. "Bom. Eu pensei que teria que mendigar."

Não tinha certeza do que ele quis dizer com isso, ou se ele estava me provocando. Esperei enquanto ele usou sua toalha para secar a pequena quantidade de suor e tomou um longo gole de sua água. Quando ele se virou para mim, decidi que eu gostava de Adam. Ele era atraente e bom. E ele não tinha dormido com Nan... Ou pelo menos, eu penso que não. "Antes de tomar café juntos, você tem algum tipo de relação com Nan?" perguntei. Eu sabia que isso era ridículo, mas eu estava me protegendo. Se ele tinha, então era melhor não gastar nenhum tempo com ele fora desta quadra. Adam riu. Acho que eu parecia uma criança pedindo ou algo parecido. Mas não me importei. "Não. Nan é o tipo de garota que eu mantenho distância. Ela também está brincando com August Schweep. Ele é o novo professor de golfe do clube." Incrível. Grant estava dormindo com ela enquanto ela estava dormindo com o professor de golfe. Argh. Apenas argh. "Ele não é a única pessoa com quem ela está brincando." As sobrancelhas de Adam dispararam. "Como eu disse. Não é meu tipo." Sim, podemos ser amigos. "Bom. Não que o café significa nada. Prefiro não perder meu tempo com pessoas que tiveram alguma relação com Nan." "Você a odeia tanto assim?" Questionou. Balancei minha cabeça. "Não. É apenas uma grande bandeira vermelha que uma pessoa não deve ter." "Sério? O que seria isso?"

"Integridade." respondi antes de estalar a minha boca fechada. Não deveria ter dito isso. Adam, no entanto, caiu na gargalhada novamente.

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Entramos em uma pequena área de café, na grande varanda envolvente. Meus olhos, imediatamente, encontraram Rush em pé no que parecia ser à entrada de uma sala de jantar maior ou um restaurante. Ele olhou de mim para Adam e levantou as sobrancelhas ligeiramente, depois assentiu um olá, antes de voltar sua atenção para um cara que reconheci do casamento. "Está tudo bem se nós tomarmos um café aqui? A sala de jantar está repleta esta hora do dia. Ou você prefere ir lá e pegar alguma coisa para comer?" Era hora do almoço, mas a ideia de andar lá dentro enquanto ele estava cheio de pessoas não parecia atraente. "Podemos obter um sanduíche aqui?", indaguei. "Claro que podemos.” Ele puxou uma cadeira para mim. "Sente-se e vou pegar um cardápio. Eles, normalmente, não trazem aqui.” Comecei a dizer-lhe para não se preocupar, que o café estava bem, mas ele já havia se dirigido para a porta. Eu não olhei para ver se Rush disse alguma coisa para ele. Mantive minha atenção voltada para as janelas com vista para as quadras. Deixando-me pensar profundamente sobre isso, me deixou nervosa. Não havia nenhuma

razão para ficar nervosa. Adam era um cara legal. Ele jogava tênis. Nós já tínhamos algo em comum. "Eu gosto de Adam." A voz do Rush me assustou e eu me virei para ver que ele indo até a minha mesa. "Eu também." eu respondi, perguntando-me se ele sabia sobre mim e Grant. "Nan está tratando você bem?" Ele estaria preocupado com isso. Rush sabia mais do que ninguém o quão ruim estava entre nós. "Ainda não a vi. Estou evitando-a." Rush sorriu. "Não é uma má ideia." "Como está Blaire e Nate?" perguntei. Um brilho tocou seu rosto e, seu sorriso com desdém, transformou-se num sorriso verdadeiro. O tipo genuíno que você sabia que foi profundo. "Eles estão perfeitos." Ele nunca foi um homem de muitas palavras. "Gostaria de poder vê-los." "Blaire gostaria disso. Assim que eu disser a ela que você está aqui, ela vai sair para caçá-la." Isso me fez sorrir. Eu realmente gostei de Blaire. Ela era o tipo de pessoa que você não poderia deixar de se sentir atraída. "Bom. Estou ansiosa para ela me encontrar." Rush olhou para cima e, em seguida, de volta para mim. "Vou deixar você desfrutar do seu almoço. Não deixe Nan assumir o controle. Endureça sua coluna."

Ele não disse mais nada, apenas se afastou. Virei-me para ver Adam caminhando de volta para a sala. Ele e Rush cumprimentaramse de passagem. Adam definiu o cardápio antes de se sentar à minha frente e ficou olhando para a porta. Quando ele se virou para mim parecia que estava pensando em alguma coisa. Decidi esperar e deixá-lo criar a coragem de me perguntar. Abrindo o meu cardápio, estudei as seleções de saladas e sanduíches. "Então você é amiga de Rush, mas não Grant. Não são eles irmãos ou algo assim?" Ah. Ele estava finalmente perguntando sobre o Grant e a cena que eu tinha feito antes. Não estava pronta para dar-lhe mais detalhes. Nós tínhamos acabado de nos conhecer e o que tinha acontecido com Grant era muito pessoal. "Rush é um amigo. Ele tem sido desde que éramos crianças. Grant é alguém que eu conheci há alguns meses atrás e cometi o erro de confiar. Isso é tudo." Adam balançou a cabeça e, em seguida, voltou sua atenção para o seu cardápio. Ele estava satisfeito com a minha explicação. Bom. Eu não ia dizer-lhe mais.

Grant

Entrei no meu caminhão, quando notei a Range Rover de Rush. Ele estava aqui. Me virei e voltei enquanto ligava-o para descobrir exatamente onde ele estava. "Sim." disse Rush. "Estou vendo a sua caminhonete. Onde você está?” "Estou aqui dentro. Você está no estacionamento?” "Sim." "Espere aí. Vou sair.” Em seguida, ele desligou. Mas que diabos? Ele estava na sala de jantar. Podia ouvir sons familiares em segundo plano. Por que ele estava saindo para vir me ver? A menos que... Harlow estava lá dentro. O que ele acha que eu ia fazer? Uma cena? Inferno, eu já tinha feito isso na quadra de tênis. Eu precisava de um plano de jogo. Não outro acidente de trem. Esperei por ele. Ele chegou rápido. Rush saiu pela porta e olhou para mim com preocupação estampada em seu rosto. "Será que eu bato em você aqui?" Ele perguntou, como se não fosse nada suspeito. Decidi aliviar sua mente. "Eu sei que Harlow está na cidade. Eu sei que ela está vivendo com Nan e já tivemos o nosso primeiro encontro... E um segundo, na verdade."

Rush soltou um suspiro aliviado. "Bom. Após o seu último discurso bêbado-bunda, estava preocupado que isso ia ser um problema." "O meu único problema é que ela não me deixa explicar. Ela me odeia. Preciso de conselhos, cara. Estraguei tudo. É por isso que eu queria falar com você. Mas eu acho... Acho que preciso falar com Blaire." As sobrancelhas de Rush se juntaram. "Como você ferrou tudo? Kiro a manteve longe de você. Foi isso. Harlow é uma garota doce. Não posso imaginá-la odiando alguém." "Há mais do que isso." eu disse, correndo a mão pelo meu cabelo. Não queria dizer a Rush que eu estava dormindo com Nan novamente. Ela era sua irmã, mesmo ela sendo egoísta e má como uma cobra. Ele a amava. Não tinha certeza de como ele reagiria a mim usando-a. "O que tem mais?" Pensei sobre isso. Eu queria que ele me deixasse falar com Blaire. Não precisava da ajuda dele. "Diga-me que você não transou de novo com a Nan." ele disse com um suspiro exasperado. Ele sabia. Ele sempre imagina merda. "Sim, algumas vezes." Rush balançou a cabeça e soltou uma risada dura. "Você está ferrado. Eu disse que Harlow não odeia as pessoas, mas Nan é o mais perto disso. Você precisa deixar a coisa com Harlow ir e seguir em frente. Não há nenhuma maneira de você corrigir essa merda."

Queria que ela entendesse. Eu queria o perdão dela, gostaria que ela soubesse que eu apreciava o que ela tinha me dado. Ninguém ou nada seria tão especial para mim novamente. Nunca iria esquecer. Talvez fosse melhor para nós dois se isso fosse tudo o que ela estava disposta a fazer. Naquela noite, quando eu estava dentro dela, foi me mostrado algo muito mais profundo do que eu imaginava. Isso assustou o inferno fora de mim. Amar alguém do jeito que Rush amava Blaire... Era intenso. Ele estava controlado e tinha o poder de destruí-lo. Eu já tinha visto tanta mágoa e dor na minha vida. Meu pai tinha se apaixonado mais do que uma vez e cada vez terminava dolorosamente, não só para ele, mas para mim. Amor para sempre não era algo que eu acreditava. Harlow era perigosa para mim. Ela foi a primeira pessoa que eu já tinha me permitido imaginar para sempre. E se ela deixasse de me amar um dia... Ou se eu a perdesse? Eu vi o olhar vago nos olhos de Bethy. A dor profunda dentro dela. Ela tinha que acordar todos os dias e viver com a dor. "Só quero que ela me escute. Eu não quero mais nada. Quero que ela saiba... Que... Que ela era especial. Aquela noite foi especial. Isto é tudo. Nada mais. Não estou pedindo por uma segunda chance. Não posso fazer isso. Eu só quero o seu perdão. E não posso viver comigo mesmo se ela acredita que levei a sua inocência como um jogo. Nunca foi um jogo.” Rush ficou lá olhando para mim como se eu estivesse falando uma língua diferente. Eu estava divagando. Não fazia sentido. Pelo menos não para ele. Eu precisava falar com Blaire, caramba. "Você só quer que ela saiba que a porra dela significava alguma coisa? É isso que estou entendendo? Você não quer mais alguma coisa?" Vacilei em sua descrição, mas assenti.

"Posso perguntar por quê?" A imagem de Bethy, lamentando quando eles baixaram o corpo de Jace no solo, ficou gravada no meu cérebro. "Não posso amar alguém do jeito que você ama Blaire." Rush levantou uma de suas sobrancelhas. "Por que isso?" "Porque isso assusta o inferno fora de mim. Não vou ser tão vulnerável. Eu não quero ser." Rush não parecia que tivesse entendido, mas ele finalmente acenou com a cabeça em direção ao seu Rover. "Estou indo para casa. Se você quer um conselho de Blaire, me encontre em seguida lá e, assim, você poderá dizer a ela esta merda. Mas ela não vai tomar o seu lado nisto. Estou avisando agora." Não esperava que o fizesse. "Eu sei." "Quando você disser a ela que você dormiu com Nan, depois de tomar a virgindade de Harlow, abaixe-se, porque a arma vai sair e, maldição, desta vez eu tenho certeza que ela vai puxar o gatilho." ele disse com um sorriso divertido saindo em direção a sua caminhonete sem olhar para trás. Ele estava certo. Blaire ia mastigar minha bunda fora. Mas uma vez ela iria me ajudar, mesmo porque ela entenderia que Harlow merecia.

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Trinta minutos depois, Blaire estava olhando para mim. Seu rosto tinha ido de horrorizado ao completamente chateado. Nate

tinha, felizmente, rastejado em seu colo, caso contrário, eu tinha certeza que ela teria tomado um balanço para mim. "Você quer que eu o leve, baby?" Rush perguntou, entrando na sala de estar. "Não. Deixe-o em seus braços. Estou mais seguro assim." respondi. Rush riu e caminhou até sentar-se ao lado dela. Nate foi para Rush com uma risada feliz e eu vi meu melhor amigo fodão se tornar um mingau viçoso completo quando Nate colocou um alto beijo estalado no rosto de Rush. É... Esse tipo de amor. Eu não poderia fazer isso. E se alguma coisa acontecer com Nate? Como poderia Rush acordar todas as manhãs? "Não sou como Rush. Eu não posso fazer isso. Esta... Vida. Eu não posso amar alguém tão completamente que segura o meu coração em suas mãos. Não sou tão forte. Eu tive más experiências com esse tipo de confiança. Mas eu me preocupo com Harlow. Eu deixei chegar muito longe com ela. Deixei o suficiente para saber que eu a tenho machucado. Não quero que ela se machuque. Ajude-me, por favor." O olhar zangado de Blaire suavizou um pouco e ela se inclinou para frente, sem tirar os olhos de mim. "Por quê? Diga-me por que, Grant. O que é que eu tenho com o Rush que você não pode ter?" Não estava trazendo à tona o meu passado e falando sobre a minha infância como se fosse uma boa desculpa. E nenhum de nós queria trazer Jace. Isso ainda estava muito fresco. "Não estou pronto para isso. Eu acabaria ferindo Harlow e eu não posso fazer isso. Eu só quero fazê-la ouvir a minha explicação e ir embora como amigos. Ela é doce e especial. Não posso suportar a ideia de que ela pense que eu a usei.” Amigos. Essa palavra soava plana. Se Harlow me perdoar,

eu poderia viver somente como amigos? Como eu deveria olhar para ela e não me lembrar de como é bom senti-la em meus braços? Eu estava pedindo algo impossível? Não queria deixar Rosemary. Inferno, eu não poderia deixar Rosemary. Alguém precisava ter certeza de Harlow sobreviver com a Nan. Blaire colocou uma mecha de seu longo cabelo loiro branco atrás da orelha e me perfurou com o olhar firme. "Você não quer ela, mas você quer que ela saiba que o que vocês fizeram foi especial para você. Posso entender isso. É típico de você. Você não gosta de ferir as pessoas.” "Você pode me dizer o que fazer? Ela me odeia agora." Nate estendeu a mão, puxou o cabelo de Blaire e riu alegremente. "Não puxe o cabelo da mamãe. Já passamos por isso, cara." disse Rush, salvando Blaire de outro puxão forte. Blaire agradeceu Rush e deu um beijo na cabeça de Nate, em seguida, virou-se para mim. "Deixe-me falar com ela. Então vou deixar você saber quando você poderá falar com ela. Até lá, permaneça fora da cama de Nan, especialmente agora que Harlow mora lá." "Não vai acontecer novamente. Vou parar com o uísque também." "Bem, eu estou cansado de pegar sua bunda gorda do bar." disse Rush. "A linguagem." Blaire lembrou Rush. "Desculpe." ele respondeu rapidamente.

Blaire suspirou. "A primeira palavra de Nate vai ser uma com quatro letras, eu sei disso." "'Ass1' tem apenas três letras." respondi. "A arma, homem. Lembre-se da arma. Minha mulher veio armada." Rush avisa. Blaire levantou-se e soltou um grunhido frustrado. "Vocês dois. Eu juro," ela disse, pegando Nate. "Preciso ir alimentar esse cara e, em seguida, é a hora de dormir. Ligo para você, Grant." Eu a vi saindo da sala. "Olhos fora da bunda da minha esposa." Rush avisa. Foi a primeira vez que eu senti vontade de rir o dia todo.

1

Bunda em inglês.

Harlow

O almoço tinha sido indolor. Mas eu não tinha certeza de que estava fazendo isso de novo tão cedo. Eu, simplesmente, não estava pronta para confiar em ninguém agora. Isso foi temporário e tão atraente quanto ter um amigo soava, não vi Adam querendo amizade. Ele acabaria por querer mais. Deixei o clube e fui para o meu carro. Não estava com disposição para o golfe. Só queria ler e escapar dessa bagunça que meu pai tinha me posto. Precisava sair de Rosemary e encontrar algum parque público onde eu poderia sentar-me debaixo de uma árvore e ler. Tinha dois livros em meu e-reader e não podia esperar para ler. Então eu o vi. Longos cabelos escuros apenas enrolado suficiente para fazê-lo parecer confuso puxado para trás em um rabo de cavalo. Chapéu de cowboy empoleirado em sua cabeça. Camisa xadrez azul puxada com força contra seus ombros largos e costas quando ele se inclinou contra o meu carro com os braços cruzados sobre o peito. Excitação borbulhou dentro de mim, assim como eu me perguntei por que ele estava aqui. Comecei a correr. O som dos meus passos chamou sua atenção e ele se virou para mim. Uma lenta, propagação de sorriso fácil em seu rosto bonito. Eu vi muito do nosso pai nele. Muitas vezes me perguntei se isso era o que papai teria parecido se ele não tivesse deixado sexo, drogas e rock and roll assumir sua vida. Mase era saudável e forte. Joguei meus braços ao redor dele quando ele abriu-o. "O que você está fazendo aqui?" Perguntei, segurando-o com força. Lágrimas

ardiam meus olhos. Não tinha percebido quão só eu me senti até este momento. Basta ter Mase aqui. Alguém que me amava. Era um alívio. "Ouvi que nosso querido pai a jogou aos lobos e queria ter certeza de que estava tudo bem." ele falou em seu sotaque do Texas, que sempre me fez sorrir. Não podia responder ainda. Se ele visse a emoção nos meus olhos ou a ouvisse na minha voz, ele iria me arrumar e levar-me para o Texas. Engoli o caroço na minha garganta. "Não é tão ruim. Tive um bom dia." Mase grunhiu e se afastou para olhar para mim. "Pelo que meu pai me disse, ela é uma cadela furiosa. A próxima coisa que eu ouvi dizer é que ele a mandou viver com ela. Estou achando tudo isso um pouco difícil de engolir." "Ela me odeia. Ela vai te odiar também, só porque ela pode. Mas Rush e sua esposa Blaire estão aqui. Você vai gostar dela. Ela é muito legal. Não estou completamente sozinha.” Mase franziu a testa e a covinha na bochecha esquerda desapareceu. "Rush se casou? Porra, estou atrás na família, merda." “Sim. Ele tem um bebê, também. Nate. Ele é adorável. Mas, Rush também é... Rush e Blaire são impressionantes." "Bem, vou ser amaldiçoado. O galã se casou. Ainda não o vi no ‘para sempre’, mas não esperava isso." "As pessoas mudam. Rush mudou." Mase assentiu. "Sim, eles fazem isso." A leitura não soava mais atraente. Queria passar mais tempo com Mase. "Quanto tempo você ficará aqui?"

Mase levantou uma sobrancelha e esfregou o queixo mal barbeado. "Enquanto você precisar de mim, irmãzinha." Eu precisava dele por nove meses, mas eu não ia dizer isso a ele. "Onde você está ficando?" Mase soltou uma risada. "Estou ficando naquela grande e bela casa que meu pai pagou." Meu queixo caiu. Certamente ele sabia que Nan morava lá. Ela não iria deixá-lo mover-se dentro. "Mas Nan não..." Parei. Mase piscou e inclinou-se para mim. "Liguei para o Kiro. Ele sabe que estou aqui. E ele disse que se a cadela der problemas para ligar e ele lidará com isso." Ele sorriu. "Não que eu precise dele para lidar com ela. Vou mudar a minha merda lá e escolher o meu próprio quarto. Não é uma coisa de maldição que ela possa fazer para me impedir." Pensei sobre a reação dela e sabia que isso não seria bom. "Ela vai ficar louca. Ela é louca." Mase jogou o braço por cima dos meus ombros. "Bom. Eu preciso de algum entretenimento. Agora, por que você não me mostra como chegar a casa e você pode me ajudar a resolver. Então, nós vamos encontrar um bar decente para obter umas cervejas e jogar sinuca. Um sem camisa polo maldita e carros de luxo." Ele olhou ao redor do parque de estacionamento com uma expressão de nojo. Ele pode ser o único filho do roqueiro mais famoso do mundo, mas era um rapaz do campo. Sua grande caminhonete Dodge preta tinha lama nos pneus e botas de trabalho sujas na parte de trás. Ele não precisava de pretextos.

"Tudo bem. Quer que eu dirija e você segue?" "Sim. Precisamos levar o seu carro para a casa antes de sair hoje à noite." Abri a porta e olhei para trás para vê-lo caminhar até sua caminhonete e subir dentro. Meu irmão estava aqui. Ele vai morar com a gente. Todos os três filhos de Kiro vivendo numa casa. Isso ia ser... Um desastre.

Grant

"Preciso que você venha aqui agora! Agora mesmo porra!" Nan gritou ao telefone. Segurei-o longe da minha cabeça para impedi-la de romper meus tímpanos. "Pare de gritar no meu maldito ouvido," eu lati. "Ele não vai sair! Preciso de ajuda. Não posso obter o meu pesaroso-bunda pai ao telefone. Preciso de você. Por favor. Ajudeme!" "Quem?" "Basta chegar aqui!" Ela gritou e desligou o telefone. Merda. Não queria ir a qualquer lugar perto de Nan. Mas Harlow... Se "ele" estava perturbando Nan tanto assim, poderia esta pessoa ferir Harlow? Teria Nan trazido alguém para casa? Ele era perigoso? Foda-se! Corri e peguei minhas chaves do caminhão e dirigi-me. Eu ia lá, mas isso não foi por Nan. Estava fazendo isso por Harlow.

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Uma caminhonete Dodge preta com uma cabine estendida, parecia que tinha saído com lama-e-cavalo, estava estacionada ao lado do carro de Harlow. Quem diabos Nan trouxe para casa desta vez? A ideia de Harlow em perigo fez a raiva dentro de mim começar a ferver. Foda. Nan não era segura o suficiente para Harlow. Ela

precisava de um lugar seguro para viver e Nan faz escolhas idiotas como este do caminhão Dodge. Subi os degraus e abri a porta sem bater. O estridente grito de Nan era fácil de seguir. Subi as escadas para o primeiro quarto no segundo andar. "Você não está vivendo em minha casa! Arrumem as malditas malas e saiam daqui agora! Este não é o acordo que eu tinha com Kiro." Nan estava com o rosto vermelho quando entrei no quarto. Seus olhos selvagens encontraram os meus e ela se lançou para mim e colocou os braços em volta de mim. "Você veio. Obrigada, muito obrigada. Preciso de sua ajuda." Meus olhos encontraram Harlow. Eles estavam arregalados com uma mistura de emoções. O único que importava para mim era a dor. Tirei os braços de Nan do meu corpo e mudei-o para longe de mim, sem olhar longe de Harlow. Não queria que ela pensasse que eu estava aqui por Nan. "Você ligou para o seu namorado? Isso é muito engraçado." O sotaque profundo me chamou a atenção. Mudei o meu olhar para o cara de pé ao lado de Harlow. Seu tom soou relaxado, mas a forma como ele estava em pé, ligeiramente, à frente de Harlow e a postura rígida me disse que se sentia como se estivesse protegendo-a. "Quem é você?" perguntei, passando por Nan e mais perto de Harlow. Não sabia se esse cara estava tentando proteger, mas danese, eu não ia deixá-lo ficar mais perto Harlow. "Ele acha que está se mudando para este quarto! Diga-lhe que ele não está." Nan exigia. Pensou o quê?

Assisti Harlow dar um passo em direção a ele e envolvendo a sua mão pequena em torno do bíceps do cara. Não gosto disso. Nem um pouco. Eu olhei para a mão em seu braço, em seguida, mudei meu olhar para o dela. Ele era o que dela? Teria ela seguido em frente? "Quem é ele, Harlow?" perguntei. Eu precisava ouvi-la me dizer isso. Harlow olhou para o cara, então de volta para mim. Eu podia ver a indecisão em seu rosto. Ela não confiava em mim. Porra, eu odiava isso. Tinha trabalhado tão duro para levá-la a confiar em mim. Agora, ela estava segurando esse outro cara como se ele fosse parte da maldita cavalaria. "Eu não acredito nisso? Você vem aqui e pergunta a ela quem é ele? O que diabos está de errado com você? Ele está na minha casa e eu o quero fora. Agora." Nan agarrou meu braço e puxou-o, tentando chamar minha atenção. Eu só ignorei. Eu mantive meu foco em Harlow. "Grant, este é meu irmão, Mase Colt-Manning. Mase, este é Grant Carter. Ele é o melhor amigo de Rush e o namorado de Nan." Tudo o que eu ouvi foi "meu irmão" e todo o meu corpo relaxou. Ele era seu irmão. O aperto no meu peito se foi e eu podia respirar novamente. Nada mais que ela dissesse me importava. Mase Colt-Manning. O único filho de Kiro Manning. Perguntava-me se eu tinha acabado de respirar alto demais com meu suspiro de alívio. Mase deu um passo em minha direção e estendeu a mão. "Prazer em conhecê-lo." disse em seu sotaque do Texas. Apertei sua mão. Seu aperto era mais como um aviso do que uma saudação. "Você também." respondi. A ameaça silenciosa em seus olhos não era perdida. Ele tinha notado a minha atenção para Harlow. A mensagem que ele estava recebendo nesta sala estava

errada e eu queria a porra da correta, mas não por causa dele. Por Harlow. "Que porra é essa? Você está apertando a mão dele? Ele está se mudando para minha casa! Sem ser convidado." Nan gritou. Dei um passo para trás e olhei para Nan, pela primeira vez desde que entrei na sala. "É a casa de Kiro, Nan. Se ele quiser mandar outro de seus filhos, ele pode. Não vejo como você pode pará-lo." O rosto de Nan passou de vermelho para vermelho brilhante quando ela bateu o pé e soltou um barulho que soava como birra de uma criança de cinco anos de idade. "Não que seja da minha conta, mas como você atura isso?" perguntou Mase. "Não aturo. Ela não é minha namorada. Harlow não entendeu algumas coisas nas quais ela não me deixa esclarecer." respondi, olhando para ela. Ela abaixou a cabeça e olhou para seus pés. "Eu vejo." Mase respondeu e eu tive uma ideia que ele viu. Muito mais do que Harlow fez. Era um cara e estava em todo o meu rosto. Só quero que ela me perdoe e eu não tinha nenhuma utilidade para Nan. Não mais. "Saia." Nan ordenou, apontando para a porta. O brilho em seus olhos com raiva era dirigido a mim. "Agora. Saia da minha casa. Você é alguém a quem posso jogar fora. Então, basta ir. Não devia ter chamado você." "Diria a você para ficar, mas Harlow e eu temos planos. Tenho certeza que vamos nos ver por aí," disse Mase. "Você pode sair do meu quarto agora, Nan."

A carranca enfurecida no rosto dela enquanto se virava e saía da sala quase me fez rir. Mase não ia deixá-la sair com qualquer coisa. Era por isso que ele estava aqui? Ele estava aqui por Harlow? A forma como ele manteve seu corpo ligeiramente na frente dela como se ele estivesse pronto para atacar qualquer um que chegasse perto demais me disse que era exatamente por isso que ele estava aqui. "Obrigado." eu respondi antes de virar para ir embora. "Você é bem-vindo, mas o que você está me agradecendo?" questionou. Olhei para trás, mas não olhei para ele. Meus olhos foram diretos para Harlow. "Por chegar e protegê-la. Posso dormir melhor à noite sabendo que ela tem você." Não esperei por ele para fazer mais perguntas. Eu só saí.

Harlow

Não conseguia olhar para Mase. Seus olhos estavam em mim, no entanto. Eu podia sentir sua curiosidade. Ela estava enchendo a sala. O que tinha sido isso? Grant tinha vindo embarrilando no quarto como se ele estivesse pronto para salvar Nan. Então, ele tinha, basicamente, a jogado para longe dele. Quase senti pena dela. Ele tinha seus gritos no orgasmo ontem à noite, mas hoje ele nem mesmo a tocou. "Explique essa merda, por favor, porque, mana, estou seriamente tentando entender tudo isso." Mase disse enquanto se sentava na cama king-size atrás dele. "Não sei o que quer dizer," eu disse, ainda não olhando para ele. Mase riu. "O inferno que você não sabe. Derrame. Ou, vou perguntar a ele." Não. Não podia deixá-lo falar com Grant. Eu não tinha certeza do que ele achava que sabia. "Não sei exatamente. Grant e Nan dormem juntos, mas parece ser tudo o que fazem. Ele esteve aqui ontem à noite." "Ele dorme com ela? É mesmo? Com você em casa?" Dei de ombros. "Ele não sabia que eu estava aqui na noite passada." Mase não respondeu de imediato. Não tinha ideia do que ele estava pensando, mas, pela primeira vez desde que ele tinha chegado eu queria ficar sozinha por alguns minutos.

"Você sabe que ele gosta de você, certo?" Finalmente disse Mase. Balancei minha cabeça. "Não, ele não gosta. Ele quer que eu o perdoe por...” parei. Eu não poderia dizer Mase à verdade. Era muito provável que Mase iria atrás Grant com uma das grandes armas que ele usa para caçar. "Pelo o quê?" Perguntou Mase, ficando em pé, seu corpo ficou tenso. Merda. Eu tinha que consertar isso. "Ele e eu nos tornamos amigos alguns meses atrás. Eu comecei a gostar dele. Nós nos beijamos. Em seguida, seu amigo se afogou e ele veio para cá. Ele não me ligou de novo. Eu pensei que talvez ele estivesse apenas lamentando o seu amigo e precisava de tempo. Então eu descobri que ele estava dormindo com Nan." Mase deu um grunhido infeliz e cruzou os braços sobre o peito. "Isso é tudo o que ele fez? Beijar você? Ele te fez qualquer promessa?" Balancei minha cabeça, porque mentir para Mase foi à única maneira de que eu poderia manter Grant vivo. "Se isso faz você se sentir melhor, ele está fodido e se machucando. Ele não quer Nan. Meu palpite é que ele quer você e sabe que está fodido. Meu conselho é que você fique longe dele, porra. Caras que são fracos não valem em torno da gola. Quando um cara chama a atenção de alguém como você, ele deveria entender a sua sorte. Não jogá-la fora. Ele não entende. Encontre um homem que entenda o seu valor.” Sorri e finalmente olhei para ele. "É o conselho de um grande irmão?" Perguntei. "O melhor. Estou cheio disso. Agora, vai, coloque seu jeans e as botas de cowboy que lhe enviei no Natal. Nós vamos sair com o povo comum." respondeu com uma piscadela.

Fui até lá e abracei-o. "Obrigada," sussurrei. "Não me agradeça por cuidar de você."

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O bar que Mase encontrou era uns bons 20 minutos fora de Rosemary. As luzes de neon brilhantes nas janelas e vários caminhões no estacionamento tinham sido todo o incentivo necessário para Mase me puxar para dentro. "Lama nos pneus significa que há uma boa cerveja aqui," explicou ele, abrindo a porta. Revirei os olhos e abri a porta para saltar para fora do caminhão. Caminhamos em direção à porta e Mase parou, então olhou para mim. "Procure não parecer atraente. Só quero jogar sinuca e tomar uma cerveja. Passar algum tempo com a minha irmã, não bater num merda por dar em cima de você." Eu ri, depois assenti. O que ele acha que eu ia fazer? Ir lá e bater meus cílios para todos que olharem no meu caminho? Ele abriu a porta do bar e entramos no interior. O cheiro de fumaça de cigarro encheu o ar. Este era um cheiro familiar para mim. Mase respirou fundo e sorriu para mim. "Posso sentir o cheiro da cerveja daqui. A torneira é boa." ele disse com um sorriso bobo antes de ir para o bar. Segui rapidamente atrás dele. Olhei ao redor da sala grande, enquanto Mase pediu a ambos uma cerveja. Não parecia ser menor de idade. Acabei de deixá-lo fazer isso. As mesas de bilhar estavam cheias e procurei por uma cabine que estivesse vazia. Tentei não fazer contato visual com ninguém.

Mas meus olhos encontraram um rosto familiar. Ela não estava olhando para mim. Ela estava olhando para a bebida na mesa. Vi quando um homem aproximou-se e falou com ela e ela respondeu sem olhar para ele. O cara balançou a cabeça e saiu. A tristeza em seu perfil e a queda de seus ombros quebrou meu coração. Voltei-me para Mase. "Vejo alguém que eu conheço. Você pode deixar-me falar com ela a sós? Estarei de volta em poucos minutos. Ela parece que só precisa de uma amiga." Mase olhou para a multidão e eu soube quando seus olhos encontraram Bethy. Ele acenou com a cabeça. "Claro. Vou estar bem aqui." "Ok," respondi, então fiz meu caminho para Bethy. Ela não olhou para cima, até que deslizei no assento em frente a ela. A confusão em seus olhos se voltou para surpreender. "Harlow?", ela perguntou, em seguida, olhou em volta, no caso de eu estar com outra pessoa que ela conhecesse. Podia ver o momento de pânico. Ela não queria que ninguém soubesse que ela estava aqui, longe, bebendo a sua dor. "Estou aqui com o meu irmão. Ninguém mais." assegurei e ela olhou para mim, aliviada. "Oh." ela simplesmente respondeu. Não era boa nisso. Eu tinha lidado com a perda. Eu tinha perdido minha mãe, a quem mal lembrava, e, em seguida, minha avó, mas nunca alguém que eu estivesse apaixonada. Nunca alguém tão jovem com uma vida pela frente. "Você quer falar sobre isso?” Perguntei. Bethy franziu a testa e olhou para seu copo. "Não sei. Não de verdade."

Nunca tinha sido amada ou amado, então eu não tinha certeza de como me sentir. Como vulnerável ele te faz. Só sabia da dor que eu tinha sofrido de confiar em alguém que me traiu. Isso tinha sido doloroso, mas não segurei uma vela para isso. "Alguns dias eu acho que vou acordar e este terá sido um pesadelo." ela disse, ainda olhando para o copo como se tivesse todas as respostas. Decidi que a melhor coisa a fazer era ficar quieta e deixar que ela falasse. Eu era uma boa ouvinte. Eu poderia ajudá-la dessa forma. "Mas, então, eu acordo e ele se foi. Ele não está ao meu lado. Não está sorrindo para mim com aqueles belos olhos. Não o tenho para aconchegar-me a planejar o ‘para sempre’. Ele era o meu porto seguro. Nunca tive um antes. Mas Jace tinha sido o meu lugar seguro. Ele tinha tomado conta de mim... E eu... Não o merecia." Comecei a dizer-lhe que não era verdade, mas ela continuou falando. “Ele nunca soube a verdade sobre mim. Ele nunca conheceu os meus segredos. Eu queria dizer-lhe tudo. Mas, sabia que uma vez que eu fizesse, poderia perdê-lo, e não podia perdê-lo. Então... Então, Tripp voltaria para casa para uma visita e gostaria de sair do controle. As memórias, as mentiras-tudo era demais. Naquela noite, eu tinha bebido, porque eu tinha finalmente me convencido dizer a verdade à Jace. Ele merecia saber quem era que ele amava. E porque eu era uma covarde, eu bebi. E, em seguida... Eu o matei." Cheguei do outro lado da mesa e agarrei sua mão. "Você não o matou." assegurei a ela. Eu sabia muito. Jace tinha se afogado. Ela levantou os olhos para mim e as lágrimas agrupadas neles rolaram lentamente pelo rosto. "Ele estava lá para me salvar. Eu tinha saído para a água e quase me afoguei. Deveria ter sido eu." ela

engoliu em seco. "Deveria ter sido eu. Ele deveria ter me soltado e se salvado, mas ele não faria. Ele me salvou e deveria ter sido eu. Eu era a mentirosa. Eu era a única indigna." Não era da minha conta. Não sabia os seus segredos e não quero saber. Mas o que eu sabia era que Jace a teria salvo, independentemente. O amor não vai embora por causa de mentiras. Amava meu pai e ele estava muito longe de ser perfeito. "Ele teria salvado você, mesmo que você lhe dissesse estes segredos. O amor não vai embora. Ele poderia ter se machucado. Ele poderia até mesmo ter sido incapaz de confiar em você novamente. Mas ele teria vindo atrás de você, porque isso é o que o amor faz com uma pessoa." Bethy deixou escapar um pequeno soluço e cobriu a boca. "Ele merecia a vida. Feliz e plena," ela disse uma vez que deixou cair à mão. "Eu levei isso dele." Não poderia ajudá-la a perdoar a si mesma. Levaria tempo. "Mas você cometeu um erro. Jace protegeu você. Algum dia você vai ser capaz de parar de se culpar. Até então, tente pensar em todas as coisas boas. Não se debruçar sobre as coisas ruins." "Mas Tripp está na cidade agora. Ele me lembra. Só de vê-lo de longe me lembra.” Não tinha ideia de quem era Tripp e por que continuava trazendo-o para cima. Novamente, não é da minha conta. Ele era, obviamente, uma parte do passado que a atormentava. "Tenho certeza que um monte de coisas a fará lembrar-se dele e do passado. Com o tempo, vai ficar mais fácil.” Bethy fechou os olhos com força. "Espero que sim", ela sussurrou.

Não queria deixá-la aqui sozinha. "Por que você está aqui sozinha?" Perguntei. Ela franziu o cenho. "Gosto disso. Não quero ver as pessoas. Mas eu acho que estou pronta para ir para casa hoje à noite.” Apertei a mão dela e puxei minha mão de volta para o meu lado da mesa. "Se você precisar de alguém para ouvir que não está ligada à situação, então estarei aqui." disse a ela e deslizei para me levantar. Bethy me deu um sorriso fraco. "Obrigado, Harlow. Isso significa muito.”

Grant

Rosemary não era uma cidade grande. Era uma pequena faixa de praia. Então, como foi que Harlow tinha conseguido me evitar completamente por três dias? Eu tinha feito tudo o que poderia pensar em correr para ela. Sabia que ela tinha Mase aqui, mas eu ainda queria ficar sozinho com ela para que eu pudesse falar. Eu precisava encontrar minha paz com ela. Fiquei do lado de fora do clube, esperando ela chegar. Ela tinha tênis em dez minutos. Eu tinha enganado Adam e pedi-lhe tempo na quadra. Em seguida, tinha mudado para uma hora depois. Ele não tinha ficado feliz com isso, mas ele também me queria fora de seu escritório. Então, ele concordou, desde que o deixe sozinho pelo resto do dia. Observei enquanto Harlow puxou o carro até o manobrista e saiu com uma saia de tênis branca e curta. Isso não ajudou o meu foco. Saias de tênis foram feitas para serem malditamente sexy. Fui até lá para abrir a porta para ela. Mas, antes um dos funcionários conseguiu. Ela levantou os olhos e parou de andar quando ela me viu. Eu podia ver as perguntas em seus olhos e eu queria responder a cada uma dessas malditas. Ela só precisava ouvir. Quando ela começou a andar novamente, manteve a cabeça baixa e tentou entrar sem me reconhecer. Gentilmente envolvi minha mão em torno de seu braço. "Seu tempo de quadra foi adiado em uma hora hoje. Preciso falar com você. Se você me deixar falar. Vou deixá-la sozinha, se é isso que quer. Só preciso que me ouça em primeiro lugar.”

A coluna de Harlow estava rígida enquanto eu falava baixinho em seu ouvido. Ela não se moveu ou respondeu de imediato. Finalmente, ela simplesmente assentiu. "Obrigado," respondi. "Precisamos de privacidade. Você vem para minha picape?" Harlow soltou um suspiro derrotado. "Sim, eu acho que eu vou." Ela não estava feliz com isso, mas estava fazendo isso. Eu precisava comemorar as pequenas vitórias. Caminhamos em silêncio até o estacionamento e eu abri a porta da minha picape. Em seguida, dei a volta e subi do meu lado. "Fale. Estou ouvindo." ela disse, sem olhar para mim. Seus olhos estavam fixos à frente. "O que nós fizemos... O que aconteceu significou algo para mim." Harlow nem sequer pestanejou. "Quando recebi o telefonema sobre Jace, corri de volta em estado de choque. Então... Então, eu vi como Bethy se desintegrava completamente. No funeral, ela estava curvada de tanta dor. Sua perda era o que me apavorava. Ela tinha planejado o ‘para sempre’ com Jace. Ela o amava com tudo o que tinha e ele tinha sido tirado dela. Ela não poderia tê-lo de volta." Harlow ainda estava olhando para frente, embora eu pudesse ver a expressão preocupada em seu rosto. "E tudo que eu conseguia pensar era que se eu amasse muito alguém e a perdesse? Como eu poderia viver? Olhei para Rush e Blaire. Ele estava segurando-a enquanto ela chorava e eu me perguntei como ele iria mesmo ser capaz de acordar todas as manhãs, se ele a perder. Ou se ele perder Nate." Fiz uma pausa e

respirei fundo. Estava mais aberto do que jamais tinha estado com alguém. Eu nem tinha explicado desta maneira para Blaire e Rush. Eu tinha retido alguns momentos. Só estava colocando tudo para fora por Harlow. "Eu decidi que eu nunca seria tão vulnerável. Nunca quis amar alguém tanto assim. Nunca quis enfrentar a perda da única pessoa que me possui. Então, eu fiquei bêbado. Porque eu também percebi que poderia facilmente cair de amor com você. Em apenas duas curtas semanas, havia começado a cuidar de você. Eu tinha sentimentos que não tinha experimentado antes. Não desse jeito, pelo menos. Isso me assustou. Eu sabia que você seria a única a me possuir se eu deixasse. Eu corri disso. Bebi muito uísque e quando Nan apareceu eu errei. Deveria ter ficado longe dela. Mas, na minha cabeça, ela era por quem estive apaixonado uma vez. Não tinha sido. Eu percebi isso depois de, apenas, duas semanas com você. Eu estava na luxúria com Nan. Gostava de ser necessário para alguém e Nan precisava de mim. Isso era tudo o que sempre foi para nós." Harlow finalmente baixou o olhar para seu colo enquanto ela torcia nervosamente as mãos. "Nunca quis te magoar. Ferir você é a última coisa que eu sempre quis fazer. O que você me deu eu não merecia, mas acredite em mim quando lhe digo que vou amá-la para sempre. Isso significou mais para mim do que você pensa. Mas eu não deveria ter tomado a sua inocência naquela noite. Eu deveria ter sido um homem. Percebi que não merecia isso e fui embora. Mas você me fez fraco. É uma das coisas sobre você que me assusta. Ninguém nunca me fez fraco." Finalmente, Harlow virou a cabeça para olhar pra mim. Seus olhos castanhos já não pareciam difíceis. Em vez disso, eu vi compreensão lá. Ela, simplesmente, assentiu. "Tudo bem. Está perdoado." Então ela abriu a porta e saiu sem dizer mais nada.

Sentei-me ali e tentei deixar todas as emoções que estavam agitadas dentro de mim acalmarem. Eu não queria que ela levasse isso tão facilmente e fosse embora. Mas eu não podia dar-lhe mais. Era isso para nós. Tinha explicado isso e ela me perdoou. Então, nós acabamos agora? A dor que vem com a realidade dói. Estendi a mão e esfreguei meu peito, coloquei minha cabeça no lugar e fechei os olhos. "O que acabei de fazer?", murmurei. Uma batida forte na minha janela me fez saltar e eu abri os olhos me sentando para ver Mase parado lá. Abaixei minha janela quando ele empurrou seus óculos de sol para cima, no alto de sua cabeça. "O que foi aquilo?" Questionou. "Eu precisava explicar algumas coisas para ela. Eu a tinha machucado e precisava ter certeza que ela soubesse a verdade.” "O que era a verdade?" perguntou Mase, estreitando os olhos enquanto me estudava. "Que eu não estava preparado para qualquer tipo de compromisso e ela era o tipo de garota que você se compromete." Mase rosnou. "Claro que sim ela é. Ela é muito boa para você. Harlow nunca vai se contentar com o segundo de Nan. E cara, você é o segundo de Nan." Ele moveu seus óculos de volta no lugar e foi para aquela caminhonete preta dele que precisava de uma maldita lavagem. Apesar de estar chateado, ele estava certo. Não era bom o suficiente para Harlow. Eu sabia disso, caramba. Não precisava lembrar.

Harlow

O tênis tinha sido justamente o que eu precisava para por a minha agressividade para fora. Não queria falar, eu só queria bater naquela estúpida bola durante uma hora. E eu tinha acertado cada uma das que Adam tinha enviado para o meu caminho. Quando Adam largou a raquete e jogou a bola para cima, pegou e colocou-a no bolso, eu sabia que nossa hora havia terminado. "Você estava arrasando hoje. Estava esperando que você arrebentasse uma bola antes que o tempo terminasse." Adam brincou enquanto eu caminhava até a minha água e toalha. Limpei meu rosto, em seguida, tomei um longo gole de água. "Isso tudo foi pelo amor ao jogo, ou você estava imaginando a cabeça de alguém naquela bola?" Forcei um sorriso. "Só um daqueles dias. Me sinto melhor agora," eu disse a ele. "Ótimo. Porque eu queria saber se você gostaria de jantar comigo esta noite? Talvez um filme, também?" Fiz uma pausa. Espera... Ele estava me convidando para um encontro? Me virei para olhar para ele e para o esperançoso olhar em seus olhos, que me dizia que era exatamente o que ele estava fazendo. Adam queria me levar para sair. Minha reação imediata foi dizer não. Não estava pronta para fazer isso, mas eu parei antes que pudesse dizer alguma coisa. Só porque o Grant havia me ferido não significa que todos fariam o mesmo. Além disso, Grant tinha se safado desse problema. Ele não sabia disso, mas ele tinha. Adam não era perigoso. Eu não ia querer ele da mesma maneira que eu queria o Grant.

Além disso, era justo eu me proteger de todos? Será que eu queria estar sozinha toda a minha vida? Não. Eu não queria. Eu não queria viver com o meu pai até morrer. Merecia saber como era realmente viver. Eu queria saber que eu era amada. Como é que acharia isso se eu não procurasse ou permitisse que viesse até a mim? "Gostaria" eu disse sem pensar mais sobre isso. O sorriso no rosto de Adam foi imediato e eu tive que sorrir também. Eu iria a um encontro. Um verdadeiro. Papai ficaria orgulhoso de mim. "Caramba, tinha me preparado o dia todo para você me rejeitar e mesmo assim tive que criar coragem de perguntar." Ele havia se esforçado para isso. Isso fez eu me sentir especial. Mais especial do que Grant já havia me feito sentir. "Estou feliz por você me convidar" eu disse a ele honestamente. "Eu também." ele respondeu e jogou sua toalha por cima do ombro. "Você está saindo agora?" ele perguntou. Eu balancei a cabeça. "Deixe-me acompanhá-la até o seu carro. Meu próximo compromisso pode esperar alguns minutos." ele disse e abriu a porta para mim. Eu gostei disso, também. Ele estava ao meu lado. "Eu posso buscá-la em sua casa, se não tiver problema" ele disse. "Oh, sim, isso seria bom. Moro na Estrada Rosemary Beach, 43" eu disse a ele. "Ás sete é muito cedo? Prefere que eu vá mais tarde?"

“Ás sete está perfeito." respondi. Nós andamos em torno do edifício, em vez de ir através dele, mas Adam não parecia estar com pressa. "As coisas com Nan estão indo bem?" ele perguntou. Dei de ombros. Na verdade, não. Ela odiava o Mase e me odiava mais por estar lá, mas eu não me importava. "Tolerável" respondi. Entramos no estacionamento e me lembrei de que usei o manobrista. "Harlow" Mase me chamou de seu caminhão. Olhei para ele e depois para Adam. "Esse é o Mase, meu irmão. Ele está aqui de visita." Eu expliquei. Os olhos de Adam se arregalaram levemente. "Tinha ouvido falar que Kiro tinha um filho, mas pensei que era um boato." Um nó nervoso se formou no meu estômago. A menção de meu pai me deixou tonta. Ele tinha "ouvido" sobre Mase? Somente os fãs mais fervorosos tinham ouvido falar de Mase. Ele ficou fora da mídia. Não sabia o que pensar. Adam voltou seu sorriso para mim. “Te vejo hoje a noite” ele disse. Balancei a cabeça e ele voltou a caminhar para onde viemos antes de Mase chegar mais perto de nós. "Entre. Preciso almoçar, mas não quero comer aqui. Preciso de comida de verdade" ele disse quando parou na minha frente. Subi em sua caminhonete. "Instrutor de tênis?" questionou.

Balancei a cabeça, ainda pensando sobre o comentário de Adam sobre Mase. "Você gosta dele? Ele com certeza têm tesão por você. A língua do cara estava quase pendurada para fora." "Onde vamos comer?" perguntei, na esperança de mudar de assunto. "Hooters. Agora me responda, você gosta do cara?" Deixei escapar um suspiro de frustração. Mase era como um cão com um osso. "Ele me convidou para sair." "Isso não responde à minha pergunta" ele respondeu. "Tudo bem. Eu acho que eu gosto dele." "Você acha?" Resmunguei e atirei um olhar frustrado para Mase. "Não sei. Ele parece bom e sincero, mas estive nessa estrada antes. Os caras gostam de mim por causa do papai. Já cansou e me deixei machucar desse jeito antes. Estou mais velha, mais inteligente e mais cuidadosa agora." Mase franziu a testa. Ele não entende este problema. Ele tinha mulheres se atirando aos seus pés por causa dele e não pelo papai. Ele era lindo e ninguém realmente sabia que ele era filho do Kiro. "Você acha que esse cara está interessado em quem é seu pai?" Dei de ombros. "Não sei." "Você disse sim?" Balancei a cabeça. "Bem, você deve pensar se há algo de bom nele então.”

Eu pensava. Até que ele disse que sabia sobre Mase. "Ele sabia sobre você. Quando eu disse que você era meu irmão, ele já sabia que Kiro teve um filho. Só fanáticos sabem sobre você." A compreensão iluminou os olhos do Mase quando ele virou para a estrada principal e dirigiu para fora da cidade. "Agora entendo. Sim, isso é estranho. Mas talvez ele não seja realmente um fã, talvez ele só tenha ouvido as fofocas de Rosemary. Esta cidade sabe mais sobre o Slacker Demon do que qualquer outro lugar, já que o filho de Dean cresceu aqui. Eles sentem que tem algum tipo de informações privilegiadas. Ele provavelmente só ouviu os boatos, já que ele mora aqui.” Não tinha pensado nisso. Ele provavelmente viu muitos dos membros da banda como clientes o tempo todo. Ele poderia ter ouvido alguma coisa por meio dos boatos do clube. Rosemary tem uma relação estreita com os Slacker Demon. Deixei escapar um suspiro de alívio e recostei contra o assento. Isso fazia sentido. "Sente-se melhor agora?", questionou. "Sim", respondi. "Ótimo. Mas se eu estiver errado, é só você dizer e eu vou reorganizar a cara dele para você." Apenas sorri. Não porque eu não acreditava nele, mas porque eu acreditava. Mase era rude. Ele era um texano resistente e aprendi há muito tempo atrás que existia outro tipo de resistência. Era assim que um garotinho crescia com um pai ausente. Seu padrasto era um texano. Ele era dono de uma fazenda, usava botas e um chapéu o tempo todo. Ele era grande, alto, falava alto e eu o amava. Mesmo

quando eu era uma criança tímida, ele sempre fazia com que eu me sentisse como parte da família, quando ia visitá-lo. Entre nós três, Mase tinha sido o mais sortudo. Ele tinha uma mãe que o adorava. Um padrasto que o tratava como se ele fosse seu próprio filho. Talvez fosse por isso que ele era o melhor de nós. Pelo menos eu não era a pior. Nan tinha esse título. Mas porque a ela foi dada uma vida pior, pelo que eu pude perceber. Uma pequena parte de mim sentia pena dela. Mas apenas uma parte muito pequena.

Grant

Entrei na casa do Rush depois de só bater uma vez. Não estava de bom humor para esperar. Blaire veio descendo as escadas com Nate em seu colo com uma mão cheia de cabelo dela na boca dele. “Grant?” ela disse, me olhando preocupada. Não invadia o lugar como se fosse o dono desde que Blaire e Rush se casaram. Já não era mais a casa do meu irmão solteiro, agora era a casa deles. “Ela me deixou falar e então disse que tudo bem, me perdoou e foi embora. Nada mais. Sem perguntas. Nada. Então... Então, a porra do Adam disse que ia sair com ela esta noite. Parei perto da cafeteria para pegar uma garrafa de água e ele estava falando com alguém e eu o ouvi. Adam! Ele é... Ele é... Só..." "Ele é um cara legal" Blaire terminou para mim enquanto puxava seu cabelo dos punhos de Nate. Então, ela o entregou a mim. "Pega ele. Mas não fale palavrão. Preciso preparar algo para eu comer e você pode falar enquanto eu faço isso."

Nate sorriu para mim e notei um pequeno dente espreitando através de sua gengiva. "Olhe para você. Você tem um dente, homenzinho." Nate continuou sorrindo enquanto estendia a mão para o meu cabelo. O garoto tinha uma boa pegada e eu tinha muito cabelo. "Ai, cara. Isso precisa ficar na minha cabeça." Enfiei a mão no bolso e peguei minhas chaves e entreguei a ele para distraí-lo. Blaire se virou ao som dele balançando as chaves e chegou mais perto para tirá-las dele. "Isso tem germes. Ele coloca tudo na boca. Ele está em fase de dentição." Ela entrou na cozinha, abriu a geladeira e tirou algum brinquedo congelado de aparência azul e entregou a ele. "Vai congelar as mãos dele" eu disse, imaginando o que diabos ela estava fazendo. "Não, isso é para a dentição. Vai deixar as gengivas dormentes." Esta merda de garoto era mais do que eu queria pensar. "Onde está o Rush?" "Ele foi correr na praia. Vai estar de volta em breve. Ele se foi há uma hora. Agora, vamos voltar para Harlow", disse ela, alcançado algo na geladeira que não parecia nem um pouco atraente. "Ela lhe perdoou e te livrou dessa, e você está chateado porque ela não aprontou um barraco e agora vai sair com o Adam." Não exatamente. Ela fez parecer como se eu estivesse sendo egoísta. "Eu só... Queria falar mais sobre isso."

Blaire olhou para mim de onde ela estava cortando um tomate. "Sério? Isso é o que você queria? Porque a maior parte do tempo, quando um cara está tentando dar um fora em uma garota ele não quer drama. Parece que a Harlow te deu a alternativa mais fácil." "Eu não estava dando um fora nela" eu disse defensivamente enquanto Nate jogava sua coisa azul e congelada no chão e começava a bater palmas, como se ele tivesse acabado de fazer algo fantástico. Blaire sorriu. "Ele quer que você pegue para ele. Já avisando, este é o jogo favorito dele. Ele vai tratá-lo como um cachorro. Vai continuar fazendo isso enquanto você continuar pegando." Levantei minhas sobrancelhas. "Bem, mas que por... Quero dizer, que diabos eu faço, então?" Ela deu de ombros. "Seja seu tio favorito e pegue, ou seja, um estraga prazer e ignore seu jogo." Droga. Abaixei, peguei e entreguei para ele. Ele sorriu para mim como se eu fosse a pessoa mais maravilhosa do mundo. O garoto era fofo. E no momento eu me senti muito especial... Até que ele o jogou no chão de novo e começou a bater palmas. "Ele é um manipulador." eu disse a ela quando me inclinei para baixo para pegar. "Ou você é um otário." Rush disse enquanto abria a porta dos fundos e entrava. Ele sorriu para mim, então foi até Blaire e a beijou abertamente ali na minha frente e do garoto. "Preciso de ajuda. Larga o rosto dela, você vai arrancá-lo" eu resmunguei.

Rush demorou um pouco mais com o beijo só para parecer mais idiota, depois lançou um olhar para mim. "É sobre a Harlow de novo?” "Sim" Blaire disse, pressionando um último beijo em seus lábios antes de voltar para o tomate. "Papapapapa”, Nate disse alegremente e tanto Blaire quanto Rush paralisaram. Blaire deixou a faca na mesa e cobriu a boca. Rush olhou para seu filho com uma emoção que eu não entendi. "Papapapapa" disse Nate novamente. "Oh meu Deus, ele realmente falou isso" disse Blaire enquanto lágrimas encheram seus olhos e ela ria alto. Rush caminhou ao redor da mesa e tomou Nate de mim como se eu nem estivesse ali de pé. "Ei, amigo", ele disse com admiração na voz. Nate deu um tapinha no peito do Rush. "Papapapapapa", ele disse novamente. Blaire fez outro som de choro feliz e Rush sorriu. "É isso mesmo, amigo. você pode dizê-lo agora, não pode?" Olhei para Blaire e percebi que essa deveria ser a primeira palavra de Nate. Eu estava testemunhando um momento especial de família e precisava sair. Este era o momento deles com seu filho. Eu falaria com Blaire mais tarde. Blaire correu ao redor do balcão e colocou os braços em torno de Rush. "Quem é esse, Nate?", ela perguntou, e mais uma vez ele respondeu alegremente. Eu não disse nada enquanto saía pela porta e me dirigia para a minha caminhonete. Eu rapidamente enviei a Rush uma mensagem. "Diga ao Nate que eu disse parabéns por sua primeira palavra. Falo

com vocês mais tarde. Aquele era um momento que vocês deveriam desfrutar sozinhos.”

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Já passava das oito e tudo o que eu conseguia pensar era na porra do encontro da Harlow. Por quê? Eu a tinha deixado ir. Tinha dito a ela que não poderia me comprometer com ela. Sem namoro. Sem nada. Eu só teria uma boa lembrança para guardar com carinho. A melhor. Agora eu tinha que seguir em frente. Se eu estava com medo de ficar envolvido em mais do que uma relação superficial, então eu precisava abraçar o meu destino. Eu só não iria ser superficial como a Nan. Isso seria muito fudido. Harlow estava à procura de mais. Eu estava procurando por menos. Então, fui para o cabaré mais próximo. Eu gostaria de encontrar um número quente que só queria se divertir e levá-la para casa. Não queria ficar amarrado em nenhuma garota da boate. Todas elas não estavam procurando por mais do que eu queria dar. Eu estava familiarizado com este lugar. Era um lugar para ir quando eu queria sair de Rosemary. Eles tinham boas bandas cover e cerveja gelada. As garotas da faculdade estadual da cidade estavam sempre lá, em abundância. Caminhando, chequei o lugar até que vi várias oportunidades promissoras, então fiz meu caminho para o bar. Lynette era a bartender desta noite. Ela era uma pessoa bonita para alguém com a idade para ser minha mãe. "Ei, bonitão. Não vi você a semana toda. Pensei que tivesse deixado a cidade novamente.”

Lancei-lhe um sorriso que eu sabia que não iria fazê-la corar. Apesar de ela ser muito experiente, eu sabia que ainda gostava de receber flertes. "Não posso deixá-la por muito tempo" eu respondi. "Mentiroso". Ela sorriu e colocou uma caneca grande na minha frente. "Esse é o que temos do melhor barril desta noite." "Obrigado, sexy" respondi e pisquei. Lynette soltou uma gargalhada e em seguida caminhou para ajudar alguém. Virei-me para olhar pelo ambiente. Duas loiras bonitas com tops pretos e minissaias vermelhas de couro combinando estavam me mandando pequenos sorrisos e flertando. Elas não eram gêmeas, mas estavam tentando parecer ser. As roupas combinando eram um toque agradável. Sem mencionar que elas tinham umas pernas de matar. Elas não estavam à altura da Harlow, no entanto... Não! Porra, não! Interrompi meus próprios pensamentos. Eu não iria ficar comparando as garotas com a Harlow. Aquelas duas eram gostosas. Elas tinham tetas boas e cheias quase saindo para fora de seus pequenos tops. E os saltos altíssimos estavam me deixando louco. Saí de perto do bar. "Imaginei que aquelas duas iriam chamar sua atenção". Ouvi a Lynette dizer em um tom divertido. Voltei a olhar para ela. "Você me conhece bem." Ela apenas balançou a cabeça e colocou outra bebida. Ambas as garotas tentaram atacar com poses sensuais enquanto eu me aproximava. Elas queriam isso. Isso seria muito fácil, porra. Eu precisava de algo fácil esta noite. "Vocês duas estão aqui sozinhas? Vestidas assim?" Perguntei, e em seguida tomei um gole da minha bebida. Eu não iria dar a elas todas as cantadas idiotas. Elas riram e se entreolharam. "Sim", ambas responderam.

Então, elas estavam fazendo essa coisa de responder ao mesmo tempo. Elas tinham essa coisa de gêmeas aperfeiçoada. Fiquei impressionado. A banda começou a tocar um som profundo, pesado e sexy e eu coloquei a minha cerveja para baixo. "Dancem comigo", eu disse e passei por elas em direção à pista. Não tinha que olhar de volta para saber que elas estavam me seguindo. Queria ver o quanto essas duas eram boas. Elas estavam prometendo muito com aqueles corpos e a forma como estavam vestidas, mas seus passos de dança me diriam se elas valeriam a minha noite. Além disso, eu não estava bêbado ainda. Precisava de mais álcool para isso. "Sou Carly." aquela com olhos castanhos escuros, disse enquanto movia seu corpo perto o suficiente para pressionar seus seios para fora do top ainda mais. "Sou Casey." disse a outra enquanto seu corpo pressionava contra minhas costas. Elas tinham até escolhido nomes que correspondiam. Bonito. "Mostrem-me o que vocês têm de melhor, garotas." eu disse enquanto deslizava uma mão no quadril da garota da frente e pegava a mão da garota de trás de mim e a envolvia em torno da minha cintura. Isso era o que eu estava dizendo a mim mesmo que eu queria. Então, eu precisava aprender como apreciá-lo novamente, caralho. Casey moveu a mão para baixo para descansar ao longo do meu pau e o esfregava enquanto movia o corpo dela contra as minhas costas. Escorreguei minha mão para baixo sobre a bunda de Carly e deixei dois dedos entrarem por baixo da bainha e provoquei a pele nua um pouco abaixo daquele lugar. Ela tinha a pele suave.

Seus seios estavam pressionados um pouco abaixo da minha boca e com cada movimento do nosso corpo me deixei concentrar em como seria bom sugar aqueles mamilos. Meu pau começou a endurecer sob o meu jeans enquanto Casey ficava esfregando. Abri um pouco minhas pernas para deixá-la escorregar a mão para baixo e pegar minhas bolas através do meu jeans. Estas duas poderiam me dar algum alívio esta noite. "Se sentindo bem?" Casey perguntou no meu ouvido. "Quando sua boca estiver nele vou me sentir melhor" respondi. "Gosto de ficar de joelhos" Carly respondeu, lambendo os lábios. Isso... Estas duas seriam suficientes.

Harlow

Adam tinha sido educado e atencioso durante o jantar. Ele não havia mencionado o meu pai ou Mase nem uma vez, o que foi um alívio. Ajudou a jogar a preocupação para longe. Velhos hábitos custam a morrer e eu era boa em levantar muros quando suspeitava de caras me usando para chegar até meu pai. Nós assistimos a um filme de ação, porque nós dois gostávamos deles. Foi bom não estar “ligada” e preocupada em conversar por duas horas. Então, ele me levou para casa. O carro de Nan não estava lá, nem a caminhonete de Mase. Eu poderia convidálo para entrar, imaginei. Era isso que eu deveria fazer? "Me diverti muito esta noite" disse a ele enquanto caminhávamos em direção à porta. “Eu também. Espero que possamos fazer isso novamente em breve", ele disse com sinceridade em sua voz. "Isso seria bom" respondi honestamente. Porque era verdade. Tinha ficado nervosa, mas o encontro tinha sido fácil. Ele também tinha me dado algo para fazer hoje à noite. Peguei minha bolsa e tirei as chaves. "Você gostaria de entrar para uma bebida? Tenho café", sugeri não tendo certeza se deveria ter oferecido algo mais forte. Adam sorriu. "Sim, eu gostaria. Não estava realmente pronto para dizer adeus ainda." Suspirei de alívio. Eu tinha feito à coisa certa. Abri a porta e segurei para ele entrar. "Entre", eu disse. Ele soltou um assobio. Olhei em volta. O lugar era um pouco

impressionante para uma casa de praia. "Nan tem um gosto caro", expliquei e coloquei minha bolsa na mesa perto da entrada. "A cozinha é por aqui", eu disse antes de caminhar em direção a ela. "Está se acostumando em morar com alguém que você não se dá bem?" ele questionou. "Sim e não. É o que é. Estamos trabalhando nisso, ignorando uma a outra" eu respondi enquanto entrávamos na cozinha. "Você quer café ou alguma outra coisa? Nan tem um bar completo." "Preciso dirigir até em casa. Então, café está bom" ele disse. Eu me mantive ocupada fazendo o café e deixando Adam olhar ao redor do lugar enquanto esperava. "O seu irmão vai ficar aqui também?" Sua pergunta imediatamente me deixou tensa. Tive que lembrar que ele estava apenas tentando jogar conversa fora. Falar sobre Mase não significava que ele estava interessado em meu pai. "Ele vai ficar aqui enquanto estiver visitando." "Uma reunião de família" disse ele com um sorriso. Não pensava assim. Eu não faria isso. Tinha que aprender a confiar nas pessoas. Só porque ele estava mencionando minha família não quer dizer que ele era fã do meu pai. Eu tinha que superar essa insegurança. "Não exatamente," respondi e tirei dois copos do armário. Ouvi o barulho que soa quando uma porta ou janela se abre e congelei. Se fosse a Nan isso poderia ficar ruim. Então ouvi sua voz rindo e uma voz mais profunda. Senti-me mal do estômago. Por favor, Deus, não deixe que seja o Grant. Não agora. Não posso lidar com isso. Eu não estava pronta ainda. Seus saltos batiam contra o mármore enquanto ela caminhava pelo corredor. Eles estavam vindo para cá.

"Nan" expliquei a ele enquanto enchia uma xícara de café. "Ah" ele disse simplesmente. "Creme e açúcar?" perguntei. "Puro está bom" ele respondeu. Entreguei-lhe o copo enquanto Nan vinha cambaleando para a cozinha no braço de um cara alto e loiro com um bronzeado escuro. Ele estava vestido com uma camisa polo rosa clara e um par de shorts xadrez. Se ele não fosse tão atraente a roupa teria parecido ridícula nele. "Bem, olá" disse ele, sorrindo para mim de uma forma que me deixou desconfortável. Então, seu olhar mudou-se para Adam e seus olhos se arregalaram um pouco. "Adam, ei" ele disse, enquanto Nan olhava amargamente para nós dois. "O que você está fazendo aqui?" ela retrucou. "Eu moro aqui e ele é minha companhia." respondi, mexendo o açúcar no meu café e rezando para que ela fosse embora. "Puxe as garras de volta, gatinha. É a sua irmã e o Adam. Seja legal." "Ela não é minha irmã" disse Nan com raiva. Não estava com vontade de aturar seu temperamento estúpido e suas birras. Eu estava ficando cansada disso. "Então, você provavelmente deveria sair da casa que o meu pai paga." eu disse e tomei um gole do meu café. O ódio que saia seus olhos me dizia que eu tinha apertado os botões certos. Ótimo. Ela precisava crescer. "Como você se atreve!"

"Como me atrevo ao que, Nan? Lembrá-la que compartilhamos um pai que é dono desta casa? É tanto minha quanto sua. Se você quiser discutir, então ligue para ele. Tenho certeza que ele vai esclarecer isso para você." A boca atrevida estava vindo de algum lugar. Não tinha certeza de onde, era como se eu tivesse sido possuída e não tivesse controle sobre as minhas palavras. O cara alto e loiro riu, depois deu uma tapinha nos braços de Nan, como se fosse para tentar acalmá-la. "Ela é sua irmã, dá pra ver. Essa boca diz tudo. Acalme esse seu corpo sexy e deixe ela e Adam pra lá. Nós não estamos aqui para tomar café" ele disse. Em seguida, piscou para mim como se eu quisesse saber sobre seus planos com Nan. "Sou August, por falar nisso" ele disse. Ele era o profissional de golfe que eu tinha ouvido falar. Eu estava apenas contente que ele não era o Grant. Mais feliz do que eu queria admitir. "Harlow. Prazer em conhecê-lo” respondi. "Não fale com ela" Nan cuspiu. "Você fica má quando bebe tequila. Disse que não iria mais deixar você beber tanto" disse August. "Não, ela é má o tempo todo. Tequila não tem nada a ver com isso" assegurei. Adam riu desta vez e vi August segurando um sorriso. "Acho que vou parar as coisas antes que tenhamos uma luta em nossas mãos. Vamos Nan, vamos lá em cima." O barulho soou novamente e nós nos voltamos para ver quem estava aqui. O som pesado de botas me dizia que era Mase, antes que ele entrasse na cozinha. "Merda, agora ele está aqui" queixou-se Nan, o que só me fez sorrir.

Mase entrou na cozinha e rodeou Nan e August dando uma olhada para eles antes mesmo de olhar para mim e Adam. "O que foi? Estou perdendo uma briga de família? Odeio perder essas." "Estou levando essa aqui para o andar de cima para evitar que quaisquer agitações aconteçam" August disse a ele. Mase encostou no balcão em frente a mim antes de cruzar os braços na frente de seu peito. "Ela pode ficar agitada se quiser, mas ela não vai tocar na Harlow. Não se quiser manter seus ossos em condições de funcionamento." ele arrastou as palavras como se estivesse entediado. As sobrancelhas de August se levantaram. "Cara, Harlow não é a inocente aqui. Ela estava falando umas besteiras das boas, também." Mase olhou para mim por cima do ombro. "Você a respondeu?" ele perguntou. Balancei a cabeça. Não adiantava mentir. Um sorriso irrompeu em seu rosto. "Bem, quem diria. Essa é a minha garota" ele se voltou para August. "Você pode ir e se aproveitar dessa ai o quanto você quiser. Mas quando ela pisar em você com seus saltos afiados e te esmagar, ai você vai ver o quanto essa sua ideia foi estúpida." "Ugh, eu odeio vocês dois. Vamos, August. Vamos embora." Nan agarrou seu braço e saíram da cozinha. Podíamos ouvir os saltos de Nan enquanto ela batia os pés para subir as escadas como uma criança de pré-escola. "Isso foi... Uh... Interessante" Adam disse, em seguida, tomou um gole de seu café.

"Não é, no entanto. Este lugar é um maldito zoológico" Mase respondeu e olhou para mim. "Sobrou algum café?" balancei a cabeça e arrumei-lhe um copo, em seguida, caminhei em torno do bar. Estava estranho agora. Não tinha certeza do que fazer com Adam depois de tudo. "Eu sou o irmão de Harlow, Mase." Ele estava se apresentando para Adam. Eu era uma anfitriã horrível. "Adam. Prazer em conhecê-lo" ele respondeu. "Vocês dois tiveram uma boa noite?" perguntou Mase. "Sim" nós dois dissemos juntos e eu corei. Mase riu. "Bem, estou indo para a cama. Vejo você pela manhã. Prazer em conhecer você, Adam" ele disse beijando o topo da minha cabeça, e em seguida foi para as escadas. Uma vez que seus passos pesados bateram nas escadas, eu olhei para Adam. "Sinto muito por tudo isso. Talvez ter lhe convidado para entrar tenha sido uma má ideia." "Não. Eu, uh, entendo agora. O motivo de você não gostar de ficar aqui. Ela é perversa como uma maldita serpente. Estou tentando descobrir por que August está se enrolado com ela. Me pergunto se ela pelo menos sabe que ele tem uma filhinha. Certamente ele não deve deixá-la chegar perto de sua filha quando a pega nos seus fins de semana.” Whoa... Nan estava namorando um homem que tem uma criança? Não poderia imaginar isso. "Espero que ele não o faça. Receio que Nan poderia competir com a criança pela atenção dele. Ela é imatura desse jeito.” Adam balançou a cabeça e fez uma careta. "Eu estava pensando isso também."

Bebi um pouco mais do meu café considerando convidá-lo para a sala de estar ou apenas dizer boa noite. Estava cansada e depois de tudo eu não tinha certeza de que queria fazer isso durar por mais tempo. Especialmente se Nan começasse a fazer barulho. "Estou ficando cansada e minha cabeça está um pouco dispersa." Adam balançou a cabeça e me deu um sorriso de entendimento, em seguida levantou-se. "Entendo isso. Eu também estou." Coloquei meu copo para baixo e o levei até à porta. "Obrigada mais uma vez por esta noite e eu realmente sinto muito por tudo isso.” Adam não respondeu de imediato. Em vez disso, ele olhou para mim por um momento, como se estivesse decidindo algo importante. Em seguida, ele se inclinou lentamente e naquele breve momento eu sabia o que estava prestes a acontecer. Seria meu primeiro beijo desde o Grant. Eu tinha beijado muito o Grant durante aquelas duas semanas. Não queria compará-lo a Grant, mas estava com medo de que não seria capaz de parar. Quando os lábios dele tocaram os meus não eram tão suaves, mas eram quentes. Ele se mexeu na minha boca suavemente e foi agradável. Ele não tentou mais nada. Quando ele se afastou e sorriu para mim, eu sabia que nada nunca seria tão bom como os beijos de Grant, mas que eu poderia viver com isso. "Eles são tão suaves e cheios quanto parecem" ele disse, depois sacudiu a cabeça com um sorriso no rosto. "Boa noite, Harlow." Ele abriu a porta antes que eu pudesse dizer algo mais e deu um passo para fora, fechando-a atrás de si. Ele não era o Grant, mas era bom. Ele me queria. E o sorriso em seu rosto fez eu me sentir especial. Como se eu tivesse sido algo

especial para ele. Grant Carter foi feito para as fantasias das mulheres. Adam era mais real. Ele não era do tipo que eu precisaria me preocupar com sentimentos profundos. Ele era apenas alguém para passar o tempo.

Grant

"Você tem que estar brincando comigo", a voz do Rush invadiu meus sonhos e eu lentamente fui abrindo os olhos para ver peitos na minha cara. Confuso, olhei para baixo e vi dois longos pares de pernas envoltos em cima de mim. Carly e Casey. Eu tinha esquecido. Droga, elas ainda estavam aqui. Eu tinha desmaiado. Merda. Teria preferido mandá-las para casa. Depois me lembrei da voz do Rush e remexi para olhar para a porta. Rush estava olhando para mim com desgosto. Ele não estava olhando para as duas mulheres nuas na minha cama. Uma salva de palmas para ele, porque elas tinham bundas bonitas. Sabia disso em primeira mão. "Livre-se delas e me encontre na varanda" Rush disse e saiu. Por que ele estava tão chateado? Isto é o que eu fiz. Eu me desembaracei delas e olhei para as duas garotas com quem eu passei a minha noite. Várias embalagens de preservativos espalhados pelo quarto e pela cama. Elas estavam cheias de energia. "É hora de levantar, garotas. É hora de ir para casa." eu disse, sacudindo as cobertas e batendo em suas bundas. Elas resmungaram e eu não conseguia me lembrar de quem era quem mais. Eu tinha

certeza que alguma hora na noite passada eu estava apenas chamando as duas de Harlow. Foi um momento de fraqueza. "Tenho companhia. Vistam-se. Vou chamar um táxi que estará esperando por vocês em cinco minutos. Foi divertido" eu disse a elas e acendi as luzes para ajudar. "Ai" disse uma delas, cobrindo os olhos. Esperei até que ambas tivessem se levantado e começado a procurar a roupa e deixei o local para que elas pudessem terminar de se arrumar. Fui lá fora para ver por que Rush estava aqui. Abrindo a porta, dei um passo para a luz do sol. Rush olhou para mim. "Duas delas? Sério? Isso é bem fodido." Levantei uma sobrancelha. "Não venha pregar para mim sobre ter duas de uma vez. Você fazia isso toda maldita hora antigamente." Rush balançou a cabeça. "Eu era estúpido. Você é estúpido." "Cuidado. Acontece que eu acho que era muito esperto. Elas eram muito legais, gostosas e me ajudaram a liberar um pouco da tensão." Rush virou a cabeça para olhar para mim. "Pensei que você sentia alguma coisa pela Harlow", ele disse. Eu sentia… Mas não podia. Eu já havia explicado isso para ele. "Querer Harlow é uma coisa. Claro, eu a quero. Quem não gostaria? Mas o problema é que eu me importo o suficiente para não mexer com ela. Não vou ter um relacionamento sério. Eu não posso ter o que você tem com Blaire. Não é coisa minha." "Mentiroso" disse Rush, virando-se para olhar diretamente para mim. "Eu tinha um idiota mais bêbado do que tudo divagando sobre o quão especial ela era e como ele só queria falar com ela e como o quanto ele sentia falta de seu sorriso. Essa merda não vai embora."

Não tinha percebido que eu havia dito que sentia falta dela. Eu disse. Mesmo com ela aqui, sinto falta dela. Ela me fazia rir e seu sorriso sempre fez tudo parecer sem importância. "Ela saiu com Adam na noite passada." "O profissional de tênis?" "Sim" respondi, me sentindo doente do estômago. E se Adam a beijou? E se ele a tocou? “Então, você trepou com duas estranhas em sua maldita cama.” “Porque ela saiu com o Adam” retruquei. Essa era a verdade. Não teria ido atrás de distração se ela não tivesse saído com a porra do Adam. Rush deu um suspiro. “Harlow é a pessoa mais caseira que eu conheço. Ela tem sido protegida e vigiada a vida toda. Ela é a única filha do Kiro a aparecer nos noticiários. Então, ele a escondeu na Carolina do Norte com sua avó. Ele odiava o jeito como os jornalistas queriam saber tudo sobre ela. Ele usou seu dinheiro para manter o mundo longe da vida dela. Uma vez que a avó dela morreu ela entrou no mundo dele e fez a única coisa que ela sabia fazer. Ela se escondeu em seu quarto. Agora ela está aqui e ela precisa de amigos. Ela não pode ficar em casa e se esconder. A Nan está lá. Então, claro. Alguém a chamou para sair. Ela foi. Porque diabos ela não iria? Você não a chamou para sair. Você não fez merda nenhuma.” “Tenho medo dela.” Agora assim. Eu disse. Rush franziu a testa. “Você tem medo dela? Da Harlow? Ou a gente está falando da Nan?” “Tenho medo da Harlow. Ou do que eu poderia sentir por ela.”

“Você tem medo de que vá se apaixonar por ela” ele disse, finalmente entendendo. Só balancei a cabeça concordando. “Por quê? O que há de errado com isso? É mil vezes melhor do que o que eu vi essa manhã.” Segurei na grade de frente a mim. Odiava o que eu estava prestes a admitir. Isso me fez soar tão fraco. "E se eu a perder? Como Jace." "Você pode perder qualquer pessoa. Você pode me perder, mas você não me mantém afastado." Era diferente. Eu olhei para ele. "E se você perdesse a Blaire?", eu perguntei. Certamente ele temia isso. Rush franziu a testa. "Seria a coisa mais difícil que eu teria que enfrentar. Perdê-la levaria minha alma. Mas não posso deixar de amá-la por medo de perdê-la. Que tipo de vida é essa? Eu não saberia o quão incrível é a sensação de acordar com ela em meus braços. Não teria a oportunidade de desfrutar sua risada e brincadeiras com o Nate. Vale a pena. Deixar algo assim te impedir é deixar o medo controlar você. Não faça isso para si mesmo. A cada momento que eu fico com Blaire e Nate faz com que uma vida sem eles pareça rasa e solitária." Eu podia ver isso em seu rosto. Ele não tinha medo de perdê-la. Isso não o assombrava. Ele amava sua vida agora. Focar no que poderia acontecer não o estava impedindo de ficar com ela. Era isso que era viver? Aproveitar as chances? "Se você acha que ela pode ser a garota da sua vida, então é hora de você aproveitar essa chance. Se eu perdesse tudo o que eu tenho amanhã, eu não me arrependeria de um único minuto. Nunca. Eles são o que fazem a minha vida valer a pena."

“Meu pai pensou que ele estava apaixonado duas vezes. As duas vezes ele sofreu e eu paguei o preço. Olho a sua vida, onde ele está agora e é triste. Eu não quero isso pra mim.” Rush balançou a cabeça para mim como se ele não me entendesse de jeito nenhum. “As duas mulheres que seu pai mais amou não eram nada como a Harlow. Seu pai não escolheu bem. Harlow é uma boa escolha. O cara que possuir seu coração será um cara de sorte. Ela é honesta e bondosa. Nunca a vi fazer nada além dessas coisas. Então, se ela for à pessoa que você vai permitir se apaixonar, vou estar mais do que feliz por você.” Ele estava certo. Um peso que estava apertando o meu peito lentamente saiu. O que ele estava dizendo fazia sentido. E eu não precisava me machucar para me proteger. “Posso ter afastado ela demais”, eu disse deixando a ficha cair. Rush deu de ombros. “Talvez sim. Talvez não. Talvez você nunca tenha tido chance para começar. Mas ela vale a pena a tentativa?” Concordei. “Sim, ela vale o suficiente para implorar” eu retruquei. Rush se sentou e colocou seus pés na grade. “Então eu acho que você precisa parar de fazer sexo a três na sua cama com estranhas e planejar como vai fazer para que Harlow te dê outra chance.” Parecia mais fácil falar do que fazer. Eu disse para ela que eu não queria nada mais do que amizade com ela. Ela concordou e deixou assim. E agora o que? Eu deveria dizer a ela que mudei de ideia?

“Não acho que ela vai me aceitar tão facilmente. E então tem aquele irmão dela que não me aprova.” Rush riu. “Mase? É, ele será difícil de ganhar. Bom que você não está tentando beijar ele e implorar por seu perdão. Apenas foque-se em Harlow.” Pela primeira vez em meses eu tinha esperança. A ideia de estar perto de Harlow de novo e passar um tempo com ela era mais excitante do que qualquer outra coisa que eu pudesse pensar... Exceto deixá-la pelada.

Harlow

Um toque distante interrompeu meus sonhos. Forçando os olhos a abrirem, percebi que o som vinha do meu telefone. Rolei e vi o número de Dean Finlay na minha tela. Isso só poderia ser sobre o meu pai. O pai do Rush só me ligava quando algo estava acontecendo com Kiro. Eu me sentei e rapidamente atendi. "Ei. O que há de errado?" Perguntei. Então, olhei para a hora. Era um pouco depois das três da manhã. "Ele sumiu de novo" Dean respondeu. Esta não foi a primeira vez que meu pai havia desaparecido. Infelizmente, papai ficava tão ‘alto’ que fazia coisas estúpidas como sair com mulheres que ele não conhecia e curtir em suas camas, muitas vezes longe das cidades onde ele deveria estar. Levantei-me e fui para o meu armário pegar algumas roupas. "Há quanto tempo?" perguntei. "Depois do show na noite passada ele estava em uma festa com algumas groupies. Deixei-o para ir para a limusine descansar. Essa foi à última vez que eu o vi. Trac ainda estava lá com ele e Wayne também. Wayne estava muito doidão para se lembrar de alguma coisa. Trac disse que ele saiu com duas mulheres. Uma delas tinha cabelo vermelho, a outra tinha longos cabelos castanhos e encaracolados. Ele não pensou nada sobre isso." Trac Trace era o baixista e Wayne Rolls era o guitarrista. Enfiei minhas pernas em um par de jeans. "Onde estava o Hail?" perguntei.

Hail Holloway tocava teclado. Ele também era a pessoa mais responsável do grupo. "Hail já tinha ido embora. Ele não sabe de nada." "Estou me vestindo. Onde vocês estão agora?" Sabia que Dean tinha me ligado porque me levar pra lá era a única maneira de encontrar o papai. Ele foi ao fundo do poço, por vezes e eu parecia ser a única pessoa que poderia trazê-lo de volta. Dean disse uma vez que era porque eu parecia com a minha mãe. "Odeio que você tenha que vir para cá sozinha. Não é seguro”, ele disse com um tom preocupado. "Eu enviaria o Rush, mas ele não vai querer deixar Nate e Blaire." "O Mase está aqui de visita. Ele provavelmente irá comigo. Onde vocês estão?" Perguntei, então, abotoado a minha camisa. "Vegas", ele disse com um suspiro. "Já estou a caminho. Não tenho certeza para quando irei conseguir um voo, mas estarei ai. Mantenha-me informada." "Já enviei o jato. Vai estar em uma faixa privada em Destin esperando por você em cerca de trinta minutos. Seu pai não gostaria de vê-la em um avião comercial." "Obrigada, vou tentar ligar para ele. Se ele for atender alguma ligação será a minha" eu disse. "Sim. Continue tentando. Vejo você em breve, menina." "Tchau" eu respondi, depois desliguei e peguei uma mala. Tinha roupas para guardar. Não sei quanto tempo isso levaria. Também precisava acordar Mase. Abrindo a porta silenciosamente, desci para o quarto de Mase e bati várias vezes antes que eu o ouvisse gemer. Bom, ele estava em lá.

"O quê?" ele resmungou. Abri a porta devagar e espiei dentro. "Papai está sumido. Tenho que ir para Las Vegas e ajudar a encontrá-lo." Mase se sentou e esfregou o rosto com força com ambas as mãos em uma tentativa de acordar. "Você deve estar brincando comigo. Quantos anos ele tem? Dezoito? Porra. Como é que ele simplesmente se levanta e some? Ele é o Kiro Manning, caralho." Mase não tinha ideia de como isso era comum. "É algo que acontece com ele em turnês. Vou encontrá-lo ou ele vai finalmente responder minhas ligações. Só tenho que ir. O jato vai me pegar em cerca de vinte minutos." Vi como Mase lutava com ele mesmo para saber o que fazer. Ele não gostava de estar ao redor da banda. Ele raramente se aproximava. Procurar pelo papai também não era algo que ele queria fazer. "Eu vou também. Você não pode ir sozinha para Vegas. Deixe me vestir e pegar minhas merdas." Não lhe disse que ele não precisava, eu só assenti e fechei a porta atrás de mim. Eu ainda precisava fazer as malas, escovar os dentes e cabelos. Disquei o número do meu pai no caminho de volta para o meu quarto e tocou três vezes. Em seguida, foi para o correio de voz.

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Uma vez que eu tinha minha mala cheia o suficiente para uma noite, fui para o corredor, e então para as escadas. Precisava de um pouco de café e sabia que Mase iria querer também. Acordar a Nan para avisá-la era inútil. Ela ficaria louca por ter sido incomodada.

Poderia muito bem nem mesmo dizer a ela que estávamos indo embora. Ela provavelmente não iria perceber. Assim que coloquei o café no filtro houve uma leve batida na porta da frente. Que merda é essa? Olhei para a hora e era 03h45. Quem estaria aqui tão cedo? Fechei a tampa da cafeteira e pressionei o botão antes de ir para a porta da frente. Estava muito escuro para ver do lado de fora. Liguei as luzes da entrada e vi Grant de pé do lado de fora com uma garrafa térmica em uma das mãos, parecendo bem acordado. Abrindo a porta, olhei para ele, completamente confusa, mas não podia simplesmente deixar ele do lado de fora. Grant sorriu para mim. "Você está pronta?" O quê? Eu estava sonhando? Papai realmente não estava sumido? Será que isto era um sonho elaborado, aonde eu acabo na cama com o Grant de novo? Eu tinha esses sonhos com uma frequência suficientemente grande. “Dean ligou para Rush, que me ligou. Posso entrar?" ele disse dando um passo por mim e entrando na casa. "O quê?" Finalmente consegui perguntar. Grant ergueu a garrafa térmica de café. "Estou pronto para ir encontrar Kiro. Vou até nos levar para o aeroporto.” Os passos pesados do Mase invadiram meus pensamentos e me virei para vê-lo caminhando em direção a nós. "Será que isso é uma maldita festa de busca?" Mase resmungou, deixando cair sua mala a seus pés e olhando de mim para Grant. "Parece que sim" disse Grant. "Eu, uh..." Foi tudo o que eu conseguia pensar para dizer. Eu ainda não tinha percebido isso.

"Vá pegar um pouco daquele café que eu estou sentindo o cheiro, maninha, você precisará dele para elaborar frases coerentes. Eu vou lidar com isso" disse Mase. Eu não queria deixar o Grant sozinho com ele. Mas, honestamente, não sabia mais o que fazer. Então eu fui pegar o café.

Grant

"Explique isso", disse Mase com os pés afastados e os braços cruzados sobre o peito. Ele era o irmão mais velho de Harlow e possivelmente a única pessoa que fazia o papel de figura paterna em sua vida. Eu respeitava isso. "Quero ir com ela. Tenho um monte de merda para compensar. Estou começando agora." Mase franziu a testa e continuou olhando para mim. "O que diabos isso quer dizer? A última vez que ouvi, você estava transando com a Nan. O que você tem a ver com a Harlow?" Ela não tinha dito nada a ele. Eu me perguntava se ela tinha feito isso para me proteger. "Eu estava com medo de ter sentimentos por alguém. Harlow agitou as coisas dentro de mim, com as quais eu não estava familiarizado e me fez fugir. Eu decidi que eu não quero mais correr." Mase deu um passo em minha direção. "Você precisa estar com muita certeza disso, porra. Porque ela gosta de você mais do que ela

quer e eu não confio em você. Nem um pouco. Se você quer ir ajudar a encontrar nosso pai – desculpe, maldito pai -, então tudo bem, mas eu vou também." Preferia tê-la sozinha, mas estava tudo bem. Pelo menos eu estava perto dela. Eu estava cansado de não estar perto dela e vê-la só de longe. "Entendido" respondi. Harlow voltou para o hall de entrada transportando duas canecas de café. "Aqui", disse ela, entregando um para Mase. "Obrigado. Ele vai com a gente. Ele gosta de olhar para você ou alguma merda sentimental assim." Os olhos de Harlow se arregalaram e mordi de volta um sorriso. Isso não era exatamente o que eu tinha dito, mas o olhar no rosto de Harlow era perfeito. "Oh" foi tudo que ela disse. Mase pegou sua bolsa e, em seguida, olhou para Harlow. "Onde está a sua mala?" "Deixei na cozinha. Deixe-me ir buscar." "Vou buscá-la" eu disse, dirigindo-me para a cozinha antes que ela pudesse terminar a frase. Se eu queria ganhar a confiança dela de volta e até mesmo ligeiramente quebrar essa parede que ela tinha em torno de si mesma, eu tinha que fazer qualquer coisa que pudesse para deixá-la saber que eu estava falando sério. "Estou confusa" ouvi Harlow sussurrar enquanto eu saia da sala. Apenas sorri. Bom. Estar confusa era uma coisa boa. A mala Louis Vuitton estava no chão da cozinha. Eu fui até lá e a peguei. A mala estava desgastada. Não tinha dúvidas de que este tinha sido um presente de Kiro e ela a tenha carregado por anos. Isso não era algo que Harlow iria comprar para si mesma.

Trouxe de volta e, em seguida, abri a porta. "Hora de ir" eu disse a ambos, ainda segurando sua bolsa. Ela olhou para baixo, para ele e depois para mim. Mase fez um som divertido em sua garganta e revirou os olhos para mim quando saiu pela porta. Harlow o seguiu, mas parou quando ela chegou perto de mim. "Obrigada" ela disse simplesmente, depois saiu. Isso ia ser bom para nós.

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Mase subiu no banco da frente e eu não duvidava que ele tivesse feito isso de propósito. Ele não me quer perto de Harlow. Ele iria tornar isso difícil para mim. Tudo bem. Eu poderia lidar com isso. "Você está bem ai atrás?" perguntei a Harlow, olhando para trás para me certificar de que ela tinha o suficiente de espaço para as pernas. "Sim, obrigada" ela respondeu enquanto seu rosto ficava vermelho. Porra, ela era linda. Eu virei e manobrei a caminhonete. "Rush disse que isso é normal para Kiro. Existe algum processo para encontrá-lo?" perguntei, tentando conversar. "Sim. Harlow liga para ele. Ele finalmente responde e ela vai pegá-lo. Ela é a única que ele ouve" Mase respondeu.

Não gosto da ideia de tudo isso caindo nos ombros da Harlow. O homem tinha três filhos crescidos. Por que tudo tem que ser responsabilidade de Harlow? "Você não pode ligar e ir buscá-lo?" perguntei incapaz de evitar que a irritação aparecesse na minha voz. "O bom e velho pai tem um favorito. Ele só a escuta." "Isso não é verdade. Você tem sua mãe e você realmente não precisa dele. Você tem uma boa vida. Então tem a Nan e ela não torna as coisas mais fáceis para ele. Eu sou só... Eu sou só a que…" "Você é só a mais especial. Ele amava a sua mãe. Ela era seu mundo e quando ela morreu, você se tornou o mundo dele. As coisas são assim e eu sou muito feliz porque ele se importa com você", disse Mase. Harlow não disse nada. Ela ficou calada. Eu queria perguntar mais. Queria saber como ela estava se sentindo e se ela estava preocupada. Mas Mase estava sentado ao meu lado e agora não era um bom momento. "Preciso de comida. É melhor esse jato estar abastecido." Mase resmungou. "Ele sempre está." Harlow respondeu. Essa não era a primeira vez que eu estaria no jato do Slacker Demon, mas era estranho estar nele com os filhos de Kiro. Sempre tinha sido com Rush. Estes dois tinham uma dinâmica que eu nunca tinha visto antes. Até Mase aparecer em Rosemary eu nem estava ciente de que eles eram tão próximos. Pensei que o filho alusivo de Kiro tinha ficado longe de todo mundo. "Vocês dois sempre foram tão próximos?" perguntei.

"Sim" disseram ambos. "Vovó sempre me levava para ficar na fazenda com Mase e seus pais quando eu era uma criança.” "Os pais?", perguntei por que não fazia sentido, uma vez que seu pai era o Kiro. "Meu padrasto e minha mãe. Ele é mais meu pai do que meu próprio pai.” disse Mase com a cabeça apoiada sobre o assento e os seus olhos fechados. Não tinha percebido isso. Interessante. "As visitas de Harlow eram sempre algo que eu esperava ansiosamente. Eu pensava que ter uma irmã era tão legal. Especialmente uma tão adequada e doce como Harlow. Fazendo-a ficar toda cheia de lama e a convencendo a montar um cavalo ou alimentar as vacas era sempre divertido." Harlow soltou uma pequena risada do banco traseiro. Talvez ter o Mase por perto não seria tão ruim. Pelo menos eu teria a chance de conhecê-la melhor.

Harlow

Assim que entramos no jato, Mase comeu uma tigela de farinha de aveia e foi para a cama. Ele não era uma pessoa que gostava da manhã. Sentei-me no sofá de couro ao lado da janela para que eu pudesse olhar para fora enquanto pensava sobre o local onde o meu pai poderia ter ido, em vez do fato de que Grant estava aqui. Comigo. Não me virei para ver o que ele estava fazendo ou onde ele estava indo sentar. Não tinha certeza do que dizer a ele agora que estávamos sozinhos. Eu também odiava o fato de que o meu coração havia acelerado quando ele sorriu para mim. Seu corpo quente afundou ao meu lado, perto o suficiente para que seu braço estivesse roçando o meu. "Ei." ele disse simplesmente. Ignorá-lo era impossível e era rude. Eu não era rude. "Ei." respondi, olhando para ele, e em seguida voltando a olhar para fora da janela. "Você está preocupada com o seu pai?" questionou. Não de verdade. Isso era comum. "Não. Só frustrada porque ele parece nunca crescer." "Você não vai olhar para mim?"

Não queria. Olhá-lo me fazia esquecer que ele era perigoso. "Provavelmente não" respondi honestamente. Grant riu. "Isso é uma vergonha. Gosto de ficar olhando para esses seus olhos." Fechei os olhos e xinguei em silêncio. Por que, Grant? Por que está fazendo isso comigo? Não é justo. "Você vai me odiar para sempre?" ele perguntou. Eu não o odiava. Esse não era o motivo. Será que ele não conseguia ver isso? Ele tinha colocado tudo em pratos limpos. Eu estava apenas me protegendo dele. "Não te odeio. Eu só sei o que sou para você e estou tomando cuidado para não pensar muito sobre isso, ou em você, para falar a verdade." Ele não disse nada. Ótimo. Eu consegui fazê-lo ficar calado. Talvez ele fosse mudar de lugar e eu não teria que continuar sentindo seu cheiro. Todo quente e delicioso. Eu sabia a sensação daquela pele contra a minha e não precisava de lembretes. "Cometi um erro, Harlow. Estava com medo e estraguei tudo." Finalmente virei para olhar para ele. Nós já tivemos essa discussão. Não queria fazer isso novamente. "Eu sei. Você já me disse. Eu entendi." Comecei a afastar novamente, mas Grant agarrou meu queixo e suavemente virou meu rosto de volta ao seu. “Não. Nós não falamos sobre isso. Eu disse para você besteiras que não eram verdades. Eu disse que não estava pronto para um relacionamento. Isso era mentira. Eu estava com medo pra caralho

de amar alguém tanto assim e depois perdê-la. Mas eu não estou mais. Não posso continuar fazendo isso comigo mesmo." Não respondi por que eu não tinha ideia do que ele estava falando. "Eu quero você. Eu queria você desde quando coloquei os olhos em você. Quando eu estava enterrado dentro de você eu sabia que estava acabado. Esses bonitos olhos castanhos e seu sorriso angelical tinham começado a se aprofundar dentro de mim, fazendo parecer que sempre estiveram lá no meu coração. Mas naquela noite... Você me reivindicou e eu não consigo me livrar disso. Não consigo esquecer." Oh. Olhei para ele enquanto suas palavras afundavam dentro de mim. Será que isso significa que ele queria algo sério comigo? Ou ele estava apenas dizendo isso porque queria fazer sexo novamente? Ele abaixou a cabeça até que seus lábios estivessem mal roçando minha orelha. "Você é tudo que eu quero. Perdoa-me por fugir? Por favor." Afastei-me dele, colocando um pouco de espaço entre nós. "Não faça isso. Não estou pronta para esquecer que você dormiu com Nan ou que você não me ligou durante dois meses." Grant franziu a testa e passou a mão pelo seu longo cabelo, tornando-o ainda mais despenteado. "Eu liguei sim. Pergunte ao Dean. Ele lhe dirá. Não sei por que você não recebeu minhas ligações em seu telefone, mas eu estava ligando toda hora. Pensei que você havia descoberto sobre minha transa bêbada com Nan e que tinha terminado comigo. Seu pai ameaçou chamar a polícia se eu aparecesse na sua casa. Comecei a beber muito para te esquecer, e sim, aconteceu da Nan estar lá.”

Será que ele realmente tentou me ligar? Por que meu pai me manteve longe dele? A não ser que ele sabia sobre Nan e Grant. Isso seria um motivo para meu pai ameaçar Grant. Será que ele estava dizendo a verdade? "Quero estar perto de você. Quando estou, todo o resto desaparece e não consigo me concentrar em mais nada além de você. Isso foi o que me assustou, mas decidi que era estúpido ter medo disso. É especial. Você é especial." Minha avó me dizia para ignorar conversa mansa e ir embora. Mas, então, a minha avó nunca tinha colocado os olhos em Grant Carter. Ele era muito bom com as palavras. Eu sentia falta dele. Disso. De estar com ele. Sentia falta disso. Ele tinha me mostrado como aproveitar a vida, mesmo que durante duas semanas. Eu me sentia como se estivesse vivendo finalmente quando estava com ele. "Não acho que possa confiar no meu bom senso com você” eu disse a ele honestamente. "Você vai descobrir que pode confiar em mim. Não sou um cara sacana. No fundo, você sabe disso. Só tomei uma decisão muito ruim." Aproveitar oportunidades nunca tinha sido a minha praia. Eu não era do tipo que me arriscava. Era cuidadosa. Não me machucava. Eu me protegia. Tinha paredes. Grant tinha conseguido derrubar minhas paredes uma vez. Deixá-lo entrar novamente era pedir muito. Ele aproximou e colocou a cabeça em meu ombro. "Estou quase a ponto de implorar" ele disse. Eu tremi com o formigamento de sua respiração contra a minha pele. Essa era uma má ideia. Grant era bom na fala mansa. Com sua aparência e sua boca ele poderia fazer uma garota topar qualquer

coisa. Se eu me deixasse se preocupar mais ainda com ele, só iria terminar em dor de cabeça. “Não implore. Só me dê um pouco de espaço. Preciso pensar” respondi, me afastando um pouco dele. O fato de que eu queria rastejar em seu colo e me enrolar em torno dele não era bom. Costumava ser mais forte do que isso. Ele falou sobre eu torná-lo fraco; se ele soubesse o quão fraca ele me fez. Grant me deu um olhar triste que só tornou o seu rosto mais atraente. Fechei meus olhos e respirei fundo. "Não. Você tem dormido com a Nan. Eu ouvi vocês. Você tem alguma ideia de como é sentir isso? De saber que os gritos que mantiveram você acordada a noite toda eram na verdade imagens de alguém..." Parei. Eu ia falar demais. "Isso me mantém acordado à noite. Odeio saber que você ouviu isso. Nem me lembro de muita coisa sobre aquela noite. Mas saber que você nos ouviu... Isso me mata." Olhei pela janela para que eu pudesse abrir meus olhos. Eu não confio em mim com os olhos dele fixados em mim. "Coloque-se no meu lugar. E se você tivesse me ouvido fazendo sexo com outro homem... Um que você odiasse. O que isso faria você sentir?" Grant não respondeu. Pensei que talvez eu o tivesse calado e ele agora ia me deixar sozinha. Fiquei aliviada e desapontada ao mesmo tempo. Grant se aproximou de mim novamente e estendeu sua mão para tirar o cabelo do meu pescoço.

"A ideia de outro homem tocar em você me faz extremamente louco, que fico querendo destruir tudo. Não consigo imaginar isso e só de pensar nisso me faz tremer de fúria." Podia sentir a rigidez de seu corpo, uma vez que ele roçou meu lado. "Seu encontro com Adam me assombra. Não posso suportar a ideia dele tocar em você" o dedo de Grant arrastou pelo meu braço nu. "Não sou possessivo e louco. Nunca fui. Exceto por você... Eu quero embrulhá-la e fugir com você para que ninguém possa tocá-la de novo. Só eu. Sempre eu." Grant abaixou a cabeça e a ponta do seu nariz roçou a pele do meu pescoço. "Você cheira como o paraíso e o inferno, tudo entrelaçado em um." ele sussurrou. Meu coração bateu forte e minhas pernas ficaram fracas. Será que ele quis dizer tudo isso? Virei minha cabeça para olhar em seus olhos e a determinação e desespero me dizia que ele quis dizer cada palavra. Grant Carter me queria muito. Por mais difícil que fosse acreditar, ele me ligou e eu não sabia disso. Não conseguia me convencer de que ele estava mentindo. Ele estava tão determinado em me fazer acreditar nele. Eu queria acreditar nele. A memória do quão bom Grant poderia fazer meu corpo se sentir era repetido vividamente em minha cabeça. Não queria lembrar, mas ele estava tornando isso muito difícil. "Se você não confia em mim, eu entendo. Só me deixe ficar perto de você" ele disse enquanto sua mão escorregava sob minha camisa e descansava no meu estômago. "Vou provar isso para você. Apenas me deixe fazer isso. Dê-me uma chance de provar para você."

Sua mão tocou a pele da minha barriga e eu me esqueci de respirar. "Eu não quero ser outra Nan para você" eu disse a ele honestamente. Eu tinha testemunhado em primeira mão a facilidade com que ele havia dormido com Nan, ignorando ela e seus sentimentos no momento seguinte. "Você não é nada como a Nan. O que eu e ela tínhamos era superficial e baseado em seu egoísmo e carência. Ela não tem sentimentos por mim e ela fez questão de matar todos os sentimentos que eu tinha por ela." Deixei sua mão continuar a tocar minha pele e enviar arrepios pelo meu corpo. Isso pode voltar para me assombrar, mas eu era boa em ler as pessoas e eu acreditei em Grant Carter. "Tão suave" ele murmurou em meu ouvido e eu deixei minha cabeça cair para trás para dar-lhe mais acesso ao meu pescoço, porque eu era incrivelmente fraca quando se tratava de querer o que este homem poderia me dar. Isso não era inteligente. Eu estava cometendo um grande erro, mas eu não conseguia parar. Amava como ele me fazia sentir. Meu corpo queria mais. Mesmo que minha cabeça estivesse gritando para eu parar com isso. Ele soltou um grunhido satisfeito e seus lábios encontraram meu pescoço arqueado e ele deu pequenas mordidinhas, enquanto fazia seu caminho até o topo da minha camisa. Sua mão estava lá, desabotoando e eu não me importava. Eu queria sua boca em meus seios. Grant tinha me dado orgasmos que não sabia que existia e eu queria isso. Ele fazia meu corpo fazer coisas que eu não sabia que poderia fazer e eu queria isso. "Tão bonita." ele disse em um tom reverente enquanto puxava meu sutiã para baixo e com as mãos cobria meus seios. Eu gemi de

alívio. A dor que se instalara neles foi um pouco aliviada por seu toque. Porém, eu queria mais. Grant agarrou a minha cintura e me puxou em seu colo até que eu estivesse montada nele e meus peitos nus estivessem em seu rosto. "Porra, isso..." ele disse antes que sua boca estivesse no bico do meu peito, sugando. Sua outra mão estava apertando e torcendo meu outro bico. A sensação estava fazendo com que a umidade entre minhas pernas crescesse enquanto eu me contorcia. Uma nova dor foi tomando conta de mim. Afundei em seu colo e sua ereção dura em seu jeans se apertava contra mim, me fazendo gritar de prazer. Grant parou de chupar e seus olhos eram duas piscinas azuis em chamas quando ele olhou para mim com fome. "Você precisa que eu toque sua bocetinha?” ele perguntou enquanto suas mãos começaram a abrir meu jeans. Eu só conseguia choramingar. Não deveria estar fazendo isso, mas eu não podia parar. A simples verdade é que eu estava com tesão. Não tinha entendido o que esse termo significava até Grant Carter entrar na minha vida. Mas este homem me fez perder tudo. Todo o controle que eu possuía, ele me fez esquecer em segundos. "Coloque suas mãos atrás de mim e levante-se." ele ordenou. Não discuti. Queria suas mãos em mim. A emoção fez meu coração disparar e meu corpo tremer. Sua mão escorregou pra frente da minha calça jeans e dois dedos deslizaram em minha calcinha até estarem esfregando bem contra o meu clitóris. Eu rebolava e gemia. "Porra" ele rosnou e puxou sua mão fora. Eu comecei a implorar-lhe e ele se levantou, me segurando. Envolvi minhas pernas em volta de sua cintura enquanto ele caminhava até a parte traseira

do avião. Então, ele parou e olhou para a porta fechada do quarto de meu pai. Mase estava dormindo lá. Tinha me esquecido de Mase e tenho certeza de que Grant também. Ele olhou para o quarto ao lado e eu sabia que mesmo se ficássemos quietos, Mase iria nos ouvir. Grant se virou e foi para o outro lado, para o banheiro privado, abriu a porta e fechou atrás dele. "Tira isso" ele disse em uma voz com tesão enquanto puxou a camisa sobre a cabeça. Olhei para o meu jeans e comecei a tirá-los desastradamente. Antes que eu pudesse ir muito longe ele tinha me despido e assumido tudo, puxando meu jeans e camisa. Uma vez que ambos estávamos nus sua boca caiu sobre a minha e sua língua me invadiu. Quente, mentolado e com fome. Agarrei-me a seus ombros e o beijei de volta tão ferozmente. Eu tinha sentindo falta disso. O calor, a paixão, a necessidade, tudo embrulhando neste ato. As mãos de Grant seguravam minha bunda quando ele me puxou para mais perto e continuou a dar mordidinhas e lambidas nos cantos da minha boca, enquanto me destruía com um beijo que eu sabia que não se compararia a mais ninguém. Quando ele se afastou, olhou nos meus olhos, em seguida, pressionou mais beijinhos nos meus lábios antes de me levantar e me colocar no balcão da pia. "Quero estar dentro de você novamente, quero provar você. Senti falta do seu gosto doce. Mas você tem que ficar quieta." Ele me deu um sorriso malicioso. "Você pode ficar quieta enquanto eu beijo esta sua boceta doce?" ele perguntou, deslizando o dedo em mim e me fazendo gritar.

"Não acho que você pode. Minha doce menina gosta de gritar. Não posso beijá-la lá se você for gritar" ele disse enquanto beijava meu pescoço e continuava a correr a ponta do seu dedo entre minhas dobras molhadas. Queria sua boca sobre mim. Eu queria isso mais do que eu queria respirar. "Vou ficar calada", prometi. Ele sorriu, mas não parecia ter acreditado. Prendi a respiração quando ele beijou seu caminho pelo meu corpo e pressionou um beijo simples ao meu monte de vênus. Em seguida, ele se afastou e enfiou sua língua direto no meu clitóris. Bati a mão sobre a minha boca e joguei a cabeça para trás quando o prazer cresceu. Ele parou e eu segurei sua cabeça para mantê-lo lá. "Se você gritar eu paro" ele disse, olhando para mim com um sorriso sexy que me fez querer fazer qualquer coisa que ele pedisse. Balancei a cabeça e coloquei minha mão novamente sobre a minha boca.

Grant

Seu sabor e cheiro me fizeram esquecer tudo em volta. Quase esqueci que o irmão dela estava na porra do quarto ao lado. Alguns sons escaparam de sua mão, que estava cobrindo sua boca. Eu não consegui segurar um gemido. Ela era tão fodidamente adorável. Dando um orgasmo do tipo que a faria perder o chão, agarrar meu cabelo e gritar. Eu sabia. Tanto quanto eu queria, isso não estava acontecendo. Eu precisava ter a minha boca o mais perto possível quando ela viesse. Com um beijo na sua pele sensível, eu me afastei, fazendo com que ela viesse atrás de mim e subisse em cima. Adorava vê-la desse jeito, a doce Harlow sendo sexualmente exigente. Era quente como o inferno. "Shhh... Vou fazê-la sentir-se bem, doce menina. Aguarde." Prometi, batendo sua cabeça no armário, sabendo que deveria ter uma camisinha em algum lugar. Esse era o avião do Slacker Demon, caramba. No segundo em que vi uma caixa, peguei uma. Harlow me olhava colocar a camisinha. Em seguida agarrei seu quadril, deslizando-a mais próxima à borda da bancada. Seus olhos arregalaram e fixaram-se aos meus quando eu empurrei dentro dela. Era tão incrivelmente apertado que eu queria gritar. Mordi o lábio inferior quando entrei por todo o caminho dentro dela. Era como uma luva escorregadia quente que me apertou, pois era o tamanho certo para mim.

"Se você se mexer vou gritar.” ela disse sem fôlego. Abaixei-me e cobri sua boca com a minha, antes de tirar um pouco, deixando a sensação requintada de seu aperto formigar na minha espinha. Harlow gemeu, assim que comecei a mover minha língua em sua boca com o mesmo ritmo que nossos corpos. Harlow arranhou minhas costas e eu adorava isso. Ela deixaria marcas que eu sentiria depois. Queria isso. Agarrei seu cabelo e gemi na sua boca conforme seu quadril vinha de encontro a cada impulso. Seus joelhos levantaram ainda mais alto, vindo de encontro com as minhas costelas. Essa era a minha ruína. Eu estava perto demais e ela se sentia muito bem. "Vai." eu disse, antes de cobrir sua boca para disfarçar seus gemidos. Com a minha palavra, seu calor me apertou com tanta força que me perdi. Harlow gemendo enquanto gozava fez ser ainda mais forte. Sentindo seu corpo tremer embaixo do meu me fez querer gritar. Ela era minha. Como eu pude achar que poderia ficar sem isso? Interrompi o beijo e coloquei minha cabeça em seu pescoço a procura de ar. Suas unhas passaram suavemente pelas minhas costas mais uma vez. Em seguida, ela soltou um suspiro longo e trêmulo. Sua perna caiu do meu lado e fiquei dentro dela, relutante em deixar seu calor. "Não posso acreditar que acabei de fazer isso", ela disse. Eu também não, mas não iria dizer isso. Não queria que ela se arrependesse disso. "Você é incrível." eu disse, levantando minha cabeça para que eu pudesse ver seu rosto. O rubor nas bochechas e no peito só destacou o olhar satisfeito em seus olhos. "Não sou assim. Eu não faço isso." ela disse.

Lá vem seu questionamento. Levantei-me e puxei-a para cima de mim. "Você faz isso comigo. Isso é o que importa. Nós nos sentimos atraídos um pelo outro. Nós temos sentimentos um pelo outro. Tudo bem. Não é como se fosse uma transa de uma noite só." Harlow passou a mão em seu cabelo bagunçado e olhou para mim. “Tem certeza que isso não faz de mim uma vadia?" A preocupação em seus olhos fez com que eu risse alto. "Baby, você só teve a mim. Você só esteve comigo. Duas vezes. Isso não faz de você uma vadia. Nunca. Nem pense nisso." Harlow mordeu seu lábio inferior, enquanto pensava no que eu disse. Finalmente, ela acenou. "Tudo bem. Acho que você esta certo. Mas... Não é como se nós estivéssemos em um relacionamento, e eu só..." Ela parou e olhou para nós. Ainda estava dentro dela e pude ver seu rosto ficar mais corado ainda. Sai de dentro de seu calor. Harlow me olhou fascinada. Se ela não parasse de me olhar assim, eu ficaria pronto em menos de cinco minutos. Retirei a camisinha antes de olhar novamente para ela. Ela deixou sua atenção em meu pau e depois sorriu envergonhada. “Eu esqueci o que eu estava dizendo." Uma batida forte na parede a fez pular e eu xingar. "Pegue a porra das suas roupas e saia daí." Mase ordenou gritando do outro lado da porta. Merda. Não queria ter que lidar com isso agora. "Deixe-me falar com ele antes", ela disse, pulando da bancada e procurando sua calcinha. O seu irmão bravo está lá fora, mas eu não ia deixá-lo estragar este momento.

Peguei sua calcinha de suas mãos e me abaixei para ajudá-la a colocar. Assim que coloquei, fiz o mesmo com sua calça jeans. Ela ajudou quieta. Quando prendi seu sutiã, finalmente me permiti olhar para ela. Ela tinha roupa o suficiente para que eu pudesse ficar focado. Tinha uma suavidade ali que eu nunca havia visto antes. Eu queria mantê-la ali, longe de todos nesse momento. Ela vestiu sua camisa e eu abotoei antes de beijá-la na bochecha. Depois vesti minha calça jeans e camiseta. Nós colocamos nossos sapatos. Passei os dedos em seus cabelos para tentar disfarçar que tinha acabado de transar no banheiro. "Vamos lá" eu disse a ela e abri a porta para ela conseguir sair. "Talvez você devesse ficar aqui" ela disse. Balancei minha cabeça. Não estava com medo do cowboy. "Inferno, não". Harlow concordou e nós saímos para a cabine do avião. Mase estava bebendo café e sentado na janela, mas ele estava focado em nós. “Não sei por que isso me surpreende. Eu vi que isso ia acontecer”, Mase disse olhando para mim. "Você não entende. Não é só... Isso foi... Nós estamos...", Harlow gaguejou. "Eu fodi com algumas coisas. Harlow e eu estamos trabalhando nisso. Estou ganhando sua confiança novamente." Mase rosnou. "Não, você estava transando com ela na porra do banheiro do avião." Dei um passo em direção a ele. Harlow estendeu a mão e agarrou meu braço. "Você não entende, Mase."

Ele ergueu as sobrancelhas. Em seguida, tomou um gole de seu café. "Você é uma mulher adulta. Se você quiser cometer um erro, não posso impedi-la." O fato dele chamar-me de erro me deixou puto, mas segurei minha língua. "Não diga uma coisa dessas. Você não entende. Mas você está certo. Sou uma mulher adulta, e por mais que te ame isso não é da sua conta." Mase sorriu. “Aposto que nosso pai irá discordar disso." Harlow se mexeu nessa hora. "Você não dirá ao papai nada disso. Nós não somos crianças." Mase tomou outro longo gole de seu café. "Calma, tigresa. Só estou enchendo o saco. Além do mais, ele vai perceber sozinho. Primeiro, temos que encontrar sua bunda."

Harlow

Grant sentou no sofá e me puxou para o lado dele com o braço enrolado firmemente em torno de meus ombros, enquanto ele conversava com Mase, como se meu irmão não tivesse acabado de nos pegar no banheiro. Homens... O resto do voo foi rápido, mas Grant tinha me mantido muito distraída na primeira parte da longa viagem. Quando chegamos a Las Vegas, Grant pegou minha bolsa e fomos para a limusine que Dean tinha enviado para nos pegar. Não tenho que perguntar para saber que estavam no Hard Rock. Era o lugar favorito deles para ficar em Vegas. Eu preferia o Venetian. Grant deslizou por trás de mim e sentou-se perto o suficiente para que nossos corpos se tocassem do ombro ao tornozelo, apesar de que Mase se sentou em frente a nós e não havia muito espaço para ele fugir de novo. Gostei, apesar de tudo. Ele estava determinado a ficar perto de mim. "Você ligou para ele desde que desembarcou?" Mase perguntou quando ele se inclinou para trás e esticou as pernas na frente dele. Rapidamente peguei meu telefone e liguei para chamar o papai. Tocou três vezes e foi para o correio de voz novamente. "Ainda não responde." eu disse. "Ele é um idiota. Eu não posso acreditar que viemos até aqui para olhar para o nosso pai de quarenta e cinco anos de idade. Isso é ridículo." Mase resmungou.

Eu sabia Mase não respeitava nosso pai. Ele o considera seu padrasto, o que era injusto. Papai era uma estrela do rock. Ele era uma lenda. Seu mundo era diferente. Você tinha que ter em conta que, se ele quisesse algo, as pessoas fariam tudo sobre si tentando dar a ele. "Ele ainda é o nosso pai." eu disse, tentando não ficar na defensiva. Grant estendeu a mão e apertou a minha. Era como se eu tivesse um aliado. Alguém que entendia. Ninguém realmente entendeu minha vida e escolhas, nem mesmo Mase. Só de saber que alguém podia me entender... Bem, me senti libertada. Como se eu não estivesse sozinha. "Sim, ele é. Sorte nossa." Mase respondeu, olhando para fora da janela. A mão de Grant apertou-me e ele me puxou para mais perto dele. Eu não queria gostar disso ou precisar. Mas agora eu estava dando a ele. Meu telefone tocou, assustando todos nós e me atrapalhei com ele para ver que era apenas Dean. "Olá." eu disse, esperando que ele estivesse prestes a dizer-me que meu pai estava de volta ao hotel. "Você já desembarcou?" "Sim, estamos em nosso caminho para o hotel." eu respondi. "Será que ele não respondeu a nenhuma das suas chamadas?" Havia algo na voz de Dean. Será que ele sabe alguma coisa? "Não... Ele te chamou?" eu perguntei. Dean não respondeu de imediato. "Não, ele não chamou. Mas quando você chegar aqui precisamos conversar sobre algo antes de ir à procura dele." Isso soou como se ele soubesse de algo. Não gostava dele ser tão reservado. Ele só estava me deixando nervosa. "Tudo bem. Devo

estar aí em poucos minutos." eu respondi, quando queria exigir que ele me dissesse agora o que sabia. "Vejo você em alguns minutos, garota." disse ele, antes de desligar. Segurei o telefone na minha mão e olhei para ele por um momento. "Você esqueceu de dizer à Dean que você trouxe seu outro filho com você." Mase disse. Olhei para ele e Grant apenas riu. Estava feliz por Mase não estar incomodado com Grant. Isso não era algo que eu queria pensar agora. Eu estava com medo que eu tivesse um problema muito maior. O pressentimento na voz de Dean era tudo que eu poderia focar no momento. Alguma coisa estava errada. Ele iria me dizer se algo tivesse acontecido com meu pai... Não né? Eu deixei cair o telefone no meu colo e coloquei a mão sobre minha barriga. Ele tinha que estar bem. Ele tinha que estar.

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Quando chegamos ao Hard Rock, fomos enviados até a cobertura que Dean e Kiro sempre usam. O resto da banda ficava em outro. Dean abriu a porta, uma carranca em seu rosto. Estudei-o de perto. Ele não parecia com alguém que estava prestes a dizer-me que meu pai estava morto. Ele só parecia preocupado. "Precisamos conversar." ele me disse. Balancei a cabeça, porque já sabia disso. Não tinha dito nada para Mase e Grant no carro porque eu não tinha certeza se estava enganada. Eu estava

com medo. Odiava admitir isso, mas estava com medo de perder Kiro. A mão de Grant foi de repente à minha e Mase estava no meu outro lado, sua mão segurando meu braço como se eu precisasse de apoio para ficar em pé. “Ele está vivo?” Perguntou Mase, e percebi que ele não sabia de nada, mas estava percebendo a tensão na sala, assim como eu. Fosse o que fosse, Dean precisava me dizer, mesmo que ele não quisesse. As sobrancelhas de Dean subiram. Então, ele pareceu verdadeiro, pelo jeito como suas palavras soaram e pelo olhar apocalíptico que atravessou seu rosto. "O inferno, sim, ele está vivo. Sinto muito, Harlow, não queria assustá-la, querida. Normalmente, quando ele faz isso e eu sei onde ele está, eu não ligo. Acabei de lidar com isso. Mas quando ele fugiu desta vez, decidi que era hora de você saber. Você não é mais uma criança. Kiro ainda te trata como uma, mas ele precisa de você mais do que ele imagina." Dean fez uma pausa e começou a andar de um lado para o outro na nossa frente. Ele agarrou e soltou suas mãos ao seu lado e olhou para o chão. Embora eu soubesse que meu pai estava vivo, eu estava agora lidando com o medo deste grande segredo. Será que ele poderia estar doente? Será que ele estava escondendo algo assim de mim? "Eu não quero ser o único a dizer - inferno, ele deveria ter dito anos atrás. Isso não está certo. Mas você precisa saber. Preciso que você saiba. Não posso lidar com ele. Preciso de ajuda. Você é a única que pode ajudá-lo, eu tenho medo. Está ficando cada vez mais difícil fazê-lo sair, uma vez que ele está lá." As divagações de Dean não faziam sentido. Ele continuava andando, como se andar fizesse um

buraco no chão e ele pudesse afundar. O que quer que esse segredo fosse, era ruim. Meus joelhos começaram a se sentir fraco. Dean apontou para o sofá e acenou com a mão para ele antes de passar a mão pelo cabelo. "Você precisa se sentar." disse ele. Diferentes cenários começaram a correr pela minha cabeça. Meu pai estava na reabilitação, ou ele tinha um segredo de família que eu não sabia, ou ele estava em estado terminal. Soltei a mão de Grant e caminhei até o sofá e sentei-me, sem tirar os olhos de Dean. Grant estava ao meu lado. Não tinha certeza se queria ninguém perto de mim agora. Comecei a me sentir sufocada. Ou os meus nervos estavam apenas tornando difícil para eu respirar. "Não esperava vê-lo, Grant” disse Dean, reconhecendo Grant. Podia ver o olhar nos olhos de Dean e percebi que ele sabia exatamente o que tinha acontecido com os telefonemas que nunca recebi. Ele não aprova Grant e eu, e isso me surpreendeu. "Diga-lhe o que quer que seja, Dean. Ela precisa ouvir isso." respondeu Grant. Dean começou a sentar-se, em seguida, levantou e passou as mãos pelo cabelo. "Porra, isso não vai ser fácil.” ele murmurou e olhou para Mase. "Fala logo, Dean." Mase exigiu, tomando o assento na minha frente. Eu estava grata que ele não se sentou no outro lado de mim. Estava tendo dificuldade em obter ar. Dean balançou a cabeça, em seguida, olhou para mim. "Você conhece a história de como sua mãe estava em um acidente de carro quando você era um bebê?" Balancei a cabeça. Como ela morreu. Ela tinha me deixado com meu pai e foi para a loja. Um caminhão ultrapassou o sinal vermelho

e bateu nela. Ela morreu na hora. Minha avó me contou a história um dia, quando eu era grande o suficiente para perguntar. Ela nunca quis falar sobre isso, no entanto. Ela nem sequer olhou para mim quando ela me disse. Eu sabia que era porque perder sua filha a tinha machucado. Então, eu nunca perguntei a ela novamente. O fato de que ele estava perguntando sobre a minha mãe só fez a minha ansiedade piorar. Agarrei a borda do sofá e tentei me acalmar. "Ela não morreu naquele acidente de carro, querida. Ela estava em coma. Durante cinco anos. Seu pai recusou-se a não dar-lhe todo tratamento enquanto estava em coma e um dia ela acordou. Só que ela não se lembrou de nada. Nem de você, Kiro, ou até mesmo seu próprio nome. Ela também não podia comer ou beber ou falar. E... Ela ficou paralisada. Os médicos logo perceberam que ela não só tinha acabado de sofrer perda de memória, mas seu cérebro estava traumatizado. Ela já não estava completa mentalmente. Ela nunca seria capaz de reaprender coisas simples de novo. Ela iria estar presa neste estado pelo resto de sua vida. Ela ficou muito agitada quando o seu pai tentou levá-la para casa e os médicos avisaram-lhe que se ele a levasse de volta poderia mandá-la de volta em um coma e ela poderia nunca mais acordar. Então ele teve que deixá-la lá." Levantei do sofá e me afastei de todos para o outro lado da sala. Não conseguia respirar. Isso não era verdade. Isso não era verdade. Não podia ser verdade. Minha avó nunca mentiria para mim. Ela não faria isso. Minha mãe estava morta. Grant foi imediatamente ao meu lado, com o braço em volta da minha cintura. "Não acredito em você." eu disse com raiva, olhando para Dean. Ele era um mentiroso. Por que ele estava tentando me machucar desse jeito?

"Puta merda." disse Mase, levantando-se e olhando de Dean para mim. Eu podia ver isso em seus olhos. Ele acreditava em Dean. Ele não sabia que isso era uma mentira? "É hora de você vê-la. Acho que você vai ter que ser a única a fazê-lo. Ele odeia sair em turnê, porque não pode vê-la quando ele quer. Ela está no melhor recurso disponível em Los Angeles. Quando vamos a Vegas, ele está perto o suficiente para ir ver como ela está. Temos que deixar os Estados Unidos a partir daqui e ir ao Reino Unido. Ele não quer deixá-la. Ele vai precisar de você para tirá-lo. Nós não podemos ir sem ele e vê-la, apenas o perturba mais." Eu me afastei do braço de Grant. Não quero que ninguém me toque. Eu precisava de espaço para respirar. Uma vez que consegui forçar oxigênio a entrar em meus pulmões, coloquei minhas mãos na parede e fechei os olhos. Isso poderia ser verdade? Mase pensava que era. Ele não tem que dizer qualquer coisa, dava para ver em seu rosto. E Grant não estava chamando Dean de mentiroso. Ele tinha estado lá para me confortar. Como isso pôde ser escondido de mim toda a minha vida? Minha avó iria querer visitar a sua filha? Não havia nenhuma maneira. Isso não fazia sentido. Não olhei para Dean. Não olhava para ninguém. Olhei para a parede na minha frente e respirei fundo. "Isso não é possível. Eu não percebi isso. Minha avó teria gostado de visitar sua única filha". Eu queria gritar com ele e atirar coisas, mas fechei as mãos em punhos e foquei em me acalmar. Deixá-lo explicar isso. Deixá-lo dizer à minha avó que tinha passado todo esse tempo sem visitar sua única filha. "Texas, Harlow. Sua avó te levava para o Texas para ficar com Mase." disse Dean calmamente. Suas palavras eram suaves, mas parecia que ele tinha batido com o punho no meu intestino.

Ela... Ela ia ver minha mãe. Oh meu Deus. Eu senti dor. Ela nunca tinha se hospedado no Texas comigo. Como ela poderia mentir para mim? Por quê? Por quê? Será que eles não queriam que eu a visse também? Ela era a minha mãe. Ouvi Mase e Grant dizerem o meu nome, mas balancei minha cabeça. Não queria que eles tentassem me acalmar. Não havia nenhuma maneira de aliviar essa dor. Virei-me para ver os dois caminhando para mim e um grito borbulhando para a superfície se soltou. "NÃO!” Não os quero perto de mim. Estendi as mãos para mantê-los longe. Ambos congelaram. Não foquei a dor nos olhos de Grant e a tristeza nos do Mase. Isso não era sobre eles. Esta dor era minha. Tinha que lidar com ela sozinha. "Onde ela está?" Eu perguntei à Dean, olhando de volta para ele. A fúria e a traição dentro de mim estavam focadas exclusivamente neste homem no momento. Ele era o único em torno que eu poderia lançar. Ele sabia, mas ele tinha mentido para mim. "A limusine irá levá-la até ela. Seu pai levou-a para LA. O motorista sabe onde é" disse Dean, deixando cair à cabeça e soltando um suspiro. Ele não quis me dizer. Eu deveria ser grata que ele não tinha. Mas agora eu não tinha espaço para a gratidão em meu coração. Grant começou a caminhar em minha direção e assim fez Mase. "Pare. Os dois. Não se aproximem de mim. Preciso ficar sozinha. Quero ir sozinha. Apenas fiquem." eu exigi. Não esperei pela resposta deles. Virei-me e dirigi-me para porta. Tinha que chegar a essa limusine. Se isso fosse verdade, então mudava tudo. Meu pai tinha mentido toda a minha vida e minha avó também. Como eu poderia confiar em alguém? Como eles poderiam manter a minha mãe longe de mim?

Grant

Nunca tinha me sentido impotente. A porta bateu atrás de Harlow quando ela fugiu da suíte. Ela não me queria com ela. Ela não queria Mase. Ela estava indo sozinha. Como diabos ela deveria lidar com isso sozinha? Olhei de volta para Dean. "Não posso acreditar nessa merda!” Rugi, querendo jogar alguma coisa. “Você só deixou escapar que sua mãe estava viva e em uma casa especial sem preparação? Que diabos você estava pensando?” "O que você disse?" Mase disse em um rosnado furioso. Dean sentou-se na cadeira atrás dele. “O que eu deveria fazer? Kiro não vai sair. Quando finalmente me dei conta de onde ele poderia estar, eu liguei para o lugar e com certeza ele estava lá. Ele disse que não sairia em turnê. Ele não a estava deixando por tanto tempo. Ela fica ansiosa e difícil, se muitos dias passam e ele não vem para vê-la. Os médicos dizem que ela o espera. Se ela não vê-lo, em seguida, ela fica chateada." Foda! Fui até as janelas com vista para Las Vegas. Como ele sobreviveu a isso? Vendo a mulher que ele amava, obviamente, ainda ama, sabendo que ela nunca iria falar com ele de novo? Parecia quase pior que a morte. "Alguém deveria ter dito a ela antes. Ela tem 20 anos de idade! Ela foi roubada de conhecer sua mãe toda a sua vida!" Mase soou como se ele estivesse pronto para colocar o punho através de uma parede. "Kiro temia que vê-la assim iria perturbar Harlow e, em troca, Harlow perturbaria sua mãe. Ele faz tudo o que pode para proteger

Emily. Os meios de comunicação nunca souberam desta história. Ninguém sabe sobre ela, só nós. Para todos os outros, ela está simplesmente morta. Kiro ama Harlow, mas quando se trata de proteger a sua mãe, ele vai fazer tudo e qualquer coisa. Não importa a que custo. Mesmo negando à Harlow a oportunidade de vê-la. Mas você está certo. Já passou da hora de alguém lhe dizer. Kiro deveria ter dito a ela.” Não podia simplesmente ficar aqui e esperar por ela. Eu não poderia ficar e me perguntar se ela estava bem depois de conhecer sua mãe pela primeira vez. Olhei para os dois homens. "Eu vou." "O quê? Você está indo embora? O que acontecerá quando ela voltar? Você não está pronto para enfrentar isso?" perguntou Mase, olhando para mim. "Eu vou com ela. Eu não vou deixá-la. Alguém precisa estar lá quando ela conhecer sua mãe.” A expressão irritada de Mase mudou para uma de respeito. Ele acenou com a cabeça. "Bom.” Não perguntei se ele queria vir. Não queria que ele viesse. Três era uma maldita multidão.

Harlow

Quando entrei na grande casa branca, o que só poderia ser descrito como uma mansão, fui recebida na porta por uma senhora em um uniforme de enfermeira. "Posso ajudá-la, senhorita?" Ela perguntou, não me permitindo entrar no prédio. Aparentemente The Manor que ficava nas colinas, era mais difícil de entrar do que uma base militar. Eu tinha mostrado ao homem no portão minha identidade e cartão de Seguro Social. Levou dez minutos para fazer um telefonema e discutir a liberação antes de abrir os portões altos de ferro que cercavam o local. "Sou Harlow Manning. Meu pai está aqui... E... Minha mãe", eu respondi. Dizendo que minha mãe estava aqui, me senti estranha. Durante o passeio, tive muito tempo para processar tudo isso. Parte de mim entendia por que meu pai e minha avó tinham feito isso, mas outra parte de mim odiava isso. Era como ser roubado de algo que você nunca poderia ter novamente. A senhora usou o iPad mini na mão para digitar algo. Eu achava que era o meu nome. "Vou preciso ver o seu ID, por favor." Mais uma vez? É mesmo? Puxei minha carteira da minha bolsa e entregou-lhe minha carteira de motorista. Ela olhou de mim para a imagem várias vezes, em seguida, digitou as informações e esperou. Depois do que pareceu uma eternidade, ela finalmente deu um passo atrás. “Regina" ela chamou para uma das senhoras atrás do balcão. "Por favor, leve-a ao quarto da Sra. Manning. O Sr. Manning está lá e ele está esperando sua chegada." Então, meu pai sabia que eu estava aqui. Bom.

Segui Regina por uma área que parecia o saguão de um hotel cinco estrelas. Nós paramos no elevador e ela apertou um código. As portas se abriram e entramos. Regina, em seguida, colocou outro código, antes de bloquear seu olhar em mim. "Faça o que fizer, não perturbe a Sra. Manning. A presença do Sr. Manning a mantém a calma, mas se em algum momento ela se sente ameaçada, ela fica muito agitada e nós temos que sedá-la. O Sr. Manning odeia isso.” Meu coração estava batendo rapidamente no meu peito. Eu estava nervosa. Não tinha ficado nervosa até agora. Sabendo que eu estava prestes a ver a minha mãe e que ela estaria presente... Em pessoa... Não como a mulher de sorriso nas fotos... Sem resposta... Eu estava pronta para isso? E o meu pai. A forma como todos o descreveram com ela não soava como ele. Kiro Manning não se emocionava. Ele comeu meninas da minha idade e bebeu demais. Ele não se sentava ao lado da cama de uma mulher e tomava conta dela. Era como se eu tivesse em outra vida. As portas se abriram e eu segui Regina para o corredor. Havia apenas uma porta neste piso. Não fiquei surpresa. Papai não fazia as coisas normais. Regina caminhou até a porta e bateu duas vezes, então esperou. Quando a porta se abriu, vi meu pai de pé ali. Seu cabelo não havia sido penteado no que parecia dias e ele também não tinha feito à barba. Ele estava vestindo uma de suas camisetas apertadas e um par de jeans que estavam muito apertadas para a maioria dos homens de quarenta e cinco anos de idade. Mas ele era Kiro. Isso era esperado dele.

“Obrigado, Regina. Você pode nos deixar." ele disse em um tom derrotado. Só fiquei lá e olhei para ele. Não conheço esse homem. Parecia o meu pai, mas ele também parecia quebrado. Eu nunca tinha visto nele esse olhar quebrado. "Eu disse a ela que você estava vindo. Digo a ela sobre você toda vez que eu a visito, para que ela saiba sobre você. Acho que ela está animada para vê-la, mas eu preciso que você fique calma. Não demonstre emoção, pois irá perturbá-la. Não discuta essa merda na frente dela, ela vai ficar chateada e eu não a quero chateada. Eu odeio quando não posso acalmá-la. Odeio esses filhos da puta e agulhas malditas perto dela. Então, fique calma. Você mantém suas perguntas para você e vamos falar onde ela não possa nos ouvir. Sei que você está com raiva, posso ver isso em seus olhos. Mas me entenda: ninguém perturba Emmy. Ninguém. Nem mesmo você. Eu não vou permitir isso.” O olhar feroz e protetor em seus olhos era algo que eu nunca tinha visto. A emoção no meu peito não era algo que eu queria agora. Este era um lado do meu pai que eu nunca tinha conhecido. "Ok." eu disse simplesmente. Ele balançou a cabeça e deu um passo para trás. Andei para a sala e era tão elaborada como o resto do lugar. Um lustre pendurado na entrada. Janelas altas em frente foram enquadradas com sancas elaboradas. “Por aqui." ele disse à medida que passou por uma lareira de mármore e sofás de couro branco que desencadeou numa área de estar. Entramos em outra sala, e desta vez a minha atenção não estava na decoração, meus olhos caíram sobre cabelos longos e escuros, que parecia como se tivesse acabado de ser escovado.

Estendida sobre a parte de trás do que eu assumi que era uma cadeira de rodas, ao contrário de qualquer outra que eu já tinha visto, que era feito de couro macio estofado, embora as rodas fossem inconfundíveis. Ela encarava as janelas altas com grandes estruturas, com vista sobre colinas e um riacho que corria próximo. Meu pai foi até ela e pegou um pente que estava sentado em uma cadeira ao lado dela. Será que ele estava escovando o cabelo dela antes de eu chegar? "Emmy, querida, lembre-se que eu lhe disse que Harlow estava vindo para visitá-la? Ela é uma grande menina agora. Ela está muito animada para vê-la. Já escovei seu cabelo e você está linda." Foi o meu pai falando? Nunca na minha vida tinha o visto falar naquele tom. Tudo o que eu podia fazer era olhar para ele. Este não era o Kiro. Este não era o meu pai. Meu pai não falava assim. Ele não escovava o cabelo das mulheres. Ele nunca tinha escovado meu cabelo quando eu era criança. Ele olhou para mim, então virou lentamente a cadeira de minha mãe para me enfrentar. Meu coração bateu com força contra meu peito. A respiração tornou-se difícil de novo e eu temia que eu estivesse prestes a ter um ataque de pânico. Isso foi demais. Eu deveria manter a calma, mas como eu poderia? Esta era a minha mãe. Meus olhos se encontraram com os dela. Prendi a respiração enquanto eu olhava lentamente a mulher na frente de mim. Eu já tinha visto fotos dela e eu ainda podia ver a mesma jovem na minha frente. Ela foi bem cuidada. Havia um vazio em seus olhos que não podia ser ignorado, mas o que parecia um sorriso tocou seus lábios. "Olá", eu disse. Eu não podia dizer ‘mãe’. Eu não a conhecia. A mulher que eu sempre tinha pensado ser minha mãe era uma

imagem de uma jovem mulher com os olhos cor de avelã rindo e um grande sorriso. Um que estava cheio de vida. Essa era a minha mãe. Esta mulher... Ela não era alguém que eu conhecia. "Harlow, esta é a sua mãe, Emily. Emmy, esta é Harlow. Lembra-se da menina doce que você segurou? Nós olhamos para as fotos dela e falamos sobre as coisas que fizemos e lugares que fomos? Ela era muito pequena quando nasceu e nós estávamos com tanto medo de perdê-la. Mas não perdemos. Você a amava demais para deixá-la morrer. Você fez um bom trabalho, querida. Ela é grande agora." Emily Manning continuou a olhar para mim. Queria aceitar que ela era a mulher nas fotos que eu passei a minha infância olhando e sonhando. Mas, então, meu coração quebrou ainda mais. A feliz, vibrante mulher tinha ido embora. Isso foi o que restou. "Ela é grande o suficiente para vir vê-la agora. Gostaria disso? Que eu a trouxesse aqui comigo algumas vezes?" Papai perguntou quando ele puxou a cadeira ao lado dela e segurou-lhe a mão. "Eu acho que faria você sorrir mais. Você sabe que eu gosto de ver você sorrir." Isso não estava acontecendo. Eu estava dormindo. Nada parecia real. "Venha aqui para que ela possa vê-la melhor, Harlow. Ela não se dá bem com longas distâncias" disse meu pai, sem tirar os olhos do rosto de Emily. Eu tinha medo de discutir com ele. Era óbvio que ele iria mover céus e terra para se certificar de que ela estava feliz. Eu com certeza não queria ser a única a perturbá-la.

Eu andei até ela, e ela seguiu todos os meus movimentos com os olhos. Seus cílios bateram rapidamente e ela fez um barulho de grunhidos. "É perto o suficiente" disse o meu pai. "Não a deixe nervosa." Eu parei. "Ela se parece com você. Você pode ver isso? Ela tem a sua bela boca e as mãos. E o cabelo, igual você. Deus sabe que o meu é uma merda." disse-lhe carinhosamente. Seu corpo se inclinou em direção a papai. Eu não tinha certeza se ela simplesmente escorregou ou se ela estava tentando se aproximar dele. "Está tudo bem. Veja, eu tenho você aqui comigo. Eu não deixaria ninguém te machucar, eu iria? Você sabe que eu cuido da minha garota favorita” disse ele, dando um beijo na cabeça. A emoção no meu peito explodiu e eu entendi agora. Isto não era sobre mim. Isto não era o que havia sido negado a mim. A amargura da traição desapareceu e a tristeza apareceu naquele momento. Não é por mim, não, porque eu não tinha sido dada a oportunidade de conhecer a minha mãe, mas para o meu pai. Lágrimas picaram meus olhos e eu sabia que ia chorar. Isso estava me matando. Sua devoção e amor óbvio para ela iria me quebrar em dois. “Preciso ir para o outro quarto um momento." eu disse a ele que meus olhos se encheram de lágrimas. "Vá em frente." disse ele quando ele se virou Emily volta para encará-la. "Nós estamos indo para deixá-la tomar uma bebida e descansar. Ela percorreu um longo caminho para vê-la hoje" ouvi-o explicando a ela. Ela está mesmo entendendo? Ele estava apenas

falando com ela para fazê-la sentir-se melhor, porque ele perdeu tanto dela? No momento em que eu entrei na área da sala de estar, as lágrimas escorriam pelo meu rosto. Cobri minha boca para segurar o som do meu choro. Meu forte e poderoso pai, que gostava de dizer ao mundo ‘foda-se’ e viver como se ele não tivesse preocupações, estava sentado lá segurando a mão da minha mãe, e tratando-a como uma rainha. Como se ela fosse a coisa mais preciosa neste mundo. Eu sempre soube que a amava. Ele fez com que todos soubessem que o dia em que ele a perdeu, marcou sua vida. Mas a cena que acabara de testemunhar? Oh, Deus, meu coração dói tanto. As pessoas o viam como uma lenda. Ele tinha tudo. Eles o adoraram. No entanto, nenhum deles sabia. Eu não sabia. Eu sempre tinha visto ele tão forte e impossível de se machucar. Eu sabia que não era mais verdade. Essa ilusão se foi. Meu pai ferido. Ele se machucou mais do que eu jamais poderia ter imaginado. Afundei no sofá e enterrei meu rosto em minhas mãos e chorei. Chorei para a mulher que cujo a vida não foi interrompida. Chorei pela menina que nunca chegou a conhecê-la. Mas, principalmente, chorei por um homem que sempre a amaria, mesmo que ela nunca mais fosse por quem ele se apaixonou.

Grant

No momento em que entrei no carro alugado meu telefone tocou. Estendi a mão para ele e viu o nome de Nan na tela. Comecei a ignorá-lo, mas decidi que era hora de lidar com ela. Não estava escondendo o fato de que eu estava vendo Harlow. Além disso, ela estava com August. "Sim", eu disse. Ela deve ter tido alguma razão para ligar, então eu iria deixá-la dizer o por que. "Onde está você?” Ela exigiu. "Por quê?” “Porque Harlow se foi, você se foi e Mase está desaparecido. Onde diabos você está?” “Você precisa manter-se melhor informada sobre seus colegas de quarto." falei lentamente, já entediado com essa conversa. Precisava de um cigarro sempre que eu falava com ela. Eu estava indo bem. Não tinha fumado em dois meses. Não deixaria Nan me fazer fumar. "Não dou a mínima para onde os dois estão, mas eu quero saber se você está com eles. Não vou deixar isso acontecer. Você me entendeu?" Entendi que ela estava delirando, como sempre. “Nannette, se eu começar a dormir na cama de Harlow, não há absolutamente nada que você possa fazer sobre isso. Então, cai fora. É o fim. Estou cansado de ser o seu estepe.”

A raiva crescente implícita em seu silêncio me fez sorrir. Eu gostava de irritá-la. Por muito tempo eu só queria fazê-la sorrir. Queria salvá-la de si mesma. Mas ela fez questão de destruir todos esses sentimentos em mim. Dormir com um homem depois de outro e esfregar na minha cara, então me chamando no momento em que precisava de alguém. Eu tinha deixado ela me usar, e, lentamente, ela tinha me afastado. Ser necessário era algo que eu pensei que eu queria. Eu pensei que iria me fazer sentir como se eu tivesse um propósito. O que eu não tinha percebido era que eu estava me tornado a mãe de Nan. Foi algo que eu tive que engolir. Sabendo que sua vida não tinha sido fácil, mais de uma vez eu tive que matar os meus sentimentos por ela e aceitar que ela era amarga e zangada, e que eu nunca poderia mudar isso. Fiquei mais feliz. Dormir com ela quando eu estava bêbado era fácil. Eu sabia o que esperar de manhã. Sabia que eu não estava mais em perigo de cair de amor por ela. "Isso é porque eu estou brincando com August? Você está sendo infantil. Disse que só queria fazer os amigos com benefícios por um tempo. Não gosto de nada sério e você queria que ficasse sério." Tinha sido louco. Ela nos salvou tanto do inferno, eu deveria agradecê-la por isso. "Estou entediado, Nannette. A coisa benefícios é longa. Estamos no passado. Não quero mais nada de você. Você pode transar com quem diabos você quiser, e eu estou bem com isso. Inferno, se ele precisar de um preservativo vou dizer-lhe onde deixei meu esconderijo." Nan guinchou em descrença. “Você acha que ela é doce e bonita, mas que vai se cansar também. Ela é tensa e chata. Quando

estiver cheio de foder a Harlow, não vêm correndo de volta para mim, quando você perceber que não valeu a pena o esforço.” Não mordi a isca. Ela estava pescando. Eu não era estúpido e não estava prestes a dar-lhe qualquer coisa para jogar na cara de Harlow mais tarde. Nan jogando. Jogos brutais para falar a verdade. "Quem eu decido passar mais tempo é problema meu. Não sou seu, Nan. Nunca fui. Agora, se você estiver pronta eu tenho coisas importantes para fazer.” "Onde está você?" Ela gritou ao telefone. "Não estou em Rosemary." respondi. Então, desliguei o telefone e deixei-o cair. Nan tinha sido uma lição difícil de aprender. Ela era o tipo de garota que seu pai tinha me avisado. Amar Nan só levaria ao desastre. Ainda bem que eu nunca me apaixonei por ela... Meu telefone tocou de novo antes que eu pudesse pensar muito sobre Nan. Desta vez era Rush. "Hey." eu disse, agradecido por alguém que eu pudesse realmente conversar. “Acabei de falar com meu pai." foi sua única resposta. "Yeah. É foda. Estou indo para lá agora. Ela queria ir sozinha, mas eu quero estar lá quando ela for embora." "Vocês conversaram sobre suas coisas antes de toda essa merda que vir à tona?" Nós conversamos sobre isso, tudo bem. Falamos de maneira que eu não esperava. "Sim, nós falamos. Nós não terminamos, mas em seguida, Dean deixou cair isso sobre ela e ela foi embora."

"Estou tendo dificuldade de acreditar nisso, e nem é sobre a minha mãe. Não posso imaginar Harlow lidando com isso muito bem. Ela parece tão frágil.” Empurrei para trás a possessividade que levantou em mim. Pensando em Harlow ser machucada me chateou. Não queria pensar nisso. Não quando eu não estava lá para apoiá-la. "Não vou mentir. Estou chateado com o seu pai. Ele só deixou escapar sem nenhuma preparação ou qualquer coisa. Esse tipo de merda precisa ser facilitado para fazê-la entender. Ele não facilitou para ela." Rush suspirou. "Sim, bem, ele não é exatamente bom com as palavras. Ele apenas diz o que está pensando." Essa desculpa não era suficiente para mim. Dean estava na minha lista de merda. "Nan está procurando por você." disse Rush. "Ela me ligou." eu respondi. Isso não era algo que eu queria falar com ele. Nan não era uma das minhas pessoas favoritas, mas ela ainda era sua família. "Ela vai comer Harlow viva. Tenha cuidado." Não é o que eu esperava que ele dissesse, mas concordei. "Eu sei. Não vou deixar Harlow se machucar." "Se você fizer isso, então Kiro nunca aceitará Nan. Ela precisa dele para aceitá-la. Ela pode não merece isso, mas ela precisa." Deveria saber que sua preocupação era mais para Nan do que com Harlow. "Não vou deixá-la perto de Harlow." era a minha única resposta.

"Seria bom se você quisesse a calcinha de alguém que não fosse da prole de Kiro. Seria menos complicado." Eu apenas ri. Sim, seria, mas Harlow... Bem, ela era Harlow.

Harlow

"Você não pode ir lá com esse olhar" disse o pai quando ele entrou na sala. "Você vai assustá-la." Levantei meu rosto coberto de lágrimas ao ver meu pai. Eu nunca iria vê-lo da mesma forma novamente. Não importa quantas garotas ele transou ou quantas coisas grosseiras que ele fez ou disse. Tudo o que eu seria capaz de ver era o homem lá segurando a mão da minha mãe. "Eu vim aqui com raiva. De você. Da vovó. Mas agora, eu só estou..." Dei de ombros. Não poderia dizer de coração partido. Eu não quero que ele saiba que a sua dor tinha quebrado meu coração. "Eu estava te protegendo. Você era uma criança. Você não teria sido capaz de entender, e você iria aborrecê-la. Não podia deixar isso acontecer, Harlow. Eu te amo, garota. Eu sempre amei você. Você é a única parte que tenho da mulher que eu conheci e caí completamente apaixonado. Mas ela ainda está aqui, mesmo que o espírito se foi. E eu vou protegê-la com a minha vida. Ela sempre virá em primeiro lugar. Mesmo antes de você."

Só balancei a cabeça, porque eu entendi. Antes que eu chegasse, pensei que não havia nada que ele pudesse dizer que me impediria de odiá-lo. O que eu não esperava era que tudo que seria necessário era vê-lo com ela. Ele não precisava dizer uma palavra. "Quantas vezes você vem vê-la?" perguntei. Meu pai foi até a lareira e se encostou à pedra. “Três, quatro vezes por semana." "E é por isso que você saiu de Vegas? Porque você está prestes a deixar os Estados Unidos em turnê?" Ele franziu o cenho “Ela não fica bem quando estou em turnê. Os médicos têm que sedá-la alguns dias, porque ela fica agitada. Ela precisa de mim. Ela pode não ser a mulher, mentalmente, por quem me apaixonei, mas seu coração sabe quem eu sou. Ela me quer por perto. Não posso fazer isso de novo. Vê-la sorrir quando eu entro em seu quarto faz todo o resto menos importante." Não iria chorar novamente. Ele não queria as minhas lágrimas. Eu tinha certeza que ele tinha chorado o suficiente para nós dois ao longo dos anos. "A banda precisa de você. Talvez você possa simplesmente voar de volta algumas vezes e visitá-la e tornar isso mais fácil para ela." Ele acenou com a cabeça. "Estive pensando sobre isso. Eu só não sei se isso será o suficiente." Não poderia estar aqui e dizer-lhe para cantar para milhões de estranhos quando o seu coração estava na sala com a minha mãe. Não era o meu lugar. Não entendia o seu tormento. Eu nunca entenderia. Eu não tinha vivido isso. "Eu sei que não posso deixar os caras na mão. Eles precisam de mim. Mas esta é a minha última turnê. Tenho que decidir que não

posso continuar fazendo isso. Quero estar em casa. Eu quero estar perto dela." "Sinto muito papai." botei pra fora, porque eu não sei mais o que dizer. Seus olhos levantaram a partir de onde os tinha fixado no chão e ele olhou para mim. "Por quê?” Mordi o lábio e engoli um soluço sem lágrimas. "Por perdê-la." Um sorriso triste tocou seus lábios. "Eu costumava sentir muito. Inferno, eu costumava odiar o mundo. Odiava a vida. Mas, então, eu ia ver você e eu sabia que tinha que viver. Você não deveria ter vivido, mas você fez. Ela iria querer que eu vivesse, por você. Para a menina que o seu amor tinha guardado. Também sabia que ela não iria querer você na minha vida, se eu fosse continuar sendo Kiro. Ela iria querer que você crescesse na casa que ela cresceu com a mãe que ela adorava. Então eu fiz o que eu sabia que ela iria querer e você cresceu para ser sua imagem viva, dentro e fora. Sou acusado de amar você mais do que os meus outros filhos e é verdade. Porra é verdade. Você é minha e da Emmy. Não amei Georgianna - ela era uma groupie. Eu não amava MaryAnn - ela era apenas uma aventura. Então, não, eu não amo meus filhos da maneira que deveria. Só tenho um coração e sua mãe tem a maior parte. Não tenho um monte de espaço para mais ninguém. Você é o único que eu consideraria mesmo abrindo espaço." Sabia que ele amava Mase. O júri ainda estava em Nan. Mas eu também sabia que ele estava tentando me dizer que minha mãe estava e iria ser sempre seu coração.

Eu me levantei e fui até ele. Passei meus braços em torno de sua cintura e coloquei minha cabeça em seu peito. Eu não disse nada. Eu não tinha palavras. Seus braços lentamente vieram ao meu redor. "Eu nunca quis te magoar, mantendo-a longe de você. Mas é o que eu tinha que fazer. Sei que você é grande agora, mas quando olho para você, ainda vejo a minha menina com tranças. Toda vez que tentei te dizer, eu travava. Não era corajoso o suficiente para prejudicá-la. Espero que você possa perdoar a sua avó e a mim. Ela concordou comigo que você não precisava saber sobre sua mãe até que você crescesse. Você estava doente, baby e eu sabia que não poderia perdê-la também. Isso teria me destruído." Apertei o meu abraço sobre ele e enterrei meu rosto em seu peito e chorei baixinho. Não podia odiá-lo por isso. Não era justo, mas eu entendi. "Eu amo você." eu disse a ele. "Eu também te amo. E aquela mulher ali adorava você. Ela nunca saiu do seu lado quando você estava no hospital. Ela acreditava que era o nosso presente especial. Lembro-me do olhar em seu rosto quando você deu o seu primeiro passo. Você era seu anjo do céu, e quando eu a perdi, eu sabia que tinha que protegê-la." Fechei os olhos com força e lutei contra as lágrimas. Eu queria ter controle de mim mesma, então eu poderia voltar lá e vê-la novamente. Quando meus soluços finalmente diminuíram e minhas lágrimas secaram, eu olhava para o meu pai. "Posso voltar lá?" Ele estendeu a mão e limpou meu rosto, em seguida, assentiu. "Claro."

Grant

Recebi uma ligação de Dean em meu celular assim que atravessei os grandes portões de ferro da The Manor nas colinas. Eu não tinha a intenção de entrar. Só queria estacionar e esperar por Harlow. Ela está aqui há pelo menos duas horas. Fechei a porta do carro e sai em torno da frente do carro para que eu pudesse ver as portas da frente. Quando ela sair, eu estaria aqui. Se ela não quisesse me ver, tudo bem. Iria seguir a limusine de volta para Vegas. Mas se ela precisasse de mim, eu estaria disponível. Fui idiota o suficiente para pensar que, porque eu tinha transado com ela em um banheiro, tudo foi esquecido. Ainda tinha muito a provar para ela. E se ela me desse uma chance, eu sempre estaria lá quando ela precisasse. Não estava esperando há mais dez minutos, quando a porta da The Manor abriu e Harlow saiu. A partir daqui, eu podia ver que ela estava chorando. Fiz meu caminho em direção a ela. Ela não me percebeu à primeira vista. Ela estava limpando os olhos e descendo a escada quando fui à direção dela. Os olhos dela se arregalaram e levantaram quando me viu ali, de pé. Isso foi tudo. Ela gritaria comigo para sair ou ela ia... Harlow desceu as escadas correndo, se jogou por conta própria em meus braços e começou a soluçar. Segurei-a contra o meu peito com força e fechei os olhos. Estava imediatamente grato por vir vêla. Eu estava certo. Ela precisava de mim.

Acabei por deixá-la chorar e a segurei. Ambas as mãos agarraram minha camiseta enquanto seu corpo tremia. Meu peito doía com cada ruído lamentável que veio dela. Eu queria corrigir isso. Queria ir para dentro e corrigir qualquer coisa que a incomodava, mas como diabos eu corrigiria isso? Eu não podia. “Ele... Ele escova seu cabelo." ela disse como um soluço torturando seu corpo novamente. Ele penteia seu cabelo. O quê? Ela estava falando do pai dela? Eu não perguntei. Acabei por deixá-la falar. "Ela sorri para ele." ela engasgou. Sim, ela estava falando sobre o pai dela. Tentei imaginar Kiro escovando o cabelo de uma mulher, aquela que não podia falar ou se mover. Isso não parece ser essas duas coisas juntas. Não podia ver Kiro escovar o cabelo de ninguém, mas a seu próprio, e isso era raro. "Oh, Deus, Grant, meu coração dói tanto. Ele é tão doce com ela. É como se houvesse esse homem que eu nunca soube que existia. Ela não pode fazer qualquer coisa. Nada. Eu nem sei se ela ainda entende o que ele está dizendo, mas ele fala com ela como se ela entendesse tudo. Ele ainda a ama. Completamente. E ele não recebe nada em troca." Olhei para a mansão em frente de mim e tentei imaginar o que ela estava me dizendo, mas eu não podia. Eu tinha visto Kiro foder uma mulher em sua mesa de bilhar, eu tinha certeza que ela teria apenas dezenove anos. Ele estava bebendo vodka direto da garrafa e fumando um baseado, ao mesmo tempo em que ele fazia isso. Foi quando eu tinha treze anos de idade e a imagem nunca saiu da minha mente. Segurei Harlow e passei a mão sobre seu cabelo, tentando acalmá-la, mesmo que isso fosse impossível. Ela não disse mais

nada. Finalmente seu choro abrandou e ela soltou a minha camisa e alisou-a onde ela tinha amassado. Não que eu dei à mínima. Ela poderia ter a camisa se ela quisesse. "Você está aqui.” ela finalmente disse, olhando para mim com um rosto molhado que a deixava ainda mais bonita. Como ela fez isso? Sempre tão malditamente perfeita. Ela tornava difícil para um homem resistir. "Eu pensei que você poderia precisar de alguém." Ela me deu um sorriso trêmulo. "Você estava certo." Enxuguei as lágrimas ainda agarradas às suas bochechas com os polegares. "Se você precisar de mim, estou aqui." eu disse a ela. Ela suspirou e fechou os olhos por alguns instantes. "Isso não ajuda." disse ela. "Por quê?" Pensei que ter-me aqui seria útil. "Estou tentando mantê-lo longe dos meus braços. Ser doce torna difícil." Então, isso é o que se tratava. Bem, ela não tinha visto nada ainda. Eu ia tornar ainda mais difícil antes que tudo estivesse acabado. "Pensei que tínhamos nos livrado dessa coisa puramente no banheiro do avião." eu respondi, tentando obter um sorriso verdadeiro dela. Ela inclinou a sobrancelha. "Não. Isso foi porque você é ridiculamente sexy e me dá orgasmos realmente surpreendentes." Eu poderia trabalhar com isso. "Sempre que você quiser um desses, tudo o que você tem a fazer é colocar um pouco o dedo." eu respondi e desta vez ela sorriu.

Um verdadeiro sorriso. Um que iluminou toda a escuridão em seus olhos. Abaixei-me e entrelacei os dedos com os dela e ela deixou. "Eu aluguei um carro. Você quer ir comigo?" Ela olhou para a limusine. "Sim. Eu quero. Meu pai quer ficar até a noite e eu preciso deixar a limusine." Bom. Queria que ela me quisesse ao seu lado. "Você está pronta agora?" Perguntei. Ela olhou de volta para a casa. "Sim, eu estou. Não aguento mais hoje. E ele precisa de seu tempo sozinho com ela. Eu acho que ela precisa dele, também." Não tinha certeza de tudo que aconteceu naquele quarto hoje, mas eu sabia que tinha mudado as coisas para Harlow. Sua vida foi sempre diferente. O choro não acabou também. Eu tive um sentimento que o choro viria. E eu pretendia estar lá. Ela não estava indo para lidar com isso sozinha. Estávamos voltando para o deserto e eu tinha deixado Harlow escolher a música. Também a deixei com seus pensamentos. Ela precisava pensar e processar tudo o que tinha visto hoje, e eu entendi isso. Olhei para ela de vez em quando para me certificar de que ela não estava chorando. "Eu não vou quebrar de novo." ela disse finalmente. "Você quer falar sobre isso?" Perguntei. Harlow não era uma grande conversadora quando se tratava de seus sentimentos, mas depois de hoje eu senti que ela realmente precisava falar. Manter isso guardado não era bom para ela.

"Eu estava tão zangada com ele. Com todo mundo que tinha mentido para mim. Mas então... Eu o vi com ela. Ninguém poderia ter me preparado para isso." Ela balançou a cabeça e olhou para as mãos. "É, definitivamente mudou muito entre nós hoje. Eu sempre soube que meu pai me amava mais. Odiava dizer isso em voz alta, mas eu sabia e me sentia culpada por isso. Agora, eu entendo. Não acho que sou eu que ele ama mais. Sou apenas a garota que ela lhe deu. Sou sua conexão com ela." Pensei sobre Mase e quão distante ele parecia quando falou sobre Kiro. Como se Kiro não fosse seu pai. E então houve Nan. Eu sabia que Kiro não era fã dela. Harlow, no entanto, precisava de Kiro e ela o amava. Não discuti com ela, mas era mais do que apenas sua mãe que fez de Harlow a filha favorita. "Esta é a sua última turnê. Ele odeia deixá-la. Não podia sequer discutir com ele. O mundo pode querer Kiro, mas Kiro quer estar com ela. Mesmo como ela é... Ele quer estar perto dela." Harlow soltou uma risada suave. "E pensar que eu pensei que o coração do meu pai tinha sido enterrado com a minha mãe." Olhei para ela. "Você está pensando em voltar para vê-la?" Perguntei. Harlow assentiu. "Sim. Ela não pode falar comigo e eu nem sei se ela percebe quem eu sou, mas sei sobre ela agora, e isso é suficiente. Quero... Eu quero ser a única a contar a ela sobre a minha vida. E talvez ela esteja realmente sorrindo quando as pessoas falam com ela. Se eu passar mais tempo com ela, então talvez eu vá encontrar uma maneira de ter alguma relação com ela." Eu podia ouvir a esperança na voz dela. Ela queria saber de sua mãe. Fazia sentido. Eu só não tinha certeza de que eu poderia lidar com isso pessoalmente se ela se magoasse. Estendi a mão e puxei suas mãos livres entre si e entrelacei meus dedos com os dela.

"Estou sempre aqui para ir com você. Não pense que você tem que ir sozinha. Terei o prazer em esperar no carro até que você esteja pronta para sair." Um leve sorriso tocou seus lábios. Ela deitou a cabeça para trás na cadeira e virou-se para olhar para mim. "Obrigada" disse ela simplesmente. "Qualquer coisa que você pedir, Harlow. Qualquer coisa que você pedir." Eu disse a ela. Ela apertou minha mão. "Não consigo esquecer meu pai falando com ela, não consigo tirar da minha cabeça. Ele era tão gentil e doce. Kiro nunca é doce. Pensando nisso só faz meu coração doer tudo de novo." "Diga-me o que posso fazer para distraí-la e eu vou. Posso cantar muito bem, mas contar piadas é tudo que tenho que trabalhar no momento." Harlow sorriu, mas ela não disse nada. Ela só ficou olhando para mim, tornando-se difícil para eu manter os olhos na estrada. Quando puxei um longo trecho de estrada, eu estava aliviado que seria capaz de olhá-la com mais frequência. Foi também extremamente tentador. Antes que eu pudesse olhar em sua direção, Harlow se inclinou e deslizou as mãos entre as minhas pernas. Meu corpo inteiro ficou imóvel e perdi o foco. Segurei o volante com as duas mãos e respirei firme. Sua boca estava no meu ouvido antes que eu pudesse formar palavras e sua mão estava esfregando meu pau duro através do meu jeans. "Pare", ela disse antes de pressionar um beijo em meu pescoço, em seguida, tomar uma lambida. Puta merda. O que ela estava fazendo?

"Harlow, baby, o que você está fazendo?" Perguntei. Eu sabia que ela estava tentando encontrar algo para tomar sua mente fora de eventos traumáticos de hoje, mas eu não tinha certeza de que isso era a coisa certa a fazer. Mesmo que meu pau discordasse de mim. "Eu preciso de você para me fazer esquecer hoje." ela disse em um sussurro rouco. Oh inferno. Essa foi uma má ideia, mas sua mão me fazia sentir bem pra caralho. Decidi sair da estrada. Pelo menos assim eu poderia me concentrar em controlar-me e falar com ela. Sai com o carro da estrada. Harlow se inclinou em sua cadeira. Pensei que ela tinha mudado de ideia até que eu vi a desabotoar sua calça jeans e puxando-a para baixo das pernas, junto com a calcinha que eu já tinha visto uma vez hoje. Eu estava congelado em estado de choque, até que ela se arrastou sobre o banco e montou em mim e levantou sua camisa para retirar os seios de sua camisa. "Você vai me fazer implorar?" ela perguntou enquanto estava sentada lá, olhando para mim. Implorar? O que eu tinha ido para dizer a ela? Não conseguia lembrar. "Harlow, não acho que isso é o que você realmente quer." consegui falar. "Por favor. Não me diga o que eu desejo ou preciso. Estou cansada das pessoas decidirem o que preciso. Sou uma mulher adulta e agora eu preciso de você para me ajudar a esquecer. Dê-me algo mais em que pensar." Olhei em seus olhos e a dor foi minha ruína. Como eu poderia dizer não a ela? Ela precisava de mim. Não foi por isso que eu vim? Para estar lá para ela, no entanto, ela precisava de mim? Mesmo que o meu cérebro estivesse gritando que essa era uma ideia terrível, eu

subi e segurei-lhe o rosto, sequei sua lágrima ainda manchada no rosto. Ela era especial. "Vou fazer o que você precisar de mim." eu disse a ela antes de pressionar minha boca contra a dela. Provei sua doçura e desejei poder tirar toda a sua tristeza. Pressionando um beijo para cada canto da sua boca, eu parei a minha língua ao longo de seu lábio inferior e estremeci quando ela suspirou. Sua língua encontrou o seu caminho em minha boca e ela tem seu próprio gosto. Eu poderia fazer isso por horas. Uma vez, isso era tudo que tínhamos feito e eu adorei cada minuto. Segurando-a perto, sendo esta a ligação mais poderosa do que qualquer coisa que eu tenha experimentado. Até que eu tinha estado dentro dela. Ela balançou os quadris no meu colo e mudei a minha mão para colocá-la entre as pernas. A umidade que senti ao meu toque me surpreendeu. Eu tinha medo de que ela estava forçando isso como uma maneira de esquecer a dor. Mas ela estava pronta e o zumbido satisfeito que vibrou contra minha boca me disse que queria mais. "Sim, isso é bom. Eu preciso de mais." ela disse quando começou a se mexer na minha mão. Puta merda, de onde tinha vindo isso? Eu ia vir na minha calça jeans se mantivesse este ritmo. Retirei minha mão dela e ela gemeu em protesto, até que ela me viu rapidamente desabotoar meu jeans e empurrando-os para baixo até que eu estava livre. "Oh." ela disse em emoção e agarrou-se a mim com ambas as mãos, em seguida, limpou a ponta da minha cabeça inchada com o polegar. Abaixei-me e peguei suas mãos.

"Baby, você está nua e implorando para eu tocar em você. Estou prestes a explodir. Você não pode me tocar. Tão bom quanto me sinto, estou muito bem perto." Sua pequena carranca se transformou em entendimento assim que disse minhas palavras, e seus olhos ficaram grandes de surpresa. “Quer dizer que você está prestes a vir?” Foda-se. Será que ela tem que dizer essa palavra? Sua boca dizendo palavras como essas iria me matar. "Yeah. Muito perto." "Eu quero vê-lo." ela respondeu. "Harlow, doce menina, é confuso... E nós estamos em um carro. Eu te juro, vou deixar você vê-lo de perto, se é isso que você quer, mas não no carro onde não posso limpar." Ela olhou para sua bolsa. "Tenho lenço na minha bolsa." Será que ela estava falando sério? Ou se eu tivesse acabado de morrer e ido para o céu, onde doces anjos de fala suja pediram para ver isso? "Por favor, Grant. Deixe-me brincar com ele até que ele venha. Vou limpar tudo." ela disse. Cerrei os dentes, quando meu pau pulou em suas mãos. Ele gostou da ideia, muito. É muito. Ela não ia ter que jogar muito tempo. "Mas eu pensei que você queria que eu te fodesse." eu consegui dizer. “Eu quero. Podemos, depois de eu ver isso. Nós podemos fazêlo duro novamente, não podemos?"

Olhei para sua boceta nua e decidi, sim, poderíamos fazê-lo duro novamente, muito fácil. "Sim, tenho certeza que você pode. Eu estou certo que você pode." Ela sorriu para mim e pegou a bolsa dela, deixando a sua bunda bem em meu rosto. Estendi a mão e apertei-a e ela gritou antes de sentar-se com um pacote inteiro de lenços na mão. "Veja." disse ela, sorrindo. Em seguida, ela deixou-os cair no porta-copo e estendeu a mão para a minha ereção novamente. Coloquei minha cabeça para trás e fechei os olhos. Se eu a visse fazer isso, eu ia me envergonhar e disparar também malditamente rápido. E a minha menina queria jogar. "É tão macio. Pensei que seria áspero ou algo assim, mas a pele é macia, mesmo que esteja duro e inchado. Está doendo?” Ela não estava me perguntando isso. Porra. "Dói um pouco, mas é uma dor boa e você está tornando muito bom. Então, é bom pra caralho." "Sério?" Ela perguntou inocentemente, e eu abri meus olhos para olhar para ela. Ela estava olhando para o meu pau e brincando gentilmente com ele. Eu perderia minha mente assim. Eu abaixei e peguei a mão dela e envolveu-o em torno de mim. "Aperte." instrui. Ela o fez, mas não forte o suficiente. "Mais forte, baby." eu disse a ela. Ela fez. Sim, foi isso. "Ok, agora o mova para cima e para baixo assim." Segurei sua mão e mantive-a apertando com força e se movendo para cima e para baixo. "Você faz isso e você me verá vindo malditamente rápido."

Harlow mordeu o lábio inferior e focado em fazer exatamente o que eu disse a ela. Não conseguia parar de olhar para ela. Ela era tão sexy. Estendi a mão e toquei a umidade entre suas pernas, fazendo-a parar um momento e gemer de prazer. "Se você começa a jogar, eu também vou." eu disse a ela. "Tudo bem.” ela disse, expirando e puxando mais rápido para mim enquanto eu corria o dedo ao redor de seu clitóris, sentindo-a inchar sob o meu toque. “Oh, isso é... É tão bom." Ela gemeu, puxando-me mais forte. Eu precisava de um bom gosto. Trouxe meus dedos na minha boca e chupava sua umidade enquanto ela me olhava. Sua língua saiu e lambeu os lábios. Minhas bolas incharam e eu sabia que eu estava lá. Comecei a me cobrir para não ficar nenhuma sobre ela, mas ela queria ver isso, então eu coloquei minha cabeça para trás e gritei seu nome enquanto eu me desfiz em suas mãos. Ela fez um som de surpresa, mas manteve-se em mim enquanto eu tiro tudo sobre suas mãos e braços. Meus quadris empurraram, saboreando a sensação de que vim para que ela pudesse vê-lo. Quando sua mão tocou a ponta da minha cabeça, ainda lentamente vazando, eu agarrei-lhe o pulso e gritei. "Foda-se baby, não. Está muito sensível." Sua respiração era rápida e forte como a minha. Isto a excitava. Olhei para as mãos e para mim. Ela não foi limpá-lo, ela estava estudando-a, também. Seus seios estavam saltando com cada respiração difícil que ela dava. Foda-se. Eu já estava ficando duro novamente. Peguei os lenços e comecei a limpá-la.

"Posso fazer isso de novo algum dia? Eu gostei. Gostei da cara que você fez quando você fez isso." ela disse. Sua admissão brusca fez meu pau já mexendo começar a subir. Só Harlow. "Baby, quando você quiser tocar, meu pau é seu. Você pode fazer o que diabos você quer que ele." Ela sorriu e levantou à mão, não tinha limpado a boca e lambeu seu dedo. Parei de me mover. E parei de respirar. "Gosto do seu sabor." disse ela antes de lamber outro local limpo fora de sua mão. Eu estava morto. Essa era a única explicação para isso. Eu tinha transado em um lugar onde sexy anjos sujos tem feito fantasias dos homens trazendo-os a vida. "Da próxima vez, você vai fazer isso na minha boca?” Ela perguntou, estendendo a mão para eu terminar de limpá-la. "Você quer que eu fique duro novamente? Bem, você conseguiu isso." eu disse a ela, me limpando. Em seguida, peguei uma camisinha da minha carteira e comecei a colocar. "Não posso ouvi-la falar assim. Agora eu preciso de você." eu disse a ela quando levantei os quadris e a coloquei em cima de mim, fazendo-a gritar. "Você quer brincar com meu pau, baby, então você pode brincar com meu pau." eu disse a ela quando levantei os quadris e bati as costas para baixo. "Sim!" Ela jogou a cabeça para trás e empurrou seus peitos na minha cara. Ambos os mamilos grandes e rosas, ali para agarrar. Comecei a chupar um e ela agarrou minha cabeça e segurou lá. “Mais forte. Chupe-me mais forte." ela disse e eu mordi forte, incapaz de me controlar.

“Oh, Deus, Grant! Isso é tão bom. Mais." ela implorou e eu mudei de seio. Ela começou a assumir, levantando seus quadris e batendo de volta para baixo de mim. “É isso que você queria?” Perguntei a ela quando ela me cavalgava mais forte. “Sim." ela gritou. "Diga isso. Diga-me o que você quer.” Eu precisava ouvir aquela conversa suja em sua boca doce. Ela abriu os olhos e olhou para mim, então lambeu os lábios. "Eu quero que você me foda duro." disse ela lentamente, e eu soltei um rosnado que eu não conhecia e comecei a bombear dentro dela tão duro quanto eu podia. Seus seios saltaram na minha frente, tornando a cena ainda mais erótica. Nunca tinha imaginado Harlow assim. Mas dane-se. Ela tinha acabado de fazer sexo incrível e alucinante. "Eu vou gozar." ela disse, agarrando o meu cabelo e enterrando meu rosto em seu peito. Eu gostava de lá, muito bem. Dei uma mordida em seus seios inchados e ela gritou meu nome e começou a tremer em cima de mim. Ela arranhou minhas costas novamente e disse meu nome mais e mais. Peguei as duas mamas dela e apertei quando minha libertação me bateu e eu bombeava dentro dela, não havia nenhuma barreira. Eu queria marcá-la como minha. Não estava compartilhando isso. Nunca.

Harlow

Eu era uma vadia. Ou o trauma me tornou uma. Não tinha certeza. Eu não estou sendo capaz de olhar para Grant desde que basicamente o estuprei e, em seguida, voltei ao meu assento e coloquei a minha calça de volta. Ele manteve a mão na minha perna e os dedos entrelaçado nos meus, mas ele não me forçou a falar. Imaginei que ele não percebeu que sou uma vadia ou ele estava sentindo pena de mim hoje. Meu rosto esquentou só com a lembrança dele gozando em minhas mãos e eu saboreando isso. Eu sei sobre sexo oral. Sabia que as mulheres gostam de realizá-lo. Então, eu estava curiosa. Mas agora que eu tinha o feito gozar em minhas mãos e provado seu gozo, eu estava envergonhada. Não faço as coisas desse jeito. Essa não era eu. Só tinha a necessidade de ser lembrada que estou viva. Grant me fez sentir viva e como se nada pudesse me tocar. Senti isso hoje, porém, e foi bom. Ele me fez sentir bem. Meu peito esquerdo ainda está marcado com a mordida que ele me deu. Tentei não sorrir pensando na boca dele deixando uma marca no meu peito. Gostei demais daquilo. Talvez eu gostasse de ser uma vadia. Eu estava envergonhada, com certeza, mas eu me sentia muito bem. Meu corpo ainda estava zumbindo do orgasmo que ele tinha me dado. “Você vai ficar sentada aí, quieta, e sorrindo assim pelo resto do caminho para casa? Porque, se você for, vou ter que parar o carro de novo.” Eu ri e me virei para olhá-lo. Ele tinha um sorriso sexy no rosto enquanto me observava.

“Eu não estava sorrindo,” digo a ele. Ele olha de volta para a estrada. “Sim, doce garota, você estava sorrindo como uma garota muito feliz.” Ele estava certo. Eu estava feliz. Como eu poderia estar feliz depois de tudo que eu aprendi hoje? Nunca pensei que seria feliz novamente quando eu saísse daquele lugar, mas Grant estava lá e me fez chorar em cima dele. Ele me deixou feliz. “Obrigada,” eu finalmente digo. Grant olha de novo para mim e franze as sobrancelhas. “Por favor, me diga que você acabou de me agradecer pelo sexo.” Balanço a cabeça. “Não. Quero dizer, foi incrível, mas não. Estava te agradecendo por ir me buscar. Por ter estado lá.” A sua mão levantou da minha coxa e segurou a minha mão novamente. “Não há de que.” Não consigo entender Grant. Duas semanas atrás eu pensei que ele fosse um cara que não queria nada de mim além de sexo, e uma vez que ele conseguisse, ele iria embora. Então eu pensei que ele estava ligado a Nan. Mas agora... Agora eu não tenho certeza do que ele está fazendo. Ele veio comigo, no meio da noite, para Vegas para achar o meu pai. Então ele teve que ir atrás de mim para que eu não ficasse sozinha, quando ninguém pensou em fazer isso. E, nós fizemos o sexo mais incrível do mundo. Não tinha nada para comparar, mas eu tinha quase certeza de que não ficaria melhor do que com Grant. “Por que você está aqui?” eu pergunto. Precisava saber. Se isso era tudo sobre sexo, eu não poderia dizer que eu não iria continuar tendo relações sexuais com ele, porque eu gostei. Não. Eu amei. Ele é viciante. Mas eu preciso preparar o meu coração e emoções.

“Porque você está.” ele respondeu. Isso não faz sentido. “Não entendi isso.” digo a ele. Grant apertou a minha mão. “Eu estraguei tudo com você. Fiquei assustado e estraguei tudo. Então fugi porque eu sou bom em fugir. Sempre fujo das coisas. Mas, quando eu te vi parada na cozinha na casa da Nan, percebi que dessa vez eu não queria fugir. Eu queria ficar. Só precisava de coragem para fazer isso. Vale a pena lutar contra demônios por você.” Fiquei sentada ali, incapaz de pensar numa resposta para aquilo. Grant Carter é conhecido pela sua aparência, seu corpo sexy, tatuagens, e papo suave. Isso não era segredo. Escutei os rumores e experimentei a sua fala suave mais de uma vez. Por mais que eu queira acreditar no que ele está dizendo, sou uma garota inteligente. Eu já tinha sido enganada. Vovó sempre dizia: ‘engane-me uma vez, vergonha sua... Engane-me duas vezes, vergonha minha’. Eu tento viver por esse lema. Mas Grant torna isso difícil. “Eu não confio em você. Posso nunca ser capaz de confiar em você de novo. Mas eu gosto de você. Você me faz sorrir quando eu preciso. Não quero mantê-lo no comprimento do braço, porque eu quero mais... Bem, você sabe. Apenas não posso prometer a você que eu irei esquecer o passado.” Grant não respondeu de imediato, e eu me perguntei se ele ia me dizer para ir passear, que eu não valia a pena. Não o culpava se ele fizesse isso. Eu daria muito mais trabalho a ele que poderia imaginar da primeira vez.

“Você vai confiar em mim novamente.” foi tudo que ele disse. A mão dele nunca deixou a minha e eu não discuti com ele. Não havia nenhum motivo.

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Mase me ligou quando já tínhamos saído de Vegas. A mãe dele ligou e o avisou que o padrasto tinha quebrado a perna caindo do trator. Ele tinha acabado de sair de Texas num voo comercial de volta para Rosemary para pegar a sua caminhonete e ir para casa. Ele quis esperar por mim, mas ele disse que a sua mãe soava cansada e preocupada. Ele precisava arranjar ajuda para o pai e daí estaria de volta para mim. Ele parecia desapontado e me questionou sobre como eu estava depois de ver Emily. Eu o assegurei que estava bem e que Grant estava comigo. Isso não aliviou a mente dele. “Você precisa ser cuidadosa com esse aí. Deixe-me levá-la para o Texas comigo. Posso ajudar mamãe e cuidar de você.” Ele tinha boas intenções, mas eu não estava me mudando para o Texas. Não agora. Primeiro eu estava pronta para ver onde essa coisa com Grant estava indo. Expliquei que eu queria ficar em Rosemary e, se eu precisasse dele, ligaria. Assim preferi que ele ficasse com a mãe e padrasto dele por agora. Ele pareceu apaziguado por isso e disse que voltaria a Rosemary o mais rápido que pudesse para ver como eu estava. Grant parecia silenciosamente satisfeito com a partida de Mase. No entanto, não comentei sobre isso. Dean tinha me pedido desculpas por ter me contado tudo do jeito que ele tinha feito. Eu o abracei e assegurei que estava tudo bem. Precisava saber, e eu estava feliz que tivesse testemunhado o papai com a mamãe. Nunca

teria acreditado se eu não tivesse visto. Apesar disso, Grant não falou com Dean e eu achei isso estranho. Uma vez que estávamos no avião voltando para Rosemary, me dei conta de que eu não tinha dormido em mais de vinte horas. Grant pareceu ler a minha mente. Ele pegou o meu braço e me levou de voltar para o quarto e começou a tirar os meus sapatos. “Deite-se.” ele disse em um sussurro rouco, e eu faço isso. Não estava disposta a discutir. Ele tirou as suas botas e se arrastou por trás de mim e me puxou contra o seu peito. Nós não conversamos, mas não precisávamos. Só isso parecia ser a coisa certa. Meus olhos se fecharam e eu deixei o esgotamento do dia assumir.

Grant

Nós dormimos durante o voo inteiro para casa. Na viagem de volta para casa de Nan, eu parei e comprei café e biscoitos de linguiça para nós, em um drive-thru 24h. Harlow parecia adorável e amarrotada, e eu estava tendo um momento difícil em olhar para a estrada e não para ela. Entrando na garagem, fiquei instantemente irritado ao ver o carro de Nan. Claro, era no meio da noite, e esta era a sua casa, mas eu estava esperando que ela não estivesse ali, assim eu poderia rastejar para a cama de Harlow com ela e voltar a dormir sem que fosse um problema. Estacionei a caminhonete e desliguei o motor, em seguida, olhei para Harlow.

“Vou ser direto com você. Quero entrar, voltar para cama com você e terminar de dormir. Não dou a mínima que Nan viva aqui.” Harlow olhou para a casa, então para as suas mãos e suspira. “Não sei se isso é uma boa ideia. Ela não irá lidar bem com isso se ver que você está aqui comigo.” Estendi a mão e segurei o seu rosto para que ela me olhasse nos olhos. “Não me importo com o que ela faz ou diz. Não vou deixála te machucar. E não irei deixá-la controlar isso.” “Mas você estava na cama dela uma semana atrás.” ela diz. A dor nos olhos dela enquanto ela se lembrou disso, fez com que eu me odiasse. “Eu estava bêbado e fui um idiota. Isso não significou nada. Com você, sempre significa alguma coisa.” Harlow me deu um pequeno sorriso e abriu a porta da minha caminhonete. “Acho que isso vai vir à tona algum dia. Nós podemos muito bem não esconder nada.” Ela diz e sai da caminhonete. Não esperei que ela mudasse de ideia. Peguei a minha mala, a dela e sai da caminhonete. Ela olhou para mim enquanto subia as escadas e eu apreciei a vista do seu traseiro naquele jeans apertado. “Você vai dormir usando a sua cueca boxer?” ela perguntou. Não pensei nisso. Dei de ombros. “É, provavelmente.” Ela sorriu. “Bom. Gosto do jeito que você fica de boxers.” ela diz, então termina de subir as escadas. É, eu estava sorrindo, mas também estava pensando no que ela usaria para dormir. De repente, dormir era a última coisa que tinha em mente.

Harlow abriu a porta e entramos. Conseguia perceber que ela estava tentando ser silenciosa, mas, honestamente, eu não dava à mínima. A menos que Nan saísse gritando e arruinasse a minha chance de ver Harlow naqueles pijamas bonitinhos que eu a tinha visto no primeiro dia. Quando chegamos ao quarto de Harlow, ela fechou e trancou a porta, então olhou para mim. “Preciso tomar um banho e me livrar dessa viagem. Sinto-me nojenta.” “Preciso de um também.” respondo, e abro a porta que leva para dentro do seu banheiro. Ela pausa e olha para a porta, então para mim. “Nós vamos... Você vai...” ela parou e lutei para tentar não rir. “Doce menina, se a sua bunda sexy vai entrar no chuveiro no cômodo bem ao lado, vou entrar nele também. Essa é uma visão que não pretendo perder.” Harlow parede insegura e eu me pergunto o que há de errado agora. “Eu... Isso parece revelador e particular. Não sei se posso fazer isso.” Será que ela sempre quer me fazer rir? Deus, eu espero que sim. Mesmo que ela não fosse tão perfeitamente linda, ela é tão malditamente adorável, isso seria suficiente. “Baby, eu tive você completamente aberta para mim sobre um balcão no banheiro, com a minha cabeça entre as suas pernas. Não tem como ficar mais particular do que isso.” Ela abaixa a cabeça e eu escuto uma risada suave. “Sim, eu acho que você tem um ponto.”

“Claro que sim, eu tenho um ponto. Agora entre ali e fique nua para eu possa te ajudar a se lavar.” eu disse a ela. Ela entrou no banheiro e eu a segui. Nem tentei esconder o fato que eu estava assistindo-a tirar cada pedaço maldito de roupa. Era algo que nunca iria me cansar de ver. “Você vai lavar as minhas costas pra mim?” ela pergunta com um tom provocador na sua voz enquanto ela tira os jeans. Eu sorrio e tiro a minha camisa. “Claro, eu irei lavar as suas costas. Mas eu também irei lavar esses belos seios grandes e essa sua boceta de quem eu sou grande fã.” Ela fechou os olhos com força. “Odeio quando você a chama desse jeito.” Rindo, deixo os meus jeans caírem e vou para ligar o chuveiro. A coisa de decoro e apropriado era parte da sua sensualidade. Saber que eu poderia obter a Srta. Certinha a fazer coisas, como lamber a minha porra dos seus dedos, era excitante. Viro-me para vê-la parada atrás de mim, olhando para a minha bunda nua. Ela tinha os braços em volta do seu peito – como se isso cobrisse alguma coisa. “Está quente, venha.” Estendo a minha mão e ela se adiantou e coloca a dela na minha, deixando os seios livres. Eles balançaram e meu pau estava em total atenção. “Harlow.” eu digo. “Sim?” “Vou te foder nesse chuveiro. Se eu não fizer isso, nós não vamos conseguir dormir naquela cama.”

A sua respiração acelerou e isso era tudo que eu precisava. “Não sei como fazer isso.” “Oh, confie em mim, baby. Eu sei exatamente como fazer isso.” Ela ficou tensa e se virou para a água para que as suas costas estivessem na minha direção. O que diabos eu tinha feito agora? Coloco as minha mão envolta dos seus braços para mantê-los afastados de se cobrir. “O que foi?” Ela encolheu os ombros e deu um passo mais para dentro da água e inclinou a cabeça para cima para deixar que o fluxo quente despejasse sobre o seu rosto e cabelo. Esqueci o que estava fazendo por um momento. Só assisti fascinado. Eu tinha certeza para caralho que eu poderia passar o resto da minha vida bem aqui e vendo isso. Quando ela foi para trás e passou as mãos pelo seu cabelo, eu a agarrei e a puxei contra mim. “Eu não falo silenciosamente, Harlow. Preciso que você me diga o que há de errado. Suas costas estão rígidas e seu corpo está me dizendo que algo está errado.” Eu estava esperando mais de Harlow silenciosa. “Talvez eu não goste de lembrar sobre o fato de você ter tido sexo com um monte de meninas antes de fazer sexo comigo.” Bem, merda. Nunca pensei sobre isso. Nenhuma garota se importou antes. Fui um idiota. Eu a virei para me encarar. Seus cílios molhados estavam colados e a água escorria por sua pele lisa. Eu a tinha deixado insegura. Nunca quis fazer isso.

“Eu sinto muito. Não deveria ter dito aquilo. Eu não pensei, mas entendo porque você está chateada. Eu não posso mudar o meu passado.” eu digo a ela, estendo a mão para tocar o seu rosto porque não conseguia me segurar mais. “Mas você é diferente. Essa coisa que estamos fazendo é diferente.” Ela pressiona os lábios juntos e inclina a cabeça na minha mão como um gatinho. “Odeio não saber o que fazer. Estar com você é incrível, mas você é tudo que sei. Não tenho experiência, então não tenho nenhuma ideia de como fazer as coisas que fazem você se sentir bem. Não posso competir com o seu passado.” Ela realmente não tinha ideia. Eu a puxo contra mim. “Deus, Harlow. Você vai me matar,” eu digo, segurando-a enquanto tento me recompor. “Sexo é um meio de conseguir prazer. Nunca significou nada mais para mim. Apenas um meio de me sentir bem. Nunca coloquei nada nele. Eu apenas dei e recebi o que eu precisava. E talvez quando eu te vi pela primeira vez era tudo que eu queria. Na festa de noivado, eu consegui um olhar nessas suas pernas e eu quis você nua e debaixo de mim. Não irei mentir. Mas então eu te conheci. Vi algo precioso que eu queria experimentar. Eu queria segurá-la e queria tocar o especial que eu vi ali.” Eu me afastei e olhei para ela. “Quando eu estava dentro de você pela primeira vez, eu percebi que encontrei algo que nunca senti, e foi aterrorizante. O prazer não era superficial e eu não estava intocável. Algo dentro de mim mudou e eu me tornei viciado. Viciado em você. Eu não tenho nenhuma outra explicação para você agora. Mas nunca se compare a qualquer outra pessoa com quem eu estive, porque você é tudo que eu quero e tudo que eu vejo.” Harlow não responde. Em vez disso, ela deu um beijo no meu peito e continuou a pressionar beijos até que ela estivesse de joelhos na minha frente. Ela olhou para mim através dos cílios molhados. “Eu

não sei como, mas isso é tudo que eu fui capaz de pensar desde a viagem de carro.” Tenho certeza que eu me esqueci de como respirar. Suas mãos me seguram e ela apertou do jeito que eu a ensinei. “Qualquer coisa que você fizer será perfeito pra caralho.” eu disse asperamente. Meu plano tinha sido lavar o corpo dela e enviá-la para um frenesi enlouquecido com as minhas mãos antes de pressioná-la contra a parede e deslizar para dentro dela. Mas ela queria chupar o meu pau. Como eu consegui isso? Dela? O que foi que eu fiz direito para obter esse tipo de recompensa? Harlow não foi feita para pessoas como eu. Todo pensamento desapareceu no momento em que seus lábios me puxaram e ela começou a chupar como se soubesse exatamente o que estava fazendo. Não havia nenhum padrão ou ritmo. Ela só me enfiou na sua boca como se eu fosse um presente e ela estivesse aproveitando. Eu não lhe instrui. Inferno, eu estava com medo. Eu queria estar dentro dela, e se ela ficasse melhor que isso não iria acontecer no chuveiro. Ela lambeu a cabeça e olhou para mim, sorrindo. “Está bom?” ela perguntou. Percebi que estava segurando a minha respiração e puxei um pouco de ar. “Nenhuma fantasia que eu já tive pode se comparar a forma como isso me faz sentir.” Ela abriu a boca e começou a enfiar de volta para a sua boca. Mas eu não podia deixá-la fazer isso agora. Eu queria estar dentro dela. Estaria mais que disposto a deixar ter isso da próxima vez, o tempo que ela quiser, ou até eu gozar. “Levanta.” eu digo a ela, estendendo a mão. Ela deixa-o sair da sua boca e eu solto um gemido. Ela se levantou franzindo a testa

para mim como se ela não tivesse certeza do que estava acontecendo. Pego o seu rosto e cubro a sua boca com a minha. O sabor almiscarado em seus lábios fez o meu pulso acelerar. Ela era minha. Ela tinha meu gosto. Agarro os seus quadris e a pressiono contra a parede, abrindo as suas pernas antes de me enfiar dentro do seu calor apertado. “Oh, Deus!” ela gritou, agarrando os meus braços. Eu a pego e começo a bombear para dentro e fora dela, enquanto ela gemia e implorava por mais. A tensa Harlow tinha ido embora quando ela ficava assim. Ela era a minha selvagem, doce menina. Quando ela levantou o joelho e envolveu uma perna em volta da minha cintura e arranhou as minhas costas, eu sabia que ela estava perto. Não estava usando uma merda de camisinha. Merda! Harlow gritou o meu nome e se agarrou enquanto encontrava a sua libertação. Eu a deixei cavalgar enquanto rangia os meus dentes e me segurava. Quando ela começou a apertar o meu pau com o seu pequeno buraco apertado, eu tirei de dentro e cobri as suas coxas com a minha libertação. Ela ainda estava se segurando em mim, mas ela congelou enquanto o calor do meu gozo corria pelas suas pernas. Seus olhos levantaram até os meus e se arregalaram. Ela tinha acabado de perceber que tínhamos feito isso sem proteção. Mas eu puxei para fora na hora certa e eu sabia que estava limpo. “Estou limpo. Eu juro. Faço o exame regularmente e sempre uso uma camisinha.” “Você tem certeza?” ela pergunta, ainda permanecendo congelada.

“Certeza absoluta.” “Não percebi na hora, mas pareceu diferente. Melhor.” Deus, sim, isso pareceu como uma merda de nirvana. Nunca fiz sexo sem camisinha. Eu não tinha ideia de que era isso todo o alvoroço era sobre isso. “Deixe-me lavá-la.” digo a ela, dando um passo para trás. Ela imediatamente olha para as suas pernas e então de volta para mim. Um pequeno sorriso surge nos seus lábios. “Sinto-me meio marcada.” Parei de tentar alcançar o sabonete e a encarei. Ela realmente acabou de dizer isso? “Se você gosta de ser marcada, então eu irei marcá-la qualquer maldita hora que você quiser,” digo a ela antes de pegar o sabonete. “Vire-se. Irei começar com as suas costas,” eu instrui.

Harlow

Quando abri os meus olhos, o braço de Grant estava envolto ao meu redor e eu estava bem e quente, comprimida contra o seu peito. Olhei para a minha porta fechada. O relógio ao lado da cama mostrava que era depois das 11 da manhã. Nan já estaria acordada agora. Eu estava pronta para enfrentar isso? “Pare de pensar tanto.” Grant resmungou sonolento. Ele não estava nada preocupado com Nan. Não entendi nada do relacionamento deles. Se eu fosse inteligente, eu não estaria aconchegada na cama com alguém que tivesse algum tipo de relacionamento com Nan. Porém, ter a força de vontade para ignorar o sorriso sexy e a fala mansa de Grant era quase impossível. “Não vou deixá-la fazer nada para prejudicar você.” Grant disse no meu cabelo. Não era isso que eu estava preocupada. Eu poderia enfrentar Nan se eu tivesse que fazer isso. Estava mais preocupada em fazer uma escolha que poderia acabar por quebrar o meu coração. Eu poderia amar o Grant? Será que eu estava me apaixonando por ele? Era justo que eu o amasse? Sim. Eu tinha certeza que eu poderia amá-lo. Mas eu não estava apaixonada por ele nesse momento. Isso era uma simples atração, e possivelmente uma queda. Ele mostrou o seu sorriso e eu fiz coisas idiotas. Isso poderia ser considerado uma queda, não é? E se ele não estiver apaixonado por mim, então isso iria me magoar por amá-lo? Mesmo se ele não souber o meu segredo ainda? “Vire-se e olhe para mim.” Grant diz, afrouxando o seu abraço apertado para que eu pudesse realmente me mover.

“Por quê?” perguntei. “Porque eu não gosto de onde a sua mente está. Preciso consertá-la.” ele respondeu. Ele não tinha ideia de onde a minha mente estava. E ele realmente precisava parar de querer consertar tudo em mim. “Não estou preocupada com Nan.” eu disse a ele. Ok, talvez eu estivesse um pouco. Mas eu não gostava de confrontos, e aquele eu sabia que estava à minha espera, quando saíssemos do quarto, iria ser dramático. “Então por que você está tão quieta?” “Estava tentando descobrir o que estávamos fazendo. Se eu estava me dirigindo para uma possível dor de cabeça no futuro.” eu respondi honestamente. Não havia nenhuma razão para mentir para ele. Eu não era de pretextos. “Vire-se.” Grant rosnou, puxando os meus braços ao seu redor dessa vez. Isso foi uma má ideia. Seu rosto parecia ainda melhor estando sonolento. Seus olhos não estavam totalmente despertos, o que só fez os seus cílios mais evidentes. E o seu cabelo estava todo bagunçado. O que faz uma garota querer passar as mãos através dele. “Eu não tenho relacionamentos. O mais perto que cheguei foi com Nan, e isso foi porque ela é muito carente. Gosto de ser necessário. Ninguém nunca precisou de mim. Ela precisou. Porém, depois ela também foi louca pra caralho e sem coração, e isso terminou as coisas para mim. Então, o que você e eu estamos fazendo aqui é a primeira vez para mim também. Nunca quis acordar e me aconchegar com uma mulher na minha vida. Eu nunca senti

falta dela quando ela não estava por perto. Você é tudo que eu posso pensar Harlow. Para onde estou me dirigindo é novo para mim, mas quero muito ir para lá desde que seja lá onde você estará. Você está preocupada em se magoar, mas eu acho que você não entendeu ainda que você está segurando todas as malditas cartas, doce menina. Todas as malditas cartas.” Olhei para ele e tentei entender as palavras dele. Por que eu? O que havia em mim que fez este homem querer fazer algo que nunca fez antes? Eu era carente? Será que ele pensa que eu preciso dele? Porque eu sou autossuficiente para caramba. “Eu não sou carente.” digo a ele. Ele sorriu. “Eu já percebi isso. Mas eu sou – pelo menos você ficou preocupada.” E lá se foi a minha vontade de fortalecer uma das paredes que eu havia construído em torno de mim. Em vez disso, ela se desintegrou um pouco. Este homem sabia exatamente como me enfraquecer. Comecei a dizer algo mais, quando uma batida forte soou na porta, seguido por “Grant Carter, traga a merda da sua bunda inútil para fora AGORA!” E lá estava Nan. Pulei da cama, agradecida por estar vestindo um pijama e não nua, como Grant queria. “Ela percebeu.” eu sussurrei. Grant suspirou e ficou deitado de costas, como se ele não se importasse. “Vá embora.” ele retrucou.

Ela começou a bater na porta de novo. “Não vou ir embora, seu filho da puta! Saia da aí agora! Não vou deixá-la fazer isso. Ela tem tudo, por que diabos ela tem que tê-lo também? Puta estúpida!” Meus olhos se arregalaram. Nunca tinha sido chamada disso, e não tinha certeza de como eu me sentia sobre isso. Grant saltou da cama e caminhou até a porta. O olhar assassino no rosto dele me fez apoiar contra a parede. Talvez eu não fosse tão corajosa como eu pensava ser. Grant era um cara bem-humorado, então eu nunca tinha o visto parecer tão... Chateado. Ele abriu a porta bruscamente. Então ele estendeu a mão para alcançá-la. Assistia enquanto ele agarrava a sua camiseta e a puxava para perto do seu rosto. “Nunca a chame disso novamente. Você me entendeu, porra? Nunca mais.” Ele a soltou e ela tropeçou para trás, então ele bateu a porta na cara dela. O som da tranca sendo girada ecoou no silêncio que nos rodeava. Eu acho que ele tinha chocado ela em silêncio, também. Seus ombros estavam subindo e descendo com força enquanto ele colocou uma mão na porta e olhou para o chão. Não me mexi e não disse nada. Finalmente, ele se virou para mim, e a raiva que eu tinha visto antes tinha ido embora. Ele parecia o Grant novamente. O Grant descontraído e divertido. “Eu sinto muito,” ele disse simplesmente. Não sabia o que dizer sobre isso. Ok, não parecia não ser a palavra certa para usar aqui. Eu apenas assenti. “Ela só quer magoá-la. Tentei falar com ela e ajudá-la a ver que nada é culpa sua, mas ela não quer ouvir. Se eu pudesse calá-la, eu faria isso.”

Uma imagem mental de Nan amordaçada me fez sorrir. Grant sorriu para mim em troca e, em seguida, se aproximou de mim. “Ela nunca deveria ter te chamado daquilo. Você está tão longe daquilo e ela sabe disso.” Ele estava falando sobre o comentário de vadia. Foi isso que o atiçou? “Acho que você a assustou. Ela não está falando nada.” Eu nem tinha certeza se ela ainda estava ali. Uma carranca frustrada apareceu na sua testa. “Ela não terminou. Ela está simplesmente muito brava para reagir no momento. Nunca fui duro com ela. Eu normalmente ia embora e deixava-a falar. Mas aquilo...,” ele balançou a cabeça. “... Aquela merda, ela tinha que lidar com aquela merda que falou.” “Você está tentando consertar as coisas de novo?” Perguntei, querendo saber por que ele achava que tinha que consertar todos os meus problemas. Ele sorriu e se inclinou para pressionar um beijo no canto da minha boca. “Não, doce menina, estou apenas corrigindo um erro. Ninguém pode consertar a Nan.” Eu tinha receio de que ele estava certo.

Grant

Tudo o que eu queria era deixar Harlow nua e voltar para a cama. Mas estava atrasado no trabalho e nós dois precisávamos sair do quarto e acabar com essa merda da Nan. Eu deixei a Harlow se vestir enquanto ajeitava e limpava o banheiro. Não podia vê-la se vestir, porque acabaríamos voltando para a cama. Foda-se o trabalho. Uma vez que estávamos ambos vestidos, eu abri a porta do quarto lentamente, apenas no caso de Nan estar do lado de fora, esperando para dar o bote. Harlow esperou atrás de mim e eu tinha certeza que escutei um suspiro de alívio quando vimos o corredor vazio. Estiquei a mão para trás e peguei a sua mão enquanto saíamos do quarto e caminhávamos para as escadas. Eu não acho que Nan iria pular de algum canto e atacar, mas eu ainda me sentia mais seguro com Harlow tão perto de mim quanto possível. Eu não ia deixar Harlow ficar sozinha até que eu tivesse certeza de que Nan tinha superado isso. Não sabia o que ela poderia dizer para Harlow, e eu não ia deixá-la pular em cima dela sem que eu estivesse lá para protegê-la e acabar com essa merda. “Com fome?” Perguntei a ela quando chegamos ao último degrau sem avistarmos Nan. Harlow pulou quando algo fez um barulho na cozinha. Acho que não iremos comer aqui. “Eu, uh... Provavelmente não é uma boa ideia.” ela disse, olhando para a cozinha. “Quer apenas ir embora?” Eu perguntei.

Harlow balançou a cabeça. “Não. Moro aqui também. Eu quero tomar café antes de sair. Não vou me esconder; essa é a minha casa também.” A forma como os seus ombros se endireitaram lembrou-me que, por trás do rosto doce, existia uma coluna de aço. Ela passou por muita coisa. Só balancei a cabeça e a deixei ir na frente. Se ela estava indo tomar café, então eu também estava. Nan estava em pé na frente do micro-ondas e virou para nos encarar quando entramos na cozinha. Seus olhos caíram em nossas mãos unidas, e seu olhar se tornou em puro ódio. “Você tem que estar brincando comigo. Realmente, Grant? De mãos dadas? Meu Deus, você perdeu a cabeça.” Ela rosnou e abriu bruscamente o micro-ondas e tirou uma tigela pequena. Harlow soltou a minha mão e foi até a cafeteira. Tive que me esforçar para ficar parado e não correr atrás dela para protegê-la. Ela queria fazer isso e eu iria deixar. “Ele fica entediado facilmente com o seu tipo. Não sei o que ele está dizendo a você, mas ele gosta de emoção, o que você nunca poderia lhe dar. Não deixe o seu pequeno coração se envolver, porque você não é o tipo de Grant Carter.” disse Nan em um tom arrogante enquanto Harlow fazia o café e a evitava. Quando ela abaixou a sua caneca, ela se virou e deu Nan a sua total atenção. “Ele pode se cansar de mim, mas isso não é problema seu. É meu.” Harlow respondeu. Eu já tinha percebido que nunca iria ficar entediado com ela. Ela era tão fascinante, ninguém poderia ficar entediado com ela. “Grant gosta de foder. Ele não é de segurar as mãos e conversar sobre os seus sentimentos. Ele gosta de foder forte. Bem

aqui nesse balcão, me jogando no chão e rasgando a minha calcinha. Ele ama isso e voltará para mais.” É. Isso foi o suficiente. Comecei a andar na direção de Harlow para levá-la para longe daqui antes que Nan desse a ela mais detalhes que eu não queria que ela ouvisse. Ela não ficou bem ao ser lembrada do meu passado sexual. “Então eu acho que isso te torna uma puta, Nan. Não eu. Porque eu nunca te dou detalhes. Isso é apenas nojento.” Harlow pega a sua caneca, em seguida, virou-se para mim. “Pronto?” ela perguntou, como se Nan não tivesse acabado de dá-la um histórico de algo que eu não queria que ela soubesse. “Ah... Sim,” respondi e olhei para Nan, que estava fervendo. Isso só me fez sorrir. Droga, minha doce menina poderia cortar profundo sem drama. Ela fez isso com facilidade. Escorreguei a minha mão em torno da sua cintura e a levei até a porta, onde ela pegou a sua bolsa e as chaves. Quando saiu, ela se afastou do meu toque e olhou para mim. “Isso está terminado por agora. Eu te disse que poderia lidar com ela. Eu faltei ao tênis, então eu preciso falar com Adam e pedir desculpas. Obrigada por ter ido comigo ontem. Significou muito.” ela disse, em seguida, deu um beijo na minha bochecha e começou a caminhar em direção ao seu carro. Mais. Que. Merda. Fui atrás dela e agarrei o seu braço para detê-la. “Ei, espere. O que foi isso?” Porque eu tenho certeza que isso pareceu como um chute na bunda. E essa porra não era para acontecer. Ela sorriu tristemente para mim e encolheu os ombros. “É a minha maneira de colocar uma distância entre nós. Eu preciso disso.”

Distância? “Mas que diabos? Eu pensei que, depois de ontem, tínhamos deixado à distância para trás.” Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. “Não faço isso. Eu nunca fiz isso. Isso é provavelmente porque eu terei a imagem de você arrancando a calcinha de Nan e fodendo ela sobre o balcão, gravada para sempre no meu cérebro. Antes, isso me incomodava; agora, eu tenho a imagem visual. Então, eu preciso de distância.” Queria machucar alguém. Particularmente uma certa ruiva daquela casa maldita. “Harlow, não faça isso comigo. Isso foi antes. Eu não sabia. Eu estava fodido. Foi depois que encontramos o corpo de Jace e eu me perdi ali por um tempo.” “Eu sinto muito, Grant. Mas eu não posso. Tenho protegido o meu coração há anos. Não posso parar agora. Você é perigoso. Seu sorriso sexy e essas palavras doces são difíceis de resistir, mas eu não posso deixar algo que poderia me destruir entrar na minha vida.” Não. Porra, não. Ela não ia fazer isso. “Eu não irei embora. Eu quero você, Harlow. Só você.” Ela estendeu a mão e passou o dedo sobre o meu lábio inferior. “Eu acredito em você agora. O que me assusta é quem você vai querer em um par de semanas.” Depois ela se virou, abriu a porta do carro e entrou. Eu não tinha acabado de dizer a ela, hoje de manhã, que eu nunca tinha me sentido assim por alguém? As palavras de merda de Nan eram tão poderosas? Meu peito doía e eu coloquei a mão sobre ele para aliviar a dor. Não podia deixar Harlow fazer isso. Eu apenas precisava encontrar uma maneira de prová-la que eu estava sendo sério. Completamente sério.

Harlow

Assisti Adam terminar a sua sessão com uma senhora que eu não conhecia. Tentei me focar em pedir desculpas a ele e não sobre o que tinha acontecido essa manhã. O fato de que eu tinha reagido como uma namorada ciumenta estava me consumindo. Eu não era esse tipo de menina. Não deixava algo como a antiga vida sexual de Grant me fazer puni-lo. Eu poderia mentir para mim mesma e dizer que eu quis dizer aquilo, mas a verdade é que eu quis me vingar dele. Pelo que? Ter trepado com Nan? Quando que eu tinha me tornado tão superficial? Eu estava agindo como Nan? Oh Deus. Eu me senti enjoada. Adam olhou para mim e sorriu. Iria pensar sobre Grant mais tarde. Eu iria resolver isso na minha cabeça. Ele não merecia o que eu tinha feito essa manhã. Nós estávamos vendo onde as coisas poderiam ir conosco. Eu sabia sobre ele e Nan. Não era um segredo. Eu tinha ouvido ele na minha primeira noite aqui. Eu tinha tornado tudo territorial e fui uma cadela sobre isso. Fiquei horrorizada comigo mesma. Adam terminou a sua sessão e esperou até que a senhora, com quem estava trabalhando, saísse pelo portão e a seguisse para fora. Ele se aproximou de mim. “Você está atrasada.” ele disse com um sorriso que eu não merecia. “Eu dormi demais. Sinto muito. Ontem foi um dia longo. Eu tive que ver o meu pai e resolver coisas de família.” “Está tudo bem. Isso acontece. Espero que tudo esteja bem.”

Balanço a cabeça. Não estava, mas contar a ele a verdade não iria acontecer. “Está tudo bem. Só queria ter certeza de que você saiba o porquê de eu não estar aqui. Eu não quero que pense que eu estava dando o bolo e não me importava com o seu tempo.” Ele sorriu. “Como você espera que alguém fique frustrado com você? Alguém já ficou? Acho difícil de acreditar.” Eu pensei em Nan. Ele não tinha ideia. “Isso acontece.” eu assegurei a ele. “Mande-os para mim e eu vou corrigir isso.” Adam era realmente legal, e por isso menos complicado do que Grant. Mas a emoção e a paixão que faz os ossos derreterem não estavam ali. “Eu estava prestes a ir almoçar? Quer ir comer comigo? Compensar pelo fato de você ter me dado um bolo?” Ele disse. Eu estava com fome e companhia durante o almoço parecia legal. “Sim. Eu adoraria.” eu respondi. “Legal. O restaurante daqui está bom para você?” Eu nunca tinha realmente comido no restaurante daqui. “Claro.” disse a ele. Eu só precisava dele comigo. Eu não era exigente. Ele estendeu o braço para que eu segurasse. Tão gentil. Enfiei a minha mão sobre o braço dele e ele me levou até as escadas em direção as portas do clube. A anfitriã, obviamente, gostava de Adam. Ela não conseguia parar de sorrir para ele. Eu estava preocupada que ela tropeçasse ao levarmos até uma mesa.

“O seu garçom estará com você em um momento.” ela disse a Adam. No que dizia a respeito dela, eu não existia. Quando ela foi embora, eu peguei o cardápio e tentei esconder o meu sorriso. “Você acha isso divertido, não é?” Adam disse, sorrindo para mim. Pressionei os meus lábios para não rir e assenti. “Ela é bonita e nós saímos uma vez, mas ela não é realmente o meu tipo.” Não é a toa que ela me ignorou. Eu apenas assenti novamente e voltei a olhar para o meu cardápio. “O chefe está no seu trono.” Adam sussurrou e eu olhei para cima. O que ele estava falando? Ele inclinou a cabeça ligeiramente para a esquerda. “Você vê o cara com cabelo escuro lá na cabine redonda falando com Rush Finlay?” Não queria olhar. Especialmente se Rush estivesse lá. Ele me veria o encarando. Demorei um pouco, então olhei rapidamente por cima do meu ombro. Rush não estava prestando atenção em nós. Ele estava falando com o homem de cabelo escuro. Eu o tinha visto antes. “Sim.” eu respondi. “Aquele é o patrão, Woods Kerrington. Ele é dono de todo esse maldito lugar. Um cara legal se você não irritá-lo.” Ele era jovem. Eu queria olhar para trás novamente só para ter certeza que eu tinha o visto corretamente, mas eu não fiz isso. “Ele é jovem? Ele parece bem jovem.” Adam tomou um gole da sua água e concordou com a cabeça.

“É. Uns vinte e cinco ou algo assim. Seu pai era dono do lugar e morreu devido a um ataque cardíaco faz um tempo. Agora o lugar pertence a Woods. Finlay é um bom amigo dele e está no conselho de administração. Há rumores que Dean Finlay também está. Quando isso saiu foi muito bom para os negócios. Todo mundo quer um vislumbre do famoso baterista.” Não sabia de tudo isso. Interessante. “Boa tarde. Meu nome é Jimmy e eu serei o seu garçom hoje. Posso arranjar a vocês água mineral ou com gás?” Olhei para o alto, um loiro atraente que estava olhando para mim. “Eu adoraria água mineral, por favor.” eu respondi. “Eu estou bem com isso” Adam respondeu. “Qual é o especial de hoje, Jimmy?” "Caranguejo bisqué frio com salada de framboesa e garoupa envolta em algas fresca do barco." Adam franziu a testa e eu decidi por um sanduíche. "Eu vou deixar vocês dois olharem as opções e eu vou voltar com a sua água mineral.” ele disse. Em seguida, saiu andando devagar. “Você gosta de algas?" Ele me perguntou com um sorriso divertido. Eu ri e balancei a cabeça. Ele deve ter pensado a mesma coisa. Eu tinha comido algumas coisas estranhas, enquanto vivia em Los Angeles, mas algas não era uma delas. "Acho que vou pedir a salada de nozes e frango em um croissant.” eu disse a ele.

"Eu posso ter me mudado para o país dos sonhos, mas eu ainda não consigo comê-los.” ele respondeu. Fechei meu cardápio e olhei para cima, assim que Grant entrou na sala do restaurante. Seus olhos estavam focados em outra pessoa e ele me deu um momento para me preparar. Será que ele disse alguma coisa para mim? Ou eu tinha ficado louca? Será que ele decidiu que meu drama não valia a pena? Eu o vi quando ele se aproximou e sentou-se ao lado do Rush no estande de Woods Kerrington. Woods disse algo a Grant e ele forçou um sorriso que não encontrou seus olhos. Eu tinha começado a desviar o olhar quando sua cabeça se virou e seus olhos encontraram os meus. Nós dois congelamos. Eu não estava fazendo nada de errado, mas por que eu me sentia como se tivesse? Seus olhos brilharam em Adam, depois de volta para mim e uma máscara se transformou em sua face. Ele não estava feliz. Bem, uma porcaria. Rapidamente olhei para o meu cardápio e contei até dez. Meu coração estava batendo rápido, o que era ridículo. Eu não deveria estar nervosa. Nós não tínhamos deixado as coisas em um bom lugar esta manhã graças a mim. Então me sentar aqui, almoçar com Adam, não era grande coisa. Certo? A cadeira ao meu lado se afastou e eu balancei meu olhar para ver Grant sentado. Okay. . . Errado. Esse foi, aparentemente, um grande negócio. Ele não parecia feliz, mas o sorriso tenso em seu rosto estava tentando dizer o contrário. "Olá Adam", disse Grant antes de voltar seu olhar azul intenso para mim. "Você poderia ter me convidado para o almoço" ele disse simplesmente.

Tecnicamente, eu não tinha convidado o Adam. Ele que me convidou. "Você está aqui com seus amigos." eu disse a ele, odiando como minha voz demonstrou o quão nervosa eu estava. Grant se inclinou para mais perto de mim. "Deixaria a qualquer um e qualquer coisa no momento em que você me ligasse." Houve aquelas palavras novamente. As que conseguiam deslizar através de você e transformá-lo em uma taça de gelatina. "Eu..., Uh..., Adam me convidou para o almoço. Eu estava com fome”, eu disse, incapaz de olhar para Adam. Não tinha ideia do que ele estava pensando e eu não quero saber agora. “Parece que temos três convidados agora" disse Jimmy quando ele colocou a água na minha frente. "Sr. Carter, você gostaria de algo para beber?" Perguntou Jimmy. Grant não tirava os olhos de mim. "Um chá doce, por favor, Jimmy” ele respondeu. "Sim senhor" disse Jimmy e saiu sem anotar os nossos pedidos. "Acho que preciso me certificar e perguntar antes do Adam a próxima vez" Grant disse. Em seguida, recostou-se na cadeira e colocou o braço em volta do meu, com um movimento possessivo. "Então, Adam, como vai o tênis? Como está o novo emprego?" Ele perguntou em um tom educado. Adam parecia nervoso. Ele olhou de tabela para Woods depois de volta para Grant. Eu me perguntei se eles estavam nos observando. "Sim, senhor. Eu estou gostando. A cidade é grande.”

Grant tocou meu ombro nu e começou a traçar círculos em torno dele em uma carícia suave. Adam notou. Isso estava se tornando cada vez mais estranho.

Grant

Eu podia sentir Woods olhando diretamente para mim. Eles tentaram me parar. Mas eu não escutei. Não era como se eles não teriam feito à mesma coisa. Sentado aqui comendo e deixando a minha garota para o Adam. Claro que não. Isso não estava acontecendo. Harlow estava rígida como uma tábua. Eu odiava que ela estivesse tão desconfortável, mas ela não deveria ter vindo almoçar com Adam, o cara do tênis do caralho. Essa manhã tinha fodido o meu dia. Se Harlow pensava que íamos para a cama hoje à noite com esta merda instável, ela estava errada. Escutei como Harlow pediu um sanduíche ignorando o sorriso divertido de Jimmy. Ele sabia o que estava acontecendo. Ele provavelmente falou com Rush e Woods sobre isso quando ele estava enchendo suas bebidas. "Quero te mostrar uma coisa quando o almoço terminar. Você já tem planos?" Queria acrescentar que ela precisava fazer uma pausa, mas eu não queria soar como um idiota. Harlow olhou para mim. "Não, eu não tenho nada para fazer." "Bom" eu disse, inclinando-me para envolver um de seus fios de cabelo em torno de um dedo para que eu pudesse sentir a sua

maciez. "Eu sinto muito." Eu disse as palavras sem pensar sobre elas. Mas eu estava arrependido. Fiquei triste esta manhã. Fiquei triste sobre o quão desconfortável ela estava agora. Mas eu não era muito bom no que eu estava fazendo, certificando de que Adam soubesse que Harlow não estava disponível. "Adam" a voz de Woods chamou minha atenção e eu olhei para cima para ver que ele foi até a mesa. "Nelton está com reserva em dois horários. Foi um acidente. Ele precisa de ajuda com a Sra. Veneza antes que ela faça uma cena. Se você puder, por favor, me ajudar, vou cobrir o seu horário de almoço. É por conta da casa hoje.” Ele tinha acabado de fazer essa besteira. Tive que tossir para cobrir a minha risada. Acho que tinha a minha volta depois de tudo. "Sim senhor" respondeu Adam, levantando-se e olhando para Harlow. "Eu tenho que ir. Até a próxima vez" ele disse, e em seguida virou-se para sair. Woods não disse mais nada, antes que voltasse para sua mesa. Rush estava olhando para sua bebida, sorrindo. Ele estava vendo isso, também. Tossi novamente para cobrir o meu riso. "Isso foi uma armação, não foi?" Disse Harlow, olhando para mim com as sobrancelhas desenhadas em conjunto. "Eu lhe asseguro que quando Adam começar lá fora, ele terá alguém para ensinar" eu disse a ela. Woods, teria feito um telefonema para ter certeza disso. "Mas Woods fez isso acontecer" ela disse. Harlow não era estúpida. "Sim, ele fez. Eu não pedi que ele fizesse, no entanto. Isso foi tudo por parte dele, e, provavelmente, muito bem feito, a partir do olhar em seu rosto."

Harlow olhou para eles e os dois rapidamente olharam para longe de nós. "Acho que é bom ter amigos em lugares de alto escalão" ela disse, virando-se para mim. Eu estava pronto para agradecer, mas se ela estava chateada, eu não ia ser agradecido. "Eu não tive nada a ver com isso" eu repeti. Ela suspirou e relaxou. "Eu acho que acredito em você. E honestamente, eu não sei como Adam ia comer com você se esfregando em mim e olhando para ele de qualquer maneira." "Eu não tive intenção" eu respondi com um sorriso aliviado. Ela revirou os olhos e pegou o copo. "Sim, Grant, você fez." Talvez eu tenha, mas eu não gosto do cara. Ele queria o que eu queria. "Eu quero falar sobre esta manhã e eu quero mostrar-lhe o meu apartamento. Você nunca esteve lá e eu quero você lá.” Ela tomou um gole de água, em seguida, olhou-o de volta para baixo antes de olhar para mim. "Agi como uma namorada ciumenta e eu odeio isso. Nunca agi assim antes. Sinto muito. Nós não somos exclusivos. Você tem um passado que não é da minha conta, e quando Nan jogou a isca lá em casa eu peguei. Não deveria ter aceitado a provocação da Nan." Não é o que eu estava esperando que ela dissesse. Mais uma vez, Harlow não era como as outras garotas que eu conhecia. Além disso, precisamos discutir esse comentário "exclusivo". Porque o almoço com Adam era uma coisa, mas eu estaria ferrado se ela pretendia sair com aquele idiota novamente. "O que disse Nan foi incômodo e amargo. Você não gostou e isso é normal. Quanto ao exclusivo, estou muito, muito exclusivo. Desde ontem no avião, você sabia que não estava tocando mais ninguém."

Harlow inclinou a cabeça para o lado e me estudou em silêncio. Ela pensou que eu estava indo para outras pessoas agora? É mesmo? Minha reputação foi tão ruim assim? "Ok" foi tudo que ela disse. Se há uma coisa que me deixava louco sobre Harlow, eram suas respostas de uma só palavra, como Ok, quando eu queria algumas frases mais longas. Droga. Meninas gostavam de ouvir e falar. Por que ela não era assim? "Você poderia falar mais sobre isso?" Eu perguntei, estendendo a mão para pegar a mão dela em seu colo, porque eu só precisava tocá-la. O canto da sua boca virou para cima. "O que mais você quer que eu diga? Você não vai dormir com mais ninguém, enquanto nós estamos fazendo... Essa coisa que estamos fazendo. E eu não vou almoçar com mais ninguém", ela respondeu. Eu precisava de mais do que isso. "Almoço? É isso?" Ela encolheu os ombros. "Não é como se você tivesse que se preocupar comigo dormindo com qualquer outra pessoa. Eu não faço isso." Não, ela não o faz. E dane-se se isso me faz querer puxá-la em meu colo e rosnar para qualquer um que olha para ela como um maldito cachorro com um osso. "Encontro?" Eu perguntei. Ela estava em um encontro com Adam. Ela franziu o cenho. "Eu disse que almoço não. Isso significa encontros, também." "Só queria esclarecer." Eu disse a ela e me inclinei para pressionar um beijo em seus lábios. Eu estava sentado e percebi que Harlow olhou para eles por muito tempo. Meus olhos se levantaram e

vi Woods e Rush me observando. Eles estavam gostando disso um pouco demais.

Harlow

O apartamento de Grant era fora de Rosemary. Era pequeno e fiquei surpresa com isso, mas mais uma vez eu não deveria. Seu apartamento se parecia com ele. O mobiliário era usado e era tudo que um apartamento de solteiro deve ser, a partir do alvo de dardos na parede para as caixas de pizzas vazias no balcão. "Eu deveria ter limpado antes de trazer você aqui" ele disse caminhando atrás de mim. Dei um passo para trás até que eu estava tocando. "Eu gosto de como está." eu respondi. A cabeça de Grant caiu para o meu ombro e ele beijou meu pescoço. "E por que isso?" Questionou. "Porque é você. É confortável e real." Os braços de Grant vieram em torno de mim e me seguraram. "Eu não sei se eu quero que você pense em mim como confortável. Isso soa bem perto de chato." Grant não era nada chato. "Bem, você não é chato." Ele moveu uma mão para a parte inferior da minha saia e puxou-a para cima. "Eu sinto a necessidade de provar o quão emocionante que eu posso ser." ele sussurrou em meu ouvido.

Eu não queria que o que estávamos fazendo fosse tudo sobre sexo. Queria algo mais profundo do que isso. Mas, então, talvez isso fosse o que Grant queria. Eu gostei... Não, eu adorei. Ele me fazia sentir incrível, mas era para que todos nós jamais seríamos? Quando isso acabasse, eu seria apenas mais uma garota com quem ele tinha tido sexo? Ou será que ele se lembra de mim para outras coisas? "Você ficou tensa. O que há de errado?” Questionou. As palavras de Nan repetidas na minha cabeça. Ele iria se cansar de mim. Ele iria querer algo emocionante. Ela era à única emocionante que ele queria? Será que eu ainda quero ser isso? Eu queria Grant. Quem não gostaria de Grant? Isso era um fato. Sempre tinha sido chata. Eu estava cansada de ser chata. Eu estava cansada de ser esquecível. Não. Não suportaria com Grant. Quando terminasse, seria comum, não porque eu tinha sido a puritana chata que Nan me acusou de ser. Peguei a mão dele e coloquei sobre a parte superior e abri minhas pernas. "Faça-me esquecer da imagem de você naquele balcão com Nan." eu disse a ele com ousadia. Grant olhou aflito. Ele moveu a mão entre as minhas pernas e segurou meu rosto em seu lugar. "Eu já esqueci. Lamento que ela disse isso para você." Ele estava tomando conta de mim novamente. Tratando-me como se eu fosse quebrar. Eu balancei minha cabeça. "Não. Eu não esqueci. Não posso tirar isso da minha cabeça. Eu não gosto de pensar em você e Nan juntos. Estou com inveja que ela teve você em primeiro lugar. Quero ser mais... Eu não quero ser esquecível." Grant fez uma careta. "Você nunca poderia ser esquecível. Você me alegrou de forma que a Nan nunca fez. Nada sobre você, Harlow... Nada é esquecível. Nunca pense isso."

Suas palavras eram sempre tão doces. Seu jeito com as palavras era o seu maior talento. "Então faça isso por mim. Eu quero ver um balcão da cozinha e lembrar-nos nele. Não em você e Nan. Isso dói muito." Um rosnado baixo veio do peito de Grant e ele pegou minha calcinha e puxou para baixo. "Não posso suportar a ideia de que você esteja ferida por minha causa. Eu odeio isso. Quero fazer você feliz. Eu desejaria que nunca tivesse estado com ninguém antes de você." Ele parou e respirou fundo. "Vou fazer você esquecer isso, mas sei que eu esqueci todas as outras mulheres que eu já estive no momento em que deslizei para dentro de você pela primeira vez." Antes que eu pudesse reagir, ele correu um dedo ao longo da borda do meu calor. "Você sabe por que ela lhe contou sobre o balcão?" Ele perguntou com uma voz rouca que sempre me fez tremer. Sim. Para me machucar. Mas eu não disse isso. Em vez disso, eu balancei minha cabeça. "Porque eu a tinha tomado de olhos fechados” ele respirou contra meu pescoço. "E quando gozei não foi o nome dela que eu gritei. Não era ela quem eu queria, porra." Minha respiração ficou pesada e eu deixei minha cabeça cair para trás em seu peito. Seu dedo empurrou dentro de mim. "Foi o seu nome que eu gritei. Eu estava bêbado, mas mesmo bêbado eu estava fantasiando sobre estar com você. Uma vez que eu tinha sentido o seu gosto, nada mais funcionou para mim. Você era tudo que eu conseguia pensar." Não era isso que eu esperava ouvir, mas ajudou a fazer essa imagem na minha cabeça muito mais suportável. Eu deixei minha calcinha descer pelas minhas pernas e sair delas. "Não quero que você fantasie sobre mim com ela ou com qualquer uma." ele disse, voltando a me olhar enquanto eu tirava minha camisa.

Grant me pegou e me sentou no balcão. Antes, ele começou a desabotoar sua calça jeans. Seus olhos nunca deixaram os meus. Ele colocou seus braços ao meu redor e desabotoou meu sutiã. Então, me deixei cair para frente lentamente. Seus olhos caíram para me ver e o calor neles me fez sorrir. Ele facilitou o ciúme, tocando no nome da Nan. Ele nem sequer saiu de sua calça jeans. Ele me puxou para ele e começou a afundar em mim. De repente, ele parou. "Filho da puta, eu quase fiz isso de novo" ele jurou. Ele estendeu a mão para uma gaveta que estava cheia de lixo e tirou um preservativo. Eu não quero saber por que diabos ele tinha um preservativo guardado lá dentro, mas mais uma vez era de Grant estávamos falando. "Não gosto de preservativos." disse. Grant respirou fundo e fechou os olhos. "Eu também não, mas antes de marcar você mais uma vez, precisamos levá-la para fazer um controle de natalidade, antes de fazer sem camisinha." Ele estava certo e eu estava feliz que ele fosse forte o suficiente para pensar sobre isso. Sinceramente, eu estava tão pronta para senti-lo dentro de mim, que não teria me lembrado. Desta vez, quando ele agarrou meus quadris, afundou dentro de mim e mordeu meu ombro com um gemido alto. Isso foi emocionante. Realmente emocionante. Ele lambeu onde tinha me mordido. Em seguida, olhou nos meus olhos. "Não tenho que fingir. Eu estou exatamente onde eu quero estar." ele disse e deslizou as mãos até os meus seios cobrindo-os. "Porra, eles são bons." Eu me inclinei para trás me apoiando em minhas mãos e levantei meus joelhos até seu quadril. "Não seja gentil comigo. Você quer realizar uma fantasia, então use-me para fazer isso." eu disse a

ele. Eu não queria que ele usasse alguém para tomar o meu lugar. Eu estava queimando sobre sua mente agora. Grant jurou, apertou suas mãos em meus quadris e começou a bater em mim mais e mais, seus olhos nunca deixando os meus. Puxei a perna para cima e ele colocou-a no ombro. "Puta merda!" gritou e agarrou a minha perna. Ele estava perdendo o controle e o olhar selvagem em seus olhos me fez querer empurrá-lo ainda mais. Deitei-me até que eu estava totalmente sobre a bancada e coloquei minha outra perna por cima de seus ombros. Ele virou o rosto e mordeu minha perna, mantendo meu olhar. Eu gritei. Este foi melhor do que eu imaginava. Fazer sexo na cozinha foi um grande tesão. "Venha aqui." Grant ordenou, puxando meus quadris tão perto que minhas pernas estavam agora cobrindo seu peito completamente. "Você me deixa louco. Seus lábios são rechonchudos e grandes, seus mamilos redondos e essas pernas longas-comoinferno. Tudo o que eu quero fazer é ficar enterrado dentro de você. Você me pegou, Harlow. Seu maldito jeito me pegou, baby. Eu... " Ele fez uma pausa e gemeu quando os tremores de meu orgasmo se aproximando apertou-o. "Eu não posso lutar contra isso. Eu não quero porra" completou. Em seguida, as duas mãos pousaram em cada lado da minha cabeça. "Venha comigo." ele sussurrou e nos quebramos em milhões de pedaços. Eu gritei o nome dele e me contrai debaixo dele, enquanto ele cantava coisas sobre como eu estava apertada e como era bom quando me sentia. Cada palavra que saiu de sua boca me enviou gritando de prazer novamente. Ele tinha palavras mágicas. Essa era a única maneira de explicá-lo.

Grant

Eu vi como Harlow ficou fora na minha varanda usando nada mais que uma das minhas camisetas. Ela estava de costas para mim e o vento estava fazendo sua dança no cabelo ao redor de seus ombros. Eu tinha assegurado antes que eu tinha ido para recuperá-la. Então eu tive que recuperar o fôlego. Eu quase disse a ela... Tinha quase dito a ela que a amava, porra. Nunca. Nunca disse que amava alguém. Quase. Disse a uma menina. Eu a amava. Nem mesmo se o sexo fosse quente. Essas palavras nunca tinham vindo à minha mente, muito menos a minha boca. Então, agora eu tinha que pensar em algo. Será que eu? Eu estava apaixonado por ela? Ela colocou os braços ao redor de sua frente e inclinou-se para olhar para baixo, fazendo com que a camiseta subisse e desse um vislumbre de sua bunda. Eu estava apaixonado por essa bunda. Eu estava apaixonada por aquelas pernas também. Mas eu estava apaixonado por ela? Fiquei olhando em silêncio e senti a raia protetora rugir a vida quando pensei em alguém olhando para cima e vendo-a em minha camiseta, parecendo uma deusa do sexo. Não queria ninguém olhando para ela. Ela era minha. Ela era minha. Puta merda.

Ela era minha. Não estava pronto para deixá-la ir e com certeza não queria que ninguém mais a tocasse. Eu queria abraçá-la e mantê-la a salvo comigo. Era irracional. Foi... Foi... Eu estava apaixonado por ela. Respirei fundo, me preparando para o momento de pânico que viria junto com esta verdade. Mas ele não veio. Eu me senti completo. O peso que eu pensei que viria com esse sentimento não estava lá. Em vez disso, pude respirar mais fundo. Olhei de volta para o balcão e fui direto para a porta. Quando eu abri, Harlow se virou e sorriu para mim. Era aquele sorriso perfeito que poderia resolver os problemas do mundo. Fui buscá-la, levei-a até a espreguiçadeira e sentei abraçando-a contra meu peito. Eu estava me sentindo um pouco como um homem das cavernas no momento, e só esperava que não batesse fora meu peito. Harlow não fez perguntas, ela só enfiou-se debaixo do meu queixo e colocou os braços em volta de mim. Minha. Toda minha. Eu ia ter que convencê-la primeiro, porque embora tenha descoberto, sabia que ela não o fez. Ela não confiava em mim. Não com o seu coração. Mesmo que ela pertencendo a mim. "Obrigado." eu disse em seu cabelo. "Por quê? Sexo quente no balcão?" Ela perguntou com um sorriso em sua voz. "Por você." eu respondi. Ela não disse mais nada. Essa era Harlow. Ela não faz um monte de perguntas. Ela não queria falar sempre sobre as coisas. Ela

pegou-o e aceitou. Só esperava que ela aceitasse que ela era minha. Ou, mais exatamente, eu era dela. Passamos o resto da tarde sentado ali, conversando. Ela me contou sobre sua avó. Não era de admirar que ela fosse especial. Ela tinha sido criada de forma muito diferente das outras mulheres na minha vida. Ela também fez uma representação adorável de sua avó. Eu disse a ela sobre meu pai e o que eu fiz exatamente. Voltei quando o meu pai se casou com Georgianna, ele havia trabalhado na construção. Agora ele possuía sua própria empresa de construção. Sua empresa estava por todo o Sudeste. Ajudei-o a lidar com a Panhandle Florida. Eu conseguia as coisas e verificava outras quando ele precisava de mim. Também lidava com os telefonemas quando ele não tinha tempo. Deixei de fora o fato de que eu tinha ignorado dois telefonemas do meu pai hoje. Não estava a fim de falar de negócios, especialmente quando eu tinha acabado de descobrir que estava apaixonado. Eu precisava me ajustar a isso primeiro.

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"Estou com fome", disse Harlow quando ela se sentou com as pernas no meu colo no sofá. Eu sabia que não tinha nada aqui para alimentá-la. "Eu também. Quer pedir comida chinesa?” Perguntei enquanto brincava com seu anel de prata no dedinho. "Podemos pedir para viagem?" Ela perguntou.

Era tudo sobre como mantê-la próximo a mim. "Claro. Eu posso ligar, pedir e eles vão entregar." Ela não respondeu de imediato. Ela brincou com as unhas como se tivessem suas respostas. "Você vai me levar para casa esta noite?" Ela perguntou. Em seguida, olhou para mim. "Eu estava esperando até que eu te alimentasse com comida e um biscoito da sorte antes de falar sobre isso, mas eu quero que você fique aqui esta noite. Não quero te levar de volta para Nan." Ela soltou um suspiro e sorriu. "Bom. Eu não acho que estou pronta para voltar para lá ainda. Vou lidar com isso amanhã." Eu a puxei pelo tornozelo para ficar mais perto de mim, fazendo um grito de surpresa. "Estou pensando em mantê-la aqui o tempo todo. Mas amanhã de manhã eu tenho que fazer algum trabalho antes de ser demitido. Você não tem que sair. Você pode ficar aqui. Eu só preciso recuperar o atraso em algumas coisas. Então eu tenho uma reunião do conselho do clube às quatro." Ela torceu o nariz. "Não pensei sobre como eu estava impedindo você de fazer o seu trabalho. Vou sair de manhã. Eu tenho tênis de qualquer maneira.” Tênis. Eu odiava maldito o tênis. "Posso ser mais divertido do que o tênis", eu disse a ela, arrastando-se em cima dela. "Isso é sobre Adam?" Ela perguntou, sorrindo para mim. "Claro que sim." Harlow riu e empurrou o meu peito. "Eu não quero o Adam. Acho que deixei isso bem claro hoje. E ontem, algumas vezes."

Ela tinha um ponto. Mas eu queria que Adam soubesse disso. "Tudo bem, tudo bem. Vá para o tênis, mas se eu for assistir enquanto eu trabalho, não fique chateada." Os olhos dela se arregalaram. "Você não faria isso." Abaixei-me para beijar o canto da boca. "Sim, doce menina, eu faria."

Harlow

Passaram três dias antes de voltar para a Nan. Grant me convenceu a voltar para o seu apartamento todas as noites. Quando não estava trabalhando, ele estava comigo, e às vezes quando ele estava trabalhando, ele estava comigo. Tal como durante o jogo tênis todos os dias. Grant se sentou na varanda, que ficava ao redor do clube principal. Ele bebia café e trabalhava em seu laptop. Adam pegou a dica. Ele teria sido um idiota se não. Grant deixou muito claro, indo tão longe, me acompanhando até o portão e me beijando até que eu perdesse a minha respiração antes de me mandar para cada treino. Hoje, no entanto, eu tinha que voltar para Nan. Não podia morar com Grant. Temos que superar esse obstáculo com Nan. Essa era minha casa também. Eu também queria falar com Mase sem Grant ao redor, de modo que eu teria privacidade se Mase quisesse me perguntar sobre o Grant. Quando Grant recebeu um telefonema e teve que dirigir por duas horas ao sul a fim de verificar um site para seu pai, ele queria

que eu fosse junto. Mas eu precisava de algum espaço para pensar. Me senti como se tivesse tomando as coisas de rápido para uma ultrapassagem. Meu coração estava tendo dificuldade em manter-se. Eu sabia que no momento em que eu havia me dado ao Grant que eu tinha profundos sentimentos por ele. Então ele os destruiu. Eu tinha pensado que seria necessário muito tempo para que aqueles sentimentos voltassem, ou até ressurgirem; mas eu estava descobrindo que eu estava errada. Eles estavam voltando forte.

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Enquanto assistia ao Grant escovar os dentes esta manhã, eu raspei minhas pernas e senti que isso parecia certo. Foi fácil. E isso me assustou. Ele estava me fazendo imaginar um futuro para nós. Mas que tipo de futuro eu poderia dar a ele? Não é o que eu tenha certeza que ele sempre quis; ele não estava apaixonado por mim. Entrando na rotina, nos detalhes do cotidiano da vida diária com ele era perigoso. Antes, eu estava preocupada em machucar, agora eu tinha certeza que iria me machucar. Ele tinha ido longe demais. E eu não sabia o que fazer sobre isso. Eu estava esperando que Mase tivesse um pouco de sabedoria para compartilhar. O carro de Nan tinha ido embora quando eu cheguei em casa e dei um suspiro de alívio. Isso foi bom. Talvez ela tenha ido para uma de suas viagens. Fui para dentro e parei perto da cozinha para pegar uma garrafa de água antes de ir para o meu quarto. Meu quarto estava exatamente como eu deixei. Nan deve ter dito para a pessoa que limpa a casa não limpar o meu quarto. Não

que eu me importasse. Não tinha um quarto bagunçado, apenas uma cama desfeita. Eu deixei minha água em cima da mesa e me sentei. Mase respondeu o telefone no segundo toque. "Faz um tempo que eu recebi uma ligação sua, maldição." ele resmungou ao telefone. "Desculpe. Estive ocupada” respondi. "Não precisava saber. Já tenho uma ideia como você esteve ocupada." Minhas bochechas ficaram vermelhas. Eu odiava pensar sobre o que ele tinha ouvido no avião. "Como estão as coisas?" Perguntei a ele. "Trabalhando pra caramba. Com Jim para baixo, eu estou tendo que assumir toda a sua obra. O homem trabalha duro. Eu acordo cedo e caio na cama tarde." "Quanto tempo mais ele vai ficar assim?" "Seis semanas. Posso lidar com isso. O trabalho duro nunca me machucou.” A ideia do único filho de Kiro trabalhando duro em um rancho no Texas não era o que o mundo fosse imaginar. "E quanto a você? Nan a perturba ainda?” Questionou. "Não. Sou muito dura para ela. Você sabe disso.” "Mentira. Ela ao vê-la com Grant vai pirar e chutar a sua bunda. É melhor ele estar pronto para se certificar de que você saia sem um arranhão." "Ela sabe e ele lidou com ela. Não há vejo alguns dias.”

"Bom. Talvez ela viaje.” “Não o chamei para falar de Nan. Preciso de conselhos, cara. Você acha que seria estúpida por ter sentimentos pelo Grant?” Ele não respondeu de imediato. Eu estava preocupada que ele estava quase dizendo o que eu já temia. "Fiquei com a impressão de que fazendo o que eu ouvi no avião, que você já tivesse sentimentos por ele." "Bem, sim, eu já tinha sentimentos por ele, mas eu quero dizer... Você sabe, sentimentos." Mase riu. "Você está tentando me perguntar se é inteligente se apaixonar por Grant Carter?" Bem, sim. "Eu acho." respondi. "Não. É provavelmente a coisa mais idiota que você poderia fazer. Mas está feito. Você estava apaixonada por ele quando decidiu dormir com ele. Isso é quem você é, Harlow. Então, você já fez isso. Você precisa se preocupar com o que você vai fazer quando isso terminar. Como você vai lidar com isso?” Fiquei ali sentada olhando para o espelho na minha frente. Ele estava certo. Eu estava apaixonada por Grant a mais de meses. Eu não queria admitir isso, fui patética. Você não se apaixona em duas semanas. Mas eu tinha feito exatamente isso. Então, ele tinha me deixado. "Não sei", eu disse. Mase resmungou e eu poderia dizer que ele estava movendo algo pesado. "Você arruma suas coisas e vem para o Texas. Vou lidar com o resto. Isso é o que vamos fazer."

Percebi que conversar com Mase sobre isso foi inútil. Eu não estava indo para o Texas e eu não estava deixando ele buscar vingança. "Não importa. Vou descobrir isso. Obrigado por escutar." "Eu estou aqui, mana. A qualquer hora. Apenas me chame." "Eu sei. Te amo." "Você também." respondeu ele. Desliguei o telefone e o deixei cair ao meu lado. Para onde é que eu vou? Eu estava apaixonada por Grant. Plena e completamente apaixonada por ele. Eu o queria para sempre. Eu queria ver o seu sorriso todas as manhãs. Queria saber o que era estar em seus braços todos os dias. O que eu tinha feito?

Grant

Já passava das nove horas quando dirigi de volta para Rosemary. Eu já havia tentado chamar Harlow duas vezes e ela não havia respondido. Se Rush não me dissesse que Nan estava em Nova York com Georgianna, eu estaria em pânico. Mas eu sabia que Harlow estava sozinha em casa. Eu me mantive dizendo que ela estava dormindo ou deixou seu telefone lá em cima. Ao mesmo tempo em que entrei na garagem de Nan, estava pulando para fora do carro e correndo para a porta. Ela ia ter que começar a atender ao telefone quando eu estivesse fora, de agora em diante. Falaríamos sobre isso. Primeiro, eu só precisava ver seu rosto e saber que ela estava bem. A porta estava trancada. Boa menina. Toquei a campainha e esperei. Estava prestes a tocá-la novamente, quando a porta se abriu e uma Harlow com aparência sonolenta respondia. Um sorriso tocou seus lábios enquanto passava a mão pelo cabelo. "Hey", ela disse docemente. Andei para dentro e fechei a porta atrás de mim, então cobri sua boca com a minha. Era tão suave, rechonchuda e livre de brilho labial e eu queria seu sabor. Era tudo em que eu pensava durante o trajeto de carro. Ela deslizou as mãos até meus braços e segurou. O pequeno shorts de bolinhas azuis correspondente com a parte cima do top que ela usava não deveria ser tão sexy. Mas para ela, eles eram isso e muito mais. Quando afastei para olhar para ela, sorri e respondi. "Hey."

Ela riu e deitou a cabeça no meu peito. "Desculpe, eu adormeci no sofá assistindo a primeira temporada de How I Met Your Mother no Netflix." Não tinha certeza do que diabos era, mas eu acenei de qualquer maneira. "Onde está o telefone?" Ela franziu o cenho. "Acho que lá em cima." Puxei-a para mais perto. "Da próxima vez que eu estiver fora, mantenha-o com você. Quebrei todos os limites de velocidade lá fora tentando voltar porque você não estava respondendo." Ela se inclinou para mim. "Eu sinto muito. Não pensei nisso. As pessoas normalmente não me ligam.” Isso, sim, confundia a minha mente. Por que as pessoas não ligam para ela? Será que eles não querem ouvir a sua voz? Estar perto dela? O mundo estava cheio de idiotas. "Eu ligo pra você. Preciso ouvir a sua voz quando eu me afastar", digo a ela. O sorriso que iluminou seu rosto fez meu coração inchar. "Tudo bem." Eu iria ter que dizer a ela em breve. Precisava que ela soubesse como eu me sinto. Ela não ia a lugar nenhum. Estava prendendo-a. Não estava deixando-a ir. Eu iria correr atrás dela por todo o maldito mundo se eu tivesse que fazer. "Tem sido um longo dia, e agora eu quero ir para a cama com você." eu disse a ela ao invés disso. "Mmm, sim." ela disse antes de deslizar sua mão na minha e caminhando em direção as escadas.

Neste momento, a vida era boa. Eu tinha a minha menina e estava prestes a segurá-la durante toda a noite. Antes de Harlow, eu não entendia porque Rush e Woods deixariam uma mulher controlar suas emoções, vidas, ações. Mas eu entendo agora. Isso fazia sentido completo. Esta pequena mulher tinha me envolvido em torno de seu dedo mindinho e ela não tinha a menor ideia. Eu ia ter que dizer a ela. Só não queria assustá-la. Eu precisava deixá-la se apaixonar por mim também. Quando eu souber que ela é minha e meus sentimentos não iriam mandá-la da embora, gostaria de dizer a ela. "Não acho que Nan está na cidade." ela disse, olhando para mim. "Ela não está. Conversei com Rush.” Harlow não respondeu, mas eu podia ver seu corpo tenso. Que diabos foi isso? Quando chegamos ao topo da escada, puxei-a de volta para mim. "O quê? Diga-me o que você está pensando." "Não estou pensando em nada." ela respondeu. Mas, o olhar no rosto dela imitou sua linguagem corporal. "Sim, você está. Diga-me ou nós vamos ficar aqui a noite toda.” Ela deixou escapar um suspiro e olhou para longe de mim. "Você falou com Rush sobre a Nan." ela murmurou. "É claro que falei. Eu tinha lhe deixado com sua meia-irmã maluca para dirigir por duas horas de distância e eu queria ter

certeza de que você estava bem. Liguei para Rush e pedi para enviar Blaire aqui para ficar com você e ele me disse que não havia preocupações, que Nan tinha ido para Nova York." Seus ombros relaxaram e caíram. "Acho que eu não estou lidando bem com isso ainda." Ela estava com ciúmes e isso me fez querer gritar. Segurei seu rosto em minhas mãos. "Meu passado com Nan a incomoda. Eu sei e vou fazer os diabos que eu tiver, a fim de aliviá-la da sua mente." Ela balançou a cabeça, em seguida, soltou uma risada suave. "Por que você está rindo?" "Porque não posso acreditar que estou agindo assim." Nem eu, mas eu não estava prestes a reclamar. Fiquei emocionado. "Faria melhor se eu admitir que eu gosto?" Ela levantou uma sobrancelha. "Você gosta de mim mesmo agindo como uma possessiva e louca namorada?" "Claro que sim, eu gosto. E nada sobre você é louco. Mas, baby, a qualquer hora que você quiser ficar possessiva sobre mim, então o faça. Acontece que me deixa excitado.” Ela riu e bateu no meu peito, em seguida, virou-se e começou a empertigar-se para o quarto. "Você me deixou." eu chamei por ela. "Venha me pegar", ela respondeu. Olhou para trás e piscou para mim. Harlow só deu uma piscada do caralho para mim.

"Ponha sua bunda nua na cama agora, antes que eu rasgue essa pequena roupa bonita fora de seu corpo." ordenei antes de ir atrás dela.

Harlow

Não fico bem em multidões. Eu preferia ficar longe de multidões. Mas eu também não podia dizer a Grant que eu não queria ir com ele para um evento de caridade no clube. Ele estava no conselho de administração e era um evento anual realizado para beneficiar a vida marinha ao longo da costa do golfo. O Kerrington Club havia sediado este evento há mais de vinte anos. Grant tinha me dito que ele realmente não queria ir, mas Woods o queria ali. Então nós estávamos indo. Essa noite estava sendo realizada em memória de Jace. Seus pais estariam lá e Woods tinha avisado ao Grant eles iriam passar um vídeo que não seria fácil de assistir. A morte de Jace ainda estava muito fresca na memória de todos eles. Passei um tempo extra colocando maquiagem, principalmente porque eu não fazia isso muitas vezes e eu queria fazer de verdade. Escolher um vestido não tinha sido fácil, qualquer um não serviria. Eu tinha vários formais que o meu pai tinha insistido comprar para trazer pra cá. Ele havia dito que haveria eventos e, que eu precisaria deles. Quando eu não comprei nenhum, ele tinha dito a compradora pessoal que ele contratou para trazer vários para mim. Apontei para os poucos que eu gostei e pronto. Eu nunca esperava realmente estar

vestindo um. Agora eu estava agradecida ao meu pai e ele tinha a certeza que eu estaria. Finalmente resolvi por um de cetim azul pálido que ficava bem acima dos meus joelhos na frente e um pouco mais longo na parte de trás. Escorreguei em um par de saltos Daniele Michetti, que consistiam de pequenas alças e minúsculas pontas de prata. Eles foram uma compra de impulso. Eu nunca comprei essas coisas, mas eu os vi e não pude resistir. Ainda não tinha experimentado-os. Eu sempre ficava nervosa em lojas de calçados. Eu só tinha usado-os ao redor do meu quarto. Hoje à noite, eu estava sendo corajosa usando em público. O vestido pedia por isso. Eu esperava que, se me vestisse com ousadia, então eu me sentiria audaciosa. No momento em que eu terminei de ondular, empilhar e fixar os cachos que tinha passado mais de uma hora para fazer, foi à vez de Grant chegar. Nan estava no quarto dela, também se vestindo. Nós não tínhamos nos falado ainda, quando ela entrou. Ela apenas passou por mim como se eu não estivesse lá. Grant tinha me avisado que ela estaria voltando esta noite. Eu tinha certeza de que poderia ficar pronta, sem ele ser meu guardacostas. A campainha tocou na hora certa e eu saí do meu quarto, agarrando a clutch preta e prata que combinava melhor com meus sapatos. A porta do quarto de Nan não abriu. Fiquei aliviada. Tomando as escadas lentamente, eu me dirigi para a porta e, em seguida, respirei fundo. Grant nunca tinha me visto assim. Eu queria que ele gostasse. Não, eu queria que a boca dele caísse. Eu estava sendo utópica. Nunca tinha ido para um baile. Este era o momento que todas as meninas imaginaram.

Lentamente, eu abri a porta. Em vez de Grant, August estava ali em um smoking preto, com o cabelo perfeitamente no estilo. Ele descaradamente inspecionou-me, a partir de meus pés e indo todo o caminho para cima. "Nan ainda não está pronta, mas você pode entrar e esperar." eu disse a ele, dando um passo para trás e com a esperança de conseguir que tirasse os olhos de meu corpo. "Espero que ela se pareça tão boa quanto você." ele disse com uma piscadela quando ele entrou no hall de entrada, seu corpo alto fazendo-me parecer menor. Onde estava Nan? "Hum, posso pegar uma bebida?" Perguntei, na esperança de encontrar uma razão para ficar longe dele. "Eu adoraria. Tenho certeza que ela pretende me manter esperando mais meia hora. Ainda bem que eu tenho boa companhia.” ele respondeu. Não gostava dele. Virei-me, fui para a cozinha e me senti amaldiçoada quando ouvi seus passos atrás de mim. Eu estava pensando que ele iria para a sala de estar e esperar. "Posso pegar uma bebida e levá-la para a sala de estar, se você quiser, sente-se.” disse a ele. "Você não sabe mesmo o que eu quero." Ele estava se divertindo, eu podia ouvi-lo em sua voz. "Oh, desculpe. O que você gostaria?" Ele não respondeu. Quando entrei na cozinha, segurei meu impulso de correr de para o andar de cima com a desculpa de que eu

tinha esquecido alguma coisa, deixando-o se fixar em sua própria bebida. "É difícil acreditar que você e Nan estão relacionadas. Ela não tem toda essa educação e doçura." ele disse, tirando um banquinho de bar e sentando-se. Precisava sair daqui. Eu iria me apressar e fazer sua bebida, em seguida, correr. Virei e peguei um copo. "O que você gostaria?" Perguntei. Ele inclinou-se e começou a verificar as minhas pernas de cima a baixo novamente. "Um monte de coisas." respondeu ele. Soltei o copo. Eu estava deixando-o para ajudar a si mesmo. "Quem é o sortudo que a levará ao baile hoje à noite?" Ele perguntou. “Sou eu." A voz de Grant me assustou e eu virei para vê-lo de cara feia para August. Não tinha o ouvido entrar, mas porque estava focada em ficar longe de August. "Não o culpo. Ela é a irmã mais agradável.” disse August, deixando cair seu olhar para as minhas pernas novamente. Grant circulou o bar e me puxou para o seu lado antes que eu pudesse piscar. "Você está pronta?" Ele me perguntou. Balancei a cabeça. "Sim." Este não era o momento que eu estava sonhando. Grant parecia que estava mal controlando sua ira, não estava interessado em como eu o imaginei. "Olá Grant." Nan falou lentamente enquanto caminhava para a cozinha. Eu me virei para olhá-la que estava com um vestido vermelho curto, apertado, que abraçou cada curva de seu corpo. Ela não se

deve ver o quão deslumbrante que estava, mas ela estava. Nan era o que cada menina queria ser quando crescer. Seu cabelo vermelho longo pendurado em cachos macios e pousado sobre seu decote, que estava lá fora para o mundo ver e, sem dúvida, babar. "Porra baby." disse August, levantando-se com a boca ligeiramente aberta. Olhei para Grant, que também estava olhando para Nan. Do jeito que eu queria que ele olhasse para mim. Fechei os olhos brevemente e respirei fundo. Eu não queria ver isso. "Você sempre parece bom em um smoking." disse Nan, ignorando August e mantendo os olhos no Grant. Este não era um jogo que eu sabia jogar. Meu instinto me disse para sair correndo para o meu quarto, me trancar e deixar Grant ter o que ele queria, enquanto eu tenho um coração partido que eu sabia que estava vindo para mim. Mas meu orgulho não me deixaria passar. Então eu fiquei lá, esperando que ele se lembrasse de mim e tivesse compaixão o suficiente para não me humilhar totalmente na frente de Nan. O sorriso de Nan se curvou maldosamente em seus lábios enquanto ela passeava em direção a Grant, não tirando os olhos dele e sabendo que ela tinha a sua atenção completa. Eu estava prestes a desistir e fugir. Eu poderia ir para o Texas. Não era tão ruim. Grant enfiou a mão na minha e começamos a caminhar para a saída. Eu não olhei para trás para ver Nan, apesar de ouvi-la rir, conhecendo sua risada se divertindo, que disparou uma dor no meu peito. Porque ela sabia que, assim como eu fiz, que tinha conseguido o Grant.

Grant ficou em silêncio até chegarmos lá fora e diminuindo os passos para chegar a sua caminhonete. Quando chegamos, ele soltou a minha mão, mas em vez de abrir a porta, ele me virou para encarálo. "Você está tão linda, não tenho certeza de como você espera que eu me concentre esta noite." ele disse, enquanto seus olhos finalmente focaram em mim. Isso era o que eu queria. A fêmea boba que existia dentro de mim queria ver o seu apreço, mas agora... Ela caiu de bruços. Eu já tinha visto a forma como ele olhou para Nan, paralisado. Ele não tinha reagido daquela maneira comigo. Mas então eu não parecia como Nan. Eu poderia culpá-lo? Ele era um cara e Nan era de tirar o fôlego. Eu era apenas eu. "Gostaria que não tivesse que ir a este baile. Quero te levar para fora e mantê-la só para mim.” Gostei da ideia. Estar diante de uma sala cheia de pessoas não estava na minha lista de prioridades. Mas eu não tinha certeza se queria ficar a sós com ele esta noite. Havia uma ferida que eu precisava lamber agora e se esconder no meu quarto com meus livros era mais atraente. "Vamos ficar o tempo suficiente para fazer Woods feliz. Então prometo que vou fazer esta noite melhorar." ele sussurrou antes de pressionar um beijo em minha boca, fazendo um rosnado baixo. Ele se afastou e abriu a porta do caminhão. "Entre antes que eu mude de ideia e mije fora em Woods." Quando ele estava pronto para sair, gostaria de uma desculpa para voltar para casa e ir para a cama. Sozinha.

"Quanto tempo que o ser desprezível ficou lá antes de eu chegar?" Grant perguntou enquanto saia da garagem e ia para a estrada. "Talvez dez minutos. Não muito tempo." eu respondi. Grant acenou apertadamente. Ele não gostava de August e eu queria acreditar que não tinha nada a ver com seu namoro com Nan. Mas era difícil. Ele explicou a sua relação com Nan para mim, mas eu não tinha certeza se acreditava nele completamente. Especialmente agora.

Grant

Harlow ficou em silêncio durante todo o caminho para o clube, mas eu precisava desse tempo para me acalmar. Andando e vendo aquele pedaço de escória olhando para seu peito tinha praticamente me enviado sobre a maldita borda da raiva. Eu devia ter chegado antes. Não gostava de pensar em Harlow estar naquela casa e August ser capaz de mostrar-se a qualquer momento. E se ele tem Harlow sozinha? Minhas mãos apertaram o volante com mais força. Aquela porra não era para acontecer. Se não bastassem os olhares de Nan e eu não tinha nenhuma dúvida que August estava descobrindo isso. Hoje à noite ela jogou-se grande. Claro, ela era linda. Nan sempre foi linda, mas foi só por sua aparência. No momento em que ela abriu a boca maldosa sua aparência externa esmaecia. Não era suficiente. Eu sabia que ela tinha interpretado mal a maneira que eu olhei para ela esta noite. Ela estava feliz por ter a minha atenção. Ela não entendia o que eu estava olhando. Ela pensou que me surpreendeu com sua aparência. Eu tinha passado isso. Nan era uma parte do meu passado. Ela sempre seria. Tivemos uma ligação sobre nossos pais ausentes. Nan e eu crescemos com pais ausentes, mas eu não deixei isso me definir. Nan deixou. Ela se deixou envenenar. Hoje à noite, eu tinha visto apenas a amargura e ódio nela quando ela entrou na sala. Era tudo que existia em seu rosto e eu me perguntava como eu tinha perdido isso. Eu era tão cego antes... Antes... Harlow? Porra, eu tinha sido uma merda superficial. Olhando por cima para Harlow, eu vi as mãos firmemente em seu colo. Ela estava nervosa. Seu lábio inferior estava preso entre os

dentes e ela estava olhando para frente. Bem, merda. Eu a ignorei todo este passeio e ela estava sentada lá, nervosa. Eu estava fodendo essa noite completamente. Estendi a mão e puxei uma de suas mãos livres e escorreguei meus dedos com os dela. "Hey." eu disse, interrompendo seus pensamentos. Ela virou a cabeça para olhar para mim e um sorriso forçado tocou seus lábios. Isso não ia dar certo. Se ela realmente não queria ir a esse maldito baile, Woods poderia superar isso. Eu não estava obrigando ela a fazer isso. Pensei que o fato de que ela havia se vestido para fazer todos os homens babar, significava que ela estava pronta para isso. Talvez não. "Você está bem?" Eu perguntei, apertando a mão dela. Ela assentiu com a cabeça e não disse nada. "Se você não quer fazer isso, vamos para outro lugar." eu disse a ela, e esperei para ver a reação dela. Ela ficou rígida. Mas que diabos? "Fale comigo, Harlow." eu disse. Seus ombros caíram e ela deixou cair à cabeça para olhar para suas mãos, ainda enroladas no colo. "Acho que talvez eu devesse ir para casa. Eu não quero estar no seu caminho." O quê? "De que maneira você está preocupada em estar no meu caminho? Alguém disse alguma porra de coisa para você que eu precise lidar?”

Ela não olhou para mim. Ela ficou olhando para seu colo. "Não. Quis dizer o seu caminho. Eu não quero que você se sinta obrigado a me levar. Não me importo de ir para casa. Eu estou bem com isso. Verdade, eu estou." Ela não estava fazendo qualquer sentido. Teria Nan dito algo a ela? Eu a queria fora da casa daquela puta. Nós estaríamos falando sobre isso mais tarde essa noite. Mas agora eu tinha que descobrir o que estava errado. "Eu quero você comigo. Se Nan disse alguma coisa para você..." "Nan não tem que dizer nada. Você disse tudo com seus olhos.” Espere... O quê? Estudei-a, tentando descobrir o que aquilo significava. Harlow respirou fundo e finalmente olhou para mim. Seus grandes olhos estavam tão tristes e quebrados, meu peito parecia que ia explodir. Eu tinha que consertar essa merda. Eu não queria minha garota sofrendo. Empurrei o caminhão para o lado da estrada e joguei-o no acostamento antes de chegar até Harlow e puxando-a para perto de mim. "É preciso explicar isso, porque eu não estou entendendo, querida." eu exigi. Harlow manteve os olhos fixos no meu ombro. "Eu vi o jeito que você olhou para ela. Eu não sou cega. Sei como ela é linda. Eu sei que você foi atingido e ficou sem palavras. E era óbvio que ela teria despejado August por você. Quem não gostaria?" Bem, foda-se. Eu não tinha pensado sobre Harlow pensando nada sobre eu olhar para Nan. Não tinha ficado impressionado, eu tinha estado com nojo de mim mesmo.

Enfiei minha mão debaixo do queixo de Harlow e inclinei seu rosto para olhar para mim. Ela sempre olha para baixo e eu queria ver seus olhos. Eu queria corrigir essa tristeza neles. Eu não quis fazê-la triste. "O que você viu foi eu olhando para Nan e vendo nada, nada mais que amargura e crueldade em seus olhos. Eu me perguntava como eu tinha me perdido por tanto tempo. Eu não estava impressionado com o jeito que ela olhou. Eu tinha você em pé ao meu lado, parecendo um anjo. Ninguém se compara a você. Você não é apenas bonita por fora, você também é linda por dentro. Eu vejo isso e eu aprecio isso. Eu só não sei por que eu estraguei tudo ao redor com Nan. Eu acho que você me salvou." Harlow continuou a franzir a testa para mim. "Ela é a fantasia de todo homem." Esfreguei meu polegar sobre o lábio inferior e tentei não pensar em quão doce era provar sua boca. "Ela é o pesadelo de todo homem, doce menina. Infelizmente, eles não percebem isso de imediato.” "Eu não posso competir com ela. Eu não quero." "Não há competição.” Ela empalideceu em comparação. “Eu gostaria de saber o que eu poderia fazer para convencê-la de que você é para mim. Eu não vejo nada além de uma garota que eu conheci quando eu olho para Nan." Harlow baixou o olhar para estudar a minha camisa antes de finalmente levantar os olhos e me dar seu primeiro sorriso real. "Eu acho que eu acredito em você." Ela tem sérios problemas de confiança. Eu preciso me lembrar disso e agir em conformidade. Onde Nan nunca precisou de garantia que eu a queria, Harlow precisava de garantia que ela me pertencia.

Ela era muito inocente para ver como eu realmente me sentia sobre ela. Mesmo que fosse evidente para o resto do mundo. "Vou ter certeza de que você nunca duvide de mim novamente. Só sei que não posso ver ninguém além de você. Quando você entra em uma sala, você ilumina-a." Ela inclinou-se e deu um beijo na minha bochecha. "Obrigada." ela disse simplesmente. Eram coisas assim que a diferenciava. Ela era como nenhuma outra que eu conheci e eu era o filho da puta mais sortudo do mundo.

Harlow

Blaire nos viu no momento em que entramos no salão de baile e ela fez seu caminho em direção a nós. Fiquei aliviada. Vendo um rosto amigo me ajudou a aliviar. O vestido preto que ela usava dançava ao redor de suas pernas enquanto caminhava. Ele também fez seu cabelo loiro se destacar ainda mais. Olhei para trás para ver os olhos do Rush em sua mulher, observando cada movimento seu. O amor e a possessividade que estava lá em seu rosto para que todos possam ver, fez meu coração bater mais rápido. Isso tinha que ser uma sensação incrível. "Estou tão feliz por você estar aqui", disse Blaire quando ela me abraçou. "Eu ainda estou tentando decidir se eu estou." eu respondi. Blaire riu e olhou ao redor.

"Eles não são de todo ruins." Ela virou-se para Grant e sorriu. "Você parece feliz." "Eu estou." ele respondeu e deslizou sua mão ao redor da minha cintura. "Já estava na hora." disse ela. "Sim, é." ele concordou. Eu sentia como se houvesse uma conversa privada acontecendo aqui que eu estava sendo deixada de fora. "Você tem sede?" Grant me perguntou, inclinando-se de modo que seu hálito quente fez cócegas na minha orelha. "Sim." eu respondi. Uma bebida na minha mão me daria algo para fazer. "Volto já." ele respondeu e deu um passo para trás para me deixar com Blaire. "Então?" Ela perguntou, erguendo as sobrancelhas. Eu sabia que ela queria saber sobre Grant. Pelo o que eu podia dizer ela era próxima de Grant por causa do Rush. "Acho que ele gosta de mim." eu respondi, porque eu realmente não sabia mais o que dizer. O sorriso de Blaire só ficou maior. "Eu acredito que isso é óbvio, Harlow. Se você não é positiva sobre isso, porém, acho que você poderia simplesmente perguntar a ele e ele iria esclarecer isso." Eu me virei para olhar para o bar e vi uma menina com cabelos castanhos escuros e um vestido branco decotado apertado muito próximo dele enquanto ela falava com ele.

"Ignore-a. Eu lhe asseguro, ele não está gostando. Essa é Katrina e ela não é uma para se preocupar. É só o que ela faz.” Virei para trás. "Eu não consigo entender porque ele me escolheu. Ele chama a atenção de todas. Ele é perfeito. Ele pode ter qualquer pessoa.” Blaire colocou a mão em seu quadril e olhou para mim, incrédula. "Você está falando sério, não está?" Apenas assenti. Por que eu estaria brincando? "Você sabe o que eu pensei a primeira vez que te vi?" "Não." eu respondi, não tenho certeza se eu queria ouvir essa resposta. "Eu queria saber quem era essa linda mulher andando no quarto do meu noivo. Fiquei imediatamente atordoada por você. Então, você abriu a boca e essa personalidade doce e amável brilhou através de você. Eu queria conhecê-la. Há esse empate que você leva as pessoas. Então, é por isso que Grant não pode manter os olhos longe de você." disse Blaire, olhando por cima do meu ombro e sorrindo. Eu me virei para ver a menina ainda falando com ele, mas ele estava olhando para mim. Eu sorri e ele piscou. Eu tinha que aprender a confiar nele. Ele merecia. "Como é que você aprendeu a confiar em Rush?" Perguntei, olhando para Blaire. Ela soltou um suspiro. "Isso foi difícil. Uma vez que eu confiava nele, ele explodiu tudo em pedaços. Foi um longo caminho, depois disso, mas eu tinha que confiar nele. Meu coração queria e para ceder tinha que confiar nele e acreditar que ele iria cuidar de mim."

"Você está dizendo que é uma decisão que você tomou?" Eu perguntei. Ela assentiu com a cabeça. "Sim, é." Eu poderia fazer isso. Blaire soltou um suspiro triste e eu segui o seu olhar. Bethy estava no canto com o uniforme do serviço, conversando com uma senhora que parecia que estava no comando das coisas. "Estou preocupado com ela." disse Blaire. "Eu a vi na semana passada em um bar. Ela estava realmente pra baixo." eu disse a ela. Eu não teria dito a qualquer um, mas eu sabia que Blaire era sua melhor amiga. "Perder Jace a mudou completamente. Eu não consigo alcançála." ela disse. "Ela raramente retorna minhas ligações." "Não posso imaginar o que ela está passando." disse, lembrando-se de suas palavras naquela noite no bar. "Nem eu." respondeu Blaire. "A sua água com gás." disse Grant, entregando-me a taça de vinho na mão. "Eu preciso voltar para o Rush. Vocês dois se divirtam." disse Blaire, em seguida, olhou diretamente para mim e sorriu antes de voltar para Rush, que ainda estava olhando para ela. "Olha o Tripp. Não sabia que ele estava na cidade." disse Grant, olhando para um cara alto, com cabelos curtos e uma tatuagem visível acima do colarinho. Ele não parecia como se estivesse feliz de estar aqui. E ele também parecia estar preocupado com Bethy. Ele estava completamente focado nela.

"Vamos falar com Woods e Della. Então, eu posso fugir com você depois de falar com apenas algumas outras pessoas, antes de escapar deste lugar e você e eu ficaremos sozinhos." disse Grant, pressionando a mão para a parte baixa de minhas costas e me levando para o homem alto, bronzeado que comandava a sala com autoridade. Já sabia que era Woods, mas mesmo se eu não soubesse, era fácil perceber que ele era dono do lugar. Notei a mulher em seu braço. Seus olhos azuis se destacaram a partir de uma cabeça cheia de cachos escuros e longos. Um leve sorriso tocou-lhe o rosto enquanto ela olhava para Woods como se tivesse todas as respostas do mundo. O olhar de Woods encontrou Grant e ele olhou para mim, em seguida, de volta para Grant. Um sorriso divertido tocou seu rosto e eu percebi que Woods sabia de alguma coisa. "Grant, parece que a sua escolha de encontro melhorou." disse Woods. "Sim. Demora mais tempo para alguns de nós que outros." respondeu Grant como seu polegar fazendo pequenos círculos nas minhas costas onde sua mão repousava. A mulher de cabelos escuros largou Woods e se adiantou para segurar minha mão. "Olá, eu sou Della. Ouvi muito sobre você de Blaire. É bom conhecê-la." Ela era sincera e eu gostei dela imediatamente. "É um prazer conhecê-la também." eu respondi. "Estou feliz de ver que Grant está fazendo escolhas mais sábias." disse Della, sorrindo. Aparentemente todos detestavam Nan.

Grant riu de seu comentário e eu relaxei. Eu estava preocupada que ele fosse se ofender com todos. "Quanto tempo eu preciso ficar nessa coisa?" Perguntou Grant. A postura profissional sobre como Grant tratava de todos os negócios vacilou um momento pela expressão em Woods, como ele deixou seu olhar viajar sobre a sala. "Dê-lhe pelo menos trinta minutos, talvez uma hora. Não deixe de assistir ao vídeo. Eu acho que vai ser a parte mais difícil da noite. Vai significar muito para os pais de Jace que você esteja aqui para isso. As pessoas também precisam ver o seu rosto, já que você é um membro do conselho. Em seguida decole. Gostaria de poder fazer isso...", ele disse em voz baixa. Naquele momento ele me lembrou Grant e Rush. Ele não parecia tão forte e sério. Della sorriu para mim. "Eu gostaria que pudéssemos sair daqui cedo também." "Se você quer sair mais cedo, vou encontrar uma maneira", respondeu Woods. Della olhou para ele e sorriu. "Não. Vamos ficar. Você não pode sair mais cedo.” Woods se inclinou para seu ouvido. "Eu faço o que você quiser fazer." Della deu um beijo em sua bochecha. "Eu quero ficar." "Mentirosa." Della apenas riu e olhou para mim. "Tenho que mantê-lo na linha." "Fico feliz que alguém faz." Grant respondeu. O sorriso fácil de Woods se transformou em uma carranca como ele se concentrasse em algo atrás de nós. Grant e eu nos viramos ao

mesmo tempo. Rush estava caminhando em direção a nós com um olhar em seu rosto que eu não entendia. A mão de Grant caiu das minhas costas e ele caminhou em direção a Rush antes que ele pudesse chegar até nós. Não tinha certeza se eu deveria segui-lo ou esperar aqui. "Alguma coisa está errada." disse Woods antes de passar por mim e caminhar em direção a eles. Voltei a olhar para Della, que os observava preocupada. Ela não estava seguindo Woods. Então, eu fiquei com ela. Rush balançou a cabeça e olhou para mim, então acenou com a cabeça para me juntar a eles. Confusa, eu andei até eles. Rush estendeu a mão e agarrou meu braço. "Preciso que você fique com Blaire e Nate. Grant tem de vir comigo. Você pode fazer isso?” Eu tentei acenar, mas eu só estava ali, ainda mais confusa. "É Nan. Mas eu preciso dele para isso. E você tem que confiar nele." disse Rush. Nan? Nós acabamos de ver Nan. Ela estava vindo para cá. "Ok." foi tudo o que eu poderia dizer. Eles não me olham como se quisessem responder a quaisquer perguntas. Grant olhou zangado e Rush ficou tenso. "Eu não posso sair com vocês, mas se é o que ela diz, então deixe-me saber. Vou lidar com isso." disse Woods. Em seguida, virouse e voltou para Della. Rush fez sinal para Blaire e puxou-a em seus braços, falando com ela em sussurros. Ela assentiu com a cabeça e olhou para mim

com uma expressão preocupada. "Se você acha que é necessário." foi a sua única resposta. "Eu não posso ignorá-la. Tenho que verificar" Rush disse a Blaire, que não parecia muito certa de que ela concordou com ele. Ela manteve suas costas rígidas e acenou com a cabeça. Rush parecia rasgado. O que no mundo estava acontecendo? "Se você quiser vir, então venha comigo. Não faça isso comigo." disse Rush, fechando em Blaire e puxando-a para perto. Ela finalmente pareceu render-se e acenou com a cabeça. "Tudo bem." ela disse. Rush deu um beijo duro em sua boca que se derreteu mais com ele. Todo mundo parecia saber o que estava acontecendo, menos eu. A cabeça de Woods estava abaixada enquanto ele falava com Della. E. Rush disse a Blaire. Mas, ninguém estava me dizendo nada. Grant não estava nem olhando para mim. Seu corpo parecia enrolado e apertado. Percebi que tinha confiado nele um pouco cedo demais.

Grant

Eu estava fazendo isso por ele. Ele era meu irmão. No topo de todas as coisas que importavam, era o fato de que o Rush era meu irmão. Mas, filho da puta, o olhar no rosto de Harlow, quando ouviu o nome de Nan ia estragar tudo, merda. Eu podia vê-lo e eu tive que escolher. Tinha escolhido Rush. Ele era da família. Eu estava confiando em Harlow para acreditar em mim. Para saber por que eu estava fazendo isso. Para quem eu estava fazendo isso. Precisava dela para entender, pois perdê-la não era uma opção. "Ela vai entender. Harlow vai ouvir quando você explicar e ela vai ficar bem com isso. Blaire provavelmente está explicando para ela agora." disse Rush enquanto acelerava em direção a casa de Nan. Se essa merda fosse real e August tinha acabado de bater o inferno fora de Nan, então era tudo para caçá-lo e deixar Rush obter sua vingança. Nan era um monte de coisas, mas antes de tudo ela era irmã de Rush. Rush não permitia que Nan se interpusesse entre ele e Blaire e ele protegeu Blaire dela. Mas se Nan estava com problemas e precisava de Rush, ele iria. Ele era tudo o que ela tinha. Ninguém dava à mínima. Eu tinha feito isso uma vez, mas tinha a certeza que eu não fiz por muito tempo. "Se ela está mentindo, será eu batendo a merda fora dela." Eu o avisei. Ele soltou um suspiro pesado. "Eu sei." Rush não era cego para a maldade de Nan. Ele também sabia que sair para salvar Nan e deixar Harlow não foi fácil para mim. Eu não era casado com Harlow. Eu não tinha feito suas promessas com um anel de diamantes. Blaire tinha tudo isso e vendo Rush correr

para salvar Nan fez mais sentido para ela. Nan também era irmã de Rush. Não podia reclamar de nada disso. Foda-se, é melhor ela estar dizendo a verdade. Rush puxou para garagem de Nan e o medo de que Harlow pode não superar isso me bate de novo quando o meu olhar encontra o seu pequeno carro preto. Foda-se, eu não deveria tê-la deixado. Mas Rush estava precisando de mim. Quando ele precisava de apoio, eu dava. Isso era o que os irmãos faziam. Defendíamos as costas um do outro. Nós dois saímos da caminhonete e seguimos para as escadas ao mesmo tempo. Rush não bateu, ele deslizou a chave na porta e a abriu. Fiquei surpreso que ele tivesse a chave. Isso deve ser coisa de Kiro. "Nannette?" Rush chamou quando ele abriu a porta. Segui-o para dentro. "Aqui." Nan chamou da sala de estar. Rush caminhou para o som de sua voz. Ele fez uma pausa quando entrou na sala. Eu parei atrás dele e olhei por cima do ombro. Ela não estava mentindo. Os lábios de Nan estavam divididos e um olho negro já estava aparecendo em sua pele pálida. Seus braços nus tinham impressões de mãos sobre eles que seriam hematomas em breve. Nan ficou lá com os joelhos puxados para cima contra o peito com força. Manchas pretas de rímel corriam pelo seu rosto. Ela estava chorando.

Essa não era a Nan que eu conhecia. Não era quem eu tinha conhecido. Ela me lembrou a pequena menina que foi uma vez e senti pena. Aquele cujo problema que eu queria corrigir tanto quanto Rush fez. A cadela com raiva amarga não estava em seus olhos quando ela olhou para nós. Em vez disso, ela estava com medo. "Que porra é essa?" Rush rosnou e deu dois grandes passos até que ele estava na frente dela e sentando-se no sofá ao lado dela. "August fez isso?" perguntou Rush. Sua fúria foi mal contida, e como eu estava lá e olhei para ela, minha raiva começou a ferver, também. Não ligo para o que ela tenha feito. Nenhuma mulher merecia isso. August era um homem morto andando. Se Rush não matá-lo, eu o faria. "Sim. Ele ficou bravo por que...", ela olhou para mim e depois para Rush. "Eu estava chateada com Grant e Harlow. Não queria ir, então ele queria ter relações sexuais e eu não queria. Ele tentou me forçar, mas eu lutei contra. Então ele simplesmente estalou e quando eu acordei no chão, ele se foi.” O corpo do Rush ficou tenso. "Ele te nocauteou?" Perguntou Rush. Ela assentiu com a cabeça e seu olhar mudou para mim novamente. "Ele ficou com raiva antes, mas nunca assim. Não sabia que ele era assim. Eu sabia que sua esposa o deixou e levou dois anos antes dele conseguir ver sua filha novamente. Acreditei nele quando ele disse que nunca fez mal a ela. Que ela era uma mentirosa." ela disse em uma voz trêmula. "Você precisa ver um médico. Se você estava inconsciente, você pode ter uma concussão. Grant, leve-a para o hospital para que eles verifiquem-na."

Eu? "O quê? Por que você não pode?" Perguntei. Não precisava ser eu a levá-la em qualquer lugar. Eu ia bater a merda fora de August, mas isso não significa que eu queira ficar ao redor de Nan. "Eu estou indo encontrar August. Eu preciso de você para levála para obter um exame. Por favor." disse Rush, levantando-se. "Eu vou ligar para Blaire e explicar." O que significava que ele iria se certificar de Harlow soubesse o que estava acontecendo e por quê. Eu só esperava que ela entendesse. Rush acreditava que Harlow era forte emocionalmente o suficiente para isso, mas eu não tinha certeza. Ele não sabia como insegura ela realmente era. "Eu não posso encontrá-lo?" Perguntei. Rush balançou a cabeça. "Não. Tenho Dean para ter certeza de que não perca tempo. Você não tem." Ele tinha um ponto. "Ele não tem que me levar. Estou bem para ficar aqui." disse Nan. Rush olhou para mim, silenciosamente implorando. Merda. "Ok, eu vou levá-la." Eu olhei para Nan. "Você pode andar?" Perguntei. Ela assentiu com a cabeça e se levantou. "Só estou um pouco tonta." Rush colocou seu braço ao redor dela e eu o deixei ajudá-la a ir até a caminhonete. Eu não a estava tocando. Gostaria de ajudar, mas eu não estava tocando. Segui-os para o seu Range Rover. Ele colocou a Nan, então virou-se para mim.

"Vou levar o carro de Nan. Leve-a e peça um exame completo.” "Ligue para Blaire e verifique Harlow para mim." eu respondi. Ele acenou com a cabeça. "Farei isso agora." Não disse obrigado. Ele me devia muito. Andei em volta pela Rover e abri a porta. Eu subi e bati a porta para sair um pouco da frustração. Não ajudou em nada. "Você não tem que me levar." disse ela. "Sim, eu tenho." eu respondi. "Porque você ainda se importa." ela disse com um tom esperançoso em sua voz. "Por causa do Rush." eu respondi e girei dirigindo para o hospital, que eram uns bons trinta minutos. "Você realmente quer dizer isso?" Ela perguntou. "Sim, eu realmente quero." "Mas você disse uma vez que me amava." ela disse, soando mal. Eu tinha bebido. O sexo tinha sido grande. "Eu estava na luxúria. O que tínhamos era bom em primeiro lugar. Eu gostei. Então, eu percebi que não era o único. Você era perversamente média e superficial. E assim foi por causa sexo." Ela fez um pequeno suspiro. Não me importo se as minhas palavras ferissem ela. Eu sabia que ela estava machucada e eu odiava que ela tivesse de putaria com alguém que iria bater numa mulher. Era isso. Nada mais. “O sexo com ela é melhor? Ela é muito inexperiente para ser boa."

Isso era o que Nan jamais entenderia. Sexo nunca seria mais do que sexo para ela, porque ela não tinha coragem de olhar mais profundo. Para que realmente pudesse sentir algo por outra pessoa. "Nada pode se comparar a Harlow. Nada chega perto de tocála". Foi tudo o que eu disse. A minha vida privada com Harlow era apenas isso: privada. Eu não estava compartilhando-a com Nan.

Harlow

Ouvi Blaire falando no telefone na cozinha enquanto eu estava na varanda. Ela explicou sobre o longo passeio que Nan havia sido espancada por August. Ou era isso que Nan tinha dito quando ela ligou para Rush. Eu podia ver nos olhos de Blaire que ela não tinha certeza se acreditava na história. Mas ela tinha entendido a necessidade de Rush ir. Eu também entendi que precisava checar se era verdade e Grant era o seu irmão ou a coisa mais próxima que ele tinha de um. Mas a imagem de Grant segurando Nan e confortando-a que me assombra. Odiava estar sendo egoísta. Eu não era uma pessoa egoísta. Meus sentimentos por Grant estavam fazendo-me diferente. Não entendia exatamente, com algumas das diferenças também. Se Nan havia sido espancada por August, então ela precisava de seu

irmão e Grant. Eles foram os únicos dois homens em sua vida que ela poderia confiar. "Era o Rush.” disse Blaire atrás de mim. "Como ela está?" Perguntei incapaz de olhar para Blaire. Eu tinha medo de que ela visse em meus olhos o que eu estava pensando. Eu estava com vergonha. "Ela estava dizendo a verdade. Rush disse que ele a espancou muito duro e ela ficou inconsciente." Meu peito ficou ferido, mas não foi por simpatia por Nan. Era por mim. Foi porque eu podia ver Grant escapando de mim. Eu me odiava por isso. Eu estava sendo realmente tão cruel? "Rush vai encontrar August. Ele enviou Grant com Nan para o hospital. Ele disse que queria que ela fosse examinada." Então Grant estava com ela. Sozinho. Isso foi tudo. Ele era um idiota quando se tratava de Nan em necessidade. Eu já tinha visto como ele tinha corrido atrás dela antes, quando sentiu que ela precisava de alguém. "Rush queria que você soubesse que Grant não queria levá-la. Ele persuadiu-o para isso.” Eu poderia segurar isso por um tempo. Talvez fosse aliviar meu medo. Ou talvez me preparando para o pior. Era a melhor maneira de proteger o meu coração. Não que isso fosse realmente fazer a diferença. Eu estava muito longe disso de qualquer maneira. "Eu costumava odiar ela. Eu pensei que ela era a maldição da minha existência. Mas com o tempo, percebi que Nan é apenas triste. Ela levou todos embora. Isso a fez odiá-la e deixou o seu coração feio. Ela não faz nada para valorizar-se a ninguém. Ela tem que

chamar Rush, porque ele é seu irmão. Ele é o único que vai correndo. Ela não ligou para Grant essa noite, porque ela sabia que ele não iria responder, muito menos vir para o resgate. Mas ela sabia Rush faria e ela sabia que ele traria o Grant. Mesmo quando ela está em seu ponto mais baixo, ela manipula as pessoas. Grant é inteligente o suficiente para ver isso." Eu esperava que ela estivesse certa. "Ele viu algo nela antes." eu disse simplesmente. Blaire estava ao meu lado. "Ele viu alguém que estava em necessidade de fixação. Grant gosta de consertar as coisas. Quando eu cheguei aqui, Rush me odiava. Ele queria que eu fosse embora. Mas Grant assegurou que isso não acontecesse. Na manhã seguinte, quando acordei, eu estava preocupada sobre como eu faria para ter recursos para colocar gasolina para que eu pudesse encontrar um emprego. Quando cheguei ao meu carro, havia uma nota de Grant sobre o assunto. Ele encheu minha caminhonete com gasolina. É apenas quem ele é. Nan é quebrada e ela não é corrigível. Grant percebeu isso. Ele tem você e ele não vai estragar tudo." Senti as lágrimas picarem meus olhos. Eu sabia da história de Blaire. Ela veio aqui sozinha, perdida, mas corajosa. O fato de que Grant tivesse certeza de que teria gasolina só me fez amá-lo mais. Segurei no corrimão e fechei os olhos. Eu não iria chorar. "Estou apaixonada por ele." eu admiti, em um sussurro tão baixo que eu não tinha certeza de que ela me ouviu. Eu esperava que ela não tivesse, logo que eu disse isso. "Eu sei. É tudo sobre você quando você está com ele. Mas ele está apaixonado por você, também. Nunca o vi olhar para ninguém da forma como ele olha para você."

Pensei em Rush e do jeito que ele protegia Blaire. O brilho possessivo em seus olhos e o jeito que ele a mantinha tão perto dele. Eu nunca tive isso. Ela tinha algo excepcional que eu tinha lido muitos romances. Eu queria isso também. Não tinha percebido que era real até que eu tinha visto Rush com Blaire. Esse tipo de amor não era uma fantasia. Era real. "Eu quero a fantasia. Quero que ele me ame do jeito Rush te ama.” Blaire se inclinou para mim e bateu no meu ombro com o dela. "Ele está indo dessa forma, se ele já não está lá. Você ficou sob sua pele." "Ele não me disse que me ama." eu disse a ela. "Ele vai." respondeu ela. "Quando ele tiver coragem o suficiente, ele vai te dizer." Eu tentei acreditar nisso. Queria acreditar nisso. "Toda a minha vida eu vi meu pai trepar por aí com mulheres e jogá-las de lado, como se não significasse nada. Eu me preocupava que o amor não fosse real, ou eu não tinha na composição genética o direito de amar como você ama Rush. Nunca tinha visto ou conhecido o amor. Eu estava tão bem guardada. Preocupei-me que eu não gostaria, porque o meu pai não podia amar. Então... Então eu o vi com..." Eu parei. Não sabia se eu queria compartilhar isso com Blaire. Eu não tinha certeza se eu queria alguma vez compartilhar o que eu tinha visto. "Ele ama a minha mãe. Mesmo que ela não consiga falar ou se mover, ele quer estar perto dela. Ele penteia o seu cabelo." Esse fato ainda me frustra. Eu nunca soube que ele poderia ser assim.

"Meu palpite é que você é como sua mãe. Ela inspirou esse tipo de amor e devoção de uma estrela do rock que poderia ter quem ele quisesse. É um dom especial e precisa aprender a confiar que você é digna desse amor. Dê tempo ao Grant. Ele está apenas descobrindo agora as coisas e eu acredito que por ele vale a pena esperar." Eu balancei a cabeça. Ela estava certa. Ele estava com pena. Eu tinha que parar de duvidar dele. Duas vezes em uma noite. Outra característica que eu tinha que eu odiava. Eu estava insegura. Dolorosamente. Era o momento de superar isso. Não sabia se eu tinha uma vida longa com Grant ou não. Mas eu o queria. Eu queria que isso fosse a minha vida. Quando tudo terminar, eu queria saber se eu teria isso. Era o momento, que eu dissesse a ele o meu segredo. Ele merecia saber.

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Três horas depois, meu telefone tocou enquanto eu estava sentada encolhida no sofá da casa de Rush. Blaire tinha subido antes, quando Nate começou a chorar. Ela disse que ele estava acostumado a Rush balançando-o para dormir, então ela tinha que lhe dar atenção extra. "Olá," eu disse, sabendo que era Grant. "Ei, você ainda está no Rush?" Questionou. "Sim", eu respondi. "Bom. Eu tenho que pegar Nan e ter certeza que ela vai para a cama. O médico disse que ela precisa ser acordada a cada hora. Ela

tem uma concussão bem ruim. Vou buscá-la assim que ela estiver na cama." Não ia insistir no fato de que ele estava colocando-a na a cama. Eu era mais forte do que isso. "Ok." eu respondi. "Harlow?" Ele disse, a preocupação em sua voz era óbvia. "Sim." "Sinto muito sobre tudo isso. Saiba, por favor, isso não muda nada. Ela é apenas a irmãzinha do Rush. Ok?” "Eu sei." Grant soltou um suspiro de frustração. "Estarei aí em poucos minutos. Eu juro." "Eu estou bem. Tome seu tempo" assegurei a ele antes de desligar. A porta da frente se abriu e Rush entrou. Ele passou pela porta aberta para a sala. Em seguida parou, voltou pra atrás e olhou para mim. "Ei, você ainda está aqui", disse ele. "Sim. Grant acabou de ligar.” "Eu precisava de sua ajuda essa noite. Essa é a única razão pela qual ele fez isso.” "Eu sei." eu disse, mesmo não entendendo completamente. "Ele queria voltar para você." Rush me disse. "Está tudo bem, Rush. Eu não estou chateada.” eu assegurei a ele. Ele parecia aliviado. "Nate está dormindo?" questionou.

"Ele estava chorando e Blaire subiu para balançá-lo." "Ele me quer. É o nosso tempo. Diga ao Grant obrigado.” ele me disse. "Eu vou."

Grant

Harlow veio andando na rua enquanto eu entrava na garagem. Ela ainda estava usando aquele vestido, mas os sapatos estavam balançando em seus dedos. Eu tinha planos para esse vestido, e, especialmente, aqueles saltos. Mesmo que ela não tinha pretendido, Nan havia arruinado a noite. Pulei para fora da caminhonete e dei a volta para abrir a porta quando ela me alcançou. Ela sorriu para mim docemente. O olhar cansado em seus olhos me fez querer agarrá-la e abraçá-la. "Hey." eu disse, tomando-lhe as mãos e colocando-os ao redor do meu pescoço. "Hey." ela respondeu, descansando as duas mãos sobre os meus ombros. "Eu senti sua falta." eu disse a ela, abaixando minha cabeça até que eu pudesse pressionar meus lábios nos dela. Ela abriu-os facilmente para mim e eu mergulhei, saboreando-a e lembrando-me que ela era minha. Ela confiava em mim. "Eu senti sua falta também." ela sussurrou contra meus lábios. "Você não está com raiva de mim?" Eu perguntei, precisando de reafirmação. "Não", ela disse simplesmente. "É hora de eu te enfiar na cama também. Só que eu quero você nua e enrolada em mim.” eu disse a ela e a peguei para colocá-la na

minha caminhonete. "E eu quero que você use aqueles saltos para mim." Ela torceu o nariz. "Para dormir?" "Não, quero você naqueles saltos quando eu me enterrar dentro de você." informando-a. Ambas as bochechas inflamaram em vermelho quando ela corou e assentiu. Essa era a minha menina. Ela não ficou ferida ou louca. Eu nunca fiquei tão fodidamente aliviado. Bati levemente no assento ao meu lado na caminhonete e Harlow deslizou. Ela se inclinou contra mim e me deixou abraçá-la. Tê-la aqui fez tudo mais fácil. Pressionei um beijo na sua cabeça. "Obrigado", eu disse. "Por quê?" "Por ser tão malditamente perfeita para mim." Harlow virou o rosto para descansar no meu ombro. Sua respiração estava quente na minha pele, e levá-la para o quarto estava se tornando uma prioridade. "Não vou mentir. Fiquei chateada. Eu não gostei que você fosse para o resgate de Nan. Foi egoísta da minha parte e eu odiava ter essa feiura interior. Não vou nunca reagir dessa forma novamente. Não quero ser assim." Ela estava sendo tão honesta. E ela também estava errada. Não havia um pingo de feiura nela. Enfiei minha mão sobre sua coxa nua. "Harlow, eu não acho que você poderia ser egoísta e feia, mesmo que você tente. Você reagiu dessa forma porque se sentiu possessiva sobre mim, e isso me faz o maldito homem mais sortudo no mundo.

Você deveria ter sido perturbada. Inferno, baby, eu estava chateado. Estava tão malditamente rasgado. Não queria estar lá, mas Rush precisava de mim.” "E eu me ressentia disso. Então, eu fui egoísta.” Rindo, eu deslizei minha mão até sua coxa. "Eu digo uma coisa. Pode ser egoísta a qualquer momento que você quiser comigo. Foda, isso me excita." Harlow aliviou e deixou as pernas bem abertas. "Por quê?" Ela respirava quando minha mão roçou a calcinha já molhada. "Porque eu quero pertencer a você. Quero que você se importe quando eu sair. Se você viesse atrás de mim, eu teria prazer em deixar você ir comigo. Não posso dizer não." Ela se moveu contra a minha mão e fez um gemido suave na garganta. "Então me foda na caminhonete antes de entrarmos. Eu preciso de você." ela disse, jogando a cabeça para trás e gritando quando eu escorreguei a mão dentro de sua calcinha. "Parece que eu vou começar a viver essa fantasia com você neste vestido afinal de contas." eu disse a ela e estendi a mão para seus sapatos. "Eu quero que os vista em você primeiro." eu disse a ela. Ela riu e colocou-os antes de rastejar para o meu colo.

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Quando o primeiro alarme disparou uma hora depois de ir para a cama com Harlow, eu rapidamente desliguei e comecei a sair da cama para acordar Nan. A mão de Harlow estendeu, me agarrou e me puxou de volta. "Não. Eu estou fazendo isso”, ela disse e começou a se levantar. "Fique na cama. Não quero você lidando com isso.” argumentou. Nan não é seu problema. Harlow empurrou o cabelo longo e grosso do rosto, franzindo o cenho para mim. "Você disse que estava tudo bem eu ser possessiva. Bem, não gosto da ideia de você ir para o quarto de Nan com ela na cama e acordá-la. Você fica aqui na minha cama e eu vou acordá-la." ela disse. Sorrindo, eu estava de volta na cama. "Tudo bem. Bela. Você ganhou." eu respondi. Ela tinha um ponto. Não havia nenhuma maneira no inferno que eu iria deixá-la ir ao quarto de outro homem durante a noite e acordá-lo. Ela assentiu com a cabeça e agarrou a minha camisa do smoking branca descartada e colocou-a sem se preocupar em abotoá-la, ela apenas segurou-a fechada e saiu pela porta. Pequena, doce e mulher sexy estava indo para verificar Nan. Ao pensar apenas cujo a cama eu estava, me fez sorrir. Eu gostava de saber que ela tinha alguma luta dela mesma. Com uma irmã como Nan, ela precisava. Eu odiava pensar em Nan machucando-a de alguma forma. E pensei que eu quase perdi isso porque eu estava preocupado em amá-la e perdê-la. O medo da morte tinha colocado suas garras

em espessura. Eu tinha de agradecer ao Rush e a Blaire por me mostrar que amar alguém assim valia a pena. Eu só tinha que encontrar uma maneira de dizer a Harlow exatamente como eu me sentia. Não queria assustá-la. O jeito que ela estava olhando para mim ultimamente, eu queria acreditar que ela se sentia da mesma maneira. A porta do quarto se abriu e Harlow revirou os olhos. "Ela está bem. Mal-intencionada como sempre. Disse que queria que você fosse vê-la na próxima vez." disse Harlow antes de sair da minha camisa e rastejar de volta para a cama, aconchegando-se contra mim. "O que você disse a ela?" Perguntei. "Eu disse a ela para superar isso. Eu estava mantendo sua bunda sexy com segurança na minha cama." Harlow respondeu enquanto jogou uma de suas longas pernas sobre a minha e se enterrou em mim. Segurei-a contra mim e voltei a dormir com um sorriso no meu rosto.

Harlow

Rush encontrou August. Mesmo que Woods não tivesse demitido ele, ele não estaria apto a trabalhar. Rush conseguiu quebrar o braço que ele usou para bater em Nan e disse para ele sair da cidade. Ou Rush teve um encontro com o departamento policial ou August correu assustado. Não estou certo do que aconteceu exatamente. Não gosto de conversar sobre Nan com Grant. Nan deixou a cidade novamente, o que era uma coisa normal para ela, a partir do que todos disseram. Ela estaria de volta quando tivesse superado tudo com August. Eu estava tão grata por ter Grant sozinha. Ele parecia mais aliviado do que eu estava. A única coisa que estava entre mim e Grant agora era o meu segredo. O qual eu tinha que guardar para mim mesma o resto da minha vida. O qual fez as pessoas me tratarem diferentemente. E o qual me impediu de dizer a Grant o quanto eu o amava. Ele não tinha dito que me amava. Era justo amá-lo se eu não poderia dar a ele as coisas que ele merecia? Por muito tempo, eu vivi sem pensar sobre isso, pois minha avó não me permitia usar isso como um apoio ou uma desculpa. Mas agora... Eu não poderia fazer isso sem ser honesta. Falar pra Grant a verdade seria difícil. Talvez ele entendesse ou veria isso como uma decepção. Se eu tivesse só mais um pouco de tempo. Eu não queria estragar as coisas. Seu coração estava seguro, mesmo que o meu não tivesse. Olhei de volta para Grant, que estava no telefone com um site de construção. Nós estávamos há três horas fora da cidade.

Ele quis que eu viesse com ele e eu não queria ficar longe dele. Nós não conversamos muito no caminho porque ele estava dirigindo, fazendo anotações e falando no telefone com diferentes pessoas. Eu tinha até o ouvido discutir com seu pai. Foi uma boa visão de um lado diferente da vida dele. Ele não era como os outros socialites em Rosemary - ele na realidade tinha um trabalho. Um trabalho regular para uma empresa de colarinho azul. Eu gostei disso. Ele finalmente largou o celular perto do notebook e olhou para mim. “Juro, se eu soubesse que eles me prenderiam no telefone o dia inteiro, eu não teria te trazido comigo.” “Eu apenas gosto de estar com você.” eu disse pra ele. Seu rosto se transformou em um sorriso. Ele estendeu sua mão e entrelaçou seus dedos com os meus. “Eu amo ter você comigo. Isso faz tudo ficar melhor.” Ele amava me ter com ele. Ele não me amava, mas ele amava me ter ao seu redor. Isso era novo. Eu não pude conter um sorriso bobo no meu rosto. “Estou morrendo de fome. Está pronta pra almoçar?” Ele perguntou, saindo na próxima saída. “Sim, estou ficando com fome.” afirmei. Meu celular tocou, interrompendo-me, e imediatamente o peguei. Apenas duas pessoas poderiam estar me ligando. Meu pai ou Mase. O nome do meu pai apareceu na tela. “Papai?” Eu disse no telefone. Ele raramente me liga quando estava viajando.

“Hey. Estou indo para casa. Há um problema com Emmy. Eu preciso estar lá. E eu quero que você esteja preparada. As coisas vão explodir assim que eles encontrarem você.” Me encontrar? “Eu não entendi, papai. Que coisas que vão explodir? Quem que vai me achar?” “Algum filho da puta vazou a informação sobre sua mãe. Algum novo membro do The Manor. Quando ela me viu lá, ela fez algumas investigações. Quando você veio visitar, ela descobriu que você é minha filha. Fui atacado por paparazzi essa merda de noite em Paris. Estou indo para casa. Não os quero perto de sua mãe. A cadela foi demitida e escoltada para fora da propriedade, mas a imprensa está cobrindo The Manor. O pessoal está em pânico. Eles vão atrás de você, também.” Sempre fiquei segura dos paparazzi porque eu sou tediosa. Agora a existência da minha mãe irá mudar tudo isso. “O que eu posso fazer para ajudar, pai?” Perguntei preocupada com o homem que eu vi protegendo a mulher naquela sala, como se fosse uma princesa. “Nada. Merda nenhuma, querida. Merda nenhuma. Eu preciso voltar para sua mãe. Ela precisa de mim. Desculpe-me, mas você está sozinha. Somente esteja preparada - eles vão te achar. Tudo virá à tona. Tudo. Você entende isso, não entende?” Ele quis dizer minha vida. Meus segredos. Minha privacidade. “Sim, senhor. Eu sei.” “Eu estou tão arrependido, minha garotinha.” Ele disse e a dor em sua voz era verdadeira. Ele realmente desejou que eu não tivesse que encarar isso. Mas eu tinha que descobrir isso por conta própria.

“A única coisa que eu consigo pensar é que você pode ir ao The Manor. Posso conseguir para você uma sala e você estará segura, mas eles acabarão chegando à história. Muitas pessoas sabem de coisas. Tudo virá à tona. Você pode se esconder por um tempo e eu esconderei você. Mas chegará a hora que você terá que encarar isso. Você não é mais minha pequena garota.” Ele estava certo. Era hora de encarar essa vida. A qual eu me escondi. “Me liga. Me deixe saber como ela está e que você está seguro quando chegar lá.” Eu disse pra ele. “Eu vou. A história da Nan virá à tona, também. Esteja preparada para isso.” “Tudo bem.” Ele desligou e eu fiquei olhando para o meu telefone. “O que está errado?” Grant perguntou, ele estava me olhando fixamente. “Eu… Eles sabem. A mídia sabe.” “Merda.” Grant tirou o notebook que estava entre nós e ficou do meu lado. Eu não tinha percebido que nós tínhamos estacionado até aquele momento. “Você quer dizer a respeito de sua mãe?” Balancei a cabeça. “Sim. Minha mãe. Nan… Eu. Eles sabem tudo. Eles estão vindo atrás de mim. Não serei difícil de ser achada. Eles já sabem onde Rush mora. Eles fazem papéis aleatoriamente quando precisam de alguma história da família Slacker Demon para os papéis de difamação.”

Grant me puxou entre seus braços e me abraçou contra seu peito. Eu tinha que dizer tudo a ele agora. Não conseguia formar palavras. “Eu não vou deixar esses desgraçados chegarem perto de você. Eu juro.” Ele rosnou, apertando seu abraço. Ele não sabia como eles eram. Isso foi uma história de quebra na indústria musical. A banda de rock mais legendária do mundo conduziu um cantor a casar com uma mulher que ele mantinha em segredo de todos. Mesmo da própria filha por anos. Essa era eu. A criança milagrosa deles. A criança que não deveria ter vivido, mas viveu. Aquela que não poderia viver uma vida longa. Aquela que não poderia ter filhos ou eles a matariam. Aquela que não é completa, cujo coração nunca funcionou corretamente. As pílulas que eu havia tomado toda vida. As precauções - tudo viria à tona. E eu seria a menina doente. Aquela que todos olham como se não fosse normal. Não queria isso. De novo não. Eu vivi aquela vida antes e eu não quero isso de novo. Eu guardei meus segredos por uma razão. E agora todos eles estão aparecendo e eu não tenho controle sobre isso. “Shh, está tudo bem, baby. Juro vou te proteger. Eu juro, que vou.” Grant murmurou enquanto lágrimas silenciosas desciam pelo meu rosto. Minha vida estava prestes a mudar completamente.

Grant

Inferno. Isso não era algo que eu poderia consertar e eu odiava isso. Os ombros de Harlow tremiam em silêncio, enquanto as lágrimas molhavam a frente da minha camisa. A vida dela estava prestes a ser jogada sobre a mídia. E eu não podia fazer porcaria nenhuma. Rush nunca teve que lidar com isso, pois o mundo sabia que ele existia. Ele aparecia em tabloides às vezes, mas sua vida normal não proporcionava a eles o drama que eles ansiavam. Isso. Harlow não teria paz. Eu poderia levar ela para longe e escondê-la. Nós poderíamos pegar um voo e deixar essa porcaria de cidade. “Vamos embora! Pegar um avião e nos esconder. Podemos ir para uma ilha isolada em algum lugar.” Ela balançou sua cabeça. “Isso não fará tudo desaparecer. Eles vão me achar um dia e eu terei que encarar isso,” ela soluçou. “Eles estarão depois de mim. Tenho que encarar isso. E eu preciso falar com meu pai. Isso será tão ruim para ele.” Sempre se preocupando com mais alguém. Era o que ela fazia. Era uma das coisas que eu amava nela. Mas porra, justamente agora eu queria que ela pensasse nela. Kiro foi usado pelos paparazzis. Ele estava acostumado a estar na mídia e sempre surgiam rumores sobre ele. Ele tinha mantido Harlow fora dos holofotes e agora ela estava prestes a ser jogada contra eles. Não era como se o mundo não soubesse que ela existisse. Eles somente não sabiam muito sobre a vida dela, então a ignoravam. Ela era chata e as façanhas de Kiro eram bem mais divertidas.

“Me diga o que fazer e eu farei. Só me diga o que você precisa.” Eu falei a ela, como se meu coração estivesse sendo quebrado a cada soluço. “Preciso voltar para Rosemary e empacotar minhas coisas” ela disse, apenas. Empacotar? Por quê? “Porque você vai empacotar as coisas?” Perguntei, sentindo os primeiros impulsos de pânico. “Eu tenho que ir. Nan será menos interessante para mídia se eu não tiver lá. Preciso voltar para L.A. e me esconder. Sou boa nisso.” “Não posso trabalhar em L.A., mas eu vou ligar para o meu pai e negociar.” Eu disse pra ela. Ela balançou a cabeça. “Não, você não precisa vir. Você precisa ficar aqui e sair fora disso.” Peguei suavemente seus ombros e puxei-a de volta. Então, pude ver seu rosto. Seu rosto riscado pelas lágrimas e olhos grandes me encarando. “Não vou aceitar você me deixar. Nunca. Você não entendeu isso?” Ela somente me olhou. Emoções passaram por seus olhos que eu queria agarrar e outras vezes eu odiava. Ela duvidou de mim... Ela duvidou de nós. Eu pensei que a tivéssemos passado por isso. “Harlow, eu não vou deixar você me deixar.” Ela enxugou as lágrimas em seu rosto. “Você vai.” Ela disse com tristeza, som de derrota. Eu odiei isso.

“Meu amor, não será um monte de paparazzis que vão me colocar longe de você. Posso aguentar qualquer merda, contanto que eu tenha você comigo.” Harlow balançou sua cabeça e olhou para mim. “Você diz isso agora. Mas você não sabe. Isso não vale.” Ela valia tudo e nada poderia ser jogado em mim. “Eu vou pegar você de volta, mas eu não vou sair do seu lado. Não vou deixar você lidar com isso sozinha, e eu não vou a lugar nenhum. Você me ouviu?” Um triste sorriso apareceu em seu rosto. “Eu sei o que você pensa, mas isso será muito. Você saberá em breve. Não é o que você pensa. Coisas virão à tona e você não saberá lidar com isso. E eu entenderei.” Ela não confia em ninguém. Eu estava perdendo essa luta. Eu ia ganhar seu coração, droga. Ela tem o meu, e eu faria qualquer coisa para provar que ela tem meu coração. Falar para ela não foi o suficiente. Palavras são fracas. Eu tenho que mostrar pra ela. E eu vou.

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Eu a mantive junto a mim. Nós não estávamos ouvindo o radio. Eu tinha certeza que isso já estava sendo falado em cada estação. Eu não queria chateá-la. Isso não seria fácil, e eu corria o risco de bater a merda fora sobre alguém antes que acabasse, mas eu vou mostrar isso que eu quis dizer a ela. Isso que ela era para mim.

Quando voltamos para Rosemary, TVs, vans e carros saíram às ruas. Eu dei a volta e fui para meu apartamento. “O que você está fazendo?” Ela me perguntou, sentada e olhando para os paparazzis que já estavam cercando a casa de Nan. Eles estavam tirando fotos da sua casa e carro. “Levando você para minha casa.” A informei. “Preciso encarar isso agora. Vai ficar cada vez pior. Eu quero que eles vão embora assim cada um em Rosemary pode voltar ao normal.” “Harlow, se eu deixar você sair do carro e eles virem até você, eu vou acabar na cadeia. Você me entende?” Ela olhou pra mim com uma expressão. “Por quê?” “Porque eu vou arrebentar eles. É por isso.” “Oh” ela respondeu. Ela me deixou dirigir até meu apartamento sem fazer mais perguntas. Quando chegamos, pude respirar com mais alívio. Eu estava com medo que eles tivessem descoberto quem eu era e já estivessem esperando aqui, também. Meu celular tocou quando eu parei a caminhonete e o agarrei. O nome de Rush estava na tela. “Hey” eu disse, abrindo a porta da caminhonete. Eu queria me apressar e ter Harlow segura lá dentro. “Onde Harlow está?” Perguntou Rush. “Comigo.” “Onde?”

“No meu apartamento”, eu respondi. “Mantenha ela ai dentro e não saia daí, merda.” Rush falou. “Já estamos a caminho.” Eu disse a ele, irritado porque ele pensa que precisa proteger o que é meu. “Ela sabe?” Perguntou Rush. “Sim. Kiro ligou alertando ela.” “Ela sabe a respeito da mãe dela?” “Sim, ela descobriu quando fomos para Las Vegas encontrar o pai dela. Eu estava lá.” “Eles já estão falando sobre Harlow. Deixe a TV desligada.” Disse Rush. “Estou tomando conta dela. Não preciso de você me dizendo como devo manter minha mulher segura, caralho.” Rush teve um momento de silêncio. “Tudo bem. Certo. Mas e se...” Ele parou. “Nada. Me ligue caso você precise.” Ele desligou. Eu peguei Harlow da caminhonete, coloquei minhas mãos nas dela e nós dois começamos a correr até a porta. Não tinha ninguém aqui, e eu quis que assim continuasse. Quando ela já estava segura lá dentro, eu fechei a porta e a tranquei. “Você está bem?” Perguntei a ela. Ela assentiu com a cabeça e olhou pra mim. Eu não tinha certeza sobre o que ela tava pensando, mas eu poderia garantir que ela estava pensando em algo. Dei um passo em direção a ela e ela jogou-se em meus braços. Não esperava por isso, mas eu peguei-a e abracei-a. Percebi que essa

tinha sido a primeira vez na vida dela que alguém fez dela uma prioridade. O alívio em seu corpo enquanto se pressionava contra mim me disse tudo que eu precisava saber. Minha superprotegida Harlow nunca tinha sido protegida por sua causa, mas por segredos em sua família e uma mulher que ela não sabia estar viva. “Daqui pra frente, você me tem.” Eu disse pra ela e ela assentiu contra meu peito.

Harlow

Precisou de apenas três horas para nos acharem. Grant fechou as cortinas e as janelas e portas de vidro que dão pra varanda. Carros de polícia estavam lá fora também e eu sabia que Rush estava usando cada grama de poder que ele tinha para pegar os abutres que estavam atrás de mim, mas não faria nenhum bem. Grant se trancou no seu apartamento como um animal por minha causa. Eu odiei isso. Eu o vi espiando o lado de fora e comecei a me odiar. Eu fiz isso com ele. Fui egoísta e o deixei ficar comigo. Deveria ter corrido. Deveria ter forçado ele a me deixar. Deveria ter falado a ele que seu medo de perder alguém, era muito real comigo. Eu não tinha certeza do quanto eu viveria. Ele poderia nunca conseguir me engravidar. Eu o vi olhando para Rush e Nate, e eu soube que ele queria aquilo. Mas ele poderia nunca ter isso comigo. Eu era defeituosa.

E agora eu estava arruinando a vida dele. Grant olhou ao meu redor e me viu olhando pra ele. Ele franziu a testa e fez o seu caminho até mim em poucos largos passos. “Eu não gosto da visão que estou tendo do seu rosto. Ignore essa merda lá fora.” “Não posso. Você está trancado no seu apartamento por minha causa.” Grant ergueu as sobrancelhas. “Você acha que eu me importo com isso? O único problema que eu teria com isso, seria se você não tivesse aqui comigo. Mas você está. E isso faz disso uma maldita atitude certa.” Não podia deixar de sorrir para o olhar de provocação na cara dele. Ele nunca deixou de me fazer sorrir. “Você vai querer cair fora logo.” Eu disse, tentando relembrá-lo sobre o real problema. Grant não discutiu comigo. Em vez disso, ele entortou seu dedo para mim. “Levante-se”, ele exigiu. Fiz o que ele pediu. Ele estendeu a mão e acariciou minha bochecha com as costas da mão. “Boa garota”, ele disse. “Agora, tire suas roupas”, disse em uma voz severa. Isso deveria ter me irritado, mas os tons sensuais só tem minha atenção de um modo muito diferente. "O quê?" Eu perguntei, começando a respirar com dificuldade. “Eu disse pra você tirar suas roupas. Eu sei que você me ouviu corretamente.” Ele disse devagar. Eu pensei em argumentar, mas o jeito que ele estava me olhando me fez mudar de ideia. Abaixei o zíper da minha saia e a deixei cair até meus pés. Ele segurou a barra da minha camisa com

ambas às mãos e tirou pela minha cabeça lentamente. Se ele queria jogar, eu decidi que jogaria também. Quando minha camisa caiu no chão, seu olhar queimou dentro de mim. Eu poderia quase sentir o calor escaldante na minha pele. Cheguei por trás e deixei cair meu sutiã. Eu deixei-o oscilar de uma das minhas mãos depois deixei-o cair na frente dele. “Calças.” ele disse com uma voz rouca. Tomei um esforço extra me remexendo, então ficou lá enquanto seu olhar aqueceu meu corpo e me fez formigar em certas áreas. "Nenhum homem iria se arrepender de ser trancado com você." disse ele, em voz baixa e apalpou um de meus seios inchados, carentes em suas mãos. "Esses seios sensíveis, eles nem sequer precisam de mim para tocá-los, duros como doces, a partir do meu olhar apenas." ele murmurou. Pensei em mencionar que qualquer seio ficaria assim caso ele olhasse dessa forma. Mas eu não queria pensar nisso. Eu só queria pensar em nós. Ninguém mais. Apenas nós. “Depilar essa boceta deveria ser ilegal pra caralho. É injusto. Uma boceta já é perfeita naturalmente, não deveriam deixá-la mais irresistível. Um homem só pode lidar com um tanto.” Sua mão desceu pelo meu corpo nu e eu gemia. Eu não estava certa de que jogo estávamos jogando agora, mas eu estava gostando. “Molhada. Sempre tão molhada. Você fica molhada tão fácil. O que te deixa molhada? O que é isso que eu faço com você que te deixa assim?” Ele perguntou enquanto seus dedos deslizavam sobre meu úmido calor. “Não precisa de muito. Basta olhar pra você e eu fico molhada.” Contei pra ele.

Um sorriso satisfeito apareceu em seu rosto e ele fechou o espaço entre nós. “Só uma olhada? Sério? Será difícil manter minhas mãos fora da sua calcinha. Eu já pensei sobre beijar você e provar você toda ao longo do dia. Saber que sua boceta é molhada vai te deixar fodido em alguns lugares perigosos.” Ele falava baixo enquanto beijava minha nuca. Eu me arrepiei e agarrei seus braços para manter minhas pernas em pé. Sua mão continuava trabalhando feito mágica em mim, e eu estava perto de ter um orgasmo entre suas perversas palavras e seus dedos. “Você foi feita pra mim.” ele disse, me fazendo parar. O que ele quis dizer com aquilo? Ele foi muito perto de outra coisa. Ele não poderia me amar. Ele não sabia. Ele não me amaria quando soubesse. Eu quis esquecer. Não queria que ele dissesse mais. Eu levantei minha perna esquerda, me envolvendo ao redor de seu quadril, me abrindo pra ele. Seus dedos afundaram dentro e ele gemeu. “Flexível pra caralho” ele disse, me beijando em todos os lugares que sua boca encostou. Meu ouvido, minha mandíbula, meu pescoço. “Dê uma volta e agarre a parte de trás do sofá. Cole essa doce bunda pra mim”, ele mandou. Eu não questionei. Eu somente fiz. Eu queria fazer isso. Suas mãos apalparam minha bunda e ele bateu nela gentilmente. Eu gritei alto e ele bateu mais forte. “Eu gosto de ver a marca da minha mão se formando na sua pele” ele disse acariciando o local onde bateu. Eu me contorci, querendo o orgasmo. Eu estava tão perto de chegar. "Minha menina está tremendo. Ela gosta.” Ele espancou-me novamente, desta vez com mais força e eu gritei. "Foda-se, isso é muito gostoso." Grant rosnou, e, em seguida, seus lábios roçaram no

ardor da pele. Sua língua quente saiu e lambeu o local onde ele bateu. Sabendo que sua boca estava perto de outras áreas me fez mais gananciosa. “O que você quer, doce garota? Você quer ser espancada em mais algum lugar?” Ele perguntou. Eu não sabia como responder. Eu só queria o orgasmo que ele iria me causar. Seria diferente dos outros. Eu senti isso. Um tapa pesado atingiu meu clitóris, e gritei alto e comecei escorregar pelo sofá, sem entender como meu corpo conseguia aguentar aqueles tremores. Grant segurou meus quadris e entrou em mim lentamente. “Eu tenho uma porra de garota safada que gosta de ser espancada.” ele suspirou enquanto me controlava, se movendo pra dentro e pra fora de mim. Nunca imaginei que gostaria de ser espancada, mas do jeito que Grant fez foi maravilhoso. Meu corpo estava sussurrante pelo orgasmo quando eu senti outro vindo no topo das estocadas. Eu não estava certa que conseguiria outro. Não como aquele. Ele estava tendo que segurar muito mais que meus quadris. “Minha boceta. Sabendo que ninguém mais encostou nessa boceta e saber que ela é toda minha me deixa louco.” Ele estava muito satisfeito e eu comecei a me mexer junto com ele, querendo o que ele estava me dando. A mão de Grant escorregou e começou a fazer movimentos circulares no meu clitóris assim como fez no meu corpo. “Vem pra mim, baby.” ele disse, me enviando pra fora mais uma vez. Ele tirou para fora e eu comecei a implorar pra ele não parar. Nós não tínhamos usado a camisinha de novo, mas ele tirou. O calor nas minhas costas era a prova. Nós não poderíamos continuar

fazendo isso. Eu não podia engravidar. Não era uma opção para mim. Nunca. “Fique ai. Eu vou limpar você.” Disse Grant e ele andou me deixando lá. Eu só queria me afundar no sofá, mas eu sabia que ele não gostaria do seu sêmen por todos seus móveis. Minhas pernas estavam como gelatina. Ele estava de volta em menos de um minuto com um pano quente, delicadamente enxugando a sua libertação. Eu sorri, sabendo que ele mesmo viu quando ele atirou para o meu corpo. Seu rugido de lançamento tinha sido mais alto do que os outros. Eu sabia que ele gostava de assistir. "Acho que te marcou mais uma vez." ele disse com um sorriso divertido quando me virei para afundar no sofá. “Sim, você fez.” respondi. Os olhos de Grant passaram por cima do meu corpo. Então, ele pegou a camisa e jogou pra mim. "Eu não posso olhar para você assim ou estaremos indo lá novamente em cerca de cinco minutos.” Eu amava saber que ele me queria esse tanto. Puxei sua camisa para baixo em cima de mim, em seguida, puxou minhas pernas debaixo de mim. "Se você estava tentando me distrair, você fez um trabalho maravilhoso.” eu disse a ele. “Ótimo. Que bom que te distrai, mas baby... Sexo com você não é nunca outra coisa que não seja o fato de eu amar estar dentro de você.” Eu gostei disso. Foi como se eu sentisse que ele precisava de mim o tanto que eu preciso dele.

“Eu vou dizer pra nós tomarmos um banho, mas eu gosto de saber que você está cheirando a mim e a sexo. Faz-me sentir como troglodita foda. Se eu começar a bater no meu peito, me ignore.” Ele piscou e puxou a calça jeans, mostrando seu sexy estômago, em seguida, sentou-se ao meu lado. “Lembre-me de enviar a esses idiotas do caralho um obrigado por me darem uma razão pra ficar trancado com você e te ter na minha camisa”. Eu ri e inclinei-me contra ele. Estava certo. Tudo sobre Grant parecia certo. Talvez Deus lhe tivesse feito para mim. Tinha que ter alguém lá fora que me queria, mesmo que eu tivesse quebrada. Certamente Deus não desejou para mim que eu vivesse minha vida sozinha.

Grant

Harlow sentou enrolada em meus braços com suas mãos no meu cabelo, brincando com ele. Eu tinha pensado em cortá-lo porque eu o mantive assim por muito tempo. Mas o jeito que ela passou os dedos através dele me fez decidir que eu iria mantê-lo como está. Ela, obviamente, gostou. Não tinha certeza por que eu decidi jogar duro com ela mais cedo, mas eu queria. Ela sempre parecia tão frágil e eu a tratava como algo precioso e querido. Porque ela era. Queria ver o quão longe ela iria. Tinha empurrado e esperado por ela hesitar e eu teria que sair. Ela não tinha. Seu sensual cuzinho preso no ar e ela se contorcendo para mais. Porra, isso foi quente. Não tinha verificado lá fora recentemente. Rush ligou e perguntou se eles estavam aqui ainda, e eu disse-lhe que sim. Ele disse que tinha alguns paparazzi acampados na casa dele, também. Eu sabia que não poderia continuar a usar o sexo como uma forma de distrair Harlow. Eu ia ter que sair lá e enfrentar esses merdas intrometidos em breve. "Acho que eu preciso ir lá e falar com eles." disse Harlow, embrulhando o meu cabelo em torno de seus dedos. "Não." eu respondi, fechando meus olhos para que eu não visse os olhos dela decididos a implorar. "Eles não irão embora até que eles falem comigo." Harlow me disse. "Bom, se você continuar mexendo com meu cabelo, eu vou te revirar e iremos para a segunda rodada." eu avisei.

Harlow puxou meu cabelo. "Grant. você não pode usar o sexo para me manter sob controle." Eu sorri. "Sim querida, eu posso." eu respondi. Sua pequena risada só me fez sorrir mais. Olhei para ela com os olhos semicerrados. Ela estava olhando para a porta, com o lábio inferior entre os dentes. Ela estava pensando duramente sobre algo. Gostaria de poder ler a sua mente. Odiava não saber o que ela estava pensando. Eu estava sempre com medo de que ela pudesse estar planejando me deixar. “Papai disse que eles não irão embora até que eles consigam a história. Eu deveria apenas responder as perguntas. Talvez eles o deixem sozinho, se responder. Ele já tem Emily para se preocupar." Ela não estava se referindo a Emily como sua mãe. Eu não entendia isso, mas achei que foi como descobrir que você foi adotado. Que os pais biológicos não a criaram. Emily não era uma parte da vida de Harlow. Só de ouvir que ela estava viva não fez de Emily a mãe de Harlow. Inferno, eu conhecia minha mãe e nem sequer a chamava de mãe. "O problema é dele, não seu." eu disse. "Papai vai fazer algo estúpido se ele sentir que ela está sendo ameaçada de alguma forma." O pai dela era Kiro Manning. Ele fez de seu objetivo de vida fazer merda. Será que ela não assistiu a notícia? "Não é o seu problema." eu repeti. "Sim, é. Ele passou a vida protegendo-a e me protegendo." Eu não vejo da mesma maneira. Sinto como se Kiro houvesse protegido Emily, porque ele não queria que o mundo soubesse que

ele tinha uma fraqueza. Eu não acreditava que ele estava protegendo Harlow. Ele simplesmente não tem tempo para uma criança. Ele viu a avó de Harlow como uma solução perfeita e abandonou-a para a mulher. Concedido, acabou melhor para Harlow, mas era porque ela teve a sorte de ter uma avó muito boa, não por causa de qualquer coisa que Kiro fez. O cara era um idiota egoísta. Ele ignorou Nan sua vida inteira. E então teve Mase. O cara não dá a mínima para o seu pai. Diz isto muito. Mase, no entanto, se preocupava com Harlow. Ele tinha a chamado três vezes já e ela tinha enviado suas chamadas para o correio de voz. Ele ia vir para Rosemary com suas botas de cowboy e sua maldita arma se ela não falasse com ele em breve. "Você precisa chamar Mase de volta." eu disse a ela. Ela suspirou. "Sim. É melhor, antes que ele faça algo estúpido." Ela começou a sentar-se e eu a segurei para mim. "Chame-o aqui. Eu não quero deixar você ir." eu disse. Eu poderia dizer pela sua pequena carranca que ela não faria assim. Será que ela quer privacidade? Por quê? O que diabos ela tem que dizer a Mase que não poderia me dizer? "Tudo bem." ela disse, estendendo a mão para seu telefone e discando o número de seu irmão. Eu estava um pouco mais calmo, mas tenho certeza que algo estava acontecendo e tinha que ouvir essa conversa de perto agora. Se ela pretendia que o cowboy viesse para levá-la ao Texas, eu a levaria em todo o estado de maldição. Eu não dou à mínima. Ela não estava me deixando. "Hey, sim, eu estou bem. Estou trancada no apartamento de Grant", ela disse.

Eu não conseguia ouvir o que ele estava dizendo, mas eu poderia dizer a partir do som de sua voz profunda que ele estava preocupado e sendo mandão. "Eu vou ter que falar com eles, eventualmente." ela disse. "Não, eu não tenho... Eu sei disso... Não o seu negócio... Sim, vontade... Apenas deixe-me segurá-lo... Eu sei que você é... Eu ligo se precisar de você... Prometo... Tudo bem, também te amo. Bye." Ela desligou o telefone e soltou um suspiro pesado. "Preciso de um tempo sozinha para pensar. Você se importa se eu tomar um banho e mergulhar um pouco?" Ela me perguntou. Eu queria mergulhar com ela, mas entendi, ela queria lidar com toda essa merda, e se eu estava com ela faríamos sexo na banheira. "Vá se divertir. Eu estarei bem aqui se você ficar sozinha." disse a ela. Ela sorriu e deu um beijo na minha boca. "Obrigada." Após isso ela iria acreditar em mim quando eu dissesse a ela que a amava. Não seriam palavras fracas. Ela acreditaria nelas, porque eu teria mostrado a ela o quanto eu a amava. Não haveria nenhuma dúvida naqueles grandes olhos que me tinha enganchado pela primeira vez, quando nossos olhares se encontraram. Esperei até que a água estava correndo e a porta do banheiro estava bem fechada, eu levantei-me e fui olhar para fora novamente. A multidão não tinha diminuído. Eles ainda estavam lá, e assim foram os policiais. Esta foi uma treta. Porque a vida de uma porra de estrela de rock maldito é tão importante? Meu telefone tocou e eu puxei-o do meu bolso. Era Rush novamente. "Eles ainda estão aqui." eu disse.

"Eles vão estar até que ela fale com eles. Não tenho certeza de que ela precisa, no entanto." ele disse. "Não vou deixá-la." "Você viu alguma das notícias?" O tom na voz de Rush me incomodou. Ele sabia alguma coisa. "Não, por quê?" "Fique longe delas por enquanto. Dê a Harlow um tempo." O que isso quer dizer? "Eu estou protegendo ela das noticias." "Você também. Fique longe delas. Ela precisa de você agora.” "Sim, é claro." "Me chame se precisar de mim." disse Rush e desligou o telefone. Eu andei até o balcão e agarrei o controle remoto da televisão e diminui o volume. Rush estava escondendo alguma coisa e eu queria saber o que diabos ele estava. Se eu fosse manter Harlow segura, precisava saber de onde partir.

Harlow

Sequei-me com uma toalha e entrei no quarto para procurar uma das camisetas de Grant que fossem velhas. Eu não tinha nenhuma roupa limpa aqui. Fiquei surpresa por ele me deixar levar tanto tempo no banho sozinha. Eu não teria me importado de juntarme a ele, depois da conversa que eu tive com Mase. Ele disse que eu precisava dizer a Grant. Eles estavam mostrando fotos minhas de quando era um bebê, nos braços do papai, enquanto ele me levava do hospital, há anos atrás, quando o bebê milagre conseguiu viver. Eles estavam falando sobre como, quando acreditava que sua esposa estava morta, ele tinha esquecido a criança, assim como o mundo. Fotos minhas em sua mansão em L. A. também tinham aparecido. Pessoas que iam para a escola comigo estavam sendo entrevistadas. Eu era agora o maior escândalo do mundo. Minha condição, meu coração e minha vida estavam sendo transmitidos para o mundo. Grant iria descobrir em breve. Eu precisava dizer a ele. Eu tinha uma doença cardíaca congênita e nunca deveria ter vivido. Eu vinha desafiando a previsão de cada médico desde que comecei a andar aos nove meses de idade. Meus pais tinham dito que eu não iria me desenvolver tão rapidamente quanto outras crianças da minha idade. O fato de ainda viver, lembrava que meu coração estava defeituoso. Ter uma gravidez seria impossível. Tomei a medicação que eu guardei na minha bolsa comigo em todos os momentos. Eu não bebia álcool. Eu comia saudavelmente. Eu cuidei de mim mesma.

Minha avó tinha a certeza de ter feito tudo o que foi dito para fazer, a fim de manter-me viva. Tomei uma respiração profunda. Eu tinha que dizer tudo a Grant. Eu estaria indo para a L.A. em duas semanas para ver meu cardiologista e ter um teste regular. Ele iria me dizer como eu estava, e prenderia a respiração até eu saber que nenhuma cirurgia seria necessária neste momento. Eu estava desafiando as probabilidades. Eu tinha a intenção de continuar fazendo isso. Abrindo a porta, entrei na sala de estar. Grant estava sentado no sofá com o controle remoto da televisão na mão enquanto olhava para frente. Eu olhei com horror a televisão. Seus olhos azuis olharam para mim e eu sabia que ele tinha assistindo. O conhecimento que eu tinha escondido dele estava lá em seu olhar. Dor, traição, medo, tudo estava lá. "Você sabe." eu disse simplesmente e caminhei até chegar a minha saia, que agora estava dobrada e em cima de um banquinho de bar. De repente eu me sentia nua e exposta. "Por que você não me contou?" Grant perguntou com tanta emoção crua na voz eu me senti como se tivesse sendo amassada no chão e chorando de injustiça de tudo. Eu queria ser a pessoa que contaria para ele. "Eu nunca disse a ninguém. Eu odeio ser olhada como uma pessoa quebrada e ver todos com medo de chegar perto." respondi incapaz de olhar para ele. "Eu não sou qualquer um, Harlow. Você deveria ter me contado. Você me deixou chegar perto de você e se preocupar com você, mas manteve esse segredo enorme para si mesma." Ele parecia quase atordoado. Seus olhos olhavam para mim e para o medo.

"Eu ia te dizer. Eu só não sabia como. Eu estava com medo de perder você... Essa coisa que nós temos.” Ele baixou a cabeça e sentou-se ali, sem falar nada. Eu não tinha certeza se ele estava com raiva ou se ele estava com medo, também. "Eu sou a mesma pessoa que você sempre conheceu. Eu só tenho uma condição que tem que ser monitorizada. Eu precisava confiar em você antes de falar sobre isso." Ele levantou a cabeça. Descrença em seus olhos. "Confiar em mim? Confiar em mim? Você tinha que confiar em mim para me avisar que me apaixonar por você poderia ser uma coisa perigosa de se fazer? Você pode ver como injusto é? Eu tinha pavor de me deixar ter sentimentos por você, porque eu estava assombrado com a ideia de te perder. Eu tinha me controlado. Então, quando eu decidi deixar isso de lado e fazer o que meu coração queria..." Ele balançou a cabeça e soltou uma risada dura. "Durante todo o tempo você estava doente e você nunca me disse.” Doente? Eu não estou doente! "Essa é a razão exata que eu não digo às pessoas. Elas me tratam como se eu fosse doente. Eu não estou doente. Estive doente e eu sei o que é isso, mas não estou doente agora. E você acha que me dizendo isso não é injusto? Você não sabe nada sobre ser justo. Há uma grande quantidade de coisas na vida que não são justas, mas me protege é justo. Querer viver a vida sem ser deixada de lado, não é injusto." Grant se levantou e sacudiu a cabeça. "Você não pode simplesmente deixar que as pessoas cheguem perto de você e não confiar nelas com esse tipo de informação. Quando você ia me dizer? Quando eu me apaixonei por você? Quando eu disse que te amava, você ia dizer? Oh, sim, eu posso não viver por muito tempo." Ele fez

uma pausa, com a dor cortando através de suas características, e ele desviou o olhar para mim. "Esse era o seu plano?” Ele perguntou com um engate em sua voz. "NÃO! Eu ia te dizer agora. Eu não espero que você... Eu não esperava essa coisa entre nós, mas eu queria. Eu queria que você." Lágrimas queimaram meus olhos enquanto puxei minha saia e olhava ao redor procurando meus sapatos. Eu tinha que sair. Eu enfrentaria os abutres lá fora. Era hora de qualquer maneira. Eu odiava vê-lo assim. Odiava ver o medo em seus olhos. Talvez eu devesse ter dito a ele mais cedo. Talvez fosse egoísta da minha parte mantê-lo em segredo, mas eu já sabia como as coisas seriam uma vez que alguém soubesse. Eu nunca saberia o que era ter Grant. Eu não me arrependo disso. "Eu estava pensando em dizer a você hoje. Sentei-me no banho pensando como eu iria dizer a você. Eu sabia que era hora de que você saber. Não queria que você ouvisse na televisão ou de outra pessoa." Lágrimas queimaram meus olhos. "Você mentiu para mim." ele disse com sua voz desprovida de emoção. Era como se estivesse fechando lá dentro. Foi como se ele estava indo para lidar. Ele não tinha a intenção de lutar por nós e fazer esse trabalho. Ele estava protegendo a si mesmo. Isso me disse o que eu precisava saber. Ele não tem que me dizer que havia acabado. Eu li claramente. Fui até meu telefone e mandei uma mensagem para Rush. ** Eu preciso de você para vir me buscar. Estou prestes a sair lá fora e falar com eles agora, e então eu vou casa. Por favor. ** "O que você está fazendo?" Grant perguntou enquanto eu guardava meu telefone na bolsa.

"Estou indo embora. É hora de ir." eu respondi. Então, peguei os sapatos e coloquei-os. "Você não pode ir embora." Ele bateu a mão contra a parede: "Porra! Por que você não disse pra mim? Eu preciso de tempo para processar isso, Harlow. Você não pode simplesmente ir embora.” Fui até ele e fiquei na frente dele. Isso foi para nós e quando eu olhasse de volta para esse dia, eu teria sempre arrependimentos. Mas dizer a verdade a Grant antes de sair era importante para mim. "Porque você teria me tratado de forma diferente. Não queria ver em seus olhos o que eu sabia que estaria lá. Eu queria estar perto de você. Eu queria saber o que era ter um cara que me quer. Eu queria viver. Meu coração pode não ser todo, mas ainda bate. Eu ainda estou viva. Por que eu deveria viver como eu estivesse morta?" Eu estive lá e esperei por ele para responder. Ele não disse nada. As emoções em seus olhos quando ele olhava para mim eram muitas para explicar. Eu sabia que ele estava ferido. Eu também sabia que ele se sentia traído e eu odiava o que eu tinha feito ele se sentir assim. Mas, por uma vez na minha vida eu me escolhi. Eu queria Grant Carter e seu jeito doce de falar palavras mágicas. Deixei-me ter ele e esqueci os fatos. Ao ouvi-lo dizer que não pode viver por muito tempo era como estar levando um tapa na cara. Ninguém me disse isso. Todo mundo que me amava falou sobre a minha vida ser longa. Eles acreditavam e tinham fé. Grant já estava cavando a minha sepultura. Eu não podia estar perto de alguém que estava esperando eu morrer jovem. "Não vá por aí. Apenas me dê um momento para processar isso. Você apenas não me preparou para isso. Eu não entendia como a doce e altruísta Harlow poderia fazer isso." Eu parei quando minha mão tocou a maçaneta. Suas palavras machucaram mais profundamente do que qualquer outra coisa.

Talvez porque eu sabia que elas eram verdadeiras. Eu estava errada. Eu deveria ter dito a ele. "Bem, agora você sabe. Não sou o tipo de menina que você planeja para sempre. Ao menos você soubesse antes que seu coração se envolvesse." eu disse. "Você não pode, pelo menos, ver o meu lado nessa historia? Não saia por aquela porta.” disse Grant, dando um passo em minha direção. Ficar mais tempo seria apenas me ferir mais. Grant ia me dizer adeus. Eu estava me salvando dessa lembrança. Foi uma que poderia viver sem. Eu não disse a ele que o meu coração era fraco. Eu não tinha avisado a ele. Eu tinha que me deixar viver. E agora eu iria viver com o fato de ele não poderia me perdoar por isso. Que ele não teve a coragem de me amar mesmo assim. Eu abri a porta para sair no meio da multidão. Pessoas saíram e vieram correndo em minha direção. "Senhorita Manning, você está vendo Grant Carter?" Alguém gritou, e eu olhei como uma câmera que foi empurrada na minha cara. Antes que eu pudesse pensar em uma resposta, alguém gritou: "Senhorita Manning, a sua mãe ainda está viva?” Essa foi a pergunta que eu tinha sido preparada para responder, mas fui empurrada e eu tropecei para a frente. "Senhorita Manning, onde está o seu pai? Ele ainda está em Paris?” outra voz gritou para mim. Eu não conseguia me concentrar. Haviam muitos deles. "Senhorita Manning, você pode nos dizer se você tem visto a sua mãe?” "Você sabia?"

"Você vive com seu pai em Beverly Hills na mansão desde a morte de sua avó?” Minha cabeça estava girando. As perguntas eram gritadas para mim e eu mal conseguia ver por cima dos flashes de luz na minha cara. Eu não deveria ter vindo aqui. Eu não ia ser capaz de fazer isso. "Sai de cima dela." A voz de Grant quebrou através do túnel de pessoas e vozes. Sua mão fechada em torno de mim, me puxou para longe e me empurrou em uma caminhonete. No começo eu pensei que era a dele. Então, eu vi Rush sentado no banco do motorista. "Você está bem?" Perguntou ele, com o rosto duro como pedra, olhando para as pessoas que agora chamavam seu nome. "Leve-a para fora daqui." disse Grant, sem olhar para mim e fechou a porta. Rush manobrava sua caminhonete enquanto eu observava Grant caminhar de volta em direção ao seu apartamento. Não olhou para mim uma única vez. "Eu sinto muito Harlow." disse Rush. "Eu também." eu respondi. Eu não podia voltar para Nan. Eu precisava deixar tudo isso. "Você pode me levar para o aeroporto?" Perguntei a ele puxando minha bolsa pra perto de mim. Ele perguntou: "Onde você está indo?" "L. A., Texas, eu não sei. Papai precisa de mim, mas eu não sei se ele me quer.” Eu poderia ir para Mase, mas eu não quero levar essa insanidade para sua fazenda. "Grant só precisa de tempo para lidar. Ele irá até você." disse Rush.

"Não. Isso acabou. Algumas coisas foram ditas e eu nunca vou esquecer. Esse capítulo está encerrado." Rush não respondeu. Foi para a estrada principal que levava para fora da cidade. "Ele está com medo." disse Rush, defendendo Grant. "Eu estou indo agora. Não tem porque ter medo." eu respondi. "Você poderia pegar minhas coisas na Nan e enviá-las para a casa em L.A.?" Rush soltou um sonoro suspiro derrotado. "Sim, eu posso fazer isso. Então você vai para L.A.?" Era melhor para Mase se eu fizesse. "Sim, por agora. Eu vou me esconder lá fora e ajudar papai a lidar com isso." Rush assentiu. Nós dirigimos em silêncio por um tempo. Tentei pensar sobre meu pai e o que ele estava lidando. Eu não me deixei pensar no Grant. Eu não podia. Eu iria quebrar na frente do Rush e ele não precisa lidar com isso. Eu teria muito tempo sozinha quando chegasse em L.A. para chorar. "Eu nunca soube." disse Rush calmamente. "Eu não digo às pessoas. Pai também não. Depois do acidente da minha mãe, o mundo acreditou que ela estava morta e eles se esqueceram de mim. Foi como se eu tivesse morrido com ela." O telefone do Rush tocou, e eu odiava a esperança que disparou através de mim. Mesmo que fosse Grant, eu não conseguiria superar o que ele disse.

"Hey, baby... Estou levando Harlow ao aeroporto." disse o Rush para o Blaire. Eu já tinha visto eles juntos e queria saber esse sentimento. Eu tinha dado quando Grant havia me perseguido. Sim, ele tinha sido muito irresistível, mas também eu queria me sentir amada. Eu queria amar alguém livre e saber a segurança que vinha com isso. Mas eu não entendo isso. Meu coração sempre fica no caminho. Deus não havia criado isso para mim depois de tudo. Não, Deus tinha me deixado de fora. Eu estava acostumado a ser deixada de fora. Pelo menos eu tinha vivido uma vez. Eu tinha essa memória para lembrar. Grant poderia não ter me amado, mas eu o amava. Eu ainda o amava. Eu sabia o que sentia. Eu estava grata por isso. Talvez esse fosse o meu presente. Eu tinha roubado um dos poucos momentos de uma vida que eu poderia ter tido. Eu nunca terei que devolver essas memórias. "Ela está chateada, mas ela vai ficar bem... Sim, eu tenho certeza. Ela é dura, muito parecida com outra mulher que eu conheço... Sim. Eu também te amo... Eu te ligo quando estiver no meu caminho para casa." Rush sorriu, em seguida, desligou o telefone. Ele olhou para mim e seu sorriso desapareceu. "Ele provavelmente vai ligar para você. Muito. Esteja preparada." Eu precisava de uma amiga. Eu estava feliz que eu tinha uma em Blaire. "Ok", eu respondi. Rush foi para o aeroporto privado de onde o jato do Slacker Demon geralmente partiam. Eu não tinha chamado o jato, por isso não estava aqui. "O que você está fazendo?" Perguntei.

Rush mostrou uma identificação no portão e eles abriram. "Estou oferecendo-lhe um jato particular. Você não pode entrar no aeroporto e pegar um avião regular, Harlow. Você vai ser assediada. Quando pousar em L.A., você terá uma limusine à espera para buscála e levá-la para a casa. Fique lá. Eles provavelmente vão fervilhar pra fora do portão." Não tinha pensado em nada disso. Ele era direto, no entanto. Minha vida privada acabou. "Obrigada. Eu não tinha... Isso não tem afundado ainda." eu disse, abrindo a porta. Rush saiu da caminhonete e caminhou em direção ao escritório principal. "Fique aqui, eu já volto." ele disse. Eu não duvido que Rush possa me conseguir um jato. Ele sabia como fazer do mundo o que ele quisesse. Muitas vezes me perguntei se era porque ele foi criado no mundo dos nossos pais. Ele nunca pareceu intimidado. Quando ele veio andando, ele me acenou. Fui até ele, confiando-lhe para me levar segura para casa. Meu tempo em Rosemary acabou muito mais cedo do que eu esperava. Mas a memória era minha e seria mantida.

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