II – São Paulo, 127 (123)

terça-feira, 4 de julho de 2017

Diário Oficial Poder Executivo - Seção I

C

om os primeiros usuários presentes e motivados, foi inaugurado ontem, 3, na unidade da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) de São Bernardo do Campo, o [E] LAB – Experimentos em Transportes, laboratório de pesquisa direcionado à busca de soluções para a eficiência do transporte metropolitano por ônibus. “Ele resulta do fato de termos realizado a Hackatona, primeira maratona do Brasil dedicada ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para o transporte público, e integra o Núcleo de Parceria + Inovação, criado para dar vazão à nova política da empresa, voltada à inovação”, explica a gestora do laboratório, Renata Veríssimo.

FOTOS: CLEO VELLEDA

Vencedores da Hackatona estreiam laboratório tecnológico EMTU/Metra 34 horas de maratona

Sales Soluções, dos irmãos Gustavo e Mateus, 1ª colocada na Hackatona

Chamado [E] Lab – Experimentos em Transportes, novo laboratório foi criado para dar vazão à nova política da empresa, dirigida à inovação Para aperfeiçoar suas criações, estreiam o espaço os três grupos vencedores da competição, realizada em março: Sales Soluções, Top Dow e Sheeps Inovation. Também participa como convidada a equipe Fala aí, que pensou em um aplicativo dirigido para a melhoria operacional do

Equipe Top Dow – Fábien, Renato e Marcel criaram um hardware e um aplicativo

Corredor Metropolitano ABD, operado pela Concessionária Metra. “A Hackatona foi uma grande oportunidade para recebermos novas ideias e, a

partir de agora, esse pessoal vai estar aqui na empresa com a gente, trazendo muita troca. Isso é muito bom”, destaca Patrícia Mansur, da diretoria da EMTU.

Renata Veríssimo (gestora do laboratório)

Lucas, da equipe Sheep Inovation

Gestão do Ligado Uma solução para gerir de forma mais produtiva o serviço da EMTU dirigido ao atendimento de pessoas com deficiência, chamado Ligado, foi o foco da equipe Sheep Inovation, que reúne cinco alunos da Universidade Federal do ABC, entre eles Lucas Tornai. “Estudamos trajetos e rotas com a finalidade de criar roteirização automatizada, pois tudo ainda é Regiane, Fábio e Vinícius (grupo Fala aí) feito manualmente”, explica Lucas. Com o produto projetado, ele imagina um canal de comunicação entre a Metra que o grupo poderá finalizá-lo com mais e os usuários. “Se durante a competição, segurança por estar dentro da empresa, pelos contatos que fizemos, o nosso trabacom acesso às informações necessárias. lho ganhou uma dimensão maior, imagina Fábio Barno, Regiane Hyodo e Viní- aqui”, comenta Vinícius. Ele explica que cius Neves, do Fala aí, estão empolgados o aplicativo, que leva o mesmo nome do com a perspectiva de tirar ‘do papel’ e tor- grupo, foi planejado para ser um meio de nar viável o chat imaginado por eles como compartilhamento de informações e denún-

cias e terá a participação de um moderador. “Também funcionará como ferramenta para a realização de pesquisas de satisfação e não requererá o fornecimento de identificação pelas pessoas, já que pela posição geográfica será possível saber qual é a linha”, conta Fábio. Aberto – O [E] LAB entra em funcionamento respaldado, ainda, pela atuação de 16 técnicos e especialistas da EMTU/Metra para decisões da área. Está disponível, também, para colaboradores das empresas operadoras dos municípios das Regiões Metropolitanas e universidades que queiram desenvolver projetos inovadores e criativos para o transporte metropolitano. Fica aberto das 7 às 23 horas, nos dias úteis, e das 9 às 18 horas nos finais de semana e feriados.

A 1ª Hackatona Metropolitana EMTU Metra reuniu, nos dias 18 e 19 de março, na sede da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), 60 estudantes que aceitaram o desafio de criar protótipos, softwares e aplicativos adequados à mobilidade metropolitana sustentável e acessível. Apoiados por mentores, especialistas da EMTU e da Metra (concessionária que administra o Corredor Metropolitano São Mateus-Jabaquara), os ‘hackers’ realizaram seus desenvolvimentos nas 34 horas ininterruptas da maratona. Para isso, receberam antecipadamente pen drive com dados de gestão e planejamento operacional da EMTU/SP e da Metra, além de material de apoio.

Open data – As equipes terão seis meses para concluir no laboratório as ideias propostas no evento. Segundo Renata, os desenvolvimentos serão realizados no conceito de open data, para que os dados operacionais fiquem abertos. “Assim, poderão ser utilizados, reutilizados e compartilhados por todos os interessados”, destaca ela. Primeira colocada na Hackatona, a Sales Soluções, dos irmãos Matheus e Gustavo Sales, elaborou uma plataforma de compartilhamento de informações pela qual os usuários podem fazer relatos sobre, por exemplo, a situação do transporte em uso (se está lotado, preso em um congestionamento, etc.), as condições do ônibus (como porta quebrada ou, então, bem-cuidada) e a conduta do motorista, etc. “É uma rede social que junta as informações providas pela EMTU com os relatos dos passageiros, beneficiando ambos”, avalia Matheus. Premiados com passagem aérea e hospedagem, Matheus e Gustavo levaram seu projeto para a Hackatona Mundial, que aconteceu em maio, em Montreal (Canadá), na qual figuraram como representantes brasileiros. “Foi uma grande experiência de troca de ideias, assim como achamos que vai ocorrer aqui no [E] Lab, em contato com o dia a dia do sistema de transporte”, planeja Gustavo.

Teste no ônibus – Outra ferramenta prestes a ser aprimorada é a Milênio Bus, que abrange a utilização do celular, por meio do sistema QR Code, para o pagamento das tarifas e uso dos benefícios de passe escolar e passe livre. Para isso, a equipe Top Dow, formada por Marcel Ogando, Renato Rodrigues e Fábien Oliveira, desenvolveu dois produtos, um hardware e um aplicativo. “A ideia é que, além de realizar o pagamento com o celular, as pessoas tenham acesso a imagens feitas em tempo real dentro do veículo para decidir se querem pegar aquele ônibus e saibam quanto tempo vão esperar por ele, entre outras coisas”, informa Marcel. “Aqui, vamos aproveitar a infraestrutura para testar o produto no ônibus. A intenção é finalizar o protótipo e colocar em avaliação em uma linha específica”, diz Renato. Simone de Marco Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial

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