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Maya Banks Estar Comigo Disp em Esp: Club de Las Excomulgadas Envio do arquivo e Formatação: Gisa Revisão inicial: Cris Reinbold Revisão Final: Denise Souza Capa: Elica Leal TWKliek Ter um assassino atrás dela e três homens em sua cama... Uma autora que sabe como nos agradar e subir a temperatura com uma historia cheia de suspense e erotismo faiscante. Hutch, Cam e Sawyer eram três delinquentes juvenis quando a conheceram e fizeram amizade com a milionária, mais solitária, Regina e ela sentiu realmente amada pela primeira vez pelos três. Hoje é uma oficial de polícia e tem muito cuidado de não reatar sua relação com o quente trio, até que há uma tentativa de assassinato contra sua vida. Quando eles se apressam para protegê-la, cria-se um novo vínculo; agora tudo é mais perigoso que antes, pois há um assassino entre as sombras. Comentário Cris Reinbold: Homem versão descafeinada, agora homem bonzinho tem outro nome, kkkkkkkkkkkkkkk. Comentário Denise: Gostei da história apesar de achar que essa protagonista muito turrona, mais os mocinhos são tudo de bom.

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Capítulo 1

Regina fez seu carro patrulha parar do lado de fora da velha fazenda em ruínas e mandou uma mensagem por rádio de sua situação. A casa estava envolta na escuridão apesar de que alguém informou luzes no lugar abandonado. Percorreu a zona com o olhar, mas não detectou movimento. Abriu a porta e entrou na noite. Uma sensação de inquietação se apoderou de seu estômago e, sem questionar seus instintos, solicitou reforços. Ficou de pé na porta aberta, uma mão apoiada na parte superior do carro, a outra apoiada na sua pistola. Jeremy estava há só cinco minutos e já estava a caminho de sua localização. Um grito quebrou o silêncio. Regina pegou sua arma e começou a correr. Parou na porta, pistola no alto, e apoiou sua orelha na madeira, tratando de escutar algo. Só o zumbido das cigarras e a cacofonia das rãs na árvore ecoaram através da noite. Apertando os dentes, deu um passo atrás, pegou o trinco com uma mão e abriu a porta com a outra. Varreu o cômodo com sua pistola, mas não viu sinais da mulher que gritou. Seus batimentos do coração aceleraram, deslizou pela parede, seus ouvidos e olhos esforçando por captar algum som ou movimento. Esteve a ponto de tropeçar com o corpo. Mantendo o olhar, ajoelhou lentamente, descendo a mão para segurar a mão esquerda e apalpar o pulso. O corpo ainda estava morno, mas não tinha pulso. Sua mão afastou pegajosa de sangue. Filho da puta. Ela moveu a mão a seu rádio para chamar quando sentiu outra presença. Antes que pudesse reagir, sua cabeça explodiu de dor. Sua arma saiu voando em uma direção, e ela em outra. Aterrissou em um monte a vários pés de distância, engolindo ar em seus golpeados pulmões como um peixe fora da água. Santo inferno, com o que me bateu? Ficou de joelhos e se equilibrou sobre sua arma. Uma larga bota se conectou com sua mandíbula, e deu um giro completo no ar, aterrissando de novo sobre seu flanco. Lutando contra a perda dos sentidos, sacudiu a cabeça e ficou de pé. Escutou um grunhido suave e soube que bateu em sua rótula. Sentiu fogo sobre seu couro cabeludo quando uma mão carnuda a pegou pelo cabelo e a puxou para cima. Uns dedos se envolveram ao redor de seu pulso esquerdo e o retorceram cruelmente. Ela gritou e uma vez mais se encontrou voando pelos ares. Bateu na parede e deslizou para baixo como um globo desinflado. Onde merda está Jeremy? Outro golpe em sua cabeça fez o mundo nebuloso ao seu redor. Abriu os olhos para ver o impreciso rosto de um homem com olhar luxurioso perto. Sua mão se fechou ao redor de seu pescoço, apertando lentamente, riscando o momento de sua morte. ―Es;ve te esperando, Reggie amor. É hora de você pagar. A voz soava como um assobio em seus ouvidos. Sinistro. Cheio de uma promessa escura. 2

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―Fazer pagar a quem? ― ela grunhiu. Ele riu em voz baixa, e pontos encheram sua visão. Na distância, ela escutou um carro. Os dedos apertavam ao redor de seu pescoço. Ele chegava muito tarde. Jeremy não chegou a tempo. Maldição, ela não queria morrer. A partir de uma pequena explosão de adrenalina, ela cravou seus dedos nos olhos de seu atacante e impactou uma joelhada em seu testículo. Ele grunhiu e perdeu sua pegada ao mesmo tempo em que escutou Jeremy gritar. De repente estava livre, mas estava brigando para se manter consciente. Deixou-se cair no chão. Um momento depois, Jeremy estava sobre ela, gritando em seu rádio e passando suas mãos sobre seu corpo, tudo ao mesmo tempo. ―Regina, maldição, não se atreva a morrer diante de mim. ―Apanha-o ― ela ofegou. ―A parte de trás. Ele saiu pela parte de trás. ―Não vou deixa-la ― ele disse com gravidade. ―Não deixe o fodido fugir. Estou bem. Matou-a. Vá pegá-lo. ― Jeremy amaldiçoou e se levantou. Ela ouviu o golpe de suas pegadas quando corria para porta traseira, e ela ficou ali, medo, alívio e dor correndo por suas veias. Logo, a dor se encarregou, o quarto se atenuou mais a seu redor, causando um momento de pânico. Ela brigou, mas não conseguia parar o véu da escuridão caindo. Esta merda não supunha que tinha que acontecer em sua simples cidade, maldição. Cam Douglas estudou as plantas do edifício frente a ele com a sensação persistente de que algo estava errado. Franziu o cenho com irritação quando a televisão ficou mais ruidosa, e Sawyer e Hutch deram um grito quando Houston pontuou. Deixou cair seu lápis e olhou a seus dois sócios. ―Não têm televisão em seus escritórios? Há alguma razão para que estejam vendo a partida no meu enquanto estou tentando trabalhar? Nenhum deles prestou muita atenção. Estavam grudados no jogo. Cam esclareceu a garganta. Hutch levantou uma mão para aplacá-lo. ―Tem uma tela plana. Vemos muito melhor em alta definição também. Cam sacudiu sua cabeça. ―As palavras ‘tempo limite’ têm algum significado? Se não tiver estas plantas completas amanhã, vamos perder este contrato. Sawyer deu a volta com o cenho franzido. ―Estão dando algum problema, Cam?― Ele caminhou para o escritório e logo se inclinou sobre o ombro de Cam. ―Parece bom para mim. Cam negou. ―Algo está errado. Simplesmente não está bom. Hutch se aproximou mais, com uma Coca Cola na mão, e Cam a olhou fixamente. Lembrava muito bem o que passou a última vez que Hutch se aproximou de sua mesa com uma bebida. Hutch o ignorou e se concentrou nas plantas da casa. 3

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―É a janela na frente. ― disse Hutch. Fez uma pausa e tomou um longo gole da lata. Logo assinalou a fileira de janelas à esquerda da porta de entrada. O olhar de Cam seguiu o dedo de Hutch, e inclusive antes que Hutch falasse, Cam viu no que ia parar. ―A simetria está errada. Tem o lado esquerdo carregado sem nada com que balançar no direito. Tem um estilo desequilibrado. ―Estranho ― Sawyer murmurou. ―O estranho tem razão. ― Cam admitiu com um suspiro. ―Maldição, Hutch. Como faz cada vez? Estava sentado aqui estudando atentamente esta merda e logo vem e assinala em dois segundos. Hutch encolheu os ombros. ―Não me obceco como você? ―Alguém tem que fazer. ― assinalou Cam. Sawyer revirou os olhos. ― Não deixe que o Senhor Perfeição comece, Hutch. Ele nunca calará a boca. Cam abriu a boca para responder, quando soou o telefone. Ele levantou o dedo médio para Sawyer enquanto pegava o auricular. ―Douglas― disse breve. ―Cam, é você? A voz de Birdie sangrava através da linha. Parecia débil. Nada a ver com sua alegria de sempre. ―Sim, Birdie, sou eu. O que aconteceu?― perguntou enquanto agitava as mãos freneticamente para os outros para que baixassem o volume da televisão para que ele pudesse escutar. Sawyer e Hutch prestaram atenção quando escutaram o nome de Birdie. Hutch apontou com o controle remoto para TV para desligá-la, e Cam apertou o botão do alto-falante para que todos eles pudessem ouvir. ―É Regina― Birdie disse. ―foi ferida. ―Reggie? O que aconteceu com Reggie? ― interveio Sawyer. Houve uma pausa. ―Sawyer? Hutch está aí também? ―Sim, Birdie. Todos estamos aqui. Cam pôs o telefone no alto-falante. ― respondeu Hutch. ―Nos fale sobre Reggie. O que aconteceu? ―Está no hospital ― Birdie disse com a voz cansada. ―é onde estou agora. O temor alagou Cam. Ele olhou Sawyer e Hutch para ver reações similares neles. ―Estaremos aí em uma hora― disse ele brevemente. ―Aguenta. Estamos a caminho. ―Sejam cuidadosos, jovens― disse Birdie, sua voz soando mais forte à medida que repreendia sua família. ―Leva mais de uma hora chegar aqui de Houston, e acredito que vou cronometrar o tempo. O último que necessito homens, é que terminem no hospital com Regina. ―Seremos cuidadosos ― disse Hutch. ―Birdie? Ela está bem?― Cam podia ouvir a preocupação em sua voz, quase como se 4

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tivesse tido medo de perguntar. ―Ela está bem― a voz de Birdie suavizou. ―Ou estará. Deram uma bonita surra nela, mas estará bem em uns dias. ―Surraram-na?― Havia uma borda de aço na voz de Sawyer. ―Quem demônio bateu nela? ―Tenho que ir ―Birdie disse apuradamente. ―está despertando― Houve uma longa pausa. ―Ela não sabe que os estou chamando. A linha morreu. Cam fechou os dedos em punhos apertados e se sentou em sua cadeira. ―Vamos― disse Hutch. O rosto de Sawyer estava gravado em pedra. ―Ela não queria que Birdie nos ligasse. Hutch deu um olhar que dizia Não me importa uma merda. Sawyer girou para Cam ao mesmo tempo em que levantou para ir. ―Quanto vamos esperar? Por quanto tempo vamos deixa-la se afastar e nos afastar enquanto pode aceitar? Hutch cruzou seus braços sobre seu peito, e Cam o olhou e a Sawyer. ―Não faremos. Não mais. Hutch sorriu e Sawyer assentiu com satisfação. ―Vamos por nossa garota, então. ― disse Hutch.

Capítulo 2

Quando Regina abriu os olhos, grunhiu e os fechou de novo. Não havia nem um milímetro de seu corpo que não se queixasse. Ouviu o murmúrio de vozes e abriu um olho para ver quem estava aí. Birdie. Regina sorriu e fez uma careta de dor. Maldição, inclusive sorrir doía. Seu olhar foi para onde estava Jeremy com Michelle, sua esposa. ―Onde está o menino?― grunhiu ela. A expressão de Jeremy se encheu de alívio. ―Jake e Ellie estão com ele. Regina, como se sente? Michelle e ele se aproximaram da cama, e Michelle sorriu com simpatia. ―Pareço tão mal?― pergunto Regina. Antes que pudesse responder, uma mão fresca tocou a testa de Regina. ―Birdie― suspirou Regina. ―Sinto ter preocupado você, mas me alegra tanto que esteja aqui. A velha mulher sorriu e a beijou na bochecha. ―Como se pudesse estar em qualquer outro lugar. ―Esteve aqui toda a noite, verdade?― grunhiu Regina. ―A propósito, quanto tempo estou 5

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aqui?― Ela girou para olhar Jeremy, enquanto lembrava mais do que aconteceu. ―Pegou-o? E maldição, por que parece como se eu tivesse uma horda de rãs na garganta? Jeremy fez uma careta. ―Moça, uma coisa de cada vez, está bem? Não, não o apanhei. Mas faremos. E parece mal porque ele tentou te estrangular depois de te bater como o demônio. ― Seus olhos brilharam com ira. Sua esposa pôs a mão sobre o ombro e o apertou, tranquilizando. Veio outro pensamento, e o medo se obstruiu em sua garganta. ―Jeremy, minha pistola. Ele puxou da minha mão. ―Tudo está bem. Recuperamos na cena. Esta sendo processada terá que estar sem ela por uns poucos dias. Não é como se fosse retornar ao trabalhar amanhã de todos os modos. Regina franziu o cenho. Não, ela não trabalharia amanhã, mas se tivesse que dizer algo a respeito disso, não se daria por vencida por muito tempo. Olhou para Jeremy e sua esposa. Ele parecia cansado, e com certeza tinha melhores coisas para fazer do que ser sua babá. ―Já estou bem, assim que deveriam ir para casa. De todos os modos, aprecio que tenham vindo. ―Está certa de que não quer que fiquemos?― perguntou Michelle. ―Vão os dois. ―interveio Birdie. ―Eu ficarei sem importar o quanto se queixe. Jeremy assentiu e olhou seriamente a Regina. ―O apanharemos. Regina assentiu e lamentou tê-lo feito porque o quarto se ficou impreciso. Uns momentos depois escutou a porta se fechar, e lentamente girou para ver Birdie. ―Até que ponto é mau?― perguntou. Birdie deixou sair um pfff... ― Não é bom, mas sobreviverá. A metade do departamento de polícia veio te ver. A outra metade ligou. No final tive que pôr no silencioso para que não a incomodasse. ―O que aconteceu? Não lembro muito. Birdie suspirou. ―Acredito que seu departamento está esperando que possa dizer o que aconteceu. Jeremy disse que ele respondeu a sua chamada por reforços e te encontrou dentro da casa com um homem preso em sua garganta. Regina pôs sua mão em seu pescoço e se roçou brandamente enquanto lembrava a mão que a apertou. ―Dói?― perguntou Birdie. Seu rosto suavizou enquanto a olhava com simpatia. ―Posso dizer à enfermeira que traga algo para dor. O doutor disse que estava bastante ferida. Regina olhou e pela primeira vez percebeu que tinha uma tala que sustentava seu pulso esquerdo. Ela fez uma careta de dor enquanto levantava para ver o dano. ―Está quebrado? ― perguntou, esperando como o inferno que não estivesse. Birdie negou com a cabeça. ―Estirou os ligamentos de seu pulso, e o doutor quer que cuide apropriadamente enquanto se cura. Estavam preocupados de que tivesse quebrado algumas costelas, assim que fizeram um 6

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exame de raios X. ―Assim quando posso sair? ―Você ficará tranquila, menina. Não tenha ideia de se mover muito rápido. Regina afundou em seu travesseiro. Ficar na cama um dia ou dois soava muito bem, não era como se ela diria isso a Birdie. Um pensamento veio à cabeça, e girou para olhar Birdie. ―Não ligou para meus pais, verdade? Birdie suspirou. ―Não, claro que não. Sabia que você não quereria isso. Ela quase não a olhou nos olhos, e isso a preocupou. Ela olhou Birdie com receio, e logo seu rosto esticou em alarme. ―Não! Não fez Birdie. Birdie franziu o cenho. ―Eu não fiz o que? ―Não os chamou, verdade? Não faria. Birdie suspirou exasperadamente. ―Regina, do que está falando? Regina gemeu. ―Fez verdade? Chamou-os! Birdie franziu os lábios e aproximou dela. ―Regina, quando vai parar de fugir deles? De você? ―Essa é uma maldita boa pergunta Birdie. O pigarro lento mandou uma sensação de excitação ao estômago de Regina. Ela olhou para a porta e viu Cam, Sawyer e Hutch parados ali em diferentes poses. Cam tinha seus braços cruzados sobre seu peito, Hutch tinha suas mãos dentro dos bolsos da calça e Sawyer estava apoiado na porta olhando-a. Hutch foi o primeiro que se moveu. Ele se aproximou da cama, e levantou uma sobrancelha quando a viu, depois arrastou uma cadeira ao lado da cama e se sentou. ―Parece como o inferno. Regina riu e se arrependeu em seguida quando seu corpo começou a doer. Deus sentiu saudade. Ela não admitiria nem em um milhão de anos, mas estava contente de vê-los. Muito contente. Cam se aproximou mais da cama, seus escuros olhos brilharam com ira e preocupação. Pôs uma mão no ombro de Birdie e abaixou para beijar a bochecha. ―Deveria ir para casa, Birdie. Descansa. De agora em diante nós cuidaremos dela. Birdie olhou Regina com um pouco de culpa, sorriu e acariciou a bochecha de Cam. ―Alguém tem que cuidar dela. Ela não deixará. Regina grunhiu em voz baixa. Sawyer riu em voz baixa e deu uma cotovelada em Cam para que o deixasse passar. Regina girou sua bochecha enquanto ele se agachava para beijá-la, mas ele pegou seu queixo e a beijou levemente nos lábios. Sua barba fazia cócegas na pele e criou um tremor por todo seu corpo. Passou a mão pela mandíbula e pelas contusões que tinha no pescoço. ―Eu o matarei. ― Murmurou. 7

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Regina o empurrou irritada, e logo lançou olhadas aos três. ―Viu, por isso não queria que Birdie os chamasse. Sabia que entrariam, nadando em testosterona, batendo em seu peito e gritando ameaças contra a humanidade. Sawyer riu. ―Reggie, não acha que está exagerando? Deu um olhar sufocante, mas só sorriu. Cam sentou na borda da cama e pôs uma mão em sua perna. ―Queira ou não, estamos aqui. Estivemos aqui toda a noite, e tenho que dizer que, é mais fácil tratar com você enquanto está adormecida. Demônios, ela não sorriria. ―Além disso, virá conosco quando sair. Ela abriu a boca para protestar, mas Sawyer tocou seu braço, Hutch pôs sua mão em seu ombro e a mão de Cam se esticou em sua perna, e ela se esqueceu do que ia dizer. Como faziam isso? ―Já falei com o doutor. ― Cam continuou. ―Ele quer que fique uma noite mais em observação. Dará alta pela manhã enquanto tenha um lugar onde ficar. Sua casa não conta. Ela suspirou. ―Tenho trabalho há fazer. Um assassino para apanhar. E não tenho tempo para que estejam se queixando por mim, e na verdade duvido que vocês tenham tempo também. ―Faremos o tempo. ― Disse Hutch. Ela virou para olhar e franziu o cenho. Ele era o único em quem podia confiar para que não a tratasse como inválida. Ela estava muito agradecida quando entrou e disse que parecia mal, porque isso significava que ele não ia começar a alegar e fazer muito alvoroço do que aconteceu, como os outros dois. Malditos homens. ―Regina, estou de acordo com eles. ― disse Birdie. ―Não deveria estar sozinha nestes momentos. E não há maneira de que retorne a seu trabalho até que se cure como deve. ―Traidora. ― Regina murmurou. ―Parece cansada, Birdie ―disse Sawyer. ―Posso levar você para casa, se quiser. Agora já estamos aqui. Cuidaremos muito bem da Reggie. Birdie sorriu embora Regina grunhisse. ―Eu posso dirigir. Vieram de sua casa para ver Regina. Deixarei vocês fazerem. ― Ela agachou para beijar a bochecha de Regina. ―Voltarei depois. Quer que traga algo? Regina negou com a cabeça. ―Não obrigado, Birdie. Birdie apertou sua mão. ―Não precisa me agradecer. É como minha filha. Assim como estes homens. Regina sorriu e viu os homens a esqueceram por um momento e se aproximarem de Birdie para dar beijos e abraços. Birdie amava estes homens. Ela deu uma casa e amor quando ninguém mais os quis. E eles a amavam tanto como ela os amava. Houve tempos enquanto estavam crescendo que ela invejou Cam, Hutch e Sawyer. Soava 8

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tolo. Ela teve uma infância privilegiada e sempre teve comida e roupa. Mas a única coisa que ela não teve foi amor, a única coisa que esses homens sempre tiveram quando foram viver com Birdie. Ela os invejava por isso. Eles ririam se soubessem que a filha de um dos velhos mais ricos do estado, invejou os pobres homens que estiveram dentro e fora de orfanatos e da escola correcional. Mas de muitas maneiras eles tiveram mais liberdade do que ela pôde sonhar. E tinham Birdie. Não foi até a secundária que se formou um vínculo entre ela, Hutch, Cam, e Sawyer. Eles viveram com Birdie por uns anos, Hutch foi o último em chegar. E foi Hutch o que no final a aproximou deles. Ele tropeçou com ela, no suposto lugar de Regina, que era um pequeno oco no leito de arroio que estava a uma milha da casa de Birdie e na pradaria da casa de Regina. Regina não apreciou a interrupção, mais do que Hutch gostou de cruzar com uma menina. Mas como ninguém queria ir e sem nada mais que fazer, eles fizeram uma trégua à contra gosto e aceitaram compartilhar o espaço. Quando Cam e Sawyer descobriram o novo amigo de Hutch, gozaram dele implacavelmente. Isso foi até que Regina tirou sangue do nariz de Cam e Sawyer. Enquanto Hutch estava um pouco mortificado por ter sido defendido por uma menina, os três desenvolveram um respeito pela pequena cospe fogo. Quando entraram na preparatória, a amizade entre os quatro era forte. Etiquetados como delinquentes e não dando a oportunidade de fazer muito, (pelas pessoas da cidade) os três nunca se importaram em se encaixar. Mas nenhum deles falava mal na frente de Regina. Inclusive seu pai sabia a inutilidade disso. Ela suspirou. Tinha muito que se lembrar desses dias. As coisas eram simples. E eles se divertiram muito. Eram inseparáveis. Uma mão quente se fechou sobre a sua, e ela retorno ao presente. Birdie desapareceu, e agora Regina se encontrava frente a três homens mal-humorados. Demônios. Cam, que sempre pegava o touro pelos chifres, foi direto ao ponto. Gostava disso nele, exceto quando se tratava dela. ―É o momento de conversarmos, Reggie. ― disse firmemente. Ela olhou Hutch e Sawyer em uma silenciosa súplica de misericórdia. A determinação em suas caras dizia que ela não ia ter. ―Tem o público cativo, querida. ― murmurou Hutch. ―Não correrá como um gato assustado desta vez. Ela fechou os olhos e fechou seus dedos ensanguentados no lençol. Eles não falariam disso, verdade? ―Que pretenda que não teremos relações, não mudará nenhuma maldita coisa. ― disse Cam. Sim, fariam. A vergonha fluiu por suas bochechas, mas ela tratou, com maldita dor, que a humilhação 9

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não se notasse em seu rosto. Sawyer agachou e pôs um dedo em seu queixo e o deixou aí até que o olhou nos olhos. ―Seria outra coisa, se não tivesse gostado, Reggie, mas todos sabemos que isso não é verdade. Seria diferente se não sentisse algo por nós e se nós não sentíssemos algo por você, mas também sabemos que isso é mentira. Ela pressionou seus lábios em uma fina linha e os olhou. ―Temos todo o tempo do mundo. ― disse casualmente Hutch. ―Desta vez não fugirá de nós. Fugiu rápido, Reggie, e nós deixamos. Isso está em nós. Mas não acontecerá outra vez. Isto também sabemos. Uma raiva impotente oprimia seu peito. Ela odiava como a fazia sentir. Ela amava a maneira em que a fazia sentir. Ela odiava que a fizesse se sentir fora de controle. Ela engoliu e doeu a garganta. Sawyer passou sua mão por sua testa e a olhou. ―Daremos algo para dor, Reggie. Precisa descansar. Estaremos aqui quando despertar. Não iremos a nenhuma parte. Pode contar com isso. Também precisa saber que falaremos disto. Nós. Ele se agachou e a beijou outra vez. As lágrimas picavam em seus olhos e ela pestanejou furiosa, zangada por tê-los deixado afetá-la tanto. ―Foi apenas sexo. ― sussurrou. Seus olhos azuis se estreitaram e brilharam. ―Você segue dizendo isso, Reggie, e um dia, chegará a acreditar nisso. ―Não os necessito aqui. ― As palavras se obstruíram em sua garganta e ela imediatamente se arrependeu de tê-las dito. Débil. Ela estava débil. Mas seu rechaço não zangou os homens. ―No melhor não nos quer aqui, mas nos necessita. ― disse Cam com uma confiança que ralou seus nervos. ―E nós a necessitamos. ― Disse assim de simples Hutch. Ela girou para vê-lo e sentiu que sua postura se debilitava. O que eles queriam, não, o que eles demandavam, ela não podia dar. Acaso alguém poderia? Não era normal. Não foi natural. Não era possível. Nem em seu mundo nem no mundo de ninguém. Sawyer passou sua mão por seu cabelo outra vez, e ela inconscientemente se aproximou dele. Ele pegou uma mecha encaracolada, pôs atrás de sua orelha e passou seu dedo pela pele sensível atrás de sua orelha. Estavam fazendo outra vez. Aquietá-la, adormecer seus sentidos com seu toque, com sua presença. Hutch acariciou seu braço enquanto Sawyer continuava passando seus dedos por seu cabelo. Cam pôs sua grande mão em seu joelho e ela podia sentir o calor de seus dedos através do lençol. Sentia-se segura. Mais que isso, sentia-se consolada, como se tudo estivesse bem por um momento. Ela saltou quando a porta abriu e a enfermeira entrou. Franziu o cenho pela interrupção embora desse conta, agradecida de que a salvou. De alguma forma, Sawyer manobrou para ficar ao lado dela na cama, enquanto acariciava 10

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seu pescoço. Bastardo preparado. Sentou com uma perna pendurando de lado e sua cabeça descansou em seu braço. Ela percebeu que acolhedor, que íntimo, parecia isso, Hutch em um lado, sua mão descansando possessivamente em seu braço, Cam há seus pés, massageando seu joelho ausentemente, e ela toda abraçada com Sawyer. A enfermeira levantou uma sobrancelha, mas não disse nada enquanto passava entre os homens para ver os sinais vitais de Regina. A via intravenosa foi desconectada, mas a solução salina estava no mesmo lugar para administrar o remédio. Sawyer levantou seu braço e o pôs em seu colo, mas não fez nenhum esforço para dar lugar a enfermeira. Ela encolheu os ombros e pegou a mão de Regina. ―Meu melhor coquetel de esquecimento, vem em seguida. ― disse a enfermeira enquanto desentupia a seringa. Ela limpou a conexão e habilmente inseriu a seringa. Segundos depois, Regina sentiu a leve sensação queimando enquanto o remédio entrava em suas veias, arrastou por seu braço e logo por seu ombro, ela relaxou e recostou mais no abraço de Sawyer. Ela sonolentamente sentiu seus lábios beijando seu cabelo e murmurando algo brandamente. Enquanto a enfermeira ia, a puxou mais perto. Cegamente levantou sua mão procurando Hutch. A ação contradizia todas suas palavras, mas por mais que dissesse que não os necessitava que não os queria aí, no último ano ela sentiu a falta deles. Hutch pegou sua mão e a pôs de volta na cama, seus dedos enlaçados com os dela cuidadosamente. Ela tratou de abrir seus olhos uma vez mais, e seu olhar se conectou com o de Cam. ―Senti saudades. ― sussurrou ela, muito drogada para retirar as palavras antes que saíssem de sua boca. O rosto de Cam suavizou. ― Nós também sentimos saudades, coração. Agora descansa e se recupere. ―Não vão embora. ― murmurou ela enquanto brigava com seu já adormecido corpo e cérebro. ―Não iremos a nenhuma parte, Reggie. ― disse Sawyer perto de seu ouvido. ―Prometo. Ela foi à deriva com esse confortante pensamento ecoando em sua mente.

Capítulo 3

O sol não terminou ainda de aparecer no horizonte, e o pálido resplendor da madrugada não fez mais que começar a brilhar no céu, quando Sawyer saiu de caminhão e se reuniu com Cam no fronte. Ficou olhando a grande casa de dois andares situada em uma das colinas dos cem acres de 11

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terra que compraram alguns anos antes. O peito de Sawyer inchou com orgulho. Isto era deles. Um pedaço de terra. Uma casa. Quando era um menino, a ideia de um lar e uma família foi uma fantasia. Um sonho que era para outros homens. Não para ele. Nunca para ele. Quando Birdie o acolheu, Cam já estava ali há uma semana e não apreciava a concorrência pelo afeto de Birdie. Havia se ressentido diante da presença de Sawyer, inclusive manteve Birdie à distância. Ele não a procurou e não confiava nela, mas ele não queria que Sawyer a tivesse tampouco. Não compreendeu bem até que Hutch chegou uns meses depois. O medo e a insegurança, duas coisas que Sawyer se acostumou então, fizeram um reaparecimento terrível. O que aconteceria se Birdie gostava mais de Hutch? Hutch era o mais tranquilo. Não era tão problemático. E se ela decidia que três homens eram muito? Certamente ficaria com o que causasse a menor quantidade de problemas. ―Vamos― disse Cam, tirando Sawyer de seu sonho. ―Quero me assegurar de que tudo está preparado para sua chegada em casa. Caminharam para o alpendre dianteiro e Cam inseriu a chave na fechadura. Apesar de que frequentemente visitou a casa, quando estava nas etapas de construção (Cam esteve mais obcecado, fazendo que cada detalhe fosse perfeito e exatamente de acordo com os planos que elaborou). Sawyer não pôde evitar o sentimento de adoração que deslizou sobre ele quando entrou no vestíbulo. Nenhum gasto foi regulado na construção. Apesar de que parecia mais masculina, não foi construída ou decorada com seus gostos unicamente em mente. Não, foi construída para Reggie. Era sua casa dos sonhos. Ele ziguezagueou para a chaminé de pedra e passou os dedos brandamente sobre o suporte de mogno da chaminé. Logo se aproximou das portas francesas que conduziam ao alpendre traseiro e ficou olhando. Gostaria. Muitas árvores com sombra do amplo terraço, incluindo um grande carvalho que construiu em volta. Foi pensado para imitar os bancos do arroio onde ela e Hutch passaram tanto tempo colocados entre as raízes das árvores. A plataforma dominava um comprido hectare com um pendente suave na parte traseira da casa. Enfeitaram com percas e bagres, e Sawyer estava esperando desafiar Reggie, para ver quem poderia pescar o maior. ―Acha que isto funcionará? Sawyer voltou surpreso ao ver Cam de pé junto a ele nas portas. Mais surpreendente foi à preocupação em sua voz. Cam... Ele era o firme, sempre. Foi o único ao qual Hutch desde o começo podia dizer quando tinha dúvidas de que tudo sairia bem. Tinha-se que fazer. Amavam Reggie. Agora Sawyer percebeu que Cam necessitava que o assegurassem também. ―Sim, homem. Vai funcionar. Não somos nós os que estamos escapando. É ela quem escapa de si mesma. Tem medo. Do que? Não estou certo. Cam assentiu. 12

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―É só que às vezes acredito que fizemos um engano. Que tal vez a empurramos muito. Sawyer o olhou antes de voltar seu olhar para o exterior. ― Não a empurramos, Cam. Isto só... Aconteceu. Eu não teria permitido que você ou Hutch a obrigassem a nada, igual a você não me deixaria. A amamos. Mas esperamos muito tempo. ―Darei uma volta e me assegurarei que o quarto está preparado. Podemos retornar ao hospital agora se quiser. Sawyer voltou, aceitando a mudança abrupta de assunto. Sim, ele estava ansioso para voltar apesar de que sabiam que Reggie ia lutar contra com unhas e dentes sobre ir para casa com eles, sobre tudo quando se inteirasse de que sua casa estava aqui e não em Houston. Hutch escutava a tranquila e suave respiração de Reggie; esfregou os dedos acima e abaixo do ombro. Ela dormia, com a cabeça contra seu peito, seu corpo situado perto do dele. Seu braço estava intumescido e estava assim a mais de uma hora, mas ele não queria se mover e incomodála. Com a outra mão, passou um dedo por seu magro pescoço, onde as vivas manchas roxas enfeitavam sua pele. A ideia de que ela esteve tão perto da morte dava medo como o inferno e o punha fora de si. Sabia que seu trabalho como policial a punha em perigo todos os dias, mas este fato bateu como um murro no estômago. Ele não queria que ela se expusesse dessa maneira. Queria ela em sua casa, em sua cama, onde poderia cuida-la. Se ela tivesse algum indício da direção de seus pensamentos, certo que receberia um chute nas bolas. Dos três homens, considerava-o seu aliado. Se soubesse que ele não era tão tolerante como Cam ou Sawyer. Ela foi sua fantasia, mas ele nunca foi a sua. Houve momentos em que não tinha nenhum desejo de seguir adiante com o acordo que fez com Cam e Sawyer. Ele sabia que a amava. Igual ela o amava. Mas estava cansado de esperar. Um deles não a assustaria, mas os três fizeram. Suspirou. Não ia escolher entre eles. Todos eles sabiam, e por isso não tinham nenhum desejo de pressioná-la. Nenhum deles queria perder, por isso estavam dispostos a aceitar a aposta maior de suas vidas. Convencê-la de que pertencia aos três. E tinha a esperança de que o ciúmes não os comesse vivos. Ela se moveu e deixou escapar um pequeno gemido. Beijou-a na parte superior da cabeça, e ela ficou imóvel. ―Hutch? Sorriu. Reconhecia-o, inclusive saindo da névoa induzida por medicamentos. ―Sim, neném. Estou aqui. ― Ele sentiu sobre seu peito um sorriso, mas suas palavras contradiziam essa ação. ―Não deveria ter vindo. Estou bem. Não há necessidade de que venham correndo quando todos têm trabalho que fazer. Birdie disse que nesta época está muito ocupado. Moveu, com cuidado para não roçar nenhuma de suas lesões. Seu braço estava gritando por misericórdia, e o deslizou de debaixo dela e ficou de lado. ―Estamos ocupados, Reggie. Mas nunca muito ocupados para você, e deve saber 13

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malditamente bem. ―Não quis dizer isso. ― disse em voz baixa. ―Só quis dizer que não havia uma necessidade de que venham. Estou bem. Eu não necessito... Levou um dedo aos lábios para silenciá-la. Seus olhos eram azuis, com nuvens dos restos de dor e das drogas, mas também podia ver ansiedade. Deslizou a mão por seu rosto debaixo da orelha e mais à frente na parte posterior de seu pescoço. Seu polegar acariciou sobre a maçã do rosto como sempre, e ele simplesmente a olhou. Ela era linda, e ele duvidava que soubesse quanto. Ou como era linda para todos outros, ela era muito mais para ele. E para o Cam e Sawyer. ―Não diga. ― Passou o dedo ligeiramente sobre a forma dos lábios. ―Você precisa de nós, Reggie. Está lutando com isso, e por agora está bem. Mas em algum momento terá que admitir a nós e a você mesma que precisa tanto como nós precisamos. Ela emitiu um som de frustração, e ele se inclinou para beijá-la. Fundiu-se brandamente contra ele, e um pequeno suspiro feminino escapou de seus lábios enquanto o mordiscava docemente. Ela fez esses sons quando os três fizeram amor com ela e ele queria escutá-los de novo. Um som na porta a fez ficar tensa, e se moveu para longe o antes possível, gemendo de dor quando esta sacudiu seu corpo. ―Isso foi estúpido, Reggie. ― disse com gravidade enquanto acomodava seu corpo contra ele. Elevou a vista para ver o médico em pé, mas não fez nenhum esforço por se levantar de sua posição na cama. O médico ignorou Hutch, mas tomou o pulso de Reggie em um exame superficial. Depois de um momento, olhou Reggie nos olhos. ―Está pronta para ir para casa, senhorita Fallon? ―Sim, estou. ― respondeu Reggie. ―Quanto tempo vou estar afastada? Quando posso voltar a trabalhar? Hutch ficou tenso. Não queria que Reggie voltasse tão rápido ao trabalho. Não em seu estado, ou qualquer outro para que a matassem. ―O trabalho está fora de questão nos próximos dias, pelo menos. Sugiro um mínimo de duas semanas com exercícios ligeiros depois disto. A boa notícia é que não tem costelas quebradas. Suas radiografias resultaram negativas. Mas tem um montão de machucados e vai estar de licencia por uns dias. O inchaço está começando a diminuir na garganta, e não acredito que haja nenhum dano permanente em suas cordas vocais. Também é necessário cuidar bem de seu pulso e assegure de não fazer grandes esforço com ele. Prescrevo uma receita para alguns analgésicos e quero que tome um anti-inflamatório que vou receitar. Reggie assentiu, mas Hutch não se deixou enganar. Ela estaria de acordo com algo para sair do hospital e logo se oporia a tomar o medicamento. Isso estava bem, porque Hutch o forçaria a entrar na garganta dela se fosse necessário. ―Está bem, senhorita. Vou dar instruções à enfermeira, e terá tudo preparado para que possa sair por volta do meio-dia mais ou menos. Até então, deve ter calma. 14

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―Obrigado― murmurou Reggie. Quando o médico saiu, Cam e Sawyer entraram ombro com ombro, e Reggie se esticou contra Hutch, apertou os lábios em seu cabelo, em um gesto de tranquilidade. Regina engoliu parte de seu nervosismo e se congratulou ao observar que sua garganta, hoje não parecia como se estivesse bebendo fragmentos de vidro. Seu olhar deslizou até Cam e Sawyer, e Sawyer se aproximou de um lado da cama. Passou os dedos brandamente sobre seu braço e logo se inclinou para beijá-la. Esta vez pôs sua mão em suas costas para que não fugisse, não é que deixou e a plenitude de seus quentes lábios apertaram os seus. Sua boca entreabriu e tirou o máximo proveito, aprofundando o beijo com sua língua roçando a dela. Ela podia sentir como estava deixando ir, retirou umas polegadas dando um chute mental, procurando refúgio em Hutch. A dor brilhou nos olhos de Sawyer e esteve a ponto de gemer em voz alta. Deus, isto era pelo que ela não podia fazer. Nunca faria nada que machucasse a nenhum deles. Nunca afastaria um dos outros. As lágrimas transbordavam de seus olhos e os fechou, não queria desmoronar diante deles. ―Eu não queria dizer isso. ― sussurrou. Um incômodo silêncio caiu sobre o quarto, e Regina desejava poder escapar, sair e voltar para sua própria casa e ignorar seu olhar fixo em seu rosto. Ela abriu os olhos e olhou Cam, que estava contra a janela, com suas mãos metidas nos bolsos de suas calças jeans. Ela sempre pensou que seu cabelo era sua única rebelião. Enquanto Sawyer mantinha a cabeça rapada, e Hutch o usava em um estilo, curto de ponta, para um cara que era organizado e tenso como Cam podia ser o cabelo comprido incomodava e não encaixava. Mas tinha que admitir que ela encontrou a combinação de seu olhar sério, óculos, gostava muito do que vestia e do descuidado e alvoroçado cabelo extremamente sexy. ―Birdie disse que tinham um projeto para hoje. Como se supõe que vai fazer se estiverem aqui? Estava orgulhosa de como soou sua voz. Depois desse breve momento de crise, ela tinha o controle de volta. O estranho era que pareciam estar tão aliviados como estava ela. Uma das esquinas da boca de Cam arqueou em um meio sorriso. ―Deixa que eu me preocupe com meu trabalho, minha doce Reggie. Tem suficiente para se manter ocupada durante bastante tempo. Ela franziu o cenho. ―Isso não é uma resposta, maldição. ― Olhou acima, Hutch logo depois de novo a Sawyer que afundou em uma cadeira junto a sua cama. ―Vocês dois vão deixar que seu negócio venha a baixo? Hutch riu entre dentes. ― Boa tentativa. Estamos de acordo com ele nisto. Você em primeiro lugar. Suspirou então olhou outra vez a Sawyer, seu olhar estava cheio de culpa dando uma grande dose de infelicidade. 15

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Sua expressão se suavizou. ― Vai deixar de me olhar assim, boneca? Sou um menino grande. Não tem que se preocupar por machucar minhas antenas um pouco. Não deveria ter entrado como fiz, mas maldição se não foram os lábios mais beijáveis que provei. Suas bochechas ruborizaram. Maldição, se essa desculpa não a tinha deixado louca. Quando a porta abriu de novo, estava agradecida pela interrupção. Quando viu Jeremy e o chefe, tratou de endireitar, e logo olhou Hutch, que se negou a mover seu corpo da cama. ―Como está, Regina?― disse o chefe quando ele e Jeremy se aproximaram da cama. ―Bem senhor… vou ir para casa em algumas horas. O chefe assentiu com a cabeça. ―Bem. Isso é bom de escutar. Quero que vá com calma e trate de não voltar muito cedo. Alternou seu olhar entre Jeremy e o chefe. ―Alguma coisa do nosso assassino? ―Estamos trabalhando nisso. Vamos ter que tomar sua declaração assim que se sinta melhor. Poderia responder algumas pergunta agora. Regina olhou nervosamente Hutch e logo a Sawyer e Cam. Não queria dar os detalhes do ataque diante deles. Achava que acabaria despertando um monstro. ―Poderia passar pela delegada a caminho de casa ― ofereceu. Hutch esticou a seu lado e os lábios de Sawyer se comprimiam em uma magra linha. Fez caso omisso de seu desagrado. O chefe franziu o cenho e Jeremy a olhou como dizendo do que se trata? ―Tem certeza que é o que quer?― Perguntou Jeremy. ―Não ― interveio Cam. ―Sim ― disse Regina com a mesma rapidez. ―Não quero fazer aqui. Odeio os hospitais. Eles me fazem sentir mais doente do que estou. Vou estar em melhores condições de responder às perguntas na delegada. Tanto se estiver sentada ou deitada aqui, não vejo a diferença. Ela olhou fixamente a Cam, desafiando que não estivesse de acordo de novo. ―Pedirei que Birdie passe por ali quando me derem alta. ― disse a Jeremy e ao chefe. ―Não há necessidade. ― disse Sawyer brandamente. ―Estaremos felizes de te levar onde precise ir. E depois, vai para casa conosco. O chefe assentiu com a cabeça. ―Essa é uma boa ideia. Não acredito que Regina deva ficar só neste momento. Não até que tenhamos levado a assassino atrás das grades. Quem diabos sabe no que estava pensando? Não quero correr riscos com a segurança dos agentes de polícia. Regina abriu a boca, para protestar, mas mordeu a língua. O último que precisava era fazer um escândalo, diante do chefe. ―Vamos agora― disse o chefe. ―Nos vemos dentro de um momento, Regina. ― À medida que se voltou, ele esboçou um sorriso. ―Foi um prazer vê-los de novo homens. Passou muito tempo. Alegro-me de que estejam dando um descanso a um velho nestes dias. Sawyer sorriu enquanto Cam assentiu com a cabeça ao chefe. ―Foi um prazer vê-lo também, senhor ― disse Cam. ―Levaremos Reggie mais tarde. 16

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Jeremy fez uma pausa por um momento e posou sua mão sobre a perna de Regina. ―Tem certeza que está bem? Ela sorriu. ―Sim, sinto-me muito melhor hoje. Só um pouco rígida e dolorida como o inferno, mas logo que possa levantar e me mover, ajudarei. Ele assentiu com a cabeça logo e voltou a seguir ao chefe. ―Nos vemos daqui a pouco. Ela se preparou, a porta se fechou. Seguia olhando para frente, mas seus olhos se precipitaram para os lados para ver o cenho de Cam e Sawyer. Ela nem se incomodou em olhar Hutch, porque sabia que ele não estava feliz. Não estava disposta a dar a oportunidade de mostrar sua força, jogou para trás sua cabeça e com as mãos deslizou suas pernas para o lado da cama. ―Whoa, neném, onde acha que vai? ― perguntou Hutch, enquanto que Sawyer mudava da cadeira ao lado da cama, estendeu a mão para empurrar suas costas. ―Saio da cama― disse com calma. ―Quero uma ducha. Quero roupa limpa. Quero sair deste maldito hospital. Sawyer olhou com ar de culpabilidade para Cam. ―Não trouxe nada de sua roupa? Cam sacudiu a cabeça. ―Pensei que Hutch se encarregaria disso. ―Assim um de vocês vai buscá-la?― perguntou Hutch. Sawyer se voltou para olhar Hutch. ―Estou pensando em quem pode ir. Cam e eu temos feito o suficiente correndo esta manhã. Jurou logo que disse e olhou a Regina. ―Isso não saiu bem. Ela encolheu os ombros. ―Eu não me farei de tola aqui sentada quando deveria estar trabalhando. Poderia conseguir que alguém me levasse à delegacia de polícia, e Birdie poderia me levar para casa depois. Não há nenhuma razão para que vocês estejam aqui. Estou bem. Hutch estirou o corpo longe da cama e ficou de pé. ―Eu vou conseguir um pouco de roupa. Pode ficar aqui e discutir com os outros duas cabeças ocas. Ela moveu seus pés para o chão de novo, e desta vez, Sawyer a pegou pelo braço para ajudála. Até brava como estava, quando seus pés tocaram o chão, estava muito agradecida por seu apoio. Ela ficou de pé e tremeu como um bezerro recém-nascido, e um gemido saiu do mais profundo de seu peito. ―Jesus ― murmurou. ―Já disse que se sentiria como uma merda ― disse Hutch no caminho para a porta. ―Me diga outra vez razão pela qual estou com ele? ― perguntou com cansaço. ―Não sei. Essa é uma boa pergunta. ― disse Sawyer quando a apertou contra seu lado para 17

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sustentá-la. ―Se mova― disse Cam simplesmente quando ele apareceu frente à Regina. Sawyer deu um passo atrás, surpreso, e Regina se encontrou envolta em seus braços. Tomou cuidado de não esmagá-la, mas podia sentir a tensão que saía de seu grande corpo. ―Cam, estou bem. ― sussurrou. Suas mãos subiam e desciam pelas costas, e beijou a parte superior da cabeça. ―Tem medo de mim, Reggie? ― disse. ―Não faça isso outra vez. A esquina da boca dele se levantou no momento que se separou dela. ―Acreditem, não vou fazer um hábito disto, não, se posso evitar. Agora, posso tomar minha ducha?

Capítulo 4

Regina ficou parada no pequeno banheiro olhando seu reflexo com horror. Contusões escuras marcavam todo seu pescoço. De fato, não havia muita pele que não estivesse descolorida. Desceu a vista à tala em seu pulso, a intravenosa em sua outra mão e logo à ducha. Não estava certa de como ia dirigir isto, mas tinha uma perversa compulsão de estar limpa de novo, de remover a mancha do assassino de sua carne. Com sua mão boa, chegou a abrir a água e logo começou a se encolher fora da túnica hospitalar. A intravenosa só teria que umedecer. Deixando o material em uma bola no chão, deu um passo além da cortina e estendeu seu braço esquerdo fora da ducha para mantê-lo seco. A água caía com força sobre seu peito, e estremeceu quando se chocou contra suas sensíveis costelas. Girou o rosto para a água por um momento, logo secou os olhos e olhou ao redor procurando o sabão. Se deu conta muito tarde que não era algo que o hospital subministrava. Com um suspiro grave, saiu da ducha, jorrando água por todo o chão. Como diabos ia se arrumar para ensaboar o cabelo com uma mão enquanto mantinha a outra seca, de toda forma era um mistério. Chocou-se contra o vaso e perdeu o equilíbrio, caindo com um golpe seco no assento do vaso. Escapou um vaio de dor quando automaticamente estendeu ambas as mãos fora para se segura. A porta do banheiro abriu de repente, e Cam e Sawyer ficaram na entrada olhando-a com preocupação. Antes de poder protestar, ruborizar ou sucumbir à vergonha, Cam correu para frente e segurou as mãos ao redor de seus ombros. ―Está bem? Que demônios aconteceu? ―Eu disse que não deveria estar fazendo isto sozinha. ― disse Sawyer cortantemente. Ela levantou uma mão. ―Estou bem. Maldição, homens, saiam daqui. ― Chegou até uma toalha e tentou se cobrir. ―Já a vimos nua, Reggie. ― disse Cam com paciência. 18

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Ela levantou a vista para ele. Ele encolheu os ombros. ―É a verdade. Ela fechou os olhos e suspirou. ―Necessito sabão. Xampu estaria bem. Só que não sei como diabos vou lavar meu cabelo. ― murmurou. Sawyer saiu do banheiro e retornou com um pequeno pote de xampu. Logo olhou a Cam. ―Vai fazer você, ou eu? O olhar de Cam vacilou brevemente para Regina e logo depois de retorno para Sawyer. ― Eu a ajudarei. Quando Hutch voltar com sua roupa, coloca-a sobre o balcão. Sawyer assentiu, e logo seu olhar encontrou de novo o de Regina. Ela segurou a toalha em seu peito, mas até parecia terrivelmente nua e vulnerável sob a força de seu escrutínio. ―Estarei fora se necessitar algo. ― disse em voz baixa. Ele se retirou do banheiro e fechou a porta. ―Cam, não necessito sua ajuda. ― disse logo que ele se voltou para ela. ―Reggie, se cale, ― disse com suavidade. ―vai terminar caindo e se machucando. Agora ponha seu traseiro na ducha para que possa lavar seu cabelo. Se a faz sentir melhor ter uma toalha ao redor, então se esforce, mas já a vi nua, e com segurança não vou transar com você no banheiro de um hospital. Se pode se controlar, garanto que eu também posso. Ela começou a rir e logo gemeu ao segurar a mão e puxar para levantar. Justo ao entrar na ducha, vacilou, e logo lentamente tirou a toalha e a devolveu a ele. Ele puxou a um lado, logo deslizou dentro da ducha atrás dela e tirou o chuveirinho da ducha de seu suporte de cima de sua cabeça. ―Vai conseguir que se molhe inteiro. ― murmurou ela. ―Sobreviverei. Uma mão amável reuniu seu cabelo enquanto que a outra dirigiu a água sobre as mechas. Ele foi cuidadoso de manter a boquilha apontando fora de sua mão lesada. ―Isto seria mais fácil se desse a volta. ― disse. Ela fechou os olhos, mas fez o que sugeriu. Quando voltou a abrir, encontrou-se olhando diretamente nos olhos. ―Ponha seu braço sobre meu ombro. Cuidadosamente levantou a tala e a pôs sobre seu ombro direito. Verteu um pouco de xampu na cabeça e com cuidado voltou a pôr o chuveirinho da ducha no suporte, apontando para longe de ambos. Logo inundou os dedos em seu cabelo, fazendo espuma com o sabão. Ela fechou os olhos e cambaleou um pouco insegura enquanto os dedos faziam sua magia. ―Quer que faça o resto?― perguntou ele. Ela quis morrer de mortificação. Como podia permitir a ele tocá-la quando ambos sabiam que ela reagiria como uma adolescente apaixonada por seu primeiro namorado? Seus mamilos já estavam tensos e doloridos, seus seios pesados com necessidade. Ele teve a 19

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decência de não fazer comentários em relação a isso, mas sabia. Ele sabia malditamente bem. ―Reggie, esta ferida e cansada. ― disse com amabilidade. ―Por uma vez me permita cuidar de você sem preocupar pelo que venha depois, está bem? Sem esperar sua resposta, ele tomou uma toalha, ensaboou e começou um lento varrido por seu corpo. Cada roce por seus mamilos arrojava ferroadas como agulhas. Ele trabalhou com lentidão e grande cuidado através de sua caixa torácica, não tocando a área do hematoma. Sua mão deslizou ao redor das costas e acima e debaixo de sua coluna vertebral, logo em cima da curva de seu traseiro. Se ajoelhou e fez uma passada rápida por ambas as pernas antes de endireitar novamente. Franziu o cenho enquanto ela inclinava o queixo para cima para expor seu pescoço. A ira brilhava duro, como diamantes em seus olhos. Percorreu com um só dedo a extensão arroxeada de sua garganta. A toalha seguiu atrás, deixando um rastro saponáceo a seu passo. ―Muito bem, dê a volta para que possa enxaguar. ― dirigiu. Ele cavou seu cotovelo para mantê-la em equilíbrio enquanto girava. Fez um trabalho rápido para enxaguar o sabão de seu cabelo e corpo, logo estirou para fechar a água. ―Fica justo aqui. Deixe-me pegar uma toalha. Não quero que saia neste chão molhado. Está escorregadio. Um momento depois, envolveu-a em uma toalha, logo curvou um braço a seu redor e a ajudou a sair da ducha. A porta se abriu, e Sawyer apareceu com a cabeça. Estendeu a mão com shorts e uma camiseta. Cam pegou a roupa e a jogou perto do lavabo. ―Acredito que posso fazer isso agora. ― disse ela em voz baixa. Tocou-a brandamente no braço. ―Estarei ali fora. Não seja teimosa, Reggie. Se necessitar ajuda, pede. Não quero ter que entrar aqui e pegar seu traseiro do chão depois que caiu. Ela sorriu e apertou um pouco mais a toalha a seu redor. Seu peito parecia oscilante, apertado, como se não pudesse respirar pelo pequeno apertão. Ele abriu a porta e saiu, fechando-a atrás dele. Ela se afundou no assento do vaso e fechou os olhos. Suas mãos tremiam enquanto retirava a toalha. Parecia perigosamente perto do pranto, e por sua vida que não podia entender por que. Possivelmente porque alguém quase a matou. Possivelmente porque os três homens que significam o mundo para você decidiram lançar um assalto frontal? Pegou a roupa, sabendo que eles não dariam muito tempo antes de vir por ela. Enquanto colocava o short, fez uma careta. Odiava a ideia de se apresentar a um encontro com seu chefe em short e uma camiseta, mas ao mesmo tempo sabia que Hutch escolheu o único no que possivelmente se sentiria cômoda. Solto e não limitado, o short e a camiseta não irritariam suas costelas machucadas. Logo estava todo o assunto de entrar na delegacia de polícia sem um sutiã. Deus a ajude. A jaqueta de couro de Hutch. A que ele nunca tirava sem importar o calor que estivesse. Ela poderia usá-la. 20

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Sentindo um pouco melhor a respeito da situação, percorreu o cabelo com os dedos depois de secar com toalha a maior parte da umidade deste. Os cachos derramavam ao redor de sua cabeça em desordem, e com um suspiro de resignação, se deu por vencida. De toda forma, ninguém se importaria uma merda como parecesse. Vacilou uma fração de segundo antes de abrir a porta do banheiro. Sawyer estava ali, como se estivesse esperando, e provavelmente esteve fazendo. Envolveu um braço por seu ombro e a abraçou aproximando enquanto a ajudava ir para a cama. Sabendo que estaria falando com um muro de tijolos, nem sequer se incomodou em oferecer um protesto. Deu um suspiro descontente e permitiu a ele colocá-la onde queria. Enquanto a ajudava a subir na cama, ela olhou para Hutch. ―Obrigado pela roupa. Ele sorriu. ―De nada, pequena. Estava a ponto de se reclinar contra os travesseiros na cama e ter seu tão necessitado descanso quando a porta se abriu de repente, alarmando-a. Se esticou, provocando que uma onda de dor tomasse curso por todo seu corpo. Ao ver o homem parado na entrada, começou uma dor na cabeça que esteve ausente antes. Seu pai. ―Regina ― disse com o cenho franzido enquanto entrava á pernadas. ―Importaria-se de me contar por que tive que escutar do incidente que se envolveu nos meios de comunicação? Controle de danos. Quantas vezes tenho que gravar em você a necessidade do controle de danos? A mão passava por sua testa. Deus, não agora. O que não daria para fazer com que se fosse. Sawyer se aproximou com cuidado da cama. A qual se afundou, e ela se encontrou segura descansando contra seu musculoso corpo. Por uma vez não sentiu desejos de desaparecer. Peter Fallon olhou em torno do quarto como se visse pela primeira vez que Regina não estava sozinha. Seu cenho franzido cresceu. ―O que significa isto?― perguntou, lançando sua mão para Hutch e Cam e apontando a seguir para ela e Sawyer. Cam deu um passo à frente. ―Sr. Fallon, não acredito que seja um bom momento. Reggie está cansada e com muita dor. Os olhos de seu pai brilharam, e se voltou para Cam. ―Seu nome é Regina, e que diabos está fazendo aqui? O que estão fazendo qualquer um de vocês aqui?― Ele dirigiu sua ira de novo a Regina. ―Tem alguma ideia de como parece isto? É uma figura pública, Regina. Pelo amor de Deus, é hora de começar a atuar como tal. Olhou-o sem vivacidade, os golpes em sua cabeça cruéis e implacáveis. ―Você é a figura pública, papai. ― Poder. Tudo era sobre o poder com respeito a ele. Queria-o, desejava-o, e o tirava do gonzo não ter sido capaz nunca de estabelecer o poder sobre sua única filha. Ignorou-a e começou a caminhar para frente e para trás enquanto Cam e Hutch o olhavam fixamente, com seus olhares estreitos e zangados. 21

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―Vamos dar uma conferência de imprensa quando for dada a alta. Precisarei emitir uma declaração. Conferência de imprensa? Ela queria começar a rir. A quem importava o que ocorria em sua pequena cidade? Ele poderia ser capaz de movimentar a equipe de um só homem desde Beaumont, se fosse um dia de notícias realmente lento. Ela fechou os olhos e reclinou em Sawyer. Por que veio? Por que estava aqui? É obvio. Ele estava preocupado a respeito de como afetaria a sua imagem pública o que ocorreu a ela, e então entrou para ver três homens que detestava todos ao redor de sua filha. Três homens aos que nunca aprovou que fez tudo o que esteve em seu poder para mantê-los afastados de Regina quando era mais jovem. ―Vou ter que pedir que se vá Sr. Fallon. ― disse Hutch monotonamente. ―Está incomodando Reggie. Ela abriu os olhos para ver seu pai encrespar de raiva e logo recuperar a compostura. Endireitou seu traje e logo sua gravata. ―Arrumarei que a declaração se emita fora do hospital. ― disse. ―Certamente poderá dirigir isto, Regina. Não podemos deixar que saia à luz que nosso departamento de polícia não é efetivo. Mancharia a fé da cidade na capacidade do departamento em mantê-los a salvo. Tudo o que terá que fazer é ficar ali parada e sorrir. Eu farei toda a declaração. Ela apertou os dentes e tremeu de raiva. A mão de Sawyer acariciava seu braço de cima abaixo, e a outra mão descansava sobre sua coxa. Deu um apertão reconfortante. Logo se inclinou e beijou o lado da cabeça dela. O pescoço de seu pai pintou com ira. Ele fez um espetáculo de olhar seu relógio. ―Estarei na frente do hospital esperando. O doutor disse que seria dada de alta dentro de uma hora. Voltou e saiu majestosamente do quarto, a porta se fechou com um golpe atrás dele. ―Pomposo enganador presunçoso. ― Disse Hutch com os dentes apertados. ―Juro Por Deus, um destes dias vou chutar seu traseiro. ―Reggie, querida, está bem?― soou a preocupada voz de Sawyer em seu ouvido. ―Estou bem, ― disse ela em voz baixa. Ela olhou a cada um deles, viu a compaixão e a ira em suas expressões. E a culpa. Eles sabiam que os três eram um importante osso de discórdia entre ela e seu pai. ―O que preciso saber é quem de vocês vai levar a caminhonete pela parte de trás para que possa evitar a merda da frente? Cam sorriu. ―Deixe isso comigo, Reggie querida. Hutch e Sawyer podem ir rápido até a entrada de Emergências, e eu estarei esperando ali.

Capítulo 5

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A enfermeira, Deus a abençoe, deu a Regina alta em meia hora. Enquanto a escutava recitar sua ladainha sobre as instruções de cuidados posteriores, Hutch agachou e deslizou os sapatos de Regina em seus pés. Uns segundos depois apareceu uma segunda enfermeira na porta com uma cadeira de rodas. ―Pelo amor de Deus, ― murmurou Regina. ―Não necessito uma cadeira de rodas. A enfermeira dobrou um maço de papéis e os entregou a Sawyer. ―Política do hospital, ― disse com um sorriso. ―Vamos, ― disse Hutch enquanto a ajudava a segurar de pé. ―Não será tão mau. Será mais rápido de todos os modos. Foi tudo. Regina não sentia culpa absolutamente em que Hutch ou Sawyer começassem, a correr com a cadeira de rodas se eram vistos por seu pai. Conferência de imprensa, meu traseiro. As eleições estavam justo na esquina, e Peter Fallon utilizaria todos os meios necessários para empurrar a si mesmo ao centro de atenção. Positivamente, é obvio. Provavelmente parecia bem ter uma pobre e lamentável filha machucada no cumprimento de seu dever para poder levar sua mensagem duro-contra-o-crime para o público. Ela só estava surpreendida de que não arrastasse sua mãe para dar o ângulo maternal preocupado. Mas isso requereria que Lydia cancelasse sua sessão de massagens ou cabeleireiro ou o que diabos fizesse todos os dias. ―Precisa relaxar pequena. ― Murmurou Hutch enquanto a acomodava na cadeira de rodas. Ela desceu olhar a suas mãos apertadas em punhos em seu colo. Hutch agachou e brandamente desdobrou os dedos e os entrelaçou com os seus enquanto Sawyer escutava as últimas instruções da enfermeira. Sawyer voltou quando a enfermeira saía do quarto. ―Está pronta? Regina assentiu. Ela estava preparada para que este dia terminasse de uma vez. Preparada para dar por acabada sua declaração. Preparada para estar em casa, em sua própria cama, onde pudesse dormir durante umas doze horas. Sawyer deu a volta, mas Hutch a manteve segura por uma de suas mãos enquanto caminhava junto à cadeira de rodas. ―Pergunto-me se poderia fazer wheelie1 em uma destas coisas. ― refletiu Sawyer. Regina sorriu. Se não doesse tanto, diria que tentasse. Eles abriram passo pelo corredor, e logo Sawyer parou brevemente quando chegaram ao final. ―Olha à esquerda, Hutch. Assegure-se de que a barra esteja limpa. Hutch caminhou tranquilamente para frente e olhou à esquerda, logo à direita para a sala de Emergência. 1

Levantar as rodas dianteiras, “fazer cavalinho”.

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―Tudo limpo. ―Então, vamos. ― disse Sawyer ao empurrá-la em movimento de novo. Ele trotou atrás da cadeira ao rodá-la pelo vestíbulo da sala de Emergências e para as portas automáticas onde estacionavam as ambulâncias. Cam estava esperando no Tahoe2. Sem esperar que ela se levantasse Hutch simplesmente se agachou, a tomou nos braços e a depositou no assento traseiro depois que Sawyer abriu a porta. Sawyer subiu na parte dianteira, e Hutch se apressou rodeando para o outro lado. Enquanto Hutch deslizava dentro, Cam arrancou. Hutch estirou e prendeu o cinto de segurança de Regina, com cuidado de não tocar a parte tenra de suas costelas. Regina sorriu amplamente. A escapada lembrava os velhos tempos. Saindo às escondidas durante a escola preparatória, saltando dentro do desvencilhado camaro de Cam e arrastando o traseiro pelos sujos caminhos rurais. Quando Cam parou na estação de polícia uns minutos mais tarde, Jeremy estava de pé no estacionamento “se pudesse chamar três peças de cimento de estacionamento” esperando. Cam desceu e Sawyer saltou para abrir a porta de Regina. Regina olhou Hutch enquanto ele dava a volta até seu lado. ―Me empresta sua jaqueta? Ele deu uma olhada pelo corpo, logo simplesmente estirou a mão na parte traseira e tirou a gasta jaqueta de couro. Deslizou sobre seus ombros e ela pôs seus braços com cuidado através das mangas. Parecia uma tonelada melhor. Não tão exposta ou vulnerável enquanto fazia frente entrando na delegada. ― Seu pai ligou, jogando fogo. ― disse Jeremy secamente. Cam parou em seco e o olhou. ―Mantém seu maldito traseiro longe daqui. Regina piscou surpreendida. Inclusive Sawyer parou e ficou olhando Cam com uma sobrancelha levantada. Jeremy levantou as mãos. ―O chefe disse a seu pai que não se intrometa em uma investigação em curso. Se vai aceitar ninguém sabe. ―Levemos Reggie para dentro onde esteja mais cômoda. ― disse enfaticamente Hutch ao caminhar para onde estava parada Regina junto a Sawyer. Regina pôs a mão no pulso de Hutch. ―Estarei bem. Podem esperar aqui fora se quiserem. Não há muito lugar lá dentro. Ele olhou como se fosse protestar, mas Regina se voltou e caminhou com cautela para a entrada. Jeremy começou a caminhar a seu lado depois de um rápido olhar para Cam e os outros. ―Está certa de ser capaz disto?― Perguntou Jeremy enquanto sustentava a porta para ela. 2

É um veiculo esportivo utilitário (SUV em inglês) da Chevrolet, de tamanho família.

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―Não importa, ― disse brevemente. ―Temos um trabalho a fazer. Greta a recepcionista, levantou à vista do sistema PBX, tirou os auriculares e sorriu amplamente a Regina. ―Como se sente? Regina devolveu o sorriso. ―Estou bem. Dolorida, mas nada que não cure umas doze horas de sonho. Greta assentiu. ―Prova com um pouco de chá de limão. Fará que essa garganta pareça melhor. Parece terrível querida. Regina começou a rir, e saiu um grasnido. ―Obrigado, Greta. Sempre posso confiar em você para ser honesta. Greta assinalou com o polegar para a porta de um escritório próximo. ―O chefe a está esperando. Entra. Regina caminhou com tanta confiança em seu passo como pôde e colocou a cabeça dentro do escritório do chefe. Ele levantou o olhar e fez gestos a ela e Jeremy para que entrassem. Ao avançar, ela viu Carl Perkins se afastar da parede onde estava apoiado. Regina franziu o cenho. O que estava fazendo ele aqui? Ele não era uma substituição do dia. ―Sente-se, Regina. Fique cômoda. Não há necessidade de que esteja de pé. ― disse o Chefe Witherspoon enquanto mostrava uma cadeira de couro frente a sua mesa. Tentando não demonstrar como estava agradecida de seguir essa ordem em particular, sentou com cuidado na borda e relaxou, recostando na suave cadeira. O chefe levantou a vista a Carl. ―Carl vai encabeçar a investigação do assassinato. Jeremy estará trabalhando com ele e cooperando com a polícia estatal e o departamento do xerife. Regina inclinou para frente. ―Senhor, quero este caso. O chefe negou com a cabeça. ―Você nem sequer vai vir por um tempo, Regina. Não quero vê-la pelo menos em uma semana e inclusive então, estará movendo papéis. Deixou escapar o fôlego com frustração. ―Ele assassinou essa mulher. Tentou me matar. Quero detê-lo. ―E o faremos, ― disse o chefe com paciência. ―Neste momento necessito que nos diga tudo o que lembre a respeito do que ocorreu essa noite. ―Quem era ela?― perguntou Regina em voz baixa. ―Misty Thompson. A testa de Regina sulcou em concentração. ―Conhecia?― perguntou Carl. ―Sim. Quero dizer, não muito. Me lembro dela da preparatória. Ela saiu com Hutch Bishop por um curto tempo. 25

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―Bom, precisamos determinar como chegou a estar nesse rancho. Ela vivia na cidade com seu marido e três filhos. Regina estremeceu e suspirou. Sua cabeça doía um pouco mais ao imaginar aos três meninos quem não voltariam a ver nunca mais sua mãe. Carl se inclinou para frente, pondo as mãos sobre a mesa e olhando fixamente Regina. ―O que pode lembrar Reggie? Sua cabeça sacudiu com força e ela franziu o cenho duro. ―Regina. Não Reggie. ― Então sua boca caiu aberta enquanto uma nebulosa lembrança filtrava de trás. Estive esperando, Reggie amor. ―O que é?― exigiu Jeremy. ―Reggie. Ele me chamou Reggie. ―Perdão, ― ofereceu Carl em uma voz confusa. ―Não foi minha intenção te ofender. Ela sacudiu a cabeça. ―Não você. Ele. O cara que assassinou Misty e me atacou. ―Está bem, retrocede, ― disse o chefe. ―Começa desde o começo e nos diga tudo. Ela inspirou profundo. ―Respondi à chamada. Quando cheguei ali, não vi nenhuma luz, como foi informado. O lugar parecia deserto. Mas não parecia correto, assim chamei pedindo reforços. Jeremy disse por rádio que estava a caminho. Assim esperei. O chefe assentiu. ―Então, escutei um grito. Tirei minha arma, corri para a casa, escutei na porta tentando ouvir qualquer atividade. Ao não ouvir nada, entrei na residência. Estava revistando a sala de estar quando encontrei o corpo. Quando me inclinei para comprovar o pulso e não encontrei nenhum, comecei a chamar, e foi ai quando me bateu. ―Com o que? Ele tinha uma arma?― perguntou Carl. ―Não sei. Honestamente pareceu bater com um taco de beisebol, mas acredito que foi simplesmente seu punho. Eu caí em uma direção e minha arma pela outra. Fui por minha arma. Ele me chutou. Pés grandes. Ele na realidade tinha pés grandes. ―Me levantou pelo pescoço e me sustentou contra a parede. Foi então quando falou. ―E o que foi o que disse?― perguntou o chefe. Ela franziu o cenho. ―Estive esperando, Reggie amor. É hora de te fazer pagar. Ela levantou o olhar para o chefe. ―Ninguém me chama Reggie, senhor. Só Cam Douglas, Hutch Bishop e Sawyer Pritchard me chamam de Reggie. ―Fazer pagar pelo quê?― murmurou Jeremy. ―Reggie poderia ser uma conjectura. ― ofereceu Carl. ―Um apelido suficientemente comum para Regina. ―Mas como sabia meu nome absolutamente?― assinalou Regina. ―Disse que esteve esperando. Ele sabia que eu iria ali. Como? 26

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O chefe franziu o cenho e se recostou no assento. ―É isso tudo o que pode lembrar? Deu pelo menos uma olhada nele? Regina sacudiu a cabeça com pesar. ―Tudo ocorreu tão rápido, e estava escuro. Sei que era grande. Realmente grande. Levantou-me como se eu não fosse nada. Eu recebi múltiplos golpes na cabeça, e minha visão era imprecisa. Logo chegou Jeremy, e o cara se foi. ―Eu não gosto, ― murmurou o chefe. ―Parece pessoal. Como se fosse uma armadilha. ―Penso que poderia ser alguém com um ressentimento contra seu pai?― ofereceu Jeremy. ―Os políticos atraem muitos loucos com loucas agendas. Mais à frente do fato que ele é só o prefeito de uma cidade pequena, é extremamente rico e exerceu uma grande influencia por anos. ―Poderia ser, ― disse Carl. ―É certamente uma possibilidade. Não posso imaginar por que outra razão quisesse Regina. E essa pequena parte de fazer pagar. Que melhor para fazer pagar um pai que matar sua filha? Regina permaneceu em silêncio. Ela não ia se inundar na motivação de seu pai para nada. Muito desordenado. ―Terei que contar pra ele Regina, ― disse o chefe como desculpa. ―Se este louco a tiver como objetivo, e a ele indiretamente, precisará saber igual a sua equipe de segurança. Ela engoliu seu bufo. Equipe de segurança. Poderia seu pai ficar mais pomposo? Os prefeitos de cidades pequenas não andavam por ali com equipes de segurança. Entretanto sua riqueza fazia tempo que subiu à cabeça. Ele, mais que ninguém, estava convencido de sua própria importância. Infernos, provavelmente estaria secretamente presumido se houvesse algum tipo de vingança contra ele. ―Entendo. ― disse ela em voz baixa. ―Não quero que fique sozinha. Ela franziu o cenho mais duramente. ―Sawyer Pitchard mencionou que ira para casa com ele. ― disse o chefe enquanto a olhava com severidade. ―Acredito que essa é uma boa ideia por agora. Mantém seus olhos bem abertos e permanece alerta. Com sorte teremos capturado este imbecil antes que retorne à atividade. Apertou os dentes ao ser despedida imediatamente. Com um olhar sorrateiro ao Carl, levantou cambaleante em seus pés, mas encolheu os ombros fora do braço de Jeremy quando ele estirou para ajudá-la. ―Me manterá informada pelo menos?― disse ao chefe enquanto se encaminhava para a porta. ―É obvio. E Regina? Ela parou e voltou para olhá-lo. ―Descansa um pouco. Parece como se foi ao inferno. A comissura de seu lábio se arqueou para cima. ―Obrigado. Ela saiu ao corredor para ver Cam, Hutch e Sawyer descansando contra a parede oposta. Endireitaram quando a viram, e Hutch colocou a mão dentro de uma pequena sacola de papel branco. 27

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―Não disse que esperassem lá fora?― perguntou com exasperação. Sawyer encolheu os ombros. ―Sim, e? Hutch empurrou para ela seu punho fechado. ―Aqui. Toma isto. Ela estendeu a mão, e ele deixou cair uma pequena pílula em sua mão. Ela a empurrou de retorno para ele, mas pegou a mão, tirou a pílula e a aproximou de sua boca. Cam entregou uma garrafa de água. ―Toma, ― grunhiu Hutch. ―Também poderia dar por vencida com graça, ― disse Cam com calma. ―Não vai parecer bem para seu chefe que saia e te veja no chão, conosco empurrando um comprimido em sua garganta. Fulminou com o olhar. Eles não o fariam. Sawyer acariciou a nuca. ―Faremos Reggie, ― murmurou ele. ―E sem sofrer nenhuma culpa com respeito tampouco. Seus ombros se elevaram e logo caíram enquanto pegava a pílula da mão de Hutch. Pegou a água de Cam e engoliu a pílula de um gole. ―Já. Feliz? Hutch sorriu. ―Não esteve tão mal, agora, não? Lançou um olhar de reprimenda e começou a caminhar para a porta principal. O calor se apressou a suas bochechas quando viu Greta sentada ali, sem os fones, e com um amplo sorriso em seu rosto. Ela ouviu o intercâmbio completo, e Regina quis se colocar debaixo do móvel mais próximo. Os meninos se esparramaram fora da estação de polícia atrás dela e encaminharam para a SUV de Cam. Ela ficou de pé ao lado da caminhonete, com o cansaço atacando. Não pôde reunir a energia necessária para abrir a porta e entrar. Sawyer chegou a seu lado, seu braço roçando o dela enquanto tomava a maçaneta e abria a porta. Acomodou a outra mão em sua nuca e esfregou com ligeira intenção na base de sua cabeça com o polegar. Ele pressionou seus lábios contra seu cabelo, e ela fechou os olhos por um momento. ―Vamos para sua casa, ― murmurou ele enquanto a ajudava a subir na caminhonete. Assegurou de que estivesse no interior, logo fechou a porta atrás. Hutch subiu no assento dianteiro com Cam, e Sawyer caminhou ao redor para o outro lado e deslizou dentro a seu lado. Enquanto Cam começava a sair do estacionamento, Regina franziu o cenho. ―Homens, não dei meu cartão de seguro, para as receitas. Como conseguiram organizar minhas coisas? Cam olhou pelo espelho retrovisor, sorriu e sacudiu a cabeça. ―Pagamos por elas, Reggie. Do que outra maneira teríamos feito? ―Mas não teriam que ter feito isso. ― protestou ela. ―Tenho seguro. Guardaram pelo 28

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menos o recibo para que possa solicitar o reembolso e devolver o pagamento? Essa merda é cara. Sawyer estirou a mão e tomou a sua. Levantou-a até seus lábios e beijou os dedos. Ela abriu a boca para dizer algo mais, mas esqueceu o que era. ―O que custou não é importante. ― disse Sawyer enquanto descia a mão. ―O que é importante é que conseguimos o que necessitava. Está dolorida, querida. Não pode nos ocultar isso. Ela olhou para ele. Não podia formular um argumento. Estava simplesmente muito malditamente cansada. ―Vem aqui. ― disse enquanto a atraía brandamente para ele. Guiou-a para baixo até que ela esteve deitada sobre o assento, com a cabeça apoiada em seu colo. Ela fechou os olhos enquanto os dedos acariciavam brandamente o cabelo. Parecia tão bom. Seu toque. A presença deles. Tudo. ―Diga a Cam que me leve para casa. ― murmurou ela. A mão de Sawyer aquietou por só um momento. ―Ele está a levando para casa, querida. Ela assentiu com satisfação e se entregou às carícias um pouco mais no colo de Sawyer. Sua própria cama. Uma pausa da avalanche dos três homens. A droga que Hutch obrigou a tomar já estava trabalhando sua magia. Suavizou a dor e o substituiu com um resplendor quente e impreciso. Ela fecharia os olhos e desfrutaria até que chegasse a casa. Queria saborear estes poucos minutos junto a Sawyer.

Capítulo 6

―Reggie não vai estar feliz conosco. ― murmurou Sawyer enquanto Cam conduzia pelo caminho sinuoso para casa. Ele seguia acariciando sua cabeça e logo parou para girar um cacho ao redor de seu dedo. Ela não se moveu. Nem sequer quando o carro parou. Hutch se voltou no assento e olhou Reggie. Ele sorriu levemente, mas Sawyer podia ver o brilho de… que havia em seus olhos? Era uma mescla de esperança e de tristeza. E necessidade. Enquanto o olhar de Hutch se fixava em seu pescoço, a ira fria congelou suas feições. Cam abriu sua porta. ―Vamos, homens. A levamos para dentro e a acomodamos. Sawyer se moveu e abriu a porta com cuidado. Segurando sua cabeça com sua mão, acomodando debaixo. Fez uma careta enquanto olhava para ela. Não havia maneira de tirá-la sem que há perturbasse um pouco. ―Quer que a leve?― Perguntou Cam de seu lado. Sawyer olhou Cam, que estava com suas mãos metidas nos bolsos. ―Não, tenho-a. Vá abrir a porta, se quiser. 29

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O ruído de umas teclas soava quando Cam se afastou. Sawyer entrou e brandamente levantou Reggie dos ombros. Enquanto a deslizava para ele, ela se moveu. Antes de estar plenamente consciente, a pegou em seus braços e a embalou contra seu peito. Seus olhos se abriram quando ele deu seu primeiro passo para a casa. ―Sawyer? ―Shhh, querida. Tranquila. Sua testa enrugou enquanto olhava a seu redor. ―Onde demônios estamos? ―Em casa ― disse Hutch. ―Me desce Sawyer― disse em voz baixa. Com um suspiro, deslizou seu corpo para baixo até que seus pés se chocassem com o chão, mas manteve um braço firme a seu redor. Ele trocou olhadas com Cam e Hutch e viu a incerteza em seus olhos. Regina contemplou com profunda adoração a casa diante dela. Era linda. Uma casa de dois andares com um alpendre de serviços múltiplos com um pórtico circular. O cedro balançava preguiçosamente estendido ao redor do perímetro, convidativo e acolhedor. Vasos de flores adornavam as janelas e samambaias pendiam de ganchos em um beiral. Deu um olhar a Cam e logo a Hutch com confusão. Finalmente ela olhou Sawyer. ―Não entendo. Cam se adiantou e pegou sua mão. ―Entra Reggie. Falaremos quando estiver cômoda. Deu um passo vacilante. Qualquer que seja a coisa que Hutch jogou em sua garganta estava chutando seu traseiro. Cam capturou seu cotovelo e logo passou o braço pelos ombros enquanto a guiava acima dos três degraus do alpendre da entrada principal. Hutch passou ao redor deles e abriu a porta. Quando Regina entrou, cortou o fôlego e o manteve em seu peito. Parou na entrada da sala e ficou parada. Ela conhecia esta casa. Deus, sim que fazia. Era sua casa. A chaminé. O suporte da chaminé. O relógio do avô sobre o suporte da chaminé, com o pêndulo, balançando. Ela não podia respirar. Girou seu olhar sobre os chãos de madeira às portas francesas que conduziam a um terraço da parte de trás. Engoliu saliva e esfregou o dorso da mão sobre seus olhos para logo piscar furiosamente antes que a umidade a traísse. Cam estava ali, em silêncio. Hutch e Sawyer estavam justo atrás deles, observando. ―O que têm feito?― Sussurrou ―O que é isto? Não posso… Cam pôs um dedo sobre seus suaves lábios. ―Agora não, Reggie. Falaremos mais tarde. Agora a poremos na cama. E vai ficar ali. Abriu a boca para protestar, mas Sawyer e Hutch se aproximaram e puseram suas mãos sobre seus ombros. ―Deixem de fazer isso. ― disse ela com frustração. Hutch arqueou uma sobrancelha. 30

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―Me tocar. Deixem de me tocar. Sabem muito bem que estão me manipulando. ― Deu um passo para trás, desesperada por pôr espaço entre eles. Sawyer a olhou fixamente, seus olhos azuis faziam buracos através dela. ―Não pode fugir mais de nós. ― disse em voz baixa, sua voz firme, como um juramento preso em suas palavras. ―E vai deixar de fugir de você mesma. Abraçou ao redor de sua cintura, aborrecendo o pânico que transmitiu a determinação de sua voz, nas expressões de outros. Hutch se interpôs entre ela e Sawyer. ―Vou levar você para acima. A seu quarto. Vai se despir e entrar na cama. A menos de que prefira se estender aqui embaixo no sofá? ―Aqui. ― ela soltou. Seu quarto. Só o fato de que tinha um quarto nesta casa assustava como o inferno. Faz quanto tempo que planejavam isto? De maneira nenhuma ia lá em cima, a um lugar que preparam para ela, feito para ela. ―Vou para cima e trarei travesseiros e uma manta. ― disse Sawyer brevemente. Antes que pudesse pronunciar uma palavra, deu meia volta e saiu da sala de estar. Seus ombros se afundaram. Estava decidida a fazer um problema de tudo? Não podia estar perto de qualquer um deles sem fazer seu melhor esforço para arruinar ao menos a um deles. ―Poderia pelo menos pretender não estar morta de medo ― disse Cam com secura. ―Nossos egos estão recebendo uma surra, Reggie querida. Voltou a enfrentar e lamentou com prontidão aquela ação. A sala afundou e cambaleou. Hutch pegou seu braço. ―Ups― disse enquanto a endireitava. ―por que não põe seu traseiro no sofá antes de cair. Ela deu um puxão em sua pegada e focou em Cam. ―Não estou morta de medo ― chiou ela. ―E se seu ego está recebendo uma surra, eu diria que já era uma maldita hora. Hutch tomou seu queixo e empurrou até que girou seu olhar para ele. ―Sim, Reggie, está. Pode fingir tudo o que queira. Mas a conheço. Te conhecemos, ― adicionou. ―esteve fugindo durante um ano até agora, e é hora de que pare. De um modo ou outro, vamos enfrentar o que aconteceu a nós. Ela negou com a cabeça, causando que sua mão se deslizasse para baixo de seu pescoço. Cam suspirou. ―Sente para que possa tirar os sapatos. ―Cam, não estou inválida. Posso tirar isso. Cam pôs suas mãos sobre seus ombros e a guiou para trás até que topou com o sofá. Logo a empurrou para baixo até que se sentou na almofada. Se ajoelhou diante dela e começou a tirar os sapatos. ―Sou muito consciente de que pode tirar seus próprios sapatos. ― disse Cam. ―Também pode tomar uma ducha sozinha. Também podia ir para sua casa do hospital, sozinha, e cuidar de você mesma. Mas queríamos cuidar de você, Reggie. Não há razão para que esteja sozinha. Olhou a seus quentes olhos marrons. Uma mecha de cabelo negro caiu sobre sua testa, e o 31

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empurrou para trás de sua orelha. ―É como sempre cuidou de nós. ― murmurou. Inclinou a seu toque, e seus dedos deslizaram por seu queixo e arrastando levemente a sua mandíbula. ―Tem que se barbear. Ele sorriu. ―Farei, junto com uma ducha, logo que fique cômoda. A menos que queira vir e me ajudar? Seus lábios tremiam enquanto lutava com o sorriso. ―Em seus sonhos. Sawyer entrou na sala de estar com dois travesseiros e um edredom. Cam balançou para trás e ficou de pé para que Sawyer pudesse arrumar os travesseiros em Regina. Quando terminou de colocar os travesseiros, deu uns tapinhas e olhou fixamente Regina. ―Toma posição― disse Sawyer. Regina se reclinou cuidadosamente, assentando nas almofadas do sofá de felpa. Sua cabeça se afundou nos travesseiros de pluma, e gemeu de prazer. Eles a conheciam. Muito bem. O que gostava e o que não gostava. As coisas que amava. Ninguém a conhecia tão bem. Certamente não seus pais. Ela quase riu. Não, ela era um mistério para seus pais. Um quebra-cabeças que nunca trataram de desentranhar. Mas Cam, Sawyer e Hutch? Eles sim. E enquanto isto deveria tê-la consolado, ter gente que se preocupava com ela, o único em que podia pensar era em perder um ou a todos por sua própria estupidez. Dormir com eles, fazer amor com eles… isso foi uma estupidez. Fechou os olhos, não queria deixar que a lembrança daquela noite se intrometesse em seus pensamentos. Agora não. O edredom a envolveu, abraçando-a em uma nuvem de suavidade enquanto Sawyer o arrumava por seu corpo. Sentiu seus lábios sobre sua testa, ouviu sussurrar junto a seu ouvido. A mão de Hutch enredada em seu cabelo enquanto acariciava os cachos rebeldes. Logo Cam tocou seu braço, por cima da tala, suave e confortável. Inclusive com os olhos fechados, sabia quem era cada um, as diferenças. E logo lábios em cima dos dela, amoroso e gentil. Cam. ―Vamos conversar mais tarde, Reggie querida. Prometo isso. Mas por agora, dorme um pouco. ―Fica comigo ― sussurrou. Ela disse isso? Estava sempre contradizendo a si mesma? Sua mente era uma massa de confusão. Ela pensava uma coisa e outra saía de sua boca. ―Ficarei Reggie. Agora dorme. Sua mão deslizou ao redor dela, entrelaçando seus dedos com os seus. Pegou a mão firme e se entregou às sombras.

Capítulo 7

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Os três homens sentaram à mesa do café da manhã só a uns poucos pés de distância do sofá onde dormia Reggie. Cam deu uma olhada de vez em quando, mas não se moveu desde que foi dormir uma hora antes. Havia uma fragilidade nela que incomodava. Reggie? Ela estava acostumada ser muito resistente cheia de insolência e uma atitude para competir com um pit bull. Seu roce com a morte o assustou. Maldição, ele estava morto de medo. Mas sabia que não era o único que colocou a vulnerabilidade nos olhos. Com um suspiro de resignação, enfrentou Sawyer e Hutch. ―Considerando todas as coisas, acredito que ela aceitou bem. ― disse Sawyer encolhendo os ombros. Hutch começou a rir. ―Aceitou porque drogamos seu traseiro e estava em choque. Não vamos sair tão rápido quando despertar e as drogas estejam fora. ―Ninguém disse que seria fácil― falou Cam. Hutch pôs as mãos atrás da cabeça e inclinou para trás em sua cadeira. Havia um sentimento de frustração e medo refletido em sua expressão. Cam podia entender isso. Sentia as duas emoções contraditórias, as sentiu há bastante tempo. ―Estamos brincando?― Perguntou Hutch. ―Quero dizer a sério? Quem demônios tem o tipo de relação que estamos propondo? Acordo algumas manhãs e me pergunto se não perdi minha maldita cabeça. Sawyer inclinou para frente, com os braços descansando sobre a mesa. Tinha os punhos apertados firmemente. ―Já falamos sobre isto, Hutch. Quantas voltas mais quer dar? O que é o que quer ouvir? Que em um mundo perfeito, você e Cam desapareceriam da imagem, e Reggie só seria para mim? Hutch olhou para outro lado, com a mandíbula apertada. ―Isto não está ajudando― disse Cam. ―Oh, se cale. ― murmurou Hutch. ―Não pode dizer que não teve esses pensamentos. Cam arqueou uma sobrancelha. ―Não, Hutch, eu não posso dizer isso. Mas do que serve que eu o faça? Tivemos esta conversa. Aceitamos que a amamos e que não a faríamos escolher. ―Não, estivemos de acordo em que não íamos fazê-la escolher. ― disse Sawyer em voz baixa. ―Nossa solução é nossa única maneira de ter uma parte dela. Tem dúvidas, Hutch? Hutch apertou os lábios e sacudiu finalmente com a cabeça. ―Não. Mas eu não vou mentir tampouco. Estar afastado enquanto você e Cam a tocam, confortam, é difícil. Amei-a desde que Reggie era uma menina. Sempre senti como se fosse minha. Essa é uma noção difícil de deixar. ―Ninguém está tratando de leva-la. ― disse Cam. Hutch passou a mão pelo rosto. ―Sei Cam. O que quer que faça? Mas não posso evitar o que sinto vendo outro homem tocá-la. Acha que não me dou conta de que o ciúme é a maneira mais rápida para fazer que isto seja um fracasso? E que, como fodido e retorcido que é isto, o de nós três compartilhando, 33

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representa minha única oportunidade de ter uma vida com ela? ―Escuto você. ― murmurou Sawyer. Cam assentiu com a cabeça. ―Eu o entendo, homem. Vai requerer muito sacrifício por parte de nós três. Por não falar de paciência. Devido a Reggie... Ela vai lutar contra isto. Não porque não nos ama. Eu acredito que faz, e esse é o problema. ―Ela é teimosa e tem muito mau gênio― disse Sawyer com ironia. ―Mas ela também cortaria o braço direito antes de machucar a qualquer um de nós. E em seus olhos, isto só pode conduzir a um dano inevitável, e por isso nos evita, porque dói. ―Teimosa é o correto. ― queixou Hutch. ―Em sua mente, ela nos protege. ― disse Cam acima. ―Ela esteve nos protegendo desde que fomos meninos. Já é hora de que essa merda pare. Ela se mostra relutante a qualquer noção de que estamos cuidando ou protegendo ela, mas depois do acontecido, já não estou disposto a me sentar e esperar o momento adequado. Tanto Hutch como Sawyer assentiram. ―E olha isto provavelmente não é necessário dizer, mas vou dizer de todos os modos. ― acrescentou Cam. Sawyer revirou os olhos. ―É este o bate-papo de grande irmão? Cam não fez conta. ―Entendo que todos temos nossas reservas. Temos preocupações e temores e talvez inclusive ressentimento. Mas temos que tomar cuidado para apresentar uma frente unida a Reggie, do contrário nunca vai funcionar. Se tivermos um problema, então vamos ter que discutir a fundo em particular. Não queremos dar outra razão mais para sair correndo. ―Tem razão. Não é necessário que diga. ― Hutch, disse. ―Sim, é assim. ― disse Sawyer. ―Não podemos nos dar o luxo de nos atarraxar nisto com uma merda estúpida. Não somos um montão de homens. Reggie significa muito para todos nós. Coloquei minha confiança em que nenhum dos dois foda minhas possibilidades com ela. Isto está bastante mal. Assim sim, eu diria que temos que nos lembrar frequentemente. Cam estudou os outros dois homens e viu uma tranquilidade em seu comportamento que não viu desde que Birdie ligou para contar a respeito de Reggie. Sim, necessitavam este batepapo, e talvez o necessitariam mais frequentemente só para reforçar o que estava em jogo. ―Bem, agora que tudo isto está fora do caminho, temos outros acertos que fazer. ― disse CAM. ―Sim? Como o que? ― perguntou Hutch. ―Temos que voltar para Houston para conseguir seu carro e o de Sawyer, é mais, temos que transferir nosso escritório aqui por agora, o que quer dizer transferir tudo. ―Entrou em contato com os Robertson pelo seu projeto?― perguntou Sawyer. Cam assentiu com a cabeça. ―Sim, estiveram de acordo com o prazo quando expliquei as circunstâncias. Mesmo assim, 34

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tenho que terminar os planos para que possamos seguir adiante com o edifício. ―O que acontece a Reggie?― perguntou Hutch. ―Um de nós tem que ficar aqui com ela. ―Posso chamar Birdie e pedir que venha para ficar com Reggie. Vocês dois podem voltar a Houston comigo, e um de vocês pode voltar em sua caminhonete. O outro pode ajudar a juntar tudo do escritório para trazê-lo de novo para cá. ―Hutch pode voltar em sua caminhonete― disse Sawyer. ―Vou passar o momento e ajudar a limpar o escritório. Hutch pode fazer os acertos para que nossas chamadas sejam remetidas ao número daqui. Ele terá que ir ao supermercado de todas as formas. Um gemido suave do sofá calou os homens. Cam girou em sua cadeira para olhar Reggie de novo. Hutch levantou e empurrou sua cadeira para trás. ― Vou fazer algo de jantar― disse em voz baixa. ―Ela vai ter fome. ―Frango― murmurou Sawyer. Hutch sorriu e se aproximou da cozinha, deixando Cam e Sawyer à mesa. Regina abriu os olhos e piscou para tratar de limpar as teias. Parecia como se alguém a tivesse usado como um saco de boxe. E logo recordou que para efeitos práticos foi para alguém um saco de boxe. Tratou de levantar, mas todos os músculos de seu corpo protestaram com o movimento. Com um gemido, afundou sobre os travesseiros. Cam e Sawyer apareceram frente a ela e olharam para baixo, com a preocupação refletida em seus olhos. ―Como se sente?― Perguntou Sawyer. ―Como se alguém tivesse me dado uma surra?― os lábios de Cam se reuniram em uma magra linha. ―Má escolha de palavras. ― murmurou. Ela tratou de levantar de novo, e desta vez, Sawyer se agachou e a ajudou. Seu estômago se revolveu, e um brilho quente de náusea a debilitou momentaneamente. ―Morro de fome. ― disse. ―Não acredito que tomar os analgésicos com o estômago vazio foi à ideia mais inteligente que tive. ―Hutch está fazendo o jantar― disse Cam. Ela levantou a vista por volta dos dois homens que se elevam sobre ela. ―O que estou fazendo aqui?― perguntou ela. ―Que estão fazendo aqui? E onde é aqui exatamente? Cam e Sawyer se olharam. Uma daquelas olhadas que disseram que eles se uniam contra ela. Ela fulminou com o olhar, silenciosamente comovida que se atreveram a utilizar esse truque com ela. Mantiveram sua distância, assim que talvez a sutil ameaça funcionou. Ou não. Cam se sentou em um lado enquanto que Sawyer tomou o outro. Estendeu a mão e a envolveu, seu calor corporal a envolveu como uma manta. Esquecido estava o consolador edredom em seu colo. ―Esta é nossa casa. ― disse Cam simplesmente. ―Finalizamos a construção faz alguns 35

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semanas. Ela negou com a cabeça com confusão. ―Não entendo. Vocês vivem em Houston. Seu negócio está em Houston. Não fomos longe do hospital, verdade? Eu me teria dado conta disso, certamente. ―Compramos uma centena de hectares a vinte minutos de Cypress. ― disse Sawyer. ―Mas por quê? O que acontece com seu negócio? ―Sabe por quê?― disse Cam uniformemente. ―Está aqui. Aqui é onde cresci. Sempre tivemos planos de voltar uma vez que nossa companhia estivesse estabelecida. Ela levantou uma mão tremente e a passou através de seu cabelo. ―Eu nem sequer sabia que estavam construindo. Sawyer a olhou desapaixonadamente. ―Saberia se não estivesse tão decidida a nos evitar. Ela se ruborizou, sentindo-se culpada. ―O jantar está preparado. ― chamou Hutch a todos na sala. ―Hutch ao resgate. ― disse Cam com uma divertida voz. ―Já chegará, entretanto, querida Reggie. Vamos ter esta conversa tão esperada. Não se pode evitar para sempre. Ela respirou profundamente pelo nariz e seu olhar encontrou com ele. ―Já sei― disse em voz baixa. A surpresa apareceu em seus olhos por sua aceitação. Sawyer levantou uma sobrancelha, mas não respondeu. Ele mudou de lugar, ficou de pé e se inclinou para ajudá-la a levantar do sofá. Levantou a mão boa para agarrar e tanto Cam como Sawyer a agarraram pelos ombros e a levantaram. ―Leva com calma― advertiu Cam. ―Não trate de te mover muito rápido. Apesar de que ainda doía da cabeça aos pés, mudou com mais firmeza do que o fez antes. Suas pernas pareciam estar cooperando melhor, e seus joelhos não pareciam tão débeis. Sawyer a guiou para uma mesa em frente das portas francesas e a sentou em uma cadeira. Sentou frente a ela, e Cam tomou a cadeira a seu lado. Uns momentos mais tarde, Hutch caminhava trazendo dois pratos. Pôs um em frente a ela e outro frente à Cam. ―Supus que isto se sentiria bem em sua garganta. ― disse Hutch e entregou uma colher. Olhou-o e se suavizou. Sorriu com gratidão e tomou a colher, com os dedos roçando os seus. ―Obrigado― disse com voz rouca. Piscou um olho e voltou para a cozinha. Ela pôs um pouco do líquido fumegante na colher e brandamente soprou quando a levou a seus lábios. Tomou um gole com precaução e fez um som de satisfação quando o caldo quente deslizou por sua garganta. ―Bom?― perguntou Hutch, quando retornava com terrinas para ele e Sawyer. ―Excelente― disse. ―Estava morrendo de fome. Hutch ocupava o assento junto a ela. Seu joelho se chocou contra sua perna, e murmurou uma desculpa se acomodando. Seguiu com outra colherada de sopa à boca, desfrutando do rico sabor. Ela olhou com 36

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cautela a outros, mas se concentravam em suas próprias refeições. Sawyer olhou para cima e capturou o olhar. A atração brilhou em seus olhos. ―Come Reggie. Não estamos preparando uma emboscada. Ela desceu o olhar para a sopa, com as bochechas quentes. Uma emboscada foi exatamente o que ela esperou. Ela franziu o cenho infeliz enquanto agitava o conteúdo de seu prato em círculos lentos. Odiava a perda de sua cercania. Ela a perdeu. Ansiava. Antes era suficiente para ela estar ao redor deles. Desfrutar de sua companhia e a amizade entre os quatro. Agora via cada ação com medo e suspeita. OH, não fariam mal, e a estupidez não era sua culpa. Era dela. Sua debilidade era a culpada. Arruinou tudo. ―Não vai comer― disse Cam com secura. Ela levantou a vista para ver os três olhando-a. Desceu a colher, sabendo que não ia ser capaz de comer até que tirasse o problema fora. ―O que aconteceu há um ano... Não deveria ter acontecido. ― disse em voz baixa.

Capítulo 8

Cam, Sawyer e Hutch deixaram de comer e a olharam fixamente. Duro. A intensidade de seus olhares a puseram nervosa. A fez sentir como se tivesse cometido um pecado imperdoável. ―Por quê?― perguntou sem rodeios Sawyer. ―Por que não devia ter acontecer, Reggie? Ela piscou surpreendida e se moveu incômoda em sua cadeira. Não esperou que perguntasse por que. E era evidente nas expressões de Cam e Hutch que eles também queriam uma resposta. Deus. Por que terei que explicar? Não deveria ser óbvio? Que tipo de pessoa tem relações sexuais com três homens? Ao mesmo tempo! Três homens que eram seus melhores amigos. As pessoas em que confiava. Não se tratava de gente com quem brincar com suas emoções ou fazer promessas com seu corpo que não podia seguir. ―Não deveria ter ocorrido. ― disse secamente. ―E queremos saber por que. ― disse com calma Hutch. Ela emitiu um som de frustração. Correu sua cadeira para trás, disposta a escapar. Cam se aproximou e envolveu seus dedos ao redor de seu pulso para impedir que escapasse. ―Não te permito fugir mais, ― disse. ―vamos conversar sobre isto, Reggie. Ela fechou os olhos. ―O que quer de mim? Quer que admita o que está errado, a pessoa que sou por ter tido sexo com três homens? Meu Deus, que equivale foder com uma turma. São meus amigos… Ela interrompeu quando Sawyer levantou com tanta força que puxou sua cadeira. ―Sawyer. ― Hutch, disse com uma voz de alerta. Sawyer não fez caso e se inclinou sobre a mesa, suas mãos estendidas contra a madeira. Foder uma turma? Você quer reduzir o que tivemos a algum filme pornográfico de má qualidade? 37

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Ela estremeceu diante da ferocidade de sua voz. Ele estava de saco cheio. ―Acha sinceramente, que te faltamos com o respeito dessa maneira, Reggie? Porque se faz, então tem maiores problemas que o fato de que tivemos relações sexuais. Eu entendo que o acontecido a virou do avesso. Não acha que fez o mesmo conosco? Mas denegrir como alguma emoção muda com você jogando o papel protagonista como uma coelhinha pornô me incomoda muitíssimo, e não me importa dizer isso. ―Sawyer, sente-se. ― disse Cam com calma. ―Não, Cam. Não vou sentar. Olhou para baixo para Regina, seus olhos nunca se moveram de seu rosto. ―Eu não sei o que aquela noite significou para você, Reggie. Eu não sei por que não quer falar disso. Mas quer saber o que significou para mim? Para eles?― Perguntou ao tempo que fez um gesto para Cam e Hutch. ―O que?― sussurrou. ―Foi a melhor noite de minha vida. Esperei muitíssimo tempo para fazer amor com você. Planejei? Não. Em um mundo perfeito teria te aliviado de uma situação em que fazendo amor com todos nós não te pusesse tão malditamente incômoda. Mas acabou por acontecer, Reggie. Não planejei. Mas eu não me arrependo tampouco. Pode me olhar nos olhos e me dizer que se arrepende? Sério? Sua boca secou. Sentia-se encurralada. Não por eles, mas sim por suas próprias malditas emoções. Nunca mentiu antes. Ela nunca guardou nada. E, entretanto no último ano, afastou-se, essencialmente mentia por omissão, por sua negativa a reconhecer o que aconteceu entre eles. Ela ficou de pé e se afastou em um esforço por reunir consigo mesma. Ela não queria cair frente na eles, e parecia perigosamente perto de fazer. Segurou os braços e esfregou de cima abaixo, e então ela voltou para eles. ―Não sei. ― sussurrou. ―Não sei. Lutei tão fortemente por esquecer, por tirar de minha mente. Eu não quero que as coisas mudem entre nós. Deus, eu não poderia suportar. São meus únicos amigos. As únicas pessoas que me importa. Como pude deixar que essa noite acontecesse? Hutch começou a falar, mas o fez calar levantando uma mão. Ela não queria dizer o que estava fazendo um buraco em seu intestino. Não queria despir sua alma tão dolorosamente? Mas estava arranhando seu peito, esforçando por sair. E talvez seria a última gota em sua já difícil relação. ―Depois dessa noite... Uns meses depois de que aconteceu, saí com outro cara. Estava decidida a pôr essa noite fora de minha mente. Assim tive... Relações sexuais com ele. ― Fechou os olhos enquanto as lágrimas ameaçaram estendendo pela borda. E ela não podia suportar ver a condenação em suas expressões. Ouviu uma rápida ingestão de ar em sua respiração. Mais de uma. Quando teve coragem necessária para reabrir os olhos, a sala estava imprecisa através de um brilho de lágrimas. Seguiu adiante, decidida a livrar da culpa que autocondenava. Ou talvez a abraçá-la. ―Tive relações sexuais com ele... E na manhã seguinte, queria morrer. Parecia... Parecia como se os tivesse traído. A todos vocês. Nem sequer podia me olhar nos olhos. Eu não podia 38

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enfrentar a mim mesma no espelho. Cam se levantou e começou a percorrer o caminho para onde estava, mas ela deu um passo atrás e levantou uma mão. Parou sua expressão de dor, com os olhos escurecidos. Seu olhar deslizou nos rostos de Hutch e Sawyer viu a dor refletida ali. Seu coração perdido. ―Tive relações sexuais antes. Quero dizer, sabem. Mas eu nunca senti que estava traindo. Vocês tiveram relações. Tive homens em minha vida. Isso nunca interferia com nossa amizade. Mas depois dessa noite, não podia nem sequer pensar em ter relações íntimas com outro homem, porque tudo o que podia ver eram suas reações se chegavam a inteirar. E ainda não podia dar a cara de todos os modos pelo que aconteceu. De qualquer forma perderia― sussurrou. ―E Deus, não posso suportar a ideia disso. Hutch levantou e caminhou para ela, ignorando sua mão estendida. Pegou pelo pulso, colocou o braço pela cintura enquanto se movia rapidamente. Deslizou sua mão atrás de sua cabeça e seu pescoço inclinado para satisfazer seu beijo. Tinha fome disto. Ficou acordada tantas noites revivendo cada momento dos três homens fazendo amor com ela. Engoliu seu protesto e aprofundou o beijo. Seus lábios se moviam com voracidade sobre os dela como se ele tivesse fome exatamente igual a que tinha ela. Deu um pouco de distância, mas seguiu pressionando ligeiramente beijos nos lábios. ―Não vai nos perder, Reggie. Não, a menos que continue correndo. Segue dizendo que não suporta a ideia de mudar as coisas, mas não mudaram quando fazíamos amor, neném. Mudaram quando correu como uma lebre assustada. Este último ano? Só vimos partes e fragmentos de você porque cada vez que nos aproximávamos, encontrava uma desculpa para estar em outra parte. Diz que não nos quer fazer mal, mas maldição, Reggie, isto dói. ―Tem razão. ― interveio Sawyer. Hutch mudou a um lado, e olhou mais a Sawyer, que seguia em pé junto à mesa, com os olhos brilhando com intensidade. ―Está zangado comigo. ― disse em voz baixa. Entretanto, por alguma razão ela não pensava que estava zangado porque admitiu que dormiu com outro homem. Sim, feriu-os, mas parecia que deixariam de lado. ―Sim. Não. Sim, maldição, eu estou. ― disse Sawyer com frustração. ―Estou zangado com a situação. Estou zangado porque eu não sei o que fazer para solucionar este problema, para fazer que as coisas estejam bem entre nós. Não sei como fazer para que não tenha medo. Cam, finalmente ficou de pé. Deu um longo olhar, medindo com o olhar pela primeira vez Sawyer e logo Hutch. Eles estavam fazendo o da comunicação silenciosa de novo, e acovardando a ela. Fez sentir como se não tivesse uma oportunidade contra eles. Cam se aproximou onde estava ela com Hutch, e estendeu sua mão. Ele não tomou. Estendeu e esperou a que ela tomasse. Olhou-o nervosamente por um minuto antes de ceder e deslizar seus dedos nele. Ele apertou com suavidade e esfregou o polegar através da parte superior dos nódulos. ―Vamos levar isto lentamente, Reggie. Há muito em jogo nisto. Não quero pressiona-la, mas não vamos ser desonestos com você tampouco. 39

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O medo apertou seu peito, até que sua expansão quase não a deixava respirar. ―O que é o que quer? ―Você, Reggie. Queremos. ―Não entendo. Ele assentiu com a cabeça. ― Se me entendesse, não teria tanto medo. Não estaria nos evitando. ―Temos que explicar Reggie?― perguntou Hutch. Sawyer se aproximava dela pela frente. ―Queremos. ― disse simplesmente. ―Você conosco. Olha tudo, querida. ―Fez um gesto pela sala. ―Nós não construímos esta casa só para nós. Nós a construímos para você. ― Ele aproximou e tomou a outra mão na sua, levantando e colocando sobre seu coração. ―Fica comigo, Reggie. Fica conosco. Seu cérebro se fechou. O que propunham... Inclusive embora sabia, sabia de antes, e temia ouvi-lo em voz alta... Foi chocante. Uma sacudida a seu sistema. Não podia envolver sua mente ao redor disso. Umedeceu os lábios tratando de formular as palavras, algum tipo de resposta. O que diria a algo assim? Como poderia responder? Fechou os olhos quando a fadiga se apoderou, arranhando-a. O cansaço que tinha pouco que ver com as lesões e todo o relacionado com o desgaste emocional, desceu sobre ela como uma escura, sufocante manta. Cambaleou, estabilizou contra Sawyer e tentou dar um passo atrás. Ele não a deixou ir. Em seu lugar, puxou ela em seus braços e se envolveu em torno dela. Sua mão acariciou a bochecha enquanto a apertava contra seu peito e beijou a parte superior da cabeça. ―Me dê outro comprimido. ― ouviu-o dizer. Ela começou a sacudir a cabeça, mas ele sossegou seus movimentos. ―Isto foi muito para jogar em você, querida. ― murmurou em seu cabelo. ―Não esperamos que nos dê uma resposta hoje ou inclusive amanhã. O único que pedimos é que não se afaste de nós nunca mais. Fique e encare o que há entre nós. Nos dê uma oportunidade. Você goste ou não, as coisas mudaram entre nós. Aonde vamos daqui depende de nós. Podemos deixar que nos destrua, ou podemos enfrentá-lo cara a cara. Você não é uma covarde, Reggie. É hora de deixar de atuar como tal. Se separou e ficou olhando-a, seus olhos azuis ardendo com sinceridade... E determinação. Ela não respondeu, mas tampouco parecia esperar. Seu olhar revoou para onde estava solenemente Cam observando-a. Olhou interrogante. Devolveu o olhar, seus olhos escuros que refletiam a mesma sinceridade que viu em Sawyer. Eles estavam sérios. Hutch retornou, e aproximou uma xícara de chocolate quente. Sawyer tomou a xícara quando ela foi alcançá-la, e Hutch pegou a mão, sem curvar os dedos, como fez antes e deixou cair um comprimido nela. ―Valentão― murmurou. ―Quando se trata de você, neném, não me importa ser etiquetado como um valentão. 40

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Agora, toma o comprimido, maldição, e quero que beba o chocolate quente de modo que haja algo mais em seu estômago. Não comeu muito de sua sopa. Ele levantou a mão quando ela quis falar. ―Não acabei. E quando tiver terminado com o chocolate quente, vai levar seu traseiro até as escadas, e vai entrar em sua cama. ―Sim, senhor. A expressão severa de Hutch cambaleava, e um meio sorriso gretou seus lábios. ―Eu gosto de ver essa boca inteligente. Todos eles viram como ela tomou o comprimido e, a seguir Cam a guiou até o sofá. Sawyer entregou a xícara, com cuidado de que não derramasse. Hutch voltou a recolher a mesa enquanto Cam se sentou a seu lado. ―Vamos voltar a Houston amanhã pela manhã há primeira hora. Vou chamar Birdie para que venha e fique com você. ―Mas… ―Nada de, mas. ― disse com firmeza. ―Birdie ficará com você até que voltemos. Hutch vai voltar para buscar seu carro, enquanto que Sawyer e eu pegaremos o escritório e traremos as coisas que temos que trazer de volta para cá. ―É uma dor no traseiro. ― resmungou. Sorriu e tomou a bochecha. Olhou a boca durante um bom momento antes que finalmente descesse a cabeça. Ela se perdeu momentaneamente na sensação de seu tato. Seu beijo foi quente e suave. Por não ser pretensioso. Suave e persuasivo. Um convite a responder. Sua mão enredada no cabelo, puxando mais perto inclusive enquanto lutava com a ideia de que o que estava fazendo estava errado. Finalmente ela afastou e apoiou a testa contra a sua. Fechou seus olhos e sua respiração se acelerou. A mão de Cam se aproximou de tocar a bochecha, sua testa apoiada na sua. ―Não se atreva a se arrepender disso― disse. ―Eu não quero ver a autocompaixão nesses olhos quando os abrir. Simplesmente deixa que aconteça, Reggie. Basta de pensar. Apoiou as mãos sobre seus ombros logo deslizou sua mão sã na curva de seu pescoço. ―Estou tão assustada, Cam. ― sussurrou. Quase a matou dizer, admiti-lo, mas aí estava. Tomou a parte posterior de seu pescoço e cravou os dedos em seu cabelo. ―Não tem que temer Reggie. Nunca conosco. Não sabe que nunca poderíamos te fazer mal? Ela se apertou mais a ele, abraçando-o. Ela apoiou a bochecha contra seu peito e aferrou firmemente. ―Não quero perder nenhum de vocês. ― engasgou no final. ―E tenho tanto medo do que acontecerá. Eu só quero que as coisas voltem para a forma em que estavam. Cam envolveu com seus braços ao redor dela. ―Não podemos voltar para trás, Reggie. Só para frente. Mas não há motivo por que tem que ser algo errado? 41

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Podia ver por seus olhos cansados como se filtravam as drogas através de seu sistema. Ela se aferrou a Cam, por agora não queria deixá-lo ir. Fazia tanto tempo que não os deixava se aproximar. ―Senti saudades. ― disse de novo. Cam respirou fundo contra ela, e algo da tensão escapou. ―Eu também senti saudades, Reggie querida. Não estou seguro se deu conta de quanto. É muito importante para mim. Mais importante do que acredito que reconhecerá jamais. Quando se moveu, para se separar, aferrou-se a ele. ―Não vá. Ainda não. ―Tem que estar na cama. Foi um inferno de dia para você. Ela se afastou o suficiente para poder ver o interior de seus olhos. ―Me abrace só um pouco mais, Cam. Estou tão cansada de me sentir sozinha. Recostou no sofá e a levou com ele, abraçando-a estreitamente contra seu corpo. O analgésico estava puxando para baixo, puxando no doce esquecimento. Mas ela não estava disposta a escapar. Ela queria viver um pouco mais o momento. Sentindo os braços de Cam a seu redor onde parecia amada e querida. Lutou por manter acordada, mas sua mão acariciando-a por cima de sua cabeça a adormecia. À medida que seus olhos piscaram, viu Hutch e Sawyer a uns metros de distância, observando. Queria dizer algo, para assegurar de que não se sentissem excluídos. Ela ansiosamente procurado suas expressões de irritação ou ressentimento, mas a única coisa que encontrou foi o calor. Manteve o olhar desfocado sobre os dois até que começou a desvanecer e obscureceu. Ela piscou uma vez mais e logo rendeu à escuridão.

Capítulo 9

Sawyer abriu a porta e fez Birdie entrar. Abraçou-a e deu um beijo na enrugada bochecha. ―Obrigado por vir, Birdie. Reggie ainda está adormecida e nós vamos seguir adiante para poder voltar logo que seja possível. Birdie sorriu e bateu em seus braços. Ele sorriu diante do gesto. Era uma reminiscência de quando era muito mais jovem, mais que um menino com uma atitude, confundido pela aceitação tranquila de Birdie. Confundiu desde o começo. A diferença de outros pais adotivos que não viam a hora de ditar a lei e reforçá-la nele, Birdie sorriu. Não só qualquer sorriso, mas também um cheio de amor e compreensão. Conseguiu sair com a seu mediante o uso desse sorriso, porque quem podia olhá-la e não sentir culpado? Sawyer envolveu um braço ao redor de Birdie e a fez a entrar na sala de estar. Parecia frágil e pequena. Uma careta de pânico envolveu seu estômago. Não gostava de pensar em Birdie 42

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envelhecendo. Ela era muito importante para todos eles. ―Está descansando o suficiente, Birdie? Viu seu médico ultimamente?― Ela sorriu enquanto se sentava na cadeira e de fato revirou os olhos quando Sawyer se agitou ao redor dela, puxando a cadeira para que apoiasse os pés no alto. ―Estou tão em forma como a chuva, Sawyer. Inclusive o Doutor Stevens diz assim. Sawyer franziu o cenho. ―Não acha que talvez deveria considerar ver um médico em Houston? Talvez um especialista? O Doutor Stevens é mais velho que a terra. Ele provavelmente exercia a medicina na idade de pedra. Talvez não está em dia sobre os últimos avanços médicos. Os olhos dela brilharam de alegria. ―Eu sou dois anos mais velha que Doc. Stevens, Sawyer. Suas bochechas se ruborizaram, e ele desceu a cabeça. ―Eu suponho que isso não saiu muito bem. ― murmurou. Ela riu e pôs sua enrugada mão no pulso dele. ―Estou bem. Sério. O doutor diz que vou viver outros trinta anos. ―Bom― disse com brutalidade. Cam e Hutch entraram na sala de estar, seus olhos se iluminaram quando viram Birdie. Sawyer deu um passo atrás, já que ambos a envolveram em abraços. Ela sorriu e se pavoneava em seus elogios e a cada um deles deu uns tapinhas na bochecha, como se tivessem dez anos de novo. E ambos sorriam de orelha a orelha sob seus cuidados. Sawyer negou com a cabeça. Todos eram meninos quando chegaram a Birdie. Ela tinha uma maneira de fazê-los sentir importantes. E amados. Não tinham nenhuma defesa contra ela, e nenhum deles tinha um problema em admitir absolutamente. ―Vai estar bem aqui com Reggie?― Cam perguntou em um tom sério. Birdie agitou a mão para ele. ― Vocês, homens, saiam daqui. Regina e eu vamos estar bem. Assegurarei de que tome o remédio como queriam. Ela provavelmente dormirá até que voltem. ―Ok, bom tem nossos números de celular. Nos ligue se tiver algum problema. Fez movimentos para espantá-los com suas mãos. Cada um deles voltou a beijá-la, e ela se levantou para ir vê-los sair. Ficou de pé na porta saudando a medida que se afastavam, e Sawyer ficou olhando sua imagem nos espelhos laterais, até que virou na estrada. ―Talvez devemos oferecer para que se mude para casa. ― disse Sawyer que se reclinou no assento. Cam olhou de lado, e Hutch inclinou para frente do assento de trás para descansar os braços sobre a divisão central. ―Quem, Birdie?― perguntou Hutch. Sawyer assentiu com a cabeça. ―Sim. Quero dizer que ela está fiando velha. Deveríamos pensar a respeito de cuidar dela melhor. Ela vive sozinha na mesma velha casa em que viveu. ―Esse é seu lar. ― disse Cam. ―Não quero que ela se desfaça da casa. Hutch assentiu. ―Ela não tem que desfazer dela. ― disse Sawyer com paciência. ―Só penso que 43

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poderíamos vigiá-la melhor se ela ficasse conosco na nova casa. ―Um, ela nunca faria. ― disse Cam. ―É muito independente, e o fato é que está tão sã como um cavalo. Ela sobreviverá a todos. Vocês dois, pensam sobre o que está dizendo. ― Ele olhou Sawyer por um momento antes de voltar sua vista ao caminho. ―Estaria pondo em meio de uma situação que já é incômoda com Reggie. Vai ser o suficientemente difícil convencer Reggie de ficar conosco. Adiciona Birdie à mescla e isso não será justo para nenhuma delas. Sawyer fez uma careta. ―Sim, bom ponto. É só que… ter a nossa família ali. Parecia bom. Moveu um pouco incômodo já que sentiu aos outros dois olhando. Ele deveria ter mantido a boca fechada, porque soava como um maldito idiota. ―Eu sei o que quer dizer. ― disse Hutch. ―Mas Birdie está perto, e agora que estamos nos mudando de volta, poderemos dar uma olhada mais frequentemente. ―O assunto mais importante é se vamos ser capazes de convencer Reggie para que fique. ― disse Cam. Os olhos de Sawyer se fecharam, e moveu a cabeça na direção de Cam. Era a segunda vez em muitos dias que ouviu Cam expressar dúvidas. Ao diabo com tudo. Se Cam não estava seguro, o que devia pensar Sawyer? ―Não parece tão seguro, Cam. ― disse Hutch em voz baixa. Sawyer olhou Hutch para ver a mesma confusão refletida em sua expressão. Trocou um olhar rápido com Hutch e ofereceu uma encolher de ombros em troca. Cam passou uma mão por seu cabelo e deu um suspiro que soou agitado. ―Não sei― murmurou. ―Estou preocupado. Isso é tudo. Isto é muito importante. Se não dirigirmos corretamente, poderíamos foder as coisas de forma permanente. ―Está tratando de dizer algo, Cam?― exigiu Sawyer. ―Se tiver algo que dizer, diga logo. Cam franziu o cenho e olhou seu caminho. ―Não homem, eu não estava fazendo nenhum ponto que não seja exatamente o que disse. ―Bom, eu pensava que um de nós está estragando as coisas, e se esse é o caso, precisa dizer agora. ―Espera― disse Hutch. ―Terá que dar a volta, Sawyer. Seu enfoque direto não vai dar certo conosco ou com Reggie. Sawyer voltou em seu assento e cobriu Hutch com seu olhar. ―O que está dizendo, homem? Tem algum problema comigo? ―Tenho um problema com que se meta na vida de Reggie e pressione muito forte. ― disse sem pestanejar Hutch. Sawyer sentiu uma pontada de culpabilidade arrastando até o pescoço. Mas também voltou a sentir a implicação de que ia culpar à resistência de Reggie. Ele não era bom no amor. Não era doce como Cam ou depravado como Hutch. Ele não parecia poder frear a borda do desespero na hora de ir a Reggie, e como resultado a empurrou com muita força. Sim, sabia disso, mas ele não necessitava Cam ou Hutch jogando na cara. ―Não sou você, e não sou Cam. ― disse tão calmamente como pôde. ―Além disso, Reggie 44

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não é uma covarde. Pode fazer. Regina se recostou na cama olhando para o teto. Escutou passos nas escadas e esperou enquanto soavam descendo à sala e aproximando de seu quarto. Ela olhou quando a porta se abriu. Birdie colocou sua cabeça e logo sorriu quando viu que Regina estava acordada. ―Olá, querida― disse enquanto caminhava para a cama. ―Vim para ver que como foi. Como se sente? Regina se estirou levemente, provando a dor de suas costelas, e se alegrou de descobrir que não era tão mau como no dia anterior. Sentou e devolveu o sorriso a Birdie. ―Sinto-me melhor, na realidade. Ela levantou a mão para tocar sua garganta machucada e sondou provisoriamente. Sua voz não soava tão áspera. ―Quase humana outra vez― adicionou. Birdie sentou na borda da cama e apoiou a mão na de Regina. ―Os homens deixaram a medicação para que tome. Quer? Regina levantou uma sobrancelha. ―Está me dando uma escolha? Eles simplesmente colocaram os comprimidos em minha garganta ontem. Birdie sorriu, e suaves enruga se formaram ao redor de seus olhos. ―Suas intenções são boas. Amam-na― disse simplesmente. ―Às vezes os homens exageram um pouco ao expressar seus sentimentos. Sente alguma dor? Regina negou com a cabeça e evitou o olhar de Birdie. Ela não tinha nenhum tipo de dor física, mas a lembrança da confrontação da noite anterior era forte. E Birdie agora falando de amor. Esta conversa poderia só girar no território de um profundo mal-estar. A mão de Birdie esticou ao redor dos dedos de Regina. ―Eu vejo a preocupação, o medo em seus olhos, Regina. Espero que não tenha medo de mim. Os ombros dela caíram. Acertou um olhar nos olhos da mulher mais velha, mas só encontrou bondade neles. ―Você… você sabe o que eles querem?― ela perguntou tentativamente. Birdie assentiu. ―Amo esses homens. Sabe. Também sei como são obstinados. Como outra pessoa que conheço. ―Deu um olhar zombador para Regina enquanto falava. ―Se está perguntando se eu soube que a amam e que construíram esta casa para você e que desejam que viva aqui... Com eles, então sim, já sei o que querem. Foram muito honestos comigo a respeito. ―E o que disse?― perguntou Regina em voz baixa. A boca de Birdie torceu um pouco. ―O que podia dizer?― foi para trás na cama. ―Tenho a mesma preocupação que qualquer mãe teria. Quero meus meninos felizes. Eu perguntei se perderam a razão. 45

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Regina riu. Não pôde evitar. ―Isso cobre minha reação. ― balbuciou. ―Regina, não estou aqui para exortar. Não estou aqui para dizer o que fazer com sua vida. Tudo o que quero deixar claro é que não importa o que acontecer entre você e esses homens, isso não vai mudar o que sinto por você. O alívio varreu sobre ela. Apertou a mão de Birdie. ―Obrigado, Birdie. Isso significa muito para mim. ―Consideraria descer?― perguntou Birdie. ―Fiz um pouco de frango, bolinhos e uma jarra grande de chá como você gosta. ―OH, isso parece maravilhoso. Morro de fome. Birdie sorriu. ―Vamos então, vou preparar um prato. Regina afastou as mantas e estirou as pernas sobre a borda enquanto Birdie levantou e afastou da cama. Birdie a puxou pelo braço quando ela plantou os pés e levantou. Realmente parecia muito melhor. Sua cabeça não estava tão malditamente difusa, um fato que ficou agradecida. Talvez agora poderia enfrentar com lucidez os homens em lugar de algo assim como falar tolices, como uma idiota chorosa. Com Birdie a seu lado, lentamente fez o caminho para a porta e as escadas. Quando alcançaram o alto, o som de uma porta fechando parou Regina em seco. Olhou para Birdie. ―Estão de volta tão cedo? Birdie franziu o cenho. ―Eles foram só faz uma hora. Ligariam se esquecessem de algo. Regina escutou passos. Soavam como se viessem da parte de atrás da casa, não da frente. Seu pulsou se incrementou e pôs uma mão no braço de Birdie. ―Volta para o quarto e fecha a porta. Tranca. Não saia até que vá por você. Se não voltar em uns minutos, chama à polícia. O olhar assustado de Birdie encontrou o seu, mas ela assentiu com a cabeça e rapidamente voltou ao dormitório. Regina se colocou em uma dos outros quartos em busca de uma arma. Tropeçou, obviamente, no quarto de Sawyer, a julgar por toda a parafernália de beisebol. Ela pegou um taco de beisebol de madeira da exibição da parede e enroscou suas mãos ao redor da manga. Sua ferida no pulso protestou pela ação e sua tala fez seu agarre torpe, mas fez caso omisso das dores e pegou o pau mais forte. Merda. Era um taco de beisebol autografado. Ela não queria saber por quem. Sawyer bateria em seu traseiro se quebrava o taco de beisebol na cabeça de alguém. Ignorando a pontada nas costelas, se apressou em ir para as escadas e silenciosamente deslizou para baixo. Quando alcançou a parte baixa, grudou à parede e olhou ao redor da sala. Esforçava por escutar qualquer som, mas o silêncio caiu de maneira pesada sobre a casa. Só o som do refrigerador podia ouvir. O som veio da parte traseira. Não das portas francesas. Havia uma porta na cozinha que 46

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dava atrás? Honestamente não podia lembrar. Ela deu meia volta no canto e entrou na cozinha, o taco de beisebol preparado para fazer um balanço. Ela congelou quando viu a porta aberta. Maldição tudo ao inferno. Ela estava aqui sem sua arma de fogo em uma casa desconhecida. Seu olhar posou no telefone sem fio que estava no balcão perto da pia. Avançou em seu caminho, ainda escutando qualquer som dentro da casa. Birdie. Ela deixou Birdie lá em cima sozinha. Cristo. Ela pegou o telefone e correu de novo às escadas. ―Birdie, sou eu, me deixe entrar. ― disse fora depois da porta. Birdie abriu a porta imediatamente, e Regina entrou. Fechou a porta e a trancou de novo, continuando, fez um gesto a Birdie para que se afastasse. Quando começou a discar o número de Jeremy, olhou a Birdie. ―Jesus. Eu nem sequer sei onde estamos Birdie. Pode dizer como chegar aqui a Jeremy? Quando Birdie assentiu, Regina pôs o telefone em seu ouvido e em silêncio urgiu Jeremy a responder. ―Miller. ―Jeremy, graças a Deus. ―Regina, é você? Qual é o problema? ―Necessito uma unidade aqui. Há um intruso na casa. ―Onde está?― ele demandou. ―Vou dar o telefone a Birdie. Não tenho ideia de onde diabos eu estou. Ela empurrou o telefone a Birdie antes que ele pudesse responder. ―Está no Country Road 126. ― disse Birdie com uma voz constante. ―A uma milha e quarto passando Cypress Creek. É o segundo à esquerda depois do arroio. Vá pelo caminho e verá a casa na parte superior da colina. Passou o telefone a Regina. ―Regina? Está aí?― disse Jeremy. ―Sim, estou aqui. ―Ok, desliga. Estou a caminho. Pedi uma das unidades do condado. Provavelmente estará ai antes que eu. Fica onde está e mantém o telefone com você. Regina desligou o telefone e olhou Birdie. ―Há alguém na casa, ou pelo menos havia. A porta traseira está aberta. ― Olhou a sua redor no quaro, seu olhar iluminando frente o grande espaço de armário. ―No armário. ― dirigiu a Birdie. Ela estava ao outro lado do quarto, empurrando Birdie para a porta inclusive antes que Birdie pudesse reagir. Abriu o armário e a ajudou a ir à parte posterior. Ela rapidamente organizou algumas das caixas vazias diante dela. ―No chão e permanece abaixada. ― disse Regina com uma voz tranquila. ―E você?― perguntou Birdie. Sua voz se estremeceu e olhou Regina com temor. ―Estarei no quarto― Regina disse calmamente. ―Jeremy está a caminho. Mandou outra 47

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unidade. Se alguém vier ao quarto, vou bater em sua cabeça com o taco de beisebol. Mas não importa o que ouça, não sairá deste armário até que, eu ou Jeremy ou outro policial venha por você, ok? Birdie assentiu. Regina saiu do armário e fechou a porta. Reajustou seu agarre no taco de beisebol e procurou o melhor lugar para estender uma emboscada a qualquer um que viesse através da porta. Uma vez mais, encontrou esperando uma eternidade pela chegada de Jeremy. Ela olhou pela janela e viu se havia um veículo ou se podia ver o intruso em pé. Nada. Retornou à porta, pôs a orelha contra ela e escutou. Conteve a respiração e o suor rodava por seu pescoço quando ouviu o rangido da parte inferior do degrau. O som parou. Ela seguiu adiante, tratando de ouvir se o intruso estava subindo as escadas. Vários minutos passaram. A tensão enroscou e construiu em seu peito. Um nó doloroso concentrado entre seus ombros, e seus músculos tremiam enquanto continuava agarrando o taco de beisebol, as mãos fechadas a seu redor. Seu coração saltou, e esteve a ponto deixar cair o taco de beisebol quando o som estridente do telefone explodiu através do ar. Deu uma olhada ao receptor que deixou sobre a cama. Se o deixava soar, o intruso poderia assumir que não havia ninguém na casa. Se atendia, ele saberia ao certo que não estava sozinho. Apesar de que poderia ser Jeremy ou o escritório ou inclusive um dos homens, deixou voltar a soar. Mas ela não podia ouvir o que estava passando fora da porta do quarto pelo som. Levantou o taco de beisebol mais alto, preparada para atacar. Então o timbre parou e escutou o roce de um sapato fora da porta do dormitório. A ira borbulhava, em substituição do temor. O bastardo escolheu a casa errada para entrar. Estava cansada, de mau humor e dolorida. Ela morria de vontade de lhe dar um chute no traseiro, e neste ponto não importava sobre qual traseiro era. Um ruído súbito soou e logo o golpe de pés nas escadas. Tendo pressa. Não tomou cuidado. Ela saltou da cama em sua perseguição. O intruso fugia. Ela desceu a escada em uma corrida de morte e os levou dois de uma vez. A dor sacudiu através de seu peito, mas a ignorou e seguiu seu caminho. O golpe de uma porta a dirigiu para a cozinha. A porta do frente voou aberta, e ela girou a cabeça ao redor para ver o representante do xerife entrando na casa, a arma levantada. ―Pela parte de trás― ela gritou. ―Saiu por trás. O representante correu pra fora e Regina escapou para a porta traseira. Ela caiu abrindo a porta e saiu sua cabeça movendo rapidamente enquanto olhava a área. Onde diabos pôde ter ido? Havia um lago abaixo da colina da casa, e mais à frente havia uma zona de bosque, mas o homem não poderia ter deslocado tão rápido. O oficial apareceu pelo lado da casa, e Regina indicou a sua esquerda. 48

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―Tem que ter ido nessa direção. ― disse. ―Volta para interior. Não está armada. Regina apertou a mandíbula pela frustração, mas sabia que ele estava certo. Ela seria uma distração, se ele tinha que preocupar não só por cobrir, mas também a ela. E terei que considerar Birdie, ainda sentada no armário, provavelmente aterrada. Quando ela voltou a entrar na casa, viu o carro patrulha de Jeremy entrando pelo caminho de entrada, e ele e outro oficial saíram e se dirigiram para o lado da casa pelo que o oficial se foi. Regina subiu as escadas e apressou ao dormitório. Jogou o taco de beisebol na cama e abriu a porta do armário. ―Birdie, está bem. Pode sair agora. ―Graças a Deus― disse Birdie, sua voz tremendo enquanto permanecia de pé. Regina se aproximou para estabilizá-la e esticou o braço para ajudá-la com as caixas ao redor. ―O que está passando, Regina? Ela negou com a cabeça. ―Não estou segura. O intruso escapou pela parte traseira, e Jeremy e os outros estão em sua perseguição. Vamos esperar aqui até que saibamos algo. Ela deixou Birdie sobre a cama e logo sentou a seu lado. Birdie pôs a mão no braço de Regina. ―Está bem? Como vão suas costelas? Regina tocou o peito e experimentalmente e fez uma careta. ―Eu sentirei mais tarde. ―Deveríamos chamar os rapazes. ― disse Birdie. ―Eles quererão voltar o mais rápido possível. Regina negou com a cabeça. ―Não tem sentido. Não há nada que possam fazer. Só se preocuparão. ― Enlouquecer, rondar um pouco mais. Era o último que necessitava neste momento. As duas mulheres se sentaram em silêncio, suas mãos juntas enquanto esperavam Jeremy e os outros retornassem. Finalmente, ela ouviu chamar Jeremy da parte inferior das escadas. ―Estamos subindo, Regina. Regina levantou e caminhou para a porta. Jeremy apareceu um momento depois, Carl atrás dele. ―Apanhou ele?― perguntou Regina, apesar poderia dizer por suas expressões que não tinham. Jeremy sacudiu a cabeça. Ela deu um passo atrás e os deixou entrar no dormitório. Jeremy aproximou aonde se sentava Birdie. ―Está bem, senhora Michaels? Ela sorriu. ―Sim, obrigado por perguntar. Estou mais preocupada com Regina. Foi atrás dele com um taco de beisebol. 49

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Tanto Jeremy como Carl a cobriram com um olhar reprovatório. ―Eu não tinha minha arma― ela murmurou. ―Está bem? É necessário que a leve de novo ao hospital?― perguntou Jeremy. ―Atacou o intruso?― perguntou Carl. Ela negou com a cabeça. ―Não, na realidade não o vi. Desci as escadas depois que escutamos um ruído. Vi que a porta traseira estava aberta. Estava reocupada com a Birdie assim voltei e subi para ligar. Enquanto esperávamos, o ouvi na escada e logo ir direito à porta do dormitório, por fora. Deve ter escutado a viatura do oficial, porque desceu correndo as escadas. Eu me lancei em sua perseguição. Ouvi sair por trás. O oficial entrou, e dirigi ao redor da parte traseira. Quando saí da casa, não vi nenhum sinal dele. ―Encontramos rastros no exterior. Não há maneira de saber se eram dele. ―Carl parou. ―Mas eram grandes. Vamos tomar um molde, mas se parecem um montão com os rastros em nossa última cena do crime. Regina congelou. ―Estão dizendo que é o mesmo homem? Carl negou com a cabeça. ―Não, mas as coincidências são um pouco surpreendentes. Vou conseguir mais homens aqui para rastrear a zona por qualquer tipo de prova. Teve que ter entrado em um carro em algum momento. Talvez tenhamos sorte e encontremos rastros dos pneus. Vou ter que cobrir de pó a casa procurando rastros. Regina olhou Birdie. ―Pode-me levar para casa? Birdie franziu o cenho. ―Eu não acredito que seja uma boa ideia, Regina. Os rapazes não vão gostar. Supõe que deve estar aqui para que não esteja sozinha. ―Não penso estar sozinha em minha casa― disse com calma. ―Mas eu quero minha arma de apoio. O chefe ainda tem minha arma de serviço. Não quero estar desprotegida enquanto estou esperando eles voltarem. ―Provavelmente uma boa ideia. ― disse Jeremy. ―Onde estão os caras de todos os modos? ―Houston― disse Regina brevemente. ―Eles tinham que atar algumas coisas com seu trabalho. Estarão de volta mais tarde hoje mesmo. ―Vamos tratar de estar fora do caminho então. ― disse Carl. ―Jeremy e eu ficaremos aqui e processaremos a cena. Quero o representante do xerife para que as siga a sua casa e logo as acompanhará de novo aqui. Não há razão para tomar riscos desnecessários. Regina assentiu com a cabeça. ―Se importa Birdie? ―É obvio que não, querida. Podemos sair quando estiver pronta.

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Capítulo 10

Hutch girou no caminho de entrada e acelerou, até o caminho de terra que conduzia à casa. A viagem a Houston incomodou. Ele não quis passar o dia longe de Reggie. Não quando ela acaba de sair do hospital. Quando ele chegou ao final da colina e viu quatro carros de polícia estacionados fora da casa e que o carro de Birdie se foi, seu estômago se atou. Talvez não fosse nada. Provavelmente só eram colegas de trabalho de Reggie para saber como se encontrava. Ainda assim, desligou o motor e saiu correndo para a casa, com uma nuvem de pó ondulando a seu passo. Ele patinou até parar ao lado de um dos carros patrulha e saltou. Jeremy se reuniu com ele na porta com uma mão levantada. ―Necessito que fique aqui fora ― disse Jeremy. Definitivamente não era uma visita social. ―Que merda está acontecendo?― exigiu Hutch. ―Onde estão Birdie e Reggie? ―Elas estão bem― disse Jeremy rapidamente. ―Birdie levou Reggie para casa para pegar algumas coisas. Voltarão mais tarde. ―O que aconteceu?― Hutch foi ao ponto. ―Alguém entrou. Hutch esticou, com a mandíbula pulsando. Abriu e fechou seus dedos. ―Regina atuou bem ― disse Jeremy, como se sentisse a agitação de Hutch. ―Ela se assegurou de que Birdie estivesse a salvo. Ela nos chamou e esperou por reforços. ―Apanhou-o? Jeremy sacudiu a cabeça. ―Estamos polvilhando procurando rastros agora. Temos suspeitas... Suspeitamos que é o mesmo cara da outra noite. ―O que?― Hutch olhou Jeremy com incredulidade. Jeremy colocou as mãos nos bolsos e caminhou mais longe do alpendre. Olhou Hutch, como se pensasse na possibilidade ou não de querer dizer o que queria dizer. Finalmente deu a volta para Hutch, dando um olhar longo e medindo. ―Quanto contou Regina sobre o que aconteceu a outra noite? Hutch soltou um bufo. ―Nada. Não tínhamos chegado a conversar disso ainda. Jeremy fez uma careta. ―O cara sabia quem ela era. Suspeitamos que o ataque foi premeditado, e que Regina era seu objetivo. ―Que caralho? Jeremy assentiu com a cabeça. ―Chamou-a de Reggie. Regina disse que só você, Sawyer e Cam a chamam assim. Pode ou não ter nenhuma incidência no assunto, mas ele também fez uma ameaça velada. Disse que era 51

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“tempo de fazê-la pagar”. ―Que diabos significa isso? ―Eu gostaria de saber. ― disse Jeremy com gravidade. ―Poderia ter a ver com seu pai. Só pensei que devem saber por que não acredito que Regina deva estar sozinha depois do que aconteceu hoje. Poderia ser que os dois incidentes não estejam relacionados, mas duvido. ―Vou alcançar Reggie então. Disse que ela e Birdie foram por esse caminho? ―Um agente as seguiu para que não estivessem sozinhas. ― disse Jeremy. ―Bem. Obrigado, Jeremy. Agradeço muito isso. Jeremy assentiu com a cabeça. ―Ela é uma policial. Uma malditamente boa. Cuidamos dos nossos. Hutch estreitou a mão de Jeremy logo voltou de novo a sua caminhonete. Separou ansioso por chegar à casa de Reggie logo que fosse possível. Cometeram um grande equívoco ao não pressionar Reggie em busca de respostas depois de que ela deu seu relatório na estação. O que ele e outros consideraram um desafortunado resultado de seu trabalho, de estar no lugar errado no momento errado, na realidade foi um ataque calculado sobre ela. Tomou o incidente muito rápido. Deixaram ela e Birdie desprotegidas. Engoliu o temor que o atormentava na garganta. Eles obviamente teriam que ter um momento de ―vem a Jesus― com Reggie. Não seria bonito. Mas se havia algum imbecil que estava procurando, ia ter que passar por cima dele, Sawyer e Cam para chegar a ela. Levou uns vinte minutos voltar para a cidade. Reggie vivia em uma pequena casa de dois dormitórios a só meia milha da estação de polícia. Quando Hutch parou, ele teve que estacionar na rua por causa dos três veículos estacionados na unidade. O RAV4 de Reggie, o Camry de Birdie e o carro do xerife. Caminhou até a porta e foi recebido pelo oficial. Ele se identificou, e o agente o deixou entrar. A casa parecia e inclusive cheirava a Reggie. Seu rastro estava em todas as partes, da decoração eclética às pilhas em desordem que pareciam desorganizadas, mas de fato estavam dispostas de uma maneira precisa. Parou em sua mesa do computador e pegou uma foto emoldurada dele, Reggie, Cam e Sawyer. Ele sorriu, lembrando o dia em que foi tirada. Saíram para o mar depois da graduação e passaram o dia no sol, rindo e desfrutando da vida. Pôs o porta-retratos em seu lugar e retornou aonde ouviu as vozes de Reggie e Birdie. Ele colocou a cabeça no quarto de Reggie para vê-la inserir um clipe em sua pistola, acionar o seguro e a seguir, empurrá-la na capa de sua cintura. Birdie levantou a vista e o viu. ―Hutch! O que está fazendo aqui? Reggie o olhou com uma expressão indecifrável. ―Eu estava preocupado. ― disse enquanto entrava no quarto. Parou e roçou um beijo na bochecha de Birdie. ―Está bem?― perguntou. 52

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Birdie sorriu. ―Estou bem. Regina esteve cuidando de mim. Hutch se voltou para Reggie, e ficaram olhando um ao outro durante um bom momento. Ele estendeu a mão e a pegou pelo ombro com uma mão antes de puxar finalmente a seus braços. Ela não resistiu. ―Está bem?― perguntou contra seu cabelo. ―Estou bem― disse, com voz afogada contra seu peito. Separou e tomou o queixo. ―Está segura? Ela assentiu com a cabeça. ―Bom, porque quando voltarmos para casa temos muito que conversar. ― disse sem se alterar. Ela soprou seu fôlego para cima, enviando um cacho estendido por sua testa a voar para os lados. ―Está a ponto de terminar aqui?― ele perguntou. ―O que é exatamente o que necessita que não podia esperar até que chegássemos em casa? Ela levantou uma sobrancelha escura. ―Minha arma. A única coisa que tinha para defender Birdie e a mim era um dos tacos de beisebol do Sawyer, e provavelmente ficaria arruinado depois de um golpe. ―Foi nossa estupidez deixar você e Birdie sozinhas. ― disse Hutch em voz baixa. ―Não vai acontecer outra vez. Ele esperava que ela discutisse, mas ela se voltou simplesmente e lançou uma muda de roupa em uma bolsa de ginásio. Ele e Birdie se olharam, e então ele fez um gesto com a cabeça para que o seguisse ao quarto do lado. Ela assentiu com a cabeça, e ele voltou para a sala de estar, onde o agente estava esperando às mulheres. ―Me diga Birdie. Que demônios passou e você e Reggie realmente estão bem? Birdie sorriu. ―Estamos bem. Espero que Reggie não vá sentir os resultados de sua pequena aventura, quando se tranquilizar e saia do ataque de adrenalina. ―O que aconteceu exatamente? Jeremy disse que havia um intruso, mas não esperei para mais detalhe. Eu queria vir aqui e me assegurar de que as duas estavam bem. Birdie levantou uma mão tremente à frente. ―Eu sinceramente não sei Hutch. Tudo aconteceu tão rápido. Graças a Deus pelos instintos de Regina. Estava ajudando nas escadas quando ela escutou um ruído. M e fez voltar para o quarto e fechar a porta. Ela foi investigar. ―Ela, mas bem deveria ter entrado no dormitório com você. ― grunhiu ele. ―Voltou rapidamente com o telefone e ligou para Jeremy. Me fez entrar no armário. O seguinte que soube, foi que me disse que já podia sair e tivemos que esperar Jeremy. ― Um sorriso contraiu as comissuras de sua boca. ―Regina tinha um taco de beisebol. Acredito que 53

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tinha toda a intenção de usá-lo. ―Ela não teria que fazer se eu estivesse ali. ― murmurou ele. Birdie pôs a mão no braço e apertou. ―Se você e Regina já não me necessitam, acredito que eu gostaria de voltar para casa. Esta é toda a emoção que posso ter em um dia. Hutch franziu o cenho. ―Eu não quero que volte para sua casa sozinha. Talvez seria melhor se voltasse para a casa conosco. Ela sorriu. ―Este jovem agradável já se ofereceu para me acompanhar a casa e entrar comigo para assegurar de que tudo está como deve estar. Tenho o sistema de alarme que Sawyer insistiu em instalar para mim. ― Ela sacudiu a cabeça com exasperação. ―Minha casa se assemelha a uma fortaleza graças a vocês, meninos. ―Alguém estará patrulhando a zona. ―O agente tomou a palavra. ―Assegurarei de que um carro passe por sua casa cada hora, e vamos ligar periodicamente para vigiá-la. Hutch assentiu com a cabeça. ―Agradeço isso. O agente sorriu. ―Sei que Birdie é especial para você, mas também é especial para esta comunidade. Ela tem feito muito por muitos de nós. Quando o resto do departamento escutar o que aconteceu, farão fila para oferecer como voluntários para executar as patrulhas de sua casa. Ela terá segurança da polícia do condado e local. ―Me deixem ir dizer adeus a Regina, e ai estarei a caminho― disse Birdie. ―Precisa levá-la para casa para que ela possa descansar um pouco. Foi um dia difícil. Ela parece como se estivesse a ponto de cair. Birdie voltou para o quarto de Reggie e retornou uns minutos mais tarde. Hutch beijou sua testa. ―Ligue se necessitar algo. ―Oh, farei, e você assegure e quero saber se vocês homens ou Regina necessitam algo. Estarei feliz de vir. Ele observou Birdie ir sob o atento olhar do assistente do xerife, logo se voltou na busca de Reggie. Encontrou-a de pé junto a sua cama, seus ombros caindo de cansaço. ―Terminou de pegar o que precisa?― perguntou. Imediatamente ela se endireitou. ―Sim, estou pronta para ir se você estiver. Ele se inclinou para fechar o zíper de sua bolsa logo a pegou pela alça. Parou frente a ela e cobriu com sua mão livre a parte posterior de seu pescoço, puxando-a perto. Durante um bom momento, ele simplesmente ficou ali, o rosto fundo em seus cachos escuros. Ela estremeceu contra ele, e deslizou seus braços ao redor da cintura. ―Vamos para casa. ― murmurou ele contra sua cabeça. ―Eu penso que teve suficientes emoções por um dia. 54

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―Não vou discutir isso. ― disse ela com tristeza enquanto punha distância. Colocou um dedo por debaixo do queixo e empurrou para cima até que o olhou nos olhos. Lentamente, ele desceu sua boca à sua em um beijo tenro. Não foi com a intenção de se apoderar dela com paixão. Mas bem foi um gesto suave, um para a comodidade. Para sua surpresa, ela tomou um papel ativo no beijo. O braço com a tala deslizou por suas costas enquanto ela puxou seu braço são de sua cintura e o moveu por seu peito e por cima do ombro e ao redor de seu pescoço. Seus dedos deslizaram no cabelo, passando por cima de seu couro cabeludo enquanto ela devolveu o beijo. Sua língua reuniu com a sua em um delicado duelo. Ela capturou seu lábio inferior entre os dentes e o mordiscou. Então o chupou mais na boca. Ele era dela. Ele despojou de todas as partes de si mesmo a ela nesse momento. O tempo pareceu parar, e ele queria isso. Queria permanecer neste momento, fechando todo o resto a seu redor. Precisamente por este minuto, só os dois existiam. Ele amava seu sabor, o tato dela todo suave e quente contra ele. Doía. O peito doía. Sua virilha estava carregada de excitação quente, fluída. O desejo sussurrou através de suas veias. Queria. Necessitava como nunca necessitou outra mulher. Nunca haveria ninguém mais como ela em sua vida. Ela se afastou, com os olhos frágeis pela mesma paixão que ardia em seu interior. Tinha a boca torcida, uma tentação que fez um sinal. Tomou a bochecha e passou o polegar pelos lábios. Ela abriu a boca e chupou a ponta no interior do refúgio quente e úmido. Gemeu um suave sussurro, diante da imagem dela chupando seu dedo. Foi muito fácil de imaginar seus lábios em torno de seu pênis, incitando-o mais profundo. ―Temos que ir. ― disse com voz rouca. Pouco a pouco ela deixou de lado o polegar, e ele deixou sua mão cair ao lado. Voltou e levou a mão a suas costas para guiá-la a sair do dormitório.

Capítulo 11

Estava escurecendo quando Cam chegou à casa e estacionou. Sawyer vinha atrás dele e ambos saíram. Cam viu a caminhonete de Hutch estacionada e que o carro de Birdie não estava. Foi à parte traseira de seu carro pegar sua mala e empurrou a porta ao fechá-la. ―Façamos todas as fodidas coisas do escritório amanhã. ― disse Cam enquanto caminhava para onde estava Sawyer. ―Sim, boa ideia. Tenho vontade de uma cerveja bem gelada. Subiram os degraus, e Cam pegou o trinco, e percebeu que a porta estava fechada. Franziu o cenho e pegou as chaves que tinha em seu bolso. 55

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―Hutch está ficando algo paranoico conosco não?― disse secamente Sawyer. Cam inseriu a chave e a girou. Abriu a porta, colocou sua mala dentro e a deixou no vestíbulo. Enquanto Sawyer entrava, ele deu uma olhada à sala e viu Hutch sentado na poltrona. A televisão estava ligada, mas o som estava muito baixo. Caminhou para dentro, e aí foi quando viu Reggie deitada na poltrona com sua cabeça nas pernas de Hutch. Sua mão descansava nos cachos de Reggie, e ela estava adormecida. ―Drogou-a de novo?― Sawyer perguntou em um tom divertido. Hutch não sorriu. Havia algo escuro em seu semblante que a Cam não gostava. Sawyer também o viu. Hutch levantou um dedo para seus lábios e depois assinalou as cadeiras que estavam ao lado da poltrona. Sawyer se sentou primeiro, e Cam sentou na poltrona que estava nos pés de Reggie. Ele deslizou sua mão por sua perna e a pôs em cima de seu joelho. ―Hutch o que é que está ocorrendo?― perguntou. Sawyer se inclinou para frente em sua cadeira, seus cotovelos apoiados em suas pernas, e seus dedos formando um v em sua boca. ―Alguém entrou na casa enquanto não estávamos. ― disse Hutch em voz baixa. ―Que demônios?― disse Sawyer imediatamente girou sua cabeça para parar o estalo e girou outra vez. ―O que?― perguntou em uma voz mais calma. ―Reggie escondeu Birdie no armário das escadas e foi atrás dele com um de seus tacos de beisebol. ―Cristo, ― murmurou Cam. ―É pior, ― disse Hutch. Olhou a ambos Cam e Sawyer. ―Eles pensam que pode ser o mesmo tipo que a atacou a outra noite. ―Quem são eles, e por que pensariam isso?― demandou Sawyer. Hutch franziu o cenho. ―Falei com Jeremy depois que Birdie levou Reggie para casa para trazer sua pistola. Cam negou com a cabeça, depois afundou seus dedos em seu cabelo. Podia sentir o princípio de uma dor de cabeça se aproximando. ―Começa de novo. Estou confuso. Alguém entrou na casa. A polícia veio e pensa que é o tipo que atacou Reggie na outra noite, depois ela foi a sua casa pegar sua pistola. Hutch assentiu. ―Em poucas palavras. Sawyer olhou Hutch com entendimento. ―Ela confia em nós, não é assim? ―Sim, faz. ―Vai nos informar então?― pergunto Cam. ―Jeremy disse que eles pensavam que era pessoal, que Reggie era o objetivo previsto, não a mulher que o atacante assassinou. Aparentemente a chamou Reggie, que é como só nós a chamamos. Enquanto ele tinha as mãos ao redor de seu pescoço tentando estrangulá-la, disse que era tempo de fazê-la pagar. 56

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―Filho da puta, ― grunhiu Sawyer. ―Eles sabem algo mais?― perguntou Cam. ―Tudo o que Jeremy disse foi que eles pensavam que era possível que tivesse algo que ver com seu pai. Os políticos atraem empregados excêntricos com a ordem do dia. Talvez ele não está de acordo com a política de Peter Fallon. Quem demônios sabe. Mas eles pensam que foi ele, quem entrou agora. Nenhum rastro. Só pegadas de sapatos fora que são iguais às do assassinato da outra noite. ―E nós a deixamos sozinha com o amparo da Birdie, ― disse Cam aborrecido. ―Onde está Birdie agora?― perguntou Sawyer. Hutch girou a ver Sawyer. ―Ela está em sua casa. O departamento de Reggie e os homens do condado estão alternando patrulhas para vigiá-la. Ela vive sozinha a uma quadra do chefe, assim que ele também a estará cuidando. Queria que viesse para cá, mas ela insistiu em que queria ir para sua casa. ―Ligarei dentro de um momento para ver como está, ― disse Sawyer. ―E irei amanhã pela manhã para me assegurar de que seu sistema de segurança esteja funcionando corretamente. Cam assentiu. ―Essa é uma boa ideia. Temos que pensar em como arrumar as coisas por aqui. Obviamente já não podemos deixar Reggie só outra vez. Não se este idiota a está acossando. Ele olhou para Reggie outra vez e depois franziu o cenho ao dar conta que a tala de seu pulso já não estava. Hutch seguiu a direção de seu olhar. ―Ela lesou segurando o taco de beisebol, ― explicou Hutch. ―inchou, e a tala incomodava. Tirei e pus um pouco de gelo por um momento e fiz cm que tomasse um comprimido para dor. A frustração pegou Cam. Ele queria Reggie onde pertencia. Com eles. Mas não desta maneira. Ele queria que ela escolhesse estar com eles, não obrigada a ficar por sua segurança. Ele esfregou atrás do pescoço e olhou para o teto. ―O que o preocupa, Cam?― perguntou Sawyer. ―Parece que está muito estressado ultimamente, quando é o mais crédulo de todos. Cam olhou Sawyer e depois Hutch e encontrou o mesmo olhar preocupado nos olhos de Hutch. Sim, supôs que para eles ele pareceu crédulo. Ele era o que sempre estava dizendo que ia funcionar. Ele era uma maldita fraude. A verdade era que estava morto de medo. ―Estou preocupado de que não a possamos fazer feliz. E agora estou preocupado porque não podemos mantê-la segura. Estou assustado porque poderíamos perdê-la. ― disse vorazmente. ―Acredito que todos temos as mesmas preocupações. ― disse Hutch. ―Mas de algum jeito temos que deixar de nos preocupar e nos enfocar só nas coisas que podemos controlar. ―E quais seriam essas coisas?― perguntou Sawyer secamente. Hutch girou a olhar Sawyer. ―Não podemos controlar como se sente Reggie a respeito de nós. Não podemos controlar seus medos. Tudo o que podemos controlar é como reagimos à situação. E nos podemos assegurar malditamente bem que apresentemos uma frente unida. Isto nunca funcionaria se Reggie sentir 57

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que estamos divididos de qualquer maneira. ―Ele tem razão, ― disse Cam tranquilo. ―Não podemos convencer de que isto funcionará se primeiro não convencemos a nós mesmos. A mão de Sawyer passou por sua agitada cabeça calva. Era uma boa maldita coisa que ele raspasse ou provavelmente estaria arrancando o cabelo. ―Já passamos por isso. ― A frustração pôde ver na voz de Sawyer. ―por que temos que estar passando sempre pelo mesmo? Entendo que temos que trabalhar juntos, mas não passarei cada maldito minuto de minha vida com ela em um ambiente grupal. Reggie se agitou sob a mão de Hutch. Cam deu a Sawyer um olhar de advertência e levou um dedo a seus lábios. Logo seu olhar voltou para Reggie enquanto seus olhos revoavam para abrir. ―Cam?― sussurrou. Ele sorriu. ―Reggie, querida, escutei que teve uma aventura enquanto não estava. Ela fez uma careta e tratou de levantar, mas ao fazê-lo apoiou sua mão machucada contra o colchão. Doeu mas tratou de afogar seu grito. Hutch a pegou pela cintura e tirou o peso que estava pondo em seu pulso. Enquanto Hutch a ajudava a sentar, Cam pegou seu pulso. Ele o girou e tratou de examinar a inchação. ―Isto é o que acontece quando trata de jogar beisebol com um pulso machucado, ― murmurou. ―Não foi o beisebol. Ia acertá-lo com o taco de beisebol na cabeça. Sawyer riu. ―Não gostaria de ter sangue em minhas coisas, Reggie. De toda maneira, qual foi o que usou? Me diga que meu taco de beisebol Biggio não está agora em custódia da polícia porque é uma prova. Olhou-o e sorriu a Sawyer, e Cam sentiu um pouco de ciúmes. Tão estúpido como era, todos se conscientizaram de que deveriam apresentar uma frente unida, ele estava sentado aqui ressentido por como Sawyer podia fazer Reggie reagir tão facilmente. Não era sempre de uma boa maneira. Sawyer podia fazê-la zangar em uma pausa e na seguinte fazê-la rir. Mas não era indiferente a ele. Faíscas voavam entre os dois sempre que estavam no mesmo quarto. Hutch levantou sua mão e colocou um cacho de Reggie atrás de sua orelha. ―Por que não nos disse que o homem andava atrás de você?― perguntou. Seus lábios se torceram irritados. ―Porque não existe maneira de comprovar que estava. E ainda não a há. ―Jeremy não pensava que fosse muita coincidência que este tipo a tivesse como objetivo. Tampouco seu chefe. Ela olhou Hutch, e seus lábios formaram uma linha reta. ―Se não havia tanta evidência para apoiar essa ideia, agora certamente há. ― disse Cam. ―Ele a seguiu até aqui, Reggie. Entrou em nossa casa enquanto não estávamos. O que me diz que ele está te vigiando. E esperando sua oportunidade. 58

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Seu olhar desceu para seu colo, e ela sustentou sua mão machucada com a outra. Seu corpo emanava tensão. Cam queria tocá-la, mas até Hutch puxou a mão de seu cabelo. ―Não posso ficar aqui, ― disse. Ela seguia com a cabeça baixa e se negava a encontrar seus olhares. Quando finalmente levantou o olhar e viu Cam, em seus olhos havia uma determinação de ferro. Gelo azul. Era a comparação que ele frequentemente fazia quando olhava Reggie quando ela estava sendo teimosa. Cam olhou Hutch e Sawyer. Nenhum deles tinha interesse em fazer a óbvia pergunta. Ou talvez eles estivessem simplesmente ignorando-a, dizendo precisamente o que eles pensavam nesse assunto. Ele podia entender sua frustração, mas essa não era a maneira de controlar Reggie. Havia tempos quando ele desejava poder ser todo macho com ela e que ela obedecesse, mas então ela não seria Reggie que ele amava tanto. ―Por que não pode ficar?― perguntou finalmente. Tal como esperava, Sawyer deu um olhar que dizia que claramente ele era um idiota. Cam o ignorou e enfocou sua atenção em Reggie. ―Eu poderia pensar que é óbvio, ― disse ela em um tom paciente que dizia que ela não tinha essa paciência absolutamente. ―Há alguém para quem sou isca. Por isso todos os que estejam comigo estão em perigo. Carregou seu pulso ferido com sua outra mão e esfregou o lugar ligeiramente por cima da lesão. ―Birdie poderia ter sido machucada ou assassinada, ― disse tranquilamente. Ela voltou a olhar Cam, logo lentamente voltou a vista para Sawyer e finalmente Hutch. ―Ele entrou em sua casa. Qualquer um de vocês poderia estar aqui. Já matou alguém. O que vai importar matar outro? ―Eu sabia que iria dizer algo assim. ― Murmurou Sawyer. ―Assim, acha que uma melhor alternativa para você é ficar em sua casa completamente sozinha?― demandou Hutch. ―Reggie, é mais inteligente que isso. Pelo amor de Deus deixa de atuar assim. Este plano de mártir não é para você. Os olhos de Reggie estavam acesos de ira. E pensar que Cam esteve pensando em como Sawyer podia fazer sempre reagir a Reggie. Cam olhou Hutch de uma nova maneira. O usualmente calmo Hutch estava pendendo de um fio. ―Ninguém disse que eu ia ficar em minha casa sozinha, idiota, ― disse em um grunhido. ―Só porque prefiro não pôr às pessoas que mais me importa em perigo, isso não significa que sou uma mártir. Hutch ficou de pé, colocou suas mãos nos bolsos e voltou a olhar para ela. A ira saía dele em ondas. Reggie não retratou nenhuma polegada, e Cam perguntou se ele teria que interpor entre os dois. Demônios, que foda era o que pensava Hutch? Era ele quem normalmente se interpunha entre Reggie e Sawyer. 59

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A ironia não se perdia para Sawyer tampouco. Olhava-os dois com diversão sem disfarce. ―No melhor, ― disse Hutch com seus dentes firmemente fechados, ―às pessoas que te querem não gostam da ideia de que um idiota esteja tratando de mata-la. Ele se aproximou até que não houve espaço entre ele e Reggie. Cam suspirou. ―Vamos já, vocês dois. Juro que estão atuando como cães raivosos. Reggie e Hutch giraram para olhá-lo. Reggie com um olhar assassino e as sobrancelhas de Hutch se juntavam em um cenho de irritação. ―Ninguém te perguntou, ― disse Reggie. Voltou para Hutch e bateu com um dedo no peito. ―Posso cuidar de mim malditamente bem. Não necessito que você ou outros estejam ao redor de mim cuidando como enfermeiras. Sim, machuquei-me. Acontece em meu campo de trabalho muito frequentemente. Mas não vou deixar que me converta em uma maldita menina. Sawyer começou a rir. ―Reggie, querida, odeio dizer isto, mas é uma menina. ―Se cale Sawyer. Hutch se moveu e Reggie cravou de novo seu dedo em seu peito. ―Assim, me ajude, me beije ou faz outra coisa para me distrair, ou vou machuca-lo. Um lento sorriso aparecia pelas comissuras dos lábios de Hutch. ―Está dizendo que meus beijos te distraem querida? Ela se moveu para trás e topou com Cam. Cam a pegou para estabilizá-la e a sentou em seu colo. Ela tratou de escapar e começou a se mover, mas a sustentou. ―Maldito seja, Cam, ― vaiou ela. ―Deixa de fugir, ― disse calmo. ―Diz que não está assustada, mas cada vez que estamos perto, faz coisas que nos fazem pensar o contrário. Ela tremeu. Havia uma multidão de emoções em sua linguagem corporal. Medo. Ira. Confusão. Ele pegou seu pulso com sua mão, com cuidado de não apertá-lo muito. ―Isto necessita que ponhamos gelo de novo, e logo devemos pôr a tala outra vez. ―Por que sinto a urgência de ir bater a cabeça na a parede?― murmurou Reggie. Cam sorriu e passou a mão por seus rebeldes cachos. ―É que é uma teimosa, Reggie. Mas, não acredito que dê conta de como posso ser teimoso também. Talvez dê a impressão de que sou desses que são fáceis de convencer, mas está a ponto de descobrir que quando se trata de você, sou tudo menos isso. Ela girou e o olhou, seus olhos brilhavam confusos. ―Cam, eu nunca pensei que foi fácil de convencer, de onde tirou essa ideia? Ele pegou sua bochecha e a acariciou com o polegar. ―Disse que no melhor deu essa impressão. Tendo me abrandar quando me olha com esses olhos azuis. De qualquer maneira, não acredito que saia com a tua. Mas isto tem a ver com sua segurança, e não posso ser, mas teimoso quando se trata disso. 60

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Ela franziu seus lábios. Ele alisou as comissuras, puxando para cima. ―Parece melhor quando sorri. Ela suspirou. ―Absolutamente, não é alguém divertido com quem brigar. Supõe-se que tem que brigar comigo para poder seguir zangada com você. Cam sorriu. ―Se zangaria se a beijo? Ela conteve seu fôlego e tratou de expulsá-lo de repente. Havia uma faísca em seus olhos enquanto ela passava nervosamente sua língua por seu lábio inferior. ―Ou poderia me beijar. ― disse ele em voz baixa. Ela posou sua mão em sua bochecha. Ele fechou seus olhos e inclinou para tocá-la. Quando os abriu de novo, seus lábios estavam a uns centímetros dos dele. Havia um brilho em seus olhos, mas para sua satisfação, não havia medo. Ele estava ansioso para apressá-la, para completar o beijo, mas de todos os modos esperou. Ele queria que ela viesse a ele. Pareceu que passou uma eternidade de horas quando finalmente ela brandamente posou seus lábios nos dele. Era um beijo gentil, doce, incrivelmente doce. A ponta de sua língua tratou de colocar em sua boca, e ele abriu sua boca para ela, querendo ela dentro para poder saboreá-la, absorvê-la. Ela se retirou e ele fez tudo o que pôde para não grunhir em protesto. ―Não deveria querer isto, ― sussurrou ela. Ela olhou por cima do ombro para onde Hutch estava parado e Sawyer estava sentado sozinho uns passos atrás. Então ela girou para retornar seu olhar a Cam, e ele podia ver a culpa em seus olhos. ―Para, Reggie, ― disse Cam. ―Já teve suficiente com a culpa. Porque está se martirizando com isto? Fomos claros com você. Acha que Hutch e Sawyer me vão bater por tê-la beijado? Ou te incomoda que eles não o façam? Ele deixou que a última pergunta pendurasse no ar. Seus olhos se aumentaram um pouco. ―Não. Quero dizer, não, isso não é o que me incomoda. ―Então o que é?― pressionou Cam. Sawyer moveu de sua cadeira à poltrona, onde ele podia ver Reggie e Reggie podia vê-lo. Ele se moveu para pegar a mão de Reggie que estava descansando na perna de Cam. ―Querida, sabemos que estamos pedindo muito. Deus sabe que isto não é fácil para você. Mas estamos dispostos a fazer o que for necessário, o que seja que a faça feliz, para provar que isto pode funcionar. Nenhum de nós quer estar sem você. ―Pusemos isso como nossa meta, ― disse Hutch tranquilamente. Reggie olhou Hutch e este a olhou, sua expressão intensa. ―O que não conversamos é como se sente você sobre nós, querida. Podemos nos sentar aqui e dizer como nos sentimos e tudo o que queremos todo o dia, mas isso não significa uma merda se não soubermos o que está passando por sua cabeça. ―E o que com isso, Reggie?― disse brandamente Cam enquanto tocava a curva de seu pescoço. ―Já tem guelra para nos olhar nos olhos e nos dizer o que quer? 61

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Capítulo 12

O pulso de Regina acelerou tanto que ela podia sentir seus batimentos do coração constantes na têmpora. Eles queriam respostas que ela não podia dar. Deus, ela não tinha ideia de que fazer ou como articular a massa de confusão que tinha continuamente em seu cérebro desde aquela noite faz um ano onde os três fizeram amor com ela. O só de pensar a fazia entrar em pânico. O que é o que sentia ela por eles? Havia sequer palavras para descrevê-lo? Passou um ano pegando na cabeça por algo que Cam, Sawyer e Hutch aceitaram já facilmente. Enquanto ela esteve ocupada tratando de tirar da cabeça esse incidente, onde eles se aproximaram muito. Mas agora essas lembranças estavam voltando. Suas bocas e mãos em seu corpo. Tocandoa, amando-a, completando-a. De repente ela se sentiu envergonhada. Não porque o deixou passar, mas sim porque o comparou com uma experiência obscena pornô quando claramente significava mais que uns homens querendo cair entre os lençóis. ―O que está pensando?― perguntou brandamente Cam. Levantou o queixo até que o olhou nos olhos. ―Sobre essa noite, ― disse ela em voz baixa. A pegada de Sawyer esticou sobre sua mão e entrelaçou seus dedos com os dela. ―Sério, foi tão mau, Reggie? Te machucamos? Assustamos? Fizemos algo que não queria? Nos diga querida. O não saber está nos deixando loucos. Ela olhou para suas mãos entrelaçadas. Ela parecia pequena e abatida. Muito tempo do ano passado passou enfocando em como parecia, e ela nunca considerou como sua distância os fez sentir. ―Não me fizeram mal, ― disse honestamente. ―Eu queria… eu os desejava. Assustou-me. Assustei-me. Não de vocês, mas não devia ter deixado acontecer. Não veem? Mudou tudo. Tenho saudade… tenho saudade como as coisas estavam acostumadas ser. Estranho vocês. A todos vocês. ―Ahh, amor, nós também temos saudade. ― disse Sawyer. Levou a mão a sua boca, voltoua e beijou sua palma. ―Não podemos retornar Reggie, ― disse Hutch tranquilamente. ―Não podemos pretender que nunca passou. Eu queria que acontecesse. E sei que Cam e Sawyer também. Era inevitável. Tínhamos um trato, ser honestos uns com os outros e seguir adiante. Evitar o assunto e ignorar o que nos acontece, não nos faz nenhum bem. Ela desceu sua cabeça e ficou olhando seu colo. ―Sei. ― E fazia. Se só soubesse o que fazer. Havia muito em jogo com a forma em que 62

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dirigisse ela, no que decidisse e em como atuasse. O que se escolhia errado e foderia a relação que tinha com as três pessoas que mais amava no mundo? A horrorizava. Cam suspirou. Ela conhecia esse som. Era ele ficando sem paciência, um som de resignação. Deu um olhar culpado e rogou silenciosamente que a entendesse. Ele tocou seus lábios com seu dedo e seus olhos se suavizaram. ―Cedo ou tarde terá que enfrentar isto, Reggie querida. A única razão pela que não estou empurrando muito é porque está ferida e cansada, e teve um dia espantoso. Vou trazer um pouco de gelo para essa mão, e Hutch vai trazer outro comprimido para dor. Então vou levar você para cama. E só para que não comece com suas ideias loucas de uma vez advirto que não irá a nenhum lugar. Está presa aqui. Conosco. E isto não está aberto a negociação. Todo mundo enlouqueceu. Hutch estava atuando como um cão raivoso, Cam estava comportando todo macho com ela e Sawyer… bom ele estava atuando como o tolo como o que sempre atuava, mas pelo menos não estava atuando de outra maneira ainda. Ela esperava que ele fosse forte e cheio de testosterona. Mas Cam e Hutch? Nem pensar. Especialmente Hutch. Cam deu uma palmada no traseiro e logo a tirou de seu colo e a passou a Sawyer. Ele se levantou da poltrona e se foi, Hutch seguindo. ―Perderam completamente a prudência. Sawyer sorriu. ― Melhor não os ter pendurando da ponta de seu dedo como você sempre quer boneca Olhou. ―Fala como se eu os manipulasse. Sawyer a olhava solenemente. ―Manipular? Não, esse não é seu estilo. Mas tem que admitir que não está acostumada que eles se levantem contra você e digam que não. Você e eu sabemos que eles cortariam seu braço direito por você. Ela se apoiou em seu peito e fechou os olhos. ―Porque tiveram que mudar as coisas, Sawyer? ― suspirou. ―Eu não gosto do que está acontecendo. Seus braços passaram ao redor dela e a abraçou estreitamente contra ele ―Nunca nada fica sempre igual, querida. E aqui há algo que tem que considerar. O que você vê como algo que mudou, algo do qual se arrepende, é algo que Cam, Sawyer e eu estivemos esperando. O que quisemos por um maldito longo tempo. Ela afastou e o olhou nos olhos. Olhava tão sério. Sombrio. ―Quanto tempo?― perguntou ela brandamente. Ele tocou sua bochecha e logo cavou a parte de atrás de seu pescoço e a atraiu para beijá-la, havia urgência em seu beijo. Sua boca se movia quente sobre ela, fundindo. ―Sempre? Ao menos parece assim. Se quiser uma data específica, temo que não poderei dar isso, mas de muitas maneiras foi nossa desde o dia em que nos arreganhou quando nos brincamos com Hutch porque tinha uma amiga mulher. 63

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Seu peito apertou, e se sentiu curiosamente mais leve. Nossa. Só na forma em que parecia um ridículo rio de emoção em seu sistema. Pertencer a alguém, ser amada por alguém, assustava, mas, necessitada e querida por três? Sentia-se excitada e horrorizada ao mesmo tempo. ―Está bem pequena, abre a boca, ― disse Hutch. Ela levantou seu olhar para ver ele e Cam parados em frente da poltrona do Sawyer. Hutch trazia um copo de água em uma mão e um comprimido na outra enquanto Cam sustentava gelo em um saco Ziploc. Sawyer a sentou a seu lado. Cam se sentou em seu lado oposto e levantou seu pulso. Com cuidado pôs a tala de novo e colocou uma bolsa de gelo em cima. Hutch pôs o comprimido em sua mão livre e espero até que ela o colocasse na boca. Logo passou o copo de água e ela engoliu o comprimido. ―Está começando a assustar com toda esta rajada de obediência. ― Disse Hutch sorrindo. ―Não ria de mim― murmurou ela. Ele riu. ―Assim não posso beijar nem tocar e agora tampouco posso sorrir? ―Não. ―Pois já veremos, ― disse brincando. Regina suspirou. Incorrigível. Ela recostou contra Sawyer enquanto o cansaço a assaltava. Sua mão massageava seu couro cabeludo. ―Mmmm, parece tão bom. Quando abriu seus olhos de novo, Cam estava olhando seu relógio. Sawyer continuava tocando seu cabelo enquanto Cam sustentava o saco de gelo em seu pulso. ―Tem dois minutos, Reggie querida. E depois a levo para cama. ―Mandão. ― Murmurou. ―Não fica nada bem. Cam sorriu. ―Embora, em você fica bem. Seus olhos se abriram como pratos. ―Cam! Hutch sorriu e logo se inclinou para beijar sua testa. ―Vou tomar meu beijo de boa noite agora, ― murmurou. Ele pegou sua bochecha. ―Seja uma boa garota e fica longe dos problemas, e amanhã pela manhã faço o café da manhã. ―Panquecas e presunto?― perguntou esperançada. Ele sorriu. ―O que seja que queira pequena. Sawyer afundou seu rosto em seu cabelo e beijou a parte traseira da cabeça. ―Dorme bem querida. ―Estou começando a ter um complexo. ― queixou-se. ―Vocês homens, estão tratando de 64

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se desfazer de mim. Cam a pegou e a levantou. Ele franziu o cenho e olhou para onde estava Hutch. ―Mais certo fazer o dobro de panquecas. Juro que pesa menos, poderia ser levada por um forte vento. ―Preferiria que pesasse uma tonelada?― perguntou. ―Ao menos assim não poderão estar ao redor de mim me arreganhando como se fosse um saco de batatas. ―Deus, ― disse. ―Só me preocupo com você. Perdeu peso. ―Ainda posso chutar seu traseiro, ― murmurou. Ele sorriu enquanto subia as escadas. ―Não duvido, mas prefiro que esteja cem por cento antes que tente. ―Sabe que isto é ridículo, verdade, ― disse ela enquanto ele entrava no quarto. ―Estou em perfeitas condições para poder ir para cama sozinha. ―Que não há regras contra a levar pelas escadas sob a influência das drogas? Ela revirou seus olhos enquanto a punha na cama. Retirou as mantas, e ela se colocou sobre os travesseiros, pôs as mantas em cima. Dispôs o saco de gelo sobre o pulso, mudando duas vezes de posição, até que pareceu ficar conforme. E deixou de colocá-la. ―Boa noite, ― disse. Deu um beijo na testa, e ela estava muito decepcionada porque não o deu na boca. Estava faminta dele. ―Boa noite, ― suspirou. ―Estarei do outro lado do corredor se por acaso precisar, ― disse brandamente enquanto se afastava da cama. Quando chegou à porta apagou a luz. Ela se aconchegou nas mantas enquanto o calor do comprimido a abrigava. Uma hora depois ela estava olhando o teto perguntando por que não fez efeito o comprido, e não estava em coma pelo narcótico. Estava de fato, muito acordada. E sentindo completamente sozinha. O gelo derreteu e ela tirou o saco de seu pulso. Ela ficou de lado e ficou olhando à porta fechada. Onde dormiam? Já estavam na cama? Ou estavam na sala conversando? A distância entre eles crescia. Antes ela não pensava duas vezes sobre descer e estar com eles. Agora estava preocupada com ter dado uma ideia errada, não é como se ela estivesse segura de que exatamente. Como pôde ter dado a ideia errada quando eles estavam já no que esperavam? Apesar da presença do medicamento, seu pulso doía. Ela girou e seguiu olhando o teto. Depois de contar os pontos na pintura uma dúzia de vezes, renunciou à ideia de dormir e olhou para o relógio que estava ao lado de sua cama. Meia-noite. Com um aborrecido suspiro, tirou os lençóis de cima e jogou as pernas da cama. Sustentou seu pulso contra seu peito e com sua outra mão se empurrou para levantar. Apesar de que parecia muito acordada quando ficou de pé, o quarto dava voltas. Com cuidado para manter de pé, foi até a porta e a abriu. Quando entrou no corredor, estava às escuras. Nenhuma luz se filtrava de sala para as escadas. 65

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Olhou à esquerda para o dormitório de Hutch e, a seguir o de Cam. Ambas as portas estavam fechadas, sem luz. Seu olhar vagou até o de Sawyer, e viu um raio tênue brilhando debaixo da porta. Ela deu um passo vacilante, pondo a mão na parede para assegurar. Seus dedos deslizaram sobre a superfície e lentamente caminhou até a porta de Sawyer. Ela separou quando sua mão tocou a maçaneta. Seus dentes morderam seu lábio inferior enquanto vacilava si deveria entrar ou não. Estava sendo completamente ridícula. No passado ela entraria sem pensar duas vezes no quarto de Sawyer. Por mais que se queixasse de que não queria que as coisas mudassem, era ela quem as estava fazendo mudar. Com um suspiro, quadrou os ombros e girou a maçaneta. Ela abriu a porta e olhou para dentro. Seu fôlego se obstruiu na garganta quando viu Sawyer nu, secando o cabelo com uma toalha. Seus músculos se moviam nas costas e seus braços igual enquanto os movia por sua cabeça. Ele moveu a toalha um pouco e foi quando a viu. Ele sorriu e depois percebeu sua nudez colocando a toalha de novo. ―Sinto muito, ― gaguejou ela. ―Irei. Não queria entrar assim. ―Não, Reggie não vá. ― Sawyer segurou sua mão enquanto sua outra mão segurava a toalha em seus quadris. ―Só me dê um segundo. ― Olhou rápido a seu redor. ―Sente na cama, volto em seguida. Estarei de volta em um minuto, fique aqui. Apressou ao banheiro que estava ao lado e saiu rapidamente, com um sorriso em seu rosto. Pegou o shorts e uma camiseta e retornou ao banheiro de novo. Ela se sentou aí em um incômodo silêncio até que minutos depois apareceu ele na porta já vestido. Caminhou para ela e se sentou ao lado dela na cama. Ele puxou uma perna e fez que o encarasse. ―Está bem? A preocupação em sua voz a fez sorrir. ―Estou bem. Só não podia dormir. Perguntava se alguém estava acordado. ―Não funcionaram os comprimidos para dor? Quer outro? Ela negou com a cabeça. ―Estou bem. Um pouco enjoada talvez. Suponho que tenho muitas coisas na cabeça, só queria um pouco de companhia. ―Estou contente de que viesse comigo então, ― disse. ―Quer deitar na cama e ver um filme? Ou podemos pôr a última briga da UFC. Ela franziu o cenho. ―Que tipo de filmes tem? Não são como os de Cam e Hutch verdade? Sawyer riu e esclareceu a garganta e disse em voz baixa. ―Você sabe melhor. Tudo o que tenho são filmes de ação onde explodem a merda por todo o lugar. ―Genial. Você escolhe. Vou roubar um travesseiro. Ele sorriu. ―Sinta-se a vontade doce. 66

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―Não arruíne me chamando doce. Ele passou uma mão por sua bochecha. ―Tenho uma insaciável gana de doce, mas já sabe. Por uma vez não se afastou. Ela não colocou sua armadura e fugiu. Ficou olhando nos olhos. Respirar era difícil quando olhava esses olhos azuis desta maneira. Olhou para baixo. Apesar de seu melhor esforço ela não podia parar a culpa saindo de sua espinha dorsal. ―O que acontece? ― perguntou. ―Que está passando por essa tua cabecinha, Reggie? Ela brincou com sua tala. ―Devo sentir culpada por estar aqui quando Hutch e Cam estão dormidos a só umas portas? Sawyer pôs um dedo sob seu queixo e fez que o olhasse nos olhos. ―Não. Ela inclinou a cabeça. ―Não? Só assim? Ele suspirou. ―Reggie, ninguém anota os pontos, exceto você. Ninguém espera. Não é o que queremos. ―O que é o que querem?― perguntou. ―Acredito que sei. Digo a mim mesma que sei, mas depois me digo que é uma loucura. Quem em seu são julgamento o contemplaria sequer? ―Nunca disse que estivesse cordato. Deu um murro no estomago com sua mão boa. Ele grunhiu e pegou o punho. Com muito cuidado, estirou seus dedos e beijou cada ponta. Seu olhar se encontrou com a dela quando beijou seu mindinho. ―Porque não fica cômoda, e eu encontro um ruidoso e interessante filme? Tenho muita vontade de passar tempo com você e preferiria não gastá-lo em analisar minha prudência ou minha falta dela. Chamando excêntrica, endoidecida, ou talvez louca como ele estava, mas ela se inclinou e o beijou. Talvez precisava provar a ela que não estava fugindo, ou talvez só queria fazer ela o primeiro movimento. Qualquer que fosse o caso, ela encontrou seus lábios pressionando os dele, inalando seu sexy aroma masculino. Ele ficou quieto contra ela e então ela ouviu sua brusca inspiração. Deslizou sua mão por seu peito e a coluna do pescoço. Seu cavanhaque roçou seu queixo, formigando, provocando um calafrio. Seus lábios eram quentes e amplos contra os dela. Suave mas não muito. Com um toque de firmeza. Ela mordeu seu lábio inferior e ele grunhiu. Lentamente se afastou. Respirava com dificuldade. E os olhos dele estavam meio abertos olhando-a o desejo eclipsando seus olhos azuis, obscurecendo-os. Como se ele sentisse que o momento passou, girou e desceu da cama. Caminhou para a televisão e agachou para ver no gabinete dos filmes. Regina se acomodou e ficou contra os travesseiros tratando de recuperar sua respiração. Selvagem. Faminta. Essas eram as palavras que vinham a sua mente depois de ter beijado Sawyer. 67

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Ela sabia que não era o tipo de pessoa que fazia amor à leve. Sabia antes daquela noite faz um ano. Ele não era o suave e sensível tipo que só poderia murmurar as palavras corretas a uma mulher e a levaria e faria amor com ela toda a noite. Gostava forte, o tipo de sexo que girava o mundo. E ainda, quando a tocou, sentiu-se… querida. Havia um bordo de aço nele, como se ter sexo com ele fosse como perseguir uma tormenta. Ele se conteve a vez que fizeram amor. Sabia. Parte dela queria tirar essa selvageria. A outra parte estava assustada como a merda. Era por isso que se convenceu que isto… o que eles queriam… nunca funcionaria. Como poderia se todos eles se continham, reservando essa parte que os fazia únicos? O colchão se afundou enquanto Sawyer se sentava ao lado dela na cama. Pegou o comando e ligou a televisão. E logo girou a olhá-la ―Está preparada? Ela assentiu, e deu uns tapinhas no travesseiro em que estava. Ela se aproximou e ele levantou seu braço para que pudesse colocar no oco de seu ombro. ―Ponha sua mão em meu peito para que não a esmague, ― disse. Ela sorriu e cruzou o braço sobre seu corpo. Ele apertou seu braço ao redor e roçou brandamente com seus dedos seu braço do ombro até o cotovelo. ―Eu gosto disto. ― Murmurou. ―Passou muito tempo da última vez que fizemos isto. Sim, de fato. E ela era a culpada. Sentiu saudade também. Apesar da ação e o ruído do filme, ela estava em uma bruma confortável. O calor corporal de Sawyer se filtrou nela e parecia arrulhada perto de dormir. ―Sawyer, por Deus, baixa a televisão, vai despertar… Regina girou e viu Cam parado na porta só de cueca. Seu cabelo desligava em seus ombros e o fazia completamente sexy. ―Dizia?― disse Sawyer secamente. Cam entrou no quarto. ―Sinto muito. Não sabia que estava acordada Reggie. Podia escutar a televisão do meu quarto e não queria que despertasse. Ela sorriu. ―Não podia dormir, e Sawyer era o único acordado. ―Poderia ter me despertado. Não me incomodaria. ― girou para a televisão. ―Que estão vendo? ―Rush Hour, ― respondeu Sawyer. Regina tirou a mão do peito de Sawyer e a pôs com cuidado a seu lado. ―Quer ver? Cam subiu na cama e se deitou ao lado de Regina, seu ombro tocando suas costas enquanto ela girava para Sawyer de novo. ―Está bem? Não dói nada?― perguntou Cam. ―Estou bem, ― respondeu. Ela bocejou enquanto dizia. Sawyer a olhou e sorriu. 68

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―Está dando sono? Ela franziu o cenho. ―Não. Estou bem. Vamos ver o filme. Não quero voltar para meu quarto ainda. ―Querida ninguém disse que tem que ir. Fique tanto como queira. Ela se afundou mais nos travesseiros recostado entre os dois homens, e de repente percebeu de que parecia bem, a gosto, correto. Seu cenho se franziu ao contemplar esta ideia. Não, não esta noite. Ela não ia reconsiderar nada. Isso causava dor de cabeça. Por agora só queria desfrutar dos dois e de como estavam acostumados a ser as coisas. Quando todos eram amigos e estavam bem estando todos juntos. Antes que o sexo fodesse tudo.

Capítulo 13

Hutch colocou jeans e uma camiseta e caminhou descalço para o corredor. Fez uma pausa na porta de Reggie para olhar dentro, só para encontrar sua cama vazia. Caminhou até o quarto de Cam, onde a porta também estava aberta, e igualmente a encontrou vazia. Todos se levantaram cedo esta manhã. Dirigiu para as escadas, mas parou na porta de Sawyer quando deu uma olhada dentro e viu Sawyer, Reggie e Cam, todos dormidos na cama de Sawyer. Apoiou seu braço descansando contra o marco da porta, e sorriu abertamente diante da vista. Reggie estava encolhida perto de Sawyer, que estava estendido em uma posição que parecia incômoda com um braço em cima de sua cabeça e o outro metido sob Reggie. Cam estava relegado ao pedaço menor da cama deixado por Reggie e Sawyer e estava deitado contra Reggie como uma colher. Parte de seu traseiro deslizava da cama, tanto que se movia provavelmente aterrissaria no chão. Hutch sacudiu sua cabeça. Era impossível saber como ocorreu, mas se tivesse que adivinhar, apostaria que Reggie procurou companhia no meio da noite. Esteve de pé olhando fixamente durante muito tempo, esperando que o ciúme aparecesse. Esperava sentir ressentimento contra Sawyer e Cam. Mas este nunca chegou. Em troca sentiu o formigamento da antecipação, como se eles estivessem um passo mais perto de alcançar seu objetivo. E supôs que ali estava o motivo para sua aceitação. Tão ridículo como soasse que o cortejar uma mulher fosse um esforço de equipe... Demônios, não soava ridículo, era ridículo. Tinha que examinar sua cabeça. Com uma sacudida dela, deu a volta e retornou para o corredor. Desceu as escadas e dobrou na esquina para entrar na cozinha e começar a preparar o café da manhã. Aquela coisa do esforço de equipe, isso o incomodava. Inclusive sabendo que era algo que ele, Cam e Sawyer convencionaram e falaram durante muitas longas horas, isto ainda o fazia se abater. Talvez não aceitava tanto como pensava. Mas não. Não era a ideia de compartilhá-la com 69

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outros dois homens, não, não somente outros dois homens, as pessoas que estavam mais próximas a ele que ninguém mais. Homens nos que ele confiava. Era a ideia em geral de que a mulher que amava nunca seria completamente dele. Estava ele realmente bem com isso? E se o estava agora, havia alguma garantia de que o estivesse em um ano? Em dois? Bebês. Jesus. Era um aspecto do que não falou com os outros, principalmente porque Reggie nunca realmente expressou um desejo forte de ter bebês. Mas o que se quisesse? Tirariam canudinhos para ver quem fazia seu bebê ou só o deixariam à sorte, e se eles estavam vivendo todos juntos, importaria de todos os modos? Estava provocando a si mesmo uma dor de cabeça assassina, e estava falando consigo mesmo em círculos. Tirou os ingredientes para panquecas, logo tirou o presunto do refrigerador. Foi muito mais fácil quando isto era tudo na teoria, um acerto falado no hipotético. Agora que eles na realidade tratavam de fazer funcionar, perguntou se não seriam os maiores tolos no universo. Não era de estranhar que Reggie estivesse tendo tempos tão difíceis com tudo isso. Nenhuma pessoa sã poderia entender o fato que três homens normais consentiriam em compartilhar à mulher que amavam uns com os outros. ―Amigo, se não deixar essa massa, não vai ficar muito para as panquecas. ― A mão de Hutch parou a violenta rotação, e olhou para cima para ver Sawyer de pé ali, olhando-o com aberta curiosidade. ―Reggie esta ainda dormindo?― perguntou ele. Sawyer sentou sobre um dos bancos e apoiou seus braços sobre o balcão. ―Sim, ela e Cam ainda estão descansando. Hutch reatou o misturado da massa, logo parou para cortar o presunto em grossos files de café da manhã. ―Então, que o corrói esta manhã?― perguntou Sawyer tranquilamente. ―Nada. Estou bem. Sawyer soprou. ―Não está de saco cheio porque Reggie estava na cama comigo, ou sim? Hutch olhou para cima e encontrou o olhar de Sawyer. ―Não― disse francamente. ―Penso... ― Diabos, que pensava ele? Eles sempre foram honestos e francos entre eles. Não havia uma razão para desviar disso agora. ―Penso que estou de saco cheio porque não estou de saco cheio. Sawyer torceu uma sobrancelha. ―Essa é uma lógica errada. ―Diga-me isso, ― resmungou Hutch. ―Se importaria de explicar? ―Pensa nisso, Sawyer. Que cara normal não estaria de saco cheio porque a mulher que ama esteja enroscada nos braços não de um homem, mas sim de dois? Seus dois melhores amigos. Estou começando a me perguntar se não perdi minha maldita mente. Estive de pé ali na entrada esta manhã olhando a vocês três, e todo que fiz foi sorrir. Que merda é essa? 70

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Sawyer franziu seus lábios pensativamente. ―Então está mais perturbado pelo fato de que aceitou nosso acerto que pela ideia de compartilhar Reggie comigo e Cam. ―Sim, algo como isso. ―Bem, se tivesse que adivinhar, eu diria que é muito similar às coisas com as que está lutando Reggie. Não penso que a ideia de estar conosco a afete nem de perto tanto como estar considerando a possibilidade. Hutch assentiu. ―Sim, posso me identificar com isso. ―Deixou de lado a faca e acendeu a chapa. ―Por muito que sempre nos tenha importado nada o que outros pensem sobre nós, tanto como sempre vivemos a nossa maneira, não posso deixar de pensar nas consequências de nossa... Relação. Tirou uma frigideira e a pôs sobre o fogão logo pôs três partes de presunto sobre ela. Então voltou para a chapa e estendeu sua mão sobre ela para provar a temperatura. ―Então está preocupado pelo que outras pessoas pensarão?― perguntou Sawyer franzindo o cenho. Hutch encolheu os ombros. ―Possivelmente? Quero dizer, não me preocupo tanto por mim, mas Reggie tem um trabalho de serviço público. Pode imaginar o que os cidadãos de nossa estimada comunidade vão fazer quando se inteirarem que ela se está deitando com nós três? E seu pai. Jesus. Seus gritos não terão fim. Ela facilmente poderia perder seu trabalho por isso. ―Nós sempre cuidaremos de Reggie, ― disse Sawyer. ―Mas será feliz?― perguntou Hutch brandamente. ―Porque quero que ela seja feliz mais que do que quero ser eu ou você ou Cam. Sawyer esfregou uma mão sobre seu rosto. ―Essa é uma boa pergunta― murmurou ele. ―Mas todo que podemos fazer é tentar, Hutch. Todos queremos que ela seja feliz. Vou fazer tudo o que esteja em meu poder para que isso aconteça, e eu sei que você e Cam também farão. E talvez ao final, isso é tudo o que possamos fazer. Hutch suspirou. ―Sei que tem razão, homem. É só que está mau. Quero dizer, até o fato que estejamos sentados aqui discutindo as armadilhas de compartilhar à mesma mulher... É retorcido. ―Não me dava conta de que isso te incomodasse tanto, ― disse Sawyer silenciosamente. Hutch cuidadosamente colocou com um concha de sopa a massa em pequenos círculos sobre a frigideira. ―A maior parte dos dias não faz. Não mentirei e direi que como você disse, em um mundo perfeito, só seríamos Reggie e eu. Estou bem com isto. Realmente estou. E penso que isso é o que me incomoda. Que estou bem com isso. Quando a parte sã de mim está gritando: Que Caralho! ―Supera― disse Sawyer. ―Não faz nada bem deixar que suas sensibilidades se queixem amargamente. Sim, é pouco ortodoxo como o inferno. Sem dúvida isto vai ganhar alguns comentários retorcidos e a censura pública. Mas é nosso trabalho estar em cima disso e proteger Reggie tanto como seja possível. 71

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Hutch assentiu ―Tem razão. Sei. ― Logo olhou fixamente a Sawyer. ―Eu não estava ciumento esta manhã. Fui franco com vocês desde o começo. Sabe que diria isso se estivesse. ―Está bem, homem, inclusive se estivesse ciumento. Não espero que isto seja alguma utopia estranha onde nunca tenhamos que trabalhar em algumas coisas. ― Esfregou uma mão sobre seu rosto. ―Cristo, começo a soar como o anormal do Cam. Ele é o que pelo geral faz todo trabalho de tranquilizar. Quando se converteu em meu trabalho cuidar seus traseiros? Hutch riu entre dentes e relaxou. ―Sinto muito, homem. Penso que nesta manhã só pressionei o botão de pânico. ―Sim bem, curta essa merda. Temos outras coisas porque nos preocupar. ―Por que nos preocupamos?― Perguntou Cam enquanto entrava na cozinha. ―E, alguém viu meus óculos? Juro que os deixei na sala de estar, mas o inferno se posso encontra-los. Sawyer sorriu e recolheu os óculos metálicos do balcão e os ofereceu a Cam. ―Obrigado, homem, ― resmungou Cam. Colocou os óculos e empurrou seu cabelo para trás de seu rosto. ―Agora, do que nos preocupamos? ―Sim, diga, ― disse Hutch. Ele levantou a espátula e girou a primeira panqueca. Perfeito. ―Olá!? Há algum monstro aí espreitando Reggie?― O rosto de Cam escureceu. Hutch girou outro panqueca e pegou a espátula um pouco mais apertada. ―É de imaginar que é algum psicopata que trata de chegar a Peter Fallon. Por que não persegue diretamente ao idiota está além de mi.― resmungou Sawyer. ―Não podíamos ter tanta sorte. Além disso, como se supõe que o psicopata saiba que Fallon se importa uma merda com a Reggie?― perguntou Cam. Hutch fez uma careta. ―Bom ponto. ―Talvez nós deveríamos dar uma nota para a imprensa e anunciar ao mundo que o melhor modo de castigar Peter Fallon não tem nada que ver com sua filha, ― disse Reggie em tom amargo. Todos levantaram a olhasse para ver Reggie parada na entrada da cozinha, seu rosto pálido e cansado. ―Merda, ― sussurrou Sawyer. Cam ficou de pé e foi até onde Reggie estava de pé e tomou sua mão. ―Sinto muito. Não deveria ter aberto minha grande boca. Ela levantou uma sobrancelha. ―Por que está se desculpando, por dizer a verdade? Ele sacudiu sua cabeça. ―Não, somente por ser um insensível idiota, por soltá-lo assim. ―Você não é o idiota insensível, ― disse ela com mordacidade. ―Meu pai sustenta esse título. Ela se deslocou além de Cam e caminhou para onde Hutch colocava sobre os pratos o primeiro grupo de panquecas. ―Cheiram bem. Essas são para mim? Olhou-a torvamente. 72

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―É a última em arrastar o traseiro fora da cama e espera conseguir o primeiro prato de comida? Ela sorriu. ―Umm, sim? Ele deixou cair um beijo sobre seus lábios. ―Sente e porei um pouco de presunto sobre o prato e levarei isso. ―Não esqueça o xarope, ― acrescentou ela enquanto caminhava ao redor para sentar ao lado de Sawyer. Cam retornou e deslizou no tamborete ao lado dela. Hutch colocou com um garfo um pedaço de presunto em seu prato e logo pôs este no balcão frente a ela. Logo procurou um garfo na gaveta e pegou o xarope colocado junto à frigideira. ―Come― disse ele enquanto colocava os objetos ao lado de seu prato. Ela pôs de barriga para baixo a garrafa e verteu uma copiosa quantidade de xarope sobre o grupo de panquecas. Hutch tentou não fazer uma careta, mas ainda Sawyer, o Sr. Sweet Tooth3, e encolheu. Ela tampou a garrafa e logo lambeu seu polegar. ―Vão trabalhar hoje, rapazes? Pensei que disseram que tinham um prazo curto ou algo assim. ―Bom, tecnicamente, Cam tem o prazo curto. Ele é o arquiteto. Hutch e eu somos somente os soldados rasos que fazemos os trabalhos forçados. Entreguei dois lugares de trabalho que estão em construção a nosso capataz de modo que nós pudéssemos estar aqui, ― disse Sawyer. Ela desceu seu garfo para seu prato e olhou Sawyer. ―Tenho curiosidade sobre algo. Seu escritório está em Houston. Têm uma casa em Houston. E ainda aqui estamos nesta casa nova a uma hora de distância. Obviamente meu pequeno roce com Sr. Freak Show não teve nada que ver com sua mudança para cá. O que sobre seu negócio? Sawyer deu uma olhada a Cam e logo a Hutch, e Hutch divertiu a luz de pânico nos olhos de Sawyer. Sem dúvida gostaria que Cam, o Sr. Suavidade, interviesse e se encarregasse disto. Cam limpou sua garganta, e Hutch teve que afastar o olhar ou se arriscava a rir. Sim, ele arrumaria isto. ―Fizemos planos para nos mudar para cá por um bom tempo, ― disse Cam. ―Obviamente, ― disse Reggie secamente. ―Construir esta casa deve ter tomado tempo. ―Por agora mantemos nosso escritório em Houston. Temos quatro equipes que trabalham para nós e outros dois que contratamos quando necessitamos mão de obra. Eu posso desenhar projetos em qualquer lugar. Teremos que fazer algumas viagens de ida e volta, mas é só uma hora. As sobrancelhas dela se uniram. ―Não tinha ideia que estivessem indo tão bem. Quero dizer, que soube que tiveram um grande começo, mas não me dei conta que se expandiram tanto. ―Se estivesse mais tempo ao redor de nós e menos tempo correndo o mais rápido que podia, saberia, ― indicou Sawyer. 3

Sr Dente doce.

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Ela avermelhou e desceu seu olhar para seu prato. ―Sim, acredito que tem razão, ― murmurou. Comeu alguns pedaços mais então e olhou para cima outra vez. ―Se algum de vocês não está muito ocupado mais tarde, espero que possa me levar a minha casa para pegar meu carro. Hutch franziu o cenho. ―Por que necessita seu carro? Certo como o inferno que não é necessário que dirija ainda. Ela soprou seu fôlego com impaciência. ―Sentiria melhor se tivesse meu veículo aqui, justo como me sinto melhor tendo minha arma. Sawyer interveio. ―Se está preocupada com estar sozinha aqui outra vez, isso não vai acontecer. Ela sacudiu sua cabeça. ―Não estou preocupada com estar sozinha. Minha preocupação é ter um meio de transporte. Não quero ter que contar com um de vocês para me mover. Vocês estão ocupados. Têm empregos. Eu tenho um trabalho também. Cam e Sawyer trocaram olhares inquietos, e Hutch falou antes que qualquer um deles pudesse. ―Levarei você depois do café da manhã. Sawyer disparou um olhar escuro, mas Hutch o ignorou. Reggie sorriu com gratidão e continuou comendo. Hutch se encolheu quando tanto Cam como Sawyer o olharam fixamente. Ambos deveriam ter se dado conta já que tentar encerrar Reggie em um compartimento era o modo mais rápido de empurrá-la longe. E ela já deslocou muito. Era hora de começar a empurrála para dentro, não para fora.

Capítulo 14

Depois do café da manhã, Regina subiu para tomar banho e trocar de roupa. Tirou a tala do pulso e flexionou a mão experimentando. Ainda estava rígida, mas o inchaço já baixou. Viu seu reflexo no espelho enquanto esperava que a água esquentasse, para sua satisfação, o roxo do pescoço já quase não aparecia. O que era como negro arroxeado mudou a um claro verde amarelado e com marcas vermelhas. A marca em seu rosto quase não se notava. Em uns dias mais, estaria como nova, e talvez poderia voltar a trabalhar. O que lembrava que precisava ligar o chefe para que desse informação sobre o avanço do caso. Ela se colocou na ducha e grunhiu de prazer enquanto a água caía como uma cascata pelo corpo. Lavou e enxaguou o cabelo rapidamente antes de sair e secar. Depois de trocar, vários minutos depois, voltou a entrar no banheiro para tentar acomodar seu cabelo para que parecesse 74

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ordenado. Finalmente optou por tirar os cachos do rosto e prendê-los com uma fivela. Tentou colocar de novo a tala do pulso. Depois de brigar com o velcro da munhequeira e amaldiçoar, colocou de lado. De toda maneira não a necessitava. Se apressou a sair do banheiro para procurar seus sapatos e rapidamente descobriu que não podia agachar para colocar já que doíam muito as costelas. Ela fez nota mental para recolher seus tamancos de sua casa quando fosse buscar seu carro. Com um suspirou resignado, pegou os sapatos e os meias três quartos e os levou com ela abaixo. ―Está se movendo melhor agora, ― disse Cam quando ela chegou ao final das escadas. Ela levantou o olhar e o viu parado a uns pés dela olhando-a. ―Não exatamente, ― murmurou. Mostrou os sapatos a ele e o passou para ir à sala, onde Hutch a esperava. Cam a seguiu sorrindo. Ela se sentou na poltrona e o olhou. Para seu favor, não disse nenhuma palavra enquanto se agachava em um joelho e começava a pôr as meias três quartos. Ela elevou a vista para Hutch, cujos olhos brilharam de alegria. Ela franziu seus lábios brava e sob o olhar para Cam. Ele deslizou os tênis rapidamente em seus pés e os amarrou. Logo deu golpes à ponta de seu pé. ―Tudo preparado. ―Obrigado, ― murmurou. ―Está pronta? ― perguntou Hutch. Ela assentiu e começou a levantar da poltrona, mas recordou seu pulso no último minuto. Com outro suspirou, levantou sua mão boa e pegou à mão de Cam. Ele a levantou, com um grande sorriso em seu rosto. ―Está desfrutando muito disto. Ele se aproximou e a beijou rápido nos lábios. ―Sim, estou. ―Neandertal, ― grunhiu enquanto se afastava dele para seguir Hutch à porta dianteira. O caminho foi silencioso, um fato pelo qual ela estava agradecida. Parte dela se perguntava se Hutch sabia que ela dormiu como um sanduiche entre Cam e Sawyer, e outra parte dela estava cansada de se preocupar com o ciúmes e os deslizes. Não era sua responsabilidade assegurar que cada um deles estivesse tranquilo. Deus, ela nem sequer podia imaginar como seria exausto nem sequer tentar. Por isso era que ela pensou que toda esta noção deles era um desastre à espreita. Mas de todos os modos não deixava de escutar isso e sussurravam no ouvido. E que se pudesse funcionar? O que se ela poderia ter uma forte e amorosa relação com os três? Logo que essa ideia se inseriu em sua mente, fechou a porta. Se entreter com esse tipo de fantasias só assegurava que algum deles, o mais provável ela, sairia machucado. ―Está muito tranquila pequena. Olhou-o e sorriu, mas seu sorriso se sentiu tenso até para ela. 75

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―Quer falar disso? ―Não, ― disse ela em voz baixa. ―Não pense muito, não ajudará em nada. Ela se reclinou em seu assento enquanto entravam em estacionamento. Seu RAV4 prateado estava ainda estacionado fora onde o deixou, e seria um alívio o ter com ela na casa dos rapazes. Significaria não depender deles para ir aonde quisesse e quando quisesse. ―Pode esperar aqui, ― disse. ―Só vou correndo pagar uns sapatos. Ou pode ir e me esperar lá. Estarei lá em um minuto. Ele apenas a olhou fixamente. ―Não? Ok. Retornarei em um minuto. Fechou a porta e negou com a cabeça. Não é que ela pensava que ia sem ela, mas o queria oferecer de todos os modos. Ela abriu a porta e entrou, dando uma olhada rápida ao redor. Nada mudou desde ontem, e nada parecia errado. O fato de que ela considerasse que alguém entrasse em sua casa a irritava malditamente muito. Que algum idiota a tomasse como objetivo por seu pai a zangava muitíssimo mais. Ela passou rapidamente a seu quarto, pegando mudas de roupa e roupa intima limpa. Enquanto colocava tudo na bolsa, deu uma olhada a sua roupa intima e franziu o cenho. Abafadiça, nada sexy, era branca e plana. Depois moveu sua cabeça. Estava ficando louca. Que demônios importava se não tinha roupa intima cara e sexy? Com um grunhido, colocou toda a roupa em sua bolsa de fim de semana e a fechou. Voltou para fora e saudou Hutch enquanto subia a sua pequena caminhonete. Com cautela pôs sua mão esquerda no volante e provou a rigidez de seu pulso enquanto punha a chave no contato. Assim que ligou, o rádio quase faz que explodissem os ouvidos, e rapidamente o desligou. A bolsa no assento do copiloto chamou sua atenção, e percebeu que esqueceu suas sandálias. Demônios. Desceu do carro e levantou um dedo a direção a Hutch indicando que só seria um minuto enquanto ia para a porta dianteira. Enquanto ela agarrava a maçaneta, seu ouvido registrou uma forte explosão um nano segundo antes que fosse lançada pelo ar para a porta. A dor chegou a seu crânio enquanto batia no chão. Calor. Muito calor. Girou sua cabeça, e foi quando viu o que estava acostumado a ser seu carro envolto em chamas. Hutch. OH Deus, onde está Hutch? Ela lutou por acalmar. Seus dedos passaram no asfalto enquanto se arrastava do piso. ―Reggie! Ela quase desmaia de alívio quando escutou o grito desesperado de Hutch. Ele caiu ao lado dela. Suas mãos corriam por seu corpo, procurando. ―Reggie, Meu Deus, Reggie, está bem? Ela rodou para poder vê-lo e fechou os olhos pelo sol. ―Vou matar a esse filho de uma cadela. Acabava de comprar o carro. Hutch pressionou sua testa com a dela, e pôs seus dedos em suas bochechas. ―Doce Jesus, me assustei como o inferno, Reggie. 76

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―Sim, bom, acredito que terei que mudar de roupa. ―Está bem? Machucou em alguma parte? Demônios bateu muito forte com a porta. ―Para falar a verdade, ainda não tenho nem ideia. Minha cabeça dói. Acredito. Não estou certa do resto. ―Talvez deveria recostar aqui e não mover enquanto chamo à ambulância. ―OH não, demônios, ― murmurou. ―Já tenho suficiente de ambulâncias e hospitais. Me ajude. Se posso sustentar pelo menos cinco segundos, tem que me prometer que me leva para casa com você. ―Pequena, pensei que nunca diria isso. ―Idiota. Ele riu e ela tratou de sorrir. A sério tratou. Mas demônios, como doía. Toda seu rosto doía. Ela se queixou enquanto se agarrava no braço de Hutch. Ele pôs seus braços ao redor dela e a ajudou. Seus joelhos cederam, e Hutch a apanhou antes que voltasse a cair no chão. Ela pegou por sua camiseta e viu rapidamente suas feridas. Além do zumbido constante em sua cabeça que não ia, ela não acreditava poder estar pior. ―Temos que denunciar isto, ― disse com voz áspera. ―É evidente. ―Pequena isso parece, só ponha seu traseiro quieto em um maldito lugar. De fato, levarei a caminhonete para que possa sentar. E se queixa, vou arrastar seu traseiro à sala de emergências. ―A caminhonete soa bem agora,― disse Regina. Hutch a levantou e a pôs em sua caminhonete. Ainda com sua visão imprecisa percebeu do grande oco que tinha sua caminhonete em seu para-choque enquanto passavam por aí. ―Ah demônios, sua caminhonete! ―Importa um demônio minha caminhonete. Só me importa que esteja bem. Abriu a porta do passageiro, e a abriu mais antes de coloca-la no assento. Depois pegou a alavanca e o reclinou. Seguiu-a baixando até que ficou deitada no assento. ―É um desastre, ― murmurou enquanto passava seu dedo pela bochecha. ―Assim que sua caminhonete, ― grasnou. ―E meu SUV. ― Suspirou. ―Economizei tanto para comprá-la. Era bonita. ―Bonita? A sério está admitindo que comprou um carro bonito? ―Ouça! Sou uma garota. Supõe que temos que ter carros bonitos,― queixou. ―Agora sei que tem uma ferida na cabeça. Ela levantou sua mão até que se topou com seu rosto. E a pôs em sua bochecha. ―Estava tão assustada, ― suspirou. ―Pensei… ― Sua voz se quebrou enquanto as lágrimas enchiam seus olhos. ―Pensei que talvez fosse você. Que a explosão o alcançou. Hutch inclinou e beijou sua testa. ―Não pequena, estou bem. Não se preocupe. ― Ele passou brandamente sua mão por seu cabelo. ―Deus, estive bem. Só o para-brisa quebrado e um arranhão ou dois. Mas seu… Deus, vi como bateu com a porta. As sirenes se escutaram na distância, e soavam mais forte com cada segundo que passava. Ela tratou de levantar, mas Hutch a deixava quieta. ―Deixa eu me levantar, ― disse. 77

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Ele duvidou, mas depois a ajudou a sentar. Ela desceu seus pés do assento para poder sentar e descer. Depois de piscar várias vezes para esclarecer sua visão, viu dois carros de bombeiros e três patrulhas chegar à casa. Seu carro era ainda uma massa fumegante de metal, mas as chamas se apagaram um pouco. Depois viu o que a explosão fez à frente de sua casa. ―Minha casa, ― disse quase desmaiando. ―Olha minha casa. As janelas de em frente foram destroçadas, as três. Havia escombros pulverizados pelo teto e a grama. As flores que ela plantou com tanto amor já não estavam. Os bombeiros rapidamente desceram e começaram para jogar água a seu SUV. Jeremy, Carl e o chefe se apressaram a chegar à caminhonete onde Hutch e ela estavam. ―Regina, está bem?― demandou saber o chefe. ―Estou bem. Só um pouco sacudida. Ela desceu do assento, e estabilizou pegando o braço de Hutch, ele pôs seu braço ao redor de seus ombros enquanto seus pés encontravam o sólido chão. ―Que demônios aconteceu aqui?― demandou saber Carl. Regina suspirou e rapidamente relatou tudo o que aconteceu até a explosão. ―Parece que atrasou o detonador, ― disse Jeremy. ―Deus, se não fizesse, teria explodido com você dentro. Hutch ficou pálido, e a pegada por seus ombros se esticou. Ela se esforçou para fazer que suas mãos deixassem de tremer, e no final pôs seus dedos em seu pulso. Sua casa rapidamente encheu de mais gente quanto mais policiais e equipes de resgate chegavam. Todo a maldita cidade estaria aqui antes que passasse uma hora. Toda a área estava marcada com um cordão, e mandaram ela e Hutch à rua. Ela olhou com certo desapego. Era apenas outra cena do crime. Não era sua casa nem tampouco sua caminhonete. Admitir isso seria admitir que tão perto esteve de ter morrido. De novo. Era tão forte para voltar a ser religiosa. Hutch manteve seus braços ao redor dela, passando seu braço por seu ombro. E com frequência descia o olhar e a examinava, seus olhos brilhavam com preocupação. Ela ficou vendo o chefe enquanto dirigia a atividade ao redor do veículo. Tornou toda uma festa de policia, locais, polícia do estado, até o esquadrão de bombeiros do sul do condado. Esta tinha que ser a primeira vez. E só quando pensou que as coisas não se podiam pôr pior, Peter Fallon chegou em sua Mercedes negra. Pensando bem, as coisas ficaram pior. Sua mãe desceu do assento do passageiro e olhou à multidão até que a viu. ―Argh, Merda― murmurou Reggie. Hutch esticou e apertou seu braço confortando-a. ―Aqui estou pequena. Para seus nunca tranquilos nervos, quando pensou que os dias nos que seus pais a surpreendiam terminaram, sua mãe se apressou a chegar a ela e lançou seus braços para ela, 78

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abraçando-a forte. ―Regina, graças a Deus que está bem. Regina se afastou, e piscou confundida. ―Mamãe o que está fazendo aqui? Lydia passou sua mão pelo cabelo de Regina , tirando o do rosto em um ato muito maternal. Demônios, melhor Regina morrer, ou ao melhor isto era um sonho muito estranho do que não despertou. Gostava mais da opção número dois. ―Seu pai escutou sobre a explosão na polícia, e nos apressamos a chegar. Está ferida? Precisa ir ao hospital? Peter Fallon se aproximou e parou atrás de sua esposa olhando Regina. ―Regina, ― disse asperamente. ―Está bem? Opção um. Definitivamente opção um. Obviamente morreu, e este era algo assim como um purgatório no que estava atribuída onde seus pais jogavam papel de pais que se preocupavam com ela. ―Estou bem, ― disse. ―Fica com a Regina, ― disse Peter a Lydia. ―vou tratar de averiguar que demônios está acontecendo aqui. Alguém está tratando de matar minha filha, e quero saber por que. Regina ficou assombrada por sua retirada. Depois ela percebeu de que se jogou para trás quando encontrou nos braços de sua mãe de novo. Ela levantou seu olhar para Hutch horrorizada e atônita. Olhava tão confundido como ela. Por um momento, Regina permitiu o luxo de estar no abraço de sua mãe. Não podia lembrar a última vez que sua mãe a abraçou, ou disse que a amava ou atuasse de maneira maternal. Parecia… bom. ―Deveria ficar comigo e seu pai, Regina. Já não pode ficar aqui. ― Disse Lydia enquanto a atraía de novo. ―Umm, obrigado, mamãe, mas ficarei com Hutch no momento. ― Ela olhou Hutch enquanto falava. As sobrancelhas de Lydia se uniram confusas. ― Mas ele não vive aqui. Sei que foi um bom amigo para Regina, mas é mais seguro se ela ficar com sua família não acha? ―Tenho uma casa aqui, senhora Fallon, ― disse Hutch. ―OH, está bem então, acredito. ― Ela se enfocou de volta na Regina. ―Está segura que não prefere ficar conosco onde pode estar em seu velho quarto? Uma incômoda coceira começou a correr Regina no pescoço e foi até suas bochechas. Sua mãe ficaria histérica, e seu pai poria o grito no céu se soubessem que estava ficando com os três. E embora o pensamento só passou pela mente, irritou. Não importava muito que eles pensassem. Eles nunca se preocuparam por ela, no que fazia, em suas decisões, sua vida. E estava totalmente segura que não iam começar a fazer agora. Ela segurou a mão de Hutch e enlaçou seus dedos com os dele, querendo, necessitando seu agarre. 79

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―Não obrigado, mamãe. Ficarei temporariamente com Hutch, Cam e Sawyer até que averigue que posso fazer. Os olhos de Lydia alargaram, logo seus lábios esticaram em desacordo. ―Como podem chegar à conclusão de que alguém está usando a minha filha para me castigar por alguma infração? ― a voz de Peter Fallon podia escutar enquanto a elevava entre todos outros ruídos. O chefe pôs uma mão em seu ombro para acalmá-lo, e Regina não posso escutar sua resposta. Lydia franziu o cenho. ―Do que estão falando Regina? ―Há uma possibilidade de que a pessoa que me tem como objetivo o esteja fazendo por causa de papai, ― respondeu ela quedamente. ―OH, mas isso não tem sentido. Por que alguém faria algo assim? ―Porque é um político, ― disse Regina paciente. ―E de todas as maneiras, não temos uma prova disso ainda. É somente um possível perfil que examinar para os policiais. ―Por que poderia ser qualquer. Ao melhor alguém que prendeu no passado ou alguém a quem multou. Parece muito estranho que digam que isto tem algo há ver com seu pai. Ninguém podia culpar sua mãe por não estar atrás de seu marido, isso era certo. Mas teria sentido para a maioria das pessoas que uma mãe estaria mais preocupada com sua filha. ―É apenas um perfil, mamãe. A polícia tem que ter em conta todas as possibilidades. ―Regina posso falar com você um minuto?― perguntou Jeremy enquanto a afastava de Lydia. Ela olhou para Lydia e Hutch. ―Em particular?― adicionou. Regina franziu o cenho e soltou a mão de Hutch. ―Me desculpem um momento, ― disse enquanto se afastava dele e sua mãe. Ela seguiu Jeremy alguns passos longe deles. ―O que aconteceu? ―Acabo de receber uma chamada da delegacia de polícia. Alguém entrou na casa de Birdie.

Capítulo 15

Regina segurou Jeremy pelo braço. ―O que? ―Dirijo para lá neste momento. Pensei que queria ir se sentisse com vontade. Ela assentiu. ―Claro. Girou para ver Hutch, que olhava atento a ela e Jeremy. Voltou a olhar Jeremy. ―Onde está Birdie agora? ―Brett passou por sua casa como o chefe disse, e ele viu que sua porta estava aberta, mas o carro não estava. Quando foi investigar, descobriu que sua casa foi destroçada. Chamou e foi interceptar Birdie, que chegou uns minutos depois, e a levou a delegacia de polícia. Ela está esperando aí. 80

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Regina tomou fôlego acalmando e tratou de ordenar seu cérebro. ―Está bem, vou com você. Precisarei dizer a Hutch para que possa ir à estação de polícia para ficar com Birdie. Ela de certo está zangada. ―Se apresse. Esperarei no carro. Jeremy girou e dirigiu para sua patrulha. Regina se apurou a voltar aonde esperava Hutch, com o cenho franzido. ―O que acontece, Reggie? Pôs sua mão em seu braço. ―Alguém entrou na casa de Birdie esta manhã. Vou para lá com Jeremy, agora mesmo. ―O que? Ela está bem? Vou com você. Pôs sua mão no peito de Hutch. ―Birdie está na delegacia de polícia. Deveria ir para lá. Provavelmente ela esteja muito zangada, e sei que gostaria que estivesse ali. Você só estaria de mais em sua casa. Esta é uma investigação policial. Ele a olhava como se fosse protestar, mas ela girou e se foi antes que pudesse falar. Apurou em ir aonde Jeremy estacionou seu carro, seus músculos doloridos queixando todo o caminho. Entrou e sentou no assento dianteiro, e Jeremy acendeu suas luzes e retirou. ―Sabemos algo no momento?― perguntou. ―Não. A chamada foi recebida faz alguns minutos. Brett estava retornando para fazer uma melhor investigação. Jeremy colocou a mão no compartimento de sua porta, pegou um guardanapo e a deu a Regina. ―Para que é isto?― perguntou. ―Está sangrando,― disse e fez um gesto a sua testa. Ela desceu o visor e olhou seu reflexo no espelho. Um pequeno filete de sangue corria da testa até a sobrancelha. Havia uma corte na linha de seu cabelo de Deus sabe o que. Não podia lembrar esse talho exato quando todo seu corpo sentia como se tivessem dado uma surra. Secou e estremeceu quando tocou por cima do atalho. ―A este passo, vou sair no próximo filme do Frankenstein, ― murmurou. ―Algo fodidamente estranho está acontecendo por aqui, Regina,― disse Jeremy em uma voz sombria. ―Alguns dias passamos com mais que umas poucas multas de circulação, e de repente temos um assassinato, uma explosão, e um invasão de moradia? Que merda está acontecendo? ―Demônios, oxalá soubesse. Custa acreditar que tudo isto esteja conectado com meu pai e sua política. Quero dizer, se este tipo tiver um pleito com ele por que não só o leva longe e já? Seria o adequado. Jeremy a olhou assombrado. ―Não estou dizendo que ele mate meu pai,― disse impacientemente. ―Só me pergunto por que passa por tudo este problema só para fazer ver seu ponto. Se odeia tanto Peter Fallon, porque não só vai atrás dele? 81

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―Boa pergunta. Jeremy chegou ao estacionamento da casa de Birdie e estacionou ao lado da patrulha de Brett. Ele e Regina saíram do carro enquanto Brett ia para eles. ―Me alegra ver que esteja bem, Regina, ― disse Brett cabeceando em sua direção. ―Obrigado. O que temos aqui? Brett girou e indicou o caminho ao interior. Quando ela seguiu Brett e Jeremy dentro, olhou ao redor, mas não encontrou nada desarrumado na sala. A casa do Birdie tinha uma impressionante coleção de antiguidades, mas nada prejudicado ainda. ―Não se vê nada estranho até que chega aqui atrás,― disse Brett enquanto os guiava pelo corredor para os dormitórios. Enquanto passavam por cada quarto, Regina olhava dentro e outra vez, não via nada errado. Quando chegaram ao final do corredor, viu uma larga mancha vermelha na porta do dormitório. Parecia como sangue. Quando entrou no dormitório, fico sem fôlego. Era um desastre. Havia mais sangue nas paredes. E na cama. Grandes mancha. Porta retratos quebrados no chão. Retratos de Hutch, Cam e Sawyer com Birdie. Mais fotos dos homens. A foto do baile de graduação de Hutch. Regina sentiu uma sensação de agressão em seu peito. ―Isto não se trata de mim, ― disse ―Se trata de Hutch. ―Não acredito que te entenda, ― disse Jeremy. Ela deixou escapar um suspiro tremente enquanto tratava de encontrar uma explicação do que acabava de chegar a sua cabeça. Jeremy e Brett a viram com olhadas interrogantes. ―Vitima do assassinato. Misty Thompson. Hutch a levou ao baile de graduação. O assassino quando me atacou, disse que era tempo de fazê-lo pagar. Falhou me matando, quando pôs a bomba em minha caminhonete. Agora o atacou na casa de Birdie e destroçou o quarto de Hutch. Este era seu quarto quando viveu aqui com Birdie. Estas são suas coisas. Não acredito que isto tenha algo que ver com meu pai absolutamente. Este tipo está tratando de fazer sofrer Hutch, indo pelas pessoas que o importam. Gente com quem tem conexões, também. E provavelmente Hutch é sua última vítima. Jeremy ficou olhando, sua expressão assombrada. ―Merda. Pode estar certa. ―Se que tenho razão. É o único que tem sentido. Girou seu estomago e revolveu em nós. De algum jeito era mais fácil confrontá-lo quando pensou que ela era o objetivo. Mas agora, alguém estava atrás de Hutch? Esse assassino poderia ir atrás dele, ou inclusive atrás Cam e Sawyer? ―Mas, por quê? ― Jeremy perguntou. ―O que é o que poderia ter feito Hutch para zangarse alguém tanto assim? Não tem sentido. Não estou seguro de que possamos descartar seu pai como objetivo ainda. ―Não estou dizendo que o descartemos, só que temos que considerar que nada disto é coincidência e que Hutch pode ser seu último objetivo. 82

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―Ocorreu a caso que isto pode estar ligado somente a você?― falou Brett ―Birdie é tão importante para você, como para Hutch. É uma policial. Não seria a primeira vez que um policial prendeu um pirado e que este quis se vingar. Regina franziu o cenho. ―Pode ser. ― Fechou seus olhos. Deus. Se tratava dela, Hutch, Sawyer e Cam ainda poderiam ser objetivos. De todos os modos o só pensamento de perdê-lo assustou. ―Sabe que o chefe vai te dar baixa indefinidamente,― disse Jeremy em voz baixa. Ela se queixou. ―Sim, sei. Tem que fazer. E de repente não importava muito. Suas prioridades mudaram em pouco tempo. Enquanto as teorias de Jeremy e Brett eram também prováveis, não podia descartar a ideia de que isto estava dirigido para Hutch e que ele, Cam ou Sawyer poderiam ser os seguintes. E se este era o caso, ela queria estar fodidamente segura de que estaria perto deles todo o tempo. ―Já fiz a chamada para que possam enviar algumas pessoas para que tirem os digitais. Todos estão em sua casa,― disse Brett a Regina. ―Embora até agora, se for o mesmo tipo, foi muito cuidadoso em não deixar nenhum rastro. E fodidamente espero que isto não seja sangue humano. ―Você e eu, ambos,― murmurou Regina. ―Estou começando a pensar que não nos pagam o suficiente para trabalhar nesta cidade― disse Jeremy em uma voz cansada. ―Eu duvido que algum de nós voltará a estar sentado na estação, esperando por um pouco de ação outra vez. ―Disse isso. Ele esboçou um sorriso. ―Sim, suponho esteve mal me queixar. Quero dizer, se olhe. Parece algo que arrastou um gato. ― Sua expressão ficou mais séria e perdeu esse tom de brincadeira. ―Estou fodidamente agradecido de que esteja bem, Regina. Essa esteve perto. Ela sorriu fracamente. ―Não foda. ―Ela passou uma mão por seu enredado cabelo e depois a deixou cair no quadril com um golpe. ―Me deixe te levar a estação,― disse Jeremy. ―E logo retornarei para ajudar Brett aqui. Estou certo que o chefe não estará contente se vier e a vê aqui na cena do crime. ―Sim, está bem. ― disse Regina. Girou e lentamente saiu da casa, furiosa de que a casa de Birdie fosse destroçada. Esta casa tinha tantas boas lembranças para Hutch, Cam e Sawyer. E também para ela. Foi um lar quando sua própria casa parecia mais como uma simples casa. Uma fria e estéril casa que as pessoas habitava, mas ninguém vivia ali. E a ideia de alguém fazendo mal a Birdie a fazia sentir-se fisicamente doente. Ela subiu ao carro de Jeremy parecendo ter cem anos. Necessitava um longo e quente banho. Preferivelmente no que se poderia colocar por três horas. Ele arrancou e dirigiu à estação, suas mãos segurando fortemente o volante. ―Necessito que me informe deste caso, Jeremy, ― disse. ―Hutch, Cam e Sawyer são muito 83

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importantes para mim. Vou fazer tudo o que esteja em meu poder para mantê-los a salvo. Estarei em sua casa até que isto termine. Se esse bastardo se aproximar deles, é carne morta. ―Te manterei informada, ― disse Jeremy. ―logo que processemos a cena do crime e avisarei das ideias do chefe e de Carl, e terei uma melhor ideia para onde se dirige a investigação. Até então precisa descansar e assegurar que Hutch faz o mesmo. ―E Birdie, ― disse Regina brandamente. ―De algum jeito a tenho que persuadir de não ficar em sua casa só até que o suspeito seja apanhado. Se tiver razão de que isto é sobre Hutch, ou se é sobre mim, ela é importante para ambos e é um risco de toda maneira.

Capítulo 16

Jeremy chegou à estação de polícia e Regina saiu do carro, olhou para cima e viu o Sawyer caminhando para fora da estação, seu rosto estava tão negro como a tormenta. ―Uh-OH, ― murmurou Jeremy enquanto ele caminhava para ela ―não parece feliz. Sawyer passou ao lado de Jeremy e Regina se preparou para o impacto. Ele não disse uma palavra. Arrastou-a até seus braços, empurrou sua cabeça para trás e a beijou forte e ferozmente. Seu grito de surpresa foi tragado por sua boca enquanto se movia faminta sobre a dela. Seus braços como bandas de aço a rodearam forte e confortavelmente. Seu corpo suavizou e derreteu nele enquanto ele possuía seus lábios. Quente mel relaxante fluiu por suas veias. Ela esqueceu onde estavam, perdeu todo sentido do tempo e o espaço. Suas línguas se encontraram. A dele se afundou profundamente em sua boca, saboreando enquanto o saboreava. Finalmente seus braços se afrouxaram, e suas mãos se moveram de seu pescoço até sua mandíbula e emoldurou seu rosto com suas mãos. Com ofegos, separou-a levemente. Seus olhos brilhavam. Necessidade. Medo. Irritação. Todas a sensações mescladas e formavam redemoinhos em seus olhos azul pálido. Passando seus dedos pela ferida que estava na linha de seu cabelo. Podia senti-lo tremer contra ela. ―Estou bem, Sawyer,― sussurrou. ―Reggie, Meu Deus, Reggie. Sua voz se quebrou enquanto derramava tortuosamente as palavras de seus lábios. Apoiou sua testa com a dela e fechou seus olhos. Seu peito agitando enquanto se esforçava para recuperar o fôlego. ―Poderia ter perdido você, ― disse roucamente. Levantou seu queixo para que seus lábios encontrassem os dela. E o beijou. Ligeiramente. Tranquilizando. ―Regina, o que está acontecendo aqui? Esticou enquanto a voz estridente de seu pai soou. Girou lentamente longe de Sawyer para ver seu pai parado a um pé de distância, seu rosto tenso com desaprovação. Sua mãe olhava 84

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boquiaberta a ela e Sawyer. ―Não tem nenhum sentido do decoro?― ladrou. ―A imprensa vai uivar ao redor daqui depois do que aconteceu esta manhã. Se não pensar em você nem em sua posição como policial, como mínimo teria que se preocupar em como seu comportamento se reflete em mim. Sawyer se esticou e abriu a boca para responder, mas Regina pegou seu braço advertindo. Sawyer estava pendendo de um fio, e qualquer arrebatamento dele não seria bonito. Ela olhou para seu pai com todo o desdém fluindo em sua irritação. ―Foda-se,― disse antes de girar e ir. ―Regina, não me fale dessa maneira, menina. Não criei para que me falasse dessa maneira. Parou, e apesar da mão de Sawyer que estava detendo, ela foi e enfrentou seu pai. ―Não, estúpido autossuficiente. Não me criou em absoluto. Estava muito ocupado me ignorando. Falar com você? Quando me animaram a não dizer nada? Você e Lydia estavam muito ocupados vivendo suas vidas para se preocupar com algo pouco tão insignificante como sua filha. Alegre-se de que é meu pai, porque se não, chutaria seu traseiro como o chutaria a qualquer que me falasse dessa maneira. Girou antes que pudesse ver as lágrimas de irritação que se acumulavam em seus olhos. Demônios se alguma vez a visse chorar. Sawyer a abraçou protegendo, e quando ela se apurou para entrar na estação, parou. E voltou a olhar ao pai de Reggie com um olhar gelado. ―Só direi isto uma vez. Se mantém fodidamente afastado de Reggie. Não é meu pai, e não tenho nenhum remorso em chutar seu traseiro. Ele abraçou Regina mais perto dele, e a guiou à entrada da estação. ―Não pode me ameaçar. ― Ladrou Peter. Enquanto Sawyer segurava a porta, girou pela última vez. ―Não foi uma ameaça, senhor Fallon. Ele levou a Regina pra dentro e fechou a porta. Birdie estava sentada em uma pequena sala de espera, e a seu lado Cam e Hutch. Quando a viram chegar, todos se levantaram. Cam cruzou o quarto, e Sawyer a afrouxou de seus braços enquanto Cam a metia nos seus. Passou sua mão pelo cabelo enquanto ela enterrava seu rosto em seu peito. Seu coração pulsando em sua bochecha, e seu peito subia e baixava com ásperas respirações. Quando finalmente a separou, passou suas mãos sobre sua cabeça, seu rosto e seu pescoço. ―Está bem? Precisa ir ao hospital? Pôs suas mãos ao redor de sua cintura enquanto ele acariciava seu pescoço. ―Estou bem, Cam. Prometo. Só um pouquinho machucada. ―Regina querida, como se sente?― perguntou Birdie. Regina olhou Birdie parada ao lado de Cam. Ele a deixou, e Birdie a envolveu em um quente abraço. Isto… isto é como se sente o amor incondicional. Segurou Birdie por um longo tempo em uma tentativa de apagar a imagem de seu pai e sua mãe no estacionamento. ―Seja, tive um bom susto, ― Birdie a tranquilizou enquanto sua mão passava acima e abaixo pelas costas de Regina . ―Deveria estar em casa descansando, não aqui. 85

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Regina a olhou e sorriu. ―Tinha que ver e me assegurar de que estava bem. ―OH sim, querida, estou bem. O oficial me trouxe direito aqui. Nem sequer me deixou entrar na casa― lançando um olhar preocupado perguntou. ―Está muito mal? Regina a levou de volta, pelo corredor para a porta, os homens franziram o cenho, mas ela lançou um olhar tranquilizador. Eles queriam respostas, mas ela não ia dizer a todos nesse lugar. ―Quanto disseram?― perguntou Regina em voz baixa. ―Nada ainda. ― Birdie a olhou ansiosa. ―O que acontece, Regina? O que aconteceu? ―O quarto único em sua casa que foi assaltado foi o que era de Hutch. ―Mas por que alguém quereria destroçar um quarto? Não roubaram nada? Regina negou com a cabeça. ―Nada que eu tenha visto, mas logo terá que fazer um inventário para o informe policial. Por agora acredito que vai ter que retornar para casa comigo e os rapazes. Não deveria ficar sozinha. ―É doce de sua parte oferecer, mas minha amiga Virginia está aqui comigo. Você a viu. Ela estava na sala de espera comigo. De fato Regina não a notou. Sua atenção esteve em Cam e logo em Birdie. ―Disse que podia ficar com ela todo o tempo que necessitasse. Regina mordeu o interior de sua bochecha e perguntou como era a melhor maneira de dizer a Birdie. Ela não queria dizer a ponta de pistola e dizer suas suspeitas. Seria irresponsável, assim como prematuro, já que ela não discutiu com o chefe ainda. ―Sentiria melhor se tivesse mais segurança, Birdie. Ainda não sabemos quem entrou em sua casa ou o porquê. Estou segura que Cam, Sawyer e Hutch se sentiriam melhor se viesse conosco. ―OH, não tem por que preocupar. Virginia e eu já discutimos. Ela tem uma pistola, além disso seu filho era oficial do xerife do condado, e aceitou ficar até que a pessoa responsável por invadir minha casa seja detida. Um sorriso surgiu da esquina da boca de Regina. ―Birdie, me prometa que não brincará com a pistola de Virginia. ―OH, não ela não fará. Regina girou para ver Virginia parada a uns poucos passos delas. Sua bolsa estava pendurando de seu peito por uma corrente dourada. Virginia levantou uma sobrancelha quando ela olhou seu vestuário. Luvas brancas adornavam suas mãos. Vestia um vestido floreado e um chapéu plano colocado de lado, com uma longa pluma vermelha em cima da borda. E batom fúcsia. Um batom fúcsia muito, mas muito brilhante. Doeriam os olhos de Regina se ficava olhando seus lábios por muito tempo. ―Você pode ver, senhorita Fallon, tiro ao alvo é uma área em que sou perita, sou muito hábil para isso, se me permitir dizer. ―Ah…está beeemm, ― disse Regina. ―De todos os modos, Virginia, sentiria melhor se não estivessem pelos arredores brincando tiro ao alvo. Se seu filho ficasse com vocês, talvez deveriam deixar as armas a ele, é um policial treinado. Virginia olhou para seu nariz e revirou os olhos. 86

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―Mmm... E quem acredita que ensinou Kyle a usar a pistola? Regina franziu os lábios e tratou de não rir. Birdie pôs uma mão no braço de Regina. ―Virginia é muito responsável com as armas de fogo, e foi muito boa em vir e ficar comigo na estação. Regina moveu a cabeça, não muito segura do que tinha que ver uma coisa com a outra, mas seu cérebro estava dormindo. ―Birdie, se você quiser podemos ir. Deixei às damas com o chá, mas dura uma hora mais se por acaso me quer acompanhar. Birdie olhou preocupada a Regina. ―OH, não sei, Virginia. Regina pode me necessitar aqui. Teve um dia muito pesado. Queria estar disponível para ajudá-la em qualquer maneira que possa. Birdie apertou o braço de Regina e logo o apertou um pouquinho mais. Regina sorriu e deu um rápido abraço. ―Você vai, Birdie. Assegure de deixar o telefone para contatar com Greta e que um de nossos oficiais possa ligar. Ele se ocupará de perguntar algumas coisas e levará a sua casa para poder fazer uma lista das coisas que faltam. ―Se cuide, querida. E me ligue se necessitar algo. Regina olhou enquanto Birdie retornava à sala de espera e falava com Greta por um momento. Logo foi aonde os homens esperavam, para que pudesse abraçar a cada um deles. Era uma vista que sempre fazia que o coração de Regina se encolhesse um pouquinho. Birdie com seus meninos. Todos os homens agora, mas não deixavam de ser seus meninos. Birdie saiu com Virginia com um braço em seu ombro abraçando-a levemente. Regina girou, ficou direita. Fortes e confortantes braços a abraçaram desde atrás e uma boca gentil beijou a cabeça. ―É hora de te levar para casa, Reggie querida. Ela fechou seus olhos por um momento e rodeou Cam com seus braços. ―Regina, odeio interromper, especialmente quando sei quanto precisa ir para casa, mas o chefe chamou e pediu especificamente que o esperasse. Ele vem para cá. ― Greta a chamou de seu escritório. Ela se afundou contra o peito de Cam. Ela sabia o que vinha. Compreendendo que não o fazia mais fácil. Seu trabalho era algo único para ela. Um ganho do qual estava orgulhosa. Por muito tempo ela apenas existiu sob a sombra de seu pai, ignorada e saindo quando era a oportunidade para brincar de homem de família. E agora fossem pedir que se deixasse seu trabalho por um período indefinido de tempo. ―Estaremos aqui com você, Reggie,― disse Cam em seu ouvido. ―Obrigado, Cam,― disse ela enquanto se endireitava em seu abraço. Hutch caminhou para ela e tomou suas mãos. Levou a uma das cadeiras. ―Pelo menos sente enquanto espera, antes que caia. 87

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Ela olhou Hutch, e demônios se seus olhos não se encheram de lágrimas outra vez. Mas quando o olhou, tudo o que pôde ver eram as paredes de seu quarto manchadas de sangue. A malícia atrás da destruição. O fato de que este maníaco poderia bem tê-los tomado como objetivo a ele ou os outros. Ela não os podia perder. ―Ouça― disse brandamente. Passou seu dedo por debaixo de seu olho. ―Por que chora? Ela engoliu seu fôlego e sentou em sua cadeira. Sawyer se sentou no assento do lado e Hutch se ajoelhou em frente dela. Cam parou atrás de Hutch, com o cenho franzido. Incomodava mostrar tanta debilidade em frente deles, mas ela não via a maneira de parar as lágrimas que corriam por suas bochechas. Hutch pegou sua mão e a levou a seus lábios. Ele beijou seus nódulos enquanto passava sua outra mão por sua cintura. ―Não é nada,― mentiu ela. ―Acredito que é só uma reação. Sawyer a pegou e a pôs a seu lado. ―Deixa essa maldita atitude valente, Reggie,― grunhiu. ―Foi quase assassinada em uma explosão. Eu digo que isso vale para estar um pouco angustiada. Tanto como ela queria esconder nos braços de Sawyer e ficar aí por um ano, este não era o lugar para fazê-lo. Seu chefe chegaria a qualquer momento, e ela não queria que a visse abraçada a três homens na estação. Seu pai? Ele podia ir ao inferno. Mas ela respeitava o chefe. Ela se endireitou lentamente e logo se levantou de seu assento. ―Preciso ir ao banheiro. ― disse. Sawyer e Hutch levantaram para ajudá-la. E enquanto caminhava pelo escritório, a recepcionista sorriu e disse. ―Por que não vai e espera no escritório do chefe?― ofereceu ela. ―Seguro que seria muito mais cômodo sentar lá que nestas cadeiras duras. Regina sorriu. ―Obrigado, Greta. Farei isso. ― Ela olhou para os homens. ―Esperarão? Sawyer franziu o cenho. ―Claro. Não iremos a nenhuma parte. Ela girou e entrou em banho, mais para controlar que para usá-lo. No lavabo jogou água gelada em seu rosto e tratou de lavar o sangue seco de sua testa. Ela parecia como se alguém acabasse de maltrata-la. Depois de secar as mãos e o rosto, ela retornou ao corredor e foi ao escritório do chefe para esperá-lo. Enquanto ela se acomodava na cadeira de couro, fechou os olhos de puro cansaço. Ela estava quase adormecida quando a porta se abriu. Levantou imediatamente e fez um esforço por arrumar a roupa e o cabelo. ―Tranquila, Regina, ― o chefe disse enquanto caminhava ao redor de seu escritório. Sentou e ficou olhando duramente. ―Parece como o inferno. Como se sente? ―Estou bem, senhor. Só um pouco tremente e dolorida. O chefe assentiu. 88

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―Irei direto ao ponto para que possa ir para casa e descansar um pouco. Falei com Jeremy a respeito do que aconteceu na casa de Birdie. Concordamos em que há várias possibilidades, todas vão ser investigadas. Tenho a cada homem disponível nisto. Vamos apanhar este bastardo. Ela assentiu. ―Sim, senhor. ―Agora, estou seguro que sabe que isto vinha, mas está de baixa indefinidamente. Pelo menos até que este desastre se arrumou e destruamos a ameaça que tem. Ela assentiu e tratou de não fazer careta. ―Sei que isto é difícil para você, Regina. É uma oficial fodidamente boa. Dedicada. Mas necessita tempo livre. Passou por muito nestes dias. Meu conselho é que tire um tempo livre e o desfrute. ―Desculpe, senhor, mas não posso desfrutar de nada enquanto haja uma possível ameaça contra Hutch ou Birdie. ―Entendo. Mantém seus olhos abertos. Vamos vigiar Birdie, e o condado estará mandando patrulhas à casa em que esteja. Regina se aproximou dele. ―A respeito disto, senhor. Acredito que deveria saber. Ficarei com Hutch Bishop, Sawyer Pritchard e Cam Douglas… até que isto se arrume. ―Está bem, asseguraremos de que tenham uma patrulha todo o tempo. ― Ela o olhou curiosamente. ―Algo mais que queira dizer? Ela se agitou em seu assento. ―Bom, meu pai pensa que é um assunto importante. Onde estarei ficando. Quero dizer. Acreditava que você deveria saber. Isso é tudo. Ele se aproximou e disse ―Regina, o que faça com sua vida pessoal não é de minha incumbência. Muitos dos populares sabem que foi amiga desses rapazes desde que eram meninos. Duvido que alguém pestanejasse sobre isso. Ela quase parecia culpada. O que o chefe via como uma grande amizade… bom os homens tinham sua maneira, mas era muito mais. O por que ela parecia culpada saiu de suas mãos, mas ela só se estava fazendo de tola. Se a relação que eles propuseram saísse à luz, ela seria crucificada. ―Mantém sua cabeça no alto, Regina. E tome cuidado. Se vir algo fora do normal pode chamar imediatamente. Manterei a par de qualquer avanço, e investigaremos completamente cada possibilidade. Se isto for pessoal para você ou para Hutch, averiguaremos. ―Obrigado, senhor. ―Agora, por que não vai para casa. Eu diria que tem muito tempo para repor e descansar. Ela se levantou e pôs suas mãos na mesa antes de girar e sair pela porta. O chefe se apressou e abriu a porta e pôs uma mão em seu ombro para reconfortá-la. Ela retornou aonde os homens a esperavam. Sawyer que esteve caminhando de um lado para outro, parou e se apressou a ela. ―Vamos, querida. Vamos levar você para casa. Casa. A palavra soava incrivelmente doce para ela. E pela primeira vez ela não brigou a 89

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respeito de que sua casa estava com eles.

Capítulo 17

A viagem para casa foi tensa e silenciosa. Quando se aproximaram da casa, Sawyer desceu e chegou para ajudar Regina a descer. Hutch estacionou seu maltratado caminhão junto a eles e esteve ali com a mesma rapidez. Sawyer passou o braço ao redor e a conduziu dentro da casa. Não parou na sala de estar. Em lugar disso, a meio ajudou a subir as escadas. Uns segundos mais tarde, empurrou a porta de seu quarto para abri-la. Cam e Hutch entraram em seguida, parando uns metros de onde Sawyer parou. Antes que pudesse sequer piscar, Sawyer começou a puxar de sua camisa e de suas calças jeans. Agachou, desabotoou e começou a puxar do tecido sobre seus quadris. ―Sawyer, que diabos está fazendo? Levou as mãos para baixo para detê-lo, mas parou em seco quando viu o fogo em seus olhos. ―Nenhuma maldita palavra, Reggie― disse com os dentes apertados. Sua boca abriu quando ele girou. Viu o olhar decidido de Cam e Hutch, que estavam de pé, com as pernas separadas e os braços cruzados. Sawyer puxou de suas calças para baixo e logo se endireitou e passou a camisa sobre a cabeça. Com as calças ao redor os tornozelos, sentou na borda da cama com um ruído surdo quando ele empurrou seus ombros. Cam se ajoelhou e tirou os sapatos logo, pôs suas calças com o resto. Sawyer sentou junto a ela e deu uma cotovelada no ombro até que deu a volta, deixando ao descobertas suas costas. Ele procurou o fechamento de seu sutiã, e de repente o soltou. Seus braços deslizaram sobre seus seios em gesto de segurança quando a alça de seu prendedor caiu por seus ombros. No momento, ela ficou sentada apenas com sua calcinha. Sawyer ficou de pé e começou a tirar a roupa. Regina ergueu, e abriu muito os olhos. ―Sawyer, o que está fazendo? Ele parou um segundo antes de fixar em seus brilhantes olhos, e logo seguiu tirando a roupa. Ela olhou nervosamente para Cam e depois Hutch, mas não disse uma só palavra. Quando Sawyer tirou tudo e só ficou de boxes, estendeu uma mão a ela. Olhou-o confundida, não entendendo que diabos estava passando. Certamente não iriam… não agora. Com um suspiro de impaciência, Sawyer a puxou pela mão e puxou para que ficasse de pé frente a ele. Antes que pudesse falar ou reagir, a levou em direção ao banheiro e plantou uma mão firme no meio das costas. Ela cambaleou, e a pegou pelo braço com a outra mão para sustentá-la. Acendeu as luzes do banheiro ao entrar. Seus pés descalços tocaram os frios ladrilhos, e parou para olhar seu quase nu corpo no espelho. 90

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Os olhos que devolviam o olhar não eram os seus. Os seus não estava tão atormentados, seu rosto não estava tão tenso. Sawyer entrou na ducha. Quando se voltou para ela, tirou os boxes, dando uma visão acalmada de seu membro. Afastou os olhos quando sentiu o calor em suas bochechas. Mas se viu obrigada olhá-lo de novo. Não era a primeira vez, e inclusive não era a segunda que o via nu, mas ainda assim, isso não deixava de ter um efeito sobre ela. Tinha um bonito corpo. Todos os músculos duros, planos e lisos. Tinha cabelo na parte superior do peito e depois uma magra linha que usava a seu umbigo até por debaixo da de virilha, como da cor da palha escura. Seu pênis estava semiereto, e esta vez não pôde afastar o olhar. Lembrava muito bem como o provou, como se sentiu quando deslizava por sua língua, entre os lábios. Fechou os olhos para desterrar as imagens dessa noite. ―Tire a roupa intima, Reggie. Seus olhos se abriram de novo. ―Você e eu temos uma encontro com a ducha. Vacilante, enganchou os polegares na fina borda de sua calcinha e começou a descer lentamente. Caíram a seus pés no chão, e Sawyer de novo estendeu a mão. Suas pernas tremiam enquanto tomava seus dedos. Atraiu à ducha depois dele e a acomodou sob os jorros de água. Fechou os olhos enquanto a água corria por seu rosto. Quando os abriu de novo, Sawyer a estava olhando ferozmente, seus olhos brilham como partes de gelo. Enquanto emoldurava seu rosto entre suas mãos, descansou os polegares sobre suas maçãs do rosto. Logo, apoiou contra a parede da ducha enquanto seus lábios descenderam para os seus. Seu corpo pressionava contra o seu, que o cobria amoldando à suavidade de seu contorno duro. Não simplesmente beijando. Devorava. Quente e com fome, com uma inquieta necessidade, desesperado, que a deixou dolorida. Tremiam suas mãos contra seu rosto. Ele deixou de beijar seus lábios e subiu a seus olhos, beijando, depois suas bochechas e suas orelhas. Então parou e afundou o rosto em seu pescoço. Seu pênis, inchado e duro, investiu contra seu ventre. Ardente. Seu calor, combinado com a água, queimava sua pele como uma tormenta de fogo. ―Quase te perdi― murmurou tão baixo que quase não ouviu sobre a água. Não estava disposta a desempenhar um papel passivo, passou os braços ao redor de seus ombros e deslizou uma mão por sua coluna até seu pescoço na parte posterior de sua cabeça. Levantou a cabeça e suas mãos caíram. A crua emoção borbulhava em seus olhos. Havia tanto medo. Sentiu uma pontada incômoda no coração. ―Não me perdeu. Juntou as mãos com as suas e as levantou para seus lábios, pondo um suave beijo sobre suas palmas. 91

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A água caía e rodava pelo amplo peito, ela seguiu o riacho com o olhar até que se deslizou pela frente de seu protuberante membro. Seus dedos se estremeceram pela necessidade de tocá-lo, agarrar sua carne dura, mas para sua surpresa simplesmente deu a volta e pegou o sabão. Lavou cada centímetro de pele. Cada arranhão, cada golpe, cada ponto queimado pelo calor da explosão. Suas mãos deslizaram por seu corpo com facilidade, a seu ventre, e logo se detiveram e avançaram de novo até a seus seios. Tomou os montículos e moveu os polegares sobre os pontos tensos de seus mamilos. Um pequeno suspiro escapou de seus lábios entreabertos. Continuou amassando brandamente os globos, com a espuma do sabão. Logo pôs as duas mãos contra seu corpo e alisou sua pele para baixo, sobre seu abdômen. Desenredou os cachos molhados entre as pernas sobre a parte interna das coxas. As bordas de seus dedos roçaram a suave pele de sua vagina enquanto abria caminho e logo baixava até o interior de suas pernas. Se ajoelhou e levantou seu pequeno pé, pondo sobre seu outro joelho ensaboando com infinito cuidado. Enquanto vivesse, nunca esqueceria a imagem deste grande homem de joelhos na ducha, quase com humildade, enquanto lavava seus pés. Havia tanta reverência, amor e preocupação em suas ações, tocando e acariciando. As lágrimas ardiam em seus olhos. Foi uma tola por correr durante tanto tempo. Quando terminou com os dois pés, levantou e pegou o xampu. Pôs uma generosa quantidade em suas mãos e brandamente o depositou em seu cabelo, cuidando os arredores da ferida de seu couro cabeludo. Houve uma leve dor enquanto passava o polegar sobre o corte para lavar o sangue seco. Tratou de controlar a careta de dor, mas seus olhos tremiam. Inclinou para frente e apertou os lábios no corte. ―Sinto muito, querida. Não foi minha intenção te machucar. Ela sorriu e estendeu a mão para limpar o sabão da boca. ―Está bem. ―Dê a volta para eu poder terminar. Manteve as mãos sobre seus ombros enquanto girava lentamente. Girando o rosto para os jorros da ducha e deixando que a água caísse sobre sua cabeça. Os dedos de Sawyer passaram através de seu cabelo, separando suas mechas. Deslizou uma mão sobre a bochecha e debaixo do queixo. Com cuidado, puxou de novo até que sua cabeça descansou em seu peito e o olhava nos olhos. Desceu a boca até sua testa e fechou os olhos. Ela descansava comodamente ali, sentindo sua força rodeando. Finalmente fechou o grifo da água. Pôs suas mãos sobre seus quadris e lentamente deslizou seu corpo, sobre seus braços, até seus ombros. Apertou uma vez e logo se inclinou para abrir a porta da ducha. 92

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Surpreendida, Cam esperava. Abraçou-a, passando uma toalha ao redor do corpo enquanto Sawyer se secava e vestia shorts. Olhou Cam que procedeu a acariciar a umidade de sua pele. Tomou um extremo da toalha e secou cuidadosamente ao redor do corte na cabeça, depois secou a ferida em si. Como Sawyer fez na ducha, Cam colocou um suave beijo sobre a ferida. Incapaz de resistir o calor de seu abraço, se aconchegou em seu peito e envolveu seus braços ao redor de sua cintura. Ele ficou rígido antes que o sentisse relaxar de novo. A toalha estava entre eles, e Sawyer teve por fim acesso a seu traseiro. Ela tinha o rosto afundado na suave camiseta de Cam e passou a cabeça por debaixo de seu queixo. ―Sinto muito― murmurou contra seu peito. Seus braços se deslizaram a seu redor, e a apertou com força. ―Nunca se desculpe por isso, querida Reggie. Esperei muito tempo para isso. Ela suspirou e esfregou a bochecha contra ele, fechando os olhos enquanto a alegria invadiu seu coração. Beijou a parte superior da cabeça. ―Vamos, voltemos para o quarto. Ele se afastou e a envolveu cuidadosamente com a toalha a seu redor, colocando-a entre seus seios. Caminhou de novo para o dormitório, com Cam e Sawyer seguindo-a. Hutch estava de pé junto à cama, e fez um gesto. Deu à toalha estendida sobre a cama um olhar de perplexidade enquanto caminhava para o braço estendido de Hutch. ―Tire a toalha― murmurou. Seu olhar voou a dele e ela apertou os braços por cima da toalha. Seu olhar se cravou nela, tirando a toalha sem esforço. Se sentia nua, e não queria abandonar ainda seu agarre. ―Só faça, Reggie― disse ele pacientemente. Pedia que confiasse nele. Acreditar que não a empurraria a fazer nada que não quisesse. Por que a queria nua, não estava segura, mas nunca daria a impressão de que não confiava nele. Fazia. Pouco a pouco, desembrulhou a toalha e a deixou cair a seus pés. Seu olhar se manteve com o dela, nunca se moveu. O verde claro de seus olhos brilhava com a luz. Irradiava um desejo por algo que o sexo sozinho não abrangia. ―Se deite― disse em voz baixa. ―Sobre o ventre, mas só se não isso não machucar as costelas. Pôs um joelho na cama e subiu, arrastando até o centro da toalha. Ela se acomodou para baixo, provando a dor de seu corpo enquanto se instalava no suave colchão. ―Levanta os braços, neném. Descansa no travesseiro. Suas mãos deslizaram sobre os lençóis até que se chocaram com as amaciados travesseiros. A cama se afundou, primeiro a sua esquerda e logo a sua direita, depois outra vez a seus pés. Estava muito cômoda para levantar a cabeça e investigar. Umas mãos quentes, lubrificadas de óleo, deslizaram sobre sua pele, enviando calafrios por 93

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suas costas até a nuca. Pôs o pelo arrepiado enquanto entrava através de seu couro cabeludo. Amorosos, suaves, esquisitamente tenros, acariciaram, friccionando, massageando os músculos cansados, doloridos. Ela conhecia seu toque, o de cada um, pela maneira em que a tocavam. Sawyer estava a sua esquerda, seus firmes dedos, esfregando-a profundamente, sensual e descaradamente nas costas para os globos de seu traseiro. Passou um dedo pela parte baixa das costas e para baixo de novo. Bateu na nádega, massageando com um movimento lento e circular, antes de voltar sua atenção à outra. Cam estava a seus pés, atendendo cada perna, massageando suas panturrilha, até os tornozelos e por último, seu pé. Seu toque parecia inquisitivo, suave, como ele. Gemeu quando se afundou profundamente em seu arco. Pôs sua mão contra seu calcanhar e pressionou com o polegar no centro de seu pé. Ela permanecia em uma bruma quente, um brilho de euforia em seus olhos nublados, apagando sua visão. Hutch estava a sua direita, ambas as mãos se estabeleceram na parte superior dos ombros, os dedos polegares pressionando contra eles. Trabalhou com os dedos sobre o cabelo úmido, afundando-se em seu couro cabeludo, fazendo um simples trabalho de magia. A este ritmo, ela estaria em estado de coma em cinco minutos. Os lábios substituíram as mãos, e um calafrio rodou sobre seu corpo. Um suave beijo na nuca. Um na parte posterior do joelho. Um na parte baixa das costas que baixava, justo debaixo da nádega em seu traseiro. A respiração de Hutch passava por cima, entre seus beijos. Uma língua quente pressionado na fenda só por cima de suas costas e rebocava até sua coluna. Tremia incontrolavelmente. A boca mais aberta. Dentes roçando a sensível pele debaixo da orelha. Um beliscão. Dois. Uns lábios se fecharam sobre um dedo pequeno, chupando brandamente, a língua quente sobre sua pele. Um gemido irregular saiu do fundo de seu peito. Era a sensação mais prazerosa que experimentou. Se sentia amada. Acariciada. Com essas simples ações de amor. Estava cheia de necessidade. De desejo. Uma vez mais, suas mãos se moviam através de sua pele. Logo se foram. Ela gemeu em sinal de protesto, mas então a cama se moveu, afundando e balançando debaixo dela. ―Dê a volta, amor,― Sawyer sussurrou ao ouvido. Ela não pôde reunir a energia para se mover. Ele puxou seu ombro, ajudando a virar. Viu Hutch com um copo de água em uma mão, e sabia o que vinha. ―Toma― insistiu Hutch. Não queria sair da zona prazerosa. Tinha muita vontade de permanecer aqui e agora. Queria que continuassem tocando. ―Não vamos a nenhuma parte, Reggie querida. Toma. 94

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A voz rouca de Cam deslizou sensualmente sobre ela, envolvendo em uma manta reconfortante. Com a ajuda de Sawyer, sentou e tomou o comprimido pequeno que Hutch estendeu. E de um só gole e logo entregou o copo a Hutch. ―Quer uma camiseta para dormir?― Perguntou Sawyer. Ela negou com a cabeça. Queria-os agora. Pele sobre a pele. Sawyer se encontrou com seu olhar e, a seguir olhou para baixo a Cam e logo depois de volta a Hutch. ―Ficarão comigo? ―Sempre― disse Hutch simplesmente. Sawyer a levantou com facilidade da cama, e Cam fez uma bola a toalha e a jogou pelo quarto por volta do banheiro. Hutch retirou os lençóis, e Sawyer a pôs de novo no centro. Logo subiu a seu lado. Voltou e a aconchegou contra seu peito. Pôs um braço ao redor dela e se fez uma bola, enquanto acomodava sua virilha de contra seu traseiro. Frente a ela, Hutch se situou ao lado da cama. Se despiu tirando seus boxes e logo a levantou como uma folha e se colocou a seu lado. Sawyer tirou o braço para que não ficasse entre ela e Hutch e em troca, apoiou ao longo de sua perna. Procurou Cam, perguntando onde caberia. O queria aqui. Ficou no extremo da cama e pôs uma mão sobre a manta para cobrir os pés. Apertou tranquila e sorriu. ―Dorme, querida Reggie. Deus sabe que o necessita. Amanhã... Amanhã falaremos de tudo e descobriremos o que tem que ser descoberto. Sustentou o olhar durante um bom momento, saboreando sua conexão. Logo, lentamente, seu olhar subiu até a segurança do corpo de Hutch, e o encontrou olhando-a. Moveu a mão para sua bochecha e logo cobriu sua boca em um suave beijo. ―Faz o que diz Cam, pequena. Passou um dedo pela bochecha e a beijou pela última vez. O corpo de Sawyer se moldava ao dela com muita força... Hutch diante dela, apenas com uma polegada separando, e Cam a seus pés, sua mão tranquilizadora sobre sua perna... Não estava segura do que poderia ser mais perfeito: isto ou qualquer outra coisa que pudesse sentir tão bem.

Capítulo 18

Regina despertou com um grito afogado. O suor umedecendo seu corpo e a pesar do calor que emanava dos dois homens dormindo a seu lado, estremeceu. O pesadelo ainda espreitava a borda de sua consciência, mas não se tratava dela. Não viu imagens de sua morte em uma explosão. O terror a rodeava, agarrando-a pela garganta, devia que em seus sonhos atormentados, fossem Hutch, Cam e Sawyer que estiveram ameaçados. Eles eram o vínculo quando o veículo explodia. As náuseas se amontoaram em seu estômago e sentou, estirando as colchas e puxando elas 95

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para seus seios. Olhou a um lado e logo o outro para ver Sawyer e Hutch dormir. Quando olhou no final da cama, deu conta de que Cam se levantou. Seu pânico não se acalmaria. O sonho foi muito real. Lançou os lençóis e logo passou com cuidado sobre eles de quatro até chegar ao final da cama. Desceu e silenciosamente recolheu a camiseta de Hutch do chão. Dirigiu à porta, puxando a camiseta por cima de sua cabeça enquanto ia. Cam tinha a porta aberta do quarto, mas a luz não estava acesa. Deslizou no interior, deixando a porta aberta. A cama estava vazia e intacta. Tratou de engolir de novo com pânico. Parecia completamente irracional. Mas se sentiu com a obrigação de encontrar Cam, para assegurar de que estava bem. Sua mão deslizou de seu peito a seu pegajoso pescoço enquanto voltava a entrar no corredor e se dirigia às escadas. Pegou o corrimão com a mão direita enquanto descia com pés cambaleantes. A sala de estar e a cozinha estavam às escuras. Onde estava? Então se lembrou do escritório se localizada frente à sala de jantar formal. Talvez estivesse ali. Caminhou pela sala, sobre o chão de madeira polida. O alívio se levantou, agudo e consumindo tudo, quando viu a porta entreaberta do escritório e a luz que emanava do interior. Seus dedos ricochetearam na superfície enquanto procurava a maçaneta. A porta abriu, e viu Cam sentado em seu escritório revisando uns desenhos. Levantou a vista quando ela deu um passo e entrou. ―Reggie, o que está fazendo? Tirou os óculos com uma mão e as pôs diante dele com o cenho franzido. Só ficou ali, sentindo um pouco estúpida, mas tremendamente aliviada só por vê-lo e saber que estava bem; este levantou e se aproximou. ―Está bem? O que está fazendo aqui? ― Perguntou. Estendeu a mão e tocou a bochecha, franziu o cenho de novo e enquanto trespassava os dedos no cabelo úmido. ―Um pesadelo. ― grunhiu ela. Levantou os braços e ele apoiou o queixo na parte superior de sua cabeça. ―Sinto muito. Posso oferecer algo? Quer algo para comer ou beber? Você. Só queria ele. Queria ficar assim durante um pouco mais, até que as sequelas de seu sonho se desvanecessem. Negou com a cabeça contra seu peito apesar de seu desejo de permanecer embalada em seus braços. ―Estou incomodando? Está trabalhando? Alisou o cabelo da bochecha. ―Nunca me incomoda querida Reggie. Estava trabalhando em alguns planos. ―Quer companhia?― Perguntou esperançada. Inclusive estar aqui sentada olhando-o trabalhar parecia preferível a retornar a seus sonhos. ―Tenho uma melhor ideia. Por que não fazemos um pouco de chocolate quente, e vamos a 96

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aconchegar-se no sofá da sala de estar e ver TV? Ela enrugou o nariz. ―Que tipo de televisão? Ele sorriu. ―Gravei coisas do Discovery Channel que não vi ainda. Estava bastante segura de que seus olhos tremiam, mas manteve sua expressão neutra. ―Certo mmm, parece muito bem. ―Mentirosa. ―Posso ver televisão educativa. Às vezes. Seus olhos brilhavam com diversão. ―Desde quando homens batendo entre eles, com um coeficiente intelectual menor a meu número de calçado, é educação? Sorriu. ―É muito educativo. É uma aula da perda das células do cérebro. Voltou de novo para desligar o abajur sobre a mesa. ―Está certo que não é necessário que trabalhe?― perguntou. ―Poderia fazer chocolate quente e me sento aqui com você. Se não se importar. Deslizou um braço a seu redor conduzindo-a para fora da porta. ―Não, meus olhos fecham de todo jeito. Posso terminar mais tarde. Parou no armário do corredor e tirou uma manta e alguns travesseiros antes de dirigir à sala de estar. Sentou no sofá, deixou cair os travesseiros a cada lado e depois envolveu na manta nela. ―Você fica aqui, vou estar de volta em um minuto com o chocolate. Ela sorriu e se enterrou na manta, enquanto caminhava para a cozinha. Esta súbita necessidade a estava chateando. Uma parte se perguntou se sempre esteve necessitada, e supôs que sim. Aferrou a sua amizade com Cam, Sawyer e Hutch, mantendo com força na escola e durante sua vida adulta. Devido a que sempre esteve segura dessa relação, não manifestou essa escura necessidade, nervosa que se elevava agora em sua cabeça. Agora não estava tão segura. Agora as coisas tomaram uma aparência totalmente diferente. Tinha um montão de amigos e conhecidos casuais. Seus companheiros, os agentes de polícia e inclusive algumas de suas mulheres, como Michelle, em particular. Não, não tinha encontros regularmente. Preferia sua condição de solitária. Estava muito arraigada. Ter crescido na solene e isolada casa Fallon ensinou a ser reservada, e só ao redor de Cam, Sawyer e Hutch se tornou carinhosa e extrovertida. Mas guardou uma parte disso para si mesma e agora retornava. Inclusive com eles. Abrigou a necessidade crescente de ter mais deles, tendo muito medo de perdê-los. Quando deram o primeiro passo, não sabia como reagir. Ainda não sabia. Fechou os olhos e subiu a manta até seu queixo. O que aconteceria...? E se o deixava passar? E se ela deixava de lutar contra o inevitável e ficava nesse lugar? 97

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Seu estômago se retorceu. Enchendo de antecipação, entusiasmo, embora outra parte de temor nervoso. Não era como se não tivessem tido já relações sexuais. Uma tarde de brincadeiras e jogos na conversa levaram a uma noite que nunca esqueceria. Havia tantos se…? E se ela não tivesse metido o rabo entre as pernas e fugido? Tivessem passou o último ano juntos, rindo e amando, ou inclusive agora se separariam sem remédio, depois de ter arruinado sua amizade com uma relação sexual prematura? E logo, em um desses momentos impressionantes de claridade, pode que já os teria se não passasse os últimos dias com um medicamento que induzia névoa em seu cérebro, para dar conta de que todas suas ânsias eram um ponto discutível. Não importava o mínimo o que pensasse que poderia ou não acontecer se iniciava pelo caminho pelo que os homens a estavam empurrando. Tinham caminhões já na rua, com o sinal de alto e chegando à estrada. A pergunta era, o que ia fazer a respeito? Continuava como antes e perdia não só sua amizade, mas também qualquer outra esperança? Negou com a cabeça. Quando se decidisse que mais quereria? Louca. Estava louca. Sua cabeça dava voltas, e estava cada vez mais agitada com cada minuto. Fechou os olhos e deu respirações profundas, para estabilizar-se. Por agora, não ia a nenhuma parte. Não quando algum louco parecia decidido a perseguir tudo o que mais amava. O que acontecesse nesse meio tempo… bem, ocorreria e não podia fazer nada a respeito. Tampouco ia ser uma participante passiva. Simplesmente não era seu estilo. Seu pulso elevou uma pulsação mais até dez. Ou trinta. Desejava-os. Era uma necessidade que ia além de sexo. Sentiu depois daquela noite a um ano. Seus seios apertados e incômodos ao lembrar o terrível que pareceu depois de uma noite com um homem que nem sequer podia lembrar com exatidão. O que queria, o que necessitava, era seu contato. Sua amizade. Seu amor. O que significava que tinha que estar disposta a dar algo em troca. E nem sempre fez? Amá-los? Não estava ali? Só que nunca se sentou e analisou seus sentimentos assim. Devido a que teria que admitir que amava a três homens diferentes? Que pessoa normal contempla tal coisa? ―Sinto que deveria ter fumaça saindo de seus ouvidos― disse Cam. Sua cabeça se aproximou. Cam estava de pé diante dela com duas xícaras. Olhava-a fixamente com uma pergunta clara em seu rosto. Em lugar de responder à pergunta não formulada, simplesmente se aproximou para pegar uma das xícaras. Cam empurrou o travesseiro e se acomodou a seu lado. Estendeu o braço e reacendeu o abajur, banhando a zona com uma luz suave. De repente não teve nenhum desejo de chocolate. Sua pele se arrepiou com a necessidade de senti-lo contra ela. Ter todas as conexões com eles agora se dava conta de que isso era o queria 98

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mais que nada. ―O que será? Um documentário sobre as selvas tropicais ou os hábitos de emparelhamento dos chimpanzés? ― perguntou com brincadeira na voz. De maneira nenhuma ia ver um montão de macacos se entrelaçando. Voltou a cabeça para que pudesse vê-lo. ―Podemos só, deixar? Eu gosto mais da ideia de estar sentada aqui, sem o ruído de fundo. Devolveu o olhar, e se sentiu quente por seus olhos. Lembravam muito o chocolate doce que entregou. ―Podemos fazer isso. Passou um tempo desde que ficamos juntos. Ela sorriu e se negou a sentir culpa pelo fato de que não ficassem juntos porque estiveram muito ocupados em outra direção. Todo isso ia parar. Agora mesmo. Levou sua outra mão até a xícara e bebeu, soprando ao líquido antes de permitir que se filtrasse por sua boca. Mmmm. Açúcar duplo, tal e como gostava. Lambeu seu lábio superior enquanto punha a xícara longe, e sentia como Cam a olhava. Inclinou a cabeça para um lado e olhou por cima. ―Não está bebendo seu chocolate. ―Não é o que quero,― disse enquanto o punha na mesa de centro junto ao sofá. Sua respiração se acelerou. ―O que quer?― perguntou em voz baixa. Ele não respondeu imediatamente. Não tinha que fazer. A resposta estava em seus olhos. A forma em que a olhava. Sem dizer uma palavra, entregou a xícara. Seu cenho franzido com confusão enquanto tomava e a punha na mesa ao lado dele. Se enchendo de coragem, pôs o braço em seu ombro brandamente e se levantou. Antes que pudesse ajudá-la ou dizer nada, voltou e passou a perna por cima instalando em seu colo frente a ele. Não sabia o que ia fazer primeiro. Estava completamente sobrecarregada. Queria se deixar levar, apoiar em seu peito e ficar ali com força. Queria encolher-se, sentir os batimentos de seu coração contra sua bochecha. Tentativamente, pôs as mãos sobre o peito, e logo as deslizou ao redor de seu corpo, sob as axilas, acariciando no sofá. Ela se inclinou, apertando sua bochecha contra seu peito e esfregando ligeiramente sobre sua camiseta. Ele se esticou. Seu pulso acelerou, em um ritmo constante contra seu rosto. Respirou fundo, querendo absorver seu aroma e a sensação de estar em seus braços. Não foi tão reservado este último ano, não devia ter sido uma surpresa para ele. Podia sentir que lutava com seu gesto e não queria fazer mal. Mal do que ela era responsável pela distância entre eles. Afastou e o olhou fixamente durante um longo momento, vendo como sua coragem desabava antes de desaparecer por completo. Era seu movimento. Tinha que ser só dele. Fez todos os movimentos até esse momento, e sabia que não ia forçar. Ia ter que ir para eles. 99

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―Cam, quero perguntar algo... E quero que seja sincero comigo. Olhou. ―Sempre fui honesto com você, Reggie. Sobre todas as coisas. Ela assentiu. ―O que aconteceria pedisse que me fizesse amor? Aqui mesmo. Agora mesmo. Ele conteve a respiração. Logo o expulsou em um longo suspiro. Uma protuberância se sobressaindo, subindo os jeans diretamente na virilha, a poucos centímetros da união de suas coxas onde se sentou escarranchado. ―O que está pedindo realmente?― disse com voz rouca. ―Acredito que o que quer saber é o que acontecerá depois. Estou certo? Ela fechou os olhos por um momento e logo os voltou a abrir e se encontrou com seu fixo olhar. ―Sawyer diz que sou a única que leva em conta, e possivelmente tenha razão. Mas tenho que perguntar. O que ocorreria se fizermos amor? Sawyer e Hutch se oporiam? Se sentirão ressentidos com você? Estarão zangados comigo? ―Estamos falando hipoteticamente, Reggie? Não afastou o olhar. Não se alterou nem esquivou a pergunta. ―Não― sussurrou. Seu corpo se agitou podendo, uma breve onda de calor que enviava cãibras a seu núcleo. Desejava. Queria vibrar com ela. Seus músculos estavam tensos e em espiral debaixo de seu corpo, e levantou o peito, calando com respirações irregulares. ―Quero fazer amor com você, Reggie― disse em voz baixa. ―Mais que nada. Mas talvez deveríamos pôr algumas coisas fora do caminho. Não estou competindo contra Sawyer e Hutch. Sentirão ciumentos? Sinceramente, não posso responder a isso. Querem o mesmo que eu. Estar com você de formas inimagináveis. ―Talvez demos uma impressão errônea com a maneira... Em que fizemos amor a primeira vez. Juntos. Não foi planejado, mas ao mesmo tempo, se tivesse feito amor com um só de nós, Teríamos entendido o que queríamos? Ou se afastaria ainda mais quando sentisse como se traísse aos outros dois? Não é isso o que a preocupa agora? Pouco a pouco, ela assentiu. ―Se fizermos amor, Reggie, é porque queremos. Nós não devemos uma explicação nem a Sawyer nem a Hutch, igual a não me deveriam uma se qualquer deles sentasse aqui com você neste momento. ―Mas vão estar bem com isso?― sussurrou. ―Vão pensar que não os estou escolhendo? Estendeu a mão e tomou sua bochecha. ―Está? Ela negou. ―Então não vão pensar isso. Olhou para outro lado por um momento e logo a cobriu de novo com seu intenso olhar. ―Você queria honestidade, assim vou ser totalmente franco com você. Se eu soubesse que fez amor com Sawyer ou Hutch, sentiria aliviado. 100

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Ela inclinou a cabeça com confusão. ―Pensa nisso. Passou o último ano nos evitando, enquanto ao mesmo tempo, nós estivemos dando voltas aos miolos tratando de encontrar a maneira de fazer que seja aceitável para você, inclusive desejável. Eu veria que fizesse amor com Sawyer ou Hutch como uma greta na armadura, um sinal de que talvez nos estamos aproximando. Imagino que é como eles veriam se fizesse amor comigo. ―Vão ter inveja? É obvio! Cara, eu estaria verde de inveja pensando na ideia de que esteja em seus braços quando eu quero para tomar e tocar. Mas vão estar contentes de esperar por você, Reggie. Igual esperamos desde o ano passado. As lágrimas nublaram sua visão com suas sinceras palavras. Era difícil duvidar de sua sinceridade quando todo seu rosto estava tão, tão sério. Seu coração se agitou e se voltou outra vez, e finalmente disse as palavras que tanto esteve esperando. ― Faça amor comigo, Cam. ―Está certa, Reggie?― Perguntou em voz baixa. ―Eu nunca faria nada que pudesse prejudicar, nunca empurraria a uma decisão que não estivesse disposta aceitar. Esperei muito tempo, e vou esperar todo o tempo que seja necessário. Uma lágrima escorregou por sua bochecha, rapidamente foi seguida por outra no lado oposto de seu rosto. Em lugar de responder, as palavras eram mudas, salvo quando as dizia, tenras palavras como amor, desceu de seu colo e ficou de pé frente a ele. Ele ficou olhando, o desejo e a esperança iluminando na escuridão. Lentamente, tirou a camiseta pela cabeça e a deixou cair ao chão. Estava machucada e ferida. Sabia que não parecia o melhor possível. Mas nunca se sentiu tão bela como o fazia neste momento, tão intensamente procurada e desejada. Apesar de que pediu fazer amor, ela era presa da necessidade de fazer amor com ele. Para demonstrar o muito que significava para ela. ―Se levante― disse com voz rouca, tão nervosa que quase não se reconheceu. Pôs suas mãos na borda da poltrona e se impulsionou até parar frente a ela. Havia poucos centímetros separando-os. Passou as mãos pelo peito, tirando a camiseta a seguir, colocando os dedos por debaixo e começando a empurrá-la para cima, puxando a camiseta com ela. Fez uma pausa e por um momento a olhou. ―Há uma coisa mais, ― disse em voz baixa. ―falamos a respeito de como Hutch ou Sawyer podem se sentir, mas tenho que saber, Cam. Se depois disto... Se depois disto faço amor com eles, Como vai sentir você? Colocou a mão sob a camisa e pôs suas mãos contra seus seios. ―Não vou estar zangado. Ou prejudicado. Enquanto possa estar com você, Reggie querida, não me importa compartilhar com eles. Ela tirou sua camiseta por cima de sua cabeça e se inclinou nas pontas dos pés para beijá-lo. ―Quero, Cam, mas tenho muito medo. Tenho tanto medo de perder tudo. Tomou seu rosto entre suas mãos e se fundiu em seus lábios lento, derretendo com seu 101

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beijo. O calor chispava sob sua coluna, estendendo até seu ventre. ―Não pode se machucar, Reggie querida. Sabe por quê? Porque não se pode machucar algo tão perfeito como seu amor. Seus dedos deslizaram até a cintura de seu jeans e logo seguiram sua marcha. Sentiu torpe em sua pressa, mas as arrumou para desfazer de toda a roupa. Com mãos trementes, trabalhou no zíper para baixo sobre sua protuberância. ―Tira isso ― sussurrou.

Capítulo 19

Cam se apressou a chutar seu jeans ficando em um pé e a seguir sacudindo a calça com o outro. A diferença de Sawyer e Hutch, vestia cueca branca normal, contra sua pele bronzeada. Regina chegou a ele, desejando-o contra ela. Rodeou com seus braços, e ela deslizou suas mãos ao redor de suas costas e para baixo dentro da borda de sua roupa intima. As palmas de suas mãos curvadas sobre suas nádegas apertadas. Seus pulsos para baixo, sustentando o tenso traseiro. Levou suas mãos à frente e sentiu o choque de sua dura ereção como uma rocha contra a palma da mão. Dobrou os dedos ao redor de sua dureza, acariciando sua rígida longitude. Inclinou mais para ele, colocando seu membro entre seus estômagos. Suas mãos subiram até os braços e sobre os ombros em seu pescoço. Pegou o rosto, acariciando com seus dedos atrás de suas orelhas, e baixando sua cabeça para capturar seus lábios em um faminto beijo. Era o calor e a ternura envoltos em um pacote sensual o que a deixou sem fôlego. Seu corpo acariciando o dela, um refúgio seguro, um refúgio do resto do mundo. Da realidade. Sua mão esquerda em seu pênis e seu abdômen liso tenso contra seu peito. Empurrou a ele, caminhando para trás até que se chocou com o sofá e se afundou com um golpe. Ela ia com ele, subindo em suas pernas de novo. Apertou forte, os lábios beijando seu cabelo. Sua língua percorrendo, ao longo de sua boca e ficando em um canto. Seus lábios se abriram, e um gemido escapou, soando pela entrada de ar. O início de sua barba ligeira em sua mandíbula se arrepiava contra sua boca enquanto deslizava seus lábios ao longo de sua pele para seu ouvido. Ela encontrou o pulso de seu pescoço, e lambeu sobre ele uma vez mordendo ligeiramente. Ele se estremeceu, dando um ofego e depois estremecendo enquanto subia por seu pescoço à curva de seu ombro. Ele tinha sabor de comodidade. Segurança. Cheirava masculino e forte. Pôs as mãos sobre os ombros e colocou as pernas no sofá para agachar sobre ele. Beijou-o por cima de seu peito, saboreando, tocando. Os cabelos do centro de seu peito faziam cócegas no nariz. Passou a língua sobre um plano mamilo, rodeando. Depois desceu, levando a si mesma sobre seus joelhos enquanto sua boca seguia grudada em seu umbigo. A ponta de seu membro roçando seu queixo, e inclinou a cabeça para que 102

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esfregasse a bochecha enquanto estava nessa posição. Olhou enquanto punha os braços sobre seus joelhos e as usava de alavanca. Seu cabelo caía sobre seus ombros, em filamentos selvagens e descuidados. Mais tarde passaria seus dedos nele antes que fizessem amor. Seus dedos picavam ao sentir as ondas de seda neles. Seu olhar caiu em seu pênis. Que sobressaía para cima e se apoiava fortemente contra seu ventre. Moveu a mão sobre a parte superior de sua coxa para a pélvis antes de dobrar os dedos ao redor da base. Seu pênis sacudiu enquanto sua mão se fechava ao redor dele. Quente e espesso em sua mão, mas suave enquanto o acariciava para cima até a ponta. ―Reggie, não tem que fazer isto,― disse com voz áspera. ―me deixe fazer amor. Tal como me pediu isso. Por favor. Ela ficou outra vez de joelhos e colocou a outra mão no cabelo grosso em torno de seu pênis. Fazendo caso omisso de sua petição, colocou a cabeça até que sua boca se abateu perigosamente perto da embotada cabeça. Continuando, lambeu todo o comprimento. Ele se arqueou no sofá e desceu as mãos para se sustentar. Seu aroma quente, almiscarado a rodeava enquanto fechava os lábios ao redor de seu pênis e o colocava mais profundo. Sua mão se moveu para baixo enquanto sua boca fazia também, envolvendo-o. Sua língua suave, entretanto, tão dura, tão forte. A grossa veia na parte inferior chamando para brincar, e apertou o lábio inferior ali, desfrutando de um pouco tão sutil enquanto se movia para cima outra vez. Chegou mais baixo, movendo os dedos sobre suas bolas, tomando em suas mãos enquanto chupava ainda mais profundo. Fechou os olhos e saboreou sua cercania, a intimidade de suas ações. Seu fluido sedoso, só uma gota, derramado em sua língua, e lambeu a pequena fatia enquanto o tirava de sua boca. Levantou a vista enquanto passava o resto a cabeça por sua língua, e viu sua cabeça inclinada para trás, os olhos fechados, sua expressão quase de dor. Entretanto, havia paz sobre ele também. Como se tivesse esperado toda uma vida por este momento, no que finalmente o aceitava. Ela também fechou os olhos e desceu sua boca, levando-o até o final, até que seus cabelos suaves faziam cócegas no nariz. Ela inalou, tirando sua essência mais profunda. Que a rodeava, dançava no ar, cheio dele. Suas mãos se moveram até seus braços, pegou seus ombros e então se enredaram em seu cabelo. Seus dedos se cravaram em seu couro cabeludo, e levantou os quadris, deslizando profundamente em sua boca, empurrando para realizar todos seus movimentos. ―Deus, Reggie― ofegou. Sabia que estava perto, e certamente não estava disposta a terminar as coisas tão logo. Não quando doía por não leva-lo em seu interior. Sua vagina estremeceu. Diminutos pulsos quentes que vibravam um pouco através de sua 103

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virilha. Seu clitóris inchado e doendo com o desejo de seu toque. Sua boca. OH Deus, com a boca. Não, agora não. Agora queria levá-lo. Como o tomou fazia um ano. Liberou seu pênis então e o olhou umedecendo os lábios. Seus olhos brilhavam, nervosos, tão perto do ponto de ruptura. Nesse momento, parecia perigoso. Nada que ver com o seguro e cômodo Cam. Passou por cima de suas pernas enquanto se movia sobre ele escarranchado. Inclinou os joelhos e se moveu no sofá. Uma mão sobre seu ombro para manter o equilíbrio enquanto que com a outra se agachava e agarrava seu membro. Avançou para frente até que se colocou entre suas pernas. Sacudiu sobre seu clitóris, e esteve perto de gozar. A ponto. Sua vagina disparando dardos, que se irradiavam em todas as terminações nervosas de seu corpo. Ele se moveu até que esteve quieto em sua entrada. Estava molhada e preparada, e em lugar de atrasar o momento, desceu, molhando-o com uma corrente de fogo quente, líquido. Ambos ficaram sem fôlego. Cam se apoderou de seus quadris com ambas as mãos, e ela se inclinou para frente para agarrar pelos ombros. Levantou uma vez, o que permitiu mover quase sem problema, e logo se voltou atrás. Seus olhos se abriram, e gritou em estado de choque. Cam puxou para baixo, e a levantou, aliviando um pouco a tensão. ―Jesus, Reggie, detenha. Não faça mal a você mesma. Deus, não te quero fazer mal. Ela se inclinou para beijá-lo, tomar sua boca de forma selvagem e possessiva. ―Não me fez mal, Cam ― disse contra seus lábios. ―Quero a todos. É só que aconteceu faz muito tempo. ―Reggie leve com calma, querida. Temos todo o tempo no mundo. ― murmurou. Passou os dedos por debaixo do traseiro e o levantou a seguir, o que permitiu deslizar para baixo. Cada compressão era uma agonia sobre a carne altamente sensível. Diminutas faíscas acesas enquanto sua vagina era aspirada e pegou seu membro. Ela se aproximou, passando seus braços ao redor de seu pescoço. As cerdas na mandíbula raspando sobre o peito enquanto o acariciava. Sua língua percorrendo seu mamilo, enviando ondas de prazer por suas costas. Seus dentes roçaram seu mamilo e logo o chupou duro com seus lábios. Ela gritou e envolveu as mãos em seu cabelo, apertando para estar mais perto de seu peito. Ele se movia mais rápido agora, com mais urgência. Seus dedos cravando em seu traseiro levantando e baixando. Ela se movendo com ele, em um ritmo único. Seu orgasmo crescendo. Tensão. Uma linda tensão crescendo deliciosa, florescendo e irradiando ao exterior em um fluxo constante. Cada impulso a atraía com mais força, mais perto da inevitável explosão. A bofetada de seu traseiro ao juntar suas coxas encheu a sala. Úmidos, uma mescla de sons de sucção que conduzia seu pênis mais profundo, movendo por seu conduto. Fricção. Uma fricção insuportável. Era boa. Mais que boa. 104

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Fechou os olhos com força, seu rosto desenhado com agonia. Não o podia suportar. Ia gozar. ―OH Deus, Cam, não posso. Não posso! ―Sim pode, Reggie querida. Te tenho, amor. É tão linda. Eu gosto de te ver em meus braços, com a cabeça para trás, os olhos fechados tão forte. Posso dar esse tipo de prazer... ―Cam! Ele se esticou. Ela se esticou. Pegou pelos ombros, desesperada por ter algo do que agarrar. Estava fora de controle. Ia gozar. Voava em uma dúzia de direções diferentes. Abriu os olhos, mas a sala estava imprecisa a seu redor. Ele se arqueou espasmodicamente contra ela, sacudindo seus quadris enquanto empurrava. E logo foi a um lado, deslizando seu polegar entre eles simplesmente, entre suas dobras suaves e úmidas. Sua outra mão acariciando seu traseiro, e seu polegar roçando sempre tão brandamente seu clitóris. Sua pélvis se estrelava contra sua mão, apanhando seus dedos entre eles. Seu grito partiu a noite. Simplesmente se desenrolou. Explodiu. Explodiu em chamas e flutuava livre. Deixou cair para frente, mas ele esteve ali para tomá-la. Abraçou-a com força enquanto seus quadris se moviam com espasmos que a punham em liberdade. As palavras suaves murmuradas amorosamente contra seu ouvido enquanto acariciava o cabelo. Seus seios pesando. Envolveu-o com seus braços e o abraçou puxando para ela. Desceu a cabeça sobre seu ombro e acariciou mais perto. Sua mão acariciou seu braço por cima do ombro. Deixando de lado os cachos em seu pescoço e cara e colocando-os atrás da orelha. Logo girou, levando com ele, e pondo-a brandamente no sofá. Saiu fora de seu corpo ainda quente. Inclinou para beijá-la, detendo por um momento enquanto jogava com seus lábios em sua língua. ―Retorno em um momento― disse em voz baixa. ―vou pegar uma toalha. Ficou ali esperando, seu corpo ainda ondulando com as sequelas de seu orgasmo. Retornou em um momento, com a mão envolta em uma toalha enquanto limpava seu membro. A seguir a separou, pondo o outro extremo entre suas pernas para limpá-la cuidadosamente. Jogou em um lado a toalha quando terminou, sentou com as costas no braço do sofá e fez um gesto. ―Vem aqui. Enquanto se arrastava em cima dele, estendeu suas pernas no sofá para que pudesse descansar. Reuniram em um abraço e colocou a cabeça embaixo de seu queixo. Quando se voltou, pegou a descartada manta do chão e a puxou para cobri-los. ―Foi incrível― sussurrou. ―Mmmm. Ele riu entre dentes, e seu peito vibrou contra sua bochecha. 105

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―É tudo o que pode dizer? ―Mmm-hmmm. ―Que tal se dormir um pouco, Reggie, querida. Matou-me. Dorme aqui comigo onde possa te abraçar. Seus braços estavam apertados ao redor dela, e podia senti-lo tremer muito ligeiramente, como se ele estivesse tão afligido como estava ela. Ela tentou sua resposta, mas foi tudo o que pôde fazer. Não tinha a capacidade de expressar com palavras tudo o que sentia, tudo o que queria dizer. Sua língua estava enredada e inchava diante da ideia. Como podia explicar que parecia inteira? Completa? Como ter voltado para casa depois de estar perdida durante tanto tempo? E assim, disse o único que pareceu importar. ―Senti saudade― sussurrou-lhe. ―Eu também senti saudade― murmurou em seu cabelo. ―Não mais Reggie fugindo. Não poderia suportar. Uma parte de seu coração se afrouxou com a acalmada declaração. Disse que sem lugar a dúvidas tinha o poder para lhe fazer mal, e isso era algo que não podia suportar. ―Não mais fugir. ― esteve de acordo.

Capítulo 20

Hutch despertou para ver Sawyer na cama a uns quantos pés de distância, mas nenhum sinal de Reggie. Deu a volta imediatamente. Não é que não tivesse compartilhado uma cama com o Sawyer antes, mas tinha dez anos, por Cristo. Sem Reggie entre eles, era só malditamente estranho. Talvez deveriam pôr em prática uma regra em que Reggie tinha que ficar onde a colocaram. Seus ombros se sacudiram de risada ao contemplar um joelhada nas bolas depois de que desse essa particular regra. ―Que diabos é o que encontra tão divertido tão cedo na manhã?― disse Sawyer em uma voz sonolenta, de mau humor. Pessoa madrugadora, Sawyer não era. ―Eu estava pensando que humor teria Reggie sobre nos deixar na cama juntos― disse. ―Não me diga― queixou Sawyer enquanto rodava fora da cama. ―Mas pelo menos eu não acordado com você envolto através de mim ou alguma merda pelo estilo. Hutch entrecerrou os olhos a Sawyer. ―Muito gracioso. ―Pensei que era― disse enquanto se agachava por sua camisa. ―Onde diabos está Reggie de todos os modos? É necessário pôr um sino no pescoço dessa moça? Hutch riu. 106

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―Não, mas vou dizer que você sim acha. ―Justo depois de dizer a respeito de sua brilhante ideia da lei conforme o determinado pelo bispo Hutch? Hutch alcançou sua própria roupa e a vestiu. ―Minha conjetura é que ela está onde quer que esteja Cam. Vou descer primeiro e prepararei o café da manhã. Sawyer grunhiu. ―Vou descer depois de tomar uma maldita ducha e me barbear. ―Obrigado por compartilhá-lo― disse secamente Hutch. Hutch saiu do quarto de Reggie, cruzou o corredor e apareceu no quarto de Cam. O filho da puta já se levantou e tinha sua cama feita. Foi o menino dos sonhos de Birdie. Limpo e ordenado. Estudioso na escola. Só mostrava sua rebeldia quando estava fora do alcance do olho de águia de Birdie. Ele e Sawyer não foram tão inteligentes. Foi da peça de Cam e começou a descer as escadas. Não estava seguro de como conseguiu aqui o trabalho como cozinheiro. OH, espera. Sim, lembrava. Os outros eram horríveis. Não é que ele fosse a ganhar nenhum prêmio culinário, mas pelo menos podia preparar uma comida sem queimá-la. Sawyer quase havia meio queimado sua casa em Houston, quando deixou uma frigideira com azeite na cozinha. Depois disso, proibiu seu traseiro na cozinha, exceto para comer. Provavelmente fez o avoado de propósito. Quando chegou à parte inferior da escada, olhou à sala e ficou imóvel. Logo piscou, seguro de que ele não via o que pensava que estava vendo. Cam estava de costas no sofá com o corpo nu de Reggie cobrindo o peito. A manta era uma bola a seus pés, e a mão de Cam acariciava sobre seu traseiro brandamente arredondado. Mas ela esteve ontem de noite nua quando foram para cama. Poderia ser que descesse em uma de suas incursões noturnas e terminasse aconchegada com Cam. Seu olhar desviou da roupa de Cam no chão, e logo se desenganou dessa noção. Foi simultaneamente bombardeado por toda uma série de emoções. Uma parte dele queria ir e dar um golpe, mas então em que tipo de idiota o convertia? A outra parte sinceramente queria ir por Reggie arrastá-la longe de Cam, cobri-la com essa manta e levá-la ao andar de cima, onde a encerraria em seu quarto durante a maior parte da semana. A segunda opção soava melhor e não o convertia em um asno como a primeira. A esperança borbulhou em cima de seu peito. Estava ela mais perto de aceitá-los? Obviamente Cam conseguiu transpassar suas barreiras. Aliviado como estava, também estava ciumento como o inferno de não ter sido ele. Que não acreditava nele o suficiente. Que ela escolheu Cam sobre ele. Apesar de que esses negros pensamentos se apoderaram, pôs a um lado. Não queria afundar nisso. Não queria sentir a amargura que o lambia. A forte borda de ressentimento que tinham seus dedos fechados em um punho a seu lado. Entrou na cozinha e silenciosamente tirou a frigideira para fazer ovos mexidos. Uns minutos mais tarde, Sawyer entrou quando Hutch estava colocando os ovos na 107

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frigideira. Não fez nenhum comentário de saudação ou o incomodou. Em seu lugar, deixou cair em um banco e apoiou os cotovelos sobre o balcão. Hutch o olhou de esguelha e o viu quase arrepiado de necessidade de dizer algo. Uma veia estava a ponto de explodir na frente, e passou a mão pela cabeça recém-barbeada. Mas ele permaneceu em silêncio. A tensão se agravou no ar. Tão espessa que Hutch se sentiu incômodo. Sawyer tinha os mesmos pensamentos que ele? Estava sua mente viajando por esse caminho escuro? Não era um bom augúrio para o futuro de seu acordo que depois de que Reggie tivesse sexo pela primeira vez com um deles, os outros dois arreganhassem. Com um suspiro de resignação, pegou a frigideira, a levou ao lixo e raspou os ovos de cor marrom escura do fundo. Isto quanto a merda que não queimava. Deixou a bandeja na pia e foi tirar outra do gabinete. Estava quebrando mais ovos em uma tigela quando Cam passeou e sentou no banco do balcão junto a Sawyer. Ambos os Hutch e Sawyer ficaram olhando Cam. Usava a mesma roupa que esteve usando a noite anterior, não se penteou e tinha a barba escura com pontos na mandíbula. Parecia rude e perigoso. Cam não estava acostumado a sair de seu quarto na manhã até que tomou banho e se barbeou, se vestiu e fez sua cama. Neste momento não parecia que importava uma merda. Havia uma luz contente em seus olhos. Parecia... Feliz. Sawyer olhou Hutch e levantou uma sobrancelha. Hutch encolheu os ombros e se voltou para a estufa, decidido a não queimar os ovos de novo. O silêncio continuou enquanto cozinhava os ovos e punha bolachas ao forno. Pôs a comida no balcão logo se dirigiu ao gabinete para tirar pratos. ―Bom dia― disse Reggie brilhante enquanto caminhava na cozinha. Hutch levantou a vista para vê-la sorrindo. Brilhavam os olhos de cor azul com a claridade que perdeu. As sombras se foram. Seu cabelo estava revolto em seu pescoço e ao redor das orelhas, formando um plugue encaracolado. Movia com facilidade, como se não experimentasse hoje a dor ou a rigidez. ―Bom dia― respondeu Hutch. ―Dormiu bem? Logo que ele disse, Sawyer tossiu discretamente, e Hutch poderia engolir a língua. Sua perfeitamente inocente pergunta soava como segundas intenções. Maldição. Ela franziu o cenho, e Hutch se preparou a cavar seu pé fora de sua boca. ―Não a princípio. Tive pesadelos. Cam preparou chocolate e assim dormi muito bem. O sorriso retornou e ela se recuperou, bom, ricocheteou na realidade, sobre Sawyer, subiu ao balcão de seu banco, levantou e colocou um grande beijo na parte superior de sua cabeça calva. ―Bom dia. Vejo que esta tão falador como sempre. Olhou-a de maneira estranha. Na realidade, olhava-a como se acabasse de descender de 108

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uma nave mãe alienígena. O sexo foi tão bom? Hutch estava começando a pensar em todas as maneiras que nunca estaria à altura. Cam disparou um olhar sorrateiramente, só para vê-lo sorrindo brandamente a Reggie. Então Cam voltou e encontrou o olhar de Hutch. Havia esperança nos olhos de Cam. A esperança de Cam não esteve exatamente completa ultimamente. O pulso de Hutch acelerou, e inclinou a cabeça perguntando a Cam. Cam brevemente sacudiu a cabeça e levou um dedo aos lábios. ―Não há beijo de bom dia?― disse de brincadeira a Sawyer. Sawyer não respondeu. Muda, sua mão saiu disparada, curvada ao redor da parte de atrás de seu pescoço, e a puxou para ele, inclinando seus lábios sobre os dela em um forte beijo. Hutch tinha que olhar para outro lado quando a ira se apoderou de suas veias. Nunca se sentiu cômodo com a rudeza de Sawyer. Preocupava que Sawyer pudesse assustar Reggie. Empurrou um prato através do balcão para ela, mas quando levantou a vista viu que ela não estava ali. Ela se equilibrou sobre ele por atrás, saltando sobre suas costas. Envolveu seus braços ao redor de seu pescoço, suas pernas ao redor de sua cintura, e riu em seu ouvido como um valentão. Apesar de seu mau humor, sorriu. Homem, sentiu saudade. Imediatamente a apoiou no refrigerador e fez uma careta de dor quando ela puxou de sua orelha como represália. ―Hei, cuidado com isso, merda,― disse Sawyer. ―vai ferir as costelas. Hutch ficou olhando-o em estado de choque. Senhor He-Man4 e traseiro-duro ia dar lições a ele de como ser cuidadoso com Reggie? ―Desmancha-prazeres― murmurou ao ouvido Reggie. ―Pensei que esse era o trabalho de Cam. Hutch soprou de risada. Pegou a parte inferior das pernas e elevou a parte superior em suas costas. Ela riu de novo e beijou o lado do pescoço. Fechou os olhos quando sua boca deslizou sobre sua pele. Quantas noites permaneceu acordado, revivendo seu toque, como se sentiu debaixo dele, seu aroma e seu sabor. Ela envolveu seus braços apertando ao redor dele, abraçando contra sua magra forma. Logo relaxou, deixou cair os pés e começou a deslizar por suas costas. Grudou e a desceu cuidadosamente ao chão. Quando ela tinha seus pés no chão, girou-a e puxou a seus braços. Inclinou o queixo e a beijou devagar, desfrutando da sensação de seus lábios suaves, cheios contra os seus. ―Bom dia, Reggie. Está muito faiscante esta manhã. Ela sorriu com picardia. ―Me sinto muito melhor hoje. ―Sentirá melhor quando comer. 44

Personagem de desenho animado da década de 80.

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Revirou os olhos e se acomodou no balcão, onde Sawyer se moveu para um lado para deixar um lugar entre ele e Cam. Ela subiu, aproximando de Cam enquanto se instalava em seu assento. Eles compartilharam um sorriso íntimo, e Cam se aproximou para tocar a bochecha. ―Bom dia― murmurou. Parecia quase tímida. E um pouco desconcertada. Esse olhar deu a Hutch um pequeno apertão no peito. De repente sentiu por que entrou na cozinha brilhante e alegre. Estava aterrorizada. Ela se inclinou e beijou Cam a seguir, passou a mão por seu rosto. ―Tem que se barbear― disse rápido. Voltou para o prato e pegou o garfo. Hutch se suavizou. Estava nervosa e tratava de cobrir sua estupidez, e ele e Sawyer certamente não estavam ajudando a adicionar mais tensão. ―Tenho que ir às compras hoje,― disse, enquanto comia de seu próprio prato. ―Quer vir? Reggie levantou a vista e sorriu. Logo lançou um olhar de sorrateiramente a Cam. ―Não vai, verdade? Cam riu. ―Temo que vai confiscar toda a comida lixo antes que esteja na cesta. ―Hutch me deixa comprar, ― disse ela à defensiva. Cam levantou os olhos. ―Não, não vou. Tenho que terminar esses planos. Voltou para Hutch e sorriu com doçura. ―Nesse caso vou. Qualquer possibilidade que leve a Beaumont para poder pegar algumas peças de roupa? Prefiro não…― Ela franziu o cenho e tomou uma respiração profunda. ―Prefiro não voltar para a casa. Hutch se inclinou sobre o balcão e tomou a mão. ―É obvio, querida. Vamos aonde necessite. Têm aberto um novo supermercado no centro comercial. Parece que têm uma carne de primeira. ―OH não. Filés. ― Voltou para Cam. ―Faria na churrasqueira, não? Hutch estava tão feliz de que estivesse falando em términos de ficar aqui por um tempo que compraria uma vaca inteira. ―Compra, cozinho― brincou Cam. Ela olhou por cima do ombro a Sawyer, que ainda estava lutando com os ovos na boca. ―Não, isso é trabalho de Sawyer. ―Hei― disse com a boca. ― Como se seu cozinhasse melhor? Estou pensando que me fazem ver como um guru do canal da Gourmet. ―Não comecem, os dois ― disse Hutch com um gemido. ―Come, Reggie, assim poderemos ir. Enquanto pegava de novo o garfo, soou o telefone. Ou um telefone. Não era a linha principal. Os três homens olharam a seus redor a seus telefones celulares. Sawyer se inclinou sobre o bar e pegou o telefone infrator, abriu e o aproximou do ouvido. ―Pritchard― disse. 110

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Houve um longo silencio e Sawyer franziu o cenho. Logo se converteu em um escuro cenho franzido. ―Merda. Não me foda. Não, não faça nada. Um de nós vai se encarregar disso. Só sente aí até que cheguemos. Fechou o telefone e o deixou cair no balcão com uma careta. ―Temos um problema. ―Obviamente― disse Cam. ―O que é? Reggie olhou com curiosidade a Sawyer, em espera de sua resposta. ―A obra foi fechada pelo município. ―Qual de todas?― exigiu Hutch. Os planos eram coisa de Cam. Entretanto, Hutch e Sawyer fiscalizavam a construção. ―A galeria de arte. ―Por quê?― perguntou Cam. ―Isso não sei. ― disse Sawyer com uma voz descontente. ―Era Tom o que ligou no telefone. Disse que alguém da cidade apareceu e citou três violações. Retirou a permissão. Maldição. Um de nós vai ter que ir lá.

Capítulo 21

Regina conteve o fôlego enquanto o pânico surgia em seu peito. Não queria que nenhum deles partisse sozinho. A porta ficava totalmente aberta para que qualquer que tivesse uma queixa dela, ou de Hutch, ou de seu pai, ou de quem diabos fosse, chegasse a eles. ―Posso ir eu― disse Hutch. Sawyer suspirou. ―Não, eu farei. É meu projeto. Você e Reggie precisam fazer suas compras. Compras. Seu cérebro estava trabalhando horas extras enquanto lutava para averiguar como ia acautelar que eles se separassem. Ela não poderia protegê-los se todos estavam em diferentes lugares. Juntos, expor uma ameaça muito mais séria, e depois de dois encontros com o psicopata tentando assassiná-la, teve suficiente. Seu corpo recebeu suficiente castigo, e não tinha desejos de que o louco a alcançasse, não mais do que queria aos homens em sua linha de visão. ―Poderíamos ir todos, ― disse ela. Três cabeças giraram em sua direção. Hutch franziu o cenho, e Sawyer ficou olhando com curiosidade. OH menino. Tinha que fazer isto bem. Passar de evitá-los todo o tempo a de repente querer estar ao redor deles vinte e quatro por sete5? ―Bem, quero dizer, se quisessem, ― terminou sem convicção. ―Não me importaria sair da 5

A expressão 24x7 se usa para determinar as 24 horas ao dia os 7 dias da semana.

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cidade por um tempo. Percorreu o rosto de todos enquanto dizia este último. A expressão de Cam era pensativa. A de Sawyer era mais calculadora, e pôde ver que gostava da ideia de tirá-la da vizinhança imediata, do perigo que enfrentava. Hutch parecia mais indeciso. ―E tenho que comprar um pouco de roupa, ― acrescentou quando ninguém falou. ―Não é que queira fazer uma compra muito extrema, mas seguro há algum lugar perto de sua casa onde poderia comprar algumas calças jeans e umas camisas. Ela soava desesperada. Afundou mais abaixo e tomou o garfo para levantar o bocado restante de ovos frios em sua boca. Eles não iriam nunca engolir sua repentina mudança de comportamento. Segurou o prato vazio e saiu do banco. ―Foi só uma ideia, ― disse enquanto rodeava o balcão para derrubar seu prato na pia. ―Eu gosto da ideia, ― disse por último Sawyer. ―Isto poderia levar alguns dias para concluir, e a afasta daqui. Com sorte então a polícia poderia ter um suspeito ou inclusive tê-lo detido. ―Poderia terminar os planos no escritório, ― ofereceu Cam. ―Outra hora ou duas não fará diferença. Regina girou para olhar Hutch, quem ainda estava olhando bastante curioso. Ela haveria dito desconfiado, mas ia ignorar esse pensamento. Além disso, decidiu ficar com eles independentemente do perigo no que pudessem correr, não? ―Está segura de estar preparada para isto, Reggie?― Perguntou Hutch. ―Sei que te está sentindo melhor, mas não é o mesmo que estar pronta para correr a Houston e ir às compras. Ela fez uma careta. ―Fazer compras aqui ou ali. Ainda é ir às compras. Além disso, posso relaxar em sua casa o mesmo que aqui, correto? Uma pontada de dor percorreu a coluna vertebral. Quase se convidou, e enquanto que isso não a tivesse incomodado nunca faz um ano, agora parecia como se estivesse assumindo muito. ―Eu, uh, suponho que deveria ter perguntado se estava bem ir com vocês e se você e Cam na realidade queriam retornar a Houston com Sawyer. Hutch cortou a distância entre eles e a puxou contra seu peito. ―Não seja ridícula, pequena. É bem-vinda a qualquer lugar onde estejamos e isso é um fato. Simplesmente vai ter que nos deixar ficar em dia aqui. Depois de um ano de tentar construir um lugar o tempo suficiente para trocar mais que algumas brincadeiras, é um pouco difícil lutar com o fato de que esteja aqui, e que queira estar conosco. A ela apertou o peito, e a culpa remoeu a consciência, apesar do fato que soubesse que não estava usando ou manipulando. Está bem, possivelmente os estivesse manipulando, mas era por seu próprio bem-estar, e ela sim queria estar com eles. Ela só teria que esperar até mais tarde para ordenar seus sentimentos em torno da ideia de ter a todos eles. Preferentemente quando não houvesse alguém determinado a matá-la e possivelmente matá-los. 112

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Envolveu os braços na cintura e pôs a cabeça sobre seu coração. ―Lamento Hutch. Segurou pelos ombros e com cuidado a separou dele. ―O que lamenta pequena? Ela olhou Cam e Sawyer, quem até estava sentados no balcão observando com interesse não dissimulado. ―Por não ter mais coragem. Por ter medo. Por não confiar em todos vocês. ―Isso significa que ficará?― perguntou ele em voz baixa. ―Mais à frente do futuro imediato, depois que tenha passado o perigo para você, ficará? Estará comigo? Conosco? Ela engoliu saliva e olhou de novo Cam e Sawyer. Havia esperança… e temor em seus olhares. ―Ficarei, ― sussurrou. ―Não posso fazer nenhuma promessa... ―Shhh, ― disse ele, pondo um dedo sobre seus lábios. ―Tudo o que queremos é uma oportunidade, Reggie. Só uma oportunidade. Nada mais. Ele desceu seu dedo por seus lábios e o deslizou fora do caminho bem a tempo para que sua boca pressionasse brandamente a sua. Houve uma reverência em seu toque, uma sensibilidade tão deliciosa, quase como se tivesse temor de esperança, de acreditar que ela aceitou. Ela envolveu os braços ao redor de seu pescoço, e pela primeira vez foi capaz de deixar fora o fato que havia dois homens mais na cozinha, um dos quais fez amor a noite anterior. Não sentiu culpa por derramar seu amor dentro deste beijo, nem se preocupava com a possibilidade de que Cam ou Sawyer se sentissem excluídos. Havia tantas coisas que ela não podia controlar, e essa era uma delas. Assim que relaxou e deixou levar. Pôs todos os desejos e as emoções que cozinharam debaixo da superfície por todo o longo ano passado em retornar seu beijo. Ele envolveu seus braços mais fortemente a seu redor, finalmente levantando para que suas bocas estivessem juntas. Seus pés desligavam a centímetros do chão, e a pressão nas costelas começou uma dor em seu peito, mas não importava. ―Te necessito Reggie, ― sussurrou com voz rouca contra seus lábios. ―Deus, te necessito. ―Também necessito de você, ― disse ela junto. Ela fechou os olhos e descansou a testa contra a suas enquanto as respirações entrecortadas de ambos sussurravam entre eles. Por último a afrouxou por seu corpo até que os pés dela tocaram novamente o chão. Ela fez uma careta quando liberou a pressão contra seu peito, e Hutch amaldiçoou. Ela sacudiu a cabeça antes que ele pudesse dizer algo. ―Deixa de me tratar como se fosse frágil, Hutch. Enganchou um dedo debaixo do queixo e a empurrou para cima. ―Não frágil pequena. Só muito preciosa. O que poderia possivelmente dizer a isso? Sawyer esclareceu a garganta. ―Odeio quebrar isto, mas se formos, temos que sair bastante rápido. 113

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―Preciso ligar e permitir que meu departamento saiba onde estarei, ― disse ela enquanto se movia longe de Hutch. Havia muito mais para organizar antes de ir, e necessitava privacidade para fazer. ―Então arrumemos nossos problemas e nos ponhamos a caminho, ― disse Cam enquanto levantava do balcão. Um por um, ficaram de pé e se dirigiram à escada. Regina ficou atrás e se encaminhou para o escritório de Cam. Necessitava tranquilidade. E não precisava ser escutada. Fechou a porta atrás dela e aproximou para sentar atrás da mesa, alcançando o telefone quando fazia. Discou o número de Michael Harvey e rezou que estivesse. Uns momentos depois, ele atendeu, e ela deixou escapar um suspiro de alívio. ―Michael, é Regina Fallon. ―Regina. Me alegra saber de você. Escutei que teve um montão de emoção lá em Cypress. ―Sim, sem dúvida. Olha, necessito um favor, e não tenho muito tempo para entrar nos porquês e para que. ―Estou escutando. ―Necessito um sistema completo de vigilância instalado em uma residência nos subúrbios de Cypress. Há um arvoredo estabelecido um pouco para fora da casa aonde eu gostaria de pôr algumas câmaras. E a casa, necessito todos os ângulos cortados. Se alguém põe um pé nesta propriedade, quero saber a respeito. ―Já vejo. E quando necessita que se faça isto? Ela deu um coice. ―Hoje. Amanhã. No mais tardar amanhã. Ouviu soprar o fôlego. ―Homem, já sabe que ajudaria de todas as formas possíveis, Regina, mas isso poderia ser muito. ―Sei, ― disse ela em voz baixa. ―Mas é importante, Michael. Estas pessoas são importantes para mim. Tenho a um lunático tentando me matar e ameaçando às pessoas próximas a mim. Não posso permitir que se aproxime de novo. Quero prende-lo definitivamente. ―Está bem, me diga onde. Vou pôr a alguns homens nisso. Arrumaremos para você. Ela suspirou com alívio. ―Obrigado, Michael. Não deixe de me enviar a conta. ―OH, farei, e confia em mim, querida, não será barato. Ela tratou de não se encolher. Mas qualquer que fosse a quantidade que custasse, valeria se pudesse encurralar este bastardo antes que machucasse Birdie ou a algum dos homens. Enquanto desligava o telefone, ocorreu outro pensamento. Um que não considerou. Fechou os olhos e esfregou a testa. Se ela não era o objetivo do lunático por seu pai, e se não era o objetivo do lunático por Hutch (que seguia sendo seu cenário número um), e se na realidade não estava indo atrás dela porque era um imbecil de saco cheio a quem deteu no passado, então, não eram só Birdie e os homens objetivos potenciais, mas sim seus pais poderiam ser também. Um gemido escapou antes de poder para-lo. 114

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Tentando não deixar que as possibilidades a vencessem, discou o número da estação e esperou que Greta atendesse. ―Greta, o chefe está?― perguntou quando a voz da outra mulher chegou pela linha. ―Claro, querida, só um segundo. Fez um silêncio em branco e logo a voz rouca do chefe soou no ouvido de Regina. ―Regina, como está hoje? ―Muito melhor, senhor. Como vai a investigação? ―Estamos absortos em sua casa. Ainda esperando pelo relatório dos explosivos usados em seu veículo. As preliminares sugerem um trabalho caseiro, nada profissional. Estamos no processo de interrogar seus vizinhos e investigando a conexão entre este tipo e você, Birdie, Hutch e Misty Thompson, se é que há alguma. ―Senhor, há alguma possibilidade de que meus pais pudessem também estar em risco? Tanto este tipo me tem como objetivo, a eles, Hutch ou a alguém mais, eles seriam vítimas prováveis. ―Já estou nisso. Seu pai está ficando louco, mas já aceitou dobrar a segurança em torno dele e a sua mãe. Ela sacudiu a cabeça e revirou os olhos. ―Queria que soubesse que estou deixando a cidade, possivelmente por alguns dias. Vou a Houston com Cam, Sawyer e Hutch. Eles têm um pouco de trabalho que fazer, e pensei que deixar a cidade poderia ser uma boa ideia. O chefe fez um som de aprovação. ―Me faça saber quando volta. Dependendo do que desenterremos de nossa investigação, precisaremos interrogar Hutch e possivelmente Cam e Sawyer. ―Farei. ―Se cuide, Regina. Ela desligou e olhou com culpa a porta. Logo, com um firme movimento de cabeça, ficou de pé e sacudiu fora qualquer dúvida. Manter a salvo às pessoas que amava não era algo pelo que alguma vez se desculpasse. Caminhou fora do escritório e não deu nem dois passos pelo corredor quando quase se chocou contra Cam. Congelou e deu um passo para trás, esperando que ele não estivesse o suficientemente perto para escutar sua conversa. ―Ouça, ― disse ele em voz baixa enquanto suas mãos chegavam a embalar seus ombros. ―Preciso falar com você por um segundo. Levantou as sobrancelhas, e acelerou o pulso enquanto a incerteza se apoderava dela. Ele moveu uma mão para embalar sua bochecha. ―Deixa de parecer tão preocupada. Deu a volta e a guiou de retorno dentro do escritório, fechando a porta atrás deles. ―É você o que parece preocupado, ― disse ela. E o fazia. Havia preocupação em seus olhos, uma borda de incerteza acanalada em sua frente. Ele estirou a mão para tocá-la de novo, suas mãos deslizando por seus braços até os ombros. ―Nós não usamos preservativos ontem à noite, Reggie. Sou tão idiota. Você está tomando 115

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algo? Aliviada, ela relaxou sob suas mãos. ―Uso controle da natalidade, Cam. Tomo uma injeção cada três meses. Ele franziu o cenho. ―São efetivas? Quero dizer são tão efetivas como usar camisinhas? Passou uma mão pelo cabelo. ―Poderia chutar meu traseiro por isso. Deveria ter feito mais para te proteger, para cuida-la. Ela sorriu e estendeu a mão para tocar sua bochecha. ―Detenha. Honestamente eu tampouco pensei nesse momento. Quero dizer, não desci as escadas com a única intenção de te seduzir. Mas se está me perguntando se estiver sã… Ele sacudiu a cabeça bruscamente. ―Não é isso o que estava perguntando. É só que isto não saiu antes… quando tivemos sexo antes. Todos usamos camisinhas então. ―As camisinhas não são infalíveis tampouco, sabe, ― disse ela secamente. ―Sei, ― disse ele em voz baixa. ―Simplesmente não queria te embaraçar. Nunca forçaria a algo para o que não estivesse preparada. Ela caminhou dentro de seus braços, pressionando contra seu peito. ―A respeito das camisinhas, Cam. Há alguma razão... Alguma razão de saúde para que você… para que qualquer de vocês precisasse usar uma? Afastou-a para olhá-la diretamente nos olhos. ―Suponho que esta é uma conversa que todos precisamos ter juntos. Ela assentiu. ―Se na realidade vamos fazer isto… ― Ela suspirou e esfregou o rosto, sentindo um pouco ridícula. Era difícil de sacudir. ―Se isto for o que vamos fazer a relação que vamos compartilhar… ―Só diga Reggie. Não matará. Se for estar nós três. ―Se for estar com vocês três, tem que haver confiança e abertura entre todos nós, não só entre você e eu, e logo entre Sawyer e eu e Hutch e eu. ―Entendo. Todos fazemos. Me acredite quando digo que discutir minha história sexual com outros dois caras não é algo que me emociona, mas o que cada um de nós faz ou tem feito afeta os outros. A todos nós. Assim temos que discuti-lo. Mas, Reggie? Não vai ser uma conversa longa. Ela levantou uma sobrancelha com interrogação. ―Não houve ninguém mais para mim em um longo tempo. Não desde que cheguei a um acordo com meus sentimentos para você. Não posso saber com segurança, mas tendo em conta o que sei a respeito de que Sawyer e Hutch sentem por você, não posso acreditar que seja diferente para eles. ―Está tratando de dizer que todos vocês foram celibatários? Que não houve ninguém no último ano? ―Não só no último ano. Anos. O assombro arredondou sua boca. E pisando nos calcanhares dessa surpresa veio uma culpa rápida e dolorosa. OH, Deus. Enquanto ela esteve fora tendo sua aventura de uma noite e fazendo todo o possível para demonstrar que não o necessitava, ele esteve esperando por ela. 116

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Cam soltou seus ombros e girou para um lado, colocando as mãos nos bolsos. ―Não sou um santo. Não posso falar pelos outros. Houve mulheres. Especialmente na universidade. Uma ou dois depois disso. Mas quando me dei conta que estava apaixonado por você, as outras mulheres deixaram de existir para mim. Amor. A palavra aflorou na mente dela como um fogo alimentado com gasolina. Sabia que eles sentiam profundamente por ela. Inclusive a amavam de algum jeito. Era difícil não amar um ao outro quando sua amizade tinha deslocado tão profundamente durante tanto tempo. Mas escutar dizer, de maneira tão casual, que estava apaixonado por ela, debilitou os joelhos. Chamou uma necessidade enterrada faz muito tempo atrás, a qual floresceu e esforçou por liberar. Queria ser amada. Possivelmente sempre o quis. Mas era algo com o que aprendeu a viver. ―Você me ama?― sussurrou ela. Dirigiu o olhar mais estranho. Quanto mais a olhava, mais complexa se convertia sua expressão. ―Não sabe verdade? Realmente não sabe o que sinto por você? Ele se aproximou, ainda olhando com esses intensos olhos marrons, tão escuros que a fizeram tremer. ―Sempre amei querida Reggie. Sempre. Mas me dava conta que estava apaixonado por você faz dois anos. Observei prestar juramento a sua posição como oficial de polícia, e ainda posso lembrar o pânico que me bateu justo no peito ao me dar conta do risco que estaria correndo. Percorreu um suor frio ao me dar conta que isto era algo do qual não podia te proteger. E então, contemplei a possibilidade de perder, e foi ali quando me dava conta que não só queria, que não só sentia um profundo afeto reservado para uma amizade de longa duração. Estava completa, totalmente e perdidamente apaixonado por você. ―Nem sequer sei o que dizer, ― disse ela com uma perdida e confundida voz que não podia controlar. ―Não tem que dizer nada, ― disse Cam com sua maneira suave e pormenorizada. ―Isso é o que faz o amor tão maravilhoso. Dar livremente. Não requer compreensão ou uma resposta. Simplesmente sabe que tem o meu. Ela afundou o rosto em seu peito. Tremeu contra ele, incapaz de conter a crua emoção que passou através de seu coração. Ele depositou pequenos beijos sobre seus cabelos enquanto sua mão percorria de abaixo a acima as costas. ―Eu... Eu também te amo, Cam, ― disse em voz baixa. E nesse momento, ela percebeu que dizia a sério. Só rogava a Deus que fosse suficiente para superar as dificuldades que enfrentariam. Seus braços se apertaram em torno dela, e ele tremeu à medida que a separava dele novamente. ―Me diga… me diga que não se arrepende do que ocorreu entre nós ontem à noite, ― disse ele. 117

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Olhou fixamente, sem ocultar nada. ―Não me arrependo, Cam. Não correrei esta vez. Pôs a mão contra a bochecha, e ela se acariciou em sua palma, esfregando o rosto por sua suave pele. ―Não importa o que acontecer com outros… nunca mudará a maneira em que sinto por você, Reggie. Necessito que saiba isso. ―Sei, ― disse em voz baixa, inclusive quando seu coração deu um pequeno apertão. O que ele não disse, entretanto, foi como poderiam ter um futuro juntos presos a duas pessoas que ambos amavam. Tinha que funcionar. Era uma situação de tudo ou nada. Uma que a assustava como o inferno. Ele se inclinou e beijou a testa, permitindo aos lábios parar um momento. ―Vamos, amor. Seguro que os outros nos estão esperando.

Capítulo 22

Foi um pouco estranho caminhar dentro de uma casa em que não esteve por um ano. Um lugar de que foi uma visitante regular antes daquela noite. A grande casa nos exclusivos subúrbios de Houston dobrava seus escritórios, apesar de que mantinham um pequeno escritório no centro de Houston. Quem a estava dirigindo agora que estabeleceram residência em Cypress, e como esperavam manter o próspero negócio vivendo a uma hora de distância? A quanto estavam renunciando para seguir o acordo que diziam que queriam? Não tinha muito sentido para ela. Ela não era nem sequer era importante para seus próprios pais. Como poderiam três homens ter sentimentos tão profundos para ela que arriscavam tudo pelo que trabalharam tão duro? Ao entrar na sala de estar, imagens daquela noite a um ano cintilaram diante dela, esquentando suas bochechas e corpo. Um quente sufoco se centrou em seu abdômen e lavou através de suas veias, banhando a de um desejo embriagador. Eles quatro na poltrona. Logo no tapete e por último sobre a cama, em um dos dormitórios principais. À manhã seguinte despertou em meio de um matagal de corpos masculinos, com os braços e pernas deles entrelaçados possessivamente sobre os seus. Fugiu. Correu tão rápido e longe como pôde, retornando para casa. Ignorou suas ligações telefônicas, e quando finalmente apareceram diante de sua porta, utilizou o trabalho e qualquer outra coisa no que pôde pensar para evitá-los. E então as ligações pararam. As desculpas para falar com eles cessaram. O silêncio se estendeu entre eles como um abismo. Foi então quando a verdadeira dor a bateu, porque esse foi 118

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o momento em que os perdeu. Até faz umas poucas noites, quando apareceram em seu quarto do hospital, com a determinação gravada em suas feições como pedra. Todo o tempo que ela pensou que renunciaram a ela, moveram-se silenciosamente em um segundo plano. Esperando. Por ela. Deixou cair pesadamente em um grande sofá modular. Indigna. Se sentia completa e absolutamente indigna de tal amor e devoção. Desconcertada. ―Reggie, está bem?― perguntou Cam. Levantou a vista para ver o de pé junto ao sofá, a preocupação em seus olhos. ―Estou bem. Simplesmente pensando. Sentou junto a ela, com as pernas quase tocando-a. ―A respeito daquela noite? Ela assentiu. ―Penso nisso também, ― disse ele. ―Todo o tempo. ―Todos pensamos nisso, ― disse Sawyer da porta. Ele começou a cruzar a sala e parou a uns metros dela. Ela gesticulou para o lugar junto a ela. ―Sente. Me põe nervosa parado sobre mim dessa maneira. ―Isso é porque é um bastardo grande, ― disse Cam com tom divertido. Sawyer lançou um escuro cenho franzido, mas se sentou ao lado de Reggie. Sua mão posou na nuca ao ir para trás. Esfregou os músculos atados, e ela balançou para trás desde seu lugar na borda da poltrona, procurando mais de seu toque. ―É tão receptiva, ― murmurou Sawyer. ―Foi essa noite também. Toquei, e cobrou vida em minhas mãos. Estava tão faminto por você. Ainda estou faminto, Reggie. Nunca houve outra mulher como você para mim. Ela girou, fazendo que sua mão se deslizasse para baixo por suas costas. ―Cada vez que acredito saber como me sinto ou o que dizer, acerta para dizer ou fazer algo que o volta completamente ineficaz, ― disse ela entrecortada. ―O que digo a algo assim? Que alguma vez me sentirei digna da devoção que vocês três me demonstraram? O que olho para vocês, e lembro aquela noite e sei que ninguém significará tanto para mim como vocês três fazem? As lágrimas obstruíram sua garganta, e ela engoliu através do pesado nó, determinada a não quebrar diante deles. Apertou os dentes e inalou ar pelo nariz. Sucedeu um silêncio de assombro antes que Sawyer quase explodisse. Estendeu a mão para ela, arrastando a seu colo e dentro de seus braços. Não houve delicadeza em suas ações. Ela não esperava nenhuma. Emoldurou o rosto entre as mãos e fechou os lábios sobre os dela. Tocou suas bochechas, roçou as pálpebras com os polegares, arrastou um dedo por seus cachos. ―Não sabe? É tudo para mim, Reggie. Tudo. Não é digna? Querido Deus! Como pode sequer pensar tal coisa? Você acredita em nós, a amamos desde que fomos uns rebeldes malcriados mal 119

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educados. Defendia-nos quando ninguém mais fazia. Digna? Nós não somos dignos de você, querida, mas não vou deixar que isso me impeça de a ter. ―Então tome, ― sussurrou ela. Um rouco grunhido trabalhou desde seu peito. ―Não há nada que eu adoraria mais que te arrastar escada acima e te encerrar em meu dormitório pelas próximas doze horas. Ela sorriu diante do torturado som de sua voz. ―Ouço um, mas ai. ―Mas para tudo o que tenho tempo é para uma rapidinha, e você merece mais que isso. Ela franziu o cenho, mas a fez calar com um dedo. ―Tenho que ir à obra e averiguar que demônios está ocorrendo. Mas não acha que esquecerei onde o deixamos aqui. Pediu que tomasse, e me acredite que vou tomar. Uma e outra vez. Ela se estremeceu diante de suas sensuais palavras. Seu olhar se fixou em seus lábios duros e, entretanto tão convidativos. Inclinou para beijá-lo, a cerda de seu cavanhaque deslizando por seu queixo. Quentes, suaves, e úmidas, suas línguas escorregaram juntas. ―Desejaria que não tivesse que ir, ― sussurrou ela. Ele voltou a grunhir. ―Eu também, querida. Meu pênis está tão duro que vou ter problemas para caminhar. Ela soltou uma risada. Desejava arruinar um perfeito momento sensual por ser um menino. O olhar dela deslizou para os lados, onde Cam estava sentado a uns metros de distância, e pôde ver o interesse não dissimulado em seu rosto. O desejo. E se não errava, ele estava tão duro como Sawyer informou estar. Interessante. Esteve tão preocupada a respeito de demonstrar afeto a um diante dos outros. De beijar ou tocar por temor de deixa-los ciumentos, mas a reação de Cam estava longe do ciúmes ou o ressentimento. Parecia como se queria se unir. Não era como se não o tivessem feito antes. O calor impregnou suas bochechas. Ia ter que superar sua vergonha a respeito daquela noite. Obviamente ia ocorrer de novo. E logo, se tinha que adivinhar. A tensão sexual entre todos eles estava a ponto de ebulição, e algo tinha que acontecer. ―Melhor que parta antes que te ate à poltrona, ― disse ela rápido. A ele esticou todo o corpo. Seus músculos se contraíram e ondularam, e um calafrio percorreu os ombros. Levantou fora de seu colo, colocou entre ele e Cam e logo se levantou bruscamente. ―Voltarei mais tarde, ― disse entrecortadamente. Sem olhar atrás, começou a andar para a porta, quase colidindo com Hutch enquanto este entrava na sala. Hutch o olhou com curiosidade, mas encolheu os ombros e logo caminhou para onde Cam e Regina estavam sentados. ―Está preparada para ir às compras, pequena? 120

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Ela conteve o fôlego. Sim. Compras. Algo para distrair da grande tensão entre ela e Sawyer. Ou o fato de que estava tentada de correr atrás dele, deita-lo e foder até voar seu cérebro. Ela estirou sua mão para a de Cam e a apertou. Logo se inclinou para diante para dar um beijo antes de levantar da poltrona. ―Mais tarde, ― disse ele com voz rouca. ―Se Sawyer não te levou a lugares desconhecidos então. Havia um conhecimento divertido em sua voz, mas também uma fácil aceitação que a esquentava. Deus, eles realmente poderiam estar bem com tudo isto. ―Amo você, ― sussurrou ela, emocionada por como soou ao sair de seus lábios. ―A amo, doce Reggie. Se divirta com Hutch. Estarei trabalhando. Me diga quando retornar para saber que está aqui. Ela sorriu e saiu do sofá para caminhar para Hutch. Ele estirou a mão para tomar a sua quando se aproximou. Entrelaçou seus dedos e puxou para a porta principal.

Sem ter em conta a nenhum dos grandes centros comerciais na área de Houston, Regina em muda optou pelo mais próximo Super Wal-Mart e comprou alguns jeans, algumas camisas, roupa intima e meias três quartos, e pegou alguns sandálias. Porque sem bem agora podia ao menos se agachar para amarrar os sapatos, até era malditamente incômodo. Quando sugeriu comprar filés para que Cam os cozinhasse na churrasqueira como originalmente planejaram, Hutch a olhou, horrorizado. Ela levantou as mãos, com as palmas em alto. ―O que? ―É uma bárbara, ― murmurou ele. ―Você e Sawyer, juro. ―O que?― exigiu novamente ela. ―Não se compra filés no Wal-Mart. Se não é contra a lei, deveria ser. Se quiser filés, passaremos pelo City Market a caminho de casa. ―Isso está pelo menos a quarenta e cinco minutos fora do caminho. Ele encolheu os ombros. ―E? Não se sente aventureira hoje? Ela estreitou os olhos. ―Isso foi um desafio? Ele sorriu com inocência. ―Me desafiaria a fazer algo? Poderia escolher algum bom vinho e os ingredientes para o bolo de queijo. Faço um que vale a pena. A boca fez água. ―Atacou com açúcar― disse com os olhos entrecerrados. Ele tirou sua carteira para pagar pela roupa, mas ela franziu o cenho e estendeu a mão para detê-lo. Ele suspirou profundamente, mas se separou de seu caminho para que ela pudesse dar a atendente seu cartão do banco. 121

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―Alguma possibilidade de que prepare caramelo?― perguntou ela esperançada ao subir à caminhonete de Cam. As esquinas de seus olhos se enrugaram com diversão. ―Poderia ser convencido. ―Mmmm, ― disse ela com entusiasmo. ―Basta um pouco de cocção para que esteja duro como eu gosto. Olhou-a carrancudo. ―Tenho algo duro para você, pequena moça. Ela começou a rir. ―Hutch!― Logo o olhou maliciosamente. ―Me faça chocolate, e farei algo a respeito do seu duro. Por um momento se preocupou de ter ido um pouco longe com esse sedutor bate-papo de brincadeira. Não soava como ela. OH, não é como se ela fosse pura doçura e luz. De fato, um ano atrás, podia ser tão crua como os homens, quando faziam palhaçadas ao redor. Ela fez uma careta. Esse era o problema. Havia um montão de coisas que estava acostumado a fazer quando não esteve preocupada com o que eles pensassem dela. Com um suspiro, ela se voltou e olhou pela janela antes de poder responder. Eles conduziram pela 610 e saíram para ir a grande loja gourmet que era uma das favoritas de Hutch. Entrou com ele e o observou analisar cada pedaço de carne atrás da vitrine de vidro antes de finalmente escolher quatro chuletas grandes. Enquanto o açougueiro as envolvia, Hutch passava pelos exibidores, inspecionando as outras seleções. Regina pegou o pacote justo enquanto Hutch retornava. ―Vamos pegar frutos do mar. Me ocorreu conseguir alguns camarões para fazer em uma noite. ―Bastãozinho de pescado empanados em molho de cerveja?― perguntou ela. ―É obvio. Segundo Sawyer, a cerveja é um grupo alimentício próprio, ― disse ele secamente. ―Bem, isso e o ketchup. Isso era verdade, e embora Hutch tolerasse a afinidade de Sawyer pela cerveja (e a da Reggie), ele nem uma vez tomou álcool. O vinho que estava sustentando era para o resto deles, mas nuca consumia tampouco. Tinha algo que ver com seu pai. Até ali sabia, e nada mais. Hutch nunca falava de sua vida anterior a sua chegada a casa de Birdie. ―Esta me mimando, ― disse ela por último. Ele sorriu. ―Tento. Não sou suave como Cam, nem tão inteligente e refinado, e não sou uma gigantesca torta musculosa de carne como é Sawyer, assim que meu plano é te seduzir com comida. Ela riu. ―Me conhecendo como me conhece, então, deveria saber que chegará muito mais longe 122

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que os outros dois. Piscou um olho. ―Sei. Seu estômago é a porta a sua alma. Pagaram e caminharam de retorno à caminhonete. ―Como está levando?― perguntou ele enquanto deslizava no assento do condutor. ―Estou bem, ― disse ela enquanto se fechava o cinto de segurança. ―Não se preocupe. ― Sustentou seu pulso em alto e a dobrou e rodou para ele. ―Vê? Quase completamente bem. Só um pouco rígida e dolorida. ―Suas marcas já quase não existem, ― disse ele em voz baixa. Ela levou a mão à garganta reflexivamente. ―Na realidade tudo o que até sinto é o corte em minha cabeça. Deveria ser capaz de voltar para trabalho logo. ― Ou possivelmente não, se seu departamento não tinha sorte com sua investigação. Esse pensamento a deprimia. Hutch franziu o cenho enquanto conduzia fora do estacionamento. ―Eu gostaria que não retornasse nunca absolutamente, ― murmurou. Ela olhou seu perfil com surpresa. ―Por que diz algo como isso? Ele afastou brevemente o olhar do tráfico e travou olhadas com ela. ―Quer que minta? ―Não, é obvio que não. Voltou sua atenção à união na 610. ―É perigoso, ― disse. ―Preocupa-me. Ela se retorceu no assento tanto como o permitia o cinto de segurança e o enfrentou. ―Posso cuidar de mim mesma Hutch. Sou uma oficial de polícia treinada. Posso disparar minha arma com exata precisão. Qualifiquei-me de primeira em meu departamento. Estou treinada em autodefesa, e tomei numerosas aulas de artes marciais e combate mão à mão. Não sou só uma saia e um rosto bonito atrás de uma placa. Sou malditamente boa em meu trabalho. ―Todo esse treinamento não ajudou a noite em que esse bastardo a atacou. Qualificar primeiro com sua arma não ajuda se conseguem tirar isso. ― disse ele sombriamente. ―Ele quase te mata. Ele tentou te matar. Ela respirou fundo várias vezes e lutou para que a ira não tirasse o melhor dela. Sabia que ele se preocupava com ela. ―Não disse que fosse invencível, ― disse com calma. ―Ninguém é. Uma só pessoa não poderia ter resistido esse ataque. Sawyer não poderia tê-lo feito, e ele é um tipo grande. Este tipo era maior. Muito maior. E louco como uma cabra. A uma pessoa normal, poderia tê-lo derrubado e detê-lo. ―Mas só se necessita a uma pessoa anormal, Reggie, ― disse ele em voz baixa. ―Ele poderia ter te violado. Poderia ter batido até te matar. Poderia ter te asfixiado. Inúmeras coisas poderiam ter ocorrido porque ele era maior e forte. Me ocorre que o resultado poderia ter sido o mesmo com qualquer outra pessoa. Mas você não é simplesmente qualquer outra pessoa para 123

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mim, pequena. Olhou-o fixamente. ―Sei todas essas coisas, Hutch. Faço. Treino para o pior. Preparo para o pior. Sim, poderia ter me violado. Já sei. Mas não ocorreu. Fiz o que se supunha que devia fazer e deu seus frutos. Estou viva graças a meu treinamento. Ele empalideceu diante de suas palavras. ―Como pode estar tão calma a respeito de tudo isto? Falar assim dos fatos como se não tivesse sido você? Fala de ser violada como se todo fosse parte do trabalho. Como se que ele tenham moído a golpes fosse simplesmente um risco da profissão. ―É um risco da profissão, ― disse ela com suavidade. ―Não é um que ocorra com frequência, mas sempre há uma possibilidade. Poderia receber um disparo. Poderia conseguir uma surra. Poderia ser violada. Ou atropelada. Há um milhão de e se. Sabia no que entrava. Seus dedos estavam brancos ao redor do volante, e sua mandíbula apertada. ―Você sabe que não é fácil para eu sentar e me preocupar cada vez que vai trabalhar. ―O que está dizendo, Hutch? Está dando um ultimato?― A preocupação se aferrou a seu ventre, e tinha campainhas de alerta soando com ferocidade na cabeça. ―Não, é obvio que não, ― murmurou ele. ―Maldição, simplesmente me preocupo. Isso é tudo o que estou dizendo. Ela se inclinou sobre o assento e apoiou a cabeça em seu ombro. ―Sei que se preocupa Hutch. Eu gostaria que houvesse algo que pudesse fazer que o detenha. Tudo o que posso prometer é que tomarei cuidado e que farei tudo o que esteja em meu poder para voltar para casa, para você, a cada vez e todas as vezes. ―Estará?― Perguntou. ―Voltando para casa, pra mim, todas as vezes? Ela afastou o olhar. Possivelmente se precipitou ao dizer isso. ―Estou disposta a ver onde nos levam as coisas, ― disse ela em voz baixa. ―Isso é tudo o que posso pedir, pequena. Levantou a mão e a beijou, logo a apoiou em seu colo, onde manteve os dedos entrelaçados nos dela. Conduziram o resto do caminho em silêncio, mas ele manteve sua mão apertada ao redor da sua.

Capítulo 23

Regina e Hutch levaram os mantimentos à cozinha, e Hutch desempacotou os filés e os pôs pra marinhar. Quando começou a colocar no refrigerador os ingredientes para o bolo de queijo, as sobrancelhas dela subiram. ―Não vamos fazer?― perguntou. ―Mais tarde, ― disse ele secamente. Então tirou uma caneta e papel e rabiscou uma nota. Apoiou contra a panela em que os filés 124

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estavam marinhando e logo foi à pia a lavar suas mãos. Regina se aproximou e se inclinou para ler a nota. A mão de Hutch se curvou ao redor de seu ombro, e ela saltou. ―Só notificava Cam que os files estarão preparados para assar à churrasqueira em uma hora, ― disse Hutch simplesmente. ―Vai a algum lugar?― perguntou ela. ―Vou. Com você. Seus olhos se alargaram, e seu coração deu um tombo, dando uma sensação de pânico em seu peito. Tomou em seus braços e ficou olhando sua boca com olhos meio abertos, como se não quisesse mais que beijá-la. Sua boca se abriu enquanto tratava de tragar mais ar para seus pulmões dolorosamente apertados. Estava nervosa, sim. Em particular agora, depois de ter feito o amor com Cam. Hutch sabia, tinha que saber. Ela e Cam não foram exatamente discretos. Quais eram os motivos de Hutch? E estes importavam, quando o desejava tanto? Ele inclinou sua cabeça e devagar fechou a distância entre eles. Seus lábios pressionaram brandamente, tomando posse de sua boca. Sua língua deslizava sem esforço sobre a sua, degustando, oferecendo seu gosto a ela. Ele estava presente, dentro dela, cada vez que inalava. Seu aroma a encheu. Comodidade. Segurança. Amor. Para todos os objetivos práticos, esta era a primeira vez que eles fariam amor juntos. Só eles dois. E de repente estava morta de medo. Hutch a sentiu tremer contra ele, sacudir sob as pontas de seus dedos enquanto a mantinha perto. Seus pequenos ofegos eram desiguais, e quando ele se afastou, suas pupilas estavam dilatadas. Ela parecia assustada. A dor enroscou seu punho ao redor dele, apertando incondicionalmente. Ela tinha medo. Dele. ―Por que me olha assim?― perguntou ela. Ele devia ter deixado que seus sentimentos se mostrassem, não é que alguma vez fosse bom ocultando dela. Ela tinha um modo de expô-lo indiscretamente, esfolando amplamente para expor diante do mundo. Não era uma perspectiva cômoda para um homem. ―Tem medo de mim, ―disse ele em voz baixa. A dor encheu seus olhos, e ela estendeu a mão para tomar seu rosto. Ele não pôde evitar a reação de girar para sua palma para beijar a pele suave como a de um bebê. ―Não de você ―sussurrou ela. ―Nunca de você, Hutch. Mas não te mentirei e direi que não tenho medo. Não de você, mas sim do que pensa. Pelo que sente. Suas sobrancelhas se uniram em confusão. Ele percebeu que esta era uma conversa importante, e não queria tê-la aqui embaixo, sem importar que ele, como se supunha, estava disposto a compartilhar Reggie com Cam e Sawyer. Ninguém alguma vez disse que ele não podia manter alguma parte dela especial, longe de outros. ―Virá acima comigo, neném? Podemos falar no dormitório. Ela assentiu, e ele pegou sua mão, sustentando forte na sua. Caminharam juntos para a escada e ele enroscou seu braço ao redor de sua cintura enquanto andavam. 125

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Empurrou brandamente para dentro de seu quarto e fechou a porta atrás deles. Sem vacilação, atraiu-a para seu peito, inclinando sua cabeça para trás para poder reclamar seus lábios. ―Esperei tanto tempo para ter você assim, Reggie, ―sussurrou ele enquanto a usava para trás, para a cama. ―Em meus braços, me olhando como me olhou na cozinha. Desceu com cuidado para a cama, baixando com ela, sustentando-se em cima dela enquanto olhava intensamente em seus olhos. ―Me diga do que tem medo, neném. Ela subiu o olhar para ele e alcançou a tocar seu rosto. Riscou as linhas de sua frente e seguiu para baixo até sua mandíbula. Vacilando, passou um dedo sobre seus firmes lábios. Ele pegou a ponta entre seus dentes, beliscando ligeiramente enquanto o aspirava para dentro de sua boca. Um tremor se moveu ao longo de seu corpo. Ela queria aquela boca sobre a sua. Ele seria tão tenro. Sempre a tratava como porcelana fina. Sempre era protetor com ela, sempre apoiou suas esperanças e sonhos. ―Não tenho medo de você ―ela se apressou a explicar. ―Nunca de você, Hutch. Tenho medo de ver mudar a maneira em que me olha. De que mude o que sente por mim. Sua testa se enrugou, e seus olhos flamejaram. ―Por que mudaria algo disso? ―Por que fiz amor com Cam― disse ela com sobriedade. ―Por que... Farei amor com Sawyer. Seu fôlego soprou ligeiramente sobre seu cabelo, despenteando em sua testa. ―Cam disse... ―O que disse Cam?― perguntou ele, com uma nota de curiosidade em seu tom. ―Ele disse que se fosse você ou Sawyer o que fizesse amor comigo a outra noite, apesar de que tivesse querido ser ele, não se teria aborrecido. Disse que teria estado aliviado. ―Aliviado― Ele franziu o cenho um pouco enquanto o dizia, e ela sustentou seu fôlego até que sua expressão se relaxou. ―Suponho que posso entender por que ele o pôs assim. ―Pode?― perguntou ela. ―Está zangado ou ferido por que eu estive com ele? Ele sacudiu sua cabeça energicamente, ainda enquanto sua expressão permanecia indecisa. Deslizou seu joelho entre suas pernas e se moveu um pouco para sua direita para que rodassem de lado. Ele colocou sua cabeça sobre seu braço musculoso e acariciou com sua outra mão seu lado até chegar ao quadril. ―Não estou zangado nem ferido, neném. Eu sabia que se isto ia funcionar para nós, faria amor com Cam e Sawyer. Não espero que o tempo que passe com eles seja sempre em grupo. Não espero compartilhar com eles todos meus momentos com você, assim não é justo esperar da parte deles. ―Mas está realmente bem com isso?― perguntou ela com inquietação. Havia ainda uma corrente submarina de duvida em sua voz, e isto a detinha. ―Define “bem”― disse ele com uma risada sardônica. ―Não mentirei e direi que quando desci e vi deitada com Cam no sofá, meu peito não se afundou só um pouco. Mas havia também 126

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uma ligeireza ali, alívio, como o disse Cam. Queria ser eu, mas também me dava conta que ia ser eu. Tudo o que tinha que fazer era te dar tempo. Ele levou sua mão de novo para cima a seu ombro, logo à curva de seu pescoço e finalmente a seu rosto. Beijou outra vez, só um beijo ligeiro na comissura de sua boca, mas ela sentiu o amor atrás do gesto, sentiu até os dedos de seus pés. ―Sinto que te amei sempre, Reggie. Desde que nos conhecemos naquele arroio, e se não te amei então, perdi meu coração quando derrubou Sawyer e Cam por rir de mim. Há vezes quando ressinto o fato de ter que te compartilhar com eles. Em meu coração, foi minha primeiro. Ela aspirou seu fôlego e tremeu enquanto as lágrimas enchiam seus olhos. ―Mas também sei tanto como te amo que eles a amam também. E logo imagino ter que estar sem você e isso me faz mal. É uma dor física que não posso controlar. Sei que é como eles devem sentir. Eles são irmãos para mim e sei que também os ama. Posso me sentar aqui e falar do dano que isto nos causaria para mim e a eles, mas não é nada comparado à dor que isto causaria se a fizéssemos escolher. A conheço bastante bem para saber é que isso é algo que nunca faria. É pelo que correu com tanta força. Porque não queria nos fazer mal, sem importar quanto estava ferindo a você mesma. As lágrimas deslizaram por suas bochechas. Ele brandamente as retirou com os polegares enquanto olhava com seriedade seus olhos chorosos. ―Realmente te amo, Hutch― sussurrou ela. ―Obrigado por compreender e por não sentir ameaçado pelo fato de que também amo Cam e Sawyer. ―Só a queremos conosco― disse ele seriamente enquanto acariciava seu cabelo. ―Sabemos que não será fácil, mas estamos dispostos a fazer o que for necessário para te ter sempre conosco. ―Faça amor comigo, Hutch. Esperei muito tempo. Ele rodou sobre ela, colocando seus joelhos no colchão enquanto a olhava. Com dedos torpes, ele levou sua blusa para cima em seu corpo até que esta se enrugou ao redor de seu pescoço. Devagar, ele moveu cada braço sobre ela e logo deslizou a blusa por sua cabeça. Jogou para um lado e logo desceu a cabeça para seu ventre. Lábios quentes e doces fizeram pressão em sua caixa torácica. Ele pôs beijos suaves sobre sua pele, começando na borda de seu sutiã e deslizando para baixo até seu umbigo. Sua língua úmida roçou o oco, formou redemoinhos ao redor do centro e logo seus dentes rasparam a pele tremente. Manuseou a provas o botão de sua braguilha, finalmente fazendo arrebentar. O zíper retirou para baixo e seus dedos se colocaram dentro do cinto. Ela se arqueou para cima para permitir descer os jeans sobre seus quadris. Estes deslizaram para baixo por suas pernas, amontoando em seus tornozelos. Ela chutou enquanto ele puxava, e segundos mais tarde estava livre. Estava estendida ali no meio da cama de sutiã e calcinha. Sua roupa intima completamente branca, não era atraente. A ele não pareceu importar seu gosto em lingerie. Ele parecia muito interessado em tirar para notá-lo. Ele se inclinou para baixo outra vez e a acolheu em seus braços. Beijou o vale entre seus 127

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seios enquanto suas mãos acariciavam entre ela e a cama. Seus dedos encontraram o broche do sutiã, e o abriu. Ele moveu suas mãos para cima sobre seus ombros, arrastando as alças com seus dedos enquanto os descia sobre seu corpo. Seus olhos brilharam com desejo à medida que as taças de seu sutiã separavam de seus seios. Seus mamilos franziram e apertaram dolorosamente, e ele não a tocou ainda. O sutiã voou através do quarto e logo suas mãos voltaram para seus lados. Ele envolveu aqueles dedos largos e magros ao redor sua caixa torácica, seu toque era tenro e possessivo. Um suspiro escapou de seus lábios enquanto sua escura cabeça se inclinava para seu peito. Ele rodou sua língua sobre uma das cristas sensitivas, arrastando-a devagar sobre a ponta. Ela fechou seus olhos e choramingou enquanto brilhos de prazer se centravam em seu núcleo, apertando sua vagina e enviado uma necessidade crua e dolorosa diretamente a seu coração. ―Por favor ―sussurrou ela. ―Te necessito tanto, Hutch. Ele levantou sua cabeça, e seus olhares se uniram. O calor faiscou através daquela conexão, envolvendo-os e enviou eletricidade através de suas veias. Ele subiu para reclamar sua boca outra vez. Seus dedos encontraram seus seios, apertando a carne suave contra suas palmas, tocando logo com os dedos os mamilos. ―É tão linda, Reggie. Tira o fôlego sempre que a olho. Sentiu uma espetada em seu coração, e ela brilhou com suas palavras. ―Amo você ― sussurrou ela. ―Sempre o amei. Você foi a primeira pessoa que verdadeiramente me amou. Sua boca roçava desde sua mandíbula para seu ouvido e logo para baixo, sussurrando em seu pescoço. Seus dedos se curvaram em seus seios, estendendo sobre seu corpo, deixando um rastro de fogo onde tocavam. Os beijos fizeram cócegas em sua pele. Ela dobrou suas costas quando sua boca se fechou quente ao redor de um mamilo. Ele o chupou entre seus dentes e o sustentou ali, beliscando ligeiramente o broto tenso. Ela vibrou em seu núcleo. Quente, dolorida e necessitada. Estava inflamada e preparada. Seu corpo estava em chamas e ardendo cada vez mais fora de controle com cada varrida de sua língua, com cada carícia tenra de seus dedos. A ligeira raspadura de suas palmas sobre as curvas de seus quadris provocou ligeiros estremecimentos. Ele enganchou seus dedos na fita de sua calcinha e puxou para baixo até que o pequeno triângulo de cachos foi exposto a sua vista... E tocado. Ele se afastou, levando com ele sua roupa intima para deixá-la cair no chão. Ficou de pé precipitadamente ao lado da cama e começou a puxar a sua. Ele era mais baixo que Sawyer e Cam, mas seu corpo era perfeito em uma forma sólida de músculos e tendões. Tanto ele como Sawyer trabalhavam junto a seus equipamentos, e isso era evidente no bronzeado escuro e o ondulação de músculos através de seus ombros e peito. Enquanto ele puxava de suas calças para baixo, sua respiração parou quando seu rígido pênis balançou diante de sua vista. Rodeado por cachos escuros e grossos, este sobressaía para cima, 128

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grosso e pesado. Era uma visão que a hipnotizava. Ela imaginou sua dureza dentro de sua boca, seu corpo, acariciando com força e profundamente dentro dela. Ela retorceu e se moveu nervosamente sobre a cama, agitada em seu desejo afiado de tê-lo. Tudo dele. Quando ele se foi para a mesa de noite, ela sabia que ia por uma camisinha. ―Hutch― disse ela brandamente. ―Não faça. ― Ele elevou a vista bruscamente, seu olhar perguntando. ―Está segura que não quer uma camisinha, Reggie? Ela sacudiu sua cabeça e suspirou, sabendo que antes que as coisas fossem mais longe eles deviam ter a mesma conversa que teve com Cam. Ela olhou para baixo e fechou seus olhos enquanto a cama se inclinava e ele voltava. Ele levantou seu queixo com seus dedos. ―O que está errado?― perguntou ele. ―Só lamento que devido a minha culpa, nós ainda tenhamos que ter esta conversa ― disse ela com um suspiro. Olhos verdadeiramente perplexos devolveram o olhar. ―Neném, me perdi. ― Então seu olhar se aguçou. ―Cam não utilizou uma camisinha?― Olhou-a quase zangado. Ela soltou seu fôlego. Estava fazendo uma enorme confusão disto. ―Não, Cam não utilizou. Não pensamos nisso no momento. Ele esteve bastante preocupado sobre isto pela manhã seguinte, mas o assegurei eu tenho controle de natalidade. Hutch franziu o cenho. ―Não é sobre você tendo controle de natalidade. Cam devia te proteger melhor. ―Se eu não tivesse esse assunto de uma só noite com alguém depois daquela noite faz um ano, não nos incomodaríamos em ter estas conversas. ― disse ela com voz baixa. Hutch piscou. ―O que? Você pensa... Espera um minuto. O que está pensando exatamente? Ela se moveu incômoda. ―Usei camisinha essa noite. Estou sã. Só ocorreu essa vez. Eu estava tão mal por isso ao dia seguinte que não podia suportar o pensamento de alguém mais que você ou Cam ou Sawyer estivesse alguma vez me tocando. Ela olhou para baixo com ar de culpabilidade enquanto terminava. ―Reggie neném, me olhe ― disse Hutch brandamente. Ela olhou para cima nervosamente, preocupada com o que veria em seus olhos. Decepção? Repugnância? Mas não viu nada disto. Ela viu amor. ―Não estou ainda seguro de que dizer aqui. Não quero dizer algo incorreto. Serei honesto. Quando me disse que dormiu com alguém mais depois do que passou aqui, foi como sentir um tiro nas vísceras. Quis ir à caça do bastardo e chutar seu traseiro. Quis me envolver ao redor de você tanto que se perderia em mim e só em mim. Mas então vi o olhar em seus olhos. A autoacusação e a preocupação de que de algum modo nos traiu. Vi a vulnerabilidade e a dor, e fui ferido uma vez 129

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mais. Ele acariciou com seus dedos sua bochecha, acima e abaixo, e logo esfregou seus nódulos ao longo de sua mandíbula. ―O que está acontecendo agora é o importante. Não o que passou então. Não me entenda errado, se deitar agora na cama com alguém mais que eu... Sawyer ou Cam ― ele acrescentou com voz estrangulada ―não só darei chutes em seu traseiro, mas também ao teu também. E logo atarei a minha cama durante o próximo ano. Sua risada saiu instável e terminou em um soluço. ―Sinto muito. Nunca o disse, mas o desejei tantas vezes. ―Não faça neném. Viemos a você de repente, a aturdimos e assustamos para morte. Sem importar o que nós queríamos, não fez um compromisso conosco. Não nos devia nada. Ela sacudiu sua cabeça às cegas. ―Fiz. Ao menos devia uma explicação, uma conversa antes de me colocar na cama de alguém mais― Ela fechou os olhos à medida que suas lágrimas deslizavam. ―Me odeio por fazer isso. Nem sequer sei por que fiz. Eu estava... Sozinha. Eu os queria, mas não sabia como pedir o que queria. ―Ahhh, neném― murmurou ele enquanto puxava ela para seus braços. Embalou-a contra seu peito e encheu de beijos diminutos o topo de sua cabeça, sua frente, e sobre seus olhos fechados. Acariciou seu cabelo durante vários minutos enquanto ela se apertava mais forte contra ele. ―Sobre a camisinha, Reggie. Quero te proteger. Ela se afastou só o bastante para poder vê-lo. ―Cam disse... Ele disse que não houve outra mulher desde que soube que me amava. Os olhos de Hutch flamejaram pela surpresa. ―Ele está são, e eu estou são, mas se formos a… Se vamos colocar nesta classe de relação, temos que nos assegurar que todos estamos na mesma página― disse Hutch sinceramente. Ela assentiu. ―Fiz amor com duas mulheres― disse ele solenemente. ―Uma garota com a que saí em meu primeiro ano de universidade e logo... Você. Ela ficou imóvel contra ele. ―Isso é tudo? ― sussurrou ela. ―Igual a Cam, nunca tive outra mulher depois de me dar conta de meus sentimentos por você. ― A dor torceu seus traços. ―Na realidade isso não é certo― Ele olhou para baixo, e foi seu turno de forçar para cima seu queixo para que a olhasse. ―O que é o que não é certo?― perguntou ela. ―Eu sempre te amei. E suponho que é pelo que não posso estar zangado com você por dormir com outro homem, porque eu dormi com outra mulher sabendo que a amava e que não havia nenhuma possibilidade de deixar de te amar alguma vez. Seu coração torceu em um enorme nó. Então este se afrouxou, tomou asas e voou. O amor borbulhou em seu peito, enchendo até que pensou que ia arrebentar. ―Amo você― disse ela simplesmente. ―E tinha razão. O que era não é tão importante como o que é e o que será. 130

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―O que será― murmurou ele. ― O que vai ser neném, é que vou te amar e vou fazer o impossível para que este acerto funcione. ―Então me ame. Faz amor comigo. Te necessito Hutch. Sempre necessitei. Sua boca se fechou sobre a sua, alimentando avidamente, bebendo a goles em seus lábios e logo devorando. Ela chupou seu lábio inferior, beliscando com cuidado com seus dentes e logo acalmando com sua língua. Sua dureza colocada entre suas pernas enquanto ele movia seu corpo sobre o seu. Embalou-o contra ela, absorvendo seu calor, seu poder. Suas mãos se moveram por seu corpo, seus ombros, suas costas, para baixo até suas nádegas musculosas. Estas se apertaram sob as gemas de seus dedos à medida que ela explorava os globos arredondados. Ele colocou seus cotovelos a cada lado de sua cabeça e desceu para beijá-la enquanto movia seu quadril para frente entre suas coxas. Seu pênis esfregou os cachos entre suas pernas e logo cavou mais profundo enquanto flexionava seu quadril. Ela se abriu a ele, desejando-o. Sua vagina palpitou cada pequeno pulso disparando uma onda de adrenalina líquida por sua pélvis. A ampla cabeça de seu pênis empurrou suas dobras, esfregando de um lado a outro seu clitóris antes de colocar mais abaixo em sua entrada. Espasmos de prazer centraram no tremente pedaço de carne entre suas pernas e se irradiaram para fora em todas as direções, lamberam sobre ela à medida que ele esfregava para cima outra vez desde sua entrada, pela carne delicada e úmida. ―Hutch, por favor, ― ofegou ela. Apoiando-se em um braço, ele estendeu entre eles sua outra mão e pegou seu pênis, colocando em posição, logo deslizando para frente somente uma polegada. Ela aspirou seu fôlego e ficou rígida da cabeça até os dedos dos pés enquanto uma explosão de sensação a sacudiu até seu núcleo. Ele era tão grosso, tão duro. Ela fechou seus olhos e inclinou sua cabeça para trás à medida que ele deslizava para frente. Seu corpo se estirou para acomodar o dele, cedendo diante de sua intrusão persistente. E logo ele se retirou, e ela gemeu em protesto. Ele se colocou sobre seus braços a cada lado de sua cabeça, flexionou seus quadris para entrar nela uma vez mais, então capturou sua boca em um beijo exigente. Ela podia sentir a tensão, a luta dentro dele. Tinha medo de machucá-la. Ela sorriu, deslizou sua boca para baixo por sua mandíbula até alcançar seu pescoço e logo afundou os dentes em sua pele. ―Reggie, Deus querido, pare! Ela sorriu abertamente e mordiscou até seu ouvido antes de chupar o lóbulo para dentro de sua boca. Ele estremeceu contra ela e agitou mais profundo. Ela soltou um suspiro contente. Muito, muito melhor. Meneou debaixo dele, ajustando o ângulo de seus quadris para tomá-lo mais profundo. ―Está tratando de me matar?― gemeu ele. ―Deixa de se mover ou isto vai terminar em aproximadamente dois segundos. Ela riu em silêncio e logo envolveu fortemente seus braços e pernas ao redor dele. Colocou 131

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seus calcanhares em seu duro traseiro e levantou a si mesma mais alto, procurando levá-lo mais profundamente. ―Pequena moça impaciente. ―Exigente também― murmurou ela contra seu ouvido, e logo o lambeu outra vez, rodando sua língua sobre a coberta interna. Seu grande corpo se estremeceu contra ela, e foi como se a última corda que sustentava seu controle se quebrasse abruptamente em dois. Elevou sobre seus joelhos, levou suas mãos entre suas pernas, colocou-as debaixo de suas coxas e empurrou para frente. Estendida amplamente baixo ele, ela gritou quando ele empurrou e se plantou profundamente em seu corpo. Ele abriu mais amplamente suas pernas e se inclinou dentro dela. E logo seus quadris encontraram sua pélvis à medida que se deslizava até o fundo. Ela ofegou ante a incrível sensação de plenitude. Sua vagina tremeu, estirado ao redor dele, cada terminação nervosa pulsando e vibrando contra seu pênis. Ele deixou cair suas pernas e desceu seu corpo até que seu peito se pressionou contra seus seios. Escavou com seus braços debaixo de suas costas, aproximando-a. Suas pernas se esticaram à medida que seus joelhos sustentavam a maior parte de seu peso sobre ela. Flexionou seus quadris, retirando e logo afundando nela outra vez. ―Esperei tanto tempo por isso― disse ele brandamente. Para que fôssemos só você e eu, você envolta a meu redor como uma manta e eu tão profundamente dentro de você que me perdesse. Ela cravou suas unhas em seus ombros e levantou seus quadris para encontrar seu impulso. Estava escorregadia ao redor de seu pênis e ele deslizou facilmente para frente e para trás. Deliciosa fricção. Ele se moveu mais rápido e mais duro, sua preocupação anterior de fazer mal aparentemente ficou no passado. Na profundidade, o incêndio começou. Pequeno ao princípio, mas crescendo cada vez mais. Uma diminuta semente de prazer floresceu, movendo mais e mais apertado, mais e mais rápido. Ela gemeu e o insistiu. Colou-se a ele, suas mãos deslizando. Envolveu suas pernas ao redor dele e separou da cama, empurrando-se contra ele com toda sua força. Ele enterrou seu rosto em seu pescoço, beijando e mordiscando, suas respirações transformando em ofegos à medida que os sons de carne batendo contra carne se faziam mais fortes. Seu corpo se elevou e caiu contra o dela. Agarraram um ao outro, possuindo, aferrando, desesperados em suas tentativas de aproximar mais, para que não houvesse nenhum espaço entre eles. ―Hutch― sussurrou ela. ― OH, por favor, não pare. ―Goze comigo, neném. Goze agora. Não posso durar. Oh Deus, neném. Ele levantou sua cabeça, pressionou sua testa contra a sua, seus olhos se fecharam hermeticamente. Beijou-a energicamente, suas línguas chocaram. Seu orgasmo já construído fez insuportável em sua tensão. Ela tratou de alcançá-lo, desesperada pela liberação. Ele se retirou então empurrou nela em uma estocada poderosa. Ele gritou, e cada um de seus músculos se fechou contra ela. Inclusive enquanto seu cru poder bateu 132

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dentro dela, protegeu, embalou-a meigamente em seus braços. Beijos caíram sobre seus lábios, suas bochechas e para baixo em seu pescoço. OH Deus, ela estava quase ali, e ele reduzia a velocidade. Ela soltou um gemido de protesto e ele ficou rígido, logo olhou para ela, o remorso cintilando intensamente em seus olhos. Estava muito tentada a fingir, mas ele saberia. A conhecia melhor que ninguém mais. Não mentiria desta forma, e estava tão se desesperada por gozar, não havia maneira que pudesse fingir a sequela preguiçosa de um orgasmo realmente bom quando cada terminação nervosa em seu corpo gritava e implorava por compaixão. ―Jesus, sinto Reggie. Deus sou um bastardo egoísta. Ele estendeu para baixo e deslizou seus dedos entre eles. Encontrou seu clitóris e o fez girar um dedo ao redor do tremente montículo de carne. Ela gemeu e esticou para cima, querendo alcançar o prazer que oferecia. Seus quadris se balançaram para frente e para trás, mais devagar agora, mas com a força suficiente para dar o que queria. ―Me diga o que você gosta neném ― murmurou ele. ―me mostre que fazer. ―Isso ―ela ofegou. ―Seus dedos. Me toque, mais forte. Ele acessou ao que pedia, aplicando mais pressão, e empurrando profundamente. Ela fechou seus olhos e apertou seus dentes. Estava crescendo rapidamente, aproximando de seu pico com uma intensidade aterradora. Depois de estar na borda, portanto tempo, ela subiu com uma acuidade que era quase dolorosa. Ele fez rodar seu clitóris com força, apertando com seu dedo, encontrando aquele doce ponto. Ela explodiu ao redor de seu pênis, suas pernas, seu corpo, torcendo e com espasmos. ―Isso, neném. Goze para mim. Deus é tão bom. Ela alcançou sua mão e a separou, incapaz de suportar por mais tempo as agudas pulsações que se disparavam através de sua vagina. Apertou para ela, e ele seguiu empurrando até que se deslizou para fora com um apuro carinhoso. Beijou-a e afastou o cabelo de seu rosto com um toque tenro. O pesar brilhou em seus olhos, mas ela pôs um dedo sobre seus lábios. ―Deveria ter cuidado melhor de você, Reggie― disse ele ao redor de seu dedo. ―Não estava comigo, e eu malditamente certo, deveria ter assegurado que estivesse antes de atuar como um adolescente brincalhão com sua primeira moça. Ela sorriu e esfregou com sua mão sua bochecha. ―Sou só sua segunda moça, Hutch. ― Ela poderia jurar que suas bochechas avermelharam. ―Não disse para te envergonhar― disse ela rapidamente. Ele sorriu. ―Sei que não fez neném. Só me arrependo por não tê-lo feito melhor para você. Ela sacudiu sua cabeça. ―Foi perfeito, Hutch. Você esteve perfeito. Exatamente perfeito. Ele se levantou com cuidado sobre ela e a olhou. ―Quer tomar uma ducha comigo? Tanto como eu gostaria de ficar na cama com você pelo 133

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resto da noite, realmente prometi bolo de queijo e caramelo. ―Mmmm, mal posso esperar― disse ela sonolenta. ―Irei abrir o grifo de água. Me alcance em dois minutos. Ele ficou de pé e logo se inclinou e beijou sua testa antes de dar volta para caminhar por volta do banheiro. Olhou, desfrutando da vista de seu corpo tonificado. Ela quase deixaria o bolo de queijo e caramelo para passar o resto da noite na cama com ele. Quase.

Capítulo 24

Quando Regina desceu uns minutos depois que Hutch, Sawyer estava sentado no sofá vendo televisão. Levantou a vista quando parou na porta. Quieta intensidade fazia que seus olhos azul pálidos fossem ainda mais pálidos. Olhou com algo mais que desejo ou necessidade. Com desejo. Cruzou a sala, e sem esperar a seu convite, arrastou no sofá junto a ele e se aconchegou no oco de seu braço. Estava abrigado e sólido. Se aconchegou mais profundo, e ele riu entre dentes. ―Se não deixar de acomodar, vai estar por debaixo de mim em um minuto. Ela sorriu e pôs seu braço sobre seu peito. Pegou a mão na sua e simplesmente a sustentou, entrelaçando seus dedos. ―Onde está Cam?―Perguntou. ―Fora acendendo a churrasqueira. ―OH. Vamos ter que sair um momento e fazer companhia. Sawyer grunhiu. ―Estou bem aqui. ―Mmmm, eu também, mas devemos sair. Sobe um pouco a música. Talvez possamos comer ao ar livre. Não faz tanto calor hoje. ―Claro, se isso é o que quer― disse com facilidade. Ela levantou a cabeça para olhá-lo. ―Melhoraram as coisas no trabalho? Ele voltou a grunhir, e ela sorriu e negou com a cabeça. ―Seu nível de detalhe nunca deixa de me surpreender. É obvio que têm muito que dizer quando me está dando ordens. ― disse secamente. Ele riu, e viu com fascinação como a escuridão se desvanecia de sua expressão. O inquietante olhar se perdia em seus olhos enquanto a olhava a sua vez. ―Tenho que voltar pela manhã para cumprir com o cara da cidade, mas parece como uma simples má comunicação. No pior dos casos, perderemos dois dias de trabalho. Podemos arrumar. Ela se inclinou e apertou seus lábios brandamente nos seus. ―Me alegro de que voltou. 134

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Senti saudade. Agora, saiamos e encontremos Cam. Sawyer a estudou por um momento e logo tocou com o dedo o queixo, riscando uma linha da boca e ao redor dos lábios. ―Parece... Mais feliz ― disse. Antes que pudesse responder, ele se levantou do sofá. Quando se agachou para tomar a mão, empurrou-o de retorno para ela. Então ela ficou de pé no sofá e saltou sobre suas costas, envolvendo seus braços ao redor de seu pescoço. Ele riu entre dentes, mas conseguiu agarrar a parte inferior das pernas com suas grandes mãos. ―Esta brincalhona hoje, parece. Apertou a bochecha ao lado de sua cabeça enquanto caminhava para a porta do pátio. ―Talvez estou encontrando meu caminho de volta. Parou por um minuto, com a mão no cabo da porta. ―Já era hora. Sentimos saudades, menininha. Sawyer saiu, e Cam levantou a vista da churrasqueira. Ele sorriu quando viu Regina encarapitada nas costas de Sawyer. ―Onde está Hutch?― perguntou Cam. ―Me fazendo um bolo de queijo e caramelo, ― disse alegremente. Cam sacudiu a cabeça e revirou os olhos. ―O açúcar vai mata-la, Reggie querida. ―Sim, mas essa é uma boa forma de morrer. ―Posso pensar em formas melhores. ― disse Sawyer com um toque de sugestão em sua voz. Apertou os braços um pouco mais forte ao redor de seu peito. Sawyer se aproximou do corrimão do alpendre, voltou e inclinou suficiente para que Regina pudesse descansar sua parte inferior no trilho, mas ainda pendurando das costas. ―Quando vai estar preparada a carne?― perguntou Regina esperançosamente. ―Em uns dois minutos― disse Cam. ―Tem fome? ―Morro de fome. Quero a parte maior de carne. Sawyer voltou a grunhir, e o empurrou. ―Onde demônios põe todos esses mantimentos, Reggie? Juro que tem parasitas. Ela sorriu e olhou Cam por cima do ombro de Sawyer. ―Necessito comida. E açúcar. Carne vermelha e açúcar. ―O que precisamos é começar a comer ou vai morrer de um ataque ao coração antes de chegar aos trinta anos. ―Isso me dá dois anos mais de felicidade culinária então. Olhou-a torvamente. ―Não é divertido. Quero muito mais tempo que isso, amor. Ela se suavizou e ficou melosa com essas tenras palavras. Podia suportar as objeções diárias de Cam quando as coroasse com declarações como essa. 135

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―Tem Hutch todo envolto ao redor de seu dedo mindinho― continuou. ―É por isso que está aí contribuindo a seus maus hábitos. Eu em troca não sou tão fácil de manipular. ―É por isso que assa filés?― perguntou inocentemente Sawyer. Cam disparou um olhar. ―Talvez Sawyer e eu deveríamos cozinhar― sugeriu. Sawyer se engasgou contra ela, e Cam parecia horrorizado, ela riu. ―Simplesmente foi uma ideia― disse. ―Sim, uma má― murmurou Cam. Moveu os braços do pescoço de Sawyer e os enterrou sob os braços e rodeou sua cintura. Ela apoiou a cabeça entre os ombros e suspirou com satisfação. Na vida não há nada melhor que isto. Bom tempo, carne à churrasqueira, bons momentos e seus três melhores amigos da terra. Correção, seus três amantes. Ainda eram os melhores amigos que teve alguma vez, independentemente do fato de que dormiu com eles. E que nunca amaria a ninguém mais. Abraçou Sawyer mais forte. Quando chegaria a hora? Sustentaria outra vez como o fez faz um ano atrás? Havia tanto poder latente engarrafado em seu interior. Não quis fazer amor como Hutch fez, e a excitava e a punha nervosa como o inferno. Sawyer era... Todo rude e selvagem, impulsivo. E conhecendo tão bem como fazia, sabia que ele ia tratar de ocultar essa parte dela. Ela suspirou. Sawyer esticou contra ela. ―O que acontece, Reggie? Ela sorriu. ―Nada. Só pensava. Puxou-a pelos pulsos e afastou de seu peito e lentamente deu a volta entre seus braços. ―No que? ―Em você― disse simplesmente. ―Vai compartilhar esses pensamentos? Olhou como um sorriso travesso em seu rosto. ―Não. Isso me corresponde e a você descobrir. Ali. Viu-o. Cintilando em seus olhos. Um momento de poder sem restrições e de escuro desejo. Se não conhecesse Sawyer tão bem, assustaria enormemente agora mesmo. Seu grande, descomunal massa de humanidade, seus intensos olhos azuis faziam orifícios através dos dela. Sua cabeça barbeada e seu queixo com cavanhaque só acrescentavam mais rudeza a esse exterior. Todo o conjunto o faziam luzir inacessível para a maioria, e suspeitava que o fazia de propósito. Sawyer não era exatamente próximo e pessoal a ninguém que não fosse ela, Cam e Hutch. Era algo que ela e Sawyer tinham em comum. Ela levantou a mão e seus dedos agarraram o aro de ouro de sua orelha esquerda. ―Sabe, para alguém que parece tão mau, seguro que é um marshmallow grande. Ele franziu o cenho. 136

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―O que foi isso? ―Só pensava em voz alta, ― disse ela sem pedir desculpas. ―Bom guarda isso ― resmungou. Cam riu, e Sawyer voltou a dar um olhar feroz. Voltou para Regina. ―Marshmallow? Me chama de marshmallow e se supõe que não devo estar ofendido? Ela sorriu. ―Mas você é meu marshmallow e só é um marshmallow quando está comigo. ―Marshmallow? Reggie esteve cheirando produtos de limpeza? Em lugar de responder, ela se apoiou em seu peito de novo e o abraçou firmemente. Logo. Ia ter logo, e maldição estava segura de que não a trataria como uma parte de vidro. Mas esta noite, estava preparada para desfrutar estar perto deles de novo. Rindo e passando um bom momento com as três pessoas que eram tudo para ela.

Capítulo 25

Regina passou o último bocado de bolo de queijo em sua boca com algo que se parecia com a felicidade orgástica. Quando abriu os olhos, viu que os três homens a olhavam. Não só a olhavam, mas também a devoravam com os olhos. Igual ela ao bolo de queijo que acabava de terminar. ―O que?― perguntou. ―Acredito que mudei que opinião a respeito de te permitir comer bolo de queijo― murmurou Cam. ―Se comer assim cada vez, vou estar contente de que tenha tão frequentemente como quer. Lentamente tirou o garfo da boca, deixando que sua língua retirasse dele até o último pedaço. Hutch gemeu. Ela sorriu e pôs seu prato na mesa de café. ―É tudo o que pensam? ―Sim― foi a resposta idêntica dos três. Ela foi para trás enquanto Hutch recolhia seu prato e logo passou pela sala para pegar os outros pratos em seu caminho à cozinha. A similitude entre a noite de fazia um ano e essa noite não se perdeu para ela. Foi muito parecida. Ela dirigiu. Eles estiveram na churrasqueira e logo se sentaram ao redor brincando e rindo. E em algum lugar no centro de todo isso, um deles a beijou. Não podia lembrar quem começou. Ao tempo que não punha em interdição algo que desejou durante tanto tempo. Esta noite havia uma sutil tensão. Todos haviam pensando nessa noite, mas provavelmente 137

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também no fato de que ela teve que enfrentá-los na manhã seguinte. Dependeria dela fazer qualquer movimento. Eles não a obrigariam. Não queriam que ela escapasse de novo. Seu coração pulsava com força quando reuniu a coragem para fazer o que mais queria. Não os seduziu a primeira vez, mas esta noite o faria. Levantou do sofá e caminhou lentamente para o centro da sala. Voltou para ver Sawyer e Cam olhando com curiosidade. Hutch retornou da cozinha e parou atrás do sofá, com seu olhar nela. Começou a levantar as mãos à camisa, mas tremiam muito. Dobrou os dedos em apertados punhos e respirou para se acalmar. Nervosa? Sim. Mas não tinha medo. Não esta vez. Pouco a pouco estirou seu punho e começou a desabotoar a camisa. Levantou o olhar aos três homens frente a ela enquanto encolhia os ombros e deixou cair a camisa no chão. Hutch de pé, colocou as mãos no bolso de suas calças jeans, com o olhar fixo nela. Cam se sentou na borda da poltrona, observando todos seus movimentos. Sawyer... Olhou-a, tirando a pele das costas, colocando profundamente. Estava como a fogo lento. Podia sentir a tensão do balanço de seus ombros. Grandes, poderosos... Fome. ―Reggie, que diabos está fazendo?― Grunhiu Sawyer. ―O que te parece que estou fazendo?― perguntou em voz baixa. Cam se moveu para frente, chegando a borda da poltrona, obviamente, dividido entre a necessidade de ir a seu encontro e a necessidade de medir as reações de Sawyer e Hutch. ―Mas por que está fazendo isto?― perguntou Cam com voz firme. ―Não queremos isto se você não quiser. ―Mas faço. Desfez de suas calças jeans e os puxou. Ficou diante deles com apenas de calcinha e sutiã. Sinceramente, preferia que fizessem o resto. Não realizou nunca um strip-tease, especialmente não frente a uma audiência, mas não era uma covarde, tampouco. Não mais. As pontas de seus dedos passaram por cima do tórax enquanto os corria por debaixo de seu sutiã, ao redor de suas costas para o fecho. Um gancho, logo dois, e o sutiã caiu solto a seu redor. Ela se endireitou, deixando que se deslizasse no chão com sua outra roupa. Seus olhares queimaram sua pele, deixando consciência aguda a seu passo. Seus mamilos endurecidos dolorosamente. Embora ainda não se moviam, quando uma pontada de insegurança se apoderou, cruzou seus braços sobre seu peito a maneira de segurança. Cravou seus dentes em seu lábio inferior e os olhou com crescente nervosismo. Sawyer amaldiçoou em voz baixa e ficou de pé. Fechou a distância entre eles com duas pernadas. Suas mãos fechando-se ao redor de seus ombros, e a apertou contra seu peito. Sua força, seu poder a rodeou, abraçando-a, capturando-a em sua forte corrente. Ela queria muito estar em seus braços, para que a tocasse, para dar rédea solta ao poder oculto cuidadosamente que sentia que se elevava justo sob sua superfície. Sua boca se fechou sobre a sua exigente e exuberante. Os cabelos de sua barba curta 138

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raspado seu queixo e as comissuras de seus lábios, e imaginou o que sentiria enquanto o resto de seu corpo era beijado por ele e a mordiscava. Um comprido suspiro escapou quando sentiu sua língua na sua. Tanto tempo desperdiçado. Mas, finalmente, estava onde pertencia. Outro corpo quente se colocou atrás dela, e se encontrou presa entre dois peitos duros. Cam. Suas mãos deslizavam por seus lados, detendo nos quadris e depois, puxando para trás até que seu traseiro esteve situado em sua virilha. ―Esta segura que quer isto, Reggie?― Sussurrou Cam ao ouvido. Moveu suas mãos seguras, pegando pelo cabelo e elevando seu pescoço para poder dar um beijo. Um estremecimento se acumulou sua coluna vertebral quando os dentes roçaram o lugar onde seu pulso batia debaixo da orelha. ―Sim― sussurrou ―Muito. Me amem. Por favor. Sawyer abriu seus braços e se dirigiu às escadas. Ela olhou para trás para ver Cam e Hutch que seguiam perto. Seus olhares conectados, unidas em um enlace que esperava se fortalecesse essa noite. Então olhou Sawyer, à determinação de seu rosto. Seu coração se agitou e se acalmou de um só puxão. Quebrariam as barreiras esta noite ou se manteria afastado dela como o fez a última vez? Entrou no dormitório. Que estava no final, que nenhum deles utilizava. Cam ou Hutch acenderam a luz enquanto Sawyer a depositava brandamente na enorme cama no centro do quarto. ―Me diga Reggie― disse Sawyer em voz baixa. ―me diga que quer isto. Que está segura de que isto é o que quer. Cam e Hutch se situaram no extremo da cama. Todos se voltaram para ela, medindo sua reação. Sua boca secou. Engoliu saliva e tratou de conseguir que sua língua cooperasse. ―Quero isto. Mais que qualquer outra coisa. Me mostrem que tenho que fazer. O que querem que faça? ―Só deite e nos deixe te fazer amor. As palavras de Sawyer chispavam sobre sua pele, ardentes com um rastro de calor que parecia como se os raios do sol caíssem sobre ela. Viu como começaram a se despir. Camisetas, calças jeans, roupa intima, tudo saiu, e foi jogado a um lado sem cuidado. Estava sobrecarregada sensorialmente. Por muito que o tentava, só podia lembrar partes e imagens dessa noite fazia um ano. Aconteceu tão rápido. Esteve em um sonho. Não ia voltar a acontecer. Via os três homens magníficos, nus frente a ela. Os homens que a queriam. Desejavam. O pensamento era bonito. Se preocupavam com ela. A amavam. Era quase muito para poder processar. Estremeceu de novo quando a cama se afundou e Sawyer e Cam ficaram a seu lado. 139

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―Não tenha medo, querida Reggie― murmurou Cam perto de seu ouvido. ―Nunca faríamos nada que a machucasse. Voltou para olhá-lo, com quentes olhos castanhos. ―Sei Cam. Não tenho medo. O colchão se moveu em baixo outra vez enquanto Hutch se arrastou sobre a cama a seus pés. Suas mãos deslizaram até suas pernas, as separando a seu passo. Sawyer desceu a cabeça contra seu peito, chupando seu mamilo brandamente com sua boca. Ela puxou com sua mão de sua suave cabeça, mantendo-o em seu lugar. Suas pernas moviam separando mais, e viu passar a cabeça Hutch entre suas coxas. Cada músculo de seu corpo esticava pelo que sabia que aconteceria. Enquanto seus dedos entravam em sua umidade, os lábios de Cam encontraram seu outro seio. Sua visão se voltou imprecisa. Era muito, e haviam somente começado. Como ia se manter em seu ataque? Hutch empurrou suas pernas para cima, e Sawyer se agachou para passar sua mão ao redor de seu joelho. Cam alcançou seu outro joelho, e a estenderam para Hutch. O erotismo puro da pose a deixou ofegando, já à margem do orgasmo. E logo a língua de Hutch acariciou suas dobras, lambendo sua entrada e seus tremente clitóris. Gritou. A boca de Sawyer se estrelou sobre a dela, tragando seu som. Cam passou a língua em um círculo fechado ao redor de seu mamilo, lambendo enquanto Hutch trabalhava lentamente com sua língua profundamente metida em sua umidade. Hutch mordiscou brandamente, com a pressão suficiente para levá-la a perder o sentido. ―Tem um sabor tão doce, neném― murmurou as palavras suaves vibrando enquanto dele brotavam tensas. ―É meu doce, Reggie, ― sussurrou Cam. ―Quem necessita açúcar quando posso degustala? A língua de Sawyer aprofundou, rodeando a dela, explorando sua boca em um patrão sensual. Sua pegada apertando seu joelho enquanto suas pernas começavam a tremer. Puxou para cima, dando maior atenção a Hutch. Gemeu na boca de Sawyer. ―Isso, querida― a animou. ―Pega o que oferecemos. A língua de Hutch subia outra vez, depois se movia para baixo, fazendo um túnel em sua vagina, lambendo e degustando, empurrando em seu interior enquanto parecia saboreá-la. Era muito. Um raio se apoderou dela. Todo seu corpo rodando em espiral e retorcendo em um nó apertado. Sua boca disparando e chupando seu clitóris. A tensão radiava rápido através de sua vagina, apertando cada músculo e transformando-a uma massa espasmos. E logo se dividia. Desfazia em uma explosão tumultuosa. Retorcia e resistia. Cam mordiscou bruscamente seu mamilo. Sawyer fez chover beijos quentes em seu pescoço, seu ombro, logo para baixo a seu outro seio. Hutch trabalhando por baixo de seu orgasmo com a luz lambendo todos, até que se estremeceu com cada toque. 140

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Hutch se afastou, e Cam foi a um lado. Chegando às cegas a Cam, mas foi Hutch, que a puxou pela mão e a colocou brandamente na sua. Cam se moveu entre suas pernas, e Hutch alcançou seu joelho como Cam fez, puxando lentamente para cima. Cam enterrou suas mãos em seu traseiro, levantando um pouco enquanto se movia sobre ela. Seu olhar voou a ele enquanto seu pênis dava um golpe a sua vagina ainda palpitante. Um gemido de agonia se iniciou em seu peito e saiu enquanto a penetrava. Um comprido empurrão e esteve encravado no interior de seu corpo. Ela convulsionou a seu redor, suas malhas ainda com o fogo de sua liberação a uns momentos. Apertando os olhos fechados, deixou escapar um profundo suspiro. ―É tão bom querida Reggie. É tão boa. ―Me ame― disse ela, com seu dolorido corpo girado para ele. Hutch começou a trabalhar com preguiça passando a língua pelo peito. Seus dedos apoderando de sua perna enquanto a sustentava para Cam. Logo relaxou seu controle e moveu sua mão sob seu joelho para agarrar a parte inferior de sua coxa. Levando mais contra o peito, o que a fez apertar mais o membro de Cam. Ambos se queixaram. Sawyer moveu a mão, empurrando a perna mais para seu corpo. Tanto ele como Hutch chupavam seus mamilos enquanto Cam começava a pressionar. Lentamente no princípio e logo com mais velocidade e potência. ―Me toque― disse com voz entrecortada. ―Por favor. ―Onde, neném?― Murmurou Hutch. ―Nos conte como você gosta. ―Em meus clitóris. Sawyer olhou vacilante onde ela e Cam se uniam seu pênis profundamente em sua vagina. Olhou a Cam e logo a Reggie. E como se então tomasse uma decisão ou chegasse a um acordo com a intimidade que a ação propunha, elevou a perna e lentamente deslizou sua mão até os cachos entre suas pernas. Cam retrocedeu, deixando seu lugar a Sawyer. Seu dedo entrou em sua suave carne, encontrando o pequeno pacote de nervos. Começou a acariciar enquanto que o membro empurrava para frente. Sawyer esticou, mas não moveu a mão enquanto os gemidos de Reggie enchiam a sala. Cam levou a mão à perna que Sawyer liberou e a sustentou no lugar quando começou a mover mais e mais rápido. Cada movimento sacudia a mão de Sawyer contra seu clitóris. Sua boca encontrou a sua, quente e sem fôlego. Língua contra língua. Cam se apertou contra ela, ficando profundamente e permaneceram ali durante um momento. Completa. A boca de Hutch amamentando brandamente de seu peito, sua língua entrando e saindo de sua enrugada ponta. Ficou sem fôlego para respirar com a boca de Sawyer, querendo e necessitando mais dele. De todos eles. Pouco a pouco, o pênis se separou dela, e gemeu em sinal de protesto. Estava tão perto. E 141

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então percebeu de que ele liberava sua vagina porque Cam já gozou. Se moveu sem descanso contra a mão de Sawyer, querendo seu próprio orgasmo, mas ele também se separou, movendo sua mão sobre seu ventre, deixando um rastro úmido sobre sua pele. ―De joelhos, neném, ― Hutch sussurrou enquanto se afastava dela. Sawyer a ajudou a sentar e logo a girou até que cravou os joelhos no colchão. Ele se moveu frente a ela, sobre suas costas e logo se acomodou embaixo para que sua boca estivesse perto de seu membro sem esforço. Abriu caminho por seu cabelo, os dedos agarrando seu couro cabeludo. Houve uma mudança e uma ligeira sacudida, e logo as palmas de Hutch se moveram sobre suas nádegas até as costas. Continuando, para baixo de novo, movendo enquanto se colocava atrás dela. Enquanto baixava a cabeça para tomar Sawyer em sua boca, Hutch deslizou em sua vagina. Suave. Só um impulso e esteve dentro dela. Sawyer se queixou, e as mãos se apertaram em seu cabelo enquanto passava a língua pela parte traseira de seu pênis. A coroa se chocou com a parte traseira de sua garganta, e ela engoliu instintivamente. Hutch se acalmou por um momento, como dando tempo para adaptar às demandas de Sawyer. Engoliu Sawyer com profundidade, então levantou sua boca, permitindo que seu pênis se movesse quase livre dos lábios. Absorveu seu gosto, deixando que seguisse assim em sua língua antes de tragar tudo. Seus quadris corcovearam subindo, em busca de mais. E ela o deu. Dando uma respiração mais profunda, tomou tudo dele. Hutch começou a mover seus quadris para frente e para trás, empurrando duro, embora pouco profundo. Retirou até que não esteve dentro, parou e logo se lançava de novo para frente, fazendo que suspirasse contra o pênis de Sawyer. O fôlego de Sawyer saía em um assobio comprido. Levantou a vista para ver seus olhos bem fechados, a cabeça arremesso para trás. Era bonito. Selvagem e absolutamente perfeito. Os músculos de seu peito e os braços ondulando enquanto se esforçava contra ela, quase como se estivesse em agonia, embora seu rosto estava cheia do mais doce dos prazeres. Ela estava fazendo isso. Nesse momento, deu conta de seu poder. Não de fazer mal, mas sim de amar. Dar o que necessitavam ao igual a ela necessitava o que ofereciam. Fechou os olhos e desceu a boca de novo, envolvendo, levando sem reservas. O golpe da carne de Hutch contra a dela enchia o quarto. Úmido, cheio de ruídos de sucção enquanto engolia Sawyer com abandono. Afiado, seu orgasmo a encheu, concentrando em sua vagina, ampliando até seu ventre, nas pernas, que já começavam a tremer incontrolavelmente. Tomou com suas mãos ambos os lados dos quadris de Sawyer, que lutavam pela força de aguentar. 142

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Chupava e lambia. Apertou a boca ao redor de seu grosso membro. Queria dar tanto prazer como o que ela sentia. Seria possível? Elevando. Mais e mais até que pareceu enjoada, e, entretanto ainda não se precipitava sobre a borda. Não podia suportar. Deus. Era muito. Hutch entrou de novo em sua profundidade, os quadris mais altas enquanto cavalgava. Seus quadris frente a seu traseiro. Seus dedos se fecharam ao redor de seus quadris, explodindo, enquanto se inundava. ―Reggie. Reggie! A voz urgente de Sawyer se filtrou na névoa rodeava. ―Querida, vou gozar. Nos vamos gozar. Ignorou e o chupou profundo, aguentaria-o aí enquanto trabalhava com sua boca a seu redor. ―OH, Deus, querida. Sua voz se quebrou em um afogado grito de assombro. Ela fechou os olhos a pesar da dor, o prazer era delicioso, insuportável. Algo que tinha que dar. Não podia ir mais à frente. Mais rápido, mais duro, Hutch desabou. Implacável. Seus quadris batendo contra seu traseiro, a fricção de seus eixos enviando fogo ardente através de sua vagina. Ela gritou em torno do membro de Sawyer e logo se quebrou quando o toque quente de seu sêmen encheu sua boca. O engoliu profundo, decidida a não negar nada. Engoliu aspirando, passando a língua pela parte posterior de seu pênis. Hutch empurrou de novo, esta vez mais profundo, e ela gemeu diante da sensação dupla que se fechava em seu traseiro e com Sawyer em sua boca. Pulsou ao redor do membro de Hutch, as sensações quase muito cruas, muito agradáveis de suportar. Por um longo instante, ficou ali enquanto ela seguia abrandando sua ereção com o cuidado de sua língua sobre Sawyer. E logo Hutch aliviou seu corpo. Estremeceu e gemeu quando seu pênis se soltou. Finalmente, levantou a boca, o que permitiu a Sawyer cair sobre seus lábios, e ela se desabou em seu ventre, com seu membro ainda palpitante, sobre a pele de sua garganta. Seu peito jogado contra Sawyer enquanto tratava de recuperar o fôlego. Infernos, só queria respirar. Estava completa e totalmente satisfeita. Sawyer acariciou o cabelo ternura, tirando-o longe de seu rosto. ―Fique ―sussurrou. ―Não posso me mover. Não quero me mover. ―Então, fica comigo ― murmurou Sawyer. ―O tempo que queira querida. Ela fechou os olhos, contente no momento que se manteve entre as pernas de Sawyer, com a cabeça apoiada em seu ventre. Sentiu um suave beijo no ombro e honestamente não sabia se era de Cam ou Hutch, e estava muito cansada, muito contente e saciada por completo, para abrir os olhos e olhar. 143

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Continuando, uma manta percorreu o corpo. Sawyer se agachou, colocou as mãos debaixo de seus braços e arrastou seu corpo até que sua cabeça ficou situada justo debaixo de seu queixo. A manta os tampava a ambos e a abraçou com força. ―Te amo― murmurou sonolenta. Houve uma pausa e logo à direita por cima de seu ouvido: ― Amo você também, amor.

Capítulo 26

Sawyer despertou com uns cachos sedosos revoando através de seu nariz. Quando tratou de levantar o braço para aliviar a cócega, roçou um corpo quente e suave. Reggie. Ainda se estendia através dele, entrelaçada, profundamente adormecida, com a cabeça colocada sob o queixo com firmeza. Os lençóis estavam enredados ao redor de seus pés, e ainda podia cheirar o suave perfume do sexo. Respirou profundo, e seu pênis se sacudiu. A excitação bateu na virilha. Apertou as bolas. Teria gostado mais despertar e ter suas bolas profundamente em sua vagina. Seus músculos tremiam e gotas de suor brilhava em sua testa. Em seu lugar, brandamente alisou seu cabelo e apertou os lábios sobre sua cabeça. Ordenou si mesmo se acalmar. Tratou de saciar o impulso feroz de reclamá-la, crua e urgentemente. Ainda estava aqui. Não se foi, e ele não estava a ponto de assustá-la até a morte e fazê-la querer fugir de novo. Se isso significava que tinha que se moderar a seu redor, então poderia fazer frente. Levantou a vista quando ouviu a porta abrir. Hutch apareceu com a cabeça. ―Bem. Está acordado. Café da manhã em quinze minutos. ― Sawyer grunhiu mudo, e Hutch se inclinou e se foi. Reggie se mexeu contra ele, deslizando sensualmente sobre seu corpo, que se estendia como um gato, quase ronronando como um. O céu o ajudasse. Seu pênis já estava apunhalando em sua tripa, sentia contrações como se fosse de fogo. Ela esfregou a bochecha contra seu peito, suspirou contente e logo levantou sua cabeça para olhá-lo com sono, os olhos contentes. Brilhavam em cor azul. Havia luz e brilho. Parecia feliz. Quando tratou de respirar, o peito encolheu e oprimiu incômodo. Amava Reggie. Não importava admitir. O que não amava era como parecia fraco com apenas olhá-la. Afrouxou. Como uma maldita marionete preso em suas cordas. Não tinha nenhum controle quando estava a seu redor, e não podia permitir o luxo de perdê-lo. Não com ela. Nunca com ela ―O que está pensando?― perguntou em voz baixa. Passou um dedo ao redor da curva de sua mandíbula e logo aos lábios. ―Que eu gostaria de despertar assim todos os dias. Ela sorriu. 144

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―Tem seu atrativo, não? Ela moveu as mãos para baixo, entre eles. Seus dedos se fecharam ao redor de seu membro, e ele estava malditamente perto de explodir. Uma necessidade atravessou suas tripas. Cada ponta de seus dedos apertados contra sua ereção que sentia tão perto. Ah! Merda. Isto não ia funcionar. Deu a volta de repente, seus braços ao redor de Reggie para não machucá-la muito. Seu pênis parou entre suas pernas, pressionando contra a entrada de sua vagina. Em lugar de estendê-la e afundar profundamente em seu calor de veludo, beijou-a na testa e empurrou a si mesmo fora. Não olhou para trás enquanto que seus pés caíam ao chão com um golpe. Tinha medo de encontrar algo em seus olhos que não pudesse resistir. ―Sawyer? Sua voz soava pequena e confusa. Inferno. Isto por não olhá-la. Preparou, assegurando que tinha seu melhor sorriso preguiçoso quando se voltou para ela. ―Hutch apareceu em faz um segundo, disse que o café da manhã estava preparado. Tem fome? Ela franziu o cenho ligeiramente. ―Claro. Só preciso tomar uma ducha. Levantou, mostrando assim sua muito evidente ereção à vista. Excitava-o tanto que seu pênis estava chegando a seu umbigo. ―Venha, toma uma aqui. Vou tomar uma ducha no banheiro do outro quarto― disse, justo antes de sair para a porta como um homem com um pitbull em seu traseiro. Regina suspirou e ficou arremesso na cama, com o olhar fixo no teto. Que diabos estava passando através da cabeça desse homem? Era uma incógnita. Queria. Não havia dúvida disso. Era o mais claro dos três homens na hora de deixar que suas necessidades e desejos se conhecessem. Enquanto que Cam e Hutch se conformaram e retrocederam para dar espaço, Sawyer a enfrentou, negando a deixar que ela pusesse uma barreira entre eles. O que era muito, muito irônico quando se considerava a barreira de cimento que acabava de construir. Duas vezes fez amor com os três homens, e duas vezes Sawyer não fez mais que entrar em sua boca. Não é que importasse, mas o queria no mais profundo de seu corpo. Queria suas pernas envoltas ao redor de suas musculosas coxas enquanto bombeava e se esforçava em cima. Um gemido irregular escapou enquanto seu clitóris começava a palpitar em resposta. Suspirou e deu a volta, enterrando seu rosto no travesseiro. Isto não era algo que poderia abordar entre os quatro. Era mais pessoal entre ela e Sawyer. Como diabos esperava que isto funcionasse quando passava seu tempo evitando-a durante o sexo? A tensão entre eles era tangível. Desejava-o, e a desejava. Não havia dúvida. Entretanto, tinha que quebrar qualquer pensamento estúpido que tivesse a respeito de fazer amor com ela. Sim, era um homem duro. Aproximou sempre à maioria das coisas como um touro em uma loja de porcelana, mas maldição o conhecia. Ao inferno, todo mundo sabia. 145

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Só havia algumas possibilidades de sua relutância. Um, que não estava realmente a gosto frente aos outros dois homens. Pareceu notavelmente apreensivo quando entrou em contato com o olhar de Cam quando pediu que a tocasse. E realmente, não podia culpá-lo por isso. Ainda a punha nervosa fazer amor com mais de um cara de uma vez. Dois, que não a queria. Três, que tinha medo de fazer mal a ela ou assustá-la. A dois não era a resposta obviamente, tinha que ser um ou três. Estava apostando que era uma combinação das duas. Não sabia o que fazer a respeito da um, mas podia malditamente fazer algo a respeito da três. Com um gesto decidido de seus lábios, levantou da cama e se dirigiu à ducha. Sawyer e Hutch se dirigiam a seu lugar de trabalho cedo, e Cam tinha telefonemas que fazer e planos para revisar. Ela tinha seu próprio programa de atividades, que incluía chamar seu chefe e também Michael para ver se foi para casa para conseguir as medidas de segurança que pediu que colocasse. Necessitava em seu lugar antes de ir.

A casa estava em silêncio. Falou com o Michael, e seus homens estavam terminando na casa enquanto faziam. Não achou seu chefe quando ligou à estação, mas falou com Jeremy. Queriam que Cam, Sawyer e Hutch fossem a um interrogatório logo que fosse possível, e não gostava da ideia de passar essa informação. Quereriam saber por que, e se ela ou o chefe informava, dariam conta que o caso era muito mais complicado. Se aconchegou na poltrona e fechou os olhos. Uma dor surda se inseriu em suas têmporas. Uma vez que fossem interrogados, realmente não importa se sabiam das medidas de segurança que instalou Michael na casa. Provavelmente seria mais fácil se ela o dizia em lugar de deixar que tudo saísse mais tarde. O que preocupava era a reação de Hutch se o dedo assinalava alguma vingança pessoal contra ele. Quereria pôr a maior distancia possível entre ele e outros. Era provável que o fizesse. Diabos ela mesma tentou quando parecia que poderia ser o objetivo da ameaça. Ela não podia, não queria permitir fazer isso. Tinham que permanecer juntos. Para Hutch seria muito fácil ter à ideia de ir sozinho. E não seria capaz de protegê-lo. O zumbido silencioso do ventilador no teto a adormecia. O seguinte que soube foi o murmúrio de vozes. ―É linda toda encolhida no sofá― disse Hutch. Sawyer fez um ruído alto. ―Chutará seu traseiro por chamá-la linda. Mas sim, é um pouco doce de ver. Já sabem, quando está adormecida e não tem o joelho em meus ovos. Ela sorriu e entreabriu um olho. ―Vocês dois estão tão cheios de merda. 146

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Hutch rondava e deu um beijo na frente. ―Hei aqui preguiçosa. ―Que horas são?― perguntou. Um bocejo gigante quase quebrou a mandíbula, e a esfregou quando se sentou. Sawyer olhou seu relógio. ―Quase cinco. Seus olhos se abriram maiores. ―Cinco da tarde? Raios, dormi todo o dia. Hutch abriu a boca, mas o acalmou com um olhar. ―Não diga. Se cale. Voltou as palmas para cima. ―O que? ―Ele não se atreveria a dizer sobre de sua necessidade de descanso e que já era hora de que tirasse ― disse Sawyer. Logo sorriu. ―Mas eu faria. Jogou um travesseiro pequeno para ele, que ele pegou e a lançou de volta a sua cabeça. ―Conseguiram fazer tudo em seu trabalho? ―Sim, ― disse Hutch. ―Onde está Cam de todos os modos? Ainda fechado em seu escritório? Ela assentiu. ―Não escutei nem pio dele em todo o dia. Estirou, mas não se levantou do sofá. A verdade era que estava muito cômoda para pensar em mover. Mas tinha fome. Olhou com esperança a Hutch. ―Ah, conheço esse olhar― disse com um brilho nos olhos. ―O que?― perguntou ela, imitando sua pergunta inocente. ―Quer comida ou açúcar. Suponho, já que Cam não está aqui para olhar mal, o que quer é açúcar. ―Mmmm caramelo. Ou talvez o bolo de queijo. Deu seu melhor sorriso para enrolá-lo. ―Ambos? Sawyer começou a rir e se aproximou do sofá para descansar seus pés. ―Dá um pouco de tempo enquanto faço algo para jantar?― Disse Hutch. ―Estou fazendo frituras. ―Mmmm. ― Suspirou de novo. Seu estômago grunhiu. Sawyer franziu o cenho. ― Cam não te deu nada para o almoço? ―Diz que como se eu fosse invalida, que tem que comer e beber com regularidade― disse com amargura. ―estive adormecida todo dia. Se despertasse, estaria brava porque preciso descansar muito, lembra? ―Também precisa comer. ― Olhou especulativamente. ―Perdeu peso, e não tinha nada de sobra para começar. ―Bom, vou assegurar de manter minhas partes fracas longe de seu oh tão brilhantes partes 147

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― disse. Sawyer piscou surpreso, e ela poderia ter arreganhado por soar como uma chata petulante e idiota. Deus. Era isto no que o sexo e a emoção a converteram? Sim, estava chateada com ele por manter toda a luxúria e o desejo enjaulados, mas não o estava tomando pessoalmente. Ou era ela? Jesus. Tinha que conseguir controlar. ―Reggie... ― Começou. Uff, mas não era uma conversa que fosse ter agora. Não com Hutch olhando-a como se fosse a peça que faltava do quebra-cabeças. Estirou seus pés sobre o sofá e empurrou a si mesma em posição vertical. ―Tenho sede. ― anunciou e se dirigiu à cozinha. O telefone soou, mas o ignorou. Não era seu telefone. Além disso, Cam o atenderia. Procurou na geladeira e tomou uma cerveja. Passou muito tempo desde que desfrutou de uma. Mas logo franziu o cenho e a retornou de novo. Hutch não estava a gosto com o álcool. Depois, apertou os dentes e retrocedeu. Não era como se fosse se embebedar, pelo amor de Deus. Fechou a geladeira, tirou a tampa da garrafa e bebeu um longo trago. Cam entrou na cozinha um segundo mais tarde, telefone em mão. ―É para você― disse, sustentando para ela. ―O chefe. ―OH, obrigado. Desceu sua cerveja, limpou as mãos nas calças jeans e tomou o telefone. ―Regina, fizemos uma detenção. ― disse o chefe sem nenhum preâmbulo. Seu pulso aumentou. ―De verdade? O que aconteceu? Quem fez a detenção? Têm uma confissão? ―Tranquila― disse o chefe. ―Cada coisa há seu tempo. Ninguém fez uma detenção. O filho de puta se entregou da maneira mais fácil. Entrou na estação e disse a Greta que era a ele a quem procurávamos. O maldito quase fez que desse um ataque do coração. Queria chamar para que não se preocupasse em ter que trazer os homens para interrogá-los amanhã. Parece que não os necessitaremos. Ao menos, não ainda. ―É sólida a evidência?― Queria perguntar o que tinha em mente ou na de Hutch, e o que estiveram suspeitando depois, mas não queria trazê-lo para colação, enquanto os homens estavam todos de pé a seu redor, ouvindo de cada palavra. ―Bom, nada é seguro, mas parece bastante fechado. Temos uma confissão pelo assassinato de Misty Thompson. Esteve mantendo seus lábios fechados sobre tudo o resto, mas vamos apertar um pouco mais. ―É grandioso― murmurou. ―Posso voltar a trabalhar então, Não? ―Eu não disse isso― disse secamente. ―Mas sim, quando se sentir melhor, pode retornar de sua licença. ―Senhor, me sinto muito bem. Fez um som de impaciência. 148

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―Dê alguns dias mais, Fallon. Vamos ver como se segue este caso. Se tudo sair bem, pode vir na segunda-feira e falaremos disso. ―Genial. Nos vemos na segunda-feira então. Desligou com uma onda de júbilo. Quando levantou a vista, viu Cam, Sawyer e Hutch todos olhando, em uma postura rígida. ―Fizeram uma detenção― disse. ―E?― Perguntou Cam com cautela. ―E o que? Isso significa que podemos respirar com mais facilidade. ― encolheu os ombros, inclusive seu controle a inquietava. ―Não acha que voltar na segunda-feira é forçar as coisas um pouco?― disse Hutch. ―Sinto-me bem. Além disso, o chefe quer que leve com calma, irei na segunda-feira e vamos avaliar as coisas então. Quero voltar de todos os modos. Limparam a cena em minha casa, como era de esperar, e talvez possa começar a limpar. A mandíbula de Sawyer se sacudiu. Engoliu com as bochechas vermelhas. ―Me digam que não esperavam que renunciasse a meu trabalho ou me escondesse para sempre. ― disse em voz baixa. Sawyer se adiantou seu olho direito saltando. Seus lábios pressionados tão forte que se viam a ponto de explodir. ―Você me diga Reggie. Está nos deixando agora que já não nos necessita mais? Não nos devolve isto à forma em que foi durante o último ano no que não queria nos ver e passou todo o tempo escondendo atrás de seu trabalho? Sua boca abriu. ―O que acontece com vocês? Pensei que estariam felizes de que o monstro que esteve tratando de me matar está atrás das grades e que talvez possamos seguir adiante com nossas vidas sem nos preocupar de que algum de nós se vá ao inferno a próxima vez que subamos ao carro. Cam se moveu com rapidez, nunca com calma, mas ainda com um pouco de raiva, de frustração estabelecida nas linhas ao redor de sua boca. Pôs suas mãos sobre os ombros, e pôde sentir a tensão em seus dedos. ―Estamos muito contentes de que esteja a salvo agora, Reggie. Deve saber isso, nada mais. Acredito que o que Sawyer estava tratando tão delicadamente de determinar era se vai ou não permanecer conosco. Seus olhos se estreitaram. ―Acredito que depende do que estejam esperando de mim. Não é uma questão de jogar fora agora que já não os necessito. Deverei ressaltar que eu não os chamei. Não pedi que viessem e jogassem o protetor. Fizeram por sua conta. Assim não digam isso de que pedi algo e jogo vocês quando já não preciso pedir nada mais. Hutch jurou bastante alto, e Sawyer se voltou e se afastou. Cam afrouxou seu braço. ―O que pedimos Reggie? O que pedimos exceto fique conosco, que deixe de fugir de nós? 149

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―Não vou deixar meu trabalho― disse secamente. ―Nem sequer por vocês. Cam relaxou e logo passou uma mão pelo cabelo. ―Ninguém pediu que renunciasse amor. Está saltando antes de disparar, não parece? Ela se moveu incômoda. ―Estávamos concentrados na parte onde disse que queria voltar para sua casa, e seu trabalho. Agora, nos soa muito a que já não nos necessita ou não quer estar conosco. ―Eu, disse que ficaria. ―Sim, mas por quanto tempo?― Falou Hutch. Se aproximou dela pela primeira vez, seus olhos verdes jogando faíscas, como foguetes. Merda. Não esperou que as coisas resolvessem de forma tão rápida. Queria tempo com eles para averiguar se era algo que nunca ia funcionar. Agora se enfrentava a uma decisão que não estava segura de estar disposta a fazer. ―Não sei― disse com frustração. ―Não é como vocês o fazem soar. Só quis dizer que estava bem que voltasse e recolhesse os pedaços que ficavam. Minha casa está destroçada. Não tenho carro. Estou sem trabalho temporariamente. Minha vida inteira está caindo aos pedaços envolta de mim, assim terão que me perdoar se soava um pouco desejosa de pôr tudo de novo em seu lugar. Não foi algo pessoal. Sei que o fiz ver como se fosse muito fácil, ter uma noite, e logo seguir meu caminho feliz, mas não sou tão cruel. Não irei e fingirei que nada aconteceu. Não esta vez. Apertou os dedos em seus punhos e depois passou além de Cam e Hutch. ―Reggie, neném, espera― chamou Hutch. Ignorou e seguiu caminhando. Ouviu o Cam gritar que voltasse. Sim, via a sabedoria de dar seu espaço neste momento antes que fugisse. Era outra forma em que ela e Sawyer se pareciam tanto. Não estavam acalmados e concentrados. Abriu a porta do pátio e saiu, fechando de repente logo atrás dela.

Capítulo 27

Cam olhava enquanto Reggie passava a mão no cabelo, tirava e depois, voltava a colocar. Sua outra mão estava apertada com força a seu lado, e caminhava de um lado a outro. Podia ver seus lábios movendo enquanto murmurava para ela mesma. Sim, estava agitada. Queria sair e abraçá-la simplesmente, dizer que tudo ia estar bem, mas diabos, a quem estava tirando o sarro? Não sabia se o faria. O medo o enchia. ―Que caralho vamos fazer Cam?― perguntou Hutch. Cam o olhou de esguelha, e depois separou da porta pela que Reggie saiu. ―Cristo, não sei Hutch. Dar um pouco de espaço? ―Tentamos. Não funcionou. 150

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―Pressioná-la não ajudará. Sabemos. ―Não quero que vá de novo a esse maldito trabalho― disse laconicamente Hutch. Cam suspirou e se aproximou da poltrona. Não havia sinais de Sawyer, embora tivesse que se acalmar antes que voltasse a aparecer. Parecia estar a ponto de explodir. ―Eu tampouco, homem. Mas essa não é nossa decisão. Não pode ser. ―Olhou Hutch, que caminhava ao redor para sentar na poltrona. ― Igual sabíamos que nunca devíamos pedir que escolhesse entre nós, não pode pedir que escolha agora entre nós e seu trabalho. ―E se ela afasta de novo? Havia uma boa dose de medo na voz de Hutch. Era o mesmo medo que estava a ponto de cair sobre o Cam. ―Não podemos obrigá-la a que permaneça conosco― disse Cam em voz baixa. ―Tudo o que podemos fazer é mostrar o muito que a amamos e tratar de convencê-la de que funcionará. Sabíamos que não ia ser fácil. Hutch jogou a cabeça para trás e olhou ao teto. ―Não entendo seu desejo de ser um policial. Às vezes me faz pensar... Às vezes penso que o faz só para vingar de seu velho, sabe? E se esse é o caso, não é onde deve estar. Como pode ser feliz? Cam se inclinou para frente. ―É feliz com sua vida, Hutch? Está satisfeito com nosso negócio? Além de Reggie, está satisfeito? Hutch sacudiu a cabeça para olhar Cam. ―Sabe que estou. ―Não pode me dizer que não se propôs a fazer algo por você mesmo e foda-se todas as pessoas que pensava que não valeria nada. O pai de Reggie é um deles. Isso faz que seja menos feliz com os resultados devido à motivação atrás de suas ações? Hutch girou o rosto de desgosto. ―Por Deus, Cam, curta com a merda da análise. Juro que me dói a cabeça com toda sua filosofia. Cam riu entre dentes. ―Sabe que tenho razão. Independentemente de por que Reggie escolheu a profissão que tem, é feliz. É duro. Mas pode dirigir a situação. Eu gosto? É obvio que não. Em um mundo perfeito, ela não trabalharia absolutamente. Ficaria em casa. Em nossa casa. E cuidaríamos dela. Mas, pode honestamente ver Reggie fazendo isso? Faria eunucos de todos nós. O rosto de Hutch desenhou um sorriso. ―Sim, escuto. ― Seu olhar olhando a porta. ―Assim o que faremos? Cam seguiu com o olhar os passos de Reggie no pátio. ―Esfriamos. Deixemos que ela sozinha o solucione. E não pomos um ultimato nem fazemos que pareça que estamos entregando um. ―Mas está zangada. ―Sim, e? Quantas vezes a fizemos zangar-se nestes anos? 151

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―Sim, mas há muito mais em jogo nesta ocasião ― disse Hutch. ―Não vou discutir isso, mas Hutch, não estamos entrando em utopias aqui. Não vai haver argumentos. Diabos, com Sawyer e Reggie na mesma casa? Estamos falando de dois bulldogs que não conhecem o significado da palavra “se deite”. Não pode deixar que te afete. Inclinou mais para Hutch. ―E direi algo mais. Não posso me preocupar com minha relação com Reggie ou de Sawyer com Reggie. Não é possível que seja adequada para o resto de nós. Iremos de uma puta vez, mas não pode ir por aí recolhendo os pedaços dos enganos de outros. ―Sim, entendo― disse Hutch em voz baixa. ―Não quero arruinar isto, Cam. Não acredito que vamos ter outra oportunidade. Cam engoliu pelo pânico causado pela declaração de renúncia de Hutch. Refletia seus próprios pensamentos com muita precisão. Não, não acreditava que tivessem outra oportunidade se arruinavam esta. Mas maldição, Reggie tinha que estar disposta a reunir-se a metade do caminho. ***** Sawyer fez outra repetição de estiramentos antes de finalmente deixar os pesos abaixo. Seu peito subia pelo esforço e o suor empapava sua roupa. Fazer exercício. Sim, isto se supunha que o ajudaria a queimar sua frustração, não? Tudo o que conseguiu era um bom esgotamento e a necessidade de uma ducha. Duas delas. Dirigiu aos vestuários para tirar o suor do corpo. Não deve ter saltado diante de Reggie assim, mas maldição parecia difícil. Teimosa como uma mula de carga. Ele deveria saber. Eram duas ervilhas em uma mesma vagem. Era por isso que topavam com suas cabeças tantas malditas vezes. Apoiou o braço na parede da ducha e pôs sua frente sob o chuveiro enquanto a água caía sobre suas costas. Reggie voltaria para seu trabalho. Sua casa. Sua vida. Sem eles? O que aconteceria a sua promessa de ficar? De tratar de solucionar as coisas? Ou que só fossem uma distração temporária? Não, Reggie não era assim. Poderia ter medo à morte, mas não os usaria assim. Não intencionalmente. Esfregou o corpo e enxaguou, logo saiu da ducha com uma toalha ao redor. Os músculos doíam como um filho da puta, mas ao menos estava um pouco mais tranquilo agora. Sair assim foi provavelmente uma má ideia, mas se tivesse ficado, as coisas ficariam mais tensas. Não fazia falta mais tensão. Já havia bastante disso cozinhando a fogo lento entre todos eles. Não sabia se a beijava até perder o sentido ou dar um chute no traseiro. Ambas as opções tinham certo atrativo. Obstinada, teimosa, linda mulher. Com uma grande boca, atrevida e sexy, como menina do inferno. O que ia fazer sem ela? 152

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Não queria saber. Passou já muito tempo longe dela. Não por escolha, mas em algum momento, tudo tinha que terminar. Já fosse que decidissem dar uma oportunidade ou que dissessem que todos fossem ao inferno e fossem por caminhos separados. Por muito que este último fizesse um buraco no estômago, não podia seguir assim, com esperança e tratando de chegar a algo que nunca poderia acontecer. ―A montanha de um grão de areia― murmurou enquanto subia em sua caminhonete. Era um argumento maldito. Não era o fim do mundo. O dia que ele e Reggie deixassem as disputas seria o dia que enterrassem um deles. Sim, reagiu de forma exagerada, mas ela também. Não é que fosse nada novo. Dirigiu a casa sabendo que teria que engolir um pouco sua dureza, mas não era assim como era a vida com uma mulher depois de tudo? Sorriu. Os homens se humilhavam todo o tempo no altar por uma mulher. Se não o fizessem, a população se teria extinguido fazia muito tempo. Quando chegou ao caminho de entrada, deu conta de que a casa estava escura. Provavelmente, todos teriam ido para cama sem ele. Esforçou por não estar ciumento do fato de que Reggie estava provavelmente colocada entre Cam e Hutch ou que provavelmente já imaginaram seis formas de passar no domingo. ―Desce moço!― murmurou enquanto seu pênis subia com atenção. Mas quando entrou na escura sala, viu que Reggie não estava em cima com Cam nem Hutch. Estava encolhida no sofá dormindo. Tão somente com uma camiseta. Esteve esperado por ele? Todos seus comentários inteligentes anteriores se foram a um lado, a ideia de que sua mulher esperou por ele enviou uma descarga de prazer puro a suas veias. Tremer a seus pés não parecia tão mau como pareceu há uns minutos. Deixou cair sua bolsa de ginástica no chão e aproximou onde estava deitada. Ajoelhou a seu lado e passou um dedo pelo braço. A pele ficou arrepiada na esteira de seu contato. Agitou e fez um desses sons entre sonhos que ele tanto amava. É obvio que gostava de muito mais quando fazia sobre ele. Mas maldição parecia tão malditamente linda. Doce inclusive. Bom, ela não ia dormir aqui, e se Cam e Hutch eram tão tolos para deixá-la dormir sozinha, era seu problema. Ele a levaria para cama com ele. Deslizou os braços por debaixo e a elevou. Ela aterrissou em seu peito com um golpe suave, e ficou ali um momento, simplesmente desfrutando da sensação de seu corpo quente recolhido contra o seu. Sim, a vida era boa. A maioria das vezes. Ao menos até que despertasse e chutasse seu traseiro. Até então teria estado desfrutando muito da situação enquanto podia e punha em prática sua aparência de humildade. Subiu as escadas e a levou a seu quarto. Entrando, deu um chute a porta para fechá-la atrás. Colocou-a na cama e puxou a manta para cobri-la até os quadris. Logo deu um passo atrás e rapidamente encolheu os ombros tirando as calças jeans e a camisa. Quando arrastou a seu lado e se aconchegou a suas costas, ela se agitou e voltou outra vez, encolhendo-se em seus braços. 153

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―Sawyer?― perguntou ela adormecida. ―Sim, querida? ―Sinto por fazer que todos se zangassem com você. Ele sorriu. ―Eu também. Ela acariciou seu pescoço, e suspirou de satisfação. ―Reggie? ―Sim? ―Vai ficar? Houve uma breve pausa, que se sentiu como um soluço na respiração. Encontrou sustentando sua própria respiração enquanto esperava sua resposta. ―Sim, Sawyer. Ficarei. O alívio foi tão forte que fez sua visão imprecisa. ―Bem. Alegro-me. Atraiu-a mais contra ele e a envolveu apertadamente. Passou a perna sobre a dela, atraindoa mais a seu corpo. ―Só trata de manter suas partes fracas longe de mim― murmurou.

Capítulo 28

Quando Regina despertou, a cama estava vazia. Franziu o cenho. Até aí por querer despertar nos braços de Sawyer. Bocejou e estirou, logo farejou. Comida. Morria de fome. Levantou da cama e foi tropeçando para a ducha. Infernos esperava que Sawyer não estivesse zangado ainda. Teve uma vaga lembrança dele levando-a nos braços pelas escadas, e definitivamente lembrava ter pedido desculpas e logo aconchegar em seus braços. Todo o resto estava impreciso. Bom, não seria a primeira vez que tivessem um enfrentamento cara a cara um com o outro, e não seria a última. Uma sensação incômoda se instalou em seu estômago. Esta vez, entretanto... Esta vez sim importava. Realmente importava. Era mais que uma briga de dois amigos. Suspirou e entrou na ducha. Ensaboou, enxaguou seu cabelo e voltou a pegar o sabão para o corpo. Um corpo quente, nu se pegou a suas costas. Uma mão se deslizou ao redor de sua cintura, pressionando seu estômago. A outra para círculos em sua garganta, percorrendo até a mandíbula e voltou seu rosto para trás e para encontrar seus lábios. ―Bom dia, Cam― murmurou ela. Sua forte ereção queimava a parte baixa das costas. A mão em seu estômago deslizou para baixo, entre suas pernas, inundando nos cachos molhados, à carne palpitante oculta debaixo. 154

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Sem dizer uma palavra, deu a volta para enfrentá-la depois de resguardá-la no assento de ducha no canto. Deixou cair sobre a superfície úmida, o jorro da ducha ricocheteava nas paredes e pulverizando por seu corpo. Tomou a cabeça da ducha, tirando a de seu lugar e logo se ajoelhou diante dela. Este silencioso, misterioso lado de Cam era realmente uma coisa muito sexy. Não é que não fosse sempre algo tranquilo e sério, mas isto a estava fazendo esquentar. O cabelo caía umidamente por seu pescoço, descuidadamente para diante sobre seus ombros. Havia fogo em seus os olhos. E determinação. Ele separou seus joelhos depois, elevou um tornozelo para cima até que o calcanhar se apoiou no suporte onde estava sentada. Pegou o outro e fez o mesmo. Ela se estendia diante dele, sua vagina aberta e acessível. Estava tão malditamente acesa que poderia ter gozado ao menor contato. Como se lesse seus pensamentos chegou com um dedo e brandamente o rodou sobre seu clitóris. O fogo se acendeu e resplandeceu sobre ela. Tocou-a uma vez mais, e seu orgasmo queimou e explodiu como um curto circuito. Ofegou quando sua vagina pulsou acesa, agonizante. Isso tinha que ser um recorde. Ele pegou a cabeça da ducha em uma mão e ajustou o jorro da água. Seus olhos se ampliaram quando percebeu do que ia fazer. OH, demônios, isto ia ser bom. Usando dois dedos para afastar suas dobras, com a outra mão relampejou o fino jorro de água sobre seu clitóris ainda tremente. Ela se arqueou quando um espasmo chegou sobre sua pélvis. ―Cam!― exclamou ela. Ele sorriu. Silencioso filho da puta. Logo apontou o jorro de novo sobre o broto de sua vagina e trabalhado com cuidado e com pequenos incrementos. Onda atrás onda de tensão satisfeita, agonizante tensão rodando através dela. Mais e mais forte que uma ferida, enrolando viciosamente. Poderia ter outro orgasmo tão rápido? A resposta foi afirmativa. Manteve o jorro constante, e todos os músculos da virilha gritavam misericórdia. Levou-o mais alto e mais alto, chegando ao ponto de ruptura, mas nunca o atravessando. ―Cam, por favor! Isso dói! Ele riu entre dentes. ―Não lute amor. Deixa que aconteça. Suas pernas tremiam espasmodicamente. Pousou suas mãos contra o assento, jogou atrás a cabeça e gritou quando outro orgasmo açoitou seu corpo. Deixou cair à cabeça da ducha. Levantando sobre seus pés e puxou a seus braços. Elevou-a até capturar suas nadegas então empurrou contra a parede da ducha. ―Ponha suas pernas ao redor de mim, ― disse com voz áspera. Colocou a mão entre eles, colocando seu pênis e o empurrou para cima. Sacudiu-a contra a parede enquanto entrava profundamente. O jorro da ducha desocupado se arqueava para cima, banhando Cam com água morna. 155

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Rodou para cima e sobre seus ombros, jorrando entre eles e até onde se unia a ela. Levou as mãos a seu traseiro, apertando e afundando enquanto penetrava de novo para frente. Ele era selvagem e insaciável. Ela desligava para salvar sua vida, suas mãos entrelaçadas atrás de seu pescoço e os tornozelos fechados na parte baixa de suas costas. Cada estocada era como eletricidade estática. Quase dolorosa quando arrastava seu pênis sobre a carne torcida e sensível. E logo tomou freneticamente. Uma e outra vez. Desesperado. Rápido. Seus lábios chupavam o pescoço, e seus seios estavam esmagados contra seu peito ofegante. Minha. Dizia cada ação, cada um de seus movimentos o gritavam. Estava clamando. Minha. Dele. Ela fechou os olhos, quase esgotada pelos dois orgasmos que experimentou alguma vez. E, entretanto, outro a chamava, puxando brandamente, mais lento e menos intenso que os outros. Ele coagiu sua carne, torturando e intoxicando. Cada puxão de seu pênis, cada estocada para frente. ―Tua ― sussurrou. ―Minha― ele esteve de acordo. Estirou para frente e cada músculo de seu corpo ficou rígido. Gritou com voz rouca. Seu nome se derramou de seus lábios em um gemido agônico, quando gozou dentro dela. Inclusive quando começou a abrandar, seguiu penetrando-a, brandamente, menos demandante. Quando por fim saiu de seu corpo, retrocedeu um passo e tomou em seus braços. Finalmente a deixou deslizar por seu corpo até que seus pés tocaram o chão da ducha. Agachou para recolher a cabeça da ducha e rapidamente a pôs acima em seu lugar. ―Nem sequer posso caminhar― disse com ironia. ―Acredito que me deixou paralítica, Cam. Ele sorriu e a beijou, seus lábios persistentes sobre os dela em um baile sensual. ―Então acredito que vou ter que carregar e secar. Não me importa ter que cuida-la no mínimo. Ela suspirou e deixou fazer o que queria. O mundo inteiro era uma agradável neblina brilhante depois de três orgasmos. Quem necessitava medicamentos? Isto tinha que ser o mais doce que poderia experimentar. ―Significa isto que estou perdoada por de ontem à noite?― Conseguiu dizer enquanto a esfregava com uma toalha. Ergueu e deixou cair à toalha no balcão. ―Não há nada que perdoar, querida Reggie. Beijou-a e logo a tirou do banheiro. Deu uma palmada no traseiro em brincadeira antes de sair pela porta. ―Estou seguro que Hutch tem o café da manhã preparado agora. Se vista e desceremos. Estamos pensando em ir depois de comer. Ela se vestiu com um sorriso, deixando que a alegria... E a paz... Rodeassem o banho a deixou com um brilho quente, embriagador. 156

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Quando terminou, correu escada abaixo, ansiosa por começar o dia. Sawyer estava sentado no bar, devorando uma omelete, e Hutch estava de pé na cozinha. Querendo estar a gosto com Hutch, ela se aproximou e o rodeou com seus braços ao redor de sua cintura, pressionando sua cabeça em suas costas. Voltou com um sorriso e envolveu seus braços ao redor dela, sustentando a espátula longe de suas costas com uma mão. ―Bom dia― murmurou. Ela se inclinou para beijá-lo, deixando que seu corpo se fundisse nele. Adorava como encaixavam como se acomodavam com tanta facilidade. ―Ainda esta zangado comigo?― Murmurou contra seus lábios. Apoiou no forno, puxando-a para ele. ―Amo você― disse simplesmente. ―Então, me alimente ― disse com um sorriso. Deixou cair outro beijo na boca para cima logo a empurrou para o balcão. ―Sente e preparo um prato em dois minutos. Dirigiu para sentar com Sawyer quando Cam entrava na cozinha. Ele se aproximou para tomar seu lugar a seu outro lado com uma alegria preguiçosa que ela também sentia. Deu um sorriso amoroso antes de deslizar no banco junto a ela. ―Uma ducha ruidosa esta manhã― observou Sawyer, com a boca cheia de ovos. Ela riu e conseguiu não ruborizar. Mas se aproximou e apertou o joelho. Ele sorriu e a olhou de esguelha. Sim, as coisas estavam bem outra vez. O sentido do correto se estabeleceu mais firmemente em seu peito. E chegava com esperança. Batendo as asas, florescendo. Como uma flor desdobrando na primavera. Esperança e aceitação. Nova, mas forte.

Capítulo 29

Estavam tramando algo. Havia um ar de esperança, enquanto viravam no caminho de terra que conduzia até a casa. Isso e o sorriso satisfeito que adornava cada uma de suas caras. Regina os olhou com receio desde sua posição no assento traseiro da caminhonete de Cam. Foram à colina, e os três olharam para a casa. Ela seguiu seu olhar aos veículos estacionados fora da garagem. Para sua surpresa, ali ao lado do carro de Hutch estava uma RAV4 prateada brilhante. Sua boca se abriu enquanto o sorriso dos homens se fazia ainda mais ampla. Cam parou, mas ela se sentou olhando o novo Toyota brilhando sob o sol. Ainda tinha as etiquetas do distribuidor nele. Logo se voltou para eles e olhou boquiaberta. 157

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―Bom saia e olha ― disse Hutch a seu lado. Saiu fora do banco traseiro e fechou a porta atrás dela. ―Não― disse ela. ―Não fizeram maldição! ―Fizemos― disse Sawyer com ar de suficiência. ―OH, meu Deus― suspirou ela. ―Santo inferno. Abriu a porta do condutor e aspirou ao aroma de carro novo. A chave desligava do aceso e no assento havia um montão de papéis incluindo o manual. Abriu a folha superior, o título, e viu seu nome escrito no espaço para o proprietário. Deixou escapar um chiado de prazer e logo se voltou e se equilibrou rapidamente. Cam era o mais próximo, e se lançou a seus braços. Ele riu enquanto o salpicava de beijos. Envolveu seus braços ao redor de seu pescoço e o apertou sem piedade. Logo abordou Hutch, que ficou sorrindo como uma cabra. Sawyer se encontrava longe dos outros dois, e quando foi para ele, se afastou, com as mãos estendidas para afastá-la. Deu um salto correndo e chegou justo ao centro de seu peito. Tropeçou e caiu com os braços a seu redor. Terminaram no chão, ela em cima, ele de costas. Deixou escapar um gemido no momento em que o sufocou com uma rajada de beijos. ―Está tratando de me matar?― queixou-se. Mas seu sorriso dizia que não importava absolutamente que estivesse sujando enquanto estavam ambos no chão e cheios de pó, como um chapeleiro louco. ―Eu adoro!― Gritou ela. ―OH, Meu Deus, não posso acreditar homens. Beijou-o na testa, enquanto suas mãos se instalavam comodamente em seus quadris, com possessivo agarre. Cam e Hutch riam a sério, e Sawyer os olhou sério. ―Derrubado por uma mulher com a metade de seu tamanho― riu Cam. ―Poderia descer de mim e olhar seu automóvel― queixou-se Sawyer. Desceu, deixando-o para levantar. Quase dançava ao redor do veículo, inspecionando na tapeçaria, a pintura e todos os cantos e gretas do meio. ―Como diabos chegou até aqui?― perguntou. Hutch revirou os olhos. ―Uhm, ligamos para o comerciante, dissemos o que queríamos e onde o queríamos e voilà. Ela soprou e se esfregou os olhos com o dorso da mão. ―Ah merda, Reggie, não começará a chorar pelo amor de Deus― murmurou Sawyer. ―Podemos devolver. Lançou um olhar. ―Não toque meu carro. OH meu Deus, meu carro. ― Queria saltar sobre todos eles outra vez, e tinham que tê-lo visto vir, porque todo eles entraram a toda pressa para a casa. Ela revirou os olhos antes de pegar as chaves e segui-los ao alpendre. ―Então, você gosta?― perguntou Cam. ―Gostar? Eu adoro! Estava tão chateada que o outro fosse destruído. Economizei por esse 158

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carro sempre. ― Então franziu o cenho ao dar conta de que a diferença de seu outro veículo, não pagou por este. Eles o fizeram. Não haviam inclusive esperado a ver se seu seguro cobria o velho. Esta vez Sawyer revirou os olhos. ―É tão fácil de ler como um livro, Reggie. Nem sequer o diga. Trata-se de um presente. Fica. ―Sim, mas isto não é algo como flores ou bombons. É um maldito carro. Cam jogou um braço sobre seus ombros enquanto a conduzia à sala de estar. ―Sim, mas sabíamos que o apreciaria mais que as flores ou bombons. Além disso, não é o tipo de moça de flores. Ela sorriu. ―Conhecem-me tão bem. ― Logo se voltou a abraçá-lo outra vez. ―Obrigado. Eu adoro. Ele abraçou suas costas. ―De nada. Ela deu um passo atrás, enquanto Sawyer e Hutch colocavam algumas sacolas que haviam trazido de Houston. ―Vou direto à loja já que estamos a ponto de ficar sem mantimentos, e nunca conseguiríamos sobreviver outro dia. Quer vir? ― perguntou Hutch a Regina. ―Uh, não. Acredito que fico por aqui. ― Tão melhor para apanhar Sawyer por mim mesma com sorte. Talvez então poderia eliminar qualquer pau que estivesse em seu traseiro na hora de fazer amor com ela. ―Volto com a comida mais tarde, então― disse ele e deixou cair um beijo em sua bochecha enquanto se dirigia para a porta. Regina se apoderou de sua sacola e dirigiu às escadas. Terei que desfazer a bagagem, e se conhecia Cam, apostaria que estava no escritório e trabalhando em um momento. O que deixava Sawyer a sua mercê. Um sorriso maligno se desenhou em seu rosto. Gostava dessa imagem. Estava tão nervosa que se sentiu doente, mas as mariposas estiveram batendo as asas em seu estômago desde que Hutch saiu. Só tem que ir ali e seduzi-lo. Sim, muito fácil. Não. Desejava-a. Vibrava com desejo cada vez que se aproximava dele. Mas guardava todas suas necessidades bem atadas. Bom, estava a ponto de fazer sair à besta. Poria em liberdade e esperava que a violasse. Com um sorriso, dirigiu às escadas em busca de Sawyer e o encontrou na cozinha. Estava fazendo uma tentativa pela metade de descarregar a lava-louça. Parte do trato. Hutch cozinhava. Sawyer e Cam dividiam com a limpeza. Penetrou por trás dele, deslizou seus braços ao redor de sua cintura e o apertou. Ele se esticou por um momento e logo se relaxou e juntou as mãos sobre as dela. ―Deve ajuda com os pratos?― perguntou. Ela soltou um bufo. ―Ah, não, obrigado. Tinha algo diferente em mente. Fez girar em seus braços, apoiando-se na pia e a olhou com curiosidade. 159

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― Diga. ―Queria falar com você― disse. A surpresa se desenhou em seus olhos, e levantou a comissura da boca. ―É esta uma dessas conversas de garotas que fazem que todos os homens tremam de medo? Ela encolheu os ombros. ―Poderia ser. Seu rosto ficou sério. ―Ah infernos. Assim é. ―Me levante― disse. A surpresa brilhou em seus olhos. ―Né? Ela começou a subir por seu peito, agarrando pela parte posterior de seu pescoço para aproveitar-se. ―Me levante. Deslizou suas mãos debaixo de suas pernas e se impulsionou até ficar escarranchado sobre seus quadris. Suas mãos deslizavam vagamente de seu pescoço, e a olhou com receio. ―Muito melhor. Agora posso olhar para baixo― disse com picardia. ―O que tenho feito?― perguntou com resignação. ―Seja o que seja, desculpo-me. Equivoquei-me. ― Mau, mau, mau, e tinha razão, tinha, tinha. Apesar da gravidade real do assunto proposto, começou a rir. ―Está tão cheio de merda. Nem sequer sabe do que quero conversar. ―Não importa― disse solenemente. ―O homem como espécie está errado. É melhor que admitamos tudo de antemão, tomando nosso castigo e logo esperando para ter boas relações sexuais. ―Hmm, bom na realidade é de sexo que quero falar. Segue interessado em ser mau? Ele animou. ―Sexo? Certo. Estou errado me dê sexo, depois me contrate. Ela franziu o cenho. ―Disso se trata Sawyer. Tenho a impressão de que não quer sexo... Comigo. O olhar absoluto do o que?! Que desenhou em seu rosto a animou grandemente. Parecia tão aturdido por sua declaração que a afrouxou, e esteve a ponto de cair por suas coxas. Arrastou para cima, e a pegou por trás outra vez, elevando-a com segurança. ―Que não quero sexo com você?― disse com voz afogada. ―Jesus, Maria e José, mulher, de onde tirou essa ideia idiota? Olhou para baixo, todas as tentativas de brincar se foram. ―Por que não é sincero de novo comigo, Sawyer? Não pensou que me fugiria isso? Não foi precisamente sutil. Conheço. Talvez melhor que ninguém. As duas vezes que fez amor comigo, não me penetrou. Bom, a menos que conte a mamada. Ele ficou rígido com sua franqueza. A inquietação arrastando por seu rosto, e desta vez 160

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realmente a deixou cair por suas pernas até que esteve de volta no chão, de pé diante dele. ―Pensa... Acha que é porque não quero?― perguntou com voz rouca. Ela encolheu os ombros. ―Honestamente? Não, não acredito, embora seja fácil ver por que faria. O que realmente penso é que está se freando certo temor equivocado de me fazer mal. Houve um brilho de reconhecimento em seus olhos de que o que disse estava definitivamente no caminho correto. Sawyer suspirou e tratou de afastar, mas o acariciou no peito um dedo. ―OH, não, não. Não vai se esquivar do presente, companheiro. ― Tomou a lapela de sua camiseta e puxou apertando-o. ―Me fale Sawyer. Por favor? Uns duvidosos olhos azuis devolveram o olhar. Dor. Medo. Brilhando como faróis. Seu estômago apertou. ―Não é porque não a deseje querida― disse com aspereza. ―Cara, sou obtuso para me explicar. ―Então, por quê?― Pediu ela. Olhou-a. ―Não sou como os outros, Reggie. Não sou suave como Cam. Ele é tão cultivado e supersensível. ―Faz soar como um gatinho― disse secamente. Sawyer não fez conta. ―E Hutch é todo carinho e ternura. Merda, não me surpreenderia se fosse sua primeira e única. ―Em segundo lugar… ― grunhiu ela. ―Isso é tudo. ―Mas Sawyer, o que tem isso a ver isso com o resto? Assim Hutch não dormiu com muitas por aí? E Cam prefere o canal de aprendizagem aos esportes? Nem todos estamos unidos pelos quadris. Está bem ser diferente. ―Porque merece algo melhor. Diabos, dormi com um montão de mulheres. Não estou orgulhoso disso, mas não vou torturar a mim mesmo mais que qualquer um. ―Não fará?― Perguntou pontualmente. ―Me deixe terminar― disse com impaciência. ―Eu gosto de sexo. Eu gosto de sexo sem compromisso. Tive relações sexuais com uma grande quantidade de mulheres que se encontravam na mesma página que eu. Mas você Reggie é diferente. Com você... É importante. Levou as mãos aos ombros e a olhou seriamente nos olhos. ―Merece fazer amor. ― moveu-se incômodo e relaxou seu domínio sobre seus ombros. ―Não sou bom nisso. ―Então, no que é bom?― Perguntou ela com calma. ―Está me dizendo que não presta para sexo? Teve que trabalhar para parar um sorriso. Não foi só até agora que poderia empurrar o frágil ego masculino. 161

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―Não sei fazer amor― grunhiu. ―O que faço é aspirar a fazer amor brandamente. ―Então no que é bom? No quente, suarento, do tipo de sexo de fazer gritar? Seus olhos brilharam. ―Sim. ―E se quiser quente e suarento e que grite no sexo? ―Grite no sexo, Reggie. Eu gosto de duro e áspero. ―E se o quero dessa maneira?― Disse de novo. Entrecerrou os olhos com um brilho predador. ―E se dissesse que fantasiei com que agache no sofá e faça isso pelas costas? Duro. Rápido. Que não estaria satisfeito com apenas tomar sua boca ou sua vagina. Que quero tudo de você. Sua respiração se voltou menos profunda e entrou em fervuras rápidas como calor queimando através de seu corpo. Seus mamilos se levantaram e apertaram dolorosamente, através da camisa magra que usava. ―E o que se dissesse que o que quero é você? Não uma versão descafeinada, Sawyer. Você. A todos vocês. Não quero que mude. Amo assim como é. Não quero uma pálida imitação de Cam ou Hutch. Sua boca se estrelou com a dela, sua língua inundando profundamente. Seus dentes mordendo seu lábio inferior cheio, chupando mais profundo em sua boca. Selvagem. Deus. Parecia tão selvagem. Sem piscar. Tudo poder latente, esperando pra ferver. Arrancou sua roupa, e ela tirou as dele. Quente, sem fôlego, fossem um depois do outro como animais mortos de fome. Ele puxou de sua camisa, passando sobre sua cabeça. Moveram pela cozinha. Seguiram trabalhando em sua roupa, e logo se apertaram juntos. Elevou seu corpo outra vez até que a sentou escarranchado como fez antes. Inclinou a cabeça para trás enquanto reclamava sua boca. Selvagem. Era o único que podia pensar enquanto se equilibrava como uma ave sobre sua presa. Tirava o animal dela. A fazia selvagem, igual imaginava que ele era. Quanto tempo esperou para aproveitar o controle que tão firmemente tinha? Era uma sensação escura, embriagadora. Assustada? Tinha um medo à morte. Com um emocionante, OH meu Deus que não posso esperar. Devorou sua boca. Pensava que era o único com fantasias selvagens, retorcidas, ia ter uma surpresa. Suas mãos se apoderaram de seus quadris, as arrastando, embalando sua vagina contra sua ereção rígida. Suas inchadas dobras movendo para cima e para baixo com a parte posterior de seu membro. Seu calor a queimava. Tremores queimavam sua vagina e enviavam uma corrente através de seu centro. ―Desejo― sussurrou. ―Você, Sawyer. Ao verdadeiro você. Ao homem que amo. Gemeu contra seus lábios. ―Vai ser minha morte, Reggie. Separou do balcão e saiu pela cozinha, com os braços ao redor dela, sustentando-a com força contra seu peito. Ela ricocheteava com cada pernada, e seu pênis chocava tentador perto de sua entrada. Só um pouco mais alto e poderia entrar. Gemeu quando, em troca, moveu mais 162

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abaixo, e a ponta de seu pênis roçou a parte inferior do abdômen. Quando chegaram à sala de estar, deixou cair bruscamente, com os pés batendo o chão. Se aproximou rápido, sem dar oportunidade de respirar. Ela retrocedeu enquanto a espreitava. Seus seios roçando seu peito. Uma onda de consciência a estremeceu. Seus mamilos, já dolorosamente tensos, tremendo e levantando para frente. Se sentia perseguida. E meu Deus, mas nunca se sentiu tão ativa como neste momento. Sawyer era uma grande bola de testosterona palpitando. Os músculos protuberantes, os olhos ardendo a fogo lento com a promessa de exatamente o que ia fazer com ela, se aproximou e parou quando se chocou com a parte de atrás do sofá. Um sorriso lento, de predador curvou sua boca. Seus olhos brilhando com satisfação. ―Lembra-se de minha fantasia?― disse em um grunhido que enviou calafrios correndo por sua espinha dorsal. OH, inferno santo, esperava que ele falasse a sério enquanto se dobrava sobre o sofá e tomava sentido. Ela engoliu e assentiu. Seu olhar se desviou para sua virilha. Seu pênis, grosso e avermelhado, sobressaía acima do triângulo de cabelo grosso. Umedeceu os lábios ao lembrar o sabor e a sensação do tê-lo em sua língua, como se derramou em sua boca. Só que esta vez não ia ser na boca. Doce Senhor esperou por isso. Fincou seus pés, girando em suas mãos para que ela ficasse de costas a ele, e a inclinou sobre o respaldo do sofá. Ela levou as mãos a si mesma para tomar as almofadas suaves enquanto seus pés desligavam para debaixo da parte de trás. O céu a ajudasse, seu traseiro estava íngreme e ao ar. Suas mãos caíram sobre suas costas. Palmas quentes. Ela deu um coice, enquanto ele as movia por sua coluna até seu traseiro, como ventosas e amassava cada nádega. Não houve fogosidade, sem jogos. Estendeu-a, sentia o vulto de seu pênis contra sua entrada, e então a penetrou. Cambaleou para frente, com os olhos abertos, com a boca aberta em um grito silencioso. Delicioso prazer arrancando através de sua vagina enquanto se convulsionava a seu redor, suas malhas agarrando e chupando com avidez. Seu ventre duro apertado contra suas nádegas enquanto se esforçava, empurrando, cavalgando. Suas mãos agarrando seus quadris, puxando suas costas, unindo com seu impulso com nervoso desespero. Ela não tinha nenhuma possibilidade de processar, filtrar a avalanche de sensações. Sua penetração era profunda, o ângulo de seu pênis, sua liberação brilhando sobre ela com a precisão de um raio, apertando e apertando cada terminação nervosa. Sua pélvis batendo com força contra seu traseiro. Esticou em torno dele, e enviou a cada um de seus impulsos espasmos correndo por sua vagina. ―Dê-me isso Reggie. Veja. Seus dedos se cravaram em sua pele enquanto balançava contra ele. Fez uma pausa e logo 163

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lentamente se retirou, arrastando seu membro através de sua carne congestionada. Estava quase fora dela, passando a cabeça de seu pênis em sua entrada quando de repente lançou para frente outra vez, afundando mais que antes. Ela jogou a cabeça para trás e gritou enquanto se desfez em suas mãos. Batendo com fúria contra ele, e ela se fazendo líquida ao redor. Sua visão ficando imprecisa. Seu corpo pulsando. Tudo ficou impreciso e perdeu a noção do tempo e lugar. Tudo o que podia fazer era sentir. Sentir. O grande corpo de Sawyer a cobriu. Arrastou sobre suas costas, respirando dentro e fora de sua boca. Logo seus lábios se moveram sensualmente sobre sua nuca. ―Voltarei― murmurou. Voltar? Aonde demônios ia? Começou a apertar em posição vertical, mas plantou uma mão em meio das costas e a manteve em seu lugar. ―OH não― disse em voz baixa. ―Não se mova. Ela se estremeceu, mas ficou onde estava. Tomou suas mãos, puxando elas para cima, ao redor da parte baixa de suas costas. Logo se inclinou para que sua boca ficasse perto de seu ouvido. ―Doem as costelas? Ela negou vigorosamente. As costelas? Inclusive se tivesse costelas, a única coisa que sentia era sua palpitante vagina. E o fato de que o queria de novo. Agora. Juntou as mãos e logo envolveu algo ao redor de seus pulsos. Girou e sentiu o material, e percebeu de que estava atando suas mãos com roupa intima, ou, mas bem fazia uma figura complexa de oito ao assegurar seus pulsos juntos. ―Ouça― protestou ela. ―Que demônios está fazendo?― Puxou contra o material, mas suas mãos se mantiveram firmemente unidas. Sua mão retornou a seu pescoço e logo a seu cabelo. Reunindo os cabelos de seu punho e puxando para cima com uma doçura que não evidenciava a autoridade de seu controle. ―A minha maneira, Reggie. Pediu e agora estamos fazendo. Só diga a palavra, e deixarei em paz. ―Me beije o traseiro― murmurou. Riu depois se inclinou e pôs um tenro beijo na nádega esquerda de seu traseiro. ―Tomarei isso como um: faz, por favor, me penetre Sawyer. ―Bastardo. Fechou os olhos e imaginou como se veria. Situada na parte de atrás do sofá, seu traseiro no ar, os pés pendurando do chão, os pulsos unidos entre si com sua própria roupa intima. Estremeceu e apertou os olhos. Seus passos se retiraram, e ouviu subir as escadas. Estava ali tratando de recuperar o fôlego, tratando de recolher seus dispersos pensamentos. Que demônios estava fazendo? Uns minutos depois, ouviu o som leve de seus pés descalços no piso de madeira. Sem preâmbulo. Suas mãos ásperas pelo trabalho movendo por seu traseiro estendeu para ela, e se 164

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afundou dentro nela outra vez. OH, maldição, já era difícil. E seguia tremendo por seu orgasmo. Cada impulso sensível ao ponto de dor enquanto seu pênis grosso empurrava e puxava de seus inflamados nervos. ―Parece condenadamente bom― disse com voz áspera. ―Sou como um adolescente a dois minutos de estar a seu redor, Reggie. Perco o controle tão logo a toco. Ela sorriu e fechou os olhos outra vez enquanto se afundava brandamente em seu acolhedor corpo. Adiante. Tão lento. De novo. Com deliciosa ternura. Quem disse que aspirar fazer amor era lento e doce? Logo saiu dela, e ela se retorceu em sinal de protesto. Sua risada soando sobre as orelhas, e logo ouviu um som de jorros. Um dedo, cheio com gel, esfregando sobre a linha de seu traseiro. Estremeceu e ficou sem fôlego quando parou direto sobre a entrada apertada e pressionava com o polegar para dentro. Seu corpo protestou pela invasão num primeiro momento, fazendo resistência, mas ele persistiu e com um estalo, o polegar se afundou em seu interior. Sua mente zumbia. Sua respiração produziu um soluço rápido, e o calor se amontoou em seu corpo, banhando em um quente rubor. Seus seios se estremeceram, os mamilos levantados e duros. Ele trabalhou com suavidade seu polegar dentro e fora do buraco, já lubrificado com lubrificante no exterior e no interior. Ela sabia o que queria, e se podia reunir o sentido o suficiente, estaria pedindo que o desse. Um estremecimento rodou sua espinha quando tirou o dedo de novo. Houve apenas um momento antes que o substituíra com a cabeça embotada de seu pênis. Inchado e duro, que pressionou contra seu anel pequeno. Houve uma batalha em seu corpo lutando por mantê-lo fora, mas se negou a voltar atrás. Com uma mão pressionando a parte baixa das costas, sustentando-a em seu lugar, segurou seu pênis em seu traseiro com a outra mão. Seus nódulos roçando a nádega enquanto empurrava para frente. Seu corpo se abriu a seu redor, estendendo a tortura de fogo. Um nó no estômago, sua vagina estremecendo, e seu traseiro todo em chamas. E logo se moveu para frente enquanto seu corpo dava passo e se rendia. Sua cabeça se sacudiu e ela gritou. OH meu Deus doía! Justo quando estava a ponto de mandá-lo voar ele acabou de empurrar para dentro até seu traseiro, e a queimação deu passo a uma sensação indescritível. Não havia palavras. Retirou pouco a pouco e o alívio foi entristecedor. Mas logo empurrou para frente outra vez, e mordeu o lábio quando o fogo retornava. ―Relaxe― murmurou. ―Cede, Reggie. Ela aspirou ar pelo nariz e apertou a mandíbula contra o impulso de gritar. Não pela dor. Não, doía, mas de uma maneira boa, boa? Como era isto de retorcido? Gemeu quando ele se retirou, permitindo que a cabeça de seu pênis estirasse ainda mais na entrada. Logo se equilibrou para frente, enterrando as bolas no seu traseiro. 165

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Seus dedos se fecharam ao redor de seus pulsos atados, e a abraçou enquanto a montava sem descanso, suas bolas batendo contra sua vagina com cada bombeamento de seus quadris. Justo quando pensava que ia gozar, desacelerou o passo, saindo e deixando a cabeça de seu pênis apoiado em seu buraco que dava espasmos. Sentia que tremia e começava a fechar, recuperando sua forma normal. E logo colocou seu pênis em seu anel de novo e empurrou para frente, voltando a abrir sem piedade. ―Maldição, Sawyer! Fez uma pausa, suas bolas intercaladas contra de seu traseiro, seu pênis tão profundo como podia entrando em seu traseiro. ―Dói Reggie? ―Sim, não, sim, maldição. Ele riu entre dentes. ―Uma dor boa, não? ―Vou cobrar por isso― murmurou. ―Juro que farei. ―Só lembra que você pediu amor. Só estou dando o que exigiu. Deslizou para trás e empurrou de novo e ela se queixou. ―É muito duro trabalhar com vocês fazendo tanto ruído― disse Cam com secura. A cabeça de Regina se levantou, e viu Cam apoiado na porta de entrada à sala de estar. Não podia dissimular o vulto entre as pernas ou o fato de que seu olhar estava fixo no pênis de Sawye movendo dentro e fora de seu traseiro. ―Olhando o pênis de outro homem?― grunhiu ela enquanto a vergonha ruborizava as bochechas. Cam sorriu preguiçosamente. ―Faço quando está grudado a um traseiro um pouco doce, querida Reggie. Acredito que se chama inveja do membro. E agora mesmo o invejo. ―Poderia fazer algo a respeito com sua boca― ofereceu Sawyer. ―Mmmm, acredito que tem razão. Cam empurrou a porta e se aproximou do sofá. O coração de Regina bateu inclusive enquanto Sawyer golpeava seu traseiro. O ruído do zíper de Cam ecoou através da sala. Não se incomodou em despir. Limitou a sua mão e tirou seu membro de suas calças. Enroscou uma mão pelo cabelo e puxou para cima de maneira que sua boca esteve a poucos centímetros de sua ereção. E Sawyer pensava que Cam era culto e sensível? Agora parecia um homem das cavernas. Todo He-Man e alfa, ao comando de sua mulher para agradar a ele. Isso incomodava e a emocionava um inferno, tudo ao mesmo tempo. Ele se colocou de joelhos no sofá, a cabeça ajustada ao nível apropriado e logo passou seu membro pelos lábios. ―Abre amor― ordenou. ―Deveria morder― disse mal-humorada. 166

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Sawyer bateu seu traseiro com a palma da mão. O som ricocheteou como disparos através da sala. Ela saltou e soltou um grito de surpresa pela forma de calor que correu pelo traseiro. ―Seja boa, neném. Os homens não gostam de pôr seus membros em perigo. Santo inferno ao cubo. Estava tão perto de gozar. Daria a volta e o chutaria no traseiro por açoitá-la. Pênis! Mas estava muito perto de algo realmente incrível, inclusive para lançar um débil protesto. ―Seja boa garota e me chupe o pênis, Reggie. Faz ou não chegará a gozar. ―Que caralho?― Grunhiu ela. Mas impediu de dizer mais quando Cam aproveitou sua boca aberta e empurrou em seu interior. Estava suspensa entre os dois homens, batida pelos dois lados. Cam empurrando em sua boca enquanto Sawyer continuava seu assalto implacável a seu traseiro. Sawyer estrelou profundo e parou suas coxas pressionadas contra seu traseiro. Ficou ali, e percebeu de que estava provavelmente vendo como Cam entrava em sua boca. Caiu na conta de que Sawyer era do tipo voyerista. Infernos supôs que todos tinham que ser um pouco acesos para ver todos entrar nela ao mesmo tempo. ―Tinha que atá-la, né, Sawyer?― perguntou Cam com diversão. ―Te ameaçou com um chute no traseiro? Ela grunhiu com a boca cheia de seu pênis, mas só empurrou mais profundo para tranquilizála. As mãos de Sawyer se moviam em seu traseiro, tocando e acariciando enquanto enterrava e o sentia mover em suas tripas. ―Acredito que se vê linda quando está indefesa. Não poderia prejudicar a uma pulga em sua posição. Quantas vezes chega a ver isso?― perguntou Sawyer, e podia ouvir o sorriso em sua voz. Ela beliscou para baixo com os dentes, o que obrigou que o pênis de Cam raspasse enquanto ele se retirava. ―Hei, com cuidado― advertiu Cam. Sawyer a admoestou com outra palmada no traseiro, e ela se apertou por toda parte. ―Sabe Sawyer? Acredito que gosta disto― disse Cam. Colocando a mão em seu peito embalando, movendo seu polegar sobre o mamilo dolorosamente duro. ―Fhhuck wu― grunhiu ao redor de seu pênis. Em resposta, fez seu membro se mover ainda mais em sua boca, até que deu um toque à parte posterior de sua garganta. O que aconteceu seu tratamento como de cristal? Envolvê-la com algodão, porque tinham medo de que se quebrasse? Neste momento estava sendo tratada mais como uma maldita escrava sexual. E infernos se malditamente não adorava absolutamente. ―Acha que deveríamos deixar que goze?― perguntou Sawyer com voz indiferente. ―Mmmm, talvez. Enredou sua língua sobre o membro de Cam e chupou enquanto se movia de novo em sua 167

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boca. Ele se queixou. ―OH sim, Reggie, sem dúvida sabe como conseguir o que quer. Ela sorriu. Não eram os únicos com armas más em seus arsenais. Dois podiam jogar esse vicioso jogo de sedução. Sawyer içou seus quadris de modo que seu ventre já não descansava sobre o respaldo do sofá. Moveu os dedos para baixo, movendo por sua umidade, e Deus, que estava empapada. Não tocou seu clitóris, ela quase explodiu, mas se retirou imediatamente, deixando pendurando a borda de um orgasmo que, sabia que ia ser demolidor. ―Vai gozar conosco, Reggie― disse sedosamente. ―Assim que a convido a jogar direito com Cam. Posso durar todo o tempo que necessite, assim realmente, a escolha é tua. Faz que goze, e nos encontraremos todos. A mão de Cam esticou no cabelo enquanto ela apertava a boca ao redor de seu pênis. Tremendo em sua boca, e com um sorriso, deu conta de que estava perto. Ele começou a mover para trás e para frente com compressões rápidas, contundentes. Relaxou e abriu totalmente a ele, o que permitiu usar sua boca como queria. Sawyer retirou desesperadamente lento, roçando seu pênis através de sua abertura estendida. Logo se estrelou para frente e começou a penetrá-la a sério. Tudo o que se ouvia na sala era as bofetadas dos quadris de Sawyer contra seu traseiro, a sucção úmida dos sons de sua boca ao redor do membro de Cam e os gemidos dos dois homens. Sawyer encontrou seu clitóris de novo, e o fez rodar entre os dedos. Ela estremeceu violenta e bruscamente entre ele e Cam enquanto estava tão perto de sua liberação. Assustou. Isto não ia ser bonito, seria um orgasmo quente, difuso. Ameaçando tirar lágrimas nos dois. Era o que tanto temia e ansiava. ―Ah merda― disse com voz entrecortada Cam. ―Faz que se venha Sawyer. Estou quase aí. Quero que goze, enquanto estou me colocando em sua boca. Suas palavras o impulsionavam para frente. Sawyer beliscava e manipulava seu clitóris, e a montou sem misericórdia. Selvagem. Já não era consciente de nada, mas os dois membros trabalhavam em seu corpo. O resto do mundo caía à distância em um véu brumoso. ―Sua― sussurrou enquanto o pênis de Cam caía livre só para empurrar de novo em sua garganta. ―Nossa― coincidiu Cam. ―Só conosco, amor. E ela se desfez. Completa e totalmente destroçada. Gritou enquanto Cam explodia em sua boca. Raias de palpitante prazer explodindo, derramando sobre ela, quebrando através dela como um vento feroz. Retorceu violentamente, seu corpo se retorcia sem poder fazer nada. Sawyer se apoderou de seus quadris em uma tentativa por estabilizá-la enquanto que Cam a agarrava pelos ombros. Não podia ficar quieta, não podia suportar. Tragava ou corria o risco de asfixiar enquanto Cam gozava em sua boca. Atrás dela, Sawyer empurrava em um louco frenesi. Derramou nela, quente e abrasador, mas ainda assim seguiu bombeando. 168

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Logo puxou de seu traseiro, e sentiu sua mão bater por trás enquanto seu pênis caía. Algo quente bateu a pele, moveu dentro de seu traseiro bem aberto e correu pela perna. A ponta de seu membro se chocou contra ela à medida que mais líquido batia nas costas. E logo se moveu de novo em seu traseiro, balançando profundamente e sustentando ali, apertada contra suas costas. Cam fechou sua mandíbula, outra parte de sua mão ainda enterrada em seu cabelo. Moveu por seus lábios, o último de seu sêmen enchendo a boca. ―Que diabos está acontecendo? A voz furiosa de Hutch caiu sobre seu corpo como gelo. Cam se moveu liberando sua boca, Sawyer saiu de seu traseiro em uma corrente quente, e ela puxou de sua cabeça para ver Hutch de pé na porta, com o rosto pálido, cheio de fúria nos olhos. Ele caminhou entrando, fechando seu punho e bateu em Sawyer na mandíbula. ―Hutch, não!― Gritou enquanto lutava por levantar. As malditas mãos ainda enredadas em sua calcinha. Tudo o que pôde fazer foi cair para frente no sofá e, finalmente, no chão aos pés de Cam. Cam pôs seus braços ao seu redor e a levantou. Liberando-a, jogou-a em um lado junto com a roupa intima. Entretanto, se concentrou exclusivamente na cena diante dele. Sawyer cambaleou para trás, com os olhos como gelo. ―Filho da puta!― Gritou Hutch. ―Como pôde fazer isso? Não é uma de suas putas, Sawyer. ― deu a volta e moveu seu olhar de Cam. ―E você. Nunca pensei que trataria Reggie assim. Voltou para trás, preparado para bater em Sawyer de novo, e Sawyer ficou ali, com os olhos mortos, em espera de qualquer castigo que Hutch decidisse infligir. Hutch bateu de novo, e Sawyer cambaleou para trás outra vez, mas não fez nenhum movimento para defender. Ela podia ver em seus olhos. Resignação. Culpabilidade. Ali, de pé, como se merecesse. Quando Hutch foi a ele outra vez, Regina gritou. ―Hutch! Alto! Maldição, para! Seus dedos apertados em punhos aos lados. Cam tocou o braço tranquilizando-a, mas subtraiu importância. Olhou de Hutch a Sawyer, furiosa, mas por razões diferentes. Não havia medo, ira ou preocupação no rosto de Hutch. Tudo estava envolto em uma bola gigante de emoção. Sawyer estava zangado, mas também havia dor espreitando em seus olhos. E rechaço. E isso era. Esse momento que se negou a enfrentar. A única razão pela que lutou contra esse acerto que queriam. Devido a que agora esperariam que tomasse partido. Ia-se com Sawyer, Hutch o veria como uma traição, enquanto que se ia com Hutch para averiguar qual demônios era seu problema, Sawyer o veria como um rechaço a ele. ―Juraram, ― disse com voz tremente. ―Juraram que nunca aconteceria isto, que nunca teria que escolher, e fizeram maldição. Não vou fazer. Não farei. Saiu do agarre de Cam, com ardentes lágrimas nos olhos. E foi fazendo caso omisso da 169

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chamada de preocupação de Cam. Não. Nunca. Isso não ia acontecer. Não iria por esse caminho. Correu passando por Sawyer, à cozinha pegar sua roupa, exceto sua roupa intima. Na distância, ouviu um golpe da porta dado com tal força que sacudiu a casa, Sawyer. Fechou os olhos para conter lágrimas de frustração e dor. Terminou puxando sua roupa, pegou as chaves e saiu correndo pela porta traseira, sem uma ideia clara de aonde ir, mas querendo afastar.

Capítulo 30

Cam conduziu pela cidade, mantendo alerta procurando o novo carro de Reggie um Toyota RAV4. Suas mãos se curvaram ao redor do volante, mas forte enquanto lutava com a crescente onda de pânico. As coisas foram ao inferno rápido, e esta vez… esta vez ele não estava seguro se a greta poderia ser reparada. Hutch foi com todas as mensagens a Sawyer. Sawyer e Reggie deixaram a casa, e Hutch estava trancado em seu quarto. E ele, estava fora procurando Reggie. Esperando que ela não escapasse longe. Sua casa estava fora de questão, já que ainda estava em ruínas. Optou pela casa de Birdie, mas ela ainda estava ficando na casa de Virginia. A parada em sua casa não deu nenhum resultado. Dirigiu a casa de Jeremy Miller, mas não viu o carro de Reggie. Foi a outros lugares que Reggie frequentava, mas outra vez, nada. ―Onde está, Reggie?― murmurou enquanto dirigia de volta pela casa de Birdie. Só ocorria outro lugar onde poderia procurá-la, e o difícil era chegar lá, o caminho era o inferno. Parou atrás da casa de Birdie e dirigiu através dos pastos e seguiu até o limite traseiro da extensão do Fallon. Quando chegou a seguinte colina, suas luzes captaram os refletores traseiros do RAV4 de Reggie. O alívio o fez tremer. Mas com o alívio também veio o medo pela iminente confrontação com Reggie. Já ocorreu. O que ela temeu. O que temeu. O que todos temeram. Crise, caos. Cam não sabia que o que causou que Hutch explodisse dessa maneira. Na realidade já não importava agora porque o dano parecia. Talvez só estava se enganando. Talvez isto não tinha a oportunidade de funcionar, como uma bola de neve tem que seguir sendo o que é no inferno. Estacionou ao lado da caminhonete de Reggie e preparou para fazer a caminhada para o arroio. Mas quando saiu e olhou por volta da RAV4, viu Reggie encolhida no assento dianteiro. Abriu a porta do passageiro e piscou quando a luz do teto se acendeu. Ela não se moveu ou quis reconhecer quando ele entrou e fechou a porta. Seu coração se aferrou quando viu sua pequena figura. Parecia vulnerável. Perdida. Ele engoliu o nó que tinha em sua garganta e lutou com o que tinha que dizer. Como dizer. 170

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Finalmente optou por não dizer nada. Agachou, pôs suas mãos debaixo de seus braços e a levantou brandamente até que pôde rodeá-la com seus braços e ela descansou contra seu peito. O corpo se sacudiu quando um soluço escapou. Abraçou-a mais forte e enterrou seu rosto em seus cachos. ―Sinto muito, amor. ― Suspirou. Durante muito tempo, ela se aconchegou contra ele e não disse nada. Quanto mais demorava em responder, ele mais se preocupava. ―Sabia que isto podia acontecer― disse finalmente. ―Não é justo, Cam. Não posso escolher um lado. Como poderia? ―Ninguém quer escolher um lado, Reggie querida― Deus, ele esperava não haver dito uma mentira maior. Ele nunca poderia ter pensado que Hutch arruinaria o trato que tinham, e agora ele estava aqui apanhado falando por ambos, Hutch e Sawyer. ―Não em tantas palavras. Acomodou-a melhor, fazendo sua cabeça para trás para escutá-la melhor, já que sua voz era afogada por seu peito. ―O que é o que se supõe que tenho que fazer Cam? A dor em sua voz o fez doer. Ela soava tão pequena. Cansada. Completamente derrotada, como se ela tivesse passado estas últimas horas lutando sozinha contra algo que estava fora de seu controle. ―Não depende de você arrumar isto― disse brandamente. ―Este é um problema de Hutch. Cruzou a linha. Ele tem que fazer bem as coisas com você e Sawyer. Ela suspirou e murchou mais em seus braços. ―Estava me enganando. Isto nunca poderia ter funcionado, ― disse tristemente. Ele parou o protesto que queria sair a fervuras de sua boca, a negação em seu coração. Em troca, o estabilizou sua respiração e preparou para esforçar e lutar. ―Funcionará, Reggie. Ela se afastou para olhá-lo na escuridão. ―Nem sequer deveria estar falando com você. Não é justo ir a você quando tenho problemas com Hutch ou Sawyer. Não seria justo ir com eles se tivesse um problema com você. Estendeu a mão para tocar seu rosto. Precisava tocá-la. Fazer essa conexão. Seus dedos tremiam muito de modo que os apertou em sua palma e somente posou seus nódulos contra sua bochecha. ―Por quê? Reggie está sendo muito dura com você. Não depende de você ser tudo para nós. Como espera ser a rocha sem alguém em quem confiar? Falar comigo sobre o problema que tem com Hutch ou Sawyer não é uma traição. ―Não é justo― disse ela tercamente. ―Porque não é? Nós falamos de você. Somos uma unidade. Uma muito torcida e fodida unidade, mas não obstante somos uma unidade. ―Que demônios disse você de mim?― demandou saber ela. Ele sorriu na escuridão ao escutar a irritação em sua voz. 171

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―OH, somente o teimosa que é. E tão exasperante como pode ser. Que nos preocupamos com você. E que sentimos saudade. Ela se apoiou de volta em seus braços. ―Não sei que aconteceu esta noite, Cam. Pensei que finalmente cheguei até Sawyer. Ela parou e ficou em silêncio. ―E?― perguntou. ―Não deveria discutir sobre ele, com você. Cam suspirou. ―Vê? Teimosa. Essa qualidade tua peso muito em nossos bate-papos sobre você, Reggie querida. Ela soprou contra ele. Ele passou sua mão acima e abaixo em seu ombro. ―Que quis dizer chegando até do Sawyer? Ela descansou aí por um longo tempo, e ele podia sentir a batalha que se estava lutando dentro dela. A lealdade era algo forte nela, e ela sempre foi leal a Hutch, Sawyer, e a ele. Em sua mente, confiar a ele algo sobre um deles era uma traição. Era escolher a ele em vez deles. Eles tinham razão em dar conta que ela nunca escolheria entre eles e que sua única oportunidade com ela era convencê-la que pertencia a eles. Só agora Hutch estava fazendo o melhor por arruinar tudo. Apesar do esforço, a ira apareceu dentro de Cam. Era irracional. Não servia de nada, mas de todos os modos zangava-se que com um pouco de cólera, Hutch arriscou tudo. Não só sua relação com o Reggie, mas também a de Cam e Sawyer. ―Ele se conteve, ― disse ela finalmente ―Um ano atrás ele se conteve, e quando fizemos amor outra vez na outra noite, ele não havia… Ela parecia batalhar em procurar as palavras corretas, e Cam pensou nesses encontros para tratar e ver o que ela estava vendo. Em ambos os casos, Hutch e Cam eram os únicos que virtualmente a tomavam. Franziu o cenho. Ambas as ocasiões Sawyer só usava sua boca e nada mais. Até agora. ―Ele não te penetrou… vaginalmente― Cam ofereceu, tropeçando com a maldita palavra como um idiota. ―Assustava-o me machucar― disse ela tranquilamente. ―Sawyer é rude no limite. Não é nenhum segredo. E acredito que ele se sente culpado porque tinha sexo frequentemente com outras mulheres. Cam franziu o cenho outra vez. Sentiu à torcida maneira de Sawyer. Para ser honesto, ele nunca tinha posto atenção na participação de Sawyer durante o sexo. Só não estava acima em sua lista de prioridades, mas agora que Reggie mencionava, podia ver seu ponto. ―Assim que você o ameaçou violando-o esta manhã?― Perguntou Cam com um fio de diversão. ―Algo assim, ― murmurou. ―Em certo modo o assaltei na cozinha e deixei claro o que queria dele. 172

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―Diabos, acredito que estou ciumento― murmurou Cam. Enfiou seu punho no estomago, e ele sorriu. ―As coisas foram bem. Bom, exceto com sua necessidade de me atar. ― disse ela obscuramente. ―E toda essa coisa de me bater. Cam riu entre dentes. ―Você gostou. ―Sim, bom, esse não é o ponto. Mas então Hutch ficou como louco. Quero dizer que demônios estava pensando? De verdade acredita que você ou Sawyer me machucariam? Se ele não confiar em você ou em Sawyer, como demônios acredita que isto poderia funcionar alguma vez? Quero dizer, acredito que posso entender sua rajada de segurança quando se trata de outras pessoas ou perigos que poderia enfrentar, mas me proteger de você ou Sawyer? Cam não tinha a resposta para isso, porque era algo que ele queria saber também. ―Viu o olhar nos olhos de Sawyer, Cam? A emoção apertou sua voz, e ela soou perto das lágrimas. ―Ele só parou aí por um momento enquanto Hutch batia como se merecesse, como se merecesse todas as acusações que Hutch lançou a ele. E eu não podia ir para o porquê então se veria como se estivesse tomando seu lado contra Hutch. Ela se afastou e olhou para cima para Cam. ―Que deveria fazer Cam? ―O que é queria fazer?― perguntou com delicadeza. Seus ombros penduraram. ―Queria bater em Hutch no traseiro, e depois iria pôr meus braços ao redor de Sawyer e dizer que o amava, e que sei que ele nunca me prejudicaria. ―Então isso deve fazer. ―Faz soar tão fácil. ― Queixou-se. ―Como sei que isso não é me fazer escolher entre vocês? ―Porque Hutch estava sendo um imbecil, e se fosse sobre outra coisa você teria dito ao imbecil imediatamente e o tivesse posto em seu lugar. ―Não é isso. Ele mudou e ajustou suas pernas para tirar a cãibra que estava dando em uma delas. Então a carregou e a moveu a seu outro joelho para levar a de retorno a seus braços. ―Necessita um descanso, amor. Não pode ser tudo para todos. Por outra parte, não esperamos que o faça. Se um de nós esta comportando como um idiota, não esperamos que você aguente porque pode aparentar que esta tomando partido. ―Mas e se… e se isto não se pode arrumar Cam? Então o que? O medo em sua voz ecoou de seus próprios medos. Mas demônios, as brigas nas relações eram inevitáveis. Era o que normalmente ocorria entre um homem e uma mulher e ou com outros dois homens. Que fodido desastre. ―Você não é um fodido pedaço de carne pelo qual temos que brigar― disse, deixando que o primeiro brilho de ira se visse em suas palavras. Ela se esticou em seus braços. 173

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―Você também esta zangado. Ele suspirou. ―Sim, estou zangado. E não sei o que é que fez com que Hutch se zangasse, mas ele não o dirigiu bem. Ele sabe que Sawyer e eu nunca a machucaremos. Demônios, ele sabe. ―Assim, o que posso fazer?― perguntou ela de novo. ―Só você pode responder isso, ― disse ele, embora quisesse dizer que fosse e desse um bom chute em Hutch no traseiro e logo arrumasse as coisas com Sawyer. Mas ele não podia decidir por ela, não importava que ele queria fazer o que fosse para ficar. ―Só queria saber que demônios está pensando. ―Você e eu― murmurou Cam. Hutch sempre foi à defensiva quando se tratava de Reggie, embora Cam não ia proporcionar essa informação. Não tinha nenhum sentido apoiar em caso de que isto não funcionária. Ele acariciou seu braço e logo beijou a cabeça. ―Por que não retorna para casa? Certo que não comeram em todo o dia. Pode chutar o traseiro de Hutch e de Sawyer também se quiser. Eu até limparei o sangue quando terminar. Ele forçou a sua voz a soar limpa, esperando que se ele não para um grande problema disso, tampouco ela. ―Vá você primeiro, ― disse ela em voz baixa. ―Preciso pensar nas coisas por um momento. Capturou seu fôlego e se manteve. ―Mas vai voltar verdade? O silêncio se estendeu entre eles, e logo ele esticou enquanto esperava sua resposta. ―Já não vou fugir. O que seja que passe o confrontarei com a cabeça erguida. Sua resposta não o fez sentir melhor. Mas também escutou a resolução em sua voz. Aqui era onde ia ter que confiar nela e esperar que nenhum outro homem foderia a oportunidade de futuro que ele tinha com a mulher que amava.

Capitulo 31

Reggie aproximou da casa e desligou o motor. A caminhonete de Sawyer não estava. Com um suspiro, desceu e com cansaço se dirigiu à porta. Ela e Sawyer eram muito parecidos. Ambos eram extremistas, com tendência a explodir, e desforrar era sua maneira de lutar com as coisas. Esta vez, entretanto, prometeu a Cam que dirigiria as coisas de forma racional. Ela e sua grande boca. O que ela realmente queria fazer era colocar o rabo entre as pernas e começar a correr. Tal como fez há um ano. Só que isso não ajudou. Logo que subiu os degraus, a porta abriu e Hutch a apanhou entre seus braços. ―Reggie, graças a Deus. Estava preocupado. Ficou rígida logo afastou e bateu direto nas tripas. 174

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Ele se inclinou com um grunhido, mas conseguiu manter as rédeas agarrando-a pelo cotovelo enquanto a arrastava para dentro da casa. Retorceu até liberar de seu agarre e fechou a porta atrás. Ele se manteve de pé no vestíbulo, com sua mão debaixo de sua camiseta esfregando as tripas. ―Merecia isso― disse em voz baixa. Olhou-o furiosa. ―Sim, merecia isso. Um longo suspiro derramou de seus lábios, e ela abrandou quando viu a miséria desenhada em seu rosto. Não tinha por que saber que ela babava por ele. Paralisou com o cenho franzido, e devolveu o olhar com tristeza. ―Podemos conversar?― perguntou ele, enquanto indicava a sala de estar. ―Onde está Sawyer?― Perguntou enquanto caminhava diante dele. ―Não sei― admitiu. ―Ele não voltou ainda. Uma pontada de medo percorreu seu peito. Ela voltou para Hutch e usou sua ira para bloquear o medo. ―Que diabos estava pensando, Hutch? O que foi tudo isso? Deixou cair no sofá, cravou os cotovelos nos joelhos e afundou o rosto entre as mãos. ―Sou um idiota― murmurou. Sentou na cadeira frente a ele. ―Sim, bom agora que isso se determinou. Importaria me dizer o que foi o que impulsionou a esta besteira em particular? Olhou-a com tanto dor em seus olhos que ela retrocedeu. Uma pontada de inquietação desceu pelas costas, e sua irritação foi substituído pela preocupação. ―O que acontece, Hutch?― Perguntou em voz baixa. ―O que faz pensar que Sawyer ou Cam me fariam mal? Parecia que estava protestando? Hutch tomou em uma respiração profunda, e pôde ver sua batalha interna, podia ver os músculos contraindo e os nervos saltar por seu corpo tenso. ―Eu não vi que tivesse a oportunidade de dizer que não com as mãos presas às costas, a boca cheia do pênis de Cam e Sawyer metido por seu traseiro― disse sem rodeios. Ela ruborizou e apertou os lábios. ―Me olhe, Hutch. Voltou com o olhar apagado. Seus olhos tinham o mesmo aspecto afligido que os de Sawyer. ―O que está acontecendo? Sabe que não me fariam mal. Tem que saber. Acha sinceramente que estaria arremessada ali como uma imbecil, tomando-os, se estavam fazendo algo que eu não queria? Seu protesto não se fez esperar. ―Você é menor que eles, Reggie. Especialmente Sawyer. Não seria difícil para ele te dominar, e não haveria uma maldita coisa que pudesse fazer para detê-lo. Havia medo em sua voz e um fio de ira, mas ia além do que aconteceu no sofá. Seu olhar estava desfocado, como se estivesse perdido em algum outro lugar. Em outro momento. 175

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―Sinceramente acha que Sawyer me faria mal, Hutch? Olhe-me nos olhos e me diga o que pensa tão mal de um homem que foi como um irmão para você, desde que tinham dez anos. Um surdo estremecimento deslizou pelo pescoço de Hutch. ―Não― murmurou. ―Ele te ama. Ele morreria antes de fazer mal a você. ―Então, que caralho estava pensando hoje?― Exigiu. ―Você o machucou, Hutch. Viu o olhar em seus olhos? Como demônios se supõe que vou obter que volte sequer a me olhar? Apertou seus dedos em punhos e se obrigou a não perder o tênue controle que tinha sobre seu temperamento. Hutch estava doído também. Ela não tinha nem ideia de por que, mas algo mais estava acontecendo. Hutch afastou o olhar. Seus ombros se agitaram, e arrastou uma mão tremente por seu cabelo curto. ―Sei Reggie. Sei. Sinto muito. ―Não é para mim a quem tem que pedir desculpas― assinalou. ―Sim, é. Envergonhei-a. Eu derrubei meu irmão. Coloquei em uma posição difícil, e por isso sinto. ―Mas por quê?― perguntou em voz baixa. ―O que aconteceu, Hutch? Não é como se você atuasse dessa forma. É a situação? Está com ciúmes? É algo com o que não pode lutar? ―Não― disse com tom cortante enquanto movia a cabeça. Ele ficou de pé e começou a caminhar sem descanso. Sua linguagem corporal gritava comoção. A tensão saía dele como uma onda de calor. Esperou e observou enquanto ele lutava com qualquer demônio que o tinha em suas garras. Parou e voltou para ela, com uma mão na parte posterior de seu pescoço. ―Simplesmente me pegou errado, pequena. Entrei pela porta, e vi inclinada sobre o sofá, com as mãos atadas às costas, com o rastro da mão de Sawyer em seu traseiro. O que se supunha que devia pensar? Exalou todo seu fôlego, mas podia ver que já não estava zangado. Parecia confundido. E triste. ―Meu pai estava acostumado a bater em minha mãe― confessou em um sussurro envergonhado. Seu coração se sacudiu e apertou, mas ela se manteve tranquila, com vontade de escutar o que tinha que dizer. Nunca falava de sua família. Nunca falava de sua vida antes de chegar à casa de Birdie. Tão próximos como eram e foram durante anos, tudo o que sabia a respeito dele vinha desse momento. ―Era um filho de puta. Um alcoólico que era quase tão mau quando estava sóbrio como quando estava bêbado. Quando se cansava de bater em minha mãe, ele vinha por mim e meu irmão. Ela conteve a respiração. Ela nem sequer sabia que tinha um irmão. ―Lembra o impotente e zangado que me sentia por não poder ajudá-la. Não pude ajudar meu irmão. Eu estava completa e totalmente impotente. ―Hutch, você era só um menino― disse com suavidade. ―Sim, só um menino― disse com ironia. ―Não pensei nesses momentos em anos, Reggie, 176

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mas quando cheguei a casa e vi, foi como ver meu pai e a minha mãe de novo. Eu sei que o que fiz esteve errado, mas me adoece pensar que alguém a machuque assim. Afastou o olhar com ar de culpabilidade. ―E talvez estive esperando que Sawyer revidasse. Nunca gostei como é bruto com você, mas me sentei sobre minhas mãos e mordi a língua porque sabia que só provocaria uma discussão, e suponho que no fundo, sei que estou sendo um imbecil. Ela abriu a boca para falar, mas ele começou a caminhar de novo. ―Matou-a, Reggie. O idiota saiu com a sua. Sua morte foi um acidente. Ironicamente estava bêbada. Ela nunca bebia, mas suponho que essa noite foi muito para ela. Empurrou-a pelas escadas e logo atuou como o marido enfermo. Eu não podia ficar mais ali, assim escapei, e nunca voltei. A dor em seu coração cresceu ao ver o sofrimento cru esculpido em seu rosto. Parecia tão perdido como Sawyer quando Hutch o condenou. ―Pensei que seus pais estavam mortos... Como os de Cam e Sawyer ― disse em voz baixa. ―Nunca me dei conta... Refiro a que nunca falava deles. ―O que posso dizer?― Disse com ironia. ―Meu velho não era exatamente alguém a quem escrever, e eu sempre tive medo de que me devolvesse às cartas. Era mais fácil fingir que não existia. Ela levantou vacilante, com as pernas instáveis. E então se aproximou, deslizando os braços por sua cintura e afundou o rosto em seu peito. ―Sinto muito, Hutch. Pegou-a fortemente, o peito agitado pela emoção. ―Não tem por que pedir desculpas Reggie. Fui um imbecil total e absoluto. Eu pus tudo em perigo. Não só para mim, mas também para Sawyer e Cam. Pode me perdoar por isso? Fechou os olhos, esperando que fosse tão simples como o perdão. Para todos eles. ―Você tem que arrumar isto com Sawyer― disse em voz baixa. ―Sei. Mas primeiro tinha que arrumá-lo com você. O que fiz foi imperdoável. Fiz exatamente o que juramos que não faríamos. Pôr você entre nós. Amo, Reggie. E sinto. Apertou mais forte. ―Vou subir e esperar Sawyer, certo? Hutch esfregou suas mãos acima e abaixo de suas costas. ―Estou tão contente de que veio para casa, pequena. Estava muito preocupado. Não vá assim de novo, por favor. A próxima vez fique e me chute o traseiro ou diga que vá, mas não escape. Esta é sua casa. Você nos pertence, embora não a mereça. Ela sorriu e logo inclinou a cabeça para trás para poder dar um beijo. ―Estou cansada e foi um longo dia. Vou cair de cabeça na cama de Sawyer. Só espero pelo inferno que chegue em casa e possa fazê-lo entrar em razão. A culpa de novo brilhou no rosto de Hutch. Começou a falar, mas ela manteve um dedo sobre seus lábios. ―Guarda para Sawyer― disse com suavidade. 177

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Ele assentiu com a cabeça e afrouxou o controle sobre ela. Ela deixou que suas mãos deslizassem por seus braços até seus pulsos, e logo apertou as mãos uma vez antes de subir as escadas. Ela não tinha intenção de ficar adormecida, mas quando ouviu ranger a porta e viu o relógio, deu conta que fez. A luz se acendeu, e se jogou um braço por cima, enquanto seus olhos quase explodiam. ―Caralho! Sinto muito, Reggie ― murmurou Sawyer antes de esbofetear o interruptor da luz para devolver o quarto à escuridão. ―Está bem― disse atordoada. ―Reacende. Em vez de fazer, ele se aproximou e acendeu o abajur de noite. Com cautela, tirou o braço do rosto e o olhou fixamente. Ele parecia... Mal. Como se tivesse estado brigando uns quantos assaltos com um homem muito maior que ele, embora ela não estava segura de que fossem muitos assaltos. ―Que diabos aconteceu?― Perguntou ela ―E onde esteve? A comissura de seus lábios gretados tinha o que parecia uma suspeita de um sorriso do meio lado. ―Bebi um pouco― disse encolhendo os ombros. Seus olhos estreitaram. ―E dirigiu até a casa? Maldição, Sawyer, por que não me ligou? Está tratando de matar ou de fazer que o prendam? Ele deixou cair sobre a cama, inclinou para frente e logo voltou à cabeça para olhá-la. ―Ficou acordada para me dar uma lição? ―Não, tolo, fiquei acordada porque queria te ver. Porque queria colocar um pouco de bom senso em sua cabeça. ―Já vejo por que cheguei em casa para tal abuso― Sua voz estava cheia de diversão, mas persistiam as sombras em seus olhos. Ela se arrastou sobre a cama, pegou um punhado de sua camisa e puxou a para frente. Sua boca abriu, com surpresa enquanto ela se equilibrava para beijá-lo. Deslizou ao redor de seu corpo como se fosse uma bailarina de tubo6. Então antes que pudesse sequer piscar, ela empurrou para frente, puxando-o de costas. Ela caiu com ele e ambos aterrissaram com um golpe seco. Seus lábios se encontraram. Beijava-o para logo liberá-lo e logo o beijava de novo. ―Nunca― Beijo. ―Mais― Beijo. ―Fuja― Beijo. ―Assim de novo. Suas mãos deslizaram por suas costas até que alcançaram seus ombros enquanto salpicava a boca com a sua. ―E o diz a mulher que fugiu como um morcego do inferno― disse secamente. Ela levantou a cabeça e olhou para baixo. ―E como sabe o que fiz? 6

Bailarina de Strip-tease.

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―OH, vamos ver. A, é igual a mim. E B, Cam deixou uma mensagem um tanto desesperado em meu telefone celular dizendo que fugiu como um gato escaldado de novo. ―Voltei― murmurou. Moveu a mão a sua frente e colocou uma mecha atrás da orelha. Sua expressão se tornou grave. ―Sim, fez. Me atrevo a analisá-lo? ―Não quero falar de mim― disse em voz baixa. ―Quero falar de você. E de Hutch. Seus olhos piscaram e reviraram. Empurrou, e ela caiu a um lado enquanto ele rodava longe. ―Não há nada que falar― disse com voz apagada. ―Aí é onde se equivoca. Ele voltou seu rosto para enfrentá-la, seus olhos eram um enxame de intensidade. Se ela não o conhecesse tão malditamente bem, estaria muito assustada agora. Ele carregou de coragem. Desprendendo dele como a água de um radiador quente. Mas o olhou com calma, negando a se deixar intimidar. ―Não vai funcionar. Vai sentar aqui e vai escutar ou o juro vou prender seu traseiro à cama. Então vamos ver quanto você gosta de estar a minha mercê. Seus lábios se levantaram em um sorriso. ―Odeio dizer isso querida, mas se isso é uma ameaça, não me assusta. Posso pensar em coisas piores que estar sob sua mercê. Um zumbido quente soprava através de suas veias, e tremia apesar de sua determinação de chutar o traseiro dele até submetê-lo. Avançou de novo, ficando frente a seu rosto até que estiveram nariz com nariz. ―Vai escutar Sawyer. Vamos conversar disto. Se negar, vou... Ele piscou, e logo seus olhos reduziram até converter em fendas perigosas. ―Eu não tolero os ultimatos, Reggie. Nunca faça uma ameaça que não esteja disposta a levar até o final. Era um conceito solidamente enraizado de anos de viver com um pai que era mais fanfarronice e ar quente que a carne e o sangue. Sem dizer uma palavra, deu a volta na cama, e saiu pela porta. Suas mãos tremiam, mas isto era muito importante. Não era um farol. Como diabos podia ficar ali e tratar de fazer funcionar isto se ele não estava disposto a baixar a guarda a seu redor? Ela não ia aceitar este tipo de merda de Hutch, e certamente não aceitaria de Sawyer. Dramático? Sim, e ela quase parecia culpada porque não era seu estilo. Bom, além de fugir rapidamente. Entretanto, fazer ameaças vãs ou jogar estúpidos jogos mentais não era o dela. Mas Sawyer não era alguém a quem podia se aproximar com calma. Ele tomou medidas drásticas porque era tão teimoso como ela. Provavelmente mais. Ela entrou em seu quarto, pegou uma muda de roupa em uma bolsa e se dirigiu para a porta. Ainda não havia gestos de Sawyer. Com um suspiro, desceu as escadas. Ela estava mais que disposta a abandonar e deixar que Sawyer tentasse explicar a Cam e Hutch por que ela não estava ali. Pegou a maçaneta da porta de entrada, e Sawyer ainda não saiu de seu quarto. Sabia, 179

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porque a casa ainda não se sacudiu com a força de uma portada. Talvez essa poderia ser sua saída, mas ela não queria despertar Hutch e Cam. Ela saiu à rua e desceu as escadas para seu RAV47. Tinha a mão sobre a maçaneta da porta quando escutou algo que soava como um touro bramando. Ela não teve tempo de reprimir seu sorriso quando a levantaram no ar e a jogaram sobre um ombro volumoso. Sawyer pisoteou as escadas com ela balançando a suas costas, seu nariz batendo em seu traseiro todo o caminho. Puxou a porta atrás dele, e ela fez uma careta. Até ali chegaram suas intenções para não despertar os homens. Colocou um braço por cima de seu traseiro e logo a jogou sobre o sofá. Ela aterrissou com um golpe seco, ficando sem fôlego por um momento. Sawyer se aproximou, com um cenho escuro em seu rosto. ―Que caralho, Reggie? Desde quando faz uma merda como esta? Ela levantou a sobrancelha esquerda. ―Me perdoe? Eu não sou o que atua como um idiota aqui. Volta a me lançar assim outra vez e o prendo por agredir a um oficial de polícia. Agachou, pôs suas mãos a ambos os lados de suas pernas e se colocou sobre seu rosto. ―Me prenda então― grunhiu. Olhou, e a olhou. Logo ela bateu suas mãos contra seu rosto com um pouco mais de força do necessário e puxou para encontrar em seu beijo. Quente e faminta. Ela estava tão faminta dele. Devolveu o beijo com a mesma intensidade, a mesma força. Ele apoiou suas costas até que está tocou a almofada, e a apertou contra o respaldo do sofá. Logo se afastou e a olhou com feroz determinação. ―Não vai a nenhuma parte. Não, ela não faria, mas ele não tinha por que saber. ―Se não conversar comigo, Sawyer, vou. Não ficarei aqui enquanto põe um pé de distância entre nós a cada passo. Agachou a cabeça a um lado dela e jurou. Palavras cruas inclusive para ele. Ela elevou as sobrancelhas. ―Maldição, Reggie. O que quer de mim?― disse atrás de sua rajada de maldições. ―Tudo― disse sem duvidá-lo. Ela não esperou a que a deslocasse. Acariciou seu rosto com a mão e esfregou seu polegar sobre as cerdas duras de sua mandíbula. ―Ele errou Sawyer. Hutch estava completamente consternado. Não tinha direito de dizer às coisas que disse. Você sabe, e eu sei. Ele sabe. A incerteza brilhou em seus olhos. ―Ele não estava errado― disse em voz baixa. ―Eu não tinha direito de trata-la assim, Reggie. Como uma puta muda utilizada para jogos pervertidos.

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Um veiculo esportivo utilitário do segmento C produzido pela Toyota. Significa “Recreational Activity Vehicle 4-Wheel drive” e fundou o segmento dos todoterrenos compactos: o SUV compacto urbano.

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Ela deixou cair à mão de seu rosto, cruzou os braços sobre seu peito e adotou um olhar de indignação. ―Acaba de me chamar puta muda? Jurou novo. Tinha a mandíbula tão apertada que ia quebrar os dentes. ―Você sabia caralho que não é o que estava dizendo! Fez uma careta, sabendo que ela estava a ponto de empurrá-lo sobre a borda. Alguém tinha que ceder. Preferia que fosse seu traseiro apertado. ―Assim está dizendo que o fato de que eu queira jogos pervertidos não me faz uma puta muda? Ele grunhiu e pôs as mãos no alto. ―Juro Por Deus, que se não barbeasse a cabeça, seria um filho de puta calvo. Vai me levar a beber. ―O sentimento é completamente mútuo― disse ela com doçura. ―Está tratando de me encher o saco?― perguntou. ―Sim. Ele ficou assombrado. ―Me fale, Sawyer― disse, deixando cair o desprezo, as discussões e todo o resto. ―Não vou permitir fugir disto. Parece familiar? Não teve pena comigo. Agora os papeis se invertem. Deixei de correr, e agora quero que esteja certo que não penso colocar o maldito rabo entre as pernas. Olhou-a durante um longo momento, seus olhos azuis queimando buracos. ―Deus me libere de uma mulher obstinada― murmurou. ―Não há nada do que conversar, Reggie. Acabou. Ela negou com a cabeça. ―Eu vi Sawyer. Eu vi esse olhar em seu rosto. Conheço melhor que ninguém. Não me diga que não faço. ―Sim, faz ― disse em voz baixa. ―Melhor que ninguém. Você me ama melhor que ninguém e é por isso que não quero te fazer mal. Um grito de frustração baixo saiu de seus lábios. Ele se afastou e a olhou surpreso. ―Como é que pode ter relações sexuais comigo e me fazer mal? Como? Deus, é que não tem sentido. Acha que não tenho fantasias pervertidas? É obvio que nunca se centraram em que me ate ou que bata em meu traseiro, mas você sabe, eu poderia trabalhar com esses pontos. O que é tão terrível para você? Que não sussurra algumas palavras doces e carinhosas enquanto enche meu traseiro com seu grande pênis? Seus olhos se aumentaram em estado de choque por sua crueldade. Abriu a boca, mas não saiu nada, e ela seguiu adiante, sem vontade de deixá-lo interromper seu discurso. Não quando ela estava esquentando. ―Ou talvez é porque fodeu meu traseiro? Acha que é o primeiro em fazer isso, Sawyer? Dou uma pista. Você não foi. Estive ao redor dessa quadra uma ou duas vezes. Sem dúvida mais que Cam ou Hutch. Agora bem, segundo seu autoimposto critério, esse fato me faz totalmente inadequada. De fato, deveria me encerrar bem longe de vocês três e viver o resto de minha vida 181

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em celibato. ―Jesus Cristo. Fecha a puta boca, Reggie. ―Parece estúpido quando digo, não? ―Não me importa uma merda com quantos homens esteve no passado― disse. ―O único que importa é quantos vão ser de agora em diante. ―E não me preocupam as mulheres de seu passado― disse amavelmente. ―Não me importa que seja rude e sem polidez ou que não me sussurre coisas doces ao ouvido enquanto me fode. Se faz com que se senta melhor, Cam pode me sussurrar enquanto me fode. Um grunhido baixo ondulou fora de sua garganta. ―Não necessito Cam falando por mim. ―Bem. Isso está decidido. Então você e eu podemos fazer amor sem ajuda de ninguém. Me sinto muito melhor agora. ―É uma sabichona miserável― disse ele, enquanto girava os olhos. ―Mas você me ama de todos os modos. Suspirou com ar taciturno e dirigiu um olhar triste, o olhar de um homem solidamente derrotado. ―Eu te amo, Reggie. Mais do que jamais saberá. Mais do que amei ninguém. ―E eu te amo― disse em voz baixa. ―Agora me leve para cima e foda-me, grande tolo.

Capítulo 32

Reggie olhou Sawyer enquanto esperava que reagisse. Depois de uma breve piscada de indecisão que cruzou seu rosto, parecia enfrentar com sua incerteza e outro brilho iluminou os olhos. Um puro brilho de predador. Um que a fez tremer. ―Eu gosto um pouco quando atuam como He-Man me puxando por cima de seus ombros― disse casualmente. ―É isso um convite?― perguntou com voz rouca. O timbre de sua voz profunda se apoderou de sua pele, quente e suave. Ela sorriu descaradamente para ele. ―Eu diria que se trata de uma demanda, mas é possível que negue no princípio. ―Sinta-se livre de fazer esse tipo de demandas em qualquer momento que deseje. Antes que pudesse dizer outra palavra, levantou e a jogou por cima do ombro com a mesma facilidade como levasse um saco de cinco quilos de açúcar. Ela riu como uma idiota todo o caminho até a escada, o que valeu uma bofetada no traseiro e uma admoestação por despertar ao resto da casa. Como se pudessem ter estado dormindo. Levou ela a seu dormitório e a deitou sobre a cama. Agachou para puxar sua camisa e atirála através do quarto. A pura sensualidade de ver um homem nu se perdeu nela. Seus olhos estavam grudados a seu físico. 182

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Seus músculos ondulando preciosos. Parecia quase elegante apesar de seu tamanho. Puxou o botão da braguilha, colocou os polegares na cintura e puxou para baixo. Sua cueca azul que usava combinavam com as calças jeans, deixando descoberto seu grosso pênis. Balançava livre de tudo e se ergueu. Pegou e ficou ali a olhando, com as pernas separadas, completamente descarada. ―Você gosta do que vê? Engoliu saliva e assentiu com a cabeça. ―Tire a roupa― ordenou. ―E se quiser não fazer?― disse rápido. ―Agora. ―Está bem então― Seu tom não admitia discussão, e ela estava a ponto de ofegar. Apressou e tirou suas calças jeans, mas parou com um olhar. ―Devagar― disse. ―Bom e lento. Um sorriso sensual curvou seus lábios para cima. Assim que ele queria um espetáculo, verdade? Arrastou-se de joelhos a seguir, ficou de pé sobre a cama de modo que agora o olhava. Com um balanço sedutor de seus quadris, começou a avançar lentamente, com os jeans sobre os quadris, tomando cuidado de manter sua roupa intima em seu lugar. Quando caiu ao chão ao redor de seus tornozelos, levantou um pé e o sacudiu e logo levantou seu outro pé e chutou seu jeans para a porta. Colocou as palmas em seus quadris, alisou o corpo com as mãos, sob sua camisa trabalhando o tecido até seu peito. Passou a camisa sobre sua cabeça e a enviou voando seguindo seu jeans. Ainda balançando para frente e para trás, deslizou as mãos por suas costas para desabotoar seu sutiã. As alças se soltaram e caíram por seus braços. Ela pôs as mãos de novo mantendo as taças em seu lugar, e logo pouco a pouco deixou cair o sutiã de renda deslizando por seu corpo, liberando seus seios a seu ávido olhar. Incapaz de resistir à tentação de voltá-lo louco engoliu suas inibições e deixou que seus dedos dançassem através de seus seios. Ela tomou cada pequeno montículo e logo trabalhou com os mamilos entre seus dedos. Ele deixou escapar um pequeno gemido que era uma mescla com respirações súbitas de ar. Mantendo uma mão acariciando a ponta enrugada, arrastou os dedos da outra mão no meio, riscando uma linha ao redor de seu umbigo e logo se inundou mais baixo na banda de sua calcinha. Suave como um sussurro, com os dedos aprofundados por baixo do material transparente, através dos cachos suaves entre suas pernas, mais profundamente na carne úmida entre suas dobras. Seus dedos derrubaram sobre seu clitóris, incitando um estremecimento delicado que iniciou na virilha e terminou sobre seus ombros. Seus mamilos endureceram em resposta, e ela puxou um com seus dedos, desfrutando do formigamento agudo que entrou como uma erupção. Ela travou seus olhos em Sawyer enquanto manipulava o pequeno pedaço de carne entre 183

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suas pernas. Quando esteve segura de que estava concentrado exclusivamente nela, jogou atrás a cabeça, fechou os olhos e moveu os quadris ao ritmo de seus dedos. Não teve que esperar muito. Pegou os pulsos e puxou para frente até que caiu de joelhos sobre a cama, seu corpo a uns centímetros de seu amplo peito. Seus dedos ainda envoltos firmemente ao redor de seus pulsos inclinou e devorou a boca com um voraz beijo. ―Deixa-me louco― murmurou contra seus lábios. ―Bom― murmurou ela. Puxou os braços e apoiou para trás, logo para frente caindo sobre suas costas para bater o colchão, ficando a poucos centímetros sobre ela, com seu corpo pressionando firmemente contra o seu. Era um homem que poderia assustar a um montão de mulheres. Não havia suavidade nele. Grande e forte. Isso era o que parecia. Mas quando sorriu, quando a olhou, não houve gentileza nele, a não ser só uma dor no peito. Era dela. Ele era todo dela, e isso se refletia. Pôde ter estado com muitas mulheres, mas sabia que ele não teve a nenhuma delas no coração como o fazia com ela. Não era algo que tinha que dizer tampouco. Suas ações o demonstraram. Seu mamilo roçou seu queixo enquanto sua boca rodava sobre a dela, bebendo profundamente. Provava, lambia e mordiscava os lábios em um primeiro momento e logo passava a língua. Seu corpo arqueou sobre o dela em sinal de que seus quadris pararam entre suas pernas. Ele deu um toque à parte inferior de sua coxa com o joelho para que se abrisse a seus avanços. Dobrando os dedos ao redor de seu pulso outra vez, levantou os braços sobre sua cabeça e tomou suas mãos para ficar firmemente agarrado nelas. Então deixou um rastro com a mão livre sobre seu rosto, explorando as linhas da mandíbula e seus inchados lábios. A ponta dos dedos dançava por seu pescoço, ao redor de sua clavícula. Riscou a linha entre seus seios e a sua vez circulou os mamilos até que enrugaram e ficaram tensos por tantas cuidados. Colocou a cabeça e puxou de uma das protuberâncias pouco apertadas com os dentes. Ela gritou enquanto um raio atravessava as veias. Seus seios se incharam e esticaram, pedindo mais, querendo seu toque, sua boca. Suplicou. Não se envergonhava de sua necessidade. Queria mais. Exigia mais. ―Por favor― sussurrou. ―Desejo tanto. Necessito Sawyer. ―Ah, Reggie― gemeu. ―Faz sentir como se eu fosse o único homem no mundo. Seu pênis roçou sua pele escorregadia enquanto arqueava seus quadris para frente. Dois movimentos mais, e deslizou nela com um impulso comprido. Ela inclinou as costas e se esforçou contra ele, querendo mais, com vontade de mais. Era tão grosso. Todas suas terminações nervosas em sua tensa vagina, em fogo enquanto esfregava as costas e outra vez sobre a carne torcida. Ele continuou contendo as mãos dela com ele, enquanto com sua mão livre continuava 184

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dando prazer em seus mamilos. Seus quadris se balançavam brandamente para frente, dando um passeio fácil. Lembravam as suaves ondas na costa do Texas. Quente, suave, chegando à borda e fundindo ao longo da areia abrasada pelo sol. Ela suspirou com satisfação enquanto balançava entre suas pernas. Mentiu quando dizia que não sabia nada de fazer amor lento e sensual. Ela nunca se sentiu mais querida ou apreciada que nesse momento. A ideia de que este guerreiro, este homem de grande traseiro e avultados músculos e com as mãos maiores que sua cabeça podia amá-la tão meigamente trazia lágrimas a seus olhos. Sim, mentiu. Sabia exatamente como dar amor doce. Descansou em seu interior, com os olhos fechados enquanto seu estremecimento rodava sobre seu corpo. Havia paz em seu rosto. Prazer e satisfação. Então começou a mover de novo, rodando para frente como a maré. Mais profunda, afundando. Com cada impulso, chegando a mais em seu corpo. E sua alma. ―Passa suas pernas ao redor de mim, querida. Abrace-me forte. Deslizou seus calcanhares até a parte posterior de suas pernas antes das cruzar na parte baixa de suas costas. Puxou para a parte inferior do corpo e logo para cima para encontrar-se com ele em cada golpe. Sentiu uma pontada no fundo de sua vagina, que se fez maior, mais dura, ampliando até que retorceu com nervosa necessidade. Essa necessidade foi crescendo, maior com cada segundo que passava. Agrupou em sua virilha e irradiou para o exterior em cem direções diferentes. Por último, soltou seus pulsos e deslizou ambas as mãos por seu corpo acariciando seu traseiro. Seus dedos estendidos ao longo de suas nádegas enquanto batia atrás. Atraindo-a para ele, montou-a, subindo a seu corpo como se fosse à peça faltante de um quebra-cabeças. Mais rápido mais forte. Mais se elevavam. Suave, logo duro. Suave, logo forte. Lenta depois rapidamente. Deu um salto, como se saltasse sobre a borda do escarpado. Caiu sobre ela, estendendo seus braços enquanto descia em queda livre. Os braços estendidos, os olhos fechados, o vento em seu rosto. E logo voou. Aumentou a imersão, e perseguia o vento. E apesar de tudo, abraçou-a. Essas palavras que dizia e sussurrava ao ouvido, mas que não sabia o que significavam. Seu amor. Envolvendo cada parte de seu corpo, enchendo-a, em torno dela. O amor. ―Amo você― sussurrou enquanto estremeceu contra ele. ―Amo você― respondeu ele com voz rouca. ―Sinto muito, Reggie. Nunca quis te fazer sentir como se não significasse tudo no mundo para mim. Ela sorriu enquanto se aproximava de descansar sobre ele. ―Nunca duvidei que significo muito para você. Sua cabeça repousava sobre seus ombros, seu rosto pressionada contra seu pescoço. Passou os braços ao redor. Ainda estavam unidos, e a intimidade de seu abraço foi algo que Reggie levaria 185

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por sempre com ela.

Capítulo 33

Sawyer saltou da cama na manhã seguinte, com cuidado de não despertar Reggie. Estava encolhida, morta para o mundo, e não pôde evitar o sorriso que aliviou a tensão na testa. Agachou para tocar os cachos que derramavam por sua bochecha. Linda. Ela era tão linda. Sua necessidade ia muito além do físico. Encontrou a liberação física em um montão de lugares nos últimos anos, mas nunca encontrou ninguém que acalmasse a dor no peito como Reggie. Ele nunca o faria. Não, não era o suficientemente bom para ela. Nunca seria. Mas por alguma razão, não importava. Apesar todos seus defeitos, ela afirmava que o amava. Que o queria. Algo passava quando ele estava a seu redor. Ela sempre as arrumava para encontrar sua greta, deslizava em seu interior e dava calor a seu coração. Ela se introduziu de maneira tão profunda que ele não tinha nenhum desejo que ela encontrasse jamais a forma de sair de novo. Apesar de ter que compartilhá-la com outros dois homens, homens que a amavam, ela arrumou para fazer sentir como se fosse o único homem no mundo. O mal-estar se instalou no peito quando pensou em Hutch. Voltou, sabendo que o que passou teria que ser resolvido. Não gostava do enfrentamento, mas por Reggie, faria algo. A contra gosto a deixou dormir. Tomou uma ducha rápida e dirigiu para as escadas. Hutch estava na cozinha como esperou. No momento de entrar, Hutch levantou a vista, e Sawyer pôde ver a cautela em seu olhar. O silêncio pôs Sawyer incômodo, deslizou sobre um banco do balcão e atuou de forma casual. Durante um tempo, só o ruído das panelas e frigideiras se ecoou através da cozinha. Hutch tirou os ingredientes para fazer panquecas sem voltar a olhar Sawyer. ―Olha homem, vamos esquecer o que aconteceu― disse finalmente Sawyer. Hutch parou de misturar a mistura, mas não levantou a vista imediatamente. Pouco a pouco, deixou cair a colher contra o prato, e quando por fim olhou Sawyer, havia muito pesar em sua expressão. ―Eu errei― disse simplesmente Hutch. ―Eu fui um estúpido, e nem você nem Reggie mereciam isso. ―Muito bem, estamos bem então ― disse Sawyer, desejoso de seguir com outras coisas. Hutch suspirou e franziu o cenho. ―Não, isto terá que ser dito. O que ocorreu não teve nada que ver com você e tudo que ver comigo. Você apertou alguns botões, mas tem há ver com questões que tive com meu velho. Assustou-me, e a coisa é que sei que nunca faria mal a Reggie. Agora sei. E necessito que entenda. Devo um pedido de desculpa, mas mais que isso, devo mais respeito do que eu te dei. Sawyer moveu incômodo no banco. 186

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―OK. Está tudo bem. Hutch relaxou e voltou a misturar os ingredientes. ―Tirou o ferro com Reggie, ou fodi as coisas entre vocês? ―Ela me pôs reto― murmurou Sawyer. ―Estamos bem. Hutch sorriu. ―Sim, derrubou-me. Sawyer voltou à cabeça para cima. ―Sério? Hutch esfregou o estômago com a mão livre. ―Sim. A novilha me deu um golpe no meio. Sawyer começou a rir, e se assombrou do bem que parecia. Alívio. Esperança. Hutch buscou o olhar concentrando fixamente em seus olhos. ―Sinto muito. Sawyer negou com a cabeça. ―Estamos bem. Cam entrou com um punhado de equipamentos eletrônicos, o cenho franzido e o rosto sujo. Soltou as coisas no balcão com um ruído. ―Foi às compras?― Perguntou Sawyer com uma sobrancelha arqueada. O cenho não aliviou do rosto de Cam. ―Algum dos dois sabe que demônios é esta coisa? ― Perguntou. Hutch inclinou e examinou a coleção. ―Parece uma equipamento de vigilância. ―Sim, eu penso o mesmo― respondeu Cam. ―De onde o tirou?― Perguntou Sawyer. ―Bom dia― disse Reggie ao entrar na cozinha. Ela ofereceu um sorriso aos três, e só Cam não devolveu. Ela deslizou ao lado de Hutch em primeiro lugar, aconchegando-se contra seu lado. Logo sob a vista para as coisas no balcão e congelou. Uma expressão peculiar cruzou seu rosto, seguida rapidamente por uma faísca de culpabilidade. Sawyer franziu o cenho. Isto não pressagiava nada bom. ―Eu o encontrei aqui― disse Cam escuro. ―Câmaras. Equipamentos de gravação. Rodeavam a casa. Sawyer seguiu olhando Reggie. ―Tem alguma ideia de onde veio?― perguntou. Reggie separou de Hutch e Cam a olhou surpreso. ―Uh, é meu― disse em voz baixa. ―Teu?― Cam franziu o cenho mais profundo. ―Que diabos está acontecendo, Reggie? Secou as mãos em suas calças jeans e mordeu de forma ausente o lábio inferior. ―Eu mandei instalar. Enquanto estávamos em Houston― adicionou. 187

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A lâmpada se acendeu. Sawyer viu o mal-estar em sua linguagem corporal e sabia que qualquer explicação não ia gostar. Os outros estavam entendendo rapidamente também. ―É por isso que estava tão ansiosa de nos levar a todos a Houston?― Perguntou Sawyer. Reggie tratou de acalmar o pânico que prendia em sua garganta. Esta não era a maneira em que queria explicar as coisas. Ela quis deixar as coisas claras com eles, não deveria se sentir como se estivessem espreitando a suas costas. O que era na realidade o que fez? Ela suspirou e deixou cair em um banco. ―Reggie?― disse Hutch. ―Meu amigo tem uma empresa de segurança. Material de alta tecnologia. Tem muitos trabalhos por contratos de vigilância policial. Perguntei se podia pôr o cabo no lugar enquanto nós não estávamos. ―Muito bem, por quê? ― Perguntou Cam. ―Quero dizer que já entendo por que lugar foi aplainado, mas por que pensou que precisava mantê-lo em segredo? ―Porque não sabem toda a história ― disse em voz baixa. ―Eu não queria que soubessem a história completa. ―Bom, é obvio, não o compartilhou― arrastando as palavras, disse Sawyer. Eles estavam bravos. Mas sabia que estariam mais de saco cheio quando soubessem mais. ―Eu estava tratando de protegê-los― disse. ―A todos vocês. Tenho razões para acreditar que o assassinato, o ataque para mim, o atentado daqui e o de Birdie e o carro bomba eram ataques pessoais para Hutch. ―O que?― Exclamou Hutch. Sawyer e Cam olharam atônitos por igual. ―Não sei a historia exata ― disse com suavidade. ―Misty Thompson era alguém que saiu com Hutch. O resto das conexões se explicam por si. E a noite que foi assassinada, o homem me chamou e disse Reggie é hora de que ele pagar. ― deu uma olhada a Hutch, fazendo uma careta enquanto empalideceu ainda mais. Não era a forma em que ela queria dar a notícia. O nome da vítima era de conhecimento público, mas Hutch não estava muito em sintonia com as notícias locais. ―Meu departamento seguiu o raciocínio de que tinha que ver com meu pai já que ele é de alto perfil, rico e um político. Mas quando a casa de Birdie foi assaltada, o quarto único destruído foi o de Hutch. ―Maldição! Reggie, por que não me disse nada disto?― Exigiu Hutch. ―Não acha que eu tinha direito, ou seja, se alguém estava tratando de matar as pessoas próxima a mim? Que alguém já morreu por mim? ―Não foi minha decisão. Meu departamento não estava convencido, e estavam investigando todos os ângulos. Eles queriam interrogar os três... Hoje. Mas fizeram uma detenção e obtiveram uma confissão pelo assassinato, por isso não foi necessário depois de tudo. ―Isso é mentira― disse Sawyer, sem rodeios. ―Me diga uma coisa, Reggie. Por que decidiu ficar?Por que a repentina mudança de atitude? Eu apostaria um montão que não tinha nada que ver conosco, e sim com nossa segurança, ou porque inclusive decidiu repentinamente deixar de 188

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lutar contra a atração? O sangue fugiu de seu rosto. Isto era o que temia. Eles estavam fazendo a conexão. Não foi assim, maldição, mas ela sabia como era. Como diabos se supunha que ia convencê-los do contrário? ―Tem razão, não?― perguntou Cam com uma voz que soava a mortos. ―Estava nos protegendo, não? Fez para poder manter um olho sobre nós. Demônios, inclusive instalou um sistema de vigilância elaborado para proteger a casa. Nunca teve a intenção de nos dar uma oportunidade. ―Isso não é certo― respondeu ela. ―Maldição, Cam! Isso não é justo. Não foi assim. Hutch estava pálido e parecia decididamente instável. ―Justo? Quer falar do que não é justo, Reggie? Mentiu. Desde quando? Não podia suportar olhar a dor em seus rostos. Olharam-na sentindo completa e absolutamente traídos. ―Não menti― disse em voz baixa. ―Não a respeito de nós. ―Me olhe nos olhos e me diga que não ficou para nos proteger― disse Cam. Devolveu o olhar sem pestanejar. ―Não posso dizer Cam. Eu fiquei para protegê-los, mas essa não foi à única razão. Não tem descoberto ainda que eu faria algo por você? Por todos vocês? Sawyer jurou e se separou dela. Um buraco se abriu em seu peito, quase a partiu em dois. ―É tão difícil?― Cam gritou. ―Tão difícil que teve que procurar uma desculpa para ficar conosco? Pelo menos seja honesta agora, Reggie. Teria permanecido sempre conosco se não estivesse preocupada com nossa segurança? Ela ficou imóvel, sem saber o que dizer como dizer. Sim, no princípio, ela necessitava toda a inspiração do mundo para fazer algo tão desatinado. Isso não a convertia em uma cadela do mal, pelo amor de Deus. O que importava o que devia importar fossem as conclusões às que chegou após. Mas talvez errou, porque não pareciam confiar muito nela depois de tudo. ―Tomarei seu silêncio como toda a resposta que necessito― disse Cam com desgosto. O telefone soou, e Cam o arrancou, com o rosto escurecido pela ira. ―Olá― ladrou. Parou um momento e logo empurrou o receptor para ela. ―Seu chefe― disse breve. Ela pegou o telefone, amaldiçoando o momento. Ela não tinha tempo para a merda do trabalho. Ela tinha que fazer bem as coisas com os homens. Mas Cam não esperou. Voltou bruscamente e se afastou. O medo se apoderou dela. Formou um nó na garganta. Cam nunca se afastou. Com mãos trementes, levantou o telefone à orelha. ―Sim, senhor― disse a saudando. ―Necessito que venha― disse, diretamente. ―Daniel quer se reunir com você. Há alguns buracos neste caso que estamos tratando de resolver. ―Senhor, este realmente não é um bom momento― começou. ―Sinto muito, Reggie. Necessito aqui. Isto é muito importante. Posso te esperar dentro uma hora?― Ela suspirou e fechou os olhos. Maldição, maldição, maldição! 189

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―Sim, senhor. Eu estarei aí. Marcou o botão Off e pouco a pouco pôs o telefone no balcão. ―Tenho que ir. Não posso deixar isto de lado― disse em voz baixa. ―vamos conversar quando voltar. ―Vai voltar?― perguntou com frieza Hutch. Seu olhar piscava até a sua, e ela não pôde ocultar a dor em sua expressão. ―Quer que volte? ―O único que queremos é que volte se for aqui onde quer estar― atravessou Sawyer. ―Mas talvez deveria pensar por que quer voltar. Se for devido a algum fodido sentido de obrigação ou se quer nos proteger do lobo feroz? Eu não quero que esteja aqui para isso. Não se trata de algum estúpido equipamento do traseiro, Reggie. Trata de você e de nós e do fato de que talvez já estamos cansados de pôr nossas vidas em espera quando não se tem intenção de nos dar o que queremos. E bom, possivelmente não seja o que quer. Isso está bem. Só o tem que dizer. Mas tem que parar sacudir ao redor de nós. O pânico rodou através dela como uma locomotiva. Teriam chegado finalmente ao fim de sua paciência com ela? Intumescida. Estava intumescida de pés a cabeça. E então levantou a vista e viu o olhar nos olhos mortos de Hutch. Ela voltou e saiu da cozinha. Ia agora ou se quebraria diante deles. Ouviu o estalo de um punho contra uma parede, e estremeceu, mas ela não retornou. Ela não podia voltar até que tivesse o tempo para convencer de que os amava e que queria estar com eles. Sempre. Só esperava que pelo inferno que a escutassem nesse momento e que ela não tivesse esgotado sua atribuição de segunda oportunidade.

Capítulo 34

Reggie dirigiu à cidade com o peito tão tenso que pensou que ia arrebentar. Tudo o que queria fazer era terminar com seu chefe e retornar para casa. ―Está muito melhor, Reggie ― disse Greta quando entrou na área da recepção da estação de polícia. Ela não parecia melhor. Agora não. ―O Chefe está ainda aqui? Supõe que devo me reunir com ele e David Conley. ―Me deixe que anuncie. Está com o fiscal agora. Greta pegou o telefone. ―Reggie está aqui, chefe. Quer que entre?― Greta assinalou o corredor e assentiu com a cabeça para Reggie. Reggie se dirigiu ao escritório do chefe e bateu na porta. Quando responderam entrou, empurrando a porta. David Conley levantou de sua cadeira e se voltou para saudar Reggie. Era um jovem fiscal, mas era um osso duro de roer na corte, conforme se contava. Ganhou a reeleição com um triunfo eleitoral esmagador. ―Reggie, parece melhor― disse o chefe enquanto fazia um gesto para que ela sentasse ao 190

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lado de David. ―Sinto-me muito melhor, senhor― mentiu. ―Espero estar de volta ao trabalho na segundafeira. Mas pela primeira vez retornar ao trabalho não tinha o atraente que teve há apenas um dia. O chefe assentiu. ―O rapaz certo esta de custódia?― perguntou ela, cortando rapidamente o assunto. Ela não tinha tempo de comentar nada gracioso. Não quando todo seu futuro estava pendurando em um magro fio. Tanto o chefe e David assentiram. ―Temos sua confissão― disse David. ―Ainda estamos recolhendo dados, pelos trâmites. Li sua declaração, assim sei que você não recebeu um bom trato por parte dele e não pôde dar uma descrição, mas acredita que o reconheceria se o voltasse a ver? Ela franziu o cenho. ―Simplesmente não sei. Sinto muito. Tudo aconteceu tão rápido. Pode ser que seja capaz de identificar sua voz, mas não disse muito. Só o que disse de que me esperava e que o faria pagar. David fez uma careta. ―Esse é o único ângulo que não pudemos esclarecer. Levantou as sobrancelhas. ―O que quer dizer? ―Sua conexão com você e que tinha a intenção de fazer pagar. Isso é ameaça de assassinato, e proveu curiosos detalhes sobre o crime. Localização, motivo, etc. Mas não houve nenhuma menção de que, ou por que a atacou ou seu motivo para fazer. Estávamos esperando que lembrasse algo mais daquela noite que nos pudesse ajudar. Olhou o chefe insegura. ―Assim não sabem se têm à pessoa certa? ―Isso não é o que estamos dizendo― respondeu o chefe. ―Tudo tem sentido― interveio David ―Menos sua conexão com você. Ele admitiu o assassinato; entretanto, não disse uma palavra a respeito dos roubos ou a manipulação de seu veículo. ―Acha que é culpado de um assassinato que não cometeu?― disse. ―Eu não disse isso― disse David. ―Então, o que está dizendo? ―Há duas possibilidades― disse David. ―Uma, que o assassino e o ataque dessa noite não tivessem nada que ver com os roubos ou a bomba e estamos procurando dois suspeitos diferentes. Ou dois, que temos um cara em liberdade e que por qualquer razão este senhor confessou um assassinato que não cometeu. Inclino por volta da primeira possibilidade. Ela negou com a cabeça. ―Mas isso não tem nenhum sentido. A coincidência é muito surpreendente, e o cara que assassinou Misty Thompson definitivamente sabia quem era eu e fez ameaças específicas contra mim. 191

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―Nós gostaríamos de interrogar o suspeito de novo com você presente― disse David. ―Eu gostaria de ter uma ideia de se reconhecer sua linguagem corporal e ver que mais podemos obter de quando perguntarmos diretamente sobre você. Ela assentiu. ―Estou de acordo. Eu gostaria de ouvir falar. Dou conta de que uma identificação de voz não é o melhor, mas não acredito possa esquecer sua voz muito em breve. ―Bom, então vamos fazer― disse o chefe. ―vou trazer o prisioneiro para baixo a uma das salas de interrogatório. Olhou os olhos de Reggie através de sua mesa. ―Você ainda não está atuando a título oficial. É uma testemunha, nada mais. ―Entendo senhor. Vou seguir seu exemplo. Ela levantou de seu assento. ―Um momento, Regina― disse o chefe. Colocou a mão em sua mesa e tirou sua placa de serviço. Deslizou ao outro lado da mesa para ela. ―Isto foi esclarecido faz uns dias, mas como estava fora da cidade. A placa que autoriza a voltar. Estarei encantado de ter de volta na segunda-feira. ―Obrigado, senhor― murmurou. Acariciou a insígnia e a colocou no bolso de seu jeans, cômoda sabendo que com todo o resto em sua vida dando voltas em espiral fora de controle, ao menos tinha seu emprego. O chefe se dirigiu à porta, e rapidamente se acomodou a cartucheira no ombro e assegurou sua pistola antes de seguir para fora. Devia ter significado mais. Deveria ter se sentido mais aliviada. Enquanto caminhava pelo corredor para a sala de interrogatórios, tratou de sacudir o pressentimento que se apoderou dela. Tudo estaria bem. Tinha seu trabalho de novo, e uma vez explicado tudo aos homens, as coisas estariam bem ali também. Tinham que estar bem. Ela se sentou ao lado de David e esperou a que o prisioneiro chegasse. ***** Duas horas mais tarde, Reggie se dirigia a casa, com sua mente dando voltas. Seu intestino gritava que o homem em custódia não era o culpado. Era um bom filho da puta. Disse todas as coisas corretas, se ele não matou Misty Thompson, fez sua tarefa. Mas não deu sequer uma piscada de reconhecimento quando entrou na sala de exame. Tratou-a tal como o fez com os outros policiais. Com cortês desprezo e petulante aprumo. E não era sua voz. Não havia dúvida, bastou com que o chefe advertisse que mantivera seu olhar nos dedos dos pés, apesar de que as coisas estiveram muito tranquilas do incidente do carro bomba. David se queixava sobre a ideia de ter à pessoa errada, e pior ainda, a pessoa errada culpada por um assassinato que não cometeu. 192

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Se este homem não era esse, significava que estavam de volta ao princípio. Sem pistas. Sem suspeitos. Aumentou a velocidade, tinha razões para querer voltar para casa a toda pressa. Não só estava desesperada por fazer as coisas bem com os homens, mas também agora tinha que preocupar de que um assassino estava em liberdade. Alguém que conhecia e que estava perseguindo Hutch. Então tinham que ir todos de novo para ser interrogados. Dava igual se falavam ou não. E agora, uma vez mais, ia encontrar com o cepticismo de seus motivos. Suspirou. Como ia ser capaz de fazê-los ver que os amava e queria estar com eles, sem importar as malditas consequências? Quando faltava um quilômetro para a separação para casa, viu um caminhão familiar estacionado ao lado da estrada. Inclinou para frente e franziu o cenho enquanto se aproximava. A caminhonete de Hutch. Parou atrás dele, mas podia ver que não havia ninguém dentro. O medo deslizou até suas costas, e alcançou sua pistola. Espinhos de desconforto passavam através da pele, pouco a pouco saiu, com sua arma frente a ela. Enquanto caminhava para a porta do lado do condutor, viu a ralada de pintura vermelha no branco exterior. Rezou. Alguém bateu de lado e o obrigou a parar. A porta estava entreaberta, mas parou em seco pela pista salpicadas de sangue. Seu olhar subiu para ver uma mancha de sangue na janela. Olhou dentro, mas o encontrou vazio. Deu a volta para olhar sobre o terreno e encontrou um montão de rastros, cruzando entre si, algumas pressionadas profundamente na terra. Uma luta. Suas mãos tremiam e o pânico cresceu em seu peito. Foi Hutch. O filho de puta estava sobre Hutch. Sabia que tinham o homem equivocado. Seguiu as marcas de pneus negros que foram do extremo direito da estrada para o centro e então para o sulco da direita. Viajavam para o norte. Correu a seu carro e puxou para pegar seu telefone celular para ligar. Por favor, Hutch. Diga-me que está bem. E então ela rezou por encontrá-lo a tempo.

Capítulo 35

Os olhos de Hutch abriram de repente, e a dor ferroou em sua têmpora. Estremeceu e fechou seus olhos outra vez enquanto tratava de entender que demônios aconteceu. Uma onda de adrenalina disparou através de suas veias quando lembrou a caminhonete batendo em sua caminhonete e forçando para a plataforma. Antes de poder sair e queixar ao condutor, foi arrastado fora de seu caminhão por um 193

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homem de mais de uma cabeça mais alto e aproximadamente cinquenta quilos mais pesado que ele. Hutch se defendeu, mas uma alavanca na cabeça terminou a luta em dois segundos. Tratou de levantar seus dedos para sua cabeça para ver como foi gravemente ferido, mas rapidamente entendeu que foi preso mais apertado que um peru de natal. Maldição. Moveu seus dedos experimentalmente e tratou de restaurar um pouco a sensação. Suas mãos estavam atadas atrás de suas costas e seus tornozelos fossem imobilizados juntos. O medo o invadiu. Não por ele, mas sim por Reggie. Era este o mesmo idiota que a atacou? O que era o que disse ela? O que tudo isto era algum tipo de vingança contra ele? Não tinha nenhum inimigo de merda do qual soubesse. Seus únicos amigos íntimos eram Reggie, Sawyer e Cam. Ele se despediu de alguns trabalhadores da construção, mas vamos. Isto acontecia muito e eles não andavam matando gente por isso. A palpitação em sua cabeça aumentou brutalmente, e teve que ofegar contra a náusea que ondulava em seu estômago. Tinha que sair daqui. Tinha que encontrar Reggie. ―Vejo que está acordado. A brincadeira ecoou através da sala fracamente iluminada, surpreendendo na quietude. Permaneceu imóvel, inseguro de onde se originou a voz do homem. Não teve que esperar muito tempo. A luz de um abajur de querosene encheu a sala enquanto balançava mais perto. Uma figura grande se abatia sobre ele. Cristo, o homem era grande. O medo apertou sua tripa. Era este o idiota o que atacou Reggie? A raiva substituiu seu medo. ―Me olhe― disse o homem com ira. Hutch devolveu o olhar ao homem. ―Conheço? A raiva encheu o rosto do outro homem. Ódio. Ódio dirigido a Hutch. ―Não reconhece seu irmão, Hutch?― grunhiu. Hutch piscou em estado de choque. Irmão? Daniel? ―Sim, assim é. Seu irmãozinho em pessoa. Embora… ― disse ele, ―parece mais como o irmão menor agora, não acha? Deus era como estar olhando a seu pai. Eles eram quase idênticos em tamanho e personalidade. A bílis elevou a sua garganta enquanto as lembranças da noite que morreu sua mãe retornaram com intensidade. ―Por que me odeia tanto?― perguntou Hutch fracamente. ―Por que está tratando de destruir as pessoas que amo? O que alguma vez fiz a você? Se quer odiar alguém, odeia a nosso pai. Os olhos de Daniel foram frios. ―Por que te odeio? Porque me deixou, filho da puta. Deixou com aquele bastardo. Aguentei anos de suas surras, suas bebedeiras e suas mudanças bruscas de humor enquanto você estava fora, conseguindo uma nova vida, me substituindo com outros irmãos. Tinha tudo e nunca 194

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importou um caralho algo sobre mim. As palavras, ditas tão duramente, mas com tal borda de dor, tiraram o fôlego de Hutch. Seu peito inchou até que teve dificuldade para respirar. ―Eu era só um menino― disse ele com voz rouca. ―Não pode me culpar que tive que me afastar daquele monstro. ―Me deixou com ele― disse Daniel com voz afogada. ―Nunca perdoarei você por isso. Vou tirar tudo com o que me substituiu. Sua mãe adotiva. Seu nome é Birdie, verdade? Doce senhora. Ela poderia ter sido minha mãe também, mas não importou nada o que me acontecia. ―Cristo― disse Hutch, as palavras que queria dizer quase estavam estrangulando. ―Daniel, me escute. Birdie não é culpada. Tudo o que ela fez foi acolher crianças que não tinham um lar. Ela teria acolhido também se soubesse de você. Não a culpe. Culpe a mim. ―E sua namorada policial― Daniel seguiu como se Hutch não falasse. ―Eu a teria matado, mas a puta se defendeu. Essa é minha moça. Graças a Deus ela tinha esse maldito gênio. Agora que viu Daniel, ele não sabia como demônios Reggie conseguiu escapar com vida. ―E seus sócios no negócios. Os chama irmãos? Foram criados todos juntos. ―Eles são meus melhores amigos, ― disse Hutch tranquilamente. ―Eles tampouco sabiam sobre você, Daniel. Eles também tiveram uma infância dura, justo como você. É comigo com quem está zangado. Trata comigo. Sou o único que culpado por te deixar. ―Sim, é― disse ele simplesmente. ―Mas se primeiro te mato, não sofrerá. Quero que viva o bastante para sofrer pelas pessoas mais importantes quando estiverem mortas. A raiva impotente o transbordou, borbulhando para cima e ameaçando explodindo. Estava completamente necessitado. Incapaz de fazer uma maldita coisa mais que permanecer deitado e escutar seu próprio irmão maquinar para matar as pessoas que mais queria. ―Daniel, o que posso fazer para arrumar isto com você, para fazer as coisas direito?― disse Hutch tão calmo como podia estar. Sua única possibilidade era raciocinar com ele, embora só Deus sabia como se supunha que podia raciocinar com alguém que obviamente perdeu a prudência fazia muito tempo. ―Onde está nosso pai agora?― perguntou, tentando uma tática diferente. Uma misteriosa calma se apoderou de Daniel. Seus olhos perderam um pouco de sua fúria, e um pouco de paz pareceu rodeá-lo. Era arrepiante. ―Matei o filho da puta. Justo como matou Misty Thompson, cujo único pecado foi ir ao baile de graduação com Hutch. Sua garganta doeu quando imaginou seu marido e filhos, sós agora, tudo devido a um engano ele cometeu quando era só um rapaz. Somente um menino. Assustado em seu espírito e incapaz de receber mais brutalidade de seu pai. Ele não foi capaz de cuidar dele. Como poderia ter esperado que cuidasse de um irmão menor? Deveria ter tentado. Fechou seus olhos. Era muito tarde. Toda a culpa no mundo, tudo poderia, deveria, haveria, não mudariam o fato que seu irmão o odiava com bastante paixão para tomar a vida de alguém 195

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mais. ―Ajudarei Daniel― disse ele com cuidado. ―Podemos ser uma família outra vez. Só me prometa que não fará mal a ninguém mais. Tenho dinheiro. Podemos comprar uma casa. Somente você e eu. Ir pescar. Lembra quanto você gostava disso. Daniel pôs suas mãos sobre seus ouvidos como um menino e sacudiu sua cabeça energicamente. Depois de um momento, deixou cair suas mãos e se aproximou de Hutch. Por seu rosto estendeu a cólera. Uma ameaça escura esteve à espreita nos olhos marrons tão parecidos com os de Hutch. Hutch torceu seus pulsos, tratando de afrouxar as cordas. Estas cortaram sua pele, mas não importou. Tinha que tentar algo, o que fosse para escapar. Havia muitas pessoas em perigo. Daniel ondulou seus dedos e apontou de maneira ameaçadora para Hutch. ―Se mexa e dispararei! Reggie. Jesus Cristo, que diabos fazia ela aqui? Seu olhar voou para a porta onde ela estava de pé, com sua arma apontando para Daniel. Daniel saltou para Hutch e, fiel a sua palavra, ela disparou. Daniel grunhiu enquanto caía sobre Hutch, tirando o fôlego. Eles rodaram pelo impulso de Daniel, e Hutch aterrissou sobre seu irmão. Daniel ficou de pé, e Hutch sentiu a mancha quente de sangue. Reggie disparou em Daniel. Uma folha fria apertou o pescoço de Hutch, e ele conteve sua respiração por medo de que com qualquer movimento a faca cortasse através de sua pele. ―Baixa a arma ou ele morre ― grunhiu Daniel. O olhar de Hutch encontrou Reggie através da sala. Sua arma estava apontando a Daniel, ou talvez era a ele. Eles estavam tão juntos, o braço de Daniel apertando ao redor de Hutch, que para todos os objetivos práticos ela apontava para ambos. Seus olhos se estreitaram em concentração intensa enquanto ela caminhava para frente. ―Baixa a faca― disse ela com uma voz que intimidaria ainda o cara maior. Pela primeira vez, Hutch apreciou como ela era impressionante quando estava em modo polícia. ―Em uns minutos este lugar estará invadido de policiais. Não sairá vivo― disse ela com frieza. ―Enquanto ele morra isso não importa― disse Daniel com uma borda de desespero em sua voz. Reggie olhou de esguelha agora, ajustando seu apertão sobre a arma, tratando de conseguir um melhor ângulo para eliminar Daniel. Tanto como Hutch queria estar fora de sua situação atual, seu coração afundou diante da ideia de seu irmão morrendo. Que maldito desperdício. A faca cortou sua pele e um fio de sangue deslizou para baixo por seu pescoço. Reggie parou e sustentou a arma nas mãos firmes. ―O que tem contra Hutch?― perguntou ela com voz tranquila. ―Quero dizer, sei que ele pode ser uma dor no traseiro, mas certamente, por isso não merece a pena de morte. Caramba obrigado, Reggie. Olhou airadamente, mas ela nem sequer chegou a olhá-lo. Toda sua atenção estava enfocada em Daniel. 196

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―Diga quem é Daniel ― disse Hutch em tom áspero, cuidadoso para não enviar a faca mais profundamente em seu pescoço. ―Ela quererá conhecê-lo. ―Daniel. Bonito nome― comentou Reggie. ―Tem sobrenome? ―É Bishop― grunhiu Daniel. Hutch viu os olhos de Reggie encher quando fez a conexão. ―Bem obviamente não é seu pai. Vou adivinhar que é seu irmão menor. Já sabe que ele estava acostumado a falar de você todo o tempo. Daniel ficou rígido e Hutch quase gemeu. Que diabos fazia ela? Ele nunca mencionou seu irmão. Diabos, ela não sabia que ele tinha um até a outra noite. ―O que disse ele?― Daniel exigiu, e Hutch se maravilhou diante de como infantil soou. ―Só que vocês dois estavam acostumados a ter alguns bons momentos― disse ela com uma voz tranquila, moderada. Maldição, ela era boa. ―Que bastardo tão lamentável era seu pai com vocês dois e como lamentou que não escapasse com ele. De algum modo, ela conseguiu um controle sobre a situação. Isso, ou era uma adivinha malditamente boa. Mas ela se inundou diretamente na medula do assunto. ―Sim, claro― cuspiu Daniel. ―Ele se sentiu verdadeiramente mal. Ele conseguiu tudo. Uma mãe. Novos irmãos. Você. Ele conseguiu você. Quero que os veja morrer todos vocês. Quero que ele saiba como se sente perder as pessoas que ama. A faca escavou mais profundo em sua pele e mais sangue deslizou para baixo em seu pescoço. Cristo. Isto não estava bem. Reggie levantou a arma e a nivelou com um olhar gelado. ―Baixa a faca, Daniel. Não quer fazer isto. ―Retrocede!― Gritou Daniel. ―Matarei-o agora mesmo. Não importará se dispara ou não. Cortarei seu pescoço antes de morrer. Reggie vacilou, e seus olhos se estreitaram em concentração. Obviamente ela julgava sua determinação. Relaxou e desceu sua arma. Talvez percebeu que ele não estava brincando. ―Bem― disse ela com doçura. ―vamos fazer a seu modo. Vou baixar minha arma. Você deixa Hutch ir. Eu sou a que quer verdade? Quer que Hutch me veja morrer. Ele não pode fazer isso se morrer primeiro, Daniel. ―Reggie, não!― Bramou Hutch. ―Que caralho está pensando? Dispare. Faz agora. Ignorou e ficou de cócoras. Pôs a arma sobre o tapete e devagar ficou de pé outra vez. Chutou a arma longe e esta foi movendo em espiral através do chão. ―Assim. A arma se foi. Agora me mostre um pouco de confiança. Deixa Hutch ir. Tem a mim. Sou a quem quer. Ele me ama, sabe. Me mata e ele sofrerá. ―Reggie. Maldição. Não!― Ele não deixaria que se sacrificasse por ele. Mas a eleição não era dela. Encontrou-se empurrado para frente, caindo no chão com um golpe. Rodou desesperado por ver o que acontecia a seu redor. Reggie agachou em posição defensiva enquanto Daniel se aproximava dela. Hutch puxou as cordas ao redor de seus pulsos, sem importar o fato de que elas despedaçavam sua pele. Não podia deixá-la fazer frente sozinha a Daniel. Ela não tinha oportunidade contra o grande filho da puta, não importa como ela era boa. 197

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Daniel desceu, e o esquivou e logo se lançou através do chão para sua arma. Bateu o tapete com um ruído surdo quando Daniel pegou seu tornozelo. ―Puta― grunhiu ele. ―Pagará por isso. Ele vai vê-la morrer. E não será rápido. Vou desfrutar destroçando, pedaço por pedaço. Ela tirou de repente seu outro pé e chutou sua mandíbula. Ele grunhiu, mas conservou seu tornozelo e devagar a arrastou para ele. Hutch puxou freneticamente, tentando desesperadamente afrouxar as cordas. Ele não a veria morrer. Maldição, onde estavam os policiais que ela achou que apareceriam? Daniel soltou seu tornozelo, mas pegou sua blusa com sua mão robusta e puxando a pôs de pé. Sustentou de tal maneira que seus pés desligavam do chão. E logo bateu com a parte de trás da mão, fazendo cambalear. Filho da puta! A fúria cresceu como um manto. Uma das cordas cedeu e ele liberou sua mão. Tirou as cordas que estavam escorregadias com seu sangue. Reggie se recuperou rapidamente e retrocedeu, mantendo espaço entre ela e Daniel. Sua arma estava atrás de Daniel. Bem, mantém longe de você, neném. Por favor. O pedaço final de corda caiu livre, e ele estendeu as mãos para as ligaduras que rodeavam seus tornozelos. Mantém ocupado. Só uns segundos mais. Não deixarei você morrer por mim, Reggie. Daniel grunhiu com dor, e Hutch olhou para cima para ver Reggie com um joelho no chão, seu punho enterrado nas bolas de Daniel. Boa garota. Mas então ela foi deitada quando Daniel bateu com um daqueles punhos ―grandes como um tijolo. Seu grito de dor quebrou o ar. Hutch amaldiçoou seus dedos intumescidos enquanto estes pegavam torpemente as cordas. Houve uma rajada de ação quando Daniel foi por Reggie e ela respondeu brigando. Bateu com uma patada giratória que conseguiu levar Daniel um passo atrás. Ela impulsionou sua vantagem momentânea lançando uma surriada de golpes no meio das costas, e logo o cortou com um gancho o queixo. Ela era uma mancha imprecisa de cotovelos, punhos e pés enquanto fazia retroceder Daniel através do chão. Se Hutch não estivesse tão malditamente assustado por ela, teria adorado o modo que ela totalmente chutou seu traseiro. O sangue saia de seu nariz, mas ela nem sequer parou para limpar enquanto seguia seu assalto implacável. Ela executou um golpe efetivo e deve ter encontrado a ferida de bala, porque o grito surdo de dor de Daniel ecoou através da sala. Finalmente a corda se soltou, e Hutch ficou de pé. Lançou para o Daniel, e ambos caíram apinhados. Seu irmão estava construído como um maldito bloco de cimento. Foi como bater em uma parede de tijolo indo a sessenta milhas por hora. Hutch jogou sujo. Estrelou seu punho no ombro que foi ferido de bala. Daniel grunhiu, mas lançou um murro por sua conta, separando Hutch dele. 198

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Enquanto Hutch ficava de pé, Daniel investiu sobre ele, bramando como um touro zangado. Reggie ficou diante e caiu no assalto de Daniel. A raiva cegou Hutch. Fúria por que Reggie se colocou diante dele, fúria por que Daniel a machucou. Reggie jogou para trás sua cabeça bateu em Daniel diretamente no nariz. O sangue brotou enquanto Daniel uivava de dor. Hutch saltou para ele, separando de Reggie enquanto eles rodavam em uma massa de braços e pernas torcidos. Hutch deu um murro no ombro outra vez e logo seguiu com outro em seu nariz. A força combinada dele e de Reggie estava causando efeito em Daniel. Seu ataque se debilitava. Hutch sentiu uma onda de esperança. Ele e Reggie ainda podiam sair desta. Daniel bateu com um punho o queixo de Hutch, e este perdeu terreno. Daniel foi contra Reggie outra vez enquanto ela ficava de pé. A arma só estava a uns pés dela, e ela se equilibrou, aterrissando sobre seu estômago quando a alcançou. Daniel a alcançou pegou Reggie pela parte de atrás de seu pescoço e a levantou com uma mão. A puxou de costas, e ela aterrissou com um golpe a vários pés de distância. Hutch se equilibrou sobre a arma, mas Daniel chegou a ela primeiro. Este era um daqueles momentos quando de acordo com os livros e os filmes, as coisas se supõe que se movem com movimento lento. Mas Hutch não processou os próximos poucos segundos. Daniel levantou a arma e apontou diretamente a Reggie. ―Nãooo!― Gritou Hutch. O tiro ecoou como um canhão em uma sala pequena. Hutch olhou Reggie com horror, mas foi Daniel quem cambaleou e logo caiu no chão como uma marionete. A arma caiu de sua mão, e ele aferrou seu peito, sugando o ar como um fodido guppy8. Hutch girou sua cabeça a seu redor para ver Jeremy de pé na entrada, pistola na mão. Atrás dele, meia dúzia policiais disseminados na sala. O mundo inteiro foi ao diabo. Reggie. Ele deu a volta outra vez, procurando-a. Ela se afundou em seus joelhos, mas estava viva. O doce alívio explodiu sobre ele. Nunca teve uma visão tão linda como Reggie ajoelhada sobre o tapete enquanto seus companheiros policiais a rodeavam. Ele ficou de pé e se moveu torpemente para ela. Lançou um policial fora do caminho e puxou-a para seus braços. ―Nunca me assuste desta maneira outra vez, neném. ―Eu?― ela murmurou. ―Você é o que desapareceu. Encontro seu caminhão vazio em um lado da estrada, cheio de sangue, e não encontrava por nenhuma parte. Se alguém estava assustada era eu. Abraçou-a forte, acariciando seu cabelo. ―Podemos sair aqui?― disse ele. Eles se empurraram sobre seus pés, instáveis como alguns homens que aprendem a andar. Ela parecia terrível, e só Deus sabia como ele estava mal. Mas necessitava ar. Tinha que estar 8

Tipo de peixe.

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longe da vista de seu irmão estendido no chão enquanto os paramédicos o atendiam. Tanto como queria sentir ódio por Daniel, todo que podia convocar era uma tristeza profunda. Reggie enganchou seu braço sobre seu ombro, e começou a ajudá-lo a andar para a porta. Ah, demônios não. Ele deixou cair seu braço e a pegou contra seu lado, determinado a ser ele quem a ajudasse. Ela arrastou seu braço para cima até seus ombros e o manteve ali em um apertão firme enquanto ambos cambaleavam saindo pela porta para a noite. ―Como demônios me encontrou?― resmungou. ―Nem sequer sei onde caralho estamos. ―Não foi fácil. Tive que revistar minuciosamente o campo inteiro depois de que encontrei sua caminhonete. Tinha todo o departamento procurando. ―Sinto-me como se fosse atropelado por um maldito caminhão Mack9 ― disse ele com um gemido. ―Também parece― disse ela. ―Bem, você não parece muito melhor. Ela sorriu, e ele sentiu aliviar o peso em seu peito. ―Aww, Merda― resmungou ela. Ele seguiu seu olhar para ver Sawyer e Cam de pé junto a um dos carros de polícia. Ambos pareciam preocupados como o inferno, mas quando os reconheceram cambaleando para eles, pôde ver o alívio aliviar seus traços, desenhados duros pelo brilho das luzes piscando. Ele olhou para baixo a Reggie e viu o olhar atormentado em seus olhos, o medo e a tensão enchendo seus traços. Ele apertou seu braço ao redor dela. ―Vocês dois parecem como a merda― disse Sawyer. ―Não é nada observador― disse Reggie vilmente. Cam exalou um suspiro exagerado. ―Eles provavelmente pensam que merecem uma atenção especial. Eu não vou fazer toda a comida. Reggie fulminou com o olhar tanto Cam como Sawyer enquanto Hutch fez todo que pôde para conter sua risada. Deus, isto era o que ele necessitava. Durante um momento pôde esquecer que quase perdeu todo que era importante para ele por alguém que alguma vez significou tudo para ele. Reggie tremeu contra ele e começou a cair. A pegou, mas seus próprios joelhos se dobraram, e ambos caíram em um montão sobre a terra. Ele gemeu e olhou para cima para ver Cam e Sawyer olhando para eles, ambos sacudindo suas cabeças. Sawyer fez um som de desaprovação. ―Patético― Ele pegou Hutch para levantá-lo enquanto Cam pegava Reggie, embalando-a em seus braços. ―Tome cuidado com ela― disse Hutch com tom áspero. ―Ela recebeu uma surra ali dentro. 9

Tipo de caminhão de fabricação americana.

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―Sim, já vejo― disse Cam em voz baixa. Dois paramédicos da segunda ambulância da cena se apressaram, com as sacolas de emergência nas mãos. Um deles estendeu as mãos para Reggie, só para ser detido pelo olhar irado de Cam. ―Nos deixe examiná-la― disse o paramédico. Sawyer sustentava Hutch, o que era uma maldita boa coisa, porque ele perdeu toda a sensibilidade em ambos os pés. ―Eu a levarei. ― disse Cam. ―Onde a quer? ―No veículo― O médico fez um gesto para a ambulância intermitente a vinte metros. ―Você pode caminhar?― perguntou a Hutch. ―Me assegurarei que chegue ali ― disse Sawyer sobriamente. ―Obrigado homem, devo isso― disse Hutch enquanto Sawyer metade o arrastava, metade o carregava para a ambulância. ―Sem ofender cara, mas penso que esperarei para cobrar até que pareça um pouco melhor. Hutch soprou. ―Muito generoso. Havia silêncio enquanto ele e Sawyer seguiram Cam. Então em voz baixa Sawyer perguntou, ―Como de mal está ela, Hutch? O que aconteceu lá dentro? Eles chegaram à ambulância, e Cam estendeu Reggie sobre uma maca enquanto Sawyer apoiava Hutch contra a parte traseira da ambulância. ―Ela me protegeu ― disse Hutch silenciosamente. ―A pequena tola se sacrificou por mim e provocou Daniel para que me deixasse ir em troca de matá-la. Então tratou de dar uma surra nele. Teve êxito em sua maior parte. Sawyer sacudiu sua cabeça. ―Isso não me surpreende no mínimo. Ele jogou uma olhada a Reggie, quem estava sendo examinada pelo paramédico. ―Pensa que estará bem? ―Sim, acredito― respondeu Hutch. ―Ela aguentou uma surra, mas deu tanto como recebeu. Ambos nos sentiremos como a merda pela manhã, mas não penso que seja nada sério. Ele esperava. Deus, ele esperava. Seu olhar encontrou Sawyer. ―Entendo por que fez― disse ele silenciosamente. Sawyer inclinou sua cabeça. ―Fez o que? Hutch tomou uma respiração profunda. ―Quando eu estava ali, e Daniel estava atacando Reggie, quando estava seguro que a mataria e eu a perderia para sempre, dei conta por que ela nos enganou antes. Eu teria feito o que fosse para protegê-la. Mentiria, enganaria, roubaria. Eu mataria a um homem e não me importariam uma merda das consequências. Mas sabe o que? Isso não significa que eu não a ame. Somente quer dizer que eu faria o que fosse para mantê-la segura. Se ela nos amar a metade então entendo por que mentiu pra nós. 201

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Sawyer exalou um suspiro, olhou ao longe e então deu uma olhada para trás a Hutch, seus olhos ligeiramente selvagens nas luzes e brilhos azul e vermelho. ―Sim, entendo homem. Sinto-me da mesma forma. Mas no final, ela tem que querer ficar, sabe? Não podemos forçá-la, e eu não quereria fazer isso. Hutch assentiu, mas ele se sentiu um pouco mais livre e não tão cheio de pânico como esteve antes. Amava-os. Ela tinha que fazê-lo. Ele não podia acreditar que tudo fosse uma atuação. Ninguém era tão bom. Hutch despediu com a mão ao médico enquanto este caminhava para examiná-lo. ―Estou bem― disse ele. ―Está certo?― perguntou o médico. Hutch assentiu. ―Sim, estou bem. Somente examine Reggie. Assegure que ela está bem. Assegure que ela não quebrou seu maldito pulso. Já foi machucada. O médico riu entre dentes. ―Penso que ela estará bem. Está amaldiçoando continuamente meu companheiro aí dentro. Parti antes que começasse a me ameaçar também. Sawyer riu, e Hutch pôde ouvir o alívio em sua voz. Se Reggie estava fazendo ameaças, ela estava bem.

Capítulo 36

Regina estava encolhida como uma bola na maca da ambulância, com o cenho franzido enquanto um dos médicos a cutucava e cortava. Os dedos de Cam estavam junto aos seus, em um gesto que a fazia sentir cômoda. Não podia odiá-la muito verdade? Estava aqui. Ele e Sawyer ambos estavam aqui. Só que perdeu a pista de ambos, Sawyer e Hutch, na confusão. ―Sawyer? Hutch? Onde diabos estão? ― exigiu. Onde diabos estavam? Sem dúvida não iriam. Não poderia ser que estivessem zangados com ela, verdade? A pegada ao redor de seus dedos se apertou. ―Se acalme Reggie. Estão aqui. O que era o que Cam não estava dizendo? Hutch foi ferido pior do que pensava? O pânico fez que sua pegada se esticasse, apertando sem piedade. Lutou contra as mãos que a seguravam, lutou por sentar. ―Hutch! ―Estou aqui, querida. Viu passar através das pessoas ao redor dela, e se debilitou de alívio. ―Onde está Sawyer? Seu olhar procurou em seus rostos. Todos eles banhados pela cascata de luzes intermitentes, e piscou para tratar de dar sentido a tudo. 202

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Uma mão forte se apoderou de seu ombro e a empurrou para baixo na maca. O grito derrubou em seu peito. Sawyer. ―Não faça com que arraste seu traseiro nessa maca― grunhiu Sawyer. ―Deixa de incomodar os médicos, e deixa que a olhem. ―Se assegure de que Hutch está bem― disse aturdida. ―Suas mãos eram um desastre. ―Que tal se deixa de preocupar com Hutch, e se concentra em reparar seu próprio traseiro, de acordo? ― disse Sawyer. ―Não vou ao hospital― gritou ela. ―Estou bem. Quero que me levem para casa. Cam apertou a mão, e Sawyer acariciou seu cabelo no rosto. ―E onde está sua casa, Reggie querida? Ela franziu o cenho. ―Em qualquer lugar que inferno me levem. Sawyer riu entre dentes. ―Boa resposta, amor. Boa resposta. ―Onde está Hutch?― perguntou de novo. ―Estou aqui, querida― disse, e ela voltou à cabeça para ver o de pé junto a ela. A preocupação enrugava sua frente enquanto a olhava. ―Me pergunto se não deveria ir ao hospital e deixá-los que a examinassem. Parece um pouco confundida. Puxou a mão de Sawyer de seu ombro e sentou. ―Não preciso ir ao hospital maldição. O que preciso é que todo mundo vá a merda para que possa respirar. E logo quero voltar para casa ― Estava desesperada para chegar a seu lar. Em seus braços. Estar com eles. Os paramédicos deram aos homens um olhar de simpatia e logo se retiraram de um salto. ―É toda sua― disseram. Olhou Hutch e viu que não foi atendido absolutamente. ―Malditos paramédicos― queixou-se. ―Eles disseram que queria me assegurar que Hutch fosse atendido. A mão de Cam chegou até seu pescoço, dando uma suave massagem na nuca. Ela gemeu de felicidade pura e se apoiou em seu toque. ―Não se preocupe amor. Sawyer e eu nos encarregaremos de nosso irmão menor logo que estejamos a salvo em casa. Olhou com gratidão e depois a Cam. Deve ter ouvido dizer que o irmão de Hutch esteve atrás dos ataques. Com sua declaração, voltou a insistir em que Hutch tinha dois irmãos que se preocupavam com ele. ―Menor, meu traseiro― grunhiu Hutch. ―Sabia que é só seis meses mais velho que eu? ―Sete― disse Sawyer com um sorriso. ―Sou seis meses mais velho. Cam é sete. ―E não manteria a conta, suponho, ― disse Hutch escuro. ―Podemos ir já?― perguntou enquanto deslizava fora da maca. Seus pés tocaram o chão, e ela desceu como uma rocha, com os joelhos dobrando e o resto de seu corpo deslizando como gelatina. 203

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Sawyer e Cam voltaram e a transportaram até coloca-la em pé entre eles. ―Os pés não estão funcionando bem― murmurou. Sawyer começou a rir. ―Sim, podemos ver. Cam franziu o cenho. ―Estão seguros de que não devemos levá-la ao hospital?― Nem sequer estava falando com ela agora, estava falando sobre sua cabeça com Sawyer, como se ela não estivesse ali. Grunhiu em voz baixa, mas foi ignorada pelos homens. ―Só me deem uma mão até a caminhonete, estarei bem. Em lugar de ajudá-la, encontrou-se levantada no ar, e caindo sobre o peito de Cam com um suave plop. Voltou para olhar atrás, e ver Sawyer passar seu braço ao redor da cintura de Hutch e ajudá-lo. Assentiu com satisfação ao ver que Hutch estava sendo atendido e logo se encostou contra Cam. ―Sabe, vou chutar seu traseiro mais tarde ― disse Cam. Ela assentiu e fechou os olhos. ―Sim, bom, me dê uns dias primeiro. Então vou deixar que me bata com o pé. ―Enquanto estivesse ali, agacharia e apresentaria o traseiro para que ele tirasse tudo o que quisesse. Ele riu entre os dentes e relaxou. Colocou no assento traseiro, ainda sustentando, enquanto que Sawyer subia e Hutch entrava na frente e logo caminhava para o lado do condutor. Algo bateu como uma tonelada de tijolos. Com mais força que qualquer dos golpes de Daniel. Isto era o que ela queria. Mais que qualquer outra coisa. Os três. Cam, Sawyer e Hutch com ela sempre. Não acreditou neles. Não havia confiança que pudesse fazer frente à relação. Mas não podia ser responsável pela maneira em que a dirigia. Tudo o que podia fazer era dirigir sua própria participação. A euforia se apoderou de suas veias até que estava quase enjoada com ela. Tratava deles. Tinha que confiar neles para fazer o que prometeu. Isso era tudo o que tinha que fazer e faria tudo o que pudesse. Se funcionava, bem, mas não podia continuar tratando de administrar todos os aspectos, ficando louca tratando de ser tudo para todos. Só podia ser ela mesma e isso era tudo o que disseram que queriam. Ela. Queria-os. Amava-os com cada pedaço de sua alma. E eles a amavam. Não era tudo o que importava? Voltou o rosto para o estômago de Cam e passou os braços ao redor de sua cintura. Seus joelhos afundados no respaldo do assento enquanto se apertava mais forte contra ele, como se não quisesse deixá-lo ir. Queria-os a todos malditamente muito, e estava cansada de correr. Cansada de ser miserável sem eles. Sabia que terei que fazer declarações, apresentar relatório. O chefe quereria a história completa. Mas por agora, o único que queria era ir para casa e dormir durante vinte e quatro 204

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horas. Era muito importante estar em sua melhor forma quando ela falasse junto dos homens. Não podia se permitir o luxo de cair. Quando Jeremy colocou a cabeça pela porta, murmurou as respostas adequadas a suas perguntas e declarou um relatório completo mais adiante. Não estava de tudo segura de que demônios disse, mas fosse o que fosse, teve efeito nos lugares corretos. ―Que promessa acabo de fazer?― Murmurou quando Jeremy se foi. Cam riu entre dentes. ―Só que iria tão logo saísse do coma. ―OH. Pois bem, vamos para casa para que possa entrar nesse estado de coma. E era um coma. Não lembrava ser posta na cama, só que estava encolhida contra um apertado corpo quente de sexo masculino. Não podiam estar muito zangados com ela se seguiam a seu redor. Aferrou a esse conhecimento, com a esperança de que não fosse muito tarde para fazer as coisas bem entre eles. Dormiu uma grande quantidade de tempo, só para despertar e tomar um analgésico que alguém deu com o café da manhã na cama. No momento em que terminou de comer, o mundo era difuso ao redor dela, e estava muito feliz para impedir que a colocassem de novo na cama. Tinha lembranças vagas. A luz tocava a bochecha. Uma mão alisava o cabelo. Quanto mais despertava pelo toque de dedos, menos lembrava. Só lembrava dizer que fossem ao inferno. A próxima vez que despertou não havia na realidade nenhum homem em seu rosto ou perto dela na cama. Bocejou o suficientemente grande para quebrar a mandíbula e logo olhou ao redor. Meio-dia. Mas, De que dia? Parecia como se dormisse toda uma semana. Ficou ali por um longo momento, olhando para o teto. Teria que enfrentar. Teriam perguntas. Machucou-os. Uma careta passou pelo rosto. Não quis fazer mal. Isso era o último que quis fazer. Tudo o que queria fazer era mantê-los a salvo, porque simplesmente não podia viver sem eles. Estirou e provou os limites de seu corpo. Para sua satisfação, encontrou-se ágil, sem rigidez, e que podia mover sem dor. Era uma maldita coisa boa, porque necessitava flexibilidade em caso que obtivesse seu grande plano de seduzir os três homens para que a tomassem ao mesmo tempo. Se é que já não estavam bravos. O medo se apoderou dela. Nunca os viu tão zangados... Mas agora parecia mais ou menos resignada. Levantou e tomou uma ducha rápida com a esperança de que pudesse estar vestida e preparada para correr antes que qualquer um dos homens se equilibrasse com mais analgésicos ou exigências para permanecer na cama. Tinha que ir à estação e atar os cabos soltos. E precisava falar com seu chefe. Dez minutos mais tarde, com o cabelo ainda molhado, dirigiu escada abaixo, preparando-se para a inevitável confrontação. Os três homens estavam na sala de estar, e seu olhar faminto se encontrou com Hutch. Além de uma escura contusão ao lado de seu rosto, parecia bem. Todos levantaram a vista quando ela se aproximou onde estavam sentados. 205

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―Que demônios está fazendo?― exigiu Sawyer. Ignorou e se aproximou onde Hutch estava cabisbaixo no sofá. Por um momento duvidou, com o medo que ele rechaçasse suas insinuações. Logo se armou de coragem e enganchou a perna por cima, montando sobre seu colo. Passou os braços ao redor e se curvou ao redor de seu pescoço, abraçou-o com força e o beijou a um lado do pescoço. ―Graças a Deus que está bem― sussurrou. ―Eu poderia dizer o mesmo de você― murmurou enquanto acariciava o cabelo. ―E é graças a vocês que estou bem. Inclusive se estou zangado como o inferno porque se colocou diante de mim dessa maneira. Ele se afastou para poder olhar no rosto. Sua ira passaria apesar de que lutava com o alívio que sentia por que estava bem. Era tão transparente como um envoltório de plástico. ―Juro Por Deus, que se alguma fez outra brincadeira assim de novo, querida, vou prendê-la em uma maldita jaula. Levantou uma sobrancelha, inclinou para frente e o beijou em silêncio. Logo, antes que pudesse reagir, ela saiu de seu colo. ―Alguém viu minhas chaves? Três pessoas bloquearam seu caminho. ―Para que diabos necessita seus as chaves?― perguntou Cam. ―Tenho que ir à estação, ― disse ela com calma. ―Tenho que conversar com o chefe, é importante e não levará muito tempo. ―Reggie, temos que conversar― disse Sawyer com firmeza. Ela suavizou um pouco enquanto olhava nos olhos azuis. ―Sei que temos que conversar― disse em voz baixa. ―Isto é algo que tenho que fazer. Conversaremos quando retornar. ―Ao menos deixa que um de nós a leve, ― protestou Hutch. Ela negou com a cabeça. ―Vou estar bem. ― Deu uma olhada mais a seu rosto para julgar sua reação, mas seus traços eram de pedra. Tinha a sensação de que ia ser o mais difícil quando retornasse. Suspirou e quadrou os ombros. Não se deixaria vencer por um possível fracasso. ―Volto em seguida― disse com firmeza. ―Fará?― Perguntou Cam em uma voz longínqua. ―Ou já foi? Seu olhar se voltou de novo para ele, olhou-o nos olhos escuros, ilegíveis. Sua expressão era tensa. Nenhuma emoção. Em modo completo de autopreservação. E maldita fosse, nem sequer podia culpá-lo. Fez mal. Machucou a todos com sua contínua resistência, sua teimosia. ―Vou estar de volta, Cam― disse em voz baixa. ―A pergunta será se ainda me quer. Sem esperar sua resposta, ou porque esperava uma de sua parte, deu a volta e caminhou de frente para a porta. Suas chaves estavam sobre a mesa na sala, tomou e caminhou por volta do sol do meio-dia.

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Capítulo 37

Carl e David tomaram sua declaração, e ela contou até o último detalhe de seu encontro com Daniel Bishop. Daniel permanecia em condição estável no hospital apesar de sofrer duas feridas por arma de fogo. Uma por ela e uma por Jeremy. Depois de duas horas de pressão exaustiva, com detalhes meticulosos, Carl e David se desculparam com um agradecimento. Tropeçou no corredor e dirigiu para o escritório do chefe. Quando deu volta, quase chocou de cabeça com seu pai. Segurou-a pelos braços para manter o equilíbrio e então se conteve enquanto a olhava. ―Regina ― disse com frieza. ―Assumo que está bem? Estava muito cansada e muito impaciente para trocar insultos com seu querido velho papai. ―Estou bem ― murmurou. ―Se me desculpar, tenho que ver o Chefe Witherspoon. Duvidou um momento e logo seus lábios disseram com aspereza. ―Sua mãe estava preocupada― Ele não estava preocupado. Sua mãe estava preocupada. Regina suspirou e sacudiu a cabeça. ―Diga a Lydia que estou bem. Afastou, o que o obrigou a liberar os braços, e logo caminhou a seu redor e pelo corredor. Bateu na porta aberta do chefe. ―Posso entrar senhor? O chefe a olhou de trás de seu escritório. ―Regina, é obvio. Entra. Entrou e fechou a porta atrás. Tomando uma profunda respiração, aproximou de seu escritório e limpou as palmas das mãos úmidas nas pernas de suas calças jeans. Acomodou na cadeira, mas se inclinou para frente na borda, com postura rígida e tensa. O chefe a olhou especulativamente. ―Há algo errado Regina? ―Não ― disse em voz baixa. ―Precisava falar com você a respeito de algo. É... Pessoal. ―Muito bem. Não preciso dizer que tudo o que diz aqui se manterá estritamente confidencial. ―Entendo senhor, e agradeço. Por que era tão difícil? Mas tinha que começar aqui. Se nem sequer podia dizer a seu chefe, como podia ser capaz de dirigir sua relação quando fosse pública? E faria. De maneira nenhuma poderia seguir vivendo com três homens sem que a pequena cidade falasse e fofocasse. ―Regina?― Disse. ―Tem algo a me dizer? ―Sim, né, há algo que acredito que deve saber como meu superior. ―Está bem― disse com paciência. Deu uma profunda respiração. ―Vou estar com os irmãos Cam Douglas, Hutch Bishop e Sawyer Pritchard de forma permanente. Quer dizer que estou envolvida... Romanticamente com eles. ― Suas bochechas 207

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apertadas e quentes enquanto procurava a forma de explicar sua relação. O chefe, obviamente, surpreendeu, porque seus olhos abriram apesar de sua melhor tentativa para permanecer impassível. ―Já vejo. ―Sei que vai haver intrigas ― disse em voz baixa. ―Não quero fazer algo para trazer a desonra a este departamento. Eu adoro meu trabalho, mas se alguma vez tenho que escolher entre eles e meu trabalho, esta no papo. Vou escolher eles. ―Está dizendo que quer renunciar?― perguntou seu chefe. Ela negou com a cabeça. ―Não. Quero manter meu trabalho, mas também sei que as coisas poderiam ficar difíceis. É possível que se sinta pressionado para me despedir. Não quero levar o departamento de relações públicas neste pesadelo, nem quero que as pessoas desta cidade ponha em dúvida jamais a capacidade de seu departamento de polícia para mantê-los a salvo. Por muito que queira seguir em meu trabalho, não vou permitir que meus assuntos pessoais ponham em perigo a reputação de nosso departamento. O chefe se sentou e brincou com a caneta entre seus dedos. ―Como você bem sabe, eu nunca me envolvo na vida particular de meus oficiais. Opero com o princípio de que se não afeta seu trabalho, não é meu assunto. Ela sentiu um enorme alívio. ―Mas neste caso, sinto-me obrigado a perguntar se tiver pensado nisto, Regina. Está certa de que isto é o que quer e o que é melhor para você? ―Sei que é... Diferente ― disse por falta de uma palavra melhor. ―Assim é ― murmurou o chefe. ―E obviamente, armou de coragem para enfrentar o pior das intrigas e a possibilidade de perder seu trabalho, mas pensou em longo prazo nisso? ―Só sei que não quero uma vida sem eles― disse em voz baixa. ―Sei que vou ter que fazer sacrifícios. Não estou me enganando com o pensamento de que vai ser fácil. O chefe a estudou por um momento. ―Posso ver que fala a sério sobre isto. Sempre defendi ferozmente os homens e sempre tive uma debilidade enorme por você. Não vou dizer que não acredito que esteja cometendo um engano, mas como seu chefe, não é de minha incumbência, sempre e quando não interferir com seu trabalho. ―Isto significa que ainda tenho trabalho? ―É obvio que sim. Não posso me permitir o luxo de perder bons oficiais. Sua vida sexual não é meu assunto e seguro como o inferno não é um assunto dos cidadãos tampouco. Não é que importa, mas terá que estar preparada para isso. Não posso garantir o que acontecerá a semana que vem ou no próximo mês, especialmente tendo em conta o fato de que seu pai é o prefeito, mas no que a mim respeita é uma boa policial e, a menos que se comporte como uma puta no trabalho pode ficar. ―Obrigado senhor― disse ela com um nó na garganta. ―Não vou decepcioná-lo. ―Sei que não o fará, Regina. ― Olhou para ela com olhos bondosos. ―Não será fácil para 208

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você. Sabe. Respirou profundo. ―Já sei. Não espero que seja. E talvez as coisas importantes não devessem ser fáceis. Obrigado. Realmente aprecio sua compreensão. Se não importar, eu gostaria de retornar para casa. Tenho três homens zangados porque os deixei plantados. O chefe começou a rir. ―Tenho a sensação de que estará dando círculos ao redor desses homens. Quase sinto lástima por eles. Sorriu e voltou a sair de seu escritório. Não deu um passo completo quando olhou para cima e viu seu pai apoiado contra a parede nos subúrbios da porta do chefe. Seu rosto se voltou em uma ajustada máscara, os olhos escuros e zangados. Endireitou e ficou olhando-a durante um bom momento. ―Se persistir nessa conduta, não vou ter mais remédio que recomendar que seja retirada do departamento de polícia. Ela começou a rir. Sua risada seca e gretada, mas era rir ou ceder à fúria do tornado em suas veias. O muito desgraçado espiou sua conversa com o chefe, e agora estava tratando de chantageá-la com seu trabalho? Havia tantas coisas que queria dizer. Queria dizer umas verdades, mas não valia a pena, os homens que amava estavam em casa esperando-a. Caminhou para frente, até que estiveram cara a cara a poucos centímetros de distância. ―Afinal, obviamente, espiou minha conversa já sabe muito bem que se alguma vez tivesse que escolher entre eles e meu trabalho, então vou encontrar uma nova profissão. Agora bem, se for perder meu trabalho, que assim seja. Agora tenho que ir porque me esperam. Quer dizer, em casa. Girou para ir, mas deu um último olhar desdenhoso em sua direção. ―Não tem as bolas de todos os modos. Dirigiu para casa sentindo mais livre do que se sentiu em anos. Não ia preocupa-se com forças externas. Seu pai, o chefe, o que a cidade inteira poderia pensar se soubessem, não importava. Essas coisas estavam total e absolutamente fora de seu controle. Enquanto entrava na garagem, os nervos começaram a afundar o no peito. Seduzir e logo falar, soava bem, esperava que eles cooperassem, mas era melhor mostrar como parecia fazê-los zangar... Haveria tempo de sobra para falar mais tarde, não? Eram homens, as ações falavam muito mais que as palavras.

Capítulo 38

A casa estava em silêncio quando entrou, a sala estava deserta, não era que esperasse que estivessem correndo a sua volta. 209

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Deixou cair às chaves sobre a mesa e refletiu sobre suas opções. As opções eram Cam estaria em seu escritório e os outros dois estariam em seus quartos. O qual fazia seu plano para reuni-los um pouco difícil. Que tal se vinham a ela quando soubessem que estava em casa? Ou estariam cansados de seus movimentos? Não podia culpá-los se estivessem. Não fez mais fácil para eles. Subiu pelas escadas, sem dissimular os sons de sua volta para casa no mínimo. Mas quando chegou à parte superior, ninguém entrou no corredor. Ficou olhando a porta do quarto no final. O quarto com a cama muito grande. Não havia realmente entendido seu significado até agora. Uma sala comum? Ela quase riu. Todos eles tinham seus próprios quartos e, além disso, estava o quarto. A sala de sexo. Dirigiu para a porta fechada. Abriu e entrou, deixando aberta atrás. Não era uma perita sexual. Igual a Sawyer, que esteve ao redor da quadra alguns vezes, mas ela não era tão experimentada na sedução. Preferia trabalhar no individual. Lembrando a outra noite com Sawyer, quando foi tão provocadora, disse que podia fazer sob as circunstâncias adequadas. Sendo esta uma delas. Bom, sabiam que ela estava em casa. Tinha que fazer. Estavam muito atentos ao que os rodeava como para não averiguar. Talvez quando se dessem conta de que não ia ser tão ardilosa para bater em suas portas, viriam em busca dela. E ela estaria esperando. Nua, mas ia esperar. Tirou a roupa e a jogou pela janela. Logo caminhou nua para cama e alisou com as mãos o edredom de felpa, arrastou sobre ele, desfrutando da suavidade sobre sua pele nua. Estirou sobre seu estômago e acariciou seu rosto com os travesseiros. Era tentador dormir, mas seus planos não incluíam o sonho em muito tempo. Empurrando a si mesma, rodou até ficar de barriga para cima. Deslizou a palma da mão sobre seu ventre e logo até seus seios. Dobrou os dedos e tocou seus mamilos até que esticaram e com esforço se moveram para cima. Imaginou lábios ao redor de cada ponta. Hutch em um lado. Cam pelo outro. Sawyer entre suas pernas. Fechou os olhos e apertou mais a ponta, enrolando-os entre seus dedos polegares e índice enquanto uma dor começou entre suas pernas. Sua mão esquerda desceu, alisando seu ventre e pélvis. Em sua mente, Sawyer penetrando enquanto empurrava mais profundo. Hutch em sua à boca, com os joelhos a cada lado de sua cabeça. Ambos deslizando em seu acolhedor corpo. Ela gemeu diante da força da fantasia. Só havia uma coisa que faltava. Queria a todos. Ao mesmo tempo. Enchendo-a, amando-a. Deslizou seus dedos através dos pequenos cachos apertados e entre os lábios de seu clitóris. Estava firme e sensível. Logo que se tocou, toda sua parte inferior tremeu em resposta. Deslizou sua mão para cima e para baixo, permitindo que seu dedo rodasse sobre seu clitóris e logo baixasse à úmida entrada que estremecia a espera de ter um membro. Seu dedo indicador foi um pobre substituto. Logo, muito em breve, encontrava a maneira. 210

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Arqueou os quadris e deixou escapar um suspiro de sonho. ―Eu gostaria de perguntar se deseja alguma ajuda, mas parece que está fazendo bem por sua própria conta. A sexy voz de Cam se apoderou dela, incitando sua pele arrepiada. Ela abriu os olhos e levantou a cabeça para ver os três homens de pé na porta. Não havia forma de dissimular o desejo evidente em suas expressões. Olhou nos olhos de Cam, em busca de algo mais que excitação. Pouco a pouco, retornou a mão por seu corpo, deixando um rastro úmido através de seu centro. Logo colocou um dedo na boca e o chupou, eliminando os rastros de sua paixão com sua língua. Gemidos idênticos soaram da porta. Não estava disposta a deixá-los interromper sua fantasia de qualquer maneira, assim que ficou de joelhos e logo deslizou até a borda da cama. Olhou Cam, tirou a camisa e arrastou para a cama. Seus olhos abriram com surpresa, mas não fez nenhum esforço por detê-la. Homem inteligente. Voltou à cabeça para olhar Sawyer e Hutch, que ainda estavam ali, com os olhares inquisitivos. ―Direi quando podem se unir― disse com voz rouca. ―Sim, senhora― murmurou Sawyer. Com sua mão ainda sobre a camisa de Cam, deu um puxão para baixo até que seus lábios se reuniram em um choque de fogo. Suas mãos puxaram a cintura e logo subiram, acariciando sua pele a caminho de seus seios. Segurou os suaves montículos e pôs os polegares sobre as pontas. ―Se dispa― disse contra seus lábios. ―Eu adoro quando se volta mandona comigo ― disse. Puxou suas calças jeans e sua camisa, e em pouco tempo estava parado nu frente a ela. Incapaz de resistir à tentação de seu corpo muito perfeito pôs ambas as mãos contra seu peito. Sem pressa, passou as palmas pelo abdômen e logo desceu até a seu inchado pênis. Envolveu seus dedos ao redor em sua longitude e bombeou para cima e abaixo, desfrutando da sensação de sua dureza sobre sua palma. Com sua outra mão, empurrou seu peito até que seus joelhos tocaram a borda da cama. Logo empurrou com mais força até que ele caiu, batendo suas costas no colchão. Arrastou atrás dele e o olhou, seus olhos pareciam totalmente famintos. Colocando ambas as mãos sobre seus joelhos, passou os dedos para cima, riscando uma linha até seus quadris. Quando sua cabeça ficou a nível com seu membro, inclinou e beijou o estômago, permitindo que seus lábios e língua ficassem no buraco pouco profundo de seu umbigo. Os músculos sob sua boca deram um salto e estremeceu com sua reação. Sorriu, desfrutando de seu poder, pela capacidade de fazer que este magnífico homem se retorcesse. Ainda melhor que dois homens igualmente bonitos esperavam na porta por sua ordem. Seu membro roçou o queixo quando desceu. Sua língua saiu e passou sobre a ponta, e 211

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gemeu quando sua boca paquerou com a ponta de seu pênis. Era uma vista embriagadora. Cam estendido de costas, com o sexy cabelo estendido sobre o travesseiro. Seu corpo poderoso ondulando cada vez que esticava. Seu membro, grosso e comprido, em posição firme, estendendo para cima sobre o escuro pelo da virilha. Era uma tentação que não podia deixar passar. Sua intenção era torturá-lo a fundo, pôs a ponta em sua boca e fechou os lábios ao redor dela. Logo, com lentidão infinita, avançou para baixo, enchendo limites de sua úmida boca com ele. Os dedos se enredaram em seu cabelo, enquanto rugia e arqueava os quadris. Tomou profundo, deixando que seu membro deslizasse através de sua língua e na parte posterior de sua garganta. Adorava seu sabor. Almiscarado. Cômodo e quente. Sentia segura, como se estivesse rodeada dele. Por seu amor. Estremeceu enquanto o chupava de acima para baixo. Envolveu com sua mão rodeando a base, trabalhando com igual ritmo com sua boca. Tinha as mãos apertadas sobre seu cabelo solto e logo massageou brandamente enquanto a insistia a colocar mais profundo. Ainda agarrando em sua mão, permitiu deslizar pela boca, enquanto o olhava com olhos nublados de paixão. ―Estão olhando?― Perguntou a Cam com voz rouca. ―Estão me vendo chupando seu pênis? Gostam? Estão tão acesos, como você neste momento? Seus olhos brilhavam intensamente com as bochechas acesas. Voltou para um lado, para ver Sawyer e Hutch. Estavam na porta embora Hutch entrou mais dentro. Eles tinham uma apreciável protuberância concentrada na virilha, e o olhar fixo em Regina e Cam. Com os olhos ainda sobre Hutch e Sawyer, desceu a cabeça e tomou sua ereção de novo na boca. Continuou olhando-os pela extremidade do olho enquanto rodeava o membro. Chupava mais profundo agora. Parecia duro e palpitante em sua língua, e não podia esperar mais para ter em seu interior. Subiu sobre seu corpo, montando sobre os quadris. Usando uma mão para sustentar seu membro em seu lugar, arqueou e colocou em sua entrada. Um assobio comprido escapou enquanto se abatia sobre ele, a cabeça de seu membro grudado a ela. Então se afundou sobre ele, com movimentos fluídos. Sua vagina se ondulava e contraía enquanto o recebia em seu corpo. Fechou os olhos e absorveu o momento, seus sentimentos enterrando profundamente. Suas mãos se agarraram ao redor de seus quadris, mas seu toque era suave. Amando-a. Seus dedos acariciaram a pele enquanto a insistia a montá-lo. Ondulou os quadris, balançando para frente e para trás. Pôs as mãos sobre seu estômago e deslizou para frente, alinhando seus corpos, com as mãos acariciando seu peito e ao redor de seu pescoço. Seus lábios se encontraram e se beijaram. Ele curvou suas mãos sobre seu traseiro, como ventosas, apertando brandamente enquanto balançava os quadris para cima. Deu um gole a sua boca, degustando, ele tinha sabor do café que ela bebeu. Enquanto 212

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deitava sobre seu peito, seus corpos ondulantes a um ritmo perfeito olhou Sawyer. ―Vem a mim ― sussurrou. ―Tome. Sawyer se adiantou, tirando a roupa a cada passo. Tomou o tubo de lubrificante da mesinha de noite e rapidamente pôs uma quantidade generosa em seus dedos. Perdeu de vista enquanto se movia atrás. E então sentiu seus quentes lábios contra seu ombro enquanto se inclinava sobre as costas. Seu duro peito apertado contra ela, empurrando ainda mais com o abraço. Sawyer beijou na suave linha das costas, terminando na parte baixa. Logo beijou cada nádega de seu traseiro antes de estendê-las. O movimento estirou sua vagina ao redor do membro de Cam e tanto ela como ele ficaram sem fôlego pelo prazer da sensação. Os dedos de Sawyer, deslizando com gel, esfregavam sobre a união de seu traseiro. Colocou um dedo dentro de seu apertado anel, o que a fez puxar para frente. Cam a pegou em seus braços, sustentando enquanto Sawyer ajustava seu membro contra seu ânus. Ela estremeceu e fechou os olhos enquanto sua larga cabeça empurrava contra ela. Estirou-a mais e mais. Queimava. Intensamente. Justo quando pensava que seu corpo não daria mais, se abriu e o aceitou, deslizando dentro de seu traseiro. Seus olhos se abriram de repente com o choque de ter dois enormes pênis metidos em seu corpo ao mesmo tempo. Não podia se mover. Não se atreveu. Não estava segura de que seu corpo pudesse suportar o esforço. Sawyer gemeu, com um som delicioso, enquanto seguia adiante. Seus quadris se detiveram frente a seu traseiro e fez uma pausa, o que permitiu absorver a malvada sensação de ser estirada com força ao redor seu membro e o de Cam. ―O que parece?― disse ela com um gemido. Queria ver. Que aspecto teria com seus membros enterrados tão profundamente em seu corpo? ―Nunca viu nada tão erótico― disse Hutch, surpreendendo-a. Olhou por cima para vê-lo olhando, com os olhos ardendo de insatisfeita luxúria. ―Deveria ver Reggie― disse com voz rouca. ―Um membro no traseiro e um em sua vagina. Está estirada tão forte a seu redor que parece impossível que se contenha. Sawyer se moveu para trás, arrastando seu pênis através do anel dilatado de seu traseiro. Um assobio de prazer escapou o som duro no silêncio. Logo se fechou de repente movendo para frente, balançando com força contra Cam. O grito que crescia em seu peito morreu em sua garganta e pareceu confundida. As mãos de Cam se apoderaram de seus quadris enquanto formava um arco, movendo ao ritmo do eixo de Sawyer. Tomaram turnos para penetrá-la. Um entrava, outro saía. Era uma entristecedora sensação de dor que se mesclava com o prazer mais delicioso que nunca experimentou. Não podia processá-lo, não estava certa do que fazer, como reagir. Assim que abriu para desfrutar do amontoado de sensações. Por último, voltou para olhar Hutch. Deixou que todos seus desejos, sua necessidade, 213

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mostrassem em sua expressão. Com os lábios entreabertos em convite. Hutch não necessitava mais. Tirou a roupa e se aproximou. Subiu até a cama e acomodou de modo que seu pênis dirigiu diretamente a sua boca. Enquanto Sawyer abria ainda mais o traseiro, ela abriu a boca para aceitar o membro de Hutch. Este deslizou entre seus lábios, em sua língua, levando seu suave prepúcio até seu paladar sedoso enquanto chupava com a parte posterior de sua garganta. Os três homens estavam dentro de seu corpo. Estava conectada a todos eles neste momento. Seu peito ampliou. Seu coração cheio de amor por seus homens. Seus homens. Cam e Sawyer a sacudiam entre eles enquanto Hutch deslizava para trás e para frente em sua boca. As mãos de Hutch entravam em seu cabelo, sustentando sua cabeça entre suas mãos enquanto a penetrava movendo dentro e fora. Perdeu sua capacidade de concentração. Não sabia nada, exceto os três membros que entraram em seu corpo. Bom. Parecia tão bom. Nada parecia tão maravilhoso. Sawyer inclinou para baixo, causando que o pênis de Hutch deslizasse ainda mais profundo. Engoliu convulsivamente enquanto Hutch esticava adiante. Sawyer começou a montá-la com força. A intrusão de carne com carne fazia eco através do quarto. O membro de Sawyer moveu o de Cam, e este aumentou grandemente para estar ao mesmo tempo com os movimentos de Sawyer. As mãos de Sawyer se afundaram em seus ombros enquanto a descia para seu pênis. Abriu mais ampla para poder recebê-lo em seu interior. As lágrimas ardiam em suas pálpebras e bochechas, soprando pela ereção de Hutch. Todos estavam conectados através dela. Ela era a cola que os sustentava juntos. Era o centro dos três homens. Uma lágrima escorregou por sua bochecha. Amava-os tanto. Como poderia alguma vez estar sem seu amor? Apesar de tudo, manteve estável. Igual a eles. Nunca vacilante. Nunca se sentiu tão indigna de algo embora, entretanto, tão agradecida por isso, ao mesmo tempo. ―Reggie!― Exclamou Sawyer quando se estrelou contra ela uma vez mais. Sentiu a explosão que apoderava dele. Tremia contra seu traseiro, e logo sentiu o jorro quente dentro dela. Hutch se retirou o que permitiu recuperar o fôlego antes que gritasse enquanto seu corpo se incendiava. Chorava sem parar enquanto seu orgasmo estrelava a seu redor. Em lugar de um forte aumento e uma queda, só havia uma onda depois de outra. Aumentado. Ainda estava tremendo quando Sawyer deslizou de seu corpo. Seu sêmen filtrou de seu traseiro e corria pela parte posterior de sua perna estirada enquanto saía de sua abertura e estremeceu em espasmos para recuperar sua forma. As suaves mãos de Cam deslizaram até seus lados, tocando-a e acalmando-a. ―Quero que dê a volta, querida Reggie― sussurrou. ―Dá a volta e enfrenta Sawyer. Quero que se sente em meu pênis e logo incline para trás e deixe que espere. Se abra para Hutch. Suas pernas tremiam sem controle enquanto tratava de fazer sua vontade. Por último Hutch pegou e girou seu corpo. Cam deslizou até a borda da cama para que suas pernas pendurassem pela borda, pegou-a pelos quadris para guiá-la para baixo sobre seu pênis. Enquanto Hutch a tinha 214

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em seus braços, Cam tomou sua ereção com uma mão e com a outra a desceu. Deu um toque em seu traseiro e deslizou com facilidade. Ficou sem fôlego enquanto que assimilava a plenitude da nova posição. Sentiu em cada terminação nervosa de seu palpitante traseiro. ―Se recoste― murmurou Cam. ―Te tenho amor. Hutch se moveu entre suas pernas e as estendeu para que coincidissem com as de Cam. Sua vagina estava aberta e acessível, e Hutch não perdeu a oportunidade de ajustar-se a ela. Entrou profundo. Hutch tomou o traseiro com as mãos baixo, oferecendo a Cam como prêmio. Moviam juntos, sensualmente, penetrando pela vagina e traseiro. ―É nossa Reggie ― ofegou Cam. ―Só nossa. Não a deixaremos ir. Seu coração se apertou e revoou com suas palavras. Hutch a olhou, com a mesma determinação em seus olhos verdes. Havia ternura em sua expressão, mas ao mesmo tempo, havia uma ferocidade que tirou o fôlego. Os dedos de Cam se cravaram em seu traseiro enquanto a levantava e descia em seu membro. As mãos de Hutch ao redor da parte inferior de seus joelhos e as pernas bem abertas enquanto flexionava o quadril e empurrava mais profundo dentro dela. Sawyer apareceu atrás de Hutch, com a pele úmida da ducha. Seu pênis já estava ereto outra vez, e envolveu a mão ao redor da base, bombeando ida e volta enquanto seu olhar se entrelaçava com o dela. Hutch fechou os olhos e seguiu adiante, enterrando mais profundamente em sua vagina. A sensação foi entristecedora para ela. Afiada. Intensa. Nervosa e quase dolorosa. Enquanto se retirava, sua vagina o aspirava, chamando de novo. Ele e Cam encontraram seu ritmo, alternando seus eixos. Hutch pôs sua mão sobre sua pélvis e deslizou o polegar para baixo sobre suas dobras e sobre seu clitóris. Ela fechou os olhos e apertou a mandíbula enquanto acariciava o clitóris com cada impulso para frente. Seu clitóris insuportavelmente tenso e sensível, e com cada toque desatava uma surriada de insuportáveis raios de prazer. ―Tenho que gozar― apertou Hutch. ―Está perto, neném? Não posso aguentar. Ela expulsou o fôlego em um comprido assobio. ―Só sigam me tocando. Por favor. OH, Deus não deixem de me foder. Aumentou a pressão sobre o clitóris e lançou para frente, seu pênis deslizando sobre seus congestionados tecidos. Ela gritou. Gritou com voz rouca e Cam resistiu seu levantamento, obrigando a si mesmo a enterrar mais profundamente em seu traseiro. Ela se convulsionou a seu redor, seu corpo balançando em ambas as direções. Umas mãos suaves a tocaram. Rodearam. Enquanto ela se desfazia. Murmurou seu protesto quando Hutch deslizou de seu corpo. Cam se manteve bem apertado. Acalmou-se esperando. Moveu ligeiramente, reunindo forças. E então Sawyer se situou entre suas pernas, suas mãos grandes nas curvas do interior de 215

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suas coxas. Gentilmente abriu e com muito cuidado, encaixou sua ereção em sua tremente abertura. ―Pode tomar de novo, Reggie?― Sussurrou ―Acredito que nunca vou ter suficiente de você. Não posso tocar sem reagir como um adolescente. Gemeu e deixou cair contra o úmido peito de Cam. As mãos de Cam foram a seus lados, com amor, acalmando seus nervos superexcitados. Antes que pudesse dizer uma resposta coerente, Sawyer empurrou para frente. Tomou tudo. Tudo dele. Ricocheteando sobre sua coluna vertebral enquanto um orgasmo explodia através de seu traseiro. Sem preâmbulo, sem trabalho prévio. Só repentino e explosivo. ―Ah! Jesus, Reggie― Os gemidos de Sawyer encheram a sala, e começou a balançar contra ela. Duro. Não havia doçura em seu poder, e era definitivamente uma posse. Possuía. OH sim, fez. Corpo e alma. Era dono de seu coração. Cam protegendo seu corpo. Os movimentos de Cam calaram enquanto os de Sawyer se faziam mais ferozes. Seu próprio orgasmo brilhou, Sawyer ficou rígido e soltou um grito rouco. Empurrou seus quadris para frente. Deixou cair sobre ela um bom momento, sua respiração áspera e errática. ―Reggie OH Cristo, querida, sinto muito. Isso foi rápido. Ela esboçou um sorriso débil e o beijou no ombro. ―Não tão rápido como eu. Retirou-se enquanto Cam acariciava seus braços com as mãos. Cam a beijou na parte posterior de seu pescoço, e ela estremeceu. Apesar de que acabava de gozar de novo, não pôde controlar o aumento de seu desejo. Doce, quente. O amor podia fazer isso. ―Ajudem-na― disse Cam. Sawyer se agachou e a elevou. O membro de Cam deslizou fora de seu traseiro, e gemeu pela sensação. Antes que pudesse se queixar, Cam se recuperou, tomando a dos braços de Sawyer. Pensou que a trataria com delicadeza, se equivocou. Deixou-a cair sobre a cama, deu a volta e a montou com rapidez. Seu pênis deslizando de novo em seu traseiro com um poderoso impulso. Ela caiu de bruços sobre o colchão, com as mãos estendendo para agarrar-se. Cam gozou com ela, moldado suas costas contra seu peito enquanto seus quadris bombeavam sem descanso. Todos seus anteriores sistemas de controle se foram. Levou-a com um frenesi ao que não estava acostumada. Fora de controle. Selvagem e delicioso. Uma reserva oculta que foi liberada. Sua boca roçou por cima do ombro. Ficou sem fôlego quando seus dentes se afundaram em sua pele. Suas pernas se enredaram com as suas, empurrando para abri-la ainda mais. E logo entrelaçaram seus dedos com os dela. Em um e outro lado. O toque sensual. Reconfortante. De Sawyer e Hutch. Agarraram pelas mãos e a abraçaram enquanto Cam se arqueava sobre seu corpo uma e outra vez. As palavras suaves sulcavam o ar, mas ela estava além de ouvi-las. 216

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Dobrou os dedos ao redor deles enquanto Cam a penetrava. Mais e mais rápido. Montou-a com fúria, e logo sentiu sua liberação. Rodou sobre seu corpo como uma onda na maré. Cada músculo ondulando e estremecendo contra ela. Mornos jorros enchendo. Quentes e exóticos. Tratou de empurrar seu traseiro por cima, para ter mais dele, mas estava completa e totalmente satisfeita. E assim estava enquanto seus quadris se sacudiam contra seu traseiro. Mais lento agora. Mais suave. Então parou, descansando dentro de seu corpo como se odiasse a ideia de distanciar. ―É melhor que não diga adeus, Reggie. Não vou deixar ir. Seu coração se agitou com esperança. A emoção obstruindo sua garganta até que a respiração fez difícil. ―Saia dela, Cam. Deixa a respirar. ― A voz de Sawyer, suave, acabou com o silêncio. Cam saiu, mas suas mãos a encontraram, acariciando. ―Está bem, amor?― Murmurou perto de seu ouvido. Não podia falar. Diabos, nem sequer podia abrir os olhos. Era em vão. ―Reggie, querida, não pode ficar como se estivesse morta. Hutch se preocupará. Não havia nada de diversão na voz de Sawyer com o que quase sorriu. Se tivesse tido a energia. ―OH, não sei. Não tem que estar consciente para que eu a penetre ― disse Hutch casual. Levantou uma mão e dobrou os dedos, exceto o de no meio. Inclusive isso tomou mais energia da que valia a pena. Três conjuntos de risadas encheram a sala, e apesar de sua fadiga, sorriu. ―Suponho que devemos deixar que durma― disse Cam magnanimamente. ―Não se vão― murmurou. ―Não vamos a nenhuma parte, neném― disse Hutch. ―Vamos limpá-la e logo a poremos na cama. Ela assentiu, embora não tinha nenhum desejo de se mover. Sawyer se inclinou para passar os lábios pela orelha. ―Mas quando despertar, vamos conversar.

Capítulo 39

Regina despertou com mornos corpos rodeando-a. Ou talvez era ela que os rodeava. Deitava sobre o peito de Hutch, com o braço e a perna possessivamente sobre ele. Sua mão esquerda apoiava em seu ombro, e inclinou a cabeça para ver as feridas ao redor de seus pulsos. Franziu o cenho diante da lembrança do perto que esteve de perdê-lo. Voltou o rosto para poder beijar a vermelha pele. Uma mandíbula sem barbear pressionou contra o centro de suas costas e uma peluda perna 217

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se colocou sobre as costas dela. Cam. O que significava que Sawyer se foi provavelmente. A decepção chegou por um momento, mas quando olhou para baixo, viu apoiado sobre seu cotovelo, no extremo da cama, olhando-a. Sem dizer uma palavra, separou de Hutch e arrastou até o final, invertendo sua posição na cama. Sawyer abriu os braços para ela e pôs a cabeça em seu peito, estirando as pernas entre Cam e Hutch. ―Está bem?― murmurou Sawyer contra seu cabelo. OH sim, ela estava mais que bem. Não havia nada melhor que isto na vida. Quando levantou a vista, Hutch e Cam devolveram o olhar. Cam passou a mão sobre sua perna e a esfregou de acima a abaixo com um suave movimento. ―Não foi muito duro para você? ― perguntou Cam. O calor aflorou a suas bochechas. ―Me deram exatamente o que queria ― sussurrou. Sawyer passou a mão pelo cabelo, e logo beijou a parte superior de sua cabeça. Deu a volta para que pudesse vê-lo assim. ―Não me fez mal, Sawyer. Não sei o que está pensando, mas juro se afastar de mim outra vez, não serei responsável pelas lesões que cause. Ele riu entre dentes e deu outro beijo na testa. Seus lábios ficaram um bom momento, e passou um dedo ligeiramente sobre a bochecha. ―E quem é o que me dará de comer hoje?― perguntou. ― Tenho que falar com todos, mas não vou fazer estando nus ou comigo nua, porque me distraem. Hutch sorriu. ―Vou alimenta-la, neném. Ela negou com a cabeça rapidamente. ― Não. Vou cozinhar. Não quero que machuque os pulsos. Podia jurar que Cam empalideceu. Hutch pôs sua mão sobre seu joelho. ―Sem ânimo de ofender, neném, mas você e cozinhar não se dão exatamente bem. Além disso, estou bem. Só um pouco dolorido, mas isso não me afeta aos dedos. Olhou pensativa. ―Vou descer e ajudar, Reggie ― ofereceu Cam. ―Algo para te manter fora da cozinha. Olhou-o e deu um golpe no peito com o pé. Ele sorriu e o apanhou, dando um beijo entre os dedos. ―Suponho que isso significa que irá à ducha comigo― disse Sawyer. ―Há vantagens em não ser capaz de cozinhar nada. Cam revirou os olhos e logo se arrastou fora da cama. Apesar da ligeireza de seus estados de ânimo, Regina ainda podia sentir a tensão, as dúvidas. Estavam preocupados. Inclusive depois de ontem à noite. De repente, não podia esperar para falar com eles, para dizer quanto os amava. Alimentar podia esperar. Isto, não. ―Não quero o café da manhã, depois de tudo ― disse. 218

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Hutch levantou uma sobrancelha em estado de choque. A mão de Sawyer se congelou em seu ombro, e Cam parou caminho de pegar sua roupa. ―Ah inferno, sabia que tinha uma lesão na cabeça ― murmurou Hutch. ―Eu nunca deveria ter deixado que ela nos convencesse de não levá-la ao hospital. Riu e pôs o pé no peito. Empurrou dos braços de Sawyer e rodou até a borda da cama. ―Têm dez minutos para vestir e descer à sala de estar. Sem esperar sua reação, lançou por volta do banheiro para dar uma ducha rápida. Quando saiu em poucos minutos, o quarto estava vazio. Uma nervosa excitação correu através do peito enquanto colocava sua roupa. Enorme. Isto ia ser o resto de sua vida. Fazia um ano nunca teria imaginado que estaria dando um passo como este, mas parecia completamente em paz com sua decisão. Amava Cam, Sawyer e Hutch. Sempre o fez. Desde que eram uns pirralhos. Sua amizade, seu vínculo, só fortaleceu nos últimos anos e tomou o seguinte passo lógico de simples amizade à intimidade física e a amor profundo. Quase voou pelas escadas, os músculos tremendo de antecipação. Quando deu a volta na escada na sala de estar, os três homens estavam ali. Cam estava na janela, olhando à frente, com as mãos metidas nos bolsos. Sua postura era rígida, inquieta. Sawyer estava deitado no sofá, para trás, sua postura aparentemente cômoda, mas sua frente concentrada. Hutch inclinou na cadeira do canto para Sawyer. Tinha os cotovelos cravados nos joelhos e sua expressão era solene. Agora que estava aqui não tinha ideia de como fazer para dizer tudo o que havia em seu coração. Como era possível pôr em palavras a profundidade de seu amor? Não havia suficientes palavras no idioma para transmitir o muito que significavam para ela. ―Amo vocês ― exclamou ela. Três cabeças se voltaram em sua direção. O calor se difundiu em seus rostos. Cam relaxou sua postura, mas seguiu esperando, sem mover. Tremiam os joelhos e tinha as mãos úmidas. Nunca teve tanto medo em sua vida. Mas seguiu adiante, decidida a fazer entender. ―Amo vocês― disse outra vez. ―Os três. Muito. ―Amamos você também― disse Cam simplesmente. Aproximou mais, à sala de estar, sem sentir cômoda. Manteve a distância, o necessário a fim de manter a compostura. ―Quero ficar. Se ainda me quiserem aqui. Os três esticaram. Hutch apertou os punhos. ―Se ainda a quisermos?― disse Hutch, incrédulo. ―Neném, não estou certo de que vamos ter opção. Inclusive investiguei a pena por sequestrar um oficial de polícia e atá-lo a uma cama. Um sorriso passou pelas comissuras de sua boca. Suas pernas tremiam, assim que deslizou no sofá do extremo oposto onde Sawyer estava sentado. ―Fui injusta― disse em voz baixa. Quando começaram a protestar, levantou uma mão. ―Me deixem terminar, por favor. Tenho muito que dizer. Tanto do que me desculpar. 219

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Olhou os três enquanto as lágrimas nublavam sua visão. ―Não sei por que não renunciaram a mim. Passei o último ano fugindo de vocês, de seu amor. Menti a todos, a mim mesma, querendo estar longe, e, entretanto não se renderam. Por quê? ― perguntou enquanto se obrigava a olhá-los uma vez mais. ―Porque a amamos― disse Cam. ― Não podemos oferecer uma resposta mais elaborada. É assim de simples. Encheu o peito de emoção. Tudo o que podia fazer era permanecer sentada, quando queria lançar em seus braços. Nunca soltá-los. ―Sei que pensam que só fiquei pelo perigo que havia para todos vocês ― disse em voz baixa. Três expressões de se converteram de repente em reflexões. ―Por que ficou, Reggie?― Sawyer perguntou em voz baixa. Perigosamente suave. A decepção revestia suas palavras. Ela olhou as mãos. ―Nesse momento disse que estava ficando para protegê-los, para poder manter um olho em vocês. Disse todo tipo de coisas para justificar minhas razões de querer estar com vocês. Tinha medo. ―Medo do que, querida? ― perguntou Hutch. ―De que não funcionasse e que me destruíra se não fazia ― disse. ―E o que acontece agora?― exigiu saber Sawyer. Devolveu o olhar. ―Me dei conta de que não tinha confiança. ― estremeceu quando ele fez uma careta. ―Isso não soou bem. Sim confiava. Sempre confiei em vocês. Mas quando cheguei a acreditar que isto poderia funcionar entre nós, não confiava em que todos vocês pudessem... Compartilhar... a mim. Estava tão concentrada em que cada um de vocês estivesse satisfeito. Estava ficando louca com a ideia de ser tudo para os três, e me perguntava se ficaria algo, se me perderia tratando de ser algo que não era. ―OH, neném― disse Hutch, exalando o fôlego com força. ―Nunca quisemos que se sentisse assim. Cam cruzou a sala e ajoelhou diante dela, tomando suas mãos entre as suas e as apertando brandamente. ―Só queríamos que fosse você mesma querida Reggie. Amamos você. Não é sua ideia da perfeição? É teimosa, obstinada, impossível. Não sabe cozinhar nada, mas não vamos mudar nada de você. Ela torceu a boca em um sorriso. ―Sabem? Realmente deveriam controlar quando enumeram meus muitos atributos. Todos seus elogios poderiam subir à cabeça de uma garota. Cam riu e a segurou pelo rosto com a mão. ―Vê? É por isso que te amo muito. É uma mulher macho irreverente, e quando for velha, seguiremos sem ser capazes de nos pôr a seu nível. 220

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Ela suavizou e afundou em sua mão. A ideia de envelhecer com eles fazia referência a todos os sonhos que imaginou. ―Quero ficar ―disse. ―Amo há todos muito, e quero que funcione entre nós. ―Amo você― disse Cam. A puxou para aproximá-la e tocou seus lábios com os seu em um doce beijo. Ela se afastou e olhou Hutch e Sawyer, que tinham expressões similares de satisfação. Logo ficou de pé, levando Cam até o final da sala de estar. ―Não quero renunciar a meu trabalho. Sei que o odeiam e que se preocupam. Falei com meu chefe... A respeito de nós. Adiantei que se alguma vez tivesse que escolher entre vocês e meu trabalho, escolheria vocês. Algo brilhou nas expressões dos homens quando devolveram o olhar. ―Vou tomar cuidado. Estou sempre atenta, mas meu trabalho é uma grande parte do que sou, e não quero que isso mude. Não quero ficar em casa para que cuidem de mim. Eu não gosto de me sentir impotente. Prefiro voltar para casa depois de um turno comprido e aí sim terão que cuidar de mim ― acrescentou com um sorriso. ―E têm que procurar ser paciente comigo. ― Continuou rapidamente antes que pudessem responder. Retorcia as mãos diante dela e logo limpou em seus jeans. ―Não estou acostumada ao amor incondicional. É do tipo que me assusta. Estou certa de que a vou estragar de forma regular, mas sei que os amo mais que tudo, e farei o que seja necessário para fazer que funcione. ― Seu discurso terminou. Três homens desceram sobre ela imediatamente, suas expressões pareciam de ferozes a amorosas passando por todas as partes do meio. ―Não queremos mudar nenhuma maldita coisa em você― disse Sawyer em primeiro lugar, enquanto a arrastava a seus braços. Hutch e Cam rondavam perto, seu calor envolvendo em seu abraço. ―Sim, nós não gostamos de seu trabalho, mas é porque nos preocupamos com você, mas nunca pediríamos para renunciar, amorzinho. Não queremos que mude. Amamos tal como é. Linda. Insofrível. Mas também é o ar que respiramos. Olhou-os em estado de choque. Conseguiu que Sawyer se abrandasse? Mas o que viu em seus olhos a deixou atônita. Brilhavam com lágrimas contidas, e havia tanto amor e devoção em seu olhar que seus joelhos ameaçaram dobrar. ―É um mentiroso maldição― sussurrou. ―Disse que não sabia nada de ser doce e murmurar coisas suaves. Ele sorriu e lentamente a soltou enquanto Cam avançava para levá-la em seus braços. Cam não disse uma palavra. Limitou a apertá-la contra seu peito e desceu seus lábios aos dela, bebendo profundamente, suas mãos se enredaram no cabelo revolto enquanto se fundia nela. ―Te necessito Reggie. Sempre necessitamos― disse ele contra seus lábios. ―Fique. Comigo. Sempre. ―Nunca se desfarão de mim agora ― murmurou. Seus olhos brilhavam com satisfação, e então se afastou enquanto Hutch a reclamava. Envolveu em seus fortes braços e a abraçou com força. Espremendo. Seu corpo tremia de 221

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emoção e seu peito subia e baixava ao respirar. ―Amo você― disse com voz afogada. ―Sempre amarei neném. Fechou os olhos enquanto as lágrimas se deslizavam por suas bochechas. Era simplesmente muito. O único que poderia desejar. Foi ali para tomá-lo. Pegou, com os braços ao redor de sua cintura. Inalou o masculino aroma, sustentando no mais profundo dentro de sua alma. O caminho à felicidade era um caminho torcido com mais dificuldades e obstáculos que um campo minado. E o que se não era o mais convencional? Tudo o que importava era que estes homens a amavam, e os amava. O resto do mundo poderia ir à merda. Podia fazê-los felizes. Pela primeira vez, não tinha dúvidas. E poderiam fazê-la feliz. Já o faziam. ―Alguém quer tomar o café da manhã?― perguntou. ―Vou cozinhar. Separou de Hutch e se dirigiu à cozinha, um louco sorriso no rosto. Contou mentalmente e antes que chegasse a três, começaram os protestos. Sawyer a derrubou. Seus braços a rodeavam, e a levantou. Lançou sobre seu ombro e girou rápido, rindo ao mesmo tempo. ―Deixa de torturar Cam e Hutch, amor. Ela riu quando a deixou cair de costas como uma boneca de pano. Cam tomou o queixo com os dedos. Beijou-a brandamente. ―Hutch e eu vamos cozinhar amor. Você, entretanto, estará encarregada da sobremesa. A mão de Sawyer se posou sobre seu escuro traseiro. Devolveu o sorriso. ―Acredito que posso me encarregar da sobremesa, mas nunca me deu conta que tinham uma afeição pelo doce ― brincou. ―Só por você, Reggie querida. Só para você. Fim

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros da Tiamat. Muita gente está querendo ganhar fama e seguidores usando os livros feitos por nós. Não retirem os créditos do livro ou do arquivo. Respeite o grupo e as revisoras.

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