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! O grupo Friends Addicted to Books (F.A.B.) escolheu esta obra para traduzir, por não haver previsão de lançamento no Brasil. Somos um grupo de amigas virtuais, unidas pela mesma paixão: Livros. Sendo assim, a disponibilização de nossas traduções é ausente de qualquer obtenção de lucro, direta ou indiretamente. Nossos objetivos são estimular a leitura e facilitar o acesso aos livros de língua estrangeira que ainda não foram publicados em português. Após sua leitura, considere a possibilidade de adquirir a versão original, pois assim, você estará incentivando os autores e a publicação de novas obras. Tradutora: Bonnie Revisão Inicial: Taci Revisão Final: Li Fonseca Leitura Final: Bruh Formatação: Beccah

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Beautifully Broken (Addicted To You, #2) Lucy Covington

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Beautifully Broken (Addicted To You, #2) - Lucy Covington

! SINOPSE Lindsay Cramer, como uma boa menina, mantêm sua vida completamente em ordem, e ela têm todos os seus objetivos listados para verificação - obter bolsa de estudos para Ivy League University, acabar a graduação, e passar para a escola de medicina. Ela trabalhou duro para chegar onde está, e ela está determinada a não deixar nada - nem ninguém - entrar em seu caminho. Até que ela conhece Justin Brown. JB é lindo e do tipo de cara que é completamente errado para Lindsay - o tipo de cara que é completamente errado para qualquer uma. Ele bebe, luta e possui um passado secreto que Lindsay não tem certeza se quer conhecer. Mas, quando os dois estão juntos, Lindsay não pode deixar de perder-se nele. É a maneira que olhos dele ardem quando olha para ela. A forma como o seu sorriso a deixa tonta. A maneira como suas mãos tocam seu corpo. Rapidamente, Lindsay e Justin estão completamente viciados um no outro. Mas quando o seu jogo perigoso culmina com Lindsay tendo que fazer uma escolha chocante, ela vai ser capaz de manter JB em sua vida? E, se assim for, ela vai perder tudo que conquistou no processo?

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Beautifully Broken é o segundo episódio da série Addicted To You (Viciado em Você).

! *** UM PEQUENO APERITIVO *** Ele me levou até a água e ficamos na doca. —Nós vamos nadar. Eu fiquei boquiaberta. —Você está louco? —Está quente aqui fora. —Então? —Então, quando está quente, você nada. — Ele sorriu e, em seguida, como se nada fosse, se abaixou e tirou a camisa. Seus braços estavam bronzeados e fortes, com o peito esculpido e suave. Seus seis gomos flexionados, assim que ele jogou sua camisa para o cais e eu comecei a me sentir um pouco tonta. —Eu não vou entrar na água. —Por que não?

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—Porque é ilegal! Ele sorriu. —Você nunca fez nada de ilegal antes? —Na verdade não. —Bem, deixe-me contar um segredo sobre fazer coisas que são ilegais. — Fez um gesto me chamando para ele, e eu dei um pequeno passo. Não confio em mim mesma quando estou perto dele. Havia um ar de excitação e antecipação vibrante abaixo da superfície de nossas interações, e eu não sabia o que ele ia fazer - me beijar? Me jogar na água? Era assustador e maravilhoso ao mesmo tempo. —Mais perto. — disse ele, brincando. Cheguei mais perto. Ele revirou os olhos e, em seguida, fechou a distância entre nós, inclinando-se para que ele pudesse sussurrar em meu ouvido. —Pronta para o segredo? — Sua respiração fez cócegas na pele do meu pescoço, e foi tão quente, que fez o ar da noite de verão ficar frio. Um calafrio deslizou pela minha espinha. —Pronta. — eu respirei. —As coisas só são ilegais se você for pego. E eu nunca sou pego.

! ***

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! ! ! JUSTIN Me perguntei uma dúzia de vezes como vim parar na festa, em diferentes momentos. Eu estava em um encontro com Lindsay e tudo estava indo perfeitamente bem até que, de alguma forma..., ficou confuso. Mas, realmente, não era muita surpresa que ficasse confuso, não é? Pensei quando eu virei minha última cerveja. Não havia nada na parte inferior do meu copo de plástico, só um pouco de espuma. Begsy e Quinn se aproximaram rindo entregando-me outra cerveja. —Cortesia do Big Timmy. — disse Quinn. —Eu acho que já tive o suficiente. — eu disse. —Vamos lá, você tem que comemorar. —Comemorar o quê? Quinn e Begsy trocaram olhares. —Todo mundo já sabe que foi oferecido a você um contrato de três lutas com a UFF, Begsy me contou. —Eu tenho que vencer minha próxima luta. — respondi. —Quem é que vai vencer você? Urias está na nossa equipe e ele é, provavelmente, o único cara que... — Quinn parou, como se estivesse percebendo pela primeira vez o que ele estava prestes a dizer. —Urias é o único cara que o quê? — Eu perguntei, sentindo o sangue correr para o meu rosto. —Tem uma chance - até mesmo uma pequena e... Você sabe...

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—Não, eu não sei. — Eu bebi cerca da metade da minha nova cerveja. Olhei ao redor da festa, até que vi Urias rindo com Big Timmy e algumas outras pessoas que eu não conhecia. Ele estava sorrindo e gargalhando do jeito que sempre fazia no ginásio. Só de olhar para Urias, me senti meio doente. Ele riu de novo tão alto que atravessou a música e tudo mais. Era tão presunçoso. Sempre queria ser o cara mais barulhento, aquele que tem toda a atenção. Pode ser que estivéssemos na mesma equipe, mas eu não teria me importado de colocar todas as questões de lado e lutar com ele ali mesmo. Mas isso, provavelmente, era porque eu estava de mau humor. Deveria estar com Lindsay agora. Eu deveria ter... —Então, o que se passa com aquela garota com quem você estava esta noite? — perguntou Begsy, como se estivesse lendo minha mente. —Nada. — eu respondi. —Não há nenhum negócio. — O cheiro acre da erva chegou em minhas narinas, quando Timmy e seus amigos acenderam um baseado e começaram a passar ao redor da sala. Tentei imaginar Lindsay ali comigo, mas não pude fazê-lo. Ela não pertencia aquele lugar onde um grupo de caipiras fumava maconha e bebia cerveja barata. —Passe-me esse baseado. — gritei para fora. A menina que tinha o baseado deu uma longa tragada, encarando-me enquanto ela fazia isso. Ela era alta, quase tão alta quanto eu, com longos cabelos loiros e uma tatuagem no ombro que era visível sob sua blusa. Ela exalou uma enorme nuvem de fumaça. —Você quer um pouco? — perguntou. —Sim. — estendi minha mão, mas ela não me deu. Em vez disso, caminhou em minha direção, tragando outra vez, tão logo chegou ao meu lado. Um segundo depois, ela estava bem próxima ao meu rosto, os olhos dela presos aos meus. Em seguida, inclinou-se e me beijou, e todos na festa gritaram e gritaram para nós.

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Beijei-a de volta, por que não? Ela era bonita, eu estava ficando bêbado e, de alguma forma, era a declaração final sobre onde eu pertencia. Era para eu estar com este tipo de menina, não com Lindsay. Enquanto nos beijávamos, a loira exalou toda a fumaça da maconha na minha boca e eu inalei profundamente. Não tinha fumado maconha nos últimos meses. Tinha jurado que não o faria mais. As organizações de combate da UFF e de outras entidades faziam testes de drogas aleatórios e eu decidi que não queria correr o risco de ter qualquer coisa do tipo aparecendo em um teste. Não só isso, mas eu sabia a partir de uma experiência do passado, que uma vez que começasse a fumar e beber muito, tendia a me encrencar. Mas, hoje, essa merda não me importava. Hoje à noite, eu só queria me divertir e tentar esquecer Lindsay, tirar ela da minha cabeça, completamente, de uma vez por todas. Meus olhos lacrimejaram e tossi algumas vezes enquanto todos aplaudiam a nossa demonstração. —Eu sou Jennifer. — disse a loira. Sua voz estava um pouco rouca, áspera, o sinal revelador de uma fumante profissional. —Eu sou o JB. — eu respondi. —Muito prazer. Ela me entregou o baseado e eu tomei outro par de tragadas antes de passá-lo para Begsy, que balançou a cabeça para mim e se afastou para se socializar com outras pessoas. Jennifer correu os dedos pelos cabelos e me olhou. —Você sempre parece chateado quando está em uma festa com uma garota que você acabou de beijar? —Você sempre faz um shotgun1 com caras estranhos em festas? — Eu respondi.  

—Às vezes. Se ele é realmente sexy. Eu sorri e bebi um pouco de cerveja. —Você quer algo para beber? 1" Jogo que consiste em fumar uma substância à base de ervas (no caso, o baseado) e logo em seguida

expirar na boca de alguém.

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—Eu adoraria algo mais forte do que cerveja. —Big Timmy tem mais coisas. — eu assegurei a ela, agarrando-lhe a mão. —Vamos lá, vamos resolver.

*** Não tinha certeza de quanto tempo tinha passado. Tudo era um borrão, uma névoa de bebida alcoólica e maconha. Minha cabeça estava nublada com tudo isso, minha mente, uma mistura de tolices e todas as coisas eram lentas, como se os meus próprios pensamentos estivessem bêbados e chapados em um nível individual. Fazia muito tempo desde que estive alto, tanto que pensei que poderia lidar com mais do que podia. Ou, talvez, Big Timmy tivesse recebido uns baseados de boa procedência de seu fornecedor. Tudo o que eu sabia era que, em algum momento durante a noite, Jennifer e eu começamos a nos curtir no sofá “homem da caverna” de Timmy. Então, ela sussurrou algo em meu ouvido sobre como sua casa era perto... Antes que eu percebesse, estava no apartamento minúsculo de Jennifer deitado em sua cama de futon, enquanto ela me montava e lá estava tocando um rap de gangster em seu iPod. Nós dois ainda estávamos totalmente vestidos, mas ela estava tentando mudar isso rápido. Ela tirou a blusa e a jogou para o lado da cama. Ainda tinha o sutiã e seus jeans. Ela olhou para mim e sorriu. —Aposto que você tem uma porra de tanquinho incrível. — disse e puxou minha camiseta para revelar meu estômago. Seus olhos se arregalaram. —Puta merda, é ainda melhor do que imaginava. — Ela começou a correr as mãos pela minha cintura. —Meu objetivo na vida não era ter um abdômen malhado. — eu disse a ela. —Só consegui isso devido ao treinamento de luta.

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—Eu sei. — respondeu ela. —Todo mundo me disse que você é um puta lutador. —Quem te disse? — perguntei, puxando a minha camisa para baixo novamente. Ela encolheu os ombros. —Não sei. Timmy. Algumas outras pessoas. Você sabe que todas as garotas na festa queriam transar com você. Certo? —Não, eu não sabia disso. —Bem, é verdade. Mas só eu vou realmente fazê-lo. — e sendo dito, ela começou a desabotoar meu cinto. De repente, tive um estranho momento de clareza. O nevoeiro, que estava sentado no meu cérebro, pareceu dispersar momentaneamente e eu percebi onde estava e com quem. E, mais ao ponto, com quem eu não estava. O rosto de Lindsay apareceu em minha mente e eu a vi fazer aquele sorrisinho tímido. Ouvi a voz dela, a suavidade e inocência dela. —Que diabos estou fazendo aqui? — disse. —O quê? — Jennifer olhou para mim. —O que você disse? —Desculpe, eu... Não percebi que estava falando em voz alta. Ela deslizou para fora de mim, cobrindo o peito com as mãos e me olhando perturbada. —Pensei que você queria estar aqui. Pensei que você gostava de mim. —Ouça, você é uma garota legal, mas... —Guarde suas besteiras para quem realmente acredita nelas. — respondeu ela. Toda sua atitude tinha mudado em um flash. Sentei-me. —Ei, sinto muito. Estou muito bêbado e chapado agora. Não estou pensando direito. —Saia.

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Levantei-me, tentando pensar em alguma coisa que poderia dizer. Mas Jennifer não estava olhando para mim, ela estava apenas esperando eu ir embora. E, um momento depois, eu o fiz. O ar fresco da noite bateu no meu rosto e me acordou um pouco, quando saí do prédio da Jennifer. Era tarde e as ruas estavam quase vazias. Estava feliz por ser capaz de andar e ficar um pouco sóbrio com o ar fresco e o vento forte. No momento em que cheguei em casa, eu estava cansado e começando a me sentir mal do estômago. O quarto estava girando um pouco, quando caí em minha cama, mas não me importei muito. Tudo o que conseguia pensar era em Lindsay, repetindo a noite que tivemos juntos e o quanto eu queria vê-la de novo. Mesmo sabendo que não combinávamos e mesmo sabendo que ela nunca poderia aceitar o meu mundo, eu não queria desistir dela. Devo estar um pouco louco, pensei enquanto me enrolava para dormir. Mas se eu sou louco, também sou inteligente o suficiente para saber que Lindsay é diferente de qualquer garota que já conheci. E talvez, por ela, valha a pena lutar também.

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! ! ! LINDSAY Justin. Ele foi o meu primeiro pensamento, quando acordei na manhã seguinte. Ainda conseguia me lembrar da maneira que senti sua mão na minha, o modo como seus olhos ardiam quando ele olhou para mim, a sensação de perigo que fervia sob a superfície sempre que ele estava ao meu redor. Não queria que ele saísse na noite passada. Sim, eu disse para ele ir – mas, assim que voltei para o meu dormitório, eu fiquei cheia de remorso. Ele tinha me deixado completamente desprevenida, a forma como seus amigos apareceram do nada, assim. Todo o comportamento de Justin mudou e eu, imediatamente, me senti fora de lugar. Lembroume do jeito que eu costumava me sentir na escola sempre que qualquer um falava sobre uma festa que eles tinham ido ou a festa que eles iriam. Rolei na cama e olhei o relógio. Nove horas da manhã. Minha primeira aula de química orgânica era às dez horas. Meu primeiro dia real da faculdade e tudo que conseguia pensar era em um menino, o tempo todo. É patético. Bem... Eu não ia deixar Justin Brown estragar o meu dia. Olhei para a cama do outro lado do quarto. Rachel ainda estava dormindo, seu cabelo loiro espalhado pelo travesseiro dela. Um segundo depois, ela abriu os olhos e piscou para mim sonolenta.

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—Bom dia. — disse ela alegremente. Ela olhou para o relógio. —Eu não posso acreditar que dormi até tarde. Ela esticou todo o seu corpo, bocejou e, em seguida, pulou para fora da cama. Ela estava usando uma camiseta branca, que mal cobria sua barriga, e um fio dental rosa. Ok. Aparentemente, ela não tinha nenhum problema com nudez. —Vamos juntas para a aula? — Ela já estava no armário, folheando suas roupas. —Minha primeira aula é química orgânica. Começa as dez. — Senteime na cama. Eu estava olhando de forma animada. Sabia que era idiota, mas eu estava animada com a perspectiva de iniciar bioquímica. O professor tinha feito um monte de pesquisas na área da imagem molecular e ele deveria ser brilhante. —O meu também! — Rachel gritou. —Com Klaxton? Podemos andar juntas! —Você se inscreveu em química orgânica? Com Professor Klaxton? — Eu tentei não soar incrédula. Ela assentiu com a cabeça. —Hum, tudo bem. Deixe-me tomar banho. Peguei meu shampoo e as coisas do banheiro, tomei banho rapidamente e, em seguida, vesti um par de jeans e uma blusa roxa. Eu tinha ouvido falar que a Nova Inglaterra era para ser frio, mas mesmo que fosse o fim de agosto, não havia nenhum sinal da queda. A temperatura deveria ser por volta dos 25° C. Quando chegamos à classe, Rachel de repente tornou-se toda negócios. —Devemos nos sentar na frente. — ela instruiu. —Assim vamos ser levadas a sério. Eu não tinha problema com sentar na frente. Na verdade, eu gostava de sentar na primeira fila. Li um estudo uma vez que disse que os estudantes que se sentam na primeira fila tendem a absorver a

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informação melhor. Não tinha certeza se era verdade ou não, mas gostava de pensar que era. Seria possível que eu tivesse errado sobre Rachel? Talvez, ela fosse um daqueles gênios excêntricos que você sempre escuta falar. Estabelecemo-nos na primeira fila e eu tirei meu caderno e caneta. Rachel tirou seu próprio notebook, que era preto e tinha um desenho de uma mulher usando um vestido branco esvoaçante na parte da frente. —É Athena. — explicou Rachel. —Deusa da sabedoria e da inteligência divina. —Legal. —É mais do que legal, Lindsay. Ela saltou da cabeça de Zeus totalmente formada, após ele engolir sua mãe. — Rachel disse, como se isso fosse um fato. Ela passou o dedo sobre o cabelo longo da Athena. — Ela me traz boa sorte. Eu queria perguntar a Rachel se ela realmente acreditava nisso, mas não tive uma chance. Professor Klaxton entrou na sala de aula e tomou seu lugar na frente. Sentei–me, decidida a prestar atenção. Química orgânica era notoriamente difícil e, quando a tinha agendado para as minhas aulas, meu conselheiro tentou me convencer a deixa-la para o próximo ano. Eu tinha estudado química, em nível universitário, no meu último ano do ensino médio e estava ansiosa para química orgânica, então escolhi meu caminho... Adorava um desafio. —Bom dia. — disse o Dr. Klaxton. Ele era mais jovem do que eu pensava e meio despenteado. Tinha uma barba espessa marrom e seu cabelo estava um pouco gorduroso. Ele olhou para a classe e balançou a cabeça. —Uma centena de novas vítimas, maduras para a tortura. Eu esperava que a classe risse, mas ninguém o fez. —Mark vai passar o programa. — Dr. Klaxton informou, apontando para o seu assistente de ensino. Então, pegou uma caneca de café que estava sobre a tribuna e puxou uma jujuba. Eu assisti incrédula quando 14 de 59

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ele a colocou na sua boca. —A primeira coisa que você precisa saber sobre esta classe é que espero que você fique em dia com a leitura. Se você ficar atrás na leitura, você vai ficar para trás na classe. Se você ficar para trás na classe, será impossível alcançá-la. Olhei para baixo para o pedaço de papel que o assistente de ensino tinha depositado na minha frente. Havia um monte de leitura. Pelo menos cinquenta páginas por noite, o que podia não ser muito, se você estivesse lendo um romance, mas o livro de química orgânica era denso, com sua letra minúscula. —Bom. — disse Rachel. —Me alegro que só tenhamos cinquenta páginas para ler a noite. Eu pensei que seria pior. Resisti à vontade de estrangulá-la e lembrei-me que eu estava pronta para um desafio. Isso era o que eu queria, o que eu tinha sonhado. Enquanto a maioria das minhas colegas de classe estava perdendo seu tempo livre, navegando em sites de fofocas ou sonhando com Taylor Lautner, eu estava nos sites de avaliação de outras escolas de ensino médio - Choate, Taft, Trinity. Tinha visto quanto trabalho os alunos nessas escolas tops tinham que fazer e eu me senti melancólica. Poderia ter sido loucura querer ter mais lição de casa. Mas dever de casa era minha coisa. Eu era boa nisso. Nunca duvidei de mim mesma, quando se tratava de trabalho difícil ou cumprir as tarefas. Endireitei-me e prestei atenção. Pela primeira vez desde que cheguei a Cambridge, eu estava começando a me sentir como se já pertencesse. Quem se importava com Justin Brown, sua luta idiota e seus amigos loucos? Ele era apenas uma distração. Eu estava aqui para obter uma das melhores educações do mundo. E nenhum menino ia ficar no meu caminho. —Olhe para vocês, todos ansiosos e radiantes. — disse o professor Klaxton. Seus dedos deslizaram em sua caneca e arrastaram outra jujuba. —Todos vocês foram melhores alunos em suas escolas. É, por isso, que vão tomar um choque quando eu disser que trinta por cento de vocês falhará nessa classe. Não haverá compensação de tarefas. Nenhum crédito extra. — Ele chupou a jujuba na boca e, em seguida, juntou os

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dedos. —Agora, nós veremos o programa, para que não haja confusão sobre as minhas expectativas para esta classe. Se há uma coisa que eu odeio é confusão. O rapaz ao lado de Rachel levantou a mão. —Sim? —O que é isso aqui na parte inferior, a parte sobre assistentes de pesquisa? —Ah, eu vejo que você é muito observador, Senhor...? —Daniels. — o menino estava praticamente radiante. —Senhor Daniels, eu irei escolher três assistentes de pesquisa neste semestre. Eles serão encarregados de me ajudar, fazendo minhas ordens, se preferir. Se você gostaria de ser considerado para uma das posições, você deve escrever um ensaio de dez páginas sobre “Por que a química orgânica é uma importante área de estudo, não só para estudantes de ciência, mas para todos”. Ele deverá ser entregue no início da próxima aula. Trabalhos atrasados não serão admitidos. Eu não podia acreditar. Tornar-se assistente de pesquisa do Dr. Klaxton seria uma oportunidade incrível. Um documento de dez páginas em dois dias? Tranquilo2.  

Claro, o tema era um pouco complicado. Obviamente, ninguém fora do mundo da ciência precisava saber química orgânica. O que me levou a acreditar que o Dr. Klaxton estava usando a atribuição para tentar ver que tipo de pensadores nós éramos. Como quando você vai a uma entrevista de emprego e eles te perguntam quantos automóveis tem na América. Obviamente, ninguém sabe o número exato e eles nem sequer se importam se você está certo. – eles só querem ver como você defende sua resposta. Mas estava tudo bem.

" Piece of cake – pedaço de bolo, se referindo a algo muito fácil de se fazer. 2

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Eu não estava com medo. Eu iria obter uma dessas vagas para assistente de pesquisa, mesmo se fosse a última coisa que fizesse.

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! ! ! JUSTIN Meu companheiro de quarto me acordou do que parecia ser um coma. —JB! Você está acordado? Eu abri meus olhos e olhei para o teto. —Não. Deixe-me em paz. —Edwin está estacionado do lado de fora, e já buzinou umas dez vezes mano. — Wyatt entrou no meu quarto e me olhou. Ele estava segurando seu avental da Home Depot3 em um das mãos. —Você deve ter tido um bom momento na noite passada. — ele riu.  

—Foda-se, não. Pior noite da minha vida. — Sentei-me e olhei pela minha janela, só para ver o Caminhão de Edwin estacionado em fila dupla na esquina da rua. —Bem, isso não é verdade. — eu disse. —A primeira parte da noite foi incrível. Foi na segunda parte que estragou. Edwin buzinou outro par de vezes, então eu levantei a janela e inclinei-me para fora. —Dê-me um minuto! — Eu gritei para baixo. Mal podia fazê-lo, mas poderia jurar que ele estava balançando a cabeça para mim. —Você vai ter que me contar tudo sobre isso algum dia. — Wyatt disse. —Mas estou saindo agora. Vejo você mais tarde, JB. —Yeah. — acenei para ele e, em seguida, gemi. Minha boca tinha gosto de quem tinha passado a maior parte da última noite lambendo um " A Home Depot, Inc. é uma companhia varejista norte-americana que vende produtos para o lar e 3

construção civil.

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cinzeiro. Que de certa forma, era verdade. Jennifer tinha fumado como uma chaminé e depois tínhamos jogado tonsil hockey4 por um par de horas. Isso quase me fez querer vomitar.  

O que eu estava pensando, ficando com aquela garota? Que diabos havia de errado comigo? Quase senti que tinha sido infiel a Lindsay, o que era ridículo, porque nós ainda não tínhamos nos beijado ou qualquer coisa. Mas ainda assim, a sensação de culpa era forte e eu não conseguia afastá-la. Finalmente, arrastei-me para lá fora onde Delvin estava esperando e quando deslizei para dentro do lado do passageiro do caminhão, meu amigo estava sorrindo para o meu óbvio desconforto. —Você parece uma merda. —Sinto-me pior do que pareço. —Eu deveria deixar você voltar e descansar um pouco. — disse ele. — É um dia de trabalho leve. Olhei para ele esperançoso. —Sim? —Mas eu sou um idiota. Então você vem comigo. — Ele começou a dar gargalhadas. —Seu filho da puta do caralho. Tudo o que faremos será dar voltas por aí bebendo café gelado e escutando rádio esportivo. E então, talvez, faremos um par de gramados e depois vamos para O'Doyle beber cerveja. —Sim, mas é por isso que preciso de você, JB. Ficarei entediado pra caralho se trabalhar sozinho. — Delvin colocou o caminhão em marcha. Nós dirigimos para fora e olhei para trás com saudade de meu prédio, desejando que eu pudesse apenas rastejar na cama e tentar esquecer que a festa de ontem à noite tinha acontecido. Enquanto isso, Delvin estava tagarelando no meu ouvido. Ele era basicamente um cara feliz, simples e nunca teve uma palavra ruim a dizer

" Jogo referido anteriormente, na qual uma pessoa traga um cigarro, baseado ou algo do tipo e, logo 4

depois, exala na boca de outro com um beijo.

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sobre qualquer coisa ou pessoa. Talvez, por isso, nos déssemos tão bem. Eu era o oposto disso. Mas assim como ele ajudou a me animar, às vezes, eu o ajudei em alguns pontos apertados ao longo dos anos. No colégio, Delvin tinha sido escolhido algumas vezes e eu tinha suportado por ele. Um cara em particular tinha o incomodado desde que ele era um garotinho. O cara morava no bairro dele, mas era mais velho do que nós, então eu nunca o tinha conhecido. Quando Delvin apareceu na escola um dia com um olho preto e um lábio inchado, eu decidi ir encontrar o valentão. Nós dirigimos ao redor do bairro e o encontramos depois da escola e eu disse ao cara para deixar Delvin em paz ou ele ia lidar comigo. Ele não acreditou em mim, então eu tive que lhe mostrar. Um único soco e ele caiu como A Bela Adormecida. Isso foi o fim de tudo. E, uma vez que a notícia se espalhou na escola em que estudava no passado, Delvin tinha parado de ter problemas com os valentões. Isso me fez sorrir, lembrar-me dos velhos tempos era bom. Eu, na verdade, tinha sido um aluno muito bom. Não podia contar quantos professores tentaram me convencer a ir para a faculdade, discursando sobre meu teste de alta pontuação e minha aptidão natural. Mas minha família não tinha dinheiro e, além do mais, eu não queria estar em uma sala de aula por horas todos os dias. Lutar era o que eu amava e era isso o que nasci para fazer. Me perguntei, novamente, se eu poderia esperar para explicar a Lindsay que lutar para viver era um esporte e não um crime. Mas por que ela deveria se importar? Perguntei-me. Especialmente agora que ela tinha visto meus amigos idiotas e eu tinha lhe permitido sair e voltar para Cambridge sozinha. Delvin, finalmente, parou de falar por um tempo suficiente para perceber que eu estava perdido em meu próprio mundo. —Alguma coisa errada, JB? —Não. — eu menti.

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Ele olhou inquieto para mim. —Eu ouvi que Gil saiu da cadeia. —Não se trata de Gil. — eu respondi. Embora, agora que ele tinha mencionado isso, eu tinha que me preocupar também. Gilbert estava livre e na rua e eu tinha lhe dado dinheiro. Precisava vê-lo em breve e ter certeza de que ele estava bem. —Então, o que há de errado, cara? Você não é você mesmo. Eu suspirei. —É melhor você não encher meu saco, se eu te contar. —Você chutaria meus dentes se eu o fizesse e por que eu iria querer perder meu belo sorriso? —Boa pergunta. — dei-lhe um olhar de advertência, no caso dele ter alguma ideia. Mas, então, decidi contar-lhe sobre Lindsay, como a conheci, nosso encontro ontem à noite, a maneira como as coisas tinham terminado. Quando acabei, Delvin exalou. —Estou com medo de você agora. —Não tenha medo. Apenas me diga o que você pensa. —A verdade? —Não minta para mim, idiota. É claro que a verdade. Ele olhou para mim com uma expressão de pena. —Eu não vejo como isso pode funcionar, JB. Esta menina não consegue lidar com o nosso mundo. Ela vai odiar que você luta e ela vai sempre te pressionar para conseguir um emprego real para impressionar seus amigos e familiares. Vocês podem gostar um do outro, mas não pode durar. Sinto muito cara, isso é apenas a minha opinião. Quase senti uma doentia sensação de alívio. Mas isso foi seguido por uma onda negra de depressão. —Acho que já sabia disso. — admiti. — Mas talvez eu só precisasse ouvir você dizê-lo. Ele deu de ombros. —Vamos beber uma cedo, hein? —Absolutamente. — concordei.

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! ! ! LINDSAY Passei o resto do dia nas minhas duas classes restantes - psicologia e cálculo. Ambas eram grandes classes, mas encontrei-me distraída. Um, pelo meu trabalho de pesquisa e dois, por Justin. Toda vez que em houve um período de calmaria em meu dia, eu lembrava dele, esperando na fila para o almoço, atravessando o campus entre as aulas, trocando um dos meus livros - encontrei-me pensando nele. Era irritante. A única coisa que manteve minha mente focada foi o meu dever. E, apesar de ter sido o primeiro dia de aula, já tinha uma tonelada dele. Depois de minhas aulas, passei a maior parte da tarde na minha mesa fazendo minha leitura e, em seguida, trabalhando no meu ensaio para o Dr. Klaxton. Por volta das sete, houve uma batida na minha porta. Ao abri-la, encontrei Adam em pé no corredor. —Ei. — disse ele. —Só queria ter certeza se você vai hoje à noite. A coisa naquele bar Frog. - tinha esquecido completamente sobre isso. —Sim, definitivamente. — estava relutante em deixar o meu trabalho, mas meus olhos estavam começando a desfocar de olhar para as minúsculas letras em meus livros. Eu precisava de uma pausa. —Vamos nos encontrar em frente ao salão de jantar as oito. — disse ele. —Nós vamos pegar o metrô.

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—Ok, vejo você lá então. Ele sorriu. —Até as oito. Mesmo que tivesse tomado banho de manhã, lá fora estava tão quente e úmido que o meu cabelo se transformou em uma bagunça embaraçada. Tomei outro banho rápido, em seguida, sequei o meu cabelo liso e vesti um top rosa flutuante e jeans. Quando cheguei do lado de fora do refeitório, Adam estava lá com um par de outras pessoas, incluindo Michelle, a menina que conheci ontem. —Oi! — disse ela quando me viu. Ela estava agindo como se fôssemos velhas amigas, o que era um pouco bizarro. Ela manteve uma série de conversas por todo o caminho para o bar, tagarelando sobre suas aulas, seu apartamento fora do campus, suas novas calças de treino. Foi estranhamente reconfortante só ter que adicionar o assentimento ocasional ou dizer — Legal — em pontos aleatórios da conversa. O bar Frog estava escuro e cheirava a cerveja e alimentos fritos. Mas o ar condicionado frio era bom depois de estar fora durante a noite úmida e nosso grupo encontrou lugares imediatamente, não muito longe do palco. A banda não tinha começado a tocar ainda, por isso pedimos pratos de casca de batata e cestas de asas de frango para comer enquanto esperávamos. Conversei com uma das meninas sentadas ao meu lado, outra caloura chamada Alicia, que era do curso de sociologia. Ela era perfeitamente legal, mas por algum motivo eu estava tendo dificuldade em relaxar. Todo o meu corpo estava nervoso. Era, provavelmente, apenas a ansiedade de estar com novas pessoas, em uma nova situação, longe de casa. Felizmente, Alicia gostava de falar, assim como Michelle, e ela tagarelava sem parar antes de, finalmente, Adam se aproximar e deslizar para o banco ao meu lado. A banda estava subindo no palco agora e um par de outras pessoas haviam se juntado ao nosso grupo. Ninguém me apresentou, mas isso

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não importava. Em poucos minutos, ia ficar muito alto lá para ouvir qualquer um de qualquer forma. —Está se divertindo? — Perguntou Adam. —Sim. — eu menti. —Obrigado por me convidar. Ele olhou para mim como se pudesse dizer que era uma mentira. — Como foram suas aulas? —Elas foram boas. — tomei um gole do meu refrigerante. —Meu professor de química orgânica é meio intenso, mas estou animada. —Klaxton? Eu balancei a cabeça. —Você o conhece? —Todo mundo o conhece. Ele era uma lenda em Cambridge. Um dos professores mais difíceis ao redor. — Ele se inclinou para perto. — Certifique-se de fazer a leitura. Oh e certifique-se de fazer uma ou duas perguntas em cada aula. Ele não diz isso, mas ele dá nota à participação. Devo ter tido um olhar de pânico na minha cara porque Adam riu. — Está tudo bem. — disse ele. —Você vai se dar muito bem. — Ele se levantou e pegou o meu copo vazio. —O que você está bebendo? —Coca diet. Ele acenou com a cabeça e, em seguida, foi em direção ao bar. Alicia, a garota que estava sentada ao meu lado, agora estava profundamente arraigada em uma conversa com alguém do outro lado dela. Eu balançava meu pé nervosamente e meu chinelo escorregou para o chão. Coloquei-o novamente. Olhei ao redor do bar e tentei encontrar algo para me ocupar. Foi quando eu os percebi. Um grupo de caras no canto olhando para mim. Sua mesa estava repleta de garrafas de cerveja vazias e todos eles tinham a aparência de pálpebras pesadas, como se já estivessem bebendo por um tempo.

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Quando um deles me pegou olhando, ele disse algo para os outros dois, sem tirar seus olhos de cima de mim, e então todos riram. Olhei para trás em direção ao bar, mas Adam ainda estava esperando por nossas bebidas. Olhei de volta para os rapazes e pensei que eles eram apenas um bando de bêbados idiotas, nada para me preocupar. Mas a maneira como eles estavam olhando para mim foi enervante. O único largado no canto parecia vagamente familiar e então eu percebi o porquê. Ele era um dos amigos de Justin. Um dos caras que nos parou na rua ontem à noite. Meu coração bateu no meu peito e olhei ao redor do bar descontroladamente. Justin estava aqui? Era impossível dizer. Mais e mais pessoas estavam chegando através das portas e a sala estava se transformando em uma queda de corpos. O pensamento de que ele poderia estar aqui, enviou uma onda de energia vibrando através do meu corpo. —Aqui está. — disse Adam de volta à mesa. —Oh. Obrigada. — Eu peguei a bebida gelada e bebi. Ele deslizou de volta ao meu lado no banco. —Você tem certeza que está ok? —Sim, eu estou bem. —Porque você parece um pouco corada. —Sério? Não sinto calor. — Eu tomei um gole da minha bebida. Justin, Justin, Justin. Odiei-me por pensar nele e eu o odiava por interromper a minha noite. Deveria ter aproveitado meu tempo com os meus amigos. Agora, em vez disso, eu estava completamente no limite. E se ele estivesse aqui? Eu iria falar com ele? Iria gritar com ele? Não tinha certeza se eu estava brava com ele ou não. Tecnicamente, ele não tinha feito qualquer coisa errada. 25 de 59

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Disse-lhe para ir. Mas ainda assim. Eu queria que ele ficasse comigo. Ok, então pode ser que estivesse testando-o e talvez não tenha sido totalmente justo. Mas ele falhou nesse teste. Ele não tinha realmente tentado ficar comigo, tinha saído com os amigos como se fosse o que ele queria fazer. Olhei para trás sobre os meninos no canto. Eles já não estavam me olhando. Haviam meninas em sua mesa agora e uma delas estava curtindo com o amigo de Justin. Me perguntei se eles tinham acabado de se conhecer. E então, me perguntei se esse é o tipo de coisa que Justin faz, se ele encontra-se com garotas aleatórias e fica com elas. Justin não tinha sequer tentado me beijar na noite passada. Por quê? Será que ele não queria? Foi por isso que foi embora com os amigos dele? —Terra para Lindsay. — disse Adam. —Desculpe. — eu disse. —Acho que estou um pouco distraída. —Está tudo bem. — Ele sorriu e se aproximou de mim no banco até que sua perna estava tocando a minha. —Você só precisa relaxar. Ele pegou meu refrigerante e derramou um pouco de sua bebida para mim. —O que é isso? — Perguntei. —Vodka. — ele sorriu. O bar era de 18 and over5, mas Adam estava com vinte e um e tinha uma pulseira que lhe permitiu comprar álcool.  

Nunca fui muito de beber. Na verdade, nunca tinha bebido antes na minha vida. Mas, por alguma razão, agora parecia uma boa ideia. Eu tomei um gole, fazendo uma careta. Mas, depois de mais umas, comecei a me sentir um pouco sonolenta e relaxada. —Sente-se melhor? — perguntou Adam. —Sim. — tomei outro gole, quando a banda começou a tocar. A música estava alta, mas ela era de um tipo suave, um toque de alternativo nela. Fez-me lembrar do tipo de música que você ouviria em filmes de

! Para quem não sabe, a idade legal para se consumir bebida alcoólica nos EUA é 21 anos, todavia, em 5

alguns bares, é permitida a entrada de jovens a partir dos 18. (N. do T)

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romance indie, quando o herói e a heroína estão em uma encruzilhada para decidir se podiam ou não ficar juntos. Isso me deixou triste por algum motivo, por isso, tomei mais um gole do meu refrigerante. Adam sorriu e derramou um pouco mais de sua bebida na minha. —Obrigada. — Um belo calor estava fluindo através de mim e eu sorri para ele. —Isso é tudo, está bem? Saboreie. — Eu assenti com seriedade. —Eu vou saborear. Sou boa em seguir direções. Ele riu e, em seguida, colocou a mão na minha perna. Meu cérebro estava começando a ficar um pouco confuso, e eu disse a mim mesma que era em parte por causa do álcool, e em parte por causa da música alta. Sempre tive que me concentrar quando tinha música alta. Quando eu estudava, tinha que ter um completo silêncio. Levei um segundo a mais do que teria sido para perceber que a mão de Adam estava no meu joelho e, no momento em que registrei, já era tarde demais para dizer a ele para tirá-lo. Então, simplesmente o deixei ficar lá. E por que não deveria ter deixado? Não tenho um namorado, não era propriedade de Justin. Só porque não conseguia parar de pensar nele, não significava que não podia me divertir, se eu quisesse. Era uma caloura na faculdade, isso era o que eu deveria estar fazendo. Fechei meus olhos e deixei a batida da música atravessar o meu corpo. Eu estava mais relaxada do que tinha estado há algum tempo. —Como você está? — Adam respirou no meu ouvido. —Eu estou bem. Eu estou bem. Sua mão subiu um pouco mais na minha perna, seu corpo mais próximo do meu. Apenas ficamos ali por um tempo, ouvindo a música.

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Meio que perdi o controle do tempo. Pareceu-me um pouco fluido, como quando você vai ao dentista e eles lhe dão gás hilariante e você não pode dizer se foi meia hora ou cinco minutos. Quando a banda estava pronta para uma pausa no repertório, tive que usar o banheiro. —Volto já. — disse a Adam. A fila para o banheiro estava longa e tomei meu lugar na parte de trás. Agora que a música tinha parado de tocar e eu estava caminhando, minha cabeça estava começando a desanuviar um pouco. A garota na minha frente estava completamente bêbada e gritando sobre como tinha perdido seu telefone. Ela estava chorando e a amiga dela estava tentando confortá-la. Elas estavam fazendo tanto barulho que, no começo, não percebi que alguém estava falando comigo. —Você é o encontro do Justin, certo? — Alguém perguntou. Eu me virei. Foi um dos caras da cabine no canto, um dos amigos de Justin. Ele me deu um sorriso amigável. —Nós não estávamos em um encontro. — disse automaticamente. Ele deu de ombros. —Parecia um encontro para mim. —Nós só estávamos saindo. Ele sorriu e olhou por cima do ombro para onde Adam estava sentado. —Como você está saindo com ele agora? A maneira que ele disse isso fez soar como algo sujo, como se eu estivesse fazendo algo errado. Senti-me estranha por ele achar que eu era o tipo de garota que ficava com uma cara diferente a cada noite. —Talvez, você e Justin seja um jogo melhor do que eu pensava. — ele riu e caminhou para o banheiro. Meu rosto inflamou e, de repente, o meu zumbido desapareceu. O que ele quis dizer? Que Justin só sai com garotas fáceis? Meu estômago virou e me senti doente. Precisava sair de lá.

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Usei o banheiro e depois voltei para a minha mesa. —Ei. — Adam disse, batendo no assento ao lado dele. —Bem-vinda de volta. —Eu tenho que ir. — disse. Peguei minha bolsa de onde eu tinha deixado no banco. —O que você está falando? —Eu só... Tenho que ir embora. Levantou-se alarmado. —Você está ok? Vou com você. —Não. — Eu empurrei o meu cabelo do meu rosto. —Quero dizer, sim, eu estou bem. E não, você não tem que ir comigo. Empurrei através da multidão para sair para a rua. Podia sentir Adam me seguindo, mas ele foi parado na porta pelos seguranças, que o lembraram que ele ainda precisava pagar a sua conta do bar. Comecei a correr. Corri todo o caminho até a parada do metrô e, quando o trem me deixou em Cambridge, corri todo o caminho pelo campus para o meu dormitório.

*** No momento em que eu cheguei lá, estava completamente sóbria. Cada coisa tinha voltado para o foco e a sensação embaçada de sono, que tive no bar, tinha ido embora. Aparentemente, não estava tão tonta como eu pensava. Rachel estava em nosso quarto, sentada em sua mesa comendo uma fatia de pizza, com um livro aberto à sua frente. Meu coração afundou. A última coisa que queria era ter que falar com alguém. Eu só queria ficar sozinha. —Hey. — ela disse alegremente. —Onde você estava?

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—Saí. — Atravessei o quarto para o meu armário e tirei um par de calças de pijama e uma camiseta. Então, fui para o banheiro onde escovei os dentes, lavei meu rosto e me troquei. Quando voltei para o meu quarto, subi na cama e puxei as cobertas por sobre minha cabeça. —Você está bem? — Perguntou Rachel. —Estou bem. — Eu realmente queria que as pessoas parassem de me perguntar isso. —Tudo bem. — Houve uma pausa. —Você quer um pouco de pizza? —Não. — Mas então eu pensei sobre isso. Surpreendentemente, depois de dois dias de comida do refeitório uma fatia de pizza decente soou muito bem. Se você tivesse me perguntado há dez minutos, eu diria que o pensamento sobre comida me fazia mal, mas agora, parecia-me que talvez eu queira alguns, afinal. Empurrei as cobertas de volta do meu rosto. —Qual o sabor? —Pepperoni. Sentei na cama. —Talvez uma fatia. Ela tirou uma fatia da caixa que estava em sua mesa, em seguida, colocou-a em um prato de papel e trouxe-a para mim. —Obrigada. —Acabou de chegar, por isso ainda deve estar quente. Eu dei uma mordida. O salgado da massa gordurosa imediatamente me fez sentir melhor. —Pedi uma grande, então se você quiser mais, há muito. —Obrigada. — disse de novo. Ela estava sendo tão boa para mim e eu nem sequer merecia isso. —Sem problema. — sorriu, em seguida, agarrou seu próprio prato e pulou em sua cama. —Você quer falar sobre isso? Será que quero? Eu não tinha certeza. Por um lado, eu não era o tipo de garota que falava sobre seus problemas. Principalmente, porque até agora, eu não tinha tido nenhum problema. Mas ainda assim. Rachel

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estava lá e ela queria ouvir. E, honestamente, ela podia ser louca, mas era obviamente inteligente - poderia ter algo a oferecer. —É esse menino. — comecei. —Oooh. — Ela assentiu com a cabeça e deslizou através de seu edredom até que suas costas estavam contra a parede, como se estivesse esperando uma longa conversa. —Aquele que te deixou o bilhete? —Sim. — dei-lhe um resumo sobre o meu encontro com Justin no hospital, como ele apareceu aqui naquela noite, como tive problemas com o RA Dennis. —Dennis é um idiota. — disse ela. —Pode ser. — Eu tinha terminado com a parte de queijo da pizza e comecei com a crosta. —Mas ele estava apenas fazendo seu trabalho. —Ele poderia ter dado a você um passe. Foi o nosso primeiro dia. — Ela entregou a caixa de pizza para mim, como se soubesse que eu precisava de outra fatia. —Obrigada. — disse com gratidão quando me servi de outra fatia. —Então, isso significa que você não é uma menina má, afinal? — Ela sorriu. —Sim, bem, as primeiras impressões nem sempre são o que parecem. Ela sorriu. —Não sei disso. — suspirou. —Olha se você quer o meu conselho, acho você deve esquecê-lo. Ele não é obviamente bom para você. Quero dizer, você apenas o conhece por alguns dias e você já ficando toda empolgada. Sabia que ela estava certa. Eu só não sabia se ia ser tão fácil assim.

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! ! ! JUSTIN Delvin não se incomodou de tentar me buscar para o trabalho, na manhã seguinte. Acho que ele sabia que não devia sequer tentar me acordar depois que passamos a maior parte das últimas 12 horas em estado de embriaguez completa e total. No momento em que me levantei, já eram quase onze horas e meu companheiro de quarto estava longe trabalhando na Home Depot. Eu tinha o apartamento só para mim, então passei a próxima meia hora tomando banho, fazendo meu café e tentando lembrar meu nome. Tinha um sentimento amargo no meu estômago e não estava com vontade de fazer nada, mas não deixei isso me impedir. O fato era que eu poderia ser capaz de passar o paisagismo, mas, não havia nenhuma maneira, que eu passaria o meu treino de MMA. É por isso que mesmo que estivesse de ressaca, cheguei ao ginásio antes de qualquer outra pessoa. Na verdade, cheguei lá tão cedo que a porta ainda estava trancada. Eu não tinha uma chave para entrar, então fiquei lá com o meu café e esperei o treinador Jansen chegar. Como era um pequeno ginásio e era a manhã de um dia de semana, não havia como dizer exatamente quando alguém viria abri-lo. Havia geralmente alguém lá pelas onze, mas às vezes as portas poderiam permanecer fechadas até o meio-dia ou até mesmo uma hora. Decidi esperar mais vinte ou trinta minutos e se ninguém viesse abrir, então iria para uma corrida longa e checaria mais tarde. Estava terminando meu café e prestes a sair, quando alguém finalmente virou a esquina. Foi Uriah, vestindo um moletom cinza e calça 32 de 59

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de aquecimento. Ele estava escutando seu iPod e acenando com a cabeça e, quando ele me viu, ficou com um enorme sorriso na cara. O sorriso de Uriah continuou a crescer enquanto puxava os fones de ouvido para baixo para pendura-los em seu pescoço. —Olha quem está aqui. — ele riu. —O que é tão engraçado? Uriah manteve sorrindo. —Nada, mano. Sou apenas um cara feliz. Há algo de errado com isso? —Nem um pouco. Só não acho que você é tão feliz quanto você finge ser. —Isso é a sua opinião. — Ele encolheu os ombros. — Não me preocupo muito com o pensamento sobre mim dos que me odeiam. —Você tem que ser alguém que as pessoas dão a mínima, para que você possa ter inimigos. Uriah assentiu. —Verdade. Mas acho que você da à mínima para mim, JB. Porque você está age sempre puto quando eu estou no mesmo ginásio que você. A insegurança é um sinal de fraqueza, você sabe. —Acredite em mim, você é o último na minha lista de coisas para me preocupar. — Eu ri. —Você é apenas mais um grande falador e, em um ano ou dois, você vai sair e ir para outro lugar onde você pode começar de novo e tentar enganar uma nova safra de pessoas a pensar que você seja o próximo Anderson Silva. Isso pareceu ficar sob a pele de Uriah. Ele mordeu o lábio inferior e balançou a cabeça, olhando para baixo. —Você fica com essa conversa fiada sobre não ser enganado, sendo um cara que está sendo tocado como um violino6. — disse ele, e então começou a rir. Logo, estava rindo abertamente.  

—Que porra que você quer dizer com isso? —Exatamente o que parece. " Manipulado em uma relação. 6

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Sabia que ele estava brincando, mas não conseguia resistir a cair nessa. —Parece que você é muito rebelde para dizer claramente o que você quer dizer. — me aproximei dele. Ele olhou para mim com o canto do seu olho e eu podia ver o ódio irradiando dele. —Estou dizendo isso, filho da puta. Não sei o quanto mais claro eu posso fazer isso. Vamos ver, que tal eu soletrar para você? —Vá em frente. —Vi sua menina ontem à noite. —Não tenho uma menina. —Sério? Porque parecia que vocês estavam juntos no outro dia, vestido todo chique, parecendo a porra do príncipe Charles e essas merdas. Senti meu sangue realmente começar a ferver agora. —Então, e se eu realmente estivesse? E se estivesse com ela? E daí? Ele deu de ombros novamente, sorrindo. —Só estou dizendo que você pode pensar que ela é muito gentil e bondosa. Mas aquela garota estava abraçando outro homem, te fazendo de idiota. —Foda-se. — eu disse, acenando para ele. Mas estava atordoado, imaginando Lindsay com algum outro cara. Não a queria com outro cara. Não a queria com ninguém além de mim. —Eu só digo isso porque não gosto de ver você em palhaçadas como essa. — Uriah continuou. —É embaraçoso. Decidi dar-lhe um pouco do seu próprio remédio. —A única coisa que é vergonhosa é a sua merda de kickboxing, Uriah. Você nunca vai fazê-lo no mundo da luta. Você é um pônei de truque. Você não tem nenhum poder, você não tem nada. É por isso que estou começando a lidar com a UFF e você não é nada mais que uma cópia de segurança. De repente, Uriah estava no meu rosto. —Você quer ver o meu kickboxing, vadia? Isso foi o suficiente para mim. Eu estava querendo derrubá-lo desde o momento em que vi seu rosto pela primeira vez. Mas agora que ele

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tinha decidido falar sobre Lindsay, não havia nada que eu quisesse mais do que plantar o meu punho na sua mandíbula e parar a sua boca. Joguei um gancho de direita, mas Uriah foi mais rápido do que eu esperava e se abaixou sob o soco. Ele foi para as minhas pernas e cai sobre o concreto, enchendo-me de chutes. Nós dois estávamos nos xingando enquanto lutávamos. Era quase engraçado, exceto que não era, pois um movimento errado e eu teria acordado em uma cama de hospital. Dei-lhe um par de socos sólidos nas costelas e o ouvi gemer. Ele fugiu para longe e lançou um chute forte no meu rosto. Eu me inclinei para trás na hora certa para não ter a minha cabeça arrancada, mas ele ainda me pegou no lado do meu rosto, exatamente onde o meu corte estava. Tropecei para trás alguns passos e Uriah veio correndo para frente, dando socos. Evitei todos eles e dei um soco violento que quebrou-lhe o nariz. Nós circulávamos um ao outro com cautela, com as mãos para cima. Um momento depois, corri em direção a ele, jogando outro gancho poderoso, procurando esmagá-lo no esquecimento. Ele pegou no antebraço e então o peguei no revirar e o bati contra a parede de tijolos. Comecei jogando de joelhos, tentando esmagar suas costelas, mas ele sufocou os golpes. Ele me deu um soco forte no estômago e eu quase vomitei minhas tripas para fora. Todo o consumo dos dois dias anteriores cobrou seu preço e eu gemi. Senti toda a energia drenar fora de mim, mas mantive minha posição. Não sei o que faria se tivéssemos continuado a lutar, mas não tive a chance de descobrir. A próxima coisa que percebi, havia sirenes da polícia aos berros e uma voz gritando para nos afastar um do outro. —Merda, os policiais. — Uriah sussurrou com raiva, olhando para mim como se isso fosse tudo culpa minha. 35 de 59

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—Pare de choramingar, bichano. — sussurrei de volta para ele. Os dois policiais saíram do carro da polícia e se aproximaram de nós. —O que é que está acontecendo aqui? — disse um deles, com a mão em sua arma. —Policial, este é um grande mal-entendido. — eu disse, tentando ganhar tempo. Estávamos prestes a ser presos, com certeza. —Vocês dois estavam apenas batendo a merda fora um do outro muito bem. Eu não acho que há muito a ser confundido sobre isso. Olhei para Uriah e ele concordou. —Não, nós somos parceiros de treino. Nós treinamos nesse ginásio que é de artes marciais mistas. —E vocês sempre lutam no estacionamento? —Não, mas ele esta fechado, por isso decidimos apenas aquecer um pouco. — respondeu Uriah. Tive que dar o crédito idiota, ele foi rápido em seus pés. O outro policial estava tomando as algemas fora. —Este está sangrando. — disse ele, apontando para mim. Toquei o corte acima do meu olho e meus dedos ficaram vermelhos. —Isso é um corte velho. — expliquei. —Nós realmente não estávamos brigando, eu juro. Assim, quando eles estavam se preparando para nos levar no banco traseiro do carro deles, o treinador Jansen apareceu. Ele estava usando um boné de beisebol e carregando uma mochila. —Olá, oficiais. Há algum problema? — perguntou, quando ele os viu começar a bater as algemas em mim. —Você conhece estes caras? — disse o primeiro policial. Quase parecia que Jansen poderia dar de ombros e dizer que nunca tinha nos visto antes em sua vida. —Sim — ele suspirou — Eu os conheço. —Eles trabalham para você, senhor?

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—Possuo este ginásio aqui. Eles treinam comigo. Os policiais trocaram olhares. —Bem, essa parte da sua história confere. Recebemos um telefonema de que havia uma briga neste estacionamento, então viemos aqui e vimos o que parecia ser uma briga entre esses dois garotos. Mas eles alegaram que estavam apenas treinando. Jansen ergueu suas sobrancelhas. —Bem, eu não treino os meus lutadores para lutar no concreto, assim, se é verdade, eles podem ser os dois merdas mais estúpidos que já treinei. Os policiais riram. —Esse cara ficou um pouco machucado. — disse um deles, apontando para mim. Jansen fez uma careta. —Sim. Ele é um idiota. Poucos minutos mais tarde, depois que o treinador Jansen de alguma forma, convenceu a polícia de que éramos apenas tolos, os policiais saíram, dando-nos todo um aviso severo para não lutar ou treinar fora do ginásio novamente ou seríamos presos e o treinador Jansen poderia ser multado. Quando foram embora, o treinador destrancou a porta do ginásio e começou a caminhar para dentro. Uriah e eu o seguimos, mas ele se virou no último momento. —Onde você dois pensam que estão indo? — disse friamente. —Queremos treinar. — Uriah respondeu. Jansen riu. —Eu não treino bandidos. — disse. —Você vê, essa academia aqui é para atletas reais de MMA. E eu não vejo dois atletas na minha frente, vejo dois punks de rua. Agora, deem o fora do meu ginásio. No início, pensei que ele estava apenas nos dando um tempo difícil, tentando nos assustar. Mas, então, percebi que era sério. E, um momento depois, ele bateu a porta do ginásio em nossos rostos. Uriah me olhou malignamente. —Primeira vez que eu fui expulso de uma academia na minha vida. Este é apenas mais um dia para você. —Qualquer que seja. Vai se foder. — disse a ele e sai.

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Entrei no Panera Bread e peguei um monte de guardanapos, colocando pressão sobre a minha ferida. O sangramento não era terrível, mas, claramente, eu tinha tomado um retrocesso na cura. Além disso, não tinha certeza se o treinador Jansen alguma vez me deixaria voltar ao ginásio, o que poderia significar problemas muito maiores a longo prazo. Quando o sangramento diminuiu, tive tempo para pensar mais sobre o que Uriah tinha me dito. Comecei a imaginar Lindsay com um cara em um bar chique, beijando, tocando um ao outro. Isso fez o meu estômago revirar e fechei meus olhos, tentando me dizer que não era nada. Uriah estava mentindo, tentando me irritar. Era isso. Mas, então, depois de alguns minutos, comecei a me perguntar sobre Lindsay. Pode ser que estivesse colocando todas essas coisas inocentes nela, imaginando que ela era pura e perfeita, quando nada poderia estar mais longe da verdade. Talvez, eu precisasse saber ao certo quem Lindsay realmente era e se havia alguma coisa entre nós.

! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! 38 de 59

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! ! ! LINDSAY Acordei, na manhã seguinte, sentindo-me fresca e bem acordada, o que me surpreendeu depois do drama da noite anterior. Claro, isso poderia ter tido algo a ver com o fato de que tinha dormido até onze. Olhei para o outro lado da sala – a cama de Rachel estava feita e ela estava longe de ser encontrada. Ela devia ter saído esta manhã e eu estava dormindo tão profundamente que não tinha notado. Havia um bilhete na minha porta de Adam, deixando-me saber que ele passou. Ele deixou seu número e me pediu para chamá-lo e deixá-lo saber se eu estava bem. Enviei-lhe um texto rápido, dizendo-lhe que estava bem e que não tinha me sentindo bem na noite passada, mas que estava melhor esta manhã. Ele me escreveu de volta, dizendo que estava contente que eu me sentisse melhor e perguntando se queria almoçar, mas eu lhe disse que tinha um monte de trabalho a fazer e teria que ficar para a próxima. Não era uma mentira. Tinha duas aulas à tarde, então precisava ficar no meu quarto e trabalhar no meu ensaio para Dr. Klaxton. E isso foi só o que eu fiz. Fui para as minhas aulas, peguei meu almoço no refeitório e trouxeo de volta para o meu quarto. E, então, eu entrei em uma zona. Escrevi e reescrevi meu ensaio indo mais e mais a cada palavra, cada frase, cada argumento. Escrevi sobre como não era o conhecimento exato da química orgânica que era importante, mas que a mera atividade de 39 de 59

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aprender algo desafiador aumentava a nossa confiança, fazendo-nos querer saber mais. Quando Rachel entrou em torno das seis horas, percebi que ela queria me perguntar como eu estava me sentindo. Depois que desabafei com ela na noite passada, tinha certeza de que ela estava curiosa. Mas ao invés disso, ela apenas balançou a cabeça para mim e abriu seus próprios livros. Éramos como dois demônios estudando. Por volta das sete, depois de uma rápida visita à sala de jantar para algum carb-carregamento na forma de massas e pães, eu estava de volta ao meu quarto, com uma nova xícara de café na minha frente. Reli o meu ensaio. Estava muito bom. Eu sabia disso. Mas não sabia se era bom o suficiente. Todo mundo ia escrever sobre como o simples ato de aprender algo era bom para você? O que eu pensava que era tão original, agora parecia banal. Esta era Cambridge. Eu precisava levar meu jogo. Fiz uma careta e pensei sobre isso. Ainda tinha tempo para escrever outro ensaio. Se pudesse vir com uma postura diferente, teria este, além de um novo. Poderia decidir qual usar amanhã, antes da minha aula que começava às dez. Puxei um novo documento em branco e tomei um gole de meu café. Houve uma batida na minha porta e pulei. O mesmo fez Rachel. —Jesus. — eu disse. —Isso me assustou. Fui para a porta esperando que fosse Adam. Mas não era.

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Era Justin. Um flash de intensas emoções passou por mim. Estava animada por ele, realmente, ter me procurado novamente. Mas, logo em seguida, estava irritada que ele nunca sequer tivesse se preocupado em pegar meu número de telefone para que pudesse me chamar. Ele tinha acabado de mostrar-se novamente como se não fosse nada. —Oh, Olá. — Ele me deu um sorriso sabido. —Como está? — Olhou por cima do meu ombro para o meu quarto, como se estivesse à espera de ver algo incriminador. —Tudo bem. — disse. —O que faz aqui? Ele parecia surpreso com a pergunta. —Só checando você. Soube que você teve uma noite emocionante ontem. —Oh, não. — disse. —Você não pode vir aqui e me perguntar sobre a minha noite. — Devo ter soado mais dura do que eu pensava, porque ele parecia um pouco surpreso. Ele olhou para mim por um longo momento e, então, seu rosto se suavizou. —Justo. —Então, o que você quer? Estou no meio de algo. —Você está usando o cabelo em tranças — disse, ignorando minha pergunta. —Sim. — enquanto juntava ideias para o meu ensaio, puxei o meu cabelo para trás e, distraidamente, o trancei. —Eu estava estudando. —Eu gosto. — Ele estendeu a mão e puxou uma das tranças. —Você parece Pippi Meialonga. —Você sabe quem é Pippi Meialonga? —É claro. — Deu um passo para frente e olhou para a sala, até que viu Rachel. —Oi. — disse. —Sou Justin, mas você pode me chamar de JB. Rachel apenas olhou. —Uau. — disse Justin. —Plateia difícil. Saí para o corredor e fechei a porta atrás de mim. —Ouça, você não pode simplesmente continuar aparecendo aqui assim.

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—Por que não? Devido a esse R.A. idiota? Foda-se ele. Pela primeira vez, notei que os pontos acima do olho tinham se soltado. A ferida estava vermelha e crua. —Jesus. — disse. —O que aconteceu com seu corte? —Nada. — Ele acenou com a mão como se fosse nada. —Só um pouco de treino e prática. —Pensei que você não tinha permissão para treinar com esse corte. Deu de ombros e encostou-se na parede atrás dele. —Então, o que estamos fazendo hoje à noite? —Estou estudando. —Legal. Eu vou ler um livro ou algo assim, te fazer companhia. — Passou a se mover por mim para o meu quarto, mas pisei na frente dele. —Não. —Por que não? —Porque preciso estudar. —Vou ficar quieto e bonzinho. —Você nem deveria estar aqui! —Eu sei. — Ele revirou os olhos. —Daí a razão pela qual eu pedi a você para ir a algum lugar comigo. Hesitei, meu corpo estava vibrando de emoção. Sua mera presença estava me deixando tonta. A coisa era que eu queria ir com ele. Queria estar perto dele. Ele era uma tentação, como um pedaço de bolo de chocolate que você não deveria comer ou uma hora extra de sono quando você deveria se levantar cedo. Você sabia que não era bom para você, mas teve um tempo difícil em dizer não. —Você não pode simplesmente continuar aparecendo aqui assim. — disse. —Se você quer me ver, precisa me ligar no telefone, como uma pessoa normal. Ele balançou a cabeça, como se pudesse aceitar isso. Ele puxou o telefone do bolso. 42 de 59

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—Qual é o seu número? Eu disse a ele. Um segundo depois, ele colocou o telefone no ouvido. —O que está fazendo? —Chamando você. De dentro do quarto, podia ouvir o som do meu toque de celular. Tinha o toque programado para Toxicity de Britney Spears e corei. —Meio humilhante, não acha, Pippi? — ele perguntou. —Perfeito. — disse. —Touché. — Ele inclinou a cabeça. —Não parece que alguém está respondendo. —Quis dizer que você deve me ligar antes de aparecer. Não que você deve... —Shh! — Ele colocou os dedos nos lábios. —Por favor, Pippi eu estou no meio de um telefonema muito importante. Suspirei e, em seguida, virei-me e entrei no meu quarto. Peguei a chamada direita antes que ela fosse para a caixa postal. —Olá? —Oh, oi!, a Lindsay, por favor? —É ela. —Oi, Lindsay, aqui é Justin. Eu queria saber se você gostaria de sair hoje à noite? —Eu não posso — eu disse com firmeza. —Tenho que estudar. —Oh, sim. — disse ele — Pode ser que da próxima vez. —Sim, pode ser outra vez. —Falo com você mais tarde. —Adeus. Ele desligou o telefone. 43 de 59

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Fiquei lá por um momento, olhando para o meu telefone em descrença. Ele tinha realmente apenas desligado? Queria ir e abrir a porta para ver se ele ainda estava no corredor, entretanto eu praticamente podia sentir a desaprovação irradiando de Rachel. Mas, finalmente, não aguentava mais. Abri a porta. —Oi. — disse ele. O canto da boca puxado para cima em um sorriso sexy. —Você está pronta para ir?

*** Desta vez, não fomos a nenhum restaurante chique e não havia nenhuma pretensão. —Estou com fome. — disse ele uma vez que estávamos fora do campus e nas ruas de Boston. —Você quer comer? Balancei minha cabeça. —De jeito nenhum. Não vou cair nessa novamente. —Cair em que de novo? —Você me levar para algum lugar para buscar comida e, então, nós não falarmos mais nada. —Nós conversamos! —Sim, sobre nada. —Tudo bem. — disse ele, com um olhar malicioso chegando sobre o rosto. —Vamos fazer um acordo. Vou responder a quaisquer perguntas que você quiser e, depois, você vai ter que fazer algo que eu quero. —O que você quer? —Unh-uh. — Ele balançou a cabeça. —Não pode saber isso até depois.

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—Como isso é justo? —É justo porque eu não sei o que você vai me perguntar. Pensei sobre isso. Não esperava que ele estivesse tão disposto a responder às perguntas. Por outro lado, ele evitou qualquer coisa pessoal na última vez em que nós saímos, assim algo me disse que tudo o que ele pudesse me mandar fazer, provavelmente, seria algo muito louco. —Posso, pelo menos, ter uma dica sobre o que você vai me pedir para fazer? — Perguntei. —É justo. Quer dizer, eu mal te conheço. Ele pensou sobre isso. Por fim, concordou. —Ok. — ele disse, me puxando em direção à estação. —Vamos lá. Chegamos ao trem e uma emoção percorreu meu corpo. O vagão estava lotado, então, tivemos que ficar de pé. Ele estava tão perto de mim, que podia sentir o calor de seu corpo através da sua camisa fina. Foi emocionante não saber aonde ele estava me levando. Em alguma parte da minha mente, sabia que ir a algum lugar com ele não era a melhor ideia. Ele poderia me levar a qualquer lugar. Mas, de alguma forma, eu sabia que ele não ia me machucar. Finalmente, descemos do trem e saímos para a rua, que ficava perto do Boston Harbor. Podia sentir o cheiro do mar. —Eu amo esse cheiro. — eu disse, inalando o ar da noite de verão. —Sério? — Justin sorriu. —Isso é um bom presságio para mim. Ele me levou até o Boston Harbor Hotel, um enorme edifício grandioso, que era tão impressionante que quase me tirou o fôlego. Tinha certeza de que havia outros prédios mais espetaculares em cidades em todo o EUA, mas até este ponto da minha vida, este foi um dos melhores que eu já tinha visto. —Por favor, me diga que não estamos indo a uma festa. — disse.

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Ele riu. —Não. Melhor. Ele me levou até a água e ficamos na doca. —Nós vamos nadar. Eu fiquei boquiaberta. —Você está louco? —Está quente aqui fora. —Então? —Então, quando está quente você nada. — Ele sorriu e, em seguida, como se nada fosse, se abaixou e tirou a camisa. Seus braços estavam bronzeados e fortes, com o peito esculpido e suave. Seus seis gomos flexionados, assim que ele jogou sua camisa para o cais e eu comecei a me sentir um pouco tonta. —Eu não vou entrar na água. —Por que não? —Porque é ilegal! Ele sorriu. —Você nunca fez nada de ilegal antes? —Na verdade não. —Bem, deixe-me contar um segredo sobre fazer coisas que são ilegais. — Fez um gesto me chamando para ele, e eu dei um pequeno passo. Não confio em mim mesma quando estou perto dele. Havia um ar de excitação e antecipação vibrante abaixo da superfície de nossas interações, e eu não sabia o que ele ia fazer - me beijar? Me jogar na água? Era assustador e maravilhoso ao mesmo tempo. —Mais perto. — disse ele, brincando. Cheguei mais perto. Ele revirou os olhos e, em seguida, fechou a distância entre nós, inclinando-se para que ele pudesse sussurrar em meu ouvido. —Pronta para o segredo? — Sua respiração fez cócegas na pele do meu pescoço, e foi tão quente, que fez o ar da noite de verão ficar frio. Um calafrio deslizou pela minha espinha.

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—Pronta. — eu respirei. —As coisas só são ilegais se você for pego. E eu nunca sou pego. Ele deu um passo para trás e tirou os tênis. Sentou-se na doca e olhou para mim. —Vamos lá. — disse ele. —Pelo menos coloque os pés. Olhei atrás de mim. A área em volta parecia estar deserta. Todos os hóspedes do hotel deviam ter saído para jantares ou festas extravagantes. Tirei meus chinelos e deslizei meus pés na água. —Está muito fria! — engoli em seco. —Você vai se acostumar com isso. — Ele se aproximou de mim. Sua perna tocou a minha e todo o meu corpo, até meus dedos congelando, imediatamente ficaram aquecidos. Isso não era nada como na noite passada, quando eu estava tocando a perna de Adam. Isso não era como nada que já tivesse sentido antes, nunca. —Então, agora que seus pés estão dentro, você pode me fazer uma pergunta. Sorri. —Tudo bem. — Pensei sobre isso. Não tinha certeza de quanto mais de toda esta coisa de natação eu estava disposta a fazer, então, queria usar a minha pergunta com sabedoria. Ao mesmo tempo, eu não queria assustá-lo. —Tem irmãos ou irmãs? Ele balançou a cabeça. —Não. Filho único. —Oh. — Fiquei decepcionada. Queria saber mais sobre sua vida e, agora, me sentia como se minha pergunta tivesse sido desperdiçada. —Você? —Uma irmã. Ela é muito mais velha do que eu. Vive em Ohio com seu marido e minha sobrinha, Emily. Ele acenou com a cabeça. —Vocês se dão bem? —Somos próximas, mais ou menos. Quero dizer, ela é dez anos mais velha, por isso sempre houve um pouco de uma coisa da idade. — Eu deslizei meus pés na água. Justin estava certo. Estava me acostumando com isso.

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—Onde seus pais vivem? — eu perguntei. Ele balançou a cabeça. —Não. Sem mais perguntas até que você faça a próxima coisa que eu quero. —Na água? — balancei minha cabeça. —De jeito nenhum. Ele se moveu um pouco mais perto de mim. —Bem, eu entendo que você é um tipo de 'nadador medroso'. — disse. —E, felizmente, eu costumava ser um instrutor de mergulho. Não poderia dizer se ele estava me provocando. —Você está falando sério? —Como um ataque cardíaco. E sei tudo sobre como ajudar os nadadores medrosos. —Como é isso? —Você tem que pegar leve com eles. — disse ele. —Deixe-os se acostumarem com a ideia antes entrarem. —Como? — olhei para baixo. O mar estava bem ali, à direita da doca. Não havia degraus da piscina para descer, sem praia para ajudar a aliviar na água. —Bom, primeiro temos que te vestir corretamente. — Ele estendeu a mão, passando o dedo na minha clavícula e em seguida, movendo-se para traçar o topo da parte superior do meu top. —Não tenho um maiô. — disse. Mas eu já sabia o que ele queria dizer. —Eu sei. — O canto da sua boca puxou para cima em um sorriso travesso e, em seguida, suas mãos deslizaram pelos meus braços, até que chegaram ao fundo da minha camisa. —Braço para cima. — ele instruiu. Eu estava sob seu feitiço. Sabia que não deveria estar fazendo isso, mas eu era incapaz de parar. Levantei meus braços, dizendo uma oração silenciosa de agradecimento por estar usando um sutiã preto de renda.

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Ele puxou minha blusa sobre a minha cabeça e a jogou no cais ao lado de sua camisa. Cada célula do meu corpo queria beijá-lo e, por um momento, tinha certeza de que ia me beijar. Mas, então, ele se virou. —Próxima pergunta. Tinha esquecido completamente que estávamos jogando esse jogo. —Okay. — levantei minha cabeça, determinada a fazer este número. — Como você realmente rompeu seus pontos? —Eu disse, eu estava treinando. —Não. — Eu balancei minha cabeça. —Quero a história real. Suspirou. —Entrei em uma luta. —No ginásio? Ele balançou a cabeça. —Fora dele. —Por quê? Ele hesitou, como se não soubesse se deveria me contar a verdade. — Por algo estúpido. —Como? — cutuquei. Poderia dizer que era difícil para ele, mas queria saber. Se ele fosse tirar minhas roupas, então, eu tinha o direito de empurrá-lo um pouco. —Um idiota disse algumas coisas que me irritou. Então, eu tive que tomar o seu traseiro. —Você deveria estar fazendo isso? — Perguntei. —Lutar fora do ginásio? —Não. Estendi a mão e cautelosamente toquei em baixo dos seus pontos. — Dói? —Não. Mas sabia que era mentira. Ele se virou para mim. —Agora é sua vez. Levante-se.

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—Como eu sair, vai me ajudar a entrar na água? —Levante-se. — repetiu ele. Eu o fiz. Ele levantou-se também e, em seguida, baixou a mão e desabotoou sua bermuda, deixando-a em uma pilha de caqui. Ele estava vestindo boxer azul marinho e suas pernas eram fortes e musculosas. Estendeu a mão e agarrou o cós da minha calça jeans. —Você não pode ir nadar nestas. — ele respirou no meu pescoço. Não sabia o que dizer. Queria protestar, mas estava com medo de que se eu fizesse, ele iria recuar. Ele desabotoou e abriu o zíper do meu jeans e, em seguida, puxou para baixo das minhas pernas, ajoelhando-se na doca. —Levante o pé. — ele me disse. —Agora o outro. — Ele tirou até que eu estava lá apenas de calcinha e sutiã. Eu tremia. Não estava com frio. Na verdade, nunca tinha estado tão quente na minha vida. —Não se preocupe. — Justin disse, movendo-se para perto. —Você vai se aquecer. — Ele colocou seus braços em torno de mim, até que a pele nua de seu peito estava contra a minha. Senti que, talvez, eu fosse explodir. —Eu não estou com frio. — sussurrei. —Bom. Minha cabeça estava em seu ombro e por isso não pude ver seu rosto. —Só mais uma pergunta — disse ele. — E então entramos. Eu pensei sobre isso. —Por que veio ao meu quarto esta noite? — perguntei. Segurei minha respiração. Não sabia o que ele ia dizer. —Porque eu queria vê-la.

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—Por quê? —São duas perguntas. —Por favor. —Porque eu não conseguia parar de pensar você. Balancei minha cabeça contra seu peito. Ele envolveu seus braços ao meu redor mais apertado. —Pronta? — ele perguntou. —Não. —Eu estarei lá com você. —Vai estar frio. —Vou manter você quente. Ele puxou seu corpo para longe do meu e segurou minha mão. — Um... Dois... Três! Pulamos. A água estava incrivelmente fria e quando ressurgi um segundo depois, eu ofegava. —Vê? — Justin sorriu, me molhando. —Eu disse que seria refrescante. Ele nadou até mim e me puxou para perto dele. Eu envolvi minhas pernas em volta de sua cintura. —Melhor? — ele perguntou. Balancei a cabeça. Teria sido o momento perfeito para que ele me beijasse e, por um incrível momento, eu pensei que ele ia fazer. Mas, em vez disso, ele me empurrou e, então, nadou algumas braçadas. —Venha me pegar — ele brincou. Nós espirramos e jogamos na água por um tempo, perseguindo um ao outro, evitando um ao outro, nossos corpos girando e se movendo em uníssono. Eventualmente, meus dentes batiam com tanta força que tivemos que sair.

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Nós içamos de volta para o cais. —Nós não temos quaisquer toalhas. — eu disse. —Volto já. Ele se dirigiu na direção geral do hotel e, quando ele voltou, estava segurando duas toalhas brancas macias. Eu olhei para ele, incrédula. —O quê? — disse ele defensivamente. —Eles disseram que poderiam nos emprestar. —Certo. Ele colocou uma das toalhas em volta de mim, esfregando-a em meus ombros até que comecei a aquecer. Então, se abaixou e pegou a camisa dele. —Você pode usar isso. — disse. —O que você vai vestir? Ele deu de ombros e puxou o calção. —Não se preocupe comigo. Coloquei a camisa. Cheirava como ele. Por que ele não me beijou? Vesti minha calça jeans e ficou presa na minha pele molhada. —Temos que comer — disse ele. —Boa ideia. — Estava aliviada por ele não tentar terminar a noite. Não estava pronta para deixá-lo, ainda. —Para onde devemos ir? —Meu lugar. —Seu apartamento? —Nós vamos pedir de lá. —Eu não sei... —Vamos lá. — disse ele. —Você disse que não sabia nada sobre mim. Vou te mostrar onde vivo.

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Pensei sobre o artigo que ainda tinha que escrever para o Dr. Klaxton no dia seguinte. Pensei em como era uma má ideia ir para o apartamento de alguém que eu não conhecia. Pensei em quão lindo Justin parecia sem sua camisa e o que poderia acontecer se estivéssemos sozinhos, juntos, em um lugar com uma cama. Pensei em cerca de um milhão de outras razões pelas quais eu deveria dizer não. —Ok. — eu disse. —Vamos lá.

! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! 53 de 59

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! ! ! JUSTIN Abri a porta do meu apartamento, tentando lembrar se eu tinha deixado o local uma bagunça. Felizmente para mim, meu companheiro de quarto Wyatt era uma pessoa muito arrumada e as áreas comuns estavam geralmente muito limpas, graças a ele. —É pequeno, mas é um lar. — disse baixinho quando Lindsay entrou. —Sim, é bom. — Mas ela parecia hesitante em entrar. —Não se preocupe, Charles Manson7 não mora mais aqui. — disse a ela. —Ele saiu no mês passado.  

Ela riu um som doce. Percebi que ela tinha apenas o sorriso e a risada mais bonita eu já tinha visto. Lindsay estava tremendo um pouco, ainda estava molhada do nosso mergulho no oceano. —Está com frio? — Perguntei. —Não, eu estou bem. — disse ela, enquanto se abraçava com força. —Deixe-me aumentar o calor. — eu disse, indo para o termostato. —Obrigada, Justin. " Charles Milles Manson, mais conhecido como Charles Manson, é o fundador, mentor intelectual e 7

líder de um grupo que cometeu vários assassinatos, entre eles o da atriz Sharon Tate, esposa do diretor de cinema Roman Polanski

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—Gosto que você me chame de Justin. — disse a ela, sorrindo quando liguei o calor. Wyatt ia ter um puto ajuste sobre a conta de gás, mas eu não dava à mínima. —Foi estranho no começo, mas agora eu gosto. Não quero que me trate como todos os outros. —Como é que todo mundo te trata? — ela perguntou, olhando para mim com aqueles lindos olhos azuis. Não sabia como responder. De repente, meu celular estava tocando, então tive um momento para chegar a uma resposta. Retirei meu celular e olhei, apenas para ver um número que não reconheci. —Não vou responder a isso. — disse. —Está tudo bem, não me importo se você o fizer. — disse Lindsay. —Não quero nada que me distraia de passar o tempo com você, agora. —Isso é doce. — disse ela, corando um pouco. —Você está com fome? Com sede? Você quer um pouco de água... Ou... Eu não sei. Qualquer coisa. — sabia que tinha falado sobre a encomenda de comida, mas agora que ela estava aqui no meu apartamento, a comida era a última coisa em minha mente. —Eu estou bem. Apenas molhada e com frio. —Venha comigo. — eu disse, pegando a mão dela na minha. A mão dela era como um bloco de gelo. A levei pelo corredor até o banheiro. — Tome um banho quente e vou encontrar algo seco e limpo para você se vestir. —De jeito nenhum. — disse ela balançando a cabeça. —Não vou entrar em sua banheira. —Por que não? Você pode trancar a porta e tudo mais. — Mostreilhe o bloqueio. —Porque é estranho. E, além disso, você provavelmente não limpa a banheira há anos. —Eu não tenho limpado. Diabos, não mesmo. —Eu sabia. 55 de 59

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—Mas Wyatt é a Mary Poppins regular até aqui, assobiando e trabalhando na limpeza. Garanto que ele limpou a nossa banheira umas dez vezes este mês. — Mostrei-lhe a brilhante banheira branca. —Parece limpa. — ela admitiu. Abaixei-me e liguei a água quente. —Bom, está decidido, então. — Saí para o corredor e abri o armário, pegando uma toalha limpa. —Vá e tenha um bom banho e se aqueça. Ok? Suspirando, ela balançou a cabeça, tomando a toalha de mim. Os olhos dela encontraram os meus e senti outra onda de excitação passar por cima de mim. Queria tanto beijá-la, mas também sabia que ela, realmente, era tão pura e doce como eu pensava. O fato era que eu não poderia começar algo com Lindsay e, em seguida, atrapalhar sua vida. Não seria justo. Ela merece coisa melhor do que você. Pensar isso doía, mas eu sabia que era verdade. Lindsay precisava estar com o tipo de cara que acabaria por ser um juiz um dia, não com o tipo de cara que iria acabar em frente a um juiz um dia. Então, deixei-a no banheiro, tentando o meu melhor para não imaginá-la tirando as últimas camadas de roupa, revelando sua pele cremosa, macia... Tentando o meu melhor para não lembrar como me senti quando eu tinha tocado seu corpo no mar e quando seus olhos pareceram refletir a água neles, como eles me chamaram a cair para sempre. Fui para o meu quarto enquanto ela tomava seu banho. Coloquei um par de shorts limpos e uma camisa branca lisa. Então, levei alguns minutos para arruma-lo, agarrando quatro ou cinco latas de cerveja vazias e levando-as para a cozinha, onde joguei-as no lixo debaixo da pia. —O que está acontecendo? — Perguntou Wyatt, do corredor da frente. Virei-me, como se eu fosse culpado de algum crime. Não tinha percebido que ele estava em casa. —Huh? Nada. Apenas limpando o meu quarto.

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Ele franziu a testa. —Desde quando você limpa seu quarto, tipo, onze da noite? —Olha, eu tenho uma convidada. —Oh — Wyatt acenou com a cabeça como se entendesse tudo. —Ei, eu pensei que deveria te dizer, Gil veio antes, enquanto você estava fora. —Gil? — Por um momento, quase esqueci quão sujo ou limpo meu quarto estava. —O que ele disse? Wyatt sacudiu a cabeça e sua expressão era de confusão. —Ele não fazia muito sentido. Disse que queria falar com você sobre algo e eu lhe disse que poderia ficar aqui e esperar por você, mas ele não conseguia ficar parado. Minhas entranhas começaram a se agitar. —Ele estava alto? —Eu não... Dei um passo na direção dele. —Cara, ele estava fodido ou não? —Te disse, eu não sei, JB. Não fique chateado comigo, só estou dizendo o que aconteceu. Acalmei-me, imediatamente, sentindo-me culpado por minha explosão. —Desculpe, eu fico preocupado com ele. —Eu sei que você fica. Estamos todos preocupados com Gil. Não é só você. E, então, ele saiu da cozinha e, poucos momentos depois, ouvi a porta do seu quarto se fechar novamente. Pensei sobre Gilbert. Eu estava preocupado e irritado e, então, finalmente, com raiva dele. Este era o seu padrão. Ele tinha voltado à cidade depois de ser afastado na cadeia, me preocupando e jogando minha vida no caos. Ele tinha feito isso antes. A qualquer momento, ele podia fazer algo tão louco que ele estaria morto ou na cadeia novamente. Ele era meu melhor amigo, mais do que um irmão para mim, e não havia nada que eu pudesse fazer para detê-lo. —Olá? Justin? — ouvi Lindsay chamar para fora do banheiro.

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Rapidamente, eu andei pelo corredor. —Ei, eu estou aqui. —Terminei meu banho. Será que você tem algo para eu vestir? —Oh, sim. — corri de volta para o meu quarto e peguei uma calça de moletom e outra camisa. Estava esperando para passá-las para ela através da porta do banheiro, mas, quando me virei, Lindsay estava lá em sua toalha. Meu fôlego quase me nocauteou, ela era tão bonita. Eu podia ver a curva de seus seios e a toalha só desceu para o topo de suas coxas. Não deixou muita coisa para a imaginação. Ela olhou com confiança para mim, claramente querendo alguma coisa. Este foi o meu momento. Mas mais uma vez, hesitei. Fazer isso agora mudaria tudo e eu estava certo de que só iria ferrar com Lindsay se eu me aproveitasse de seu interesse por mim. Ela não sabia nem metade de quão fodida era a minha vida. Em vez de jogá-la na cama e arrebatá-la do jeito que eu queria, só dei as suas roupas. —Você fica aqui e se troca. — disse, olhando para longe. —Eu vou esperar lá fora. —Ok. Senti confusão e decepção em sua voz, mas ignorei. Permaneça com o plano de jogo. Não arraste-a para o seu mundo. Esperei do lado de fora por um tempo e, em seguida, ela me chamou de volta. —Está tudo bem? — perguntou. Ela podia sentir alguma coisa, mas como eu poderia explicar que eu queria tocá-la e beijá-la e que estava lutando com todas as forças do meu corpo? Então, eu apenas balancei a cabeça e resmunguei. Apaguei a luz. —Acho que devemos ir para a cama. — eu disse. —Nós dois temos coisas para fazer amanhã. —Oh, sim. Claro. — Ela se sentou na cama. —Você quer que eu... —Eu só vou escovar os dentes e depois volto — disse a ela. 58 de 59

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Entrei no banheiro e escovei os dentes. Como eu poderia estar tão perto dela e não tocá-la? O que eu estava fazendo? Ela quer que você a beije. Ela quer estar com você. Isso era porque ela era jovem e ingênua, no entanto. Eu seria um idiota se lhe desse o que ela queria, sabendo o que eu sabia sobre as minhas próprias tendências. Até o meu maldito treinador queria se livrar de mim. Depois de escovar os dentes e lavar o meu rosto, estava ainda mais determinado a ficar com minhas armas. Voltei para o quarto e ela estava deitada na minha cama, debaixo das cobertas. Suas costas estavam de frente para mim enquanto deslizava na cama ao lado dela. Fiquei tão longe quanto pude, mas ainda podia sentir o calor de seu corpo irradiando para mim. —Boa noite, Lindsay. — disse eu, baixinho, afastando-me dela. —Boa noite, Justin. — ela sussurrou de volta. Estava tão ansioso, pensei que ficaria acordado a noite toda, pensando em Lindsay na cama ao meu lado. Mas, deve ter sido muito mais cansativo do que eu percebi, porque, alguns minutos depois, eu caí no sono. Quando acordei, algum tempo depois, estava escuro e silencioso. De alguma forma, eu estava segurando Lindsay em meus braços. Não tinha ideia de quando ou como isso tinha acontecido. Devo ter virado e feito isso no meu sono. O corpo dela foi pressionado até perto do meu e eu a estava segurando firmemente. Sabia que era errado. Sabia que eu tinha ido contra a minha própria decisão. Disse a mim mesmo para afastar-me dela, fingir que nada tinha acontecido. Mas me sentia malditamente bem. A apertei com mais força contra mim e fechei meus olhos.

! *** FIM DO LIVRO 2 *** 59 de 59

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