SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE

ANEXO VII PLANO DE AÇÃO 1. IDENTIFICAÇÃO Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual Frentino Sackser Município: Marechal Cândido Rondon Paraná NRE: Toledo Coordenadora/or: Sonia Augusta de Moraes

2. JUSTIFICATIVA

Este plano de ação procura discutir e questões relacionadas aos direitos da população indígena e população negra

em relação a inclusão

desses povos na sociedade e

também no ambiente escolar. Além de discutir esta temática também propõe acabar com atitudes racistas e preconceituosas em relação a esta população na escola e na sociedade como um todo.

Segundo Arroyo (2012) a presença de outros sujeitos na educação com experiências diferenciadas daquelas que já estão postas, são necessárias outras pedagogias e outras formas de pensar a educação. E isto se faz necessário em função da diversidade cultural existente entre os povos indígenas, resta saber de que forma a proposta curricular vai abarcar todas estas especificidades.

Outro questionamento importante feito por Arroyo em seu artigo sobre outros sujeitos outras pedagogias, é como ser Educadores (as) de “ sujeitos que carregam esse peso desumano dessas pedagogias que tentaram fazê-los e convencê-los de serem inferiores e subalternos?

Neste sentido a escola pode contribuir para o fortalecimento ou a negação da identidade das populações indígenas e negras. Esta negação ocorre a partir do momento em que a

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE escola se torna espaço de homogeneização, sem abrir oportunidades para os diferentes povos que a constituem demonstrarem sua cultura, seu modo de vida, pautando seu trabalho num modelo único.

Já o fortalecimento ocorre quando, no âmbito da instituição escolar, são oferecidas oportunidades para serem demonstradas as mais diversas culturas ali presentes, valorizando cada qual em sua especificidade bem como realizando um trabalho de respeito as diversidades, incluindo isto ao currículo formal também..

Diante dos dados apresentados nos textos de apoio fica visível a falta de oportunidades tanto de acesso, permanência bem como oportunidades para pretos/pardos ou indígenas em nossa sociedade como um todo, desde a busca por educação até o trabalho remunerado. Os dados comprovam as exclusões a que estes povos são submetidos desde o período colonial e continuam enraizados em uma sociedade que, muitas vezes, prega um falso combate ao preconceito.

Os dados ainda nos trazem uma informação interessante no sentido de que aumentou a população dos que se autodeclaram pretos/pardos ou indígenas. Entendo que isto demonstra uma valorização pessoal de sua cultura, de suas origens e reflete que aos poucos a realidade começa a mudar.

O Colégio Frentino Sackser em seu PPP a respeito dos desafios educacionais contemporâneos, versa sobre “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena: busca a valorização da história e cultura dos afro-brasileiros e africanos, tendo como objetivo maior o direito dos negros de se reconhecerem na cultura nacional, expressarem as visões de mundo próprias, manifestares com autonomia seus pensamentos. Visa também medidas concretas para o combate ao racismo e a toda forma de discriminação.”(PPP Col. Frentino Sackser).O currículo escolar aponta para a necessidade de se trabalhar os conteúdos dando ênfase a valorização da diversidade culturaldos povos presentes na instituição escolar. Neste contexto Amaral enfatiza que:

A diversidade cultural ao contrário, apresenta-se como referência e possibilidade de reconhecimento, respeito e encontro de diferentes sujeitos que foram (e ainda são) social

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE e historicamente inviabilizados, excluídos, oprimidos e despossuídos de diversos direitos – uma vez que pertencem a uma classe social que não detém os meios de produção social e econômica de vida. Esses sujeitos, dialética e teimosamente, protagonizam cotidianamente sua história, por serem sujeitos políticos, epistêmicos e de cultura, individuais e coletivos. (AMARAL, 2010)

Em relação a diversidade cultural dos alunos ela está presente no contexto escolar. O pertencimento étnico racial dos alunos é apenas conhecida na ficha individual dos alunos, preenchida no ato da matrícula, consta como estes se autodeclaram ou como seus responsáveis o fazem, sendo fonte de consulta para se ter acesso a esta informação. No entanto nem todos estes dados são retornados a escola como forma de se trabalhar com estes sujeitos evitando o que bem destacou os texto, sobre a política do peneiramento . De acordo com Moura (1997), as barragens de peneiramento consistem” em obstáculos criados ao longo da trajetória histórica brasileira em que as classes dominantes engendraram formas de impedir ao negro brasileiro o acesso aos direitos que a cidadania deveria lhes conceder. Muitas disciplinas já estão trabalhando temáticas relacionas as leis Nº 10.639/03 e Nº 11.645/08 que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro brasileira africana e indígena no currículo escolar.

Mas também percebemos que ainda falta muito para que possamos atingir estes objetivos. Entendemos que a formação da equipe já vem colaborando muito no sentido de abordar e refletir sobre a temática da cultura negra e indígena no ambiente escolar, principalmente com o apoio dos professores em sala de aula.

3. OBJETIVO GERAL

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE Desenvolver ações que atendam a s leis Nº 10.639/03 e Nº 11.645/08.Tais como: 

Compreender que a sociedade é formada por grupos étnico-raciais distintos e que possuem cultura e história próprias.



Promover o conhecimento e a interpretação das leis em relação ao ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. e indígena



Dialogar e debater sobre a presença das culturas de matrizes africanas e indígenas na formação cultural brasileira.



Desconstruir as imagens negativas do Continente Africano e sua população. E também da população indígena



Promover diálogos sobre a identidade étnica dos alunos.



Combater práticas racistas em relação ao pertencimento étnico-racial dos alunos e da cultura indígena e negra e demais pertencimentos étnicos raciais.

4. CRONOGRAMA

Ação

Data/Período

Objetivo

Responsáveis

02 de setembro de Desconstruir Conhecendo os orixás 2015

conceitos

suas ervas e plantas

preconceitos relação religiosidade brasileira.

Sonia

Augusta

e Moraes. em à afro-

de

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE As

dez

ideias 03

de

junho

de Apresentar

aos

equivocadas sobre a 2015

alunos

ideias Edna

cultura indígena.

erradas que foram construídas

ao

longo da história em relação a população indígena.

Palestra sobre a aldeia de

Itamarâ

Diamante do Oeste

Conhecer

em 13 de agosto de cotidiano 2015

o da

vida Sonia

Augusta

dos guarani em sua Moraes. aldeia.

Conhecendo povos Os povos indígenas

03 setembro 2015

indígenas;

A

infância, adolescência

ROHRER e

a

vida adulta entre os indígenas: Diferenças

e

semelhanças entre indígenas;

A

questão das terras indígenas

IRMGARD

de

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Contos africanos

16 de setembro de Leitura, análise e 2015

interpretação do

Andreia

poema “ A lagartixa

Jaqueline Bach

frustrada” do poeta angolano João Melo.

Valorização da cultura afro-brasileira

05 de outubro de conhecer e valorizar Sandra Brolezi 2015

a luta e a cultura dos povos negros, formadores

da

população brasileira.

Valorização da cultura indígena

06 de outubro de instigar os alunos a Sandra Brolezi conhecer a cultura 2015 indígena (música, dança, artesanato, religião, culinária) e aprender a respeitar e a valorizar os seus hábitos e costumes.

Equipe Dia negra

da

consciência

20 de novembro

Propor

2015

em relação ao dia professores da

atividades multidisciplinar

consciência funcionários

negra no Brasil:

alunos

e

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5. AVALIAÇÃO A avaliação será feita no sentido de propor reflexões em relação ao ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena. Bem como possibilitar aos alunos ações de combate ao racismo, discriminação e preconceitos no ambiente escolar e também na sociedade. Os conteúdos trabalhados pelas disciplinas tem como objetivos principais, desconstruir conceitos e preconceitos em relação a população indígena respeitando a diversidade étnico racial de todas a matrizes brasileiras.

6. REFERÊNCIAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE

AMARAL, Wagner Roberto. A Política Pública de Educação e Diversidade da Rede Estadual de Educação do Paraná: Trajetórias e Perspectivas. Curitiba: SEED/Paraná, 2010.

Brandt Lilian. As 10 mentiras mais contadas sobre os indígenas.Disponível em http://www.axa.org.br/reportagem/as-10-mentiras-mais-contadas-sobre-os-indigenas/ as-10-mentiras-mais-contadas-sobre-os-indigenas/.Acesso em 12. Setembro de 2015 Superando o racismo na escola.Disponível em http://www.uel.br/projetos/leafro/pages/arquivos/MUNANGA%20K%20%20Superando%20o%20Racismo%20na%20Escola%20(sem%20capa).PDF.Acesso em 15 de setembro de 2015 Diálogos e reflexões para práticaspedagógicas efetivas na educação das relações étnicoraciais. Disponivel em http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=560. Acesso em 29 de julho de 2015. MOURA, Clóvis. O Negro: de bom escravo a mau cidadão? Ilustrações de Israel Cysneiros e Célio Barrosol. Rio de Janeiro: Conquista, 1997. MOURA, Clóvis. O Negro: de bom escravo a mau cidadão. Rio de Janeiro: Conquista, 1997. KAMINSKI, Francisca. Lendas e contos populares do Paraná. Disponível em: http://www.nossolitoraldoparana.com/conto/conto/2 EJA 6º ano – volume 1 – 2. Ed. – São Paulo – IBEP, 2009. – (Coleção Tempo de Aprender). MELO, João. In: Fabulema. Luanda: União dos Escritores Angolanos. 1986. SERRALVA, Marcelo. Projeto Preticências. Disponível em: http://marceloserralva.com/oque-e-o-projeto-preticencias/ Acesso em 15 setembro de 2015. BRASIL. Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura AfroBrasileira", e dá outras providências.. Disponível em: . Acesso em: mar 2010. BRASIL. Ministério da Educação.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afrobrasileira e africana. Brasília: MEC/SECAD, 2004.

______________________, ________de _______________ de 2015

_______________________________________________________ Assinatura da/o coordenadora/or

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incapacidade para percibir subvención previstas no artigo 10 da Lei 9/2007, de. 13 de xuño, de subvencións de Galicia, e que coñece e acepta as bases.

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