34.
OUTRA
leitura
12 de julho de 2010
Gente
Sherlock Holmes 2.0 Com mais de 500 casos resolvidos em sua bagagem, Wanderson Castilho trabalha com crimes digitais, mas sua profissão pode ser um tanto incomum à primeira vista. Resolvendo casos através (e por conta) das novas tecnologias, ele é conhecido como um detetive virtual. Segundo o próprio Castilho, no Brasil o número de casos de crime eletrônico é muito grande, e nem 2% deles chegam a ser solucionados. “As autoridades não têm ferramentas nem conhecimento sobre o crime eletrônico, mesmo porque o País não tem nem leis específicas sobre o assunto”, explica. Pensando nisso, o detetive lançou no ano passado o Manual do Detetive Virtual, apresentando casos e resoluções do mundo digital, além de dicas para os internautas prevenirem esse tipo de crime. Segundo Castilho, crimes virtuais são mais fáceis de ser identificados do que os do mundo físico, pois tudo fica registrado — e com técnicas forenses tudo pode ser recuperado e descoberto. Sendo assim, ele explica que “a intenção do manual é ajudar os internautas e vítimas a terem conhecimento do que fazer para minimizar os danos ou para identificar o autor. Ou, melhor ainda, para evitar que sejam as próximas vítimas”. Formado em física pela Universidade Federal do Paraná, Castilho veio para São Paulo após ganhar uma bolsa de estudos paga pelo governo federal para que fizesse mestrado na USP. Longe de casa, como não podia ligar de madrugada para um colega de estudo, passou a usar a internet para realizar suas atividades acadêmicas. Foi quando veio a dúvida: “Será que é possível aproveitar a vulnerabilidade da internet fora do meio acadêmico?” Fez então um teste com dez empresas, das quais conseguiu
Divulgação
Bruno Borin
Wanderson Castilho, da E-netsecurity: detetive virtual faz investigações no meio digital e soluciona crimes na internet
obter informações confidenciais de nove. “Vi nisso um nicho de mercado, o que me levou a abrir minha própria empresa”, conta. A princípio, o objetivo da E-netsecurity era dar proteção contra as facilidades que a internet proporcionava, além de criar uma metodologia e ferramentas para proteger os dados confidenciais de empresas. Com o decorrer do tempo, Castilho percebeu que as empresas já tinham tido problemas de invasão ou fraudes internas, e procuravam maneiras de descobrir os criminosos. “Como eu já tinha técnica para fazer a proteção, sabia como o hacker
ou o criminoso digital agiria. Passei então a fazer um trabalho reverso, para rastrear o autor”, ele explica. A partir daí, Castilho foi fazer um treinamento com fabricantes de análise forense digital e agentes de segurança nos Estados Unidos, onde diz ter criado uma rede de relacionamentos internacional. “Quando você faz um treinamento fora, além de outra visão e estruturação, você acaba criando também relacionamentos e contatos, ampliando sua rede”, explica. Depois de resolver o caso de um site que atingia a imagem de um grande banco (ele não revela o nome da empresa), começou a ser indicado pelos próprios clientes. Para o detetive, um dos casos mais peculiares que resolveu foi um que intitulou de estupro virtual. “Juridicamente esse termo não existe, já que não há leis específicas para o crime eletrônico.” No caso, uma jovem de 14 anos foi chantageada por um conhecido, sendo obrigada a se expor na webcam. Os sintomas psicológicos que ela apresentava eram os mesmos de pessoas que haviam sido violentadas. “O que se faz no mundo físico é possível ser replicado no mundo virtual, e as consequências retornam para o mundo físico”, explica Castilho. O autor do crime acabou sendo preso. O detetive também já resolveu casos internos em empresas, que envolviam desde funcionários repassando informações importantes do local de trabalho, até crimes cometidos de dentro da própria companhia. Sobre isto, o detetive explica que tudo que se faz no computador de uma empresa é também de responsabilidade da própria, não só do funcionário. “Civilmente a empresa é obrigada a arcar com o ressarcimento de danos às vítimas. Por que é uma obrigação dela gerar meios de proteção para evitar que isso ocorra”, ele conta. Embora tenha criado uma rede de inimigos muito grande, o detetive afirma que nunca aconteceu nada de ameaçador a sua pessoa, nem a sua imagem. “Apesar de ser bem suscetível a ataques, nunca aconteceu nada comigo, ainda bem!”, comenta rindo. “Para mim, o maior problema desse trabalho é o número de viagens que tenho que fazer. É muito difícil ter que ficar longe da família”, finaliza.
Fotos: divulgação
Acontece no meio A TV Gazeta anuncia a contratação de Olga Bongiovanni (na foto) para comandar o programa Manhã Gazeta. Já Gabriel Cruz é o novo apresentador do jornal da emissora, ao lado de Maria Lydia Flandoli.
Lilian Akyama é promovida a gerente comercial da Discovery Networks no Brasil.
A WMcCann anuncia a promoção de Fabio Matiazzi a diretor geral de criação online. Túlio Paiva, diretor de criação digital da Giovanni+DraftFCB, será júri do MMA Globes Awards 2010.
n
Passam a fazer parte da equipe de atendimento da Artplan as diretoras de contas Cristiana Miranda (ex-Oi) e Flávia Bittencourt (ex-Globo.com), o executivo de conta André Mello (ex-Fernandez
n
MM 1417 acontece no meio 34
Mera Negócios Imobiliários), a supervisora de contas Flávia Vianna (ex-BBDO Canadá) e a gerente de atendimento online Priscila Correa (ex-Diz’Ain). Chegam à F/Nazca S&S a supervisora de pesquisa de mídia Maria Thereza (ex-DM9DDB), a assistente de RTVC Caroline Bonani Pedroso
n
Alice Orlando é promovida e assume a diretoria de mídia da Age Isobar.
A Fábrica Comunicação Dirigida contrata sete profissionais: Rodrigo Muniz (ex- Bluecore) e Roberto Truzzi (ex-Rapp) passam a atuar como executivos de contas; Marcelo Costas (ex-Americanas.com) assume como coordenador; Daniela Duarte (ex-Giovanni+DraftFCB) é a nova gerente de contas; Rodrigo Pará (ex-Front 360) chega como gerente de planejamento; Mirela Barcza (ex-iThink) assume como assistente de planejamento; e Clarissa Canova (ex-DCS) passa a atuar como executiva de contas.
(ex-Loducca.MPM) e o assistente de mídia Alexandre Nolasco (exDM9DDB).
art buyer; e Ana Barros (ex-Script e Coca-Cola) é a nova executiva de atendimento.
Mudanças na ToME Group: Marcos Bassini (ex-Quê Comunicação) assume a direção de criação; Tadeu Marinho (ex-Giovanni+DraftFCB) é o novo diretor de arte; Denise Lessa (ex-NBS) assume a área de
n
n
A Mohallem/Artplan anuncia a contratação de dois profissionais. André Reis (ex-Talent) chega para integrar a área de planejamento e Paula Coelho Magrath (ex-Dayax) é a nova diretora de contas.
A MSC Cruzeiros anuncia a contratação de Barbara Muckermann para o cargo de diretora de marketing corporativo.
n
A Traffic está incrementando o grupo de gerentes comerciais com a contratação de Cris Ferreira (ex-Citybank) e Vanessa Menga (ex-Record).
n
8/7/2010 18:32:50
