Rodrigo Gonçalves 14/8 às 0:16 · Editado ·
Silly Season à Portuguesa... AS LISTAS DE DEPUTADOS. A Silly Season começou e com ela vários temas que merecem pertencer à categoria da época pelas abordagens mediáticas e públicas por parte dos media e dos agentes políticos. Um dos temas é o processo de constituição das listas de Deputados desde a forma como foram definidas, com mais ou menos imposição, até aos menos consensuais afastamentos. Esta “Silly Season” começou, em finais de Julho passado, com a aprovação das listas de deputados que concorrem ás próximas legislativas de 4 de Outubro. Na Coligação “Portugal à Frente” (PSD e CDS) a bitola foi a imposição dissimulada, prevalecendo um equilíbrio (que alguns dizem ser frágil) entre o desejo das estruturas do PSD e CDS/PP e a vontade dos líderes dos respetivos partidos. Embora tenham existido casos insólitos e incompreensíveis para o público em geral, como o afastamento dos sociais-democratas Fernando Seara (decisão bem “Silly”) e Mónica Ferro nas Listas de Lisboa, Fernando Costa Presidente da Distrital de Leiria, entre outros nomes, torna-se claro e evidente que paira a incerteza na vitória e para os aparelhos partidários, mesmo que por vezes sem convicção, mais vale estar com o líder do que ser contra...Não vá o líder ganhar. É de notar que os casos polémicos foram mais públicos no PSD que no CDS embora sem grande projeção e impacto mediático, o que revela a forma como foi “bem” resolvido o ruído interno recorrendo ao eficaz efeito “placebo”. Já no Partido Socialista (PS) este tema veio demonstrar que a bitola foi a imposição descarada o que revelou mais um lado de António Costa que os media não têm abordado mas que nesta “Estação Ridícula” começa a ser revelado de forma preocupante para alguns com a sucessão de casos e equívocos que têm sucedido no PS durante este período. Desde a escolha do cabeça de lista pelo Porto, o Prof. Alexandre Quintanilha, que veio já dizer que não quer perder muito tempo com a política, até ao “genial” Mário Centeno, responsável pelo cenário macroeconómico que é a base do programa do PS - documento aliás nada consensual e cheio de dúvidas - a terminar no afastamento da grande maioria de apoiantes de António José Seguro algo que teve apenas paralelo (pasme-se) no PSD de Manuela Ferreira Leite quando, a então líder Socialdemocrata, afastou todos os apoiantes de Pedro Passos Coelho. Se a consequência futura deste comportamento de António Costa for idêntica á consequência que se sucedeu no PSD (de Manuela Ferreira Leite), então António José Seguro talvez volte em força! “Silly Season” concerteza!!! Temos assistido ao longo dos anos a uma permanente desvalorização da classe política, desvalorização essa que é, em grande medida, culpa dessa mesma classe representada, de forma transversal, por atores políticos de todos os Partidos. Seria tempo de valorizar a renovação e atração de novos valores (os tais independentes), devendo no entanto continuar a valorizar os militantes que, tendo qualidades pessoais, académicas e técnicas, pertencem de forma declarada e com convicção, aos Partidos Políticos da esquerda à direita, não devendo por isso ser estigmatizados Quanto a mim parece-me que continua a existir o “mito” dos independentes como se de pessoas de outra galáxia “livre” se falasse. É bom que a avaliação que fazem a maior parte das pessoas deixe de ser um “dogma” pois tratam-se de pessoas iguais ás demais e que na maioria dos casos estão tão próximas dos Partidos Políticos que os propõem como os próprios militantes, também eles pessoas “livres”. Se em vez do mito se preocupassem em defender a efetiva representatividade das populações, respeitando a proporção eleitoral geográfica e transferindo essa proporção para as listas de Deputados, caminharíamos num sentido bem mais positivo, sentido que não interessa a todos. Estamos na “Silly Season” concerteza!!!
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