As aventuras misteriosas
Editora Correspondência
Nós somos duas turmas do 3º ano: uma de São Bartolomeu e outra de São Sebastião. Quando estávamos no 2º ano começou a correspondência entre as nossas turmas. Quando mandamos as nossas cartas uns aos outros, costumamos mandar um desafio, umas vezes é de matemática, outras vezes é de Língua Portuguesa e pode ser de outras áreas. Este ano numa das vezes, a turma de São Sebastião mandou um texto para a turma de São Bartolomeu continuar, chamado “ Uma aventura no pântano”. Foi então que a turma de São Bartolomeu sugeriu que continuássemos, para fazermos um livro com os textos. Então, cada turma escreveu e ilustrou partes das várias aventuras que apresentamos.
Os alunos
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Aventura no pântano
Era uma vez dezassete meninos que viviam numa ilha chamada Obitraix. Todos os habitantes tinham no seu nome aix. Então, os meninos chamavam-se Beatraix, Luisaix, Júliaix, Raulaix, Marcelaix,
Sofiaix,
Helenaix,
Carmenaix,
Diogaix
I,
Ricardaix, Mariaix, Gonçalaix I, Diogaix II, Gonçalaix II, Nelsonaix, Ritaix e Danielaix.
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Existia uma lenda que naquela ilha havia uma porta mágica, que quem entrasse ia parar a um lugar que ninguém sabia ao certo onde era.
Um
dia,
eles
estavam a brincar num jardim, encontraram uma porta e entraram. Quando porta
passaram,
a
desapareceu
e
viram que estavam num pântano. Estrondosamente
(com
muito barulho) cairam em cima de
plantas,
de
árvores
e
dentro de um lago verde, lamacento
e
cheio
de
sanguessugas. Assustados começaram a
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correr e a tentar fugir dali, mas as árvores, com os seus longos ramos, tentavam agarrá-los pelas pernas. Os meninos que estavam livres apanharam galhos caídos no chão e começaram a bater nos “braços” das árvores. Com muito esforço lá se conseguiram
livrar
daqueles
monstros de folhas. Cuidadosamente,
e
sem
fazer muito barulho, os meninos foram andando, andando, andando e, de repente, ouviram um ruído horripilante e ensurdecedor: - Brrrrrraaaaaaaauuuuuuu!!! Os meninos, com muito medo, desataram a correr e encontraram uma caverna. No entanto,
a
entrada
estava
tapada com pedras.
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O Diogaix I disse: - Vamos tirar as pedras do caminho para nos protegermos. E todos os outros responderam: - Boa ideia, Diogaix I ! Com muito esforço, finalmente conseguiram retirar as pedras mais leves e entraram na gruta. Dentro
da
viram
ratos
gruta pelados,
morcegos
mortos,
aranhas
venenosas e, no fundo da viram
gruta duas
escura, luzes
brilhantes. Com gritos de horror as meninas, extremamente assustadas, saltaram para o colo dos rapazes. - Ai que medo! Queremos voltar para casa!
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Os rapazes responderam: -
Tenham
calma,
nós
vamos
proteger-vos.
Não
deixamos que vos façam mal. Encolhidos num canto da gruta, foram vendo as luzes luminosas aproximando-se. Desataram a correr e, quando estavam quase a esbarrar com a parede da gruta, abriu-se uma passagem secreta e todos cairam num lugar profundo:
-
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!
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A escola assombrada
À
medida
que
desceram
vertiginosamente
(rapidamente), os amigos caíram num lindo jardim. Viram que havia flores de muitas espécies com cores cintilantes e diversas. Enquanto caminhavam,
observavam
que umas flores eram túlipas, rosas,
margaridas, malmequeres,
lírios e outras que eles desconheciam. De
repente,
ouviram
alguém
que
chorava.
Aproximaram-se. Viram um menino a chorar. Prontamente a Ritaix perguntou: 7
- Porque choras? Quem és tu? - Eu sou o Luisoix. Venho da ilha de Labitroix. - Como vieste aqui parar? – perguntou o Marcelaix. - Fui dar um passeio com os meus pais, à ilha de Obitraix. Lá, encontrei uma porta num jardim. Entrei num dos túneis depois da porta e vim parar aqui. - Então foste visitar a nossa ilha! – exclamou o Diogaix II. - Certamente vieste por outro túnel e chegaste mais rápido do que nós. – disse a Danielaix. - Junta-te a nós e vem conhecer este lugar. – afirmou a Helenaix. -Vamos explorar aquela casa -disse o Gonçalaix II. Caminharam até à porta e viram que era diferente. Ao abriremna ouviu-se um barulho:
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gram am am am… Nesse momento, o grupo sentiu medo mas entraram. Foram dar a um corredor
estreito
e
muito longo. De havia
cada
muitas
teias
lado portas,
enormes
dependuradas do tecto, ratos
com
asas
de
morcego e num canto existia uma grande e feia múmia com o aspecto de muito velha. À
medida
que
caminhavam, ouviam o som de vozes cada vez mais perto. Aproximaram-se e viram uma sala de aula, onde tinha uma turma a trabalhar em matemática,
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números racionais na representação fraccionária. Então espreitaram e nesse momento, a professora mandou-os entrar e apresentaram-se. - Eu sou a professora Cristinarapa e estes são os meus alunos: a Laurarapa, a Tatianarapa, a Anarapa Sofiarapa, a Franciscarapa, a Raquelrapa, a Carolinarapa, o Andrérapa Andraderapa, a Anarapa Ritarapa, o Joãorapa, o Rubenrapa Danielrapa, a Ericarapa, o Diogorapa, o Luísrapa,
o
Domingosrapa, a Verónicarapa , o Rubenrapa Gusmãorapa, o Carlosrapa e o Andrérapa Filiperapa. - E vocês quem são? -
perguntou a professora
Cristinarapa. -Somos um grupo de alunos da Obitraix.-
ilha
de
disseram
todos ao mesmo tempo. Na
sala,
com
paredes de cor vermelha e preto,
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havia estantes de pernas de esqueleto. As mesas eram feitas de pernas de esqueleto e as cadeiras eram feitas de dentes de lobisomem. -Querem ouvir uma anedota? - perguntou a Juliaix. Onde é que os micróbios fazem surf?...É no microondas. Nesse
momento
ouviu-se
estridentes
(agudas
e
intensas) gargalhadas. O
Raúlaix,
a
Beatraix
e
os
restantes
amigos
verificaram que aqueles alunos ao escancararem (abrir muito) as suas bocas mostraram os seus longos e pontiagudos caninos. -Vampiiiiiiiros! -gritaram todos os Obitraixes e o Labitroix, em côro.
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-Nós somos vampiros mas não fazemos mal às pessoas. Para nos alimentarmos, bebemos sangue de animais. – afirmou a Laurarapa. -Para provar que nós não somos maus, convidamo-vos a conhecer a nossa escola. – convidou a Franciscarapa e a Tatianarapa. As duas turmas juntaram-se e foram explorar a escola. Depois de andarem muito tempo, entraram numa sala onde existiam artefactos (objectos) muito antigos. -Esta sala nunca foi visitada por nenhum de nós. – comentou o Domingosrapa. De repente o Gonçalaix I, num movimento brusco, bateu com o cotovelo num enorme castiçal de madeira. Nesse instante buraco
abriu-se no
um
chão
e
desapareceram. Como
por
magia
caíram dentro de água.
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Uma aventura no fundo do mar
Mal água,
caíram
na
começaram
a
afogar-se: - Glu, glu, glu…. Ricardaix, Mariaix e os restantes colegas da Obitraix retiraram dos
bolsos
mágica
que
a
poção
os
fazia
transformar-se em peixes. Enquanto bebiam viram os amigos da Vampirapa quase a desmaiar de tanto engolir água. Rapidamente, deram um pouco da sua poção mágica e os vampiros também ficaram com guelras, escamas, barbatanas e cauda. Após a transformação, encantados com o que viam ao seu redor, decidiram explorar o fundo do mar. À medida que 13
foram nadando, foram vendo várias espécies de peixes: peixe rei, peixe espada, moreias, lulas, polvos, tubarões, congros, entre outros. Estranhando aqueles peixes com cara de
gente,
animais
os do
rodearam-nos
vários mar e
puseram-se a observar.
O Carlosrapa, o mais guloso do grupo dos vampiros, num ápice (de repente) mostrou os seus grandes dentes de vampiro e os peixes, assustados, desataram a fugir. A
Sofiaix,
zangada
com
o
Carlosrapa,
fez
uma
careta muito feia
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recriminando (criticando) o colega pelo seu comportamento incorrecto e disse-lhe: - Se voltares a fazer isso, faço-te uma magia que tira o efeito da poção mágica. Os peixes são nossos amigos. Continuaram a sua viagem quando, de repente, viram uma sombra enorme a passar, dirigindo-se para uma gruta. Curiosos
seguiram
a
estranha
sombra
e,
atónitos
(espantados) disseram em côro: - Ah! Que lindo! - Que fantástico! -
Que
extraordinário! -
Que
maravilhoso! À frente
sua estava
um castelo tão grande,
tão
grande que quase chegava à superfície da água. Era
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forrado de pérolas brilhantes e luminosas, as janelas tinham a forma de estrelas do mar, as portas eram conchas gigantes e, à volta, estava cheio de corais de todas as cores. De dentro do castelo ouvia-se uma linda voz a cantar uma melodia que quase os hipnotizava. As janelas dançavam ao ritmo da música e de lá saiam grandes notas musicais que boiavam à volta dos meninos. Sem controlar os seus movimentos, como se fossem zombies, caminharam até à entrada do castelo e, como por magia, a concha abriu-se para eles entrarem. Ao
seu
encontro vieram dois peixes
enormes e
meninos
os da
Obitraix e da Vampirapa encolheram-se assustados. Mas, à medida que os peixes se iam aproximando, o medo transformou-se em adoração
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porque eles tinham uma cara tão linda, como se fossem anjos. De súbito os rapazes apaixonaram-se pela princesa e as meninas ficaram perdidas de amor pelo príncipe. O peixe príncipe disse: - Não tenham medo, não vos vamos fazer mal. Nós somos os príncipes do mar e vocês, quem são? O Rubenrapa Danielrapa balbucinou (gaguejou): - Nós so…mos os vam…pi…ros da es…cola Vampira…pa. E a Carmenaix, já recuperada do susto, respondeu: - Nós viemos de uma cidade chamada Obitraix e, no meio das nossas aventuras, caímos aqui no mar. Os príncipes do mar convidaram os meninos a ficarem alguns dias com eles para se conhecerem melhor. No dia da despedida, com muita pena de se irem embora, os meninos disseram aos amigos príncipes: - Vocês foram o melhor tesouro que poderíamos encontrar em todo o oceano.
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- Viva a amizade!! – disseram todos em simultâneo (ao mesmo tempo). - Adeus…… E voltaram para casa.
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